Página 4 São Paulo, sexta-feira, 11 de dezembro de 2015 Política www.netjen.com.br boletim Focus do Banco Central, na edição da última semana de novembro, expressa, na frieza de suas estatísticas, as fortes emoções que a conjuntura econômica vem provocando no coração e na mente dos brasileiros. A estimativa do mercado quanto a 2016 é de acirramento da inflação e continuidade do processo recessivo. Tal expectativa confirma, aliás, as previsões do próprio governo no tocante à queda do PIB no próximo ano, agora estimada pelo ministro Nélson Barbosa, do Planejamento, em 1,9%. As crises são intermitentes no capitalismo. O Brasil já enfrentou e venceu várias delas. Entretanto, mesmo nos períodos de megainflação ou no recente crash mundial de 2008, jamais havia visto tanto desânimo e ceticismo no empresariado, nos trabalhadores e na sociedade em geral. É óbvio que ninguém está resignado a esse sentimento negativo. Todos buscam alternativas para manter vivos os seus negócios, mas está faltando confiança para uma reação mais acentuada. Tal carência está na crise política, agravada pelas denúncias de corrupção contra representantes do Executivo e do Legislativo, prisões de políticos ocupantes de cargos eletivos relevantes, empresários de alto escalão e desarticulação do Governo Federal e do Congresso. O quadro institucional é uma fonte diária de descrédito. O brasileiro está constrangido e desconfiado. Sabe que tem um rombo de R$ 70 bilhões a ser coberto no orçamento da União em 2016, mas assiste com perplexidade O às soluções propostas: a mesmice do aumento de impostos. Além disso, muitos já estão fazendo um raciocínio ainda não abordado pela imprensa: com a recessão se agravando, a receita fiscal deverá ser menor do que a prevista na peça orçamentária. Ou seja, o déficit poderá ser ainda maior. Nada abate mais moralmente uma sociedade do que o desrespeito à inteligência e à capacidade de análise das pessoas. Por isso, têm irritado e provocado crescentes dúvidas, a falta de transparência, o indisfarçável constrangimento de algumas autoridades perante a opinião pública, o descaramento de outras ao negar o que já está documentalmente provado e a negligência de muitos políticos em relação ao cenário adverso. Nossas instituições democráticas ainda são sólidas, mas sua principal base de sustentação hoje, aos olhos da sociedade, são o Ministério Público, por meio da Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal e alguns segmentos da Justiça, personificados na figura do juiz Sérgio Moro, responsável pelos trâmites da Operação Lava Jato. São nítidos os motivos do desânimo nacional. Por isso, este 2015 de tantos dissabores precisa terminar — de fato! — em 31 de dezembro. É necessário pôr um fim ao descrédito e à crise política. Se o governo, o congresso e os políticos fizerem a sua parte para honrar a democracia e seus preceitos de ética, direitos e deveres, a economia a gente resolve! O Brasil verá, mais uma vez, que “um filho seu não foge à luta” e, assim, teremos um ano novo! (*) - Engenheiro (EESC/USP), é vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo São Martinho, vice-presidente da FIESP e coordenador do Comitê de Mudança do Clima da entidade. Proclamas de Casamentos CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL 7º Subdistrito - Consolação Aldegar Fiori - Oficial Faço saber que os seguintes pretendentes apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525, do Código Civil Atual Brasileiro e desejam se casar: O pretendente: DIEGO RODRIGUES DE CARVALHO, estado civil solteiro, profissão ministro de confissão religiosa, nascido em São Paulo - SP, no dia 29/06/1989, residente e domiciliado em São Paulo - SP, filho de Luiz Marinho de Carvalho Neto e de Francisca Suely Rodrigues Dantas. A pretendente: ELYEVERTTY APARECIDA AMANCIO SILVA, estado civil solteira, profissão recreacionista, nascida em Santos - SP, no dia 04/08/1992, residente e domiciliada em Sumaré - SP, filha de Itamar Barbosa Silva e de Dijane Amancio da Silva. O pretendente: PAULO CORDEIRO DE MELLO, estado civil solteiro, profissão economista, nascido em São Paulo - SP, no dia 15/08/1975, residente e domiciliado em São Paulo - SP, filho de Pedro Cordeiro de Mello e de Deniza Burger Cordeiro de Mello. A pretendente: CLAUDIA MOURA COLLET SILVA, estado civil solteira, profissão administradora de empresas, nascida em São Paulo - SP, no dia 13/09/1980, residente e domiciliada em São Paulo - SP, filha de Geraldo José Sertório Collet Silva e de Maria Aparecida Moura Collet Silva. O pretendente: ROBERTO CARLOS SPINA, estado civil divorciado, profissão arquiteto, nascido em São Paulo - SP, no dia 07/06/1964, residente e domiciliado em São Paulo - SP, filho de Amos Spina e de Neusa Rodrigues Spina. A pretendente: TATIANA INES DAINA PATTI, estado civil viúva, profissão psicanalista, nascida em São Paulo - SP, no dia 28/08/1965, residente e domiciliada em São Paulo - SP, filha de Nivaldo Patti e de Norimar Daiana Patti. O pretendente: ANDERSON PINHEIRO, estado civil solteiro, profissão auditor, nascido nesta Capital, Limão - SP, no dia 17/09/1981, residente e domiciliado neste Subdistrito, São Paulo - SP, filho de Antonio Helio Pinheiro e de Luzia Aparecida Pinheiro. A pretendente: RACHEL NATALINE FIGUEIREDO, estado civil solteira, profissão publicitária, nascida nesta Capital, Indianópolis - SP, no dia 24/06/1985, residente e domiciliada em São Paulo - SP, filha de Salvador Antonio de Figueiredo e de Penha Cristina de Figueiredo. O pretendente: MARCELO BERNARDO AMANCIO, estado civil divorciado, profissão pastor, nascido em Ribeirão Preto - SP, no dia 16/01/1974, residente e domiciliado em São Paulo - SP, filho de Roberto Amancio e de Maria Aparecida Bernardo Amancio. A pretendente: UANA MARIA MIGUEL JORGE, estado civil divorciada, profissão biomédica, nascida em Santo André - SP, no dia 03/11/1966, residente e domiciliada em São Paulo - SP, filha de José Francisco dos Santos e de Carolina Lima dos Santos. O pretendente: RODRIGO MAIA DIAS, estado civil solteiro, profissão designer gráfico, nascido em São Gonçalo do Sapucaí - MG, no dia 02/10/1987, residente e domiciliado em São Paulo - SP, filho de Marcos Antônio Dias e de Ana Maria Maia Dias. A pretendente: MAIARA LOURENÇO BARBOZA, estado civil solteira, profissão estudante, nascida em Leme - SP, no dia 09/12/1990, residente e domiciliada em São Paulo - SP, filha de Odair Barboza e de Giselda Aparecida Lourenço Barboza. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-se na forma da lei. Lavro o presente, para ser afixado no Oficial de Registro Civil e publicado na imprensa local Jornal Empresas & Negócios Os senadores aprovaram, em dois turnos e com 61 votos favoráveis, parte da PEC que possibilita aos detentores de mandatos eletivos deixarem os partidos pelos quais foram eleitos nos 30 dias seguintes à promulgação da Emenda Constitucional, sem perder o mandato desfiliação, porém, não será considerada para fins de distribuição do dinheiro do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão. Essa possibilidade de mudança de partido sem perda de mandato fazia parte da proposta de emenda constitucional que trata da reforma política já aprovada pelos deputados. O restante do texto, inclusive com a possibilidade do fim de reeleição para presidente, governador e prefeito, vai ser examinado na Comissão de Constituição e Justiça. O relator, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), explicou que só havia consenso para que fosse votado ainda este ano o artigo da PEC que trata da “janela eleitoral”. A Segundo o presidente do Senado, a data de promulgação da PEC, será definida após um acordo entre os líderes partidários. Ao defender a aprovação da proposta, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) registraram o caso do Partido da Mulher Brasileira, criado em setembro último. O PMB conta com 20 deputados, dos quais duas mulheres. A entrada no novo partido tem sido a Comissão do Senado aprova regulamentação dos jogos de azar Votação eletrônica nas eleições de 2016 A Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional aprovou o projeto que regulamenta a exploração dos jogos de azar. A proposta permite o funcionamento no país de cassinos e bingos, além de legalizar jogos eletrônicos e o jogo do bicho. O relator, senador Blairo Maggi (PR-MT), acatou a sugestão de vedar aos políticos a exploração dos jogos de azar. “Eu, particularmente, acho que o político é igual a todo mundo. Mas, para resguardar e dar mais transparência, acatamos essa sugestão”, afirmou Blairo. A aprovação do projeto, no entanto, não veio sem polêmica. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) se posicionou contrário à proposta, dizendo que o jogo “concentra renda”, ao tirar dinheiro de muitos e concentrar em apenas um ganhador. E que práticas ilícitas envolvendo drogas e prostituição podem ser incentivadas com a regularização do jogo. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) anunciou que iria se abster da votação, apontando O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou que as eleições municipais do ano que vem serão feitas com urnas eletrônicas. Segundo o tribunal, após o Congresso aprovar o projeto de lei que mudou a meta fiscal de 2015, o Ministério do Planejamento fez uma nova estimativa de receitas que garantem a votação por meio eletrônico. Com a nova meta, a Justiça Eleitoral terá R$ 267 milhões garantidos. A equipe econômica manteve corte de R$ 161 milhões. No dia 3 de novembro, o tribunal informou que não teria recursos para custear a eleição com urnas eletrônicas, devido ao contingenciamento de R$ 428 milhões do orçamento da Justiça Eleitoral para aguardar a decisão que mudaria a meta fiscal. Dessa forma, os eleitores brasileiros voltariam a escolher seus representantes pelo voto de papel (ABr). Blairo Maggi relatou o projeto na Comissão de Desenvolvimento Nacional. que tinha “muitas dúvidas” sobre o projeto. Ela disse que não se tratava de uma questão partidária ou de governo, mas opinou que o projeto deveria ser discutido de forma mais profunda. Apesar dos questionamentos, o projeto foi aprovado por 8 votos a favor e 2 contrários, além de uma abstenção. O projeto, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), traz a definição dos tipos de jogos que podem ser explorados, os critérios para autorização Não haverá votações no Plenário até decisão do STF sobre impeachment O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que não haverá mais votações no Plenário da Casa até a decisão definitiva do STF sobre a tramitação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo Cunha, são os próprios partidos que estão interessados em obstruir as votações, aguardando uma decisão final do STF. O presidente disse estranhar uma decisão liminar do Supremo em recurso incidental sobre Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), como foi o caso da decisão do ministro Edson Fachin à ação impetrada pelo PCdoB, que questiona o rito a ser adotado em processo de impeachment. Fachin suspendeu a tramitação do pedido de impeachment até quarta-feira (16), quando o plenário da Corte deverá julgar a ação do PCdoB. No entanto, Eduardo Cunha disse que respeita a decisão do Cunha avalia que a decisão do STF vai atrasar os procedimentos em torno do pedido de impeachment. STF e avalia que ela vai atrasar todos os procedimentos em torno do pedido de impeachment, em um efeito contrário aos governistas que defendem celeridade no processo. Para o julgamento definitivo do STF, Cunha informou que enviou as explicações complementares pedidas pela Corte. No entanto, ele acredita que as divergências e as disputas em torno do impeachment vão manter os riscos de judicialização até o fim do processo. Ele reafirmou que está seguro em relação à correção dos procedimentos adotados, quando a votação para eleição dos integrantes da comissão especial foi secreta e os deputados elegeram uma chapa alternativa. Infração grave para quem estacionar em vaga para idosos [email protected] Para veiculação de seus Balanços, Atas, Editais e Leilões Bal neste jornal, consulte sua agência de confiança, ou ligue para TEL: 3106-4171 www.netjen.com.br brecha dos novos deputados para sair de suas legendas sem perder o mandato. “A proposta significa, na prática, criarmos um instrumento constitucional para estancar a deformação do processo político brasileiro e, especialmente, o processo partidário”, declarou Renan. Valadares também chamou atenção para o caso do PMB. “Já são 20 deputados inscritos no Partido das Mulheres, sendo que apenas duas mulheres. Vêse que essa foi uma manobra exclusivamente para mudar de partido. O deputado leva consigo o fundo partidário, dá prejuízo àqueles partidos que se organizaram ao longo de tantos e tantos anos, subtraindo parcelas importantes do fundo partidário”, afirmou (Ag.Senado). Marcos Oliveira/Ag.Senado Jamais havia visto tanto desânimo e ceticismo no empresariado, nos trabalhadores e na sociedade em geral Moreira Mariz/Ag.Senado João Guilherme Sabino Ometto (*) Aprovada PEC que abre janela para troca de partidos Alex Ferreira/Ag.Câmara A economia a gente resolve! A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou proposta que considera infração grave - com cinco pontos na carteira de habilitação, multa de R$127,69 e remoção do veículo - o uso indevido de vagas de estacionamento para idosos e pessoas com deficiência. A proposta agrava a penalidade, que era uma infração leve e tinha multa de R$ 53,20, com três pontos na carteira. A relatora, deputada Tia Eron (PRB-BA), combinou os textos das propostas da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) e do deputado Antonio Bulhões (PRB-SP). A proposta considera como vias públicas os estacionamentos externos ou internos das edificações de uso público ou de uso coletivo. Há controvérsias quanto à fiscalização das vagas nos estacionamentos de estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo. A deputada Mara Gabrilli, que é cadeirante, explica que essa mudança é necessária porque em estabelecimentos privados de uso público - como supermercados, shopping centers e clubes - a polícia e os órgãos que autuam não podem entrar para punir as pessoas que param indevidamente na vaga. “Os seguranças de shopping, por exemplo, não têm poder de polícia. Então, eles não podem tirar, realmente, alguém da vaga. É uma falta de educação muito grande que acontece no Brasil”. A proposta foi aprovada em todas as comissões da Câmara e deve seguir para análise do Senado (Ag.Câmara). e regras para distribuição de prêmios e arrecadação de tributos — destinados à seguridade social. Na visão do autor, “é no mínimo incoerente dar um tratamento diferenciado para o jogo do bicho e, ao mesmo tempo, permitir e regulamentar as modalidades de loteria federal hoje existentes”. Segundo o senador, as apostas clandestinas no país movimentam mais de R$ 18 bilhões por ano (Ag. Senado). Acordo com Mercosul tem apoio majoritário na UE O ministro Armando Monteiro (MDIC), disse que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia tem o apoio da maior parte dos ministros do bloco econômico europeu. “Houve uma reunião importante semana passada. O resultado é que, dos 27 ministros, 22, de maneira inequívoca, defenderam o acordo [com o Mercosul] por entenderem que ele era prioritário. Portanto, há já um consenso. A oferta do Mercosul está absolutamente finalizada”, declarou Monteiro. O ministro evitou nomear os cinco países que permaneceriam contrários ao acordo. Ele destacou apenas que há o respaldo “de países importantes, como Alemanha e Reino Unido”. Monteiro disse ainda que não é necessário unanimidade entre os membros da Comissão Europeia para que a proposta do Mercosul seja aceita. “Temos confiança de que vamos finalmente dar a partida no processo de acordo entre Mercosul e União Europeia, depois de 15 anos ensaiando”. As negociações para um acordo entre Mercosul e União Europeia começaram no fim da década de 1990 e, desde então, avançam de maneira inconsistente. Em 2004, chegou a ocorrer uma troca de ofertas entre os blocos, que não resultou em acordo. Em 2010, as negociações foram retomadas, mas a troca de ofertas agendada para 2013 não ocorreu. Para serem consideradas satisfatórias, espera-se que as ofertas desonerem de 85% a 95% do volume do comércio de cada bloco econômico (ABr).