O ANTICRISTO [ORIGEM, ATIVIDADES, TÍTULOS E A MARCA]
{Apocalipse 13}
Neste momento do apocalipse João está prestes a nos revelar os dois
maiores instrumentos de satanás em forma humana que o mundo já pode ter.
Estou me referindo as duas bestas, tanto a que sobe do mar (Ap13. 1), quanto
a que sobe da terra (Ap13. 11). Estes serão instrumentos de satanás (Ap 13. 2,
7, 13,14) para perseguição do povo de Deus (Israel e os que se converterem)
durante o negro período da grande tribulação, e também para semear a
mentira e o engano no mundo após o arrebatamento da igreja.
A primeira besta é o anticristo. O seu nome significa rival, alguém que é
contra, usurpando o nome e as prerrogativas que pertencem unicamente a
Cristo. Este homem será o último governante mundial antes do reino milenar de
Cristo sobre a terra. Seu governo será marcado pelos maiores enganos,
mentiras, perseguições e guerras que o universo já pode presenciar.
Já em nossos dias existem evidências de que o mundo o espera. Em 1968 foi
fundado em Roma o clube de Roma o objetivo deste é estudar o futuro da
raça humana. Estes, com seus apurados estudos chegaram à conclusão que a
humanidade precisa urgentemente de um único governo centralizado para
resolver os seus problemas econômicos, sociais raciais, religiosos e políticos.
Veja as características pelas quais é descrito este homem e assim descobrirá
quem ele realmente será na história mundial.
CARACTERÍSTICAS DO ANTICRISTO
a) “A besta” (Ap 13.1); O Vocábulo grego é (therion) que significa “besta ou
animal selvagem”. Com isso, fica claro o caráter vil, desprezível, animalesco e
destruidor deste que um dia será governante dessa terra.
b) “Sete cabeças” (Ap 13.1); Isto fazer alusão a sua grande capacidade de
inteligência, astúcia e força intelectual para o cumprimento de seus planos.
Mas de uma forma mais direta representam reis que governarão com o
anticristo por um pouco de tempo (Ap 17.9,10).
c) “Dez chifres” (Ap 13.1); seus chifres representam reis (Ap 17.12) estes dez
reis são nações que apoiarão o governo mundial do anticristo, uma verdadeira
confederação mundial de nações que se oporão a Cristo e a fé verdadeira (Dn
7. 23-25).
d) “Dez diademas” (Ap 13.1); talvez estes simbolizem a beleza e a autoridade
dos chifres, reis, nações coligadas ao governo do anticristo.
e) “Nome de blasfêmia sobre as cabeças” (Ap 13.1); como a besta é inimiga
de Cristo e de Deus e as suas cabeças representa reis, teremos então, filiados
ao governo do anticristo reis inescrupulosos, arrogantes, sem temor aos céus,
e com isto insultarão a Deus com suas palavras e vida arrogante, talvez
reputando para si adoração como deuses.
f) “Semelhante ao leopardo” (Ap 13.2); Na visão apocalíptica de Daniel 7 o
leopardo representa a “Grécia”, que simboliza rapidez. Precisa-se considerar
que o tempo de três anos e meio gastos pelo anticristo para conquistar os
reinos do mundo (Dn 9. 27; Ap 13. 2, 3, 4), é na verdade um tempo Recorde.
Incrível como tão rápido ele conquistou os quadrantes da terra.
g) “Pés como de Urso” (Ap 13.2); Reportando-se para Daniel 7 o urso é a
representação da “Pérsia”, que simboliza força.
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h) “Boca como de leão” (Ap 13.2); ainda na visão de Daniel 7 o leão
representa a “babilônia”, que simboliza soberba.
O texto bíblico de apocalipse 13.2 nos dá a informação de onde vem o
sucesso do anticristo, “... o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande
poderio”. Não se deve esquecer que todas as obras da besta estão associadas
a satanás, pois é o mesmo que o capacita para tais realizações. Esse é o
tempo da trindade satânica agir. Satanás como o antiDeus, o anticristo
buscando a adoração que pertence a Cristo e o falso profeta como o
antiespírito, com os poderes e milagres de mentira para converter os corações
dos homens ao anticristo. Assim como o Espírito Santo faz aos homens para
servir a Cristo.
ATIVIDADES DO ANTICRISTO
a) A verdadeira identidade do anticristo só será conhecida três anos e meio
mais tarde, quando ele romper a aliança feita com Israel (Dn 9.27), tornar-se
governante mundial, declarar-se Deus, profanar o templo de Jerusalém (2Ts 2.
3,4; Ap 13. 14,15), proibir a adoração a Deus (2Ts 2.4-11) e assolar a terra de
Israel (Dn 9.27; 11. 36-45).
b) O anticristo se autodenominará Deus, e perseguirá severamente quem
permanecer leal a Cristo (Ap 11. 6,7; 13. 7,15-18; Dn 7.8, 24, 25).
c) Fará grandes sinais de mentira pela eficácia de satanás (2Ts 2. 9).
SEUS SUPOSTOS TÍTULOS
a) “O homem do pecado” (2 Ts 2. 3).
b) “O filho da perdição” (2 Ts 2. 3)
c) “O iníquo” (2 Ts 2. 8)
d) “Anticristo” (1 Jo 2.18)
e) “Besta” (Ap 13.1)
f) “O chifre pequeno” (Dn 7.8)
g) “O rei feroz de cara” (Dn 8. 23-25)
h) “O príncipe que há de vir” (Dn 9. 26)
i) “O rei que fará segundo a sua própria vontade” (Dn 11.36)
QUAL SERÁ SUA VERDADEIRA ORIGEM?
Ao tomar por base a afirmação de apocalipse 13.1, percebemos a besta
surgindo do mar. Isto na linguagem bíblica refere-se às nações (Ap 17.15; Sl
65.7; Is 17. 12; 57. 20; 60. 5; Jr 51. 13, 41, 42, 55), ela acha sua base de poder
nas nações da terra, na sociedade dos ímpios.
Mas será que a bíblia nos dará uma informação mais precisa, quanto, a
saber, de onde ele surgirá para o mundo? Diante de tantas especulações
acerca do assunto, precisamos nos aperceber para a declaração bíblica em
(Dn 9.27) “... e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o
santuário...”.
É sabido por nós que este povo que o texto se refere é o antigo império
Romano, que no ano 70 d.C, sob o comando do general Tito fez se cumprir à
profecia que o autor se refere acima destruindo a cidade de Jerusalém e o seu
santuário.
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O príncipe que Daniel se refere é o anticristo, se seu povo destruiria a cidade
e o templo de Jerusalém, e se este povo foi o antigo império Romano, concluise que a besta surgirá deste império Romano que se levantará nos últimos
tempos (Dn 7. 7, 8, 9; Ap 13.3).
A segunda besta é o braço direito da primeira, será por meio dela que o
mundo será influenciado a adorar o anticristo (Ap 13. 12). Será usada pelo
poder de satanás para enganar os povos da terra (Ap 13. 13,14). Esta segunda
besta é o “falso profeta” (Ap 19. 20; 20. 10).
Perceba que esta segunda besta não é tão aterradora como a primeira com
muitas características, essa tem chifres como um cordeiro, mas falava como
um dragão (Ap 13.11). O falso profeta será pelo o que o texto nos sugere um
falsário de marca maior a favor das causas do anticristo. Será o líder de uma
igreja ecumênica que adorará ao anticristo e semeará a sua religião no mundo
todo (Ap 13.11-14).
A segunda besta tem o mesmo poder da primeira (Ap 13 12a), realiza
grandes sinais (Ap 13.13), este comunicará a imagem do anticristo espírito e a
imagem falará aos homens na terra (Ap 13. 15), e terá poder para exterminar
todo aquele que não adorassem a imagem. A história de Roma mostra que os
mágicos da época realizavam sinais impressionantes para conquistar o povo, e
atribuíam aos imperadores poderes milagrosos, até o poder de ressuscitar os
mortos.
666: A MARCA DA BESTA
A bíblia ensina que o líder da campanha em defesa da marca do anticristo
será o falso profeta, que estará ligado com a falsa igreja (Ap 13. 11-18).
Apocalipse 13. 15 deixa claro que o ponto chave em tudo isso é adorar “a
imagem da besta”. A marca da besta é simplesmente um meio de forçar as
pessoas a declararem de que lado estão: do anticristo ou de Cristo. Todos
terão que escolher um dos lados.
A palavra “marca” aparece em muitas passagens da bíblia. Por exemplo, ela
é usada várias vezes em Levítico, referindo-se a um sinal que torna a pessoa
cerimonialmente imundo, e está geralmente relacionada à lepra. É interessante
notar que Ezequiel 9.4 usa a ideia de “marca” que apocalipse usa;
“E lhe disse: passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um
sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações
que se cometem no meio dela”.
Nessa passagem, o sinal serve de preservação, assim como o sangue
espalhado nas ombreiras das portas dos hebreus durante a passagem do anjo
da morte, como relata o livro do Êxodo. Em Ezequiel, a marca é colocada na
fronte, semelhante a do apocalipse. Todas as sete ocorrências da palavra
“marca” ou “sinal” (gr. charagma) no Novo Testamento em grego, encontra-se
no livro de apocalipse, e todas se referem à “marca da besta” (Ap 13. 16,17;
14. 9,11; 16. 2; 19. 20; 20. 4).
O Dr. Thomas explica o significado desse termo na antiguidade: A marca
deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os
soldados, escravos e devotos dos templos da época de João. Na Ásia Menor,
os seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens
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para mostrar que serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV
Filopátor (221-203 a.C) marcava com o desenho de uma folha de trevo os
judeus que se submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão ao deus
Dionísio (cf. Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar
marcas para tornar pública a fé religiosa do seu portador (Is 44.5), e também a
prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu
proprietário (Gl 6.17). O termo charagma (“marca”) também era usado para
designar as imagens ou os nomes dos imperadores, cunhadas nas moedas
romanas e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da besta
colocado sobre as pessoas.
A RELAÇÃO ENTRE TECNOLOGIA E A MARCA DA BESTA
Muitos têm feito as mais variadas hipóteses sobre a marca da besta. Alguns
dizem que ela será como o código de barras utilizado para a identificação
universal de produtos. Outros imaginam que seja um chip implantado sob a
pele, ou uma marca invisível que possa ser lida pó um scanner. Contudo,
essas conjecturas não estão de acordo com o que a bíblia diz.
A marca da besta – 666 – não pode ser a tecnologia do dinheiro virtual nem
um dispositivo de biometria. A bíblia afirma de forma precisa que a marca será:
 A marca do Anticristo, identificada com sua pessoa;
 Uma marca mesmo, como se fosse uma tatuagem;
 Visível a olho nu;
 Sobre a pele, e não dentro da pele;
 Facilmente reconhecível, e não duvidosa;
 Usada após o arrebatamento, e não antes;
 Usada na segunda metade da grande tribulação;
 Necessária para comprar e vender;
 Uma demonstração de adoração e lealdade ao Anticristo;
 Promovida pelo falso profeta;
 A marca selará o destino de quem a receber, levando-os para o inferno.
Bibliografia
 Bíblia de estudos pentecostal - Editora CPAD
 Bíblia de estudo Shedd – Editora Vida Nova
 Bíblia de estudos Genebra – Editora Cultura Cristã
 Davis, John. Novo Dicionário da Bíblia – Editora Hagnos
 French, L. Arrington & Roger Strostad. Comentário B. Pentecostal - Editora CPAD
 Boyer, Orlando. Pequena enciclopédia Bíblica – Editora Vida
 Chaves Cohen, Armando. Estudos sobre o apocalipse - Editora CPAD
 Gilberto, Antônio. Daniel e Apocalipse – Editora CPAD
 Champlin, Russel Norman.O N.T versículo por versículo - Editora Hagnos
 Pentecost, J. Dwinght. Manual de escatologia - Editora Vida
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