As primeiras grandes civilizações das quais temos noticias organizavam-se muito semelhantes. Seus dois elementos mais marcantes foram a agricultura baseada nos grandes sistemas de irrigação e o poder político sustentado pela religião, por isso ficaram conhecidas como teocracias de regadio. CARACTERÍSTICAS COMUNS DAS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES Essas sociedades apresentavam como características em comum: poder político com forte conotação religiosa por isso denominado teocracia (teo, “deus”, cracia, “poder”); economia baseada na agricultura; regime de trabalho servil, mas que também utilizava o trabalho escravo; CARACTERÍSTICAS COMUNS DAS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES elite composta por sacerdotes, proprietários de terras, militares de alta patente e pela família real (nobreza); camadas pobre formadas por servos, estrangeiros escravizados ou pessoas livres exploradas até o limite de suas forças; religião politeísta, ou seja, crença em vários deuses. PARA ENTENDER MELHOR! Teocracia é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião. Modo de produção asiático é o conjunto de características presentes na vida política, econômica, social e religiosa das civilizações da Antiguidade Oriental. ESCRAVIDÃO E SERVIDÃO São duas formas de trabalho compulsório, mas com aspectos próprios. O que caracteriza a escravidão é o trabalhador ser uma propriedade do seu patrão; o escravo não tem direito de decidir a própria vida, uma vez que esta pertence ao seu dono. Já o servo é juridicamente livre, mas sobre ele pesa a obrigatoriedade da prestação de serviços e tributos. ENCHENTES NO BRASIL? EGITO ANTIGO:VAMOS VER SUA HISTÓRIA? Os registros iniciais da civilização que se formou às margens do Rio Nilo datam de aproximadamente 6 mil anos. O que conhecemos sobre aquela civilização nos indica que atingiu um padrão complexo na arte, na ciência, no comércio e na religião. Essa cultura elaborada acentuava a diferença entre os que tinham e os que não tinham posses. LOCALIZAÇÃO O EGITO NA PRÉ-HISTÓRIA Durante o Paleolítico, o clima do Egito sofreu uma alteração, passando de úmido e equatorial para clima seco. No quinto milênio antes de Cristo, o vale do Nilo, já possuía as características climáticas atuais e os habitantes do Egito domesticaram animais como porcos, bois e cabras e cultivaram o trigo e a cevada, tornando-se sedentários. OS DOIS REINOS O ALTO E O BAIXO EGITO • Inicialmente, os egípcios se organizaram por meio de um conjunto de comunidades patriarcais chamadas de nomos. • Os nomos eram controlados por um chefe chamado nomarca. E se agrupavam em duas regiões distintas, que formavam dois reinos rivais: o reino do Alto Egito e o reino do Baixo Egito. • Por volta de 3.200 a.C. o reino do Alto Egito dominou o reino do Baixo Egito, unificando assim, a região (Egito). O responsável por essa união foi Menés, que passou, então, a ser chamado de faraó, cujo significado é “rei das duas terras”. O poder dos faraós passava de pai para filho, isto é, era hereditário. Como os egípcios acreditavam que os faraós eram deuses na Terra, a forma de governo que se instalou foi chamada de monarquia teocrática. O RIO E O DESERTO Localizado em região desértica, o Egito antigo pôde se desenvolver graças ao regime de enchentes anuais do Rio Nilo. Durante os meses de junho a setembro, o rio transbordava, inundando suas margens; quando voltava a seu leito normal, deixava o vale fertilizado pelo humus (fertilizante orgânico) e pronto para o plantio. Também foram construídos canais de irrigação, que ajudavam a levar a água para uma extensão maior de terra, ampliando a área de plantio. O deserto do Saara constituía uma barreira natural que defendia o Egito do ataque de outros povos. Entre 3200 e 2800 a.C., ocorreu a unificação dos reinos do Alto e Baixo Egito sob uma única Coroa. MONTAGEM DA HISTÓRIA Antigo Império (3200 – 2200 a.C.) – período das grandes construções, são desse período as pirâmides de Gizé como dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos. Médio Império (2000 – 1700 a.C.) - é desse período a invasão dos hicsos ao Egito. Novo Império (1600 -525 a.C.) – Esse período ficou conhecido como a era dos grades faraós. O FARAÓ O Estado egípcio era uma teocracia, e o faraó era ao mesmo tempo rei e divindade, descendente dos deuses da mitologia egípcia, como Amon-Rá, o deus-sol; seu poder era soberano sobre todo o reino, formado pelas terras férteis e pelo Rio Nilo, assim como sobre as pessoas que lá viviam. Mas ele não exercia sozinho o seu imenso poder. A estreita relação entre Estado e religião fez da casta dos sacerdotes o grupo social mais influente, depois da família real. ECONOMIA A economia egípcia tinha como base a agricultura, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio e o artesanato. Os trabalhadores egípcios, que eram tratados com uma relação servil, cuidavam da produção agrícola e das obras públicas, acompanhados dos escravos. Assim, podemos afirmar que os primeiros impérios do crescente fértil, Egito e Mesopotâmia, usavam essas práticas econômicas para a garantia da produção, por isso recebiam o nome de Império (único e supremo administrador) de regadio (produção de alimentos com base na irrigação). SOCIEDADE A sociedade egípcia era dividida em várias camada, sendo o faraó a autoridade máxima, considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas faziam parte da elite egípcia. Na base da sociedade encontravam-se os camponeses (chamados de felás), artesãos, pequenos comerciantes e os escravos (geralmente pessoas capturadas em guerras e pessoas endividadas). CULTURA A escrita foi muito importante para esse povo, havia três tipos de escrita: a hieróglifa, a hierática e a demótica. A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes, sendo comumente caracterizada como politeísta, antropozoomórfica, zoomórfica e zoolástica. Assim sendo, acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com o corpo, parte humano e parte animal sagrado, ou mesmo deuses em forma de animais) que interferiam na vida das pessoas. Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós, colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo para a vida seguinte. DEUSES EGÍPCIOS Anúbis Rá/Ré REFERÊNCIAS PINHEIRO, Francisco Abelardo Figuerêdo. Antiguidade Oriental: Egito e Mesopotâmia, Educator: São Luís. 2012.