Educação ambiental no município de Rio Claro – SP. Graziele Muniz Miranda a*, Roberto Braga b a Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE), Universidade Estadual Paulista, Rua 24 a, 1515, Rio Claro, Brasil. [email protected] b a Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE), Universidade Estadual Paulista, Rua 24 a, 1515, Rio Claro, Brasil. [email protected] *Autor para correspondência: [email protected] (15) 97390206 Palavras-chave: sustentabilidade, conscientização, aprendizagem. Título abreviado: Educação ambiental em Rio Claro – SP. ABSTRACT The increase of environmental problems nowadyas generates a strong worry around its causes and possibles paths to achievie a more sustainable society. As the practice of activities that degrade the environment relates to the values adopted by society, it is considered that environmental education activities are important for promoting the sustainable development, because it is a process in which men acquire knowledge, values and experiences on the place where they live and are aware in favor of a healthier enviroment, becoming more able to act and solve enviromental problems. The goal of this paper is to discuss about the projects and programs of enviromental education on the county of Rio Claro - SP. Informations were obtained on the Department of Education belonging to the city hall of Rio Claro and the Department of Education from Educação da Universidade Estadual Paulista – UNESP campi Rio Claro. The Projects and programs dedicated to environmental awareness in the city to address various issues from groups in different age groups as recycling of trash in the university, environmental activities with children from schools in the periphery and studies about this theme in academic. From this learning and environmental practices, the participants became more critical to act on environmental problems experienced locally and infer on global issues. RESUMO O agravamento dos problemas ambientais vivenciados na atualidade gera uma forte preocupação em torno de suas causas e dos possíveis caminhos para se chegar a uma sociedade mais sustentável. Na medida em que a prática de atividades que degradam o meio ambiente relaciona-se aos valores adotados pela sociedade, considera-se que atividades de educação ambiental são fundamentais para a promoção do desenvolvimento sustentável, pois se trata de um processo em que os homens adquirem conhecimentos, valores e experiências sobre o meio onde vivem e se conscientizam em prol de um ambiente mais saudável, tornando-se mais aptos a agirem e resolverem problemas ambientais. O objetivo deste trabalho é discutir sobre os projetos/programas de educação ambiental no município de Rio Claro – SP. Para tanto foram obtidas informações na Secretaria da Educação pertencente à Prefeitura Municipal de Rio Claro e no Departamento de Educação da Universidade Estadual Paulista – UNESP campus de Rio Claro. Os projetos e programas voltados a conscientização ambiental no município abordam diversas questões para grupos de diferentes faixas etárias, como a reciclagem de lixo na universidade, atividades ambientais com crianças de escolas da periferia e estudos sobre o tema em meio acadêmico. A partir de aprendizados e práticas ambientais, os participantes se tormam mais críticos para agir em relação a problemas ambientais vivenciados localmente e inferir sobre questões globais. INTRODUÇÃO A visão predominante até meados do século XX considerava o desenvolvimento como sinônimo de crescimento econômico, causando diversas mudanças nas sociedades. Dentre as rápidas transformações encontra-se o desenvolvimento tecnológico e as mudanças nos padrões de vida, incorporando novas necessidades de consumo. Essas causaram grandes problemas, como o exacerbado aumento nas desigualdades sociais e o aumento da poluição e da exploração de recursos naturais, sobretudo os não renováveis. A progressiva deterioração das condições de vida de grande parte da população e da crescente pressão da degradação ambiental gerou uma forte insatisfação por parte de cientistas e pesquisadores (Montibeller, 1993). Estes começaram a se conscientizar de que a degradação ambiental não deve ser vista como um fato dissociado das questões de caráter econômico, social e ainda cultural, pois as contradições existentes entre as relações sociais levam cada vez mais a um agravamento da crise ambiental. A partir da década de 1970 ocorre uma forte tomada de consciência dos problemas ambientais. Os principais marcos ambientais foram: o Relatório sobre os limites do crescimento, publicado pelo Clube de Roma em 1972; a Conferência de Estocolmo, também ocorrida em 1972, na qual ocorre a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), do Programa de Observação da Terra e da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD); o surgimento do conceito de ecodesenvolvimento, em 1973; a consolidação do conceito de desenvolvimento sustentável pela CMMAD, através do relatório Nosso Futuro Comum, conhecido como Relatório Bruntland, em 1987 e a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992, com a produção do documento intitulado Agenda 21. Atualmente o conceito de desenvolvimento sustentável ainda é muito discutido e incorporado por inúmeras instituições, governos e órgãos não governamentais. Além disso, a questão do desenvolvimento sustentável é tida como base fundamental para múltiplos estudos científicos. Entretanto, no Brasil o avanço para uma sociedade mais sustentável é permeado de dificuldades, pois há uma restrita consciência na sociedade a respeito das implicações do modelo de desenvolvimento em curso. As causas básicas que provocam a degradação ambiental podem ser atribuídas, não só a questões de cunho econômico, mas às instituições sociais, aos sistemas de informação e comunicação e aos valores adotados pela sociedade. Dessa forma se faz necessário estimular uma participação mais ativa das pessoas no debate dos seus destinos, como uma forma de estabelecer um conjunto socialmente identificado de problemas, objetivos e soluções. De acordo com a Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 225, todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para presente e futuras gerações. Esse princípio constitucional implica a responsabilidade política de governantes nas diversas esferas e das representações da sociedade civil, como um todo. A educação, e mais especificamente a ambiental, mostra-se como um processo social indispensável à formação da mentalidade de cidadãos de uma sociedade, integrando as responsabilidades dos poderes públicos e da população. A educação ambiental pode ser vista como um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir e resolver problemas ambientais, presentes e futuros. (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, 2004 apud Dias, 1994). Para Jacobi (2003), a formulação de uma educação ambiental crítica e inovadora passa por desafios existentes em dois níveis: formal e não formal. Dessa forma deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque deve buscar uma perspectiva holística de ação, que relacione o homem, a natureza e o universo, tendo em conta que os recursos naturais se esgotam e que o homem é o principal responsável pela sua degradação. As formas de atuação da educação ambiental podem ser visualizadas por diferentes atores sociais, através de diversos modos. Ações nesse sentido são realizadas por comunidades locais, ONGs e programas governamentais. Os educadores ambientais devem possuir formação inicial e continuada a partir de uma perspectiva interdisciplinar, garantindo assim uma visão ampliada do conhecimento (Carneiro, 2006). O objetivo deste trabalho é dicutir programas/projetos ligados a educação ambiental existentes no município de Rio Claro – SP. Para tanto foram levantadas informações a este respeito na Secretaria da Educação pertencente a Prefeitura Municipal de Rio Claro e no Departamento de Educação da Universidade Estadual Paulista – UNESP campus de Rio Claro. METODOLOGIA Inicialmente elaborou-se levantamento bibliográfico concernente a leituras referentes a educação ambiental e ao município de Rio Claro – SP. Em seguida pesquisou-se os programas/grupos de pesquisa em educação ambiental existentes no município. Para tanto foi elaborada uma pesquisa junto ao site da Rede Paulista de Educação Ambiental – REPEA, à Secretaria Municipal da Educação de Rio Claro e ao departamento de Educação da Universidade Estadual Paulista – UNESP campus de Rio Claro. Nos dois últimos locais foram obtidas entrevistas informais com funcionários a fim de se obter as informações desejadas. RESULTADOS E DISCUSSÕES Rio Claro é um município situado a 170 km da capital do estado de São Paulo. Em 2008 possuía uma população de 191.211 habitantes, sendo 187.141 habitantes em área urbana e 4.070 habitantes em área rural (SEADE, 2008). Em relação a questões ambientais, acontecem diversos impactos relacionados a alterações antrópicas em Rio Claro. Nos últimos 40 anos ocorreu uma forte expansão urbana, devido principalmente ao cresimento industrial causado pelo processo de desindustrialização e desconcentração industrial na Região Metropolitana de São Paulo, que redirecionou o fluxo migratório para o interior do Estado de São Paulo. A respeito dos recursos hídricos, o município faz parte da região da sub bacia hidrográfica do rio Corumbataí. Esta conta com o rio Passa Cinco, o rio Cabeça e o Ribeirão Claro como principais afluentes. Durante a expansão populacional da cidade houve a canalização do Córrego da Servidão (que está sob a Avenida Visconde de Rio Claro) e do Córrego Lavapés (sob a Av. Ulisses Guimarães), que atualmente são canais receptores de esgoto urbano. Nos últimos vinte anos a expansão da cidade se dirigiu para além da rodovia Washington Luis (sentido oeste-sudeste) e mais recentemente a noroeste da cidade (Antonio Filho, 2003). Com isso foram construídas ruas e loteamentos próximos as margens do rio Corumbataí, acelerando processos de enchentes e degradação nos trechos envolvidos. Ao longo do Ribeirão Claro surgem inúmeros loteamentos irregulares, que pressionam os limites do Câmpus Universitário da Unesp e do Horto Florestal, além de poluir os corpos d’água, destruir a mata ciliar e causar assoreamento. A cobertura vegetal natural ocupa apena 3,7% de todo território rioclarense (COMITÊS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS PCJ, 2004-2006). Compreendem em seu terreno as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) denominadas Corumbataí - Botucatu – Tejupá e Piracicaba - Juqueri-Mirim e a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA), conhecida como Horto Florestal. Com a expansão urbana de Rio Claro o Horto Florestal sofreu alterações em suas divisas. Os responsáveis por essas modificações são os bairros Cidade Nova, Vila Paulista, Jardim Conduta, Bela Vista, Vila Bela, Indaiá, Vila Alemã, São Miguel e os projetos habitacionais que estão em trâmites na justiça: Projeto Pé-no-chão São Miguel e Projeto Pé-no-Chão Jardim Conduta. O primeiro em área da FEENA ao lado do Campus da Unesp e o segundo em área de proteção ambiental às margens do Ribeirão Claro (Zanpim, 2008). Segundo estudo de Rossetti et all (2007), Rio Claro perdeu parte significativa de sua cobertura vegetal já no início da década de 1970 comparada a década anterior. Em 1962 observou-se, através de Imagens Aerofotogramétricas, quantidade significativa de vegetação, particularmente em áreas privadas, como fundos de quintais e loteamentos e ainda em áreas públicas; no setor norte da cidade, em áreas como o Parque Lago Azul e o Haras; e no setor sul, a arborização da Avenida da Saudade e a área junto ao Aeroclube. Em 1972 a mesma pesquisa verificou que em grande parte das quadras da zona central, a vegetação de fundo de quintal foi removida, sendo substituída por edificações. Em bairros novos, tanto no setor sul como norte da cidade, edificações substituíram total ou parcialmente a cobertura vegetal. As áreas vegetadas junto ao Aeroclube e Avenida da Saudade (zona sul) permaneceram, enquanto que no entorno do Lago Azul e área do Haras a cobertura vegetal foi parcialmente removida e substituída por edificações. A partir da consideração de que educação ambiental advém da preocupação da sociedade em preservar os recursos ambientais, a seguir são expostos os programas de educação ambiental cadastrados nas fontes anteriormente citadas e as informações referentes ao tema na área de estudo. Através da página da internet da Rede Paulista de Educação Ambiental – REPEA, podese obter informações quanto a educadores ambientais de Rio Claro cadastrados na rede. A REPEA surgiu a partir de articulações realizadas antes e durante a Conferência Eco92. Sua proposta é fortalecer a educação ambiental no estado de São Paulo, através da integração entre pessoas e instituições que desenvolvem atividades nessa área. A rede possui parceria com o Sistema Brasileiro de Informações sobre Educação Ambiental (SIBEA). Este é um projeto do Programa Nacional de Educação Ambiental, aberto e implantado no Ministério do Meio Ambiente, desde janeiro de 2002. Na SIBEA estão armazenadas informações sobre atividades de educação ambiental, localização de educadores e especialistas da área, bibliografia e legislação ambiental e noticiários sobre encontros de educação ambiental. De acordo com o site do projeto, existem 563 educadores ambientais cadastrados em Rio Claro (REDE PAULISTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2008). Apesar da visualização dos educadores ambientais cadastrados, as informações dispostas referem-se apenas a um resumo acadêmico e não aos projetos de educação ambiental vinculados ao pesquisador. Projetos/programas de educação ambiental no campus da Unesp/Rio Claro No Campus da Unesp de Rio Claro existem programas de educação ambiental compostos por professores e alunos de diferentes cursos dos dois Institutos existentes: Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) e Instituto de Biociências (IB). Dentre estes constam o programa Coleta Seletiva de Resíduos, o Grupo da floresta, o projeto Preserve e o projeto Semente viva. O programa Coleta Seletiva de Resíduos iniciou-se em novembro de 2002. É formado por professores e alunos da Universidade e conta com a colaboração de toda a comunidade acadêmica. Para sua viabilização foram distribuídas em todas as seções e departamentos caixas individuais de papelão, onde docentes e funcionários separam papéis que serão coletados pela equipe de limpeza e posteriormente depositados em contêineres da empresa denominada Primos. Primeiramente é feita a pesagem do lixo bruto inicial para se ter conhecimento da quantidade de resíduos sólidos consumidos. Também são analisados dados acerca de desperdícios e locais para armazenamento. Todo o lixo reciclado coletado de latões instalados é revertido para entidade filantrópica. Apenas papel e papelão são vendidos para a empresa Primos, cuja renda é revertida para o próprio programa. O programa iniciou em 2007 a campanha intitulada “Descarte o descartável” e desde então os freqüentadores do restaurante universitário do campus substituiram o uso de copos descartáveis por canecas. Foram distribuídas gratuitamente canecas e panfletos do programa para a comunidade universitária e atualmente não há copos descartáveis no restaurante. Também foram dispostos cartazes de conscientização visando à economia de energia elétrica, do consumo de água e do uso de papéis higiênicos em banheiros da universidade. Trata-se de um programa de educação ambiental com expressivos resultados em meio a comunidade acadêmica. O Grupo de estudos e pesquisas em educação ambiental intitulado Grupo da floresta é formado por graduandos dos cursos da UNESP, fazendo articulações entre pesquisas e intervenções nas dependências da FEENA e do campus da universidade. Os principais objetivos são: desenvolver estudos em educação ambiental, realizar pesquisas que tenham como objeto a educação ambiental, elaborar materiais didáticos que subsidiem o desenvolvimento de atividades em educação ambiental e desenvolver projetos de formação de professores para a realização de atividades de educação ambiental. O projeto “Preserve o Planeta Terra” foi criado em 2001, por iniciativa de alunos do curso de biologia e pela professora Dejanira D’Angelis. Atualmente este projeto de educação ambiental desenvolve suas atividades no Bairro Bonsucesso (situado na periferia do município) dentro ONG Núcleo ArteVida. Atualmente o projeto conta com nove monitoras e trabalha com trinta crianças na faixa etária entre nove e onze anos, com perspectiva para abrir mais uma turma com quinze alunos. Dois temas principais são trabalhados: o lixo e a água. Em relação ao lixo, aborda-se que é um material produzido pelo homem, relacionando-o à questão do consumismo incentivado pela mídia e ao lucro de grandes empresas. Quanto à água, foca-se desde o ciclo da água até os diferentes usos que o homem faz dela. Outro projeto de educação ambiental existente no campus da UNESP de Rio Claro é o projeto intitulado Semente viva. Teve início no ano de 2000 e foi criado por alunos do curso de Ecologia. Atualmente possui cerca de 30 membros envolvidos desenvolvendo trabalhos de caráter extensivo junto à comunidade, especificamente com crianças em idade pré-escolar de uma escola pública de Rio Claro. Interagem com o público alvo na busca de uma nova consciência, valores e atitudes que atentem à interdependência fundamental existente dentro dos ecossistemas naturais e o comportamento do ser humano dentro desse contexto. Projetos/programas de educação ambiental cadastrados na Secretaria da Educação De acordo com a Secretaria da Educação, os projetos de educação ambiental existentes em Rio Claro atuam principalmente em escolas públicas. Para este trabalho foram informados os projetos de educação ambiental desenvolvidos no ano de 2009 cadastrados na prefeitura, bem como seus objetivos. Ressalta-se a existência de projetos interdisciplinares em escolas que não estão cadastrados na prefeitura. O projeto Horta nas escolas municipais começou no primeiro bimestre de 2009 e possui parceria com a Secretaria da Agricultura. A horta inserida no ambiente escolar pode ser um laboratório vivo, por possibilitar o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas em educação ambiental e servir como fonte de alimentação, unindo teoria e prática de forma contextualizada. Segundo a Secretaria da Educação, este projeto favorece o desenvolvimento de atividades lúdicas, instigando o interesse e a criatividade dos alunos. Outro projeto desenvolvido é intitulado Aprendendo com a natureza. Possui o objetivo de possibilitar aos alunos do ensino fundamental das 4º séries a ampliação das noções sobre o meio que os cercam. Sistematiza alguns conhecimentos relacionados aos fenômenos que ocorrem no planeta, aos componentes da Terra (água, solo, ar e seres vivos), ao equilíbrio na natureza e a interação do ser humano com o ambiente para a manutenção de sua saúde e a conservação ambiental. Objetiva ainda oferecer condições para que alunos possam se apropriar de conceitos que envolvem as questões ambientais de forma crítica e reflexiva. Rio Claro aderiu ao Programa Município Verde, lançado pelo governador José Serra (PSDB) e pelo secretário de Meio Ambiente do Estado, Xico Graziano. O objetivo do projeto é articular ações em nível municipal voltadas à melhoria dos sistemas de tratamento de esgoto e de coleta e reciclagem de lixo, além das atividades de educação ambiental. O programa inclui a participação do município nos processos de licenciamento ambiental e fiscalização de empreendimentos passíveis de serem enquadrados na legislação pertinente. Em relação a este programa, não foram obtidas informações relacionadas aos seus resultados efetivos. CONCLUSÕES Ações ligadas a educação ambiental despertam a conscientização ambiental da população e são imprescindíveis para geração de mudanças ambientalmente positivas no modo de vida das sociedades. Os projetos e programas voltados a conscientização ambiental no município abordam diversas questões para grupos de diferentes faixas etárias, como a reciclagem de lixo na universidade, atividades ambientais com crianças de escolas da periferia e estudos sobre o tema em meio acadêmico. Nas práticas de educação ambiental no câmpus da Unesp existe participação conjunta de professores e alunos de diferentes cursos da universidade, colocando em prática a questão da interdiciplinaridade na educação e promovendo maior intercâmbio de conhecimentos científicos e saberes sociais. A partir de aprendizados e práticas ambientais os participantes se tormam mais críticos para agir em relação a problemas ambientais vivenciados localmente e inferir sobre questões globais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTONIO FILHO, Fadel David. Crescimento urbano e recursos hídricos: o caso de Rio Claro (SP). Revista Estudos Geográficos, Rio Claro, 15: 55-62. BRASIL. Constituição (1988). 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