BIC/UCS EMBALAGENS BIODEGRADÁVEIS COM AÇÃO ANTIFÚNGICA PARA ALIMENTOS Eduarda Francine Weschenfelder (BIC/UCS), Ivana Greice Sandri, Laura Berasain Gonella, Rosmary Nichele Brandalise, Luciani Tatsch Piemolini Barreto (Orientador(a)). PROJETO: EMBALAGENS INTELIGENTES INTRODUÇÃO As embalagens exercem papel importante na conservação dos alimentos. No entanto, o consumidor atual está mais exigente, buscando embalagens modernas, que devem preservar os alimentos, serem práticas e viáveis ambiental e economicamente. Embalagens inteligentes tem por objetivo promover a inibição do crescimento de microrganismos patogênicos, monitorar a alteração de temperatura de refrigeração dos produtos, melhorar as características sensoriais, minimizar a alteração química e microbiológica, proporcionando o aumento do tempo de vida de prateleira do alimento [1,2]. MATERIAIS E MÉTODOS Filmes de Poli(álcool vinílico) (PVA foram preparados em solução, com incorporação de quitosana 2 % m/v e com agente reticulante tetraborato de sódio (BÓRAX) em solução 4% com a função de reticular o PVA, alterando sua hidrofilia. As soluções filmogênicas foram preparadas em concentração de 5 % em massa de polímero em água sob agitação constante e temperatura de 80 ºC. Filmes de PVA,PVA+BÓRAX e PVA+QUI foram avaliadas preliminarmente em três diferentes tipos de queijo, escolhidos em função da atividade de água. ESPALHAMENTO EM PLACA PVA EVAPORAÇÃO DO SOLVENTE ÁGUA SOLUÇÃO DE QUITOSANA REMOÇÃO DO FILME SOLUÇÃO DE BÓRAX ATIVIDADE DE ÁGUA (AW) RESULTADOS E DISCUSSÃO Os filmes foram avaliados em queijo minas frescal, queijo provolone e queijo parmesão. Como resultado pode-se constatar que quanto maior a atividade de água do alimento, maior a sua interação com a embalagem filmogênica uma vez que o PVA é hidrofílico. Após 48 horas de avaliação, no queijo minas frescal foi observado uma maior dificuldade em remover a embalagem filmogênica. Todos os filmes absorveram água do alimento, contudo o PVA + QUI foi o que mais absorveu. Com relação aos diferentes tipos de queijo não observou-se alterações no AW significativas. Tabela 1: Atividade de água dos queijos antes do revestimento polimérico. QUEIJOS AW Minas frescal 0,996 Parmesão 0,935 Provolone 0,962 Tabela 2: Atividade de água dos filmes poliméricos. FILMES AW PVA 0,548 PVA + BORAX 0,544 PVA + QUI 0,482 Tabela 3: Atividade de água dos queijos acondicionados nos filmes poliméricos após 48h armazenados em temperatura ambiente (±20°C). QUEIJOS FILMES POLIMÉRICOS FILME PVA PVA + BORAX PVA + QUI COMERCIAL Minas frescal 0,955 0,956 0,891 0,999 Parmesão 0,853 0,840 0,855 0,922 Provolone 0,908 0,899 0,867 0,992 A B Tabela 4: Atividade de água dos queijos acondicionados nos filmes poliméricos após 48h armazenados sob refrigeração (±7°C). QUEIJOS Minas frescal Parmesão Provolone FILMES POLIMÉRICOS FILME PVA PVA + BORAX PVA + QUI COMERCIAL 0,998 0,999 0,903 0,997 0,883 0,906 0,888 0,912 0,928 0,959 0,899 0,978 Figura1: Queijo provolone, minas frescal e parmesão armazenados nas soluções filmogênicas de PVA, PVA + BORAX, PVA + QUI na condição de refrigeração (7 ºC) no tempo zero (A) e após 48 h de armazenamento (B). CONCLUSÃO Foi possível, por este estudo, o desenvolvimento de filmes poliméricos biodegradáveis de PVA com quitosana, contudo o emprego do bórax como agente de reticulação não foi eficiente para alterar a hidrofia do PVA. Como embalagem de alimentos que contenham atividade de água elevadas, exemplo deste estudo, as modificações realizadas no polímero biodegradável PVA, para emprego como embalagem de alimentos, não foram eficientes nas condições avaliadas. REFERÊNCIAS [1] AZEREDO, H. M.C. Nanocomposites for food packaging applications. Food Research International v. 42, p. 1240-1253, 2009. [2] SILVESTRE , C.; Duraccio, D.; Cimmino, S. Food packaging based on polymer nanomaterials. Progress in Polymer Science, v.36, p. 1766-1782, 2011. [3] RINAUDO, M.; PAVLOV, G.; DESBRIÈRES, J. – Influence of acetic acid concentration on the solubilization of chitosan – Polymer, 40, 7029-7032, 1999. [4] GHAOUTH et al. – Antifungal activity of chitosan on two postharvest pathogens of strawberry fruits – The American Phytopathological Society , v. 82, 4, p. 398-402, 1992. AGRADECIMENTOS