UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS - DCHT CAMPUS XVI – IRECÊ / BA. LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA Cadê o lixo que estava aqui? IRECÊ / BA - 2012 JAQSON ROSENDO STÁCIO ALVES Projeto apresentado à disciplina de Pesquisa e Estágio II do 6° semestre de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus XVI, orientado pelas docentes Flávia Lorena e Joelma Bispo. IRECÊ / BA - 2012 Apresentação O presente projeto intitulado Cadê o lixo que estava aqui? Tem como objetivo conscientizar as crianças sobre a importância de se preservar o espaço em que vivemos. Uma vez que preservando o meio ambiente estaremos também preservando as nossas vidas. Foi pensado a partir da proposta de estágio da disciplina Pesquisa e Estágio II – Educação Infantil, à qual tem como professoras Flávia Lorena e Joelma Bispo da UNEB (Universidade do Estado da Bahia) Campus XVI – Irecê - BA trata-se de um dos requisitos avaliativos do VI semestre. Criar uma sugestão de trabalho que envolva os alunos a partir de uma aprendizagem significativa. A discussão sobre o lixo surgiu por este ser um assunto que precisa estar presente na proposta de trabalho das escolas. É nessa perspectiva que, ajudando-os a refletirem também sobre as suas práticas de preservação, tendo em vista uma transformação que surge quando se adentra no conhecimento. A Escola Futuro Feliz é uma instituição Particular, situada na AV. Tertuliano Cambuí nº 615 em Irecê - BA funciona em uma residência alugada nos períodos matutino e vespertino. Sua área corresponde a cinco espaços funcionam como salas que recebem crianças do Grupo Três, 3, 4 e 5 anos sendo que no período da tarde atende o Fundamental 1. Existem outros três espaços em que as crianças participam de atividades no intervalo. Há um parquinho, um ambiente na entrada da escola que serve para desenvolver momentos de roda e outros que sejam recreativos. A Escola Futuro Feliz é uma instituição que busca destacar a função principal da entidade que é cuidar educar. Solidifica-se desta forma, seu papel social e possibilita a criança o sucesso educacional, preservando seu bem estar físico, e estimulando seus aspectos cognitivo, emocional e social. Esta instituição busca promover o desenvolvimento pleno do ser humano nas suas mais diversas competências nos primeiros anos de vida, a chamada primeira infância. Procura garantir o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente, quanto ao desenvolvimento físico, mental, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Segue o seu objetivo que é de cuidar educar numa abordagem construtivista e sócio-interacionista entendendo a criança como ser humano integral, interagindo com o seu meio social e em constante crescimento e desenvolvimento. A turma observada apresenta um perfil participativo, com bom desenvolvimento, cumpridor das atividades propostas pela professora. Talvez este seja um dos resultados que estão sendo obtidos a partir da proposta da escola que é de valorizar a educação como um instrumento de humanização e de interação social. Estimulando o desenvolvimento da criança respeitando seu nível de maturação. É sabido que a escola prioriza o aspecto lúdico e as brincadeiras como processo de aprendizagem há um desenvolvimento pleno na frequência do aluno mesmo sendo privada a instituição. Dessa forma busca-se fortalecer a participação dos pais nas atividades escolares. Esse fator representa um ponto positivo para que se garanta e se invista na formação continuada dos professores podendo avaliar de forma constante suas práticas pedagógicas. Este projeto será aplicado para crianças do grupo três, ou seja, crianças que nesse caso em especial estão entre 3 e 4 anos. Pretende-se então desenvolver aulas expositivas com atividades coletivas e individuais em que seja possível aguçar o desejo pela escrita, leitura, pintura e o trabalho em grupo. Nessa perspectiva de avaliação temos como meta desenvolver aulas que sejam atrativas, utilizando a música, dentre outros recursos, para nos mostrar possibilidades de desenvolver nas crianças o desejo de compreender o mundo do real e de mergulhar no imaginário. As aulas serão realizadas durante os dias 16 a 05 de Novembro. Espera-se que durante o estágio desempenhemos com zelo a nossa função. Ser professor é estar em contato direto com o educando, pois ele é a razão do trabalho do educador. A educação é o caminho para a mudança, pois a partir desse Projeto de Aprendizagem, a certeza é de que as crianças passarão a trabalhar a coletividade e a subjetividade sabendo-se que não existem outros meios de se educar, se não houver abertura para que o processo formativo se construa e seja estabelecido pelo professor e respeitado por cada indivíduo em sala de aula. O Projeto de Aprendizagem está previsto para ser desenvolvido durante três semanas. Nesses dias teremos a chance de acompanhar a compreensão e desenvolvimento de cada aluno a partir de atividades lúdicas como estratégia de que o aluno participe e se envolva ativamente nas atividades propostas. Esta será uma tentativa como forma de facilitar o nosso trabalho, pois quando conhecemos a realidade do aluno, podemos intervir com mais propriedade acerca do problema enfrentado. Então, a nossa perspectiva com o estágio baseia-se no desejo de que consigamos envolver os alunos nesse processo de construção de conhecimento. Tendo em vista que todos compreendam a importância de se preservar o espaço em que vivemos. Sabendo-se que é importante nos conscientizarmos desde cedo, pois preservar o meio ambiente em que vivemos é preservar também as nossas vidas. O trabalho tem uma perspectiva de conscientizar as crianças de maneira que compreendam de uma forma simples e objetiva. Buscaremos refletir a partir de uma proposta que valorize os aspectos culturais da criança. O meio em que ela está inserida. Com o objetivo de respeitá-la, mas fazer com que todas vençam as suas limitações que muitas vezes é imposta pela família. O desejo de trabalhar com a temática “Cadê o lixo que estava aqui?”, reflete um pouco o que a sociedade tem discutido. Vemos através de este repensar o destino do lixo, observando que na atualidade este tema ganhou uma repercussão grandiosa, pois falar de Meio Ambiente, retratando as problemáticas sofridas em decorrência da ação humana é buscar dialogar dentro de um contexto real. E nessa perspectiva buscaremos ajudar as crianças a Repensar o destino do lixo que é produzido, refletir, orientar e desenvolver atitudes acerca do encaminhamento correto dos materiais descartados por cada um. Justificativa A escolha da temática surgiu a partir da orientação da Professora Joelma Bispo. Queríamos trabalhar com a temática Meio Ambiente, mas teríamos que especificar o que dentro do tema ficaria como parte mais específica para compreensão e facilidades de se desenvolver o projeto. Assim pensamos em fazer sobre o lixo e dessa forma Joelma nos orientou que teríamos que fazer uma provocação sobre o assunto lixo. Então, ficou decidido que trabalharíamos com o questionamento Cadê o lixo que estava aqui? pois temos a certeza da importância de se trabalhar questionando algo e buscando possíveis respostas dentro do tempo pré-estabelecido para desenvolver uma atividade educativa. A turma observada, aparentemente, apresenta um contexto familiar bem estruturado com indícios de que essa estruturação acontece não só a partir das relações familiares, como econômicas. A formação do sujeito ocorre em diferentes momentos e contextos. Para cada situação existe um encaminhamento, que requer do ser humano a reflexão e esta é dada para tanto sobre a importância da sua ação para a sociedade na qual convive. Esse processo faz parte da construção do indivíduo em um ser social que necessita ter acesso a uma nova concepção o que chamamos de tomada de consciência. Essa tomada de consciência acontece através da educação. Este é um dos meios mais viáveis para que haja mudanças sociais. A educação está para todos os indivíduos, inclusive a educação ambiental. Não é raro ouvirmos falar de preservação e cuidado com a natureza. Está claro que o nosso questionamento acerca de todo o projeto é o resultado da preocupação que atinge a população que foi educada a preservar o meio que vive. Vale ressaltar que precisamos desde cedo orientar as crianças a como lidar com o lixo, estabelecendo normas de convivência com o ambiente. Dessa forma, teremos indivíduos capazes de refletir as suas práticas e não estaríamos desconsiderando o potencial dessas. Se assim o fizéssemos seríamos causadores de um fracasso que jamais deveria ter sido causado podando o crescimento intelectual de diversas crianças. Nessa perspectiva é observada a importância de que eles conheçam e repensem sobre o destino do lixo. Dessa forma sejam orientados a refletir através da arte e cada manifestação sirva de acompanhamento do desenvolvimento individual e coletivo do grupo. A partir do nosso projeto, estaremos trabalhando os impactos ambientais causados pelas ações humanas e suas consequências que tem sido pauta de discussão da mídia e até mesmo de conversas informais, no nosso dia a dia. Entretanto, por ser tema comum, não são raras às vezes em que tais informações são trabalhadas de forma simplista, ou mesmo com conteúdo errôneo. Como é sabido, vivemos uma época na qual a nossa forma de consumo vem sendo questionada. Um destes se refere ao problema do lixo que produzimos no dia a dia e os impactos ambientais causados por ele. Sabemos que cada tipo de material possui um tempo estimado de decomposição, ao ser liberado no ambiente. Um copo plástico, por exemplo, pode permanecer intacto por até 450 anos. Frente ao nosso contexto buscamos pensar partindo da nossa realidade. Tendo como ponto de partida a cidade de Irecê, que está localizada no centro oeste baiano, mais precisamente na Chapada Diamantina Setentrional, pertence à bacia do São Francisco, a uma distância de 478 km da capital do estado, tendo uma área aproximada de 314 km2. A mesma enfrenta problemáticas relacionadas a uma área reservada para o descarregamento do lixo produzido em toda cidade. Objetivo Geral: Repensar o destino do lixo que é produzido, refletir, orientar e desenvolver atitudes acerca do encaminhamento correto dos materiais descartados por cada um. Objetivos Específicos: Ampliar através do lixo o conhecimento matemático das formas geométricas. Compreender a importância de se cuidar do meio ambiente. Conhecer o destino dos resíduos produzidos pela sociedade. Construir relações humanas entre indivíduos e meio ambiente. Refletir sobre valores e hábitos de preservação. Aguçar o prazer pela leitura a partir de contos de histórias infantis. Fundamentação Teórica Compreende-se que a criança da educação infantil é um indivíduo que historicamente foi considerado como imaturo, frágil, incapaz de desenvolver a sua aprendizagem e que essa não era significativa para o seu desenvolvimento. Por muitos anos prevaleceu o preconceito e a exclusão. A criança ficou afastada do processo de alfabetização e por muito tempo ficou impossibilitada de desenvolver a sua autonomia. Segundo KAMII (1990), “A autonomia significa o ato de ser governado por si mesmo. É o contrário de heteronomia, que significa ser governado por outra pessoa”. Assim, começamos a ver que a criança da educação infantil é uma criança autônoma, no espaço escolar ela é capaz de transformar diversas realidades a partir da sua criatividade que está entre o processo do real e imaginário. É no espaço escolar que a criança passa a desenvolver suas habilidades, pois é no período da alfabetização que ela tem a oportunidade de socializar experiências e aprendizagens significativas. Assim, As crianças pequenas modificam as regras do jogo de maneiras excelentes quando o professor facilita o desenvolvimento de sua autonomia. Por exemplo, uma professora deixou a sala para fazer uma chamada telefônica. Quando voltou, descobriu que cada vez consistia numa única tentativa de pegar uma vareta. Se o jogador fizesse com que a vareta se movesse, deveria devolver aquela que havia tentado pegar no chão. Esta modificação fez com que fosse possível que todos os jogadores pudessem estar muito mais ativos do que na versão original do jogo. (KAMMI, 1990) Entende-se que a aprendizagem é significativa quando os alunos conseguem estabelecer relações autônomas entre conteúdos escolares e conhecimentos que já possuem, num processo de construção e articulação de novos significados. Ou seja, é importante considerar as linguagens e as ideias das crianças como conteúdos da sala de aula, valorizando suas formas de expressão e criação. Sabemos que a criança aprende a partir de múltiplas interações que estabelece com o outro, que a criança vai se apropriando das significações socialmente construídas e pode, também, construir a própria realidade. Nessa proposta, é de fundamental importância partir das contribuições do aluno para auxiliá-lo na constituição de significados e práticas da sociedade em geral. A criança precisa ser encarada como alguém capaz de questionar, criar, concordar, ou seja, de fazer da leitura e da matemática em sala de aula, expondo suas ideias, seu modo de pensar e fazer. A presença das manifestações artísticas como métodos educativos fazem parte do processo formativo dos indivíduos da Educação infantil. O trabalho com a música e a arte reflete a preocupação de que o indivíduo tenha a sensibilidade para pensar no compasso de cada gênero musical. É como se pensássemos a partir do som de cada instrumento presente numa canção. O trabalho de educar ou reeducar hábitos requer de quem o faz um cuidado muito grande. É questão de zelo, pois Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, de respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças de crianças felizes e saudáveis. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Introdução. Brasília, MEC/SEF, 1998; v.1, p.23) O ato de educar requer prazer e seriedade. Nesse caso a criança necessita ser tratada com seriedade devendo para tanto enfrentar em suas atividades níveis diferentes de dificuldades para que desenvolvam as suas capacidades de apropriação do conhecimento. É sabido que a criança em seu processo histórico enfrentou uma desvalorização da sua infância. De acordo com KRAMER (1992) “... o sentimento e a valorização atribuídos à infância nem sempre existiram da forma como hoje são conhecidos e difundidos, tendo sido determinados a partir de modificações econômicas e políticas da estrutura social.” A fase de infância nem sempre existiu da forma como hoje é reconhecida e conquistada, as mudanças que foram surgindo ocorreram a partir da evolução da economia atrelada ao processo político e desenvolvimento da sociedade. Antes, existia uma concepção de criança como modelo de ingenuidade, buscava-se enxergar apenas rostos inocentes e tudo ocorreu por parte da apropriação do adulto. Pela forma como ele queria compreender as fases da infância, tirando assim a autonomia e a autoria do sujeito. Diante de tantas concepções errôneas a respeito da infância deixou-se de trabalhar as capacidades da criança e o desenvolvimento da sua aprendizagem. As diferentes concepções de infância aparecem dentro do contexto histórico de cada época e foi instalado na sociedade durante muito tempo. Assim, A análise das modificações do sentimento devotado à infância é feita à luz das mudanças ocorridas nas formas de organização da sociedade, o que contribui para uma maior compreensão da “questão da criança” no presente, não mais estudada como problema em si, mas compreendida segundo uma perspectiva do contexto histórico em que está inserida. (KRAMER, 1992. p. 17) O processo de organização da sociedade foi decisivo para que a criança ganhasse visibilidade e passasse a ser reconhecida em seu espaço infantil. Desde o momento em que conceberam a infância como fase essencial no desenvolvimento da aprendizagem, houve então uma disposição da sociedade em reconhecer que toda criança tem o direito de viver com liberdade e para tanto curtir a sua fase de aprendizagem. Assim, percebeu-se que essa fase está atrelada ao direito de brincar. O brincar constitui-se como elemento de fundamental importância para a vida. Então, compreende-se que, Ao brincar, as crianças podem reconstruir elementos do mundo que as cerca com novos significados, tecer novas relações, desvincular-se dos significados imediatamente perceptíveis e materiais para atribuir-lhes novas significações, imprimir-lhes suas ideias e os conhecimentos que têm sobre si mesma, sobre as outras pessoas, sobre o mundo adulto, sobre lugares distantes e/ou conhecidos. (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Introdução. Brasília, MEC/SEF, 1998; v.1, p.23) A criança passou a ser vista como um indivíduo capaz de sistematizar conhecimentos e compreender o mundo de uma forma particular, mas partindo da sua própria autoria. O processo de envolvimento com os fatores sociais que influenciam no desenvolvimento das capacidades e da aprendizagem é de extrema importância como, por exemplo, o fato de brincar. Os fatores sociais são imprescindíveis para o desenvolvimento da criança. De acordo PYAGET (2001), “ No conceito de aprendizagem e desenvolvimento desta concepção, tanto a maturação quanto o meio ambiente são fatores centrais). Dessa forma pode-se compreender a importância e relevância desse projeto. Ressaltamos que é preciso reconhecer a criança e as suas fases do desenvolvimento e a proposta desse projeto é essencialmente despertar o desejo da criança pela preservação do espaço em que vive, tendo a oportunidades de construir conhecimento a partir de uma reflexão conjunta pois segundo PIAGET (2001), “...o desenvolvimento mental é entendido como produto da interação do organismo da criança com o meio...”. Dessa forma é compreensível que o projeto vem com uma intencionalidade de ajudar a desenvolver o raciocínio da criança fazendo com que haja interação com o meio. Então, a partir dessa formulação, seguimos a declaração de Piaget que diz que o desenvolvimento é um processo de interação entre o indivíduo biológico e o meio ambiente. A partir desse projeto de estágio teremos a oportunidade de analisar a teoria de Piaget quando diz que o desenvolvimento é um processo de interação entre o indivíduo biológico e o meio ambiente. Esse pensamento embasa as nossas discussões e para compreendermos melhor a nossa proposição de trabalho buscamos partir da nossa realidade e sobre o que nos diz um artigo da Pedagoga Estelina Vasconcelos. “A cidade de Irecê está situada na mesorregião do CentroNorte Baiano e possui as coordenadas geográficas 11º 18’ e 38,5” S e 41º 53’ e 21,1” W. Dados do IBGE (2007) indicam que Irecê apresenta uma população de aproximadamente 62.760 habitantes. Nesse sentido, o crescimento da população da cidade e a ocupação do solo urbano de forma desordenada geraram muitos problemas, entre eles o esgoto a céu aberto e o lixo que não é tratado de forma adequada. Segundo Pacheco & Zamora (2004) no Brasil a estimativa é que cada brasileiro produza 1,3 kg de lixo por dia, representando 230 mil toneladas de resíduos sólidos diários. Em Irecê, são produzidas 1,5 toneladas de lixo por dia, sendo assim, a produção individual é de aproximadamente 900g de lixo por dia (Jotagê, 2009) e essa produção é depositada no “lixão” sem nenhum tratamento. (VASCONCELOS, 2010 ) Passamos a refletir melhor os fatos e entender que temos envolvimento com as situações de degradação ao meio ambiente, existentes na atualidade. Assim, O “lixão” constitui-se no local de disposição final dos resíduos sólidos urbanos na qual estes são simplesmente descarregados sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública (Bidoni & Povineli, 1999) causando risco à saúde da comunidade que mora em suas imediações, comunidade esta que, em sua maioria é marcada pela vulnerabilidade econômica e social. ( VASCONCELOS, 2010) De acordo com a citação acima percebemos as problemáticas enfrentadas pela sociedade em decorrência do lixo. Muitas são as mazelas sociais que surgem e que atingem principalmente a classe menos favorecida. Esse é um dos resultados negativos da ação humana, pois deveríamos compreender a produção do lixo como uma ação que ocorre de forma coletiva e não por parte de uma pequena parcela da população. Assim, compreende-se que está faltando uma conscientização coletiva e o que realmente deveria acontecer era um processo de educação em que todos fossem educados e reeducados na forma de ver e tratar o meio ambiente. Esse seria um dos meios viáveis para que as pessoas pudessem viver em harmonia com o ambiente em que vivem. Metodologia Serão desenvolvidas ao longo do Estágio aulas que contemplem a carga horária de 75 hs/a, nelas iremos propor atividades que trabalhem a temática do lixo, através da música, jogos, histórias e brincadeiras. Com o intuito de desenvolver nas crianças a compreensão das questões que envolvem o tema deste projeto que é Cadê o lixo que estava aqui? O trabalho será desenvolvido em momentos recreativos, realizando atividades em grupo e individuais. No 1º dia pretende-se desenvolver um momento musical; Auxiliar no momento da atividade; Acompanhar a turma em atividades de classe e extraclasse; acompanhar no momento do recreio; Auxiliar no momento da recreação; Preparar aulas práticas e material didático. 2º dia Auxiliar nas atividades; Realizar uma dinâmica; Auxiliar no momento do lanche e quando estiverem no parquinho; Corrigir as atividades; Selecionar textos de interesse da turma; Supervisionar atividades diversificadas. 3º dia Auxiliar na dramatização; Ajudar a turma na atividade que envolve a dramatização; Colaborar no momento do recreio; Preparar os alunos na atividade de classe. 4º dia Ajudar no acolhimento; Realizar uma brincadeira prazerosa; Colaborar no momento do lanche; Corrigir a atividade desenvolvida; 5º dia Ajudar no acolhimento; Acompanhar nas atividades lúdicas; Desenvolver atividades de classe; Colaborar no momento do recreio; Auxiliar no momento da recreação. Analisar o comportamento de cada aluno. Será desenvolvido de modo a levar a criança a conhecer o mundo nos vários aspectos em que se apresentam. Realizar tendo em vista desenvolver o ensino da língua. Possibilitará á criança conhecimento sobre a palavra escrita, de que o que ela escreve tem um significado e um significativo. 1ª etapa Deixar que manuseiem á vontade livros, revistas, jornais, para que explorem e descubram a sua funcionalidade. 2ª etapa Desenvolver a capacidade de inventar, ter ideias novas (criatividades). 3ª etapa Fazer gestos de imitações com ajuda de músicas infantis. 4ª etapa Despertar motivações para realizar atividades ou tarefas e a satisfação de conseguir realizá-las. Certamente, o ato de estagiar requer aptidões inerentes ao ato de educar e alfabetizar. É pensando nisso que desejamos ao término de mais esta etapa, alcançar os objetivos proposto neste projeto e nas atividades executadas. Poder também aprimorar, as metodologias e técnicas já existentes e alimentar expectativas para a construção e crescimento da educação, em detrimento especialmente, daqueles que a consideram como um bem comum á ser adquiridos por todos e que a entendem como objeto de crescimento pessoal, cultural e emocional. Avaliação A avaliação é um dos meios fundamentais para o acompanhamento da aprendizagem do educando, adequando também os processos de ensino, o que possibilita ao educador fazer uso de vários procedimentos. O nosso método avaliativo será processual e contínuo, analisando a participação nas atividades e o desenvolvimento do aluno relacionado à temática, levando em conta o conjunto de atividades desenvolvidas. Faremos o acompanhamento em todas as fases da operacionalização do Estágio; participação nas aulas e desempenho nos trabalhos individuais e grupais. Buscaremos criar, planejar, realizar e avaliar situações didáticas eficazes para a aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. Daremos ênfase à problematização, acompanhando as situações do cotidiano como, por exemplo, a relação dos alunos com o espaço escolar; Buscando articular o trabalho coletivo em classe. Promover momentos lúdicos e promotores de uma aprendizagem significativa. Na avaliação, serão também considerados a assiduidade, responsabilidade e interesse dos alunos com os trabalhos desenvolvidos na escola, assim como participação, ações de cooperação e reflexão acerca do tema e atividades propostas em sala de aula. Referências BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. EIBEL, Maria Irene Reginato. A importância da educação infantil no contexto educacional e social. Mato Grosso: UFMGS, 2005. KAMII, Constance. A criança e o número: Implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos/ Constane Kamii; tradução Regina A. de Assis. – 11. ed. – Campinas, SP: Papirus, 1990. KRAMER, Sonia. A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce / Sonia Kramer. – 4 ed. – São Paulo: Cortez, 1992. – (Coleção biblioteca da educação. Série 1. Escola ; v. 3) Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/ SEF, 1998. 3 v.:il. VASCONCELOS, Stelina M. et al. LIXÃO DE IRECÊ: A NECESSIDADE DE DISCUTIR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NESSE ESPAÇO, 2010. WADSWORTH, Barry J. Inteligência e Afetividade da Criança na teoria de Piaget. Barry J. Wadsworth; tradução de Esméria Rovai; supervisão editorial Maria Regina Maluf. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.