ESCOLA ANGELINA JAIME TEBET FILO ARTHROPODA PROFESSOR CARLOS ROBERTO Filo Arthropoda Quem são?? Insetos Crustáceos Aracnídeos Diplópodes Quilópodes Filo Arthropoda Significa pés articulados (podos= pés e arthro= articulação). É o filo que apresenta o maior número de indivíduos e espécies do reino animal. Mais de 1.100.000 espécies já descritas. Formam o mais diversificado grupo do planeta. Basta dizer que 60% das espécies vivas do planeta são de artrópodes terrestres, em sua maioria insetos. Dentre os insetos, o campeão da diversidade de espécies são os besouros (ordem Coleoptera), com mais de 40% das espécies. Os besouros são absurdamente diversificados. Para termos uma idéia, cerca de 1/5 das espécies vivas no planeta são besouros. Coleoptera (koleos= estojo, pteron= asa). A principal característica é a existência dos élitros, que são asas rígidas que recobrem e protegem as asas membranosas posteriores. Características: 1. São animais triploblásticos, com simetria bilateral. 2. Corpo com segmentação heterônoma, tanto interna como externamente; os segmentos vão sendo incrementados por crescimento teloblástico, a partir da extremidade. 3. A maioria dos grupos tem uma forte tendência para uma especialização regional e formação de tagmas (cabeça, tórax e abdome) 4. A cutícula forma um exoesqueleto bem desenvolvido, geralmente com placas grossas esclerotizadas. 5. Cada segmento verdadeiro tem um apêndice articulado. 6. Possuem um par de olhos compostos formados de facetas e um ou muitos olhos simples. 7. Celoma reduzido apenas aos sistemas reprodutivo e excretor; a cavidade principal é um hemocele. 8. Sistema circulatório aberto, coração dorsal é uma bomba musculosa com ostíolos laterais para o retorno do sangue. 9. Intestino completo 10. Sistema nervoso com um cérebro dorsal e um cordão nervoso ventral com gânglios em cada segmento. 11. Ausência de cílios, exceto em espermatozóides de alguns grupos. 12. Crescimento por ecdises (mudas) periódicas, com trocas do exoesqueleto quitinoso. 13. Músculos estriados e isolados em bandas, por cada segmento. 14. Maioria dióicos, desenvolvimento direto (sem larvas), indireto (a maioria, com estágios larvais) ou misto. Detalhando: eumetazoários (com tecidos), simetria bilateral, celomados protostômios, com esqueleto externo (exoesqueleto) quitinoso, característica exclusiva, possui as funções de proteção, sustentação e impede a perda de água. A existência de quitina rígida (exoesqueleto) impede o crescimento contínuo dos artrópodos; este crescimento é feito através de mudas ou ecdises,. A muda é controlada por hormônios, como a ecdisona, Os apêndices locomotores ou alimentares são articulados e dispostos aos pares. O corpo é dividido em duas porções (cefalotórax e abdome, prossoma e opistossoma, cabeça e tronco) ou três (cabeça, tórax e abdome). Internamente, apresentam uma cavidade geral (hemocele) cheia de líquido (hemolinfa), e os órgãos respiratórios, circulatórios, nervosos, digestivos, excretor e reprodutor. O celoma dos artrópodos sofreu uma drástica redução e somente encontra-se representado pela cavidade das gônadas, e em determinados artrópodos pela cavidade dos órgãos excretores. O sistema sangüíneo-vascular dos artrópodos é composto de um coração dorsal, vasos e uma hemocele (espaço preenchido por sangue). O coração é um tubo muscular perfurado por pares de aberturas laterais denominadas óstios. a circulação é aberta ou lacunar. O sangue dos artrópodos possui diferentes tipos celulares, e em algumas espécies, o pigmento respiratório é a hemocianina (azul) ou hemoglobina (vermelha). A respiração pode ser feita por brânquias, traquéias, pulmões foliáceos ou pela superfície do corpo. A excreção pode ser feita por glândulas coxais (aracnídeos), glândulas verdes (crustáceos), ou por túbulos de Malpighi (insetos) que são ligados ao intestino. O sistema nervoso apresenta gânglios dorsais pares, um par de cordões nervosos ventrais, com um gânglio em cada segmento. Os principais órgãos sensitivos incluem: antenas e pêlos sensitivos (táteis e quimiorreceptores), olhos simples e compostos, órgãos auditivos nos Insecta e estatocistos nos Crustacea. A maioria dos artrópodos tem olhos que variam em complexidade. Alguns são simples e apresentam poucos fotorreceptores e outros são complexos com milhares de células retinais e podem formar uma imagem. Em todos os artrópodos, o esqueleto contribui com um cristalino/córnea transparente para o olho. Os insetos e muitos crustáceos tem olhos compostos; são formados por muitas unidades cilíndricas e longas chamadas omatídios; Nos Arthropoda os sexos geralmente se encontram separados, dióicos. A fecundação geralmente é interna, os ovos são ricos em vitelo, centrolécitos, e com casca. Apresentam um ou vários estágios larvais com metamorfose gradual ou abrupta. Sistemática: O filo Arthropoda, segundo Barnes (1977), está subdividido nos seguintes subfilos e classes: A) Subfilo Trilobita. Artrópodos fósseis, todas espécies extintas. Ocorreram do Cambriano ao Carbonífero. Corpo dividido por sulcos longitudinais em três lóbulos; cabeça (prossoma), tórax (metassoma) e abdome (opistossoma) diferenciados; apêndices bifurcados. Trilobites ou Trilobitas. B) Subfilo Chelicerata. Possuem 6 pares de apêndices no tórax em que o primeiro par são as quelíceras ( função alimentar), o segundo par corresponde aos pedipalpos, com função manipuladora ou copuladora, nos machos, e os outros são patas locomotoras. Existe junção da cabeça e do tórax em um tagma denominado prossoma (cefalotórax). Classe Arachnida: aranhas, opiliões, escorpiões, ácaros e carrapatos. Classe Pycnogonida: aranhas marinhas. C) Subfilo Mandibulata Classe Crustacea: camarão, lagosta, pitu; Classe Insecta: moscas, pulgas, borboletas; Classe Chilopoda: centopéia; Classe Diplopoda: milípedes (piolhos-decobra); Classe Symphyla: sínfilos de terra vegetal; Classe Pauropoda: paurópodos de húmus. Observação: Os Chilopoda, Diplopoda, Symphyla e Pauropoda compreendem a antiga classe Miriapoda, não mais aceita. O nome miriápoda pode, entretanto, ser utilizado para nos referirmos a todos estes animais em conjunto. As cinco classes principais são: Outros autores dividem os artrópodos atuais e fósseis em quatro grupos de acordo com sua origem evolutiva: os Trilobita, já extintos, os Chelicerata, que compreendem os ácaros, escorpiões, aranhas e carrapatos, os Crustacea, que abrangem os caranguejos, camarões e lagostas, e os Uniramia, um grupo diverso que contém os insetos e os miriápodos. Os unirremes recebem este nome porque seus apêndices não são ramificados, Porque são os artrópodes, de um modo geral e, em particular os insetos, tão espetacularmente bem sucedidos dentre todos os invertebrados? QUITINA DIETA VARIÁVEL Morfologia da ordem Araneae da classe Arachnida: Nos araneídeos o corpo divide-se em cefalotórax ou prossoma (que resulta da fusão da cabeça e do tórax) e abdômen ou opistossoma. Não apresentam antenas. Quelíceras: são estruturas em forma de gancho ou tenaz, servem para capturar a presa e apresentam freqüentemente glândulas de peçonha associadas; As quelíceras são apêndices articulados, com várias formas e funções, localizados na região bucal. Podem ser inoculadores de veneno, preensores ou ainda estiletes perfurantes, para sugar sangue. Anatomia interna Uma vez capturada a presa, os aracnídeas injetam nela seus sucos digestivos, que vão efetuar a digestão extra-intestinal, em seguida eles sugam uma pasta, alimento já praticamente pré-digerido. A respiração é feita por filotraquéias. Cada filotraquéia é um conjunto de lâminas paralelas que têm suas faces externas em contato com o ar e a face interna banhada pelo sangue das lacunas. A circulação é lacunosa e o coração é dorsal, abdominal. A excreção é feita por túbulos de malpighi, como nos insetos. Há também glândulas coxais que eliminam nas pernas uma espécie de guanina e ácido úrico. O sistema nervoso apresenta um cérebro, um anel nervoso ao redor do tubo digestivo e uma cadeia ganglionar ventral, basicamente no mesmo padrão dos insetos. Reprodução - Os aracnídeos são animais de sexos separados e a fecundação e interna. Os aracnídeos são vivíparos ou ovíparos. • Os pedipalpos correspondem ao segundo segmento e são apêndices manipuladores, tanto podendo ser semelhantes a apêndices locomotores como apresentar garras (escorpiões, por exemplo); Nos machos adultos distinguem-se pela presença do órgão copulador, bulbo que o macho usa para injetar o esperma nas aberturas genitais da fêmea. Sua finalidade é manipular o alimento e tatear os arredores. Os 4 pares de patas na grande maioria das espécies são apêndices locomotores mas o primeiro par pode ser longo e com uma função sensorial. O último par de patas está provido de uma escova de pêlos especiais, os escopelos, que permitem ao animal deslocar-se sobre superfícies lisas. Cada pata é formada por sete partes: coxa, trocânter, fêmur, rótula ou patela, tíbia, metatarso e tarso. Em alguns tipos de aranhas que constroem teias, na face superior dos metatarsos há uma ou duas filas de cerdas chamadas calamistro, que funcionam como um pente para a colocação de certos fios, que se entrelaçam como "fios de crochet". Morfologia da classe Insecta Divisão do corpo O corpo dos insetos é marcadamente subdividido em três partes: cabeça, tórax e abdome, cada uma delas apresentando vários segmentos. Na cabeça há sempre duas antenas. Ventralmente há um aparelho bucal, constituído por três peças, adaptado a diferentes modo de captar e preparar o alimento para ser dirigido. ¨ Aparelho triturador ¨ Aparelho picador ¨ Aparelho sugador ¨ Aparelho lambedor O tórax tem três segmentos, cada uma seles com um par de patas. Por isso se falam em insetos hexápodos. O abdome é simples, sem apêndices e pode apresentar na região terminal o ovopositor, para a postura dos ovos. Aí também localizase o “ferrão” das abelhas e vespas. Ventralmente, em cada segmento, são observados pequenos pontos laterais no abdome (estigma ou espiráculos), que são as aberturas dos órgãos respiratórios. Morfologia interna Os insetos tem sistema digestivo completo, com boca, faringe, glândulas salivares, papo estômago químico, estômago mecânico (proventrículo), intestino e ânus. O sistema circulatório é do tipo aberto (lacunoso), pois do coração saem alguns vasos que terminam em lacunas. O coração é um tubo muscular longitudinal dorsal. A respiração é feita por traquéias é portanto uma grande rede de canais associados a sacos aéreos, que permite uma difusão livre, direta dos gases respiratórios para dentro das células. A excreção é feita por túbulos de malpighi. Em toda a extensão, as paredes destes túbulos removem excretas das lacunas corporais. O sistema nervoso é representado por vários gânglios concrescidos, localizados na cabeça, formando uma grande massa cerebral. Reprodução A reprodução é sexuada. É comum o dimorfismo sexual. A fecundação é interna. Podemos definir três tipos de desenvolvimento, que são critérios usados na classificação: Ametábulos - insetos sem larva; portanto não sofrem metamorfose. Ex: traças. Hemimetábulos - com metamorfose parcial, pois o inseto jovem já é semelhante ao adulto. Ex: gafanhoto e barata. Holometábulos - com metamorfose total. Há as seguintes fases de vida: ovo, larva, pupa e imago (adulto). Morfologia da classe Crustacea O corpo, nos crustáceos mais evoluídos, pode ter 19 segmentos e é dividido em três tagmas: cabeça, tórax e abdômen; a cabeça é fundida ao tórax, e o conjunto chama-se cefalotórax. O cefalotórax tem as peças mastigatórias (para a alimentação) assim como os órgãos sensitivos: olhos e antenas. Os dois pares de antenas são particularmente desenvolvidos; elas têm um papel táctil e sensitivo. O cefalotórax também pode incluir cinco pares de patas andarilhas (ou ambulatórias, os pereiópodes), explicando o nome dos decápodes (5 X 2= 10). O abdome é a parte mais comestível dos camarões e lagostas, e é freqüentemente chamado de cauda, sobretudo em culinária. É articulado e inclui as patas nadadoras. Os apêndices dos crustáceos são tipicamente birremes e, dependendo do grupo, adaptaram-se para muitas diferentes funções. Os Crustáceos A grande classe dos crustáceos possuem espécies especialmente aquáticas, embora alguns vivam em terra úmida, como é o caso dos tatuzinhos de jardim. O nome do grupo vem de crusta pois o esqueleto é normalmente muito duro, com forte impregnação calcária. As extremidades articuladas são bífidas, bifurcadas, O copo apresenta um cefalotórax resultante da união da cabeça e do tórax. . Grupos de crustáceos Os entomostráceos, mais primitivos, e os crustáceos superiores são dois grupos que estudaremos. Nos entomostráceos merecem a citação duas importantes ordens, os copepódos e os cirrípedes. Os Copepódos e os Cirrípedes. Os copepódos , são crustáceos microscópios constituintes principalmente dos zooplâncton. No grupo dos cirrípedes, são animais que aparecem com moluscos devido sua carapaça rígida que os envolve. Os crustáceos superiores É a principal ordem dos crustáceos com espécies mais conhecidas e de maior porte como o camarão e a lagosta. O camarão Este decápodo têm um forte cefalotórax, mostrando na região anterior um par de olhos. compostos e dois pares de antenas. Os camarões são grandes lixeiros do mar, pois se alimentam de restos orgânicos de várias origens acumulados no fundo lodoso dos mares, especialmente na faixa litorânea. A circulação é lacunosa. e as lacunas são celomáticas. A respiração é branquial. A excreção se faz por duas glândulas verdes, retirando excretas solúveis diretamente do celoma, eliminando-os por poros na base das antenas dois. O sistema nervoso têm gânglios cerebrais e uma cadeia de gânglios ventrais de onde partem as inervações para os órgãos. Reprodução - Os camarões como os demais crustáceos, são de sexos separados e têm desenvolvimento indireto. Aranhas peçonhentas do Brasil. - 18/03/2006 As aranhas são animais carnívoros e de hábitos domiciliares e peridomiciliares, alimentando-se de insetos, como grilos e baratas, principalmente. Seus corpos são divididos em duas partes bem características: cefalotórax (prossoma) e abdome (opistossoma), com 4 pares de patas, um par de pedipalpos e um par de quelíceras contendo os "ferrões" que algumas aranhas usam para inocular peçonha. A Organização Mundial da Saúde considera somente espécies de 4 gêneros de aranhas como responsáveis por intoxicações graves ao homem: Latrodectus (Araneomorphae, Theridiidae), Loxosceles (Araneomorphae, Sicariidae), Phoneutria (Araneomorphae, Ctenidae) Atrax (Mygalomorphae, Hexathelidae); entretanto, outras espécies podem também ser importantes. No Brasil existem três gêneros de aranhas de importância médica: Phoneutria, Loxosceles e Latrodectus e cerca de 5.000 acidentes são notificados no país, por ano. Os acidentes causados por Lycosa (aranha-de-grama), bastante freqüentes e pelas caranguejeiras, muito temidas, são destituídos de maior importância. A Caranguejeira é uma aranha que atinge grandes proporções, algumas são muito agressivas, suas quelíceras são grandes e sua picada dói muito. O tratamento quase sempre é à base de analgésicos e às vezes anti-histamínicos. Apresenta cor marrom escuro, coberta de pêlos, podendo atingir até 25 centímetros de comprimento com as patas estendidas. O que ocorre com maior freqüência é uma reação alérgica pela ação irritante dos pêlos do seu abdome, que se desprendem quando o animal se sente ameaçado. O acidente causado pela Phoneutria sp (foneutrismo) representa a forma de araneísmo mais comumente observada no país. A "Armadeira" - Phoneutria) - é muito agressiva, não faz teia e gosta de se abrigar em moitas de bananeira, cana, jardins, dentro de casas (principalmente em roupas e calçados) e paióis. Em situação de defesa apóia-se nas pernas traseiras erguendo as dianteiras e abre as quelíceras para facilitar a utilização dos ferrões. Após a picada, ocorre dor intensa e imediata no local e, em casos mais graves, suor e vômitos; o tratamento pode requerer uso de soro antiaracnídico e pessoas agredidas devem ser encaminhadas imediatamente para o Pronto Socorro. Cor marrom acinzentada com manchas claras formando pares no dorso do abdome. O animal adulto mede 3 centímetros de corpo e até 15 centímetros de envergadura de pernas. No loxoscelismo (acidente causado por aranhas Loxosceles sp) são descritas duas variedades clínicas: a forma cutânea que é a mais comum, caracterizada pelo aparecimento de lesão inflamatória no ponto da picada, que evolui para necrose e ulceração; forma cutâneo-visceral, onde além de lesão cutânea, os pacientes evoluem com anemia, icterícia cutâneomucosa, hemoglobinúria. A insuficiência renal aguda é a complicação mais temida. O tratamento soroterápico está indicado nas duas formas clínicas do acidente por Loxosceles. Conhecida como Aranha Marrom, é pouco agressiva, tem hábitos diurnos e se abriga em cascas de árvores, em pilhas de tijolos, entulhos, barrancos e dentro das casas, atrás de móveis, nos sotãos e garagens. É a responsável pela forma mais grave de araneísmo no Brasil. A peçonha atua sobre os constituintes das membranas das células, principalmente do endotélio vascular e hemácias (glóbulos vermelhos) provocando, em casos graves, a necrose dos tecidos próximos a região da picada (ou seja, morte celular), e também a destruição de glóbulos vermelhos do sangue, com liberação de hemoglobina. Na hora da picada não existe dor, que geralmente vai aparecer de 12 a 24 horas depois, acompanhada de inchaço, mal-estar geral, náuseas e às vezes febre. Em casos graves a urina fica escura como coca-cola. O tratamento pode requerer soroterapia em ambiente hospitalar. O abdome apresenta forma de caroço de azeitona, mede aproximadamente 1 centímetro de corpo e 3 centímetros de envergadura de pernas. Os soros antiaracnídico e antiloxocélico são utilizados nos acidentes causados por aranhas do gênero Loxosceles. O gênero Latrodectus (“viúva negra”) – cuja espécie mais comum no Brasil é a Latrodectus curacaviensis -, ao contrário do que se verifica em outros países, é agente raro de acidente em nosso país. O primeiro registro de acidente, com reconhecimento do animal causador, somente foi publicado em 1985, em Salvador, Bahia. São aranhas de porte médio, corpo pretobrilhante e freqüentemente com uma mancha vermelha (em forma de ampulheta no ventre) no abdome, que é muito grande em relação ao corpo e quase esférico. Também são chamadas de "flamenguinhas" justamente por causa da coloração do seu corpo. Constroem teias tridimensionais em lugares sombrios e frescos, como áreas de plantações, vegetação rasteira, sauveiros, cupinzeiros, materiais empilhados, objetos descartados, montes de lenha, beiras de barrancos e no interior das moradias (sua preferência). O latrodectismo é caracterizado por, após a picada, aproximadamente depois de 35 minutos, iniciar-se uma dor local, do tipo mialgia, de intensidade e extensão variáveis, sudorese, agitação psicomotora, podendo ocorrer também taquicardia, hipertensão arterial e arritimias cardíacas, dores abdominais e cãibras. A peçonha da viúva negra tem ação neurotóxica. Vítimas como crianças, pessoas com cardiopatias, gestantes e idosos, são considerados como do grupo de risco, devendo o tratamento ser mais intensificado devido a probabilidade de posteriores complicações. O soro antilatrodético (importado da Argentina) é utilizado nos acidentes causados por aranhas do gênero Latrodectus. Fontes: http://www.who.int/ipcs/publications/training_poisons/management_of_poisoning/en/i ndex6.html http://www.arachnology.org/Arachnology/Pages/Araneae.html http://www.funasa.gov.br/pub/GVE/GVE0501A.htm http://www.butantan.gov.br/materialdidatico/numero4/numero4.htm http://www.cepis.ops-oms.org/tutorial4/i/topics/chapter5.html http://www.saude.rj.gov.br/animaispeconhentos/latrodectus.html http://www.bssa.com.br/aranhas.htm http://www.cb.ufrn.br/conteudo/cursos/biologia/bio/trabalhos/aracnofilia/ http://www.aranhas.info/index.php?option=content&task=view&id=831 http://aquabiotech2.tripod.com/id2.html http://www.cit.rs.gov.br/viuva.htm http://www.ucs.br/ccet/defq/naeq/material_didatico/textos_interativos_37.htm http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46652000000100003 NICOLELLA, Alberto; et al. Acidentes por animais peçonhentos: consulta rápida. Porto Alegre, 1997. 207p. RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual da Saúde. Centro de Informação Toxicológica. Manual de identificação e tratamento de intoxicações por plantas. Porto Alegre, 2002.16p RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual da Saúde. Centro de Informação Toxicológica. Relatório de Atendimento, 1999. Porto Alegre, 2000. 24p. RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual da Saúde. Centro de Informação Toxicológica. Relatório de Atendimento, 2000. Porto Alegre, 2001. 24p. SOERENSEN, Bruno. Acidentes por animais peçonhentos - Reconhecimento, clínica e tratamento. São Paulo: Atheneu, 2000.138p. TORRES, JB et al. Acidentes por Animais Peçonhentos. In: Duncan, BB, et al. Medicina Ambulatorial: condutas clínicas em atenção primária. 2a Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. 854p.