Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT11 - Políticas e Estéticas queer: subjetividades em construção permanentes –Coord. Wiliam Siqueira Peres Teorias, experimentações e encontros: linhas de subjetivação que atravessam a realidadee a própria pele. Rogério Amador de Melo* Wiliam Siqueira Peres** Resumo: A teoria e prática dentro dos processos de subjetivação fazem conexões que produzem afetos intempestivos e entre-lugares que levam a um re-pensar a vida e o próprio corpo. Assim, este ensaio narrativo traça as linhas subjetivas que foram agenciadas durante o encontro teórico com autores pós-estruturalistas e queers, que significativamente engendraram campos possíveis de prazer e experimentações, além de outras possibilidades de existência. Palavras-chave: Narrativas; afetações; identidades. Nesse percurso de alguns anos debruçado sobre as questões relativas às sexualidades, aos gêneros, as práticas sexuais e suas dissidências, as linhas de afetação foram intensas que de certo modo invadiram meus poros, minha carne, minha pele, produzindo por vezes não apenas questionamentos, mas posicionamentos políticos/éticos/estéticos na minha própria existência. Foram e são atravessamentos constantes de leituras que no seu cerne perpassam as teorias transcritas por teóricos(as) criando linhas de subjetivação que a meu ver, se materializam e/ou tomam corporeidades e devires outros no tempo e espaço. Percebo-me lançado ao re-criar, a uma re-invenção da vida, que nas suas nuances me impulsionam a romper com o que ainda supostamente me aprisiona num “eu” que não quer mais nomeações, limitações binárias e territórios demarcados. Todavia,nesse rizoma de linguagens e afetos, ficam alguns incômodos:Por que o medo de se lançar nesse espaço transitório do nomadismo? Estaria tudo ainda, até eu mesmo, dentro do suposto “Armário”? Por que a necessidade de nomear os desejos? * Psicólogo. Mestrando em Psicologia e Sociedade pela Unesp de Assis/SP. Email: [email protected] ** Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005) e Pós Doutorado em Psicologia e Estudos de Gênero pela Universidade de Buenos Aires. [email protected] 1 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT11 - Políticas e Estéticas queer: subjetividades em construção permanentes –Coord. Wiliam Siqueira Peres Porém ao mesmo tempo outras linhas de subjetivação me levam a perceber que, a beleza da vida não está em ser homem/mulher, heterossexual/homossexual, branco/negro, rico/pobre, e sim na possibilidade de transitar por esses territórios, por essas margens que nas suas diferenças fazem emergir desejos outros de estar aqui e ali, de ser isso e aquilo, e ao mesmo tempo de não ser nada apenas estar. Isso me remete as belas e potentes palavras da escritora e poeta Audre Lorde: Ser mulheres juntas não era suficiente. Éramos diferentes. Ser garotas gays juntas não era suficiente. Éramos diferentes. Ser negras juntas não era suficiente. Éramos diferentes. Ser mulheres negras juntas não era suficiente. Éramos diferentes. Ser negras sapatonas juntas não era suficiente. Éramos diferentes... Levou algum tempo para percebermos que nosso lugar era a própria casa da diferença e não a segurança de alguma diferença em particular (LORDE, 1982, p. 226 apud HARAWAY, 2004, p. 227). Aqui me pego nessa territorialização e des-territorialização, nesse espaço transitório, transformador, transgressor, como problematiza Rosi Braidotti(2000), nessa espacialidade temporal de uma trans-contemporaneidade de crise de paradigmas, de perspectivas transitivas, descontínuas e instáveis de vida, que subjetiva sujeit@s* nômades de lugar algum, mas de todos os lugares. Contudo, a realidade tenta encapsular, enrijecer o transito, onde homens e mulheres estão conectados em interfaces de modos de produção que ao mesmo tempo em que exigem mudanças, adaptações, progressos, acabam por gerir a vida mediante aprisionamentos identitários de experimentações dos desejos e do próprio prazer. Assim, nesse campo relacional de afetos e afetações, de normas e resistências, onde ficam as diferenças? Que corpos realmente importam? É neste panorama, acredito que pelas realidades de vida que me situo, pelas inquietações, pelos encontros e também pelos atravessamentos teóricos, é que na * “O uso do símbolo arroba (@) durante toda a execução deste trabalho segue uma perspectiva de escrita feminista, conforme proposto no trabalho da Profa. Dra. Miriam Pillar Grossi (UFSC). Tal perspectiva visa buscar, também na escrita, a igualdade entre os gêneros, de modo que, quando nos referirmos a pessoas tanto do sexo feminino quanto do masculino, estaria aí contemplado tanto um quanto o outro, em oposição à linguagem padrão na qual o masculino serve para englobar homens e mulheres. Ou, como dirá Andrea Lacombe, ao mesmo tempo, “constitui igualmente uma maneira de evidenciar o efeito da linguagem na construção de percepções binárias tais como masculino e feminino, que deixam de fora outros arranjos de gênero que não se encaixam nessas duas possibilidades.” (LACOMBE, 2010, p. 7) ” (TEIXEIRA-FILHO, 2013, p. 13). 2 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT11 - Políticas e Estéticas queer: subjetividades em construção permanentes –Coord. Wiliam Siqueira Peres maioria das vezes me vejo num não lugar gay, se assim posso dizer. Mas que lugar seria este afinal? Ao se fazer um percurso epistemológico da figura e da própria conceituação do termo gay, se constata toda a carga que demarca seus significados a priori e a posteriori, conforme pondera Ferreira (2003, p.7-8): A nascente identidade gay militante, entretanto, diferia da identidade homossexual. Ser gay seria diferente de ser homossexual. Como afirmam Facchini e Simões, assumir o título de gay “não dizia respeito a uma preferência ou orientação sexual determinada, mas equivalia, antes, a um modo de vida eroticamente subversivo” (SIMÕES; FACCHINI, 2008: 45). Portanto, novamente está em questão os limites culturais e naturais da sexualidade. Neste sentido, a identidade gay no seu próprio meio é subjetivada por referenciais culturais, midiáticos, patologizantesque de uma forma ou de outra acaba demarcando territórios subjetivos de experimentações e encontros. Tais linhas subjetivas por vezes produzem estereótipos e estigmatizações sutis que com o passar do tempo acaba-se tornando “normal” e “natural”, mesmo entre nós gays. Podemos constatar isso quando vemos tantas fragmentações e/ou estratificações dos desejos e das práticas sexuais que geram incômodos, brincadeiras, rechaços e a própria homofobia. Assim, mesmo diante de um panorama onde se tem discutido as pluralidades da experimentação dos corpos, as possibilidades de desejos e sua materialidade nas práticas sexuais, existem em contra partida o que se é necessário e requerido para os gays se tornarem, se podemos assim nomear, cidadãos de direitos. São discursos morais, sociais, políticos e culturais que nos seus interstícios hegemônicos agenciam modos de vida e de conduta legalizados dentro do sistema sexo/gênero/desejo/práticas sexuais, dando sempre elementos para sua própria manutenção (BUTLER, 2003). Mediante esses pressupostos e realidades tão difusas, o que me causa maior estranhamento é certos posicionamentos das próprias diferenças que buscam um lugar ao sol através de uma suposta exigência de posturas universalistas, em prol de visibilidade, aceitação e respeito, ou seja, o tão famoso “Sair do Armário”. Pois como pondera Peixoto Junior: Os códigos institucionais não podem validar relações amorosas de intensidadesmúltiplas, de cores variáveis, composta por movimentos imperceptíveis e formasmutantes, por que elas produzem um curto- 3 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT11 - Políticas e Estéticas queer: subjetividades em construção permanentes –Coord. Wiliam Siqueira Peres circuito nas regras e hábitos vigentesna sociedade (PEIXOTO JR, 2008, p. 54). Todavia, refletindo sobre esse “Sair doArmário” acredito ser uma posição política, ética e estética de cada sujeit@ que por motivos diversos assumem um posicionamento ou outro diante da vida, especificamente em relação aos seus desejos e práticas sexuais. Porém, o que é no mínimo inquietante, não é sair ou não desse lugar, mas quando outr@s acabam colocando outrem nesse lugar para que el@ seja invisibilizad@, pois sua possível visibilidade pode de alguma forma indagar, ou prejudicar a posição e decisão das pessoas ficarem no “Armário” em alguns lugares, momentos e situações do dia a dia. Não seria uma vida fake? A meu ver, isso é um tipo de homofobia, a qual pode ser consideradamuito mais violenta do que aquelas que escancaradamente se posicionam desse lugar homofóbico, pois pelo menos estes últimos assumem seu posicionamento. Segundo o antropólogo do Departamento de Antropologia Social da Universidad Complutense de Madrid, José Ignácio Pichardo Galán, a homofobia não é algo individual, mas uma construção social que pode ser externalizada de diferentes maneiras, produzindo direta/indiretamente quadros de violências. Portanto, não consigo negligenciar as atitudes e posturas de alguns de nós gays que em nome de certa visibilidade social e/ou de garantia de direitos, menosprezam expressões outras de vida, de desejos e de prazeres. E por isso acabo sempre me indagando: Quanto de diferente cabe na minha diferença? Penso que um meio de estar quebrando tais rupturas e produzindo outras significações possíveis dentro do próprio meio gay, é o que a arte nas suas nuances e performances vêm trazendo através dos festivais de curtas e longas metragens, com produções amadoras ou profissionais que retratam a amplitude das diferentes formas do que é ser, ou melhor, estar gay no mundo atual. Como por exemplo, o curta-metragem “Café com leite” dirigido por Daniel Ribeiro em 2007, que retrata um relacionamento homoafetivo diante de uma “nova” configuração de família, a qual exige posturas e decisões como qualquer outra relação diante da vida e do seu futuro. Outro exemplo da arte como esse campo de possíveis é o longa-metragem “Do começo ao fim” produzido em 2009 pelo diretor Aluízio Santos, que traz para a discussão a pluralidade dos desejos que emergem dos campos mais remotos e impensáveis da vida e dos relacionamentos 4 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT11 - Políticas e Estéticas queer: subjetividades em construção permanentes –Coord. Wiliam Siqueira Peres que nela emergem. Tais produções cinematográficas dentre outras vem demonstrar o que Louro (2008) pondera sobre a relação entre a arte cinematográfica e a representação dos corpos e desejos: A pluralidade de identidades e de práticas amorosas e sexuais parece, hoje, mais visível. O que tal visibilidade indicaria? Que os ventos do “novo milênio” terminaram com as diferenças, saudando a multiplicidade? Que se aceita que as posições de gênero e de sexualidade não cabem mais nos esquemas binários? Que agora “vale tudo”? Uma série de questões e de respostas poderia ser ensaiada e, de qualquer modo, a complexidade desses “novos tempos” sempre escaparia. Talvez se possa dizer que, efetivamente, muitos já admitem que as dicotomias homem/mulher, heterossexual/homossexual não dão mais conta das muitas possibilidades de viver os gêneros e as sexualidades. Embaralhamentos desafiam classificações. Fronteiras são, constantemente, atravessadas. Novas posições são nomeadas (LOURO, 2008, p. 87). Os questionamentos abordados acima por Guacira, me fazem recordar um pouco da minha própria história de vida, de ser homem, filho único do gênero masculino e gay, que mora numa cidade do interior do Paraná onde tudo é muito tradicional, e, portanto a expressão e visibilidade do “mundo gay” é de fato nos guetos. Lembro que num certo momento da minha história me vi tentando descobrir como era ser gay, como deveria me comportar, como era esse “lugar” que pra mim era próximo apenas pela linguagem midiática da televisão e de alguns filmes com temáticas LGBTTTIs que circulavam em sites. Os referencias que eu tinha e que a maioria dos gays ainda hoje tem, é o que a mídia apresenta como modelos, como possíveis, pois: “As imagens do cinema se confundem muitas vezes com as próprias imagens que o sujeito tem de si mesmo”(SIQUEIRA, 2004, p.14). Isso participa da construção de arquivos identitários e discursos normativos restritos a lógica binária e à produção de estereótipos sexuais e de gêneros que permitem mapear higienismos e fixações heteronormativas e falocêntricas que participam dos processos de subjetivação de sujeitos e sujeitas LGBTTTIs. Como a história do cinema brasileiro que aborda a questão das homossexualidades ainda tem um percurso recente comparado com outros países, às produções eram bem demarcadas sobre o entendimento do que é ser gay, a amplitude de modelos e referencias não existiam; existiam aqueles que a televisão apresentava como personagens que na maioria era bem caricatos. Assim, me vi por muitos anos pensando 5 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT11 - Políticas e Estéticas queer: subjetividades em construção permanentes –Coord. Wiliam Siqueira Peres que ser gay era usar determinados tipos de marcas de roupa, ter um cuidado melhor com o corpo e com a beleza, escutar determinadas músicas com cantor@s específic@s, ser ativo e/ou passivo. O lugar transitório, a queerização da vida, o não ser, mas estar gay estava longe da minha realidade, pois as diferentes expressões do desejo gay eram impensadas para mim. Vale ressaltar que quando surge modos de acessos às pessoas dissidentes de sexo e de gêneros a respeito de informações sobre suas condições de existências, isso se dá através do consumo de artefatos culturais ofertados para a comunidade LGBTTTIs, em sua grande maioria de produção, que contribuem para a caricatura das homossexualidades e expressões de gêneros associadas e restritas a modelos capitalistas de expressão social, sexual e de gênero em escala fabril e de homogeneização estética, globalizadas e espetacularizadas, muito frequente nas películas cinemáticas e televisivas disponíveis no mercado cor de rosa. Há uma produção em série de como ser gays configuradas pelas hierarquias e desigualdades sociais que criam idéias de consumo que nem sempre são acessíveis para toda a população LGBTTTI, dadas as diversidades econômicas e outras vulnerabilidades estruturais. Algumas das pesquisas e estudos voltados para essas perspectivas tem mostrado a força e o poder que o pink money tem participado do mercado e comércio expansionista de um capitalismo envolvido pelas cores do arco-íris, o que por sua vez estimula processos desejantes de homogeneização estética espetacular que é possível encontrar em diversos territórios de homossocilização do planeta, seja em São Francisco nos EUA, em Chueca em Madrid, no Marais em París, ou na Frei Caneca em São Paulo. Além disso,e vendo e narrando minha própria realidade, acabo percebendo hoje que este lugar pra muitos ainda acaba sendo inviabilizado, porque não ser “normal” é não ter privilégios. Fato este que abarca este território relacional e afetivo gay, onde pra alguns atualmente a legalização do casamento homoafetivo, por exemplo, é algo absoluto, onde os caras que trepam com tantos outros são considerados promíscuos, que mancham o nome da “classe”. Sorte, se eu posso dizer assim, que nessa trans-contemporaneidade a partir da contribuição dos Estudos Culturais e da própria Teoria Queer, tem sido produzidos linhas de fuga e de resistência, que criam lugares outros de experimentações e vivencias dos desejos e do próprio corpo. Linhas que atravessam e agenciam sujeit@s que como 6 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT11 - Políticas e Estéticas queer: subjetividades em construção permanentes –Coord. Wiliam Siqueira Peres eu, não querem mais ser nomeados, categorizados e vistos de um lugar demarcado, delimitado e naturalizado. Queremos sim transitar neste campo hibrido, num corpo plural como destaca brilhantemente Clarissa de Carvalho Alcântara no seu livro “Corpoalíngua: performance e esquizoanálise”: Corpo de vastidões, de entradas e saídas, de fluxos impermanentes, efêmero, instável, inconstante, intermitente, descontínuo, de pulsões desiguais, em constante aceleração, desacelaração, aumento, diminuição. Um corpo de afecções, de modos, de imagens, de traços, de idéias: penetrável, passível de (suscetível de experimentar boas ou más-sensações e de ser objeto de certas ações), possível de produzirse (preenchendo as condições necessárias para ser; existir; realizar-se); um corpo com potencias, de durações vividas, de afecto miraculoso. Um corpo imperceptível, silencioso, secreto, desconhecido (ALCANTARA, 2004, p. 2011). Porém, as transgressões/subversões que atravessam o sistema sexo-gênero provocando para alguns uma não inteligibilidade dos corpos e da concepção de identidades, acabam performando críticas ao próprio movimento LGBTTI, que na busca de direitos por vezes, agenciam homofobias internas que devem ser problematizadas e discutidas no âmbito do próprio movimento. Pode-se dizer que emerge uma heteronormatividade gay, que aprisiona a partir de certos discursos e representações, expressões de vidas plurais que por suas dissidências causam estranhamento e empecilhos nessa guerra que não tem supostamente don@s, mas sim engendramentos de poder (PARPINELLI & SOUZA). Coloco-me então hoje num lugar além do mencionado, não mais apenas como homem, filho único do gênero masculino e gay, mas também como profissional psi, que não está separado em instancias distintas, mas que são linhas que me compõe como um todo. E ai vejo a necessidade de uma inserção política e ética de vida que consiga de alguma maneira agenciar territórios emancipatórios e de experimentações plurais da vida. Um buscar contribuir para uma re-criação, re-invenção, re-significação da existência, para que nas suas nuances seja composta uma obra de arte, pintadas, esculpidas por devires de potencia que queerizam a própria vida gay. Todavia, é uma postura política/ética/estética diante da realidade e não um lugar, uma nomeação de sujeit@s inomináveis, pois: “Nem todo gay é queer e nem todo queer é gay”. Assim, sigo a vida de homem, filho único do gênero masculino e gay, querendo não mais ser 7 Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248 Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014 GT11 - Políticas e Estéticas queer: subjetividades em construção permanentes –Coord. Wiliam Siqueira Peres visto, desejado e categorizado a partir destes territórios, portanto me lanço constantemente fazendo a pergunta incessante de Clarissa Carvalho de Alcântara(2011, p. 180): “[...] que vida você está inventando para você?”. Ou, que vida estamos desejando que sejam produzidas, que vida e em que estamos nos tornando? Referências Bibliográficas ALCANTARA, C.C. Corpoalíngua: performance e esquizoanálise. Curitiba, PR: CRV, 2011. BUTLER, J. Problemas de Gênero – Feminismo e Subversão da Identidade. Rio de. Janeiro, Civilização Brasileira, 2003. BRAIDOTTI, R. Sujeitos Nômades: corporización y diferecia sexual em la teoria feminista contemporânea. Buenos Aires: Paidós, 2000. FERREIRA, T. S. “Nascemos assim!”: o movimento LGBT brasileiro e o perigo da estratégiaessencialista (1978-2012). Revista Eletrônica História em Reflexão: v. 7 n°. 13 – UFGD – Dourados, jan/jun., 2013. Disponível em: HARAWAY, D. “Gênero” para um dicionário marxista:a política sexual de uma palavra. 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