UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS - DCHT
CAMPUS XVI – IRECÊ / BA.
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
Cadê o lixo que estava aqui?
IRECÊ / BA - 2012
JAQSON ROSENDO
STÁCIO ALVES
Projeto apresentado à disciplina
de Pesquisa e Estágio II do 6°
semestre de Pedagogia da
Universidade do Estado da Bahia
– UNEB, Campus XVI, orientado
pelas docentes Flávia Lorena e
Joelma Bispo.
IRECÊ / BA - 2012
Apresentação
O presente projeto intitulado Cadê o lixo que estava aqui? Tem como objetivo
conscientizar as crianças sobre a importância de se preservar o espaço em que
vivemos. Uma vez que preservando o meio ambiente estaremos também
preservando as nossas vidas.
Foi pensado a partir da proposta de estágio da disciplina Pesquisa e Estágio II
– Educação Infantil, à qual tem como professoras Flávia Lorena e Joelma Bispo
da UNEB (Universidade do Estado da Bahia) Campus XVI – Irecê - BA trata-se
de um dos requisitos avaliativos do VI semestre. Criar uma sugestão de
trabalho que envolva os alunos a partir de uma aprendizagem significativa.
A discussão sobre o lixo surgiu por este ser um assunto que precisa estar
presente na proposta de trabalho das escolas. É nessa perspectiva que,
ajudando-os a refletirem também sobre as suas práticas de preservação, tendo
em vista uma transformação que surge quando se adentra no conhecimento.
A Escola Futuro Feliz é uma instituição Particular, situada na AV. Tertuliano
Cambuí nº 615 em Irecê - BA funciona em uma residência alugada nos
períodos matutino e vespertino. Sua área corresponde a cinco espaços
funcionam como salas que recebem crianças do Grupo Três, 3, 4 e 5 anos
sendo que no período da tarde atende o Fundamental 1. Existem outros três
espaços em que as crianças participam de atividades no intervalo. Há um
parquinho, um ambiente na entrada da escola que serve para desenvolver
momentos de roda e outros que sejam recreativos.
A Escola Futuro Feliz é uma instituição que busca destacar a função principal
da entidade que é cuidar educar. Solidifica-se desta forma, seu papel social e
possibilita a criança o sucesso educacional, preservando seu bem estar físico,
e estimulando seus aspectos cognitivo, emocional e social.
Esta instituição busca promover o desenvolvimento pleno do ser humano nas
suas mais diversas competências nos primeiros anos de vida, a chamada
primeira infância. Procura garantir o que preconiza o Estatuto da Criança e do
Adolescente, quanto ao desenvolvimento físico, mental, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade. Segue o seu objetivo que é de cuidar
educar numa abordagem construtivista e sócio-interacionista entendendo a
criança como ser humano integral, interagindo com o seu meio social e em
constante crescimento e desenvolvimento.
A
turma
observada
apresenta
um
perfil
participativo,
com
bom
desenvolvimento, cumpridor das atividades propostas pela professora. Talvez
este seja um dos resultados que estão sendo obtidos a partir da proposta da
escola que é de valorizar a educação como um instrumento de humanização e
de interação social. Estimulando o desenvolvimento da criança respeitando seu
nível de maturação.
É sabido que a escola prioriza o aspecto lúdico e as brincadeiras como
processo de aprendizagem há um desenvolvimento pleno na frequência do
aluno mesmo sendo privada a instituição. Dessa forma busca-se fortalecer a
participação dos pais nas atividades escolares.
Esse fator representa um ponto positivo para que se garanta e se invista na
formação continuada dos professores podendo avaliar de forma constante suas
práticas pedagógicas.
Este projeto será aplicado para crianças do grupo três, ou seja, crianças que
nesse caso em especial estão entre 3 e 4 anos. Pretende-se então desenvolver
aulas expositivas com atividades coletivas e individuais em que seja possível
aguçar o desejo pela escrita, leitura, pintura e o trabalho em grupo. Nessa
perspectiva de avaliação temos como meta desenvolver aulas que sejam
atrativas, utilizando a música, dentre outros recursos, para nos mostrar
possibilidades de desenvolver nas crianças o desejo de compreender o mundo
do real e de mergulhar no imaginário.
As aulas serão realizadas durante os dias 16 a 05 de Novembro. Espera-se
que durante o estágio desempenhemos com zelo a nossa função. Ser
professor é estar em contato direto com o educando, pois ele é a razão do
trabalho do educador. A educação é o caminho para a mudança, pois a partir
desse Projeto de Aprendizagem, a certeza é de que as crianças passarão a
trabalhar a coletividade e a subjetividade sabendo-se que não existem outros
meios de se educar, se não houver abertura para que o processo formativo se
construa e seja estabelecido pelo professor e respeitado por cada indivíduo em
sala de aula.
O Projeto de Aprendizagem está previsto para ser desenvolvido durante três
semanas. Nesses dias teremos a chance de acompanhar a compreensão e
desenvolvimento de cada aluno a partir de atividades lúdicas como estratégia
de que o aluno participe e se envolva ativamente nas atividades propostas.
Esta será uma tentativa como forma de facilitar o nosso trabalho, pois quando
conhecemos a realidade do aluno, podemos intervir com mais propriedade
acerca do problema enfrentado.
Então, a nossa perspectiva com o estágio baseia-se no desejo de que
consigamos
envolver
os
alunos
nesse
processo
de
construção
de
conhecimento. Tendo em vista que todos compreendam a importância de se
preservar o espaço em que vivemos. Sabendo-se que é importante nos
conscientizarmos desde cedo, pois preservar o meio ambiente em que vivemos
é preservar também as nossas vidas.
O trabalho tem uma perspectiva de conscientizar as crianças de maneira que
compreendam de uma forma simples e objetiva. Buscaremos refletir a partir de
uma proposta que valorize os aspectos culturais da criança. O meio em que ela
está inserida. Com o objetivo de respeitá-la, mas fazer com que todas vençam
as suas limitações que muitas vezes é imposta pela família.
O desejo de trabalhar com a temática “Cadê o lixo que estava aqui?”, reflete
um pouco o que a sociedade tem discutido. Vemos através de este repensar o
destino do lixo, observando que na atualidade este tema ganhou uma
repercussão
grandiosa,
pois
falar
de
Meio
Ambiente,
retratando
as
problemáticas sofridas em decorrência da ação humana é buscar dialogar
dentro de um contexto real. E nessa perspectiva buscaremos ajudar as
crianças a Repensar o destino do lixo que é produzido, refletir, orientar e
desenvolver atitudes acerca do encaminhamento correto dos materiais
descartados por cada um.
Justificativa
A escolha da temática surgiu a partir da orientação da Professora Joelma
Bispo. Queríamos trabalhar com a temática Meio Ambiente, mas teríamos que
especificar o que dentro do tema ficaria como parte mais específica para
compreensão e facilidades de se desenvolver o projeto. Assim pensamos em
fazer sobre o lixo e dessa forma Joelma nos orientou que teríamos que fazer
uma provocação sobre o assunto lixo. Então, ficou decidido que trabalharíamos
com o questionamento Cadê o lixo que estava aqui? pois temos a certeza da
importância de se trabalhar questionando algo e buscando possíveis respostas
dentro do tempo pré-estabelecido para desenvolver uma atividade educativa.
A turma observada, aparentemente, apresenta um contexto familiar bem
estruturado com indícios de que essa estruturação acontece não só a partir das
relações familiares, como econômicas.
A formação do sujeito ocorre em diferentes momentos e contextos. Para cada
situação existe um encaminhamento, que requer do ser humano a reflexão e
esta é dada para tanto sobre a importância da sua ação para a sociedade na
qual convive. Esse processo faz parte da construção do indivíduo em um ser
social que necessita ter acesso a uma nova concepção o que chamamos de
tomada de consciência.
Essa tomada de consciência acontece através da educação. Este é um dos
meios mais viáveis para que haja mudanças sociais. A educação está para
todos os indivíduos, inclusive a educação ambiental. Não é raro ouvirmos falar
de preservação e cuidado com a natureza. Está claro que o nosso
questionamento acerca de todo o projeto é o resultado da preocupação que
atinge a população que foi educada a preservar o meio que vive.
Vale ressaltar que precisamos desde cedo orientar as crianças a como lidar
com o lixo, estabelecendo normas de convivência com o ambiente. Dessa
forma, teremos indivíduos capazes de refletir as suas práticas e não
estaríamos desconsiderando o potencial dessas. Se assim o fizéssemos
seríamos causadores de um fracasso que jamais deveria ter sido causado
podando o crescimento intelectual de diversas crianças. Nessa perspectiva é
observada a importância de que eles conheçam e repensem sobre o destino do
lixo. Dessa forma sejam orientados a refletir através da arte e cada
manifestação sirva de acompanhamento do desenvolvimento individual e
coletivo do grupo.
A partir do nosso projeto, estaremos trabalhando os impactos ambientais
causados pelas ações humanas e suas consequências que tem sido pauta de
discussão da mídia e até mesmo de conversas informais, no nosso dia a dia.
Entretanto, por ser tema comum, não são raras às vezes em que tais
informações são trabalhadas de forma simplista, ou mesmo com conteúdo
errôneo.
Como é sabido, vivemos uma época na qual a nossa forma de consumo vem
sendo questionada. Um destes se refere ao problema do lixo que produzimos
no
dia
a
dia
e
os
impactos
ambientais
causados
por
ele.
Sabemos que cada tipo de material possui um tempo estimado de
decomposição, ao ser liberado no ambiente. Um copo plástico, por exemplo,
pode permanecer intacto por até 450 anos.
Frente ao nosso contexto buscamos pensar partindo da nossa realidade.
Tendo como ponto de partida a cidade de Irecê, que está localizada no centro
oeste baiano, mais precisamente na Chapada Diamantina Setentrional,
pertence à bacia do São Francisco, a uma distância de 478 km da capital do
estado, tendo uma área aproximada de 314 km2. A mesma enfrenta
problemáticas relacionadas a uma área reservada para o descarregamento do
lixo produzido em toda cidade.
Objetivo Geral:
 Repensar o destino do lixo que é produzido, refletir, orientar e
desenvolver atitudes acerca do encaminhamento correto dos materiais
descartados por cada um.
Objetivos Específicos:
 Ampliar através do lixo o conhecimento matemático das formas
geométricas.
 Compreender a importância de se cuidar do meio ambiente.
 Conhecer o destino dos resíduos produzidos pela sociedade.
 Construir relações humanas entre indivíduos e meio ambiente.
 Refletir sobre valores e hábitos de preservação.
 Aguçar o prazer pela leitura a partir de contos de histórias infantis.
Fundamentação Teórica
Compreende-se que a criança da educação infantil é um indivíduo que
historicamente foi considerado como imaturo, frágil, incapaz de desenvolver a
sua
aprendizagem
e
que
essa
não
era
significativa
para
o
seu
desenvolvimento.
Por muitos anos prevaleceu o preconceito e a exclusão. A criança ficou
afastada do processo de alfabetização e por muito tempo ficou impossibilitada
de desenvolver a sua autonomia.
Segundo KAMII (1990), “A autonomia significa o ato de ser governado por si
mesmo. É o contrário de heteronomia, que significa ser governado por outra
pessoa”. Assim, começamos a ver que a criança da educação infantil é uma
criança autônoma, no espaço escolar ela é capaz de transformar diversas
realidades a partir da sua criatividade que está entre o processo do real e
imaginário.
É no espaço escolar que a criança passa a desenvolver suas habilidades, pois
é no período da alfabetização que ela tem a oportunidade de socializar
experiências e aprendizagens significativas. Assim,
As crianças pequenas modificam as regras do jogo de
maneiras excelentes quando o professor facilita o
desenvolvimento de sua autonomia. Por exemplo, uma
professora deixou a sala para fazer uma chamada telefônica.
Quando voltou, descobriu que cada vez consistia numa única
tentativa de pegar uma vareta. Se o jogador fizesse com que a
vareta se movesse, deveria devolver aquela que havia tentado
pegar no chão. Esta modificação fez com que fosse possível
que todos os jogadores pudessem estar muito mais ativos do
que na versão original do jogo. (KAMMI, 1990)
Entende-se que a aprendizagem é significativa quando os alunos conseguem
estabelecer relações autônomas entre conteúdos escolares e conhecimentos
que já possuem, num processo de construção e articulação de novos
significados. Ou seja, é importante considerar as linguagens e as ideias das
crianças como conteúdos da sala de aula, valorizando suas formas de
expressão e criação.
Sabemos que a criança aprende a partir de múltiplas interações que estabelece
com o outro, que a criança vai se apropriando das significações socialmente
construídas e pode, também, construir a própria realidade.
Nessa proposta, é de fundamental importância partir das contribuições do
aluno para auxiliá-lo na constituição de significados e práticas da sociedade em
geral. A criança precisa ser encarada como alguém capaz de questionar, criar,
concordar, ou seja, de fazer da leitura e da matemática em sala de aula,
expondo suas ideias, seu modo de pensar e fazer.
A presença das manifestações artísticas como métodos educativos fazem
parte do processo formativo dos indivíduos da Educação infantil. O trabalho
com a música e a arte reflete a preocupação de que o indivíduo tenha a
sensibilidade para pensar no compasso de cada gênero musical. É como se
pensássemos a partir do som de cada instrumento presente numa canção.
O trabalho de educar ou reeducar hábitos requer de quem o faz um cuidado
muito grande. É questão de zelo, pois
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados,
brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e
que possam contribuir para o desenvolvimento das
capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar
com os outros em uma atitude básica de aceitação, de respeito
e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos
mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a
educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades
de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais,
afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de
contribuir para a formação de crianças de crianças felizes e
saudáveis. (Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil: Introdução. Brasília, MEC/SEF, 1998; v.1, p.23)
O ato de educar requer prazer e seriedade. Nesse caso a criança necessita ser
tratada com seriedade devendo para tanto enfrentar em suas atividades níveis
diferentes de dificuldades para que desenvolvam as suas capacidades de
apropriação do conhecimento. É sabido que a criança em seu processo
histórico enfrentou uma desvalorização da sua infância. De acordo com
KRAMER (1992) “... o sentimento e a valorização atribuídos à infância nem
sempre existiram da forma como hoje são conhecidos e difundidos, tendo sido
determinados a partir de modificações econômicas e políticas da estrutura
social.” A fase de infância nem sempre existiu da forma como hoje é
reconhecida e conquistada, as mudanças que foram surgindo ocorreram a
partir
da
evolução
da
economia
atrelada
ao
processo
político
e
desenvolvimento da sociedade.
Antes, existia uma concepção de criança como modelo de ingenuidade,
buscava-se enxergar apenas rostos inocentes e tudo ocorreu por parte da
apropriação do adulto. Pela forma como ele queria compreender as fases da
infância, tirando assim a autonomia e a autoria do sujeito. Diante de tantas
concepções errôneas a respeito da infância deixou-se de trabalhar as
capacidades da criança e o desenvolvimento da sua aprendizagem.
As diferentes concepções de infância aparecem dentro do contexto histórico de
cada época e foi instalado na sociedade durante muito tempo. Assim,
A análise das modificações do sentimento devotado à infância
é feita à luz das mudanças ocorridas nas formas de
organização da sociedade, o que contribui para uma maior
compreensão da “questão da criança” no presente, não mais
estudada como problema em si, mas compreendida segundo
uma perspectiva do contexto histórico em que está inserida.
(KRAMER, 1992. p. 17)
O processo de organização da sociedade foi decisivo para que a criança
ganhasse visibilidade e passasse a ser reconhecida em seu espaço infantil.
Desde o momento em que conceberam a infância como fase essencial no
desenvolvimento da aprendizagem, houve então uma disposição da sociedade
em reconhecer que toda criança tem o direito de viver com liberdade e para
tanto curtir a sua fase de aprendizagem. Assim, percebeu-se que essa fase
está atrelada ao direito de brincar. O brincar constitui-se como elemento de
fundamental importância para a vida. Então, compreende-se que,
Ao brincar, as crianças podem reconstruir elementos do mundo
que as cerca com novos significados, tecer novas relações,
desvincular-se dos significados imediatamente perceptíveis e
materiais para atribuir-lhes novas significações, imprimir-lhes
suas ideias e os conhecimentos que têm sobre si mesma,
sobre as outras pessoas, sobre o mundo adulto, sobre lugares
distantes e/ou conhecidos. (Referencial Curricular Nacional
para a Educação Infantil: Introdução. Brasília, MEC/SEF, 1998;
v.1, p.23)
A criança passou a ser vista como um indivíduo capaz de sistematizar
conhecimentos e compreender o mundo de uma forma particular, mas partindo
da sua própria autoria. O processo de envolvimento com os fatores sociais que
influenciam no desenvolvimento das capacidades e da aprendizagem é de
extrema importância como, por exemplo, o fato de brincar.
Os fatores sociais são imprescindíveis para o desenvolvimento da criança. De
acordo PYAGET (2001), “ No conceito de aprendizagem e desenvolvimento
desta concepção, tanto a maturação quanto o meio ambiente são fatores
centrais). Dessa forma pode-se compreender a importância e relevância desse
projeto. Ressaltamos que é preciso reconhecer a criança e as suas fases do
desenvolvimento e a proposta desse projeto é essencialmente despertar o
desejo da criança pela preservação do espaço em que vive, tendo a
oportunidades de construir conhecimento a partir de uma reflexão conjunta pois
segundo PIAGET (2001), “...o desenvolvimento mental é entendido como
produto da interação do organismo da criança com o meio...”. Dessa forma é
compreensível que o projeto vem com uma intencionalidade de ajudar a
desenvolver o raciocínio da criança fazendo com que haja interação com o
meio. Então, a partir dessa formulação, seguimos a declaração de Piaget que
diz que o desenvolvimento é um processo de interação entre o indivíduo
biológico e o meio ambiente.
A partir desse projeto de estágio teremos a oportunidade de analisar a teoria de
Piaget quando diz que o desenvolvimento é um processo de interação entre o
indivíduo biológico e o meio ambiente. Esse pensamento embasa as nossas
discussões e para compreendermos melhor a nossa proposição de trabalho
buscamos partir da nossa realidade e sobre o que nos diz um artigo da
Pedagoga Estelina Vasconcelos.
“A cidade de Irecê está situada na mesorregião do CentroNorte Baiano e possui as coordenadas geográficas 11º 18’ e
38,5” S e 41º 53’ e 21,1” W. Dados do IBGE (2007) indicam
que Irecê apresenta uma população de aproximadamente
62.760 habitantes. Nesse sentido, o crescimento da população
da cidade e a ocupação do solo urbano de forma desordenada
geraram muitos problemas, entre eles o esgoto a céu aberto e
o lixo que não é tratado de forma adequada. Segundo Pacheco
& Zamora (2004) no Brasil a estimativa é que cada brasileiro
produza 1,3 kg de lixo por dia, representando 230 mil toneladas
de resíduos sólidos diários. Em Irecê, são produzidas 1,5
toneladas de lixo por dia, sendo assim, a produção individual é
de aproximadamente 900g de lixo por dia (Jotagê, 2009) e
essa produção é depositada no “lixão” sem nenhum
tratamento. (VASCONCELOS, 2010 )
Passamos a refletir melhor os fatos e entender que temos envolvimento com as
situações de degradação ao meio ambiente, existentes na atualidade. Assim,
O “lixão” constitui-se no local de disposição final dos resíduos
sólidos urbanos na qual estes são simplesmente
descarregados sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio
ambiente ou à saúde pública (Bidoni & Povineli, 1999)
causando risco à saúde da comunidade que mora em suas
imediações, comunidade esta que, em sua maioria é marcada
pela vulnerabilidade econômica e social. ( VASCONCELOS,
2010)
De acordo com a citação acima percebemos as problemáticas enfrentadas pela
sociedade em decorrência do lixo. Muitas são as mazelas sociais que surgem e
que atingem principalmente a classe menos favorecida. Esse é um dos
resultados negativos da ação humana, pois deveríamos compreender a
produção do lixo como uma ação que ocorre de forma coletiva e não por parte
de uma pequena parcela da população. Assim, compreende-se que está
faltando uma conscientização coletiva e o que realmente deveria acontecer era
um processo de educação em que todos fossem educados e reeducados na
forma de ver e tratar o meio ambiente. Esse seria um dos meios viáveis para
que as pessoas pudessem viver em harmonia com o ambiente em que vivem.
Metodologia
Serão desenvolvidas ao longo do Estágio aulas que contemplem a carga
horária de 75 hs/a, nelas iremos propor atividades que trabalhem a temática do
lixo, através da música, jogos, histórias e brincadeiras. Com o intuito de
desenvolver nas crianças a compreensão das questões que envolvem o tema
deste projeto que é Cadê o lixo que estava aqui?
O trabalho será desenvolvido em momentos recreativos, realizando atividades
em grupo e individuais. No 1º dia pretende-se desenvolver um momento
musical; Auxiliar no momento da atividade; Acompanhar a turma em atividades
de classe e extraclasse; acompanhar no momento do recreio; Auxiliar no
momento da recreação; Preparar aulas práticas e material didático. 2º dia
Auxiliar nas atividades; Realizar uma dinâmica; Auxiliar no momento do lanche
e quando estiverem no parquinho; Corrigir as atividades; Selecionar textos de
interesse da turma; Supervisionar atividades diversificadas. 3º dia Auxiliar na
dramatização; Ajudar a turma na atividade que envolve a dramatização;
Colaborar no momento do recreio; Preparar os alunos na atividade de classe.
4º dia Ajudar no acolhimento; Realizar uma brincadeira prazerosa; Colaborar
no momento do lanche; Corrigir a atividade desenvolvida; 5º dia Ajudar no
acolhimento; Acompanhar nas atividades lúdicas; Desenvolver atividades de
classe; Colaborar no momento do recreio; Auxiliar no momento da recreação.
Analisar o comportamento de cada aluno. Será desenvolvido de modo a levar a
criança a conhecer o mundo nos vários aspectos em que se apresentam.
Realizar tendo em vista desenvolver o ensino da língua. Possibilitará á criança
conhecimento sobre a palavra escrita, de que o que ela escreve tem um
significado e um significativo. 1ª etapa Deixar que manuseiem á vontade livros,
revistas, jornais, para que explorem e descubram a sua funcionalidade. 2ª
etapa Desenvolver a capacidade de inventar, ter ideias novas (criatividades). 3ª
etapa Fazer gestos de imitações com ajuda de músicas infantis. 4ª etapa
Despertar motivações para realizar atividades ou tarefas e a satisfação de
conseguir realizá-las.
Certamente, o ato de estagiar requer aptidões inerentes ao ato de educar e
alfabetizar. É pensando nisso que desejamos ao término de mais esta etapa,
alcançar os objetivos proposto neste projeto e nas atividades executadas.
Poder também aprimorar, as metodologias e técnicas já existentes e alimentar
expectativas para a construção e crescimento da educação, em detrimento
especialmente, daqueles que a consideram como um bem comum á ser
adquiridos por todos e que a entendem como objeto de crescimento pessoal,
cultural e emocional.
Avaliação
A avaliação é um dos meios fundamentais para o acompanhamento da
aprendizagem do educando, adequando também os processos de ensino, o
que possibilita ao educador fazer uso de vários procedimentos.
O nosso método avaliativo será processual e contínuo, analisando a
participação nas atividades e o desenvolvimento do aluno relacionado à
temática, levando em conta o conjunto de atividades desenvolvidas.
Faremos o acompanhamento em todas as fases da operacionalização do
Estágio; participação nas aulas e desempenho nos trabalhos individuais e
grupais. Buscaremos criar, planejar, realizar e avaliar situações didáticas
eficazes para a aprendizagem e desenvolvimento dos alunos.
Daremos ênfase à problematização, acompanhando as situações do cotidiano
como, por exemplo, a relação dos alunos com o espaço escolar; Buscando
articular o trabalho coletivo em classe. Promover momentos lúdicos e
promotores de uma aprendizagem significativa. Na avaliação, serão também
considerados a assiduidade, responsabilidade e interesse dos alunos com os
trabalhos desenvolvidos na escola, assim como participação, ações de
cooperação e reflexão acerca do tema e atividades propostas em sala de aula.
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.
EIBEL, Maria Irene Reginato. A importância da educação infantil no
contexto educacional e social. Mato Grosso: UFMGS, 2005.
KAMII, Constance. A criança e o número: Implicações educacionais da teoria
de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos/ Constane Kamii;
tradução Regina A. de Assis. – 11. ed. – Campinas, SP: Papirus, 1990.
KRAMER, Sonia. A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce /
Sonia Kramer. – 4 ed. – São Paulo: Cortez, 1992. – (Coleção biblioteca da
educação. Série 1. Escola ; v. 3)
Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da
Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília:
MEC/ SEF, 1998. 3 v.:il.
VASCONCELOS, Stelina M. et al. LIXÃO DE IRECÊ: A NECESSIDADE DE
DISCUTIR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NESSE ESPAÇO, 2010.
WADSWORTH, Barry J. Inteligência e Afetividade da Criança na teoria de
Piaget. Barry J. Wadsworth; tradução de Esméria Rovai; supervisão editorial
Maria Regina Maluf. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
Download

STÁCIO, Alves. Cadê o lixo que estava aqui Irecê UNEB, 2012.