Revista
ANO 15 nº82 NOV/DEZ 2012
ANO NOVO,
CARROS NOVOS
Hatch da Chevrolet ultrapassa
concorrentes no ranking CAR Group
ÓRION
TABLET
Mobilidade inédita no orçamento
do reparo automotivo
E
ONIX ASSUME
A PONTA
CC nt
da R re
f
se az vis
gu ge t
ra st a
nç ão
a
Confira já o que 2013 terá de novidade
no universo do automóvel
Um ano
muito
especial
2012
foi muito importante para mim,
na condução dos trabalhos do CESVI
BRASIL. Em maio, completei um ano
aqui, o que marca um período em que a gente já se sente
em casa, conhece a fundo cada detalhe dos estudos
e principalmente o potencial do que ainda poderemos
fazer pela frente.
É com muito orgulho que eu termino esse período como
participante e testemunha de grandes realizações
do nosso centro de pesquisa. Aprimoramos nosso estudo
de reparabilidade, tornando mensal a atualização do CAR
Group, que antes era feita uma vez por ano. Desenvolvemos
uma nova referência para o mercado, o Índice de Furto,
sobre o qual vocês leram aqui mesmo, na edição passada.
E outros estudos vieram: sobre a eletrônica embarcada
nos automóveis, sobre o reparo de microdanos, sobre ABS,
para ficar só nos que receberam destaque de capa
na Revista CESVI.
Falando nela, foi no começo deste ano que renovamos
o projeto da publicação – tanto a parte gráfica quanto
as matérias, com um foco cada vez mais voltado para
o que o leitor quer saber. O resultado é uma leitura ainda
mais agradável, unindo sobriedade com visual moderno.
A representação perfeita do que é o CESVI em sua essência.
Você vai ler nesta edição o que os interessados em
automóvel podem esperar desse mundo fascinante
em 2013. Mas desta vez não vou me alongar nos
comentários sobre o conteúdo desse número.
Deixo para as próprias páginas contarem sobre esta
edição de fim de ano.
Nesta ocasião, prefiro desejar a você, leitor, boas festas
e um 2013 em que todas as suas aspirações se tornem
realidade concreta. Teremos um ano de muito trabalho
pela frente, com diversos estudos previstos. Que você
seja sempre o primeiro a saber de tudo, pelas páginas
desta publicação. Muito obrigado por ter estado
o ano inteiro conosco.
Feliz Ano Novo!
Almir Fernandes
Diretor de operações
Diretor-presidente: Wilson Toneto
Conselho Editorial: Almir Fernandes, Carolina Circelli
e Alexandre Carvalho dos Santos.
Tiragem: 4.100 exemplares.
Publicidade: Fone: (11) 3948-4814
Editor: Alexandre Carvalho dos Santos (Mtb. 44.252)
E-mail: [email protected]
[email protected]
Assinatura e números atrasados: Juliana Sobrinho
Fotos: Alexandre Martins Xavier (Mtb. 30.982) e Luciana Ruffato
Colaboradores desta edição: Alessandro Rúbio, André Horta,
Bruno Henrique Honorato Espindola, Claudemir Rodriguez,
Denis Gorgonio Peres, Emerson Feliciano, Estevam Prado Barbosa Silva,
Gerson Burin, José Palacio (IQA), Leila Maria de Oliveira Silva, Paulo
Roberto Weingärtner Jr. e Willians Araujo.
Direção de arte e diagramação: Yes!Brasil Comunicação
Henrique Marin, Lucas Hayashi Chinen, Roberto Shintate e Silvana Tai.
e Leila Maria de Oliveira Silva.
Redação: Av. Amador Aguiar, 700 - City Empresarial Jaraguá
CEP 02998-020 - São Paulo, SP
Fone: (11) 3948-4800 - Fax (11) 3948-4848
E-mail: [email protected]
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Matéria de capa
SEU ANO NOVO, ANTES
Carro
6
Ensaios de impacto:
Chevrolet Onix
Reparo
14
24
Órion, agora
em tablet
Segurança viária
10 Carro
Ótimo custo da cesta básica
garante segundo lugar
do Toyota Etios no CAR Group
20
Comportamento
agressivo ao
volante
13 Máquinas pop
Livro: Cinquenta Carros que Mudaram o Mundo
- lição de design
22 Entrevista
Renato Caldo e Fausto Camilotti,
da CCR ViaOeste, falam de estrutura
de segurança nas rodovias
28 tecnologia
Estudo sueco mostra que incentivos
financeiros e aviso sobre infração fazem
o motorista correr menos
30 Perfil do veículo
Fatores de risco e uma precificação
mais técnica do seguro do automóvel
34 Antena
O que avaliar na escolha do fornecedor
de serviços de rastreamento e bloqueio
38 Aval cesvi
A lista das empresas e sistemas
de rastreamento e bloqueio
aprovados pelo CESVI
40 Painel
Prêmio CAR Group 2012
42 IQA
Certificação de grupos de oficinas
Legendas
Conteúdo
digital
Confira
video online
Fotografia
Ilustração
Textos
yesbrasil.net
Ensaios de impacto:
Chevrolet Onix
Estevam Prado Barbosa Silva
e Bruno Henrique Honorato Espindola
M
ais um campeão de reparabilidade
chegou recentemente ao mercado
brasileiro. É o Chevrolet Onix, o primeiro
modelo derivado do Projeto Onix, um hatchback
produzido no recém-ampliado complexo industrial
de Gravataí, no Rio Grande do Sul,
que atualmente produz Celta e Prisma.
Com a queda do Novo C3 para a terceira
colocação do ranking (sua classificação mudou
de 13 para 17, em função de um aumento
no custo das peças), o Onix já começa com
Outro campeão na pista do CESVI: o novo
hatch da GM teve a melhor classificação
do ranking CAR Group – por causa
de sua estrutura dianteira
o pé direito: é o melhor CAR Group entre todos os analisados pelo
CESVI, juntamente com o Volkswagen Fox.
Além de mandar bem na reparabilidade, o Onix chega com outras
inovações tecnológicas: o MyLink, uma plataforma de conectividade
que permite ao usuário trazer suas músicas, fotos, vídeos e aplicativos
do celular para dentro do veículo, além de fazer ligações telefônicas
via Bluetooth.
Agora vamos conferir como o veículo se comportou nos ensaios
de impacto do CESVI.
Quer fazer comparativos
entre o CAR Group
de diversos modelos
de veículos? Acesse:
http://migre.me/c1O5e
Divulgação
06
Divulgação
Impacto dianteiro
No estudo CAR Group, o fator que apresenta a maior ponderação é o custo total
da reparação dianteira. E o Chevrolet Onix foi o que apresentou o menor custo,
o que justifica sua estreia já na primeira posição do ranking.
Um dos fatores que mais contribuíram para isso foi a presença de uma travessa frontal
com crash-box, para absorver parte da energia de impacto em colisões de baixa velocidade.
Um destaque do Onix é que a travessa frontal é fornecida separadamente dos crash-boxes
das laterais direita e esquerda. No crash-test feito pelo CESVI, o veículo sofreu danos que
exigiram a substituição da travessa e do crash-box do lado esquerdo. Mas, como as peças
vêm separadas, o crash-box do lado direito foi preservado – o que reduz o custo do reparo.
A travessa também permitiu que diversas peças estruturais fossem reparadas apenas
com o processo de estiramento a frio, sem necessidade de uma substituição parcial.
E tem mais: a montadora oferece um kit de reposição para a fixação do radiador.
Como apenas um ponto de fixação foi danificado no teste, o restante do kit foi preservado
– mais um atenuante para o custo do reparo.
Impacto traseiro
Já na traseira, os resultados foram diferentes. Sem uma travessa com crash-box
para amenizar o impacto, peças estruturais foram atingidas: longarina traseira,
painel traseiro, alojamento da lanterna, lateral, assoalho do porta-malas
e assoalho do assento do banco traseiro.
Apesar da longarina traseira do lado direito ter sido atingida, foi possível repará-la
com o estiramento a frio – não precisou de substituição parcial. Porém o painel
traseiro teve de ser substituído parcialmente, o que elevou o custo da reparação
traseira, não apenas pelo valor da peça, mais também pela mão de obra agregada
ao serviço.
Ainda assim, nem a quantidade de peças atingidas na traseira, nem o custo
de mão de obra tiraram a primeira posição do Onix no ranking CAR Group,
mais um atenuante para o custo do reparo.
Alexandre M. Xavier
Revista CESVI
07
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Divulgação
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DEZEMBRO
OUTUBRO
13 13 14 14 15 15 15 15
ONIX
HATCH
15
C3 HATCH
15 15 16 16 16 16 16 16
ETIOS
HATCH
NOVO
C3 HATCH
NOVO
GOL
J3
HATCH
CORSA
HATCH
16 17
13 13 13 17
17 17 17 17
18 20 21 21 21 21 21 21
19 20 21 21 21 22 22 22
KA
19 19 20 20 20 20 22 22
CELTA
20 20 22 22 22 23 23 23
SANDERO
20 20 21 22 22 23 23 23
CLIO
HATCH
19 19 20 20 20 25 25 25
MARCH
27 27 27 27 27 28 28 32
207
HATCH
32 33 35 35 35 35 35 35
MILLE
31 31 32 34 34 34 34 35
NOVO
UNO
PALIO
FIRE
NOVO
PALIO
NOVEMBRO
SETEMBRO
JULHO
AGOSTO
MAIO
JUNHO
ABRIL
MARÇO
JANEIRO
FOX
FEVEREIRO
MODELO
MONTADORAS
POSIÇÃO
ATUAL
CAR GROUP - HATCH COMPACTO
34 34 35 36 36 36 36 38
39 39 40 41 41 41 41 43
39 39 40 42 42 42 42 45
FICHA TÉCNICA DO ONIX
VERSÃO
Motor / Posição
Construção
Cilindrada
Nº de válvulas
Combustível
Potência
Torque
Taxa de compressão
Câmbio
Tração
Direção
Suspensão dianteira
Suspensão traseira
LT 1.0 8V
FLEX 4P
LS 1.0 8V
FLEX 4P
999 cm 3
1.389 cm 3
8 válvulas
Gasolina e/ou etanol
78 cv a 6.400 rpm (gasolina)
98 cv a 6.000 rpm (gasolina)
80 cv a 6.400 rpm (etanol)
106 cv a 6.000 rpm (etanol)
9,5 mkgf a 5.200 rpm (gasolina) 13,0 mkgf a 4.800 rpm (gasolina)
9,8 mkgf a 5.200 rpm (etanol)
13,9 mkgf a 4.800 rpm (etanol)
12,6 : 1
12,4 : 1
Manual (5 frente e 1 ré)
Dianteira
Hidráulica
Independente tipo “McPherson” barra estabilizadora ligada à haste tensora, molas
helicoidais com carga lateral linear, amortecedor telescópico pressurizado estrutural.
Semi-independente, com eixo torção, sem barra estabilizadora, mola helicoidal com
constante elástica linear e amortecedor telescópico pressurizado.
Discos ventilados
Tambor
1.484 mm
Largura carroceria
sem retrovisores
Comprimento
Entre-eixos
Carroceria
N o de portas
08
N o de ocupantes
Categoria
LTZ 1.4 8V
FLEX 4P
Dianteiro / Transversal
4 cilindros em linha
Freio dianteiro
Freio traseiro
Altura
Peso
Tanque
Porta-malas
Pneus e rodas
LT 1.4 8V
FLEX 4P
1.705 mm
3.528 mm
1.012 kg
2.528 mm
1.018 kg
54 litros
280 litros
175/65 R14 (aço)
185/65 R15 (aço)
185/65 R14 (aço)
185/70 R14 (aço)
Monobloco
5 portas
5 lugares
Hatch compacto
1.067kg
185/65 R15 (liga leve)
yesbrasil.net
Ensaios de impacto:
Toyota Etios
Claudemir Rodriguez
Ótimo custo da cesta
básica de peças garante
segunda melhor
classificação no ranking
CAR Group para o hatch
da marca japonesa
E
ste número da revista está com boas surpresas em relação
ao CAR Group. O Etios, da Toyota, teve ótimo resultado nos estudos
do CESVI e conquistou a segunda melhor classificação de sua
categoria – e de todo o ranking: 16, numa variável que vai de 10
(a melhor) até 60 (a pior). À sua frente, estão apenas o Chevrolet Onix
Hatch (veja matéria nesta edição) e o Volkswagen Fox.
O Etios também não decepciona em segurança: mesmo a versão mais
básica já sai de série com airbag duplo, enquanto a versão X –
segunda mais básica – traz sistema de frenagem ABS com EBD.
Então, que tal conferir como o veículo se comportou nos ensaios
de impacto realizados pelo CESVI? É só prosseguir com a leitura.
Você conhece os critérios
utilizados pelo CESVI
na elaboração do ranking
CAR Group? Confira aqui:
http://migre.me/c1X4o
10
Divulgação
Impacto dianteiro
Divulgação
Independentemente dos resultados nos impactos dianteiro e traseiro, o estudo apontou
que o Toyota Etios Hatch, entre todos os veículos de sua categoria, é o que possui
o menor custo da cesta básica de peças. Esses preços competitivos contribuíram
para a excelente classificação do veículo no ranking CAR Group.
E quanto à estrutura? Os especialistas do CESVI identificaram danos na parte dianteira
que poderiam ter sido minimizados, ou até mesmo evitados, caso o carro tivesse crash-box
ou pelo menos um absorvedor de impacto. A ausência desses componentes fez com que
a longarina dianteira esquerda (região do impacto) recebesse parte da energia do impacto,
tendo de ser substituída parcialmente.
Nas medições antes e depois do crash-test, constatou-se a necessidade de um estiramento
a frio, para que a estrutura do veículo retornasse às suas medidas originais.
Também vale destacar no estudo da dianteira que o radiador e o eletroventilador não foram
atingidos. O condensador do ar-condicionado teve um dano leve, mas pôde ser reparado.
O custo total da reparação dianteira – que inclui o preço das peças, os insumos utilizados
e os tempos coletados durante os processos de funilaria e pintura – foi fator decisivo para
o ótimo resultado do Etios.
Impacto traseiro
Ao contrário do que aconteceu na dianteira, o estudo apontou que o custo total
da reparação traseira não foi um fator positivo. Uma grande quantidade de peças
foi atingida no impacto, o que resultou em tempos elevados de funilaria e pintura.
A ausência de crash-box e de absorvedor de impacto contribuiu para tantas peças
afetadas. O lado bom foi que parte dessas peças puderam ser reparadas, como
a tampa traseira, a lateral direita, o assoalho do porta-malas, o assoalho do banco
traseiro e a caixa de roda direita.
Além da necessidade do processo de estiramento a frio, para retorno às medidas
estruturais originais, o estudo constatou a necessidade de substituição parcial
da longarina traseira direita – assim como na dianteira, a peça recebeu parte
da energia do impacto.
Alexandre M. Xavier
Revista CESVI
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5o
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Divulgação
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DEZEMBRO
15
C3 HATCH
15 15 16 16 16 16 16 16
ETIOS
HATCH
NOVO
C3 HATCH
NOVO
GOL
J3
HATCH
CORSA
HATCH
16 17
13 13 13 17
17 17 17 17
18 20 21 21 21 21 21 21
19 20 21 21 21 22 22 22
KA
19 19 20 20 20 20 22 22
CELTA
20 20 22 22 22 23 23 23
SANDERO
20 20 21 22 22 23 23 23
CLIO
HATCH
19 19 20 20 20 25 25 25
MARCH
27 27 27 27 27 28 28 32
207
HATCH
32 33 35 35 35 35 35 35
MILLE
31 31 32 34 34 34 34 35
NOVO
UNO
PALIO
FIRE
NOVO
PALIO
o
OUTUBRO
13 13 14 14 15 15 15 15
ONIX
HATCH
2o
NOVEMBRO
SETEMBRO
JULHO
AGOSTO
MAIO
JUNHO
ABRIL
MARÇO
JANEIRO
FOX
1o
FEVEREIRO
MODELO
MONTADORAS
POSIÇÃO
ATUAL
CAR GROUP - HATCH COMPACTO
34 34 35 36 36 36 36 38
39 39 40 41 41 41 41 43
39 39 40 42 42 42 42 45
FICHA TÉCNICA DO TOYOTA ETIOS
VERSÃO
Motor / Posição
Construção
Cilindrada
Nº de válvulas
Combustível
Potência
Torque
Câmbio
Tração
Direção
Suspensão dianteira
Suspensão traseira
X 1.3 16V
T-FLEX
1.3 16V
T-FLEX
1.329 cm 3
1.496 cm 3
16 válvulas
Gasolina e/ou etanol
84 cv a 5.600 rpm (gasolina)
92 cv a 5.600 rpm (G)
90 cv a 5.600 rpm (etanol)
96,5 cv a 5.600 rpm (E)
11,9 mkgf a 3.100 rpm (gasolina) 13,9 mkgf a 3.100 rpm (gasolina)
12,8 mkgf a 3.100 rpm (etanol)
13,9 mkgf a 3.100 rpm (etanol)
Manual (5 frente e 1 ré)
Dianteira
Mecânica Eletroassistida progressiva
McPherson McPherson barra estabilizadora
Eixo de torção
Eixo de torção com barra estabilizadora
Discos ventilados
Tambor
1.510 mm
Largura carroceria
sem retrovisores
N o de portas
N o de ocupantes
Categoria
12
XLS 1.5 16V
T-FLEX
Dianteiro / Transversal
4 cilindros em linha
Freio dianteiro
Freio traseiro
Altura
Comprimento
Entre-eixos
Peso
Tanque
Porta-malas
Pneus e rodas
Carroceria
XS 1.3 16V
T-FLEX
1.695 mm
3.777 mm
2.460 mm
915 kg
940 kg
945kg
965 kg
45 litros
270 litros
175/65 R14 (aço)
185/60 R15 (liga leve)
Monobloco
5 portas
5 lugares
Hatch compacto
Obras de arte
sobre rodas
Livro aponta os 50 carros
com design mais revolucionário
de todos os tempos
Alexandre Carvalho dos Santos
O
Design Museum, de Londres, é o principal museu do mundo
dedicado ao design contemporâneo, e se empenha em
demonstrar a riqueza e a importância da criatividade encontrada
em todas as formas de design: da arquitetura ao vestuário.
E passando pelo desenho de carros também.
Para revelar a engenhosidade dos designers de veículos ao longo
da história, a instituição publicou o livro Cinquenta Carros
que Mudaram o Mundo (Autêntica Editora) – destacando
os modelos que revolucionaram o design automobilístico
e criaram tendências, algumas seguidas até hoje.
O primeiro modelo comentado – como não poderia deixar
de ser – é o Ford T, de 1908, primeiro veículo fabricado
em uma linha de produção. “Ele não tinha muitos dos caprichos
dos carros anteriores, mas foi cuidadosamente projetado
e, para a época, era relativamente fácil de conduzir, graças
à transmissão semiautomática epicíclica.”
Outra presença obrigatória é a do Volkswagen original – popularizado
no Brasil como Fusca. O livro revela que os primeiros esboços
do carro foram feitos pelo próprio Hitler, que queria um projeto
“para continuar a motorização do povo alemão”, expressando a forte
estética modernista do país. O resultado (mérito dos engenheiros,
não do nazista) foi uma estrutura de carroceria revolucionária,
e também com uma motorização que não dava trabalho.
“A hegemonia da Alemanha em engenharia eletromecânica significava
também que os equipamentos elétricos (motor de arranque, ignição
e dínamo) eram excelentes, e assim o Fusca sempre dava partida
nas manhãs frias e úmidas.”
A obra também destaca aspectos inovadores de segurança
dos carros. Alguns, inclusive, que não vingaram, como
os controles excessivamente sensíveis
do Citroën DS, de 1955.
O modelo “precisava apenas do controle
suave da ponta do dedo no volante
para evitar que se desviasse para
o lado errado da estrada, e um pedal de freio
Citroën DS,
– apenas um botão, na verdade – tão sensível que
de 1955
parecia um interruptor de liga/desliga. Nem todos os motoristas
gostaram da extrema sensibilidade desses controles.”
E há modelos recentes também. Como o Toyota Prius, de 1997,
que provou o compromisso da montadora com a redução
de emissões de poluentes.
“O motor a gasolina só aciona as rodas
através do sistema elétrico e, portanto,
funciona sempre na velocidade e na energia
mais eficientes.”
Se você quiser saber um pouco
da história do design de carros lendários,
como a Ferrari 125S, de 1947, o Táxi
Austin FX4, de 1956, e até o Mini, de 1959,
Cinquenta Carros que Mudaram o Mundo
vai fazer bonito na sua estante.
O carro que matou a bailarina
Reza a lenda que a bailarina americana
Isadora Duncan, um mito da dança,
morreu em 1927, estrangulada por
seu próprio xale, que enroscou numa
das rodas de um Bugatti conversível.
O livro desmente a história:
o estrangulamento ocorreu assim
mesmo, é verdade, mas o carro
era um Amilcar, outro modelo esportivo
da década de 1920.
13
Seu
ano novo,
antes
Alexandre M. Xavier
Se a tal profecia sobre o fim
do mundo não se concretizar
neste mês, você vai ter a chance
de conferir as novidades que
2013 reserva para o universo
do automóvel. E que você vê
antes aquI.
Gerson Burin
14
J
á fez suas resoluções de Ano
Novo? O mercado automotivo
já fez as dele. E não são poucas.
Em 2013, teremos novidades
relacionadas à legislação que existe
sobre o automóvel, tecnologias novas
e, claro, modelos novinhos em folha
chegando às concessionárias.
A Revista CESVI usou sua bola
de cristal e revela, agora em dezembro,
o que você vai ver em 2013.
Frota aumenta, de novo
Que a frota brasileira está em crescimento, você já sabia.
É um fenômeno – e talvez explique um pouco das razões
de tantos congestionamentos nas grandes cidades por aqui.
Outros países, como Estados Unidos e Japão, não apresentarão
nos próximos anos um crescimento tão significativo quanto o nosso.
Nos anos 2000, tínhamos por aqui uma média de 134 veículos
para cada mil habitantes. Em 2025 (olha a bola de cristal indo longe),
a previsão é de que esse número praticamente dobre: serão 260
veículos para cada mil pessoas.
Segundo a Fenabrave, devemos terminar 2012 com quase 5,8
milhões de emplacamentos no ano – uma alta de 3,4%
em relação a 2011.
Para 2013, a entidade acredita que a alta seja ainda maior,
de 3,5%. Ou seja, que o ritmo aquecido dos últimos meses
não deve ser “compensado” com uma ducha de água fria
no mercado no ano que vem. Haja espaço para tanto carro...
Também teremos novas fábricas no País.
A projeção de consolidação de novas
montadoras em 2013 é de 5,1%
a mais em relação ao que já existe.
Os investimentos devem chegar
a 1,87 bilhões de reais.
Em Pernambuco, a Fiat já está construindo
fábrica na cidade de Goiana, com um
parque de fornecedores de 15 empresas
sistêmicas – que serão os fornecedores
diretos da montadora –, além da
construção de um campo de provas.
E a Jac Motors pretende construir sua
fábrica no Estado da Bahia, em Camaçari.
Rumo ao Sul, a General Motors já iniciou
a construção de uma fábrica
em Joinville, Santa Catarina.
Nova tecnologia de frenagem
Divulgação
AEB (Autonomous Emergency Braking)
Em 2013, é provável que você conheça o sistema de freio AEB
(Autonomous Emergency Braking). É um recurso para evitar ou
reduzir de forma significativa as colisões traseiras, ou diminuir
os danos ao veículo pela redução de velocidade antes do impacto.
O sistema usa um recurso sofisticado de detecção de luz,
“escaneando” o que acontece à frente na rodovia. Na Inglaterra,
o Ford Fiesta que adotou o sistema teve um desconto de 15%
no prêmio do primeiro ano do seguro.
O CESVI participou da conferência do RCAR (conselho
internacional de centros de pesquisa) este ano, realizado em
Dresden, na Alemanha, e o AEB foi citado inúmeras vezes pelos
especialistas como item importantíssimo
para a segurança veicular.
Uma estatística realizada nos Estados Unidos
aponta que, em perímetros urbanos, 75%
dos acidentes acontecem a uma velocidade
inferior a 32 km/h. Na Inglaterra, 26% dos
acidentes têm a ver com colisões traseiras.
Nesse mesmo país, são registradas 6 mil
fatalidades e ferimentos por atropelamentos.
Todos esses casos poderiam ser reduzidos
se existissem mais carros com AEB.
Revista CESVI
15
Siniav (o Grande Irmão)
Começa em 1º de janeiro a implantação do Siniav
(Sistema Nacional de Identificação Automática
de Veículos) em todo o território nacional.
A medida foi aprovada pelo Conselho Nacional
de Trânsito (Contran) e publicada no Diário
Oficial da União.
O objetivo deste programa é auxiliar os sistemas
de fiscalização das ruas e rodovias, para evitar
furtos e roubos, além de documentações
atrasadas. O Siniav vai extrair informações
das vias para a melhoria do trânsito.
O sistema consiste na instalação de um chip,
que contém informações referentes ao veículo:
placa, ano de fabricação, marca, modelo,
combustível e potência. Por meio de um
protocolo de comunicação padrão, transmitirá
essas informações para os sistemas de antenas
de radiofrequência instalados nas vias.
As bases de antenas, por sua vez, enviarão
informações para uma central, que verifica
se aquele veículo tem algum tipo de restrição.
Se tiver, a central repassará essas informações
para centrais de fiscalização, que efetuarão blitz
para a abordagem do veículo.
As informações armazenadas no chip serão
o registro de chassi, motor, placa e Renavam.
Não poderão conter informações
pessoais do proprietário, por questões
de segurança e sigilo.
Para os veículos de passeio, o chip será instalado
no para-brisa. Para as motocicletas e carretas,
a instalação será feita em locais diferenciados.
Além do que ele efetivamente vai fazer,
vale a pena conferir o que ele será capaz
de fazer. Porque o sistema tem potencial para
habilitação de outros serviços, como socorro
para casos de emergência e cobrança
de pedágio eletrônico – caso o proprietário
autorize a habilitação.
16
Funcionamento do sistema
1
Antenas serão instaladas nas ruas, e rodovias e veículos ganharão placas eletrônicas para rastreamento.
2
Ao passar por uma antena, velocidade
e dados do veículo serão coletados.
3
Dados serão encaminhados para o Denatran e Detran estadual,
para verificação. Informações
serão redirecionadas para
autoridades policiais.
4
Em caso de roubo, irregularidades
ou se o veículo não tiver
o equipamento, autoridades mais próximas serão comunicadas.
Programa Inovar-Auto
Também em 2013, um novo regime automotivo entra em vigor
no Brasil, dando direito à redução de impostos sobre produtos
industrializados (IPI) para as empresas que fabricam
e comercializam veículos no território nacional.
O Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento
da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto)
é uma medida adotada pelo Governo Federal com o objetivo
de estimular o investimento na indústria automobilística nacional.
Estima-se que até 2015 o programa levantará mais de R$ 50
bilhões em investimentos no setor.
As montadoras já estão começando a aperfeiçoar seus motores
para atender níveis mais rígidos de consumo e emissões
de poluentes, e assim terem direito à redução do IPI.
Porém, não se espera inicialmente que os motores tenham
os mesmos parâmetros de emissões dos similares europeus,
norte-americanos ou asiáticos.
A contrapartida
Divulgação
Para ter direito à redução de imposto,
as montadoras precisarão:
1 Investir em pesquisa
e desenvolvimento,
no mínimo, 0,13%
da receita bruta total
de venda de bens
e serviços.
2 Realizar, no País, investimentos em engenharia, tecnologia industrial básica
e capacitação de fornecedores: 0,5% sobre
a receita bruta total
de venda de bens
e serviços em 2013;
de 0,75% em 2014,
e de 1% em 2015, 2016 e 2017.
3 Aderir ao Programa
de Etiquetagem Veicular definido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e estabelecido
pelo Inmetro, com porcentuais mínimos
de produtos relacionados
a serem etiquetados.
Carros novos
Chegada do Toyota Prius deve mexer com o mercado brasileiro
Várias montadoras terão novidades em 2013. Ninguém quer abdicar
da sua fatia de bolo nesse crescimento aparentemente infinito
da frota brasileira. Confira o que deve chegar às concessionárias
no ano que vem.
Janeiro
Novo Hyundai i30
Toyota Prius
Março
Fevereiro
Novo Hyundai Santa Fé
Honda Civic 2.0
Abril
Novo Kia Cerato
Honda CR-V Flex
Peugeot 208
Julho
Sem data certa
Honda Accord
Chevrolet Tracker
Mercedes-Benz Classe A
Nissan Altima
Novo Citroën C4
Novo Nissan Sentra
Revista CESVI
17
Licença
para
matar?
Estudo americano
descreve o comportamento
agressivo ao volante.
Saiba identificá-lo e evite
arriscar vidas na estrada.
A fera pode ser você
André Horta
Lucas Hayashi Chinen
A
s férias escolares estão chegando,
assim como o desejo de aproveitar
bem o período de descanso – quem
sabe viajando com a família para lugares
inesquecíveis. A previsão é de tempo bom,
só paz e tranquilidade na sua vida. Mas será
que é assim mesmo? Depende da forma
como você – e os outros motoristas na
estrada – estarão dirigindo.
O comportamento ao volante deve se pautar
sempre pelo cuidado e responsabilidade
pelas vidas humanas que estão dentro do
carro – ou fora dele. Do mesmo modo que
reconhecer e evitar a atitude insegura de
outros é fundamental.
O comportamento do condutor é fator
preponderante na ocorrência de acidentes
viários, e o maior perigo aqui está na
“direção agressiva”. O National Highway
Traffic Safety Administration (NHTSA)
define condução agressiva como:
1
20
“A operação de um veículo motorizado de uma forma
que coloque em risco ou seja suscetível de pôr
em perigo pessoas ou bens”1.
Este conceito surgiu em 1990 nos Estados Unidos
para classificar motoristas que se aproximavam
excessivamente e não mantinham distância segura
de outros veículos, realizavam manobras perigosas
(o popular “costurar no trânsito”), avanço em sinais
de parada obrigatória e não respeitavam a sinalização
de “dê a preferencia” – tudo infração de trânsito.
Só que o comportamento do motorista pode ir além
do erro que caracteriza uma infração, dirigindo com
o que os especialistas chamam de road rage. O termo
descreve comportamentos extremos de raiva e violência
do motorista, como gesticular ofensivamente ou gritar
com outro motorista, envolvendo-se em confrontos verbais,
agressão física e até assassinato.
Para ter uma condução agressiva de fato, é preciso
passar dos limites: demonstrar um declínio acentuado
de urbanidade e respeito em relação às outras pessoas
e às leis de trânsito.
Aggressive Driving Enforcement – Evaluations of two demonstration programs. National Highway Traffic Safety Administration – NHTSA – 2004.
Infração nem sempre é agressividade
Os fatores que contribuem para a condução agressiva são relacionados
no estudo da NHTSA e podem provocar um debate útil à compreensão
de alguns comportamentos. Confira o que o estudo diz sobre isso:
“Especialistas têm sugerido muitas razões para os aumentos aparentes
na condução agressiva. Sociólogos apontam para a fragmentação
da sociedade, a desintegração de valores compartilhados e senso
de comunidade como a causa dos atos de desrespeito. Psicólogos
tendem a culpar a combinação inebriante do poder e do anonimato
fornecida por veículos motorizados. Engenheiros de tráfego tendem
a ignorar o comportamento humano, reconhecendo que os acidentes
podem ocorrer quando um veículo está viajando à velocidade de projeto
de uma estrada (que pode não ser igual à velocidade regulamentada).
A solução de engenharia é incentivar todos os motoristas a viajar em
velocidades uniformes, mas esta abordagem desconsidera percepções
diferentes de condições, intenções e capacidades entre os condutores”.
Autoridades de trânsito, especialmente os policiais expostos à realidade
prática, indicam que vários fatores podem contribuir para a condução
agressiva. É importante entender que não
são todos os casos de desrespeito à lei que
se enquadram dessa forma. Por exemplo,
erros na hora de julgar a “interceptação
de marcha” podem resultar em
descumprimento de regras; desatenção
do motorista pode resultar em falhas ao
obedecer aos sinais de trânsito.
Mas não são comportamentos agressivos.
Além disso, a condução acima do limite
de velocidade nem sempre expõe a perigo
pessoas ou bens, nem envolve necessariamente
uma intenção agressiva. Ou seja, uma parte
desconhecida de todos os atos durante
a condução é causada por erro humano,
em vez de decisões conscientes para assumir
riscos e conduzir com agressividade.
O que provoca a road rage
Jeckyll e Hyde
A figura abaixo ilustra os fatores mais comuns, com exclusão de erro
humano, em que se acredita haver contribuição para o aumento
na incidência de condução agressiva 2:
Encorajado pelo aparentemente poder invencível
da máquina, especialmente quando o tamanho
“se torna documento”, o motorista pode ter
comportamento extremamente grosseiro e
perigoso. Walt Disney retrata magistralmente
esta situação no filme Gosto por Motor,
de 1953: um desenho animado educativo
sobre segurança viária em que o personagem
Pateta vive a dicotomia de comportamentos
entre o sr. Walker, representando o pedestre,
e o sr. Wheeler, o motorista.
As maiores contribuições para a melhoria
das condições de segurança provêm
de esforços na aplicação da lei – em particular,
na identificação e aplicação de penalidades
aos motoristas que não se comportam.
Se a aplicação de métodos de divulgação
(informação pública eficaz e educação)
e fiscalização policial conseguiram reduzir
acidentes com motoristas alcoolizados,
também podem ser úteis para reduzir
a condução agressiva, principalmente
nas rodovias.
Atente-se para identificar se comportamentos
incorretos – seus ou dos demais motoristas –
decorrem de mau conhecimento e interpretação
das condições de segurança ou se são
intencionalmente agressivos: a tal road rage.
Se for o seu caso, pare o carro, tome um
suco e peça que outra pessoa dirija. Se a sua
agressividade foi direcionada para alguém,
é de bom tom pedir desculpas.
Congestionamentos
Estar
atrasado
Velocidade
Anonimato
Costurar
no trânsito
“Andar colado”
Desconsideração
pelas pessoas
Desrespeito
à sinalização
Desconsideração
pela lei
Comportamento
patológico
O ato de dirigir envolve uma combinação única de comportamento público
e privado. O motorista dentro do carro pode desenvolver a sensação de
isolamento do mundo, confortavelmente instalado e protegido do ambiente
exterior ao mesmo tempo em que se desloca por esse “mundo hostil”.
Torna-se um observador do ambiente, em vez de participar dele.
Este isolamento, associado ao anonimato proporcionado pelas películas
automotivas excessivamente escuras, pode corroer as inibições de
comportamento antissocial que normalmente moldam as relações pessoais.
Indivíduos se sentem menos constrangidos em seu comportamento quando
não podem ser vistos ou reconhecidos.
2
Estudo citado, pág. 4. Tradução livre.
Agora que você já vai ficar atento ao comportamento
agressivo na estrada, confira outras dicas do CESVI
para viajar com segurança. E aproveite suas férias!
http://migre.me/ce89A
Revista CESVI
21
Criando caminhos
mais seguros
Divulgação
Alexandre Carvalho dos Santos
“De 1998 para cá,
a iniciativa privada
conseguiu trazer melhorias
significativas para as
rodovias. O Estado também
investe, mas não com
a mesma velocidade”
Renato Caldo (à esquerda),
gestor de atendimento da CCR, e
Fausto Camilotti, gestor de tráfego da CCR
O
brasileiro concluiu que vale a pena pagar
pedágio para ter uma estrada bem cuidada
onde possa viajar com segurança. É o que
confirmam os 85% de satisfação dos usuários da CCR
ViaOeste, concessionária de rodovias responsável
pela gestão do sistema Castello-Raposo, no Estado de
São Paulo. Segundo pesquisa da CNT (Confederação
Nacional dos Transportes) divulgada este ano,
a rodovia Castello Branco (SP-280) foi considerada
a segunda melhor do País (em 2010 e 2011, tinha
sido a melhor). Os itens levados em consideração
na pesquisa foram: pavimentação, geometria
da via e a sinalização. Nos três quesitos,
a pesquisa foi unânime ao apontar a Castello
Branco com a qualificação de “ótima”.
Em entrevista exclusiva para a Revista CESVI,
Renato Caldo, gestor de atendimento da CCR,
e Fausto Camilotti, gestor de tráfego da CCR,
explicam as razões do sucesso entre os usuários.
22
Como é, hoje, a infraestrutura de segurança à disposição
do usuário da rodovia administrada pela CCR?
Renato Caldo – É todo um conjunto de recursos.
Temos 80 câmeras cujas imagens vêm para o nosso
CCO (Centro de Controle de Operações).
É ali que nossos analistas de engenharia rodoviária
fazem o monitoramento da rodovia. Essas câmeras
têm um giro de quase 360 graus, um zoom
de aproximadamente dois quilômetros. Também
na sala de controle, nós operamos os 22 painéis
eletrônicos de mensagens. É onde passamos
informações sobre o trânsito, sobre obras à frente,
sobre acidentes na estrada... A cada quilômetro,
em ambos os sentidos da rodovia, temos
os telefones de emergência. Ao parar, o usuário
só precisa apertar um botão para falar diretamente
com a nossa sala de controle. E temos ainda
46 sensores, que são contadores de veículos
que estão trafegando naquele momento, para
que saibamos que trecho está parado por conta
de um congestionamento, e para que ações sejam
tomadas, como um redirecionamento do tráfego.
Se o acidente já aconteceu, temos 17 guinchos,
mais sete viaturas de atendimento médico.
E como é a agilidade do atendimento se alguém precisa
de socorro médico ou mecânico?
Fausto Camilotti – Em socorro médico, eu tenho
de atender 85% dos casos em dez minutos.
Para atendimento mecânico, até 85% dos casos
em 20 minutos. A gente atende em média 300
eventos de acidentes por mês na ViaOeste.
O tempo médio, entre o acionamento e a chegada
ao local, é de seis minutos. Um tempo que não
é muito comum aqui no Brasil. Quando conquistamos
a concessão, a média que existia era de 12 mortes
ao mês. Mais ou menos 144 mortes ao ano.
E olha que o tráfego era no mínimo 60% menor.
Agora, baixamos esse índice para 52 mortes
na ViaOeste em 2011. Menos da metade.
Um dos motivos de acidentes no Brasil é a falta
de manutenção nas estradas. Como é o trabalho
da CCR em relação a esse ponto?
Fausto Camilotti – De 1998 para cá, a iniciativa
privada conseguiu trazer melhorias significativas
para as rodovias. O Estado também investe,
mas não com a mesma velocidade. Conseguimos
transformar tudo aquilo que o cliente paga no pedágio
em conforto, segurança e qualidade. Se alguém
bate em uma placa de sinalização, a CCR substitui
em 24 horas. Se o usuário bate contra um elemento
de contenção, a mesma coisa: 24 horas.
Até com buraco na pista é assim. Se for superficial,
tenho 24 horas para consertar; se for mais profundo,
tenho até sete dias para reparar o pavimento.
E temos uma equipe que trabalha todos os dias
fazendo a limpeza e cortando mato, para não
obstruir uma sinalização.
Como é a interação da concessionária com o poder público?
Renato Caldo – Sem um bom relacionamento
com a polícia rodoviária, não teríamos tanto êxito.
Nosso centro de controle operacional, que funciona
24 horas, tem a presença constante de dois policiais.
Eles nos ajudam na função do monitoramento
e fazem a fiscalização da rodovia. Pelas câmeras,
eles identificam motoristas infratores – aqueles que
trafegam pelo acostamento, o caminhão que roda
pela faixa da esquerda... E existe um contrato
com o governo do Estado. Ele tem uma agência
reguladora, que é a Artesp, que fiscaliza diariamente
todo o nosso trabalho, seja in loco, seja por meio
dos relatórios que fazemos.
A educação para o trânsito também é uma prioridade?
Fausto Camilotti – Sem dúvida. A CCR faz campanhas
educativas direcionadas para alguns trechos
da estrada com base em um estudo da tipologia
do acidente. Por exemplo, se identificamos que,
num determinado ponto, o pedestre tem toda
a estrutura para atravessar a rodovia com segurança,
mas mesmo assim age de forma insegura, fazemos
uma ação educativa nesse trecho, e para esse
público. Além disso, há campanhas para o uso
do cinto de segurança, para o motorista manter
uma distância segura, sobre alcoolemia, sobre
o uso adequado do acostamento... E há ações mais
específicas, como a que fazemos sobre a presença
de animais na rodovia. Na Raposo Tavares,
em uma região mais rural, distribuímos folhetos
para o proprietário da área zelar pela cerca,
e fazemos um mata-burro virtual, que é uma pintura
no solo para que o animal não chegue à rodovia.
As companhias de seguro procuram a concessionária
para ações visando à redução de acidentes?
Renato Caldo – Sim. Atualmente, temos uma
parceria com a Porto Seguro que vem desde 1999.
E já trabalhamos com outra seguradora também.
Essa parceria visa ao atendimento rápido aos
usuários – independentemente se ele tem seguro
com essa companhia ou não. A seguradora provém
recursos e material humano para a operação,
e também nos apoia na maioria das campanhas
sobre neblina, fumaça na pista, bafômetro, entre
outras. Essa relação com seguradoras é muito
saudável e tem resultados muito positivos
em favor do usuário.
Como vocês avaliam a parceria que a CCR tem tido
com o CESVI?
Fausto Camilotti – Temos um relacionamento
importante, com o apoio do CESVI sempre que
precisamos desenvolver um estudo mais técnico.
O centro de pesquisa atua estruturando alguns
dos nossos trabalhos, estudando o problema
da alcoolemia, nos dando subsídios técnicos sobre
como deveríamos agir, como deveríamos abordar
o motorista, como devemos orientar o usuário
sobre o transporte de crianças no banco de trás,
a importância do uso do capacete pelo motociclista...
É uma ótima fonte de embasamento técnico
e científico.
Revista CESVI
23
Agora em tablet
Willians Araújo
Alexandre Martins Xavier
Lucas Hayashi Chinen
F
rota em constante expansão, recordes
de vendas, mercado de automóveis
sendo apresentado à tecnologia de ponta.
Um cenário que exige velocidade
de respostas e sofisticação de produtos.
É nesse contexto que surge o Órion
Tablet, a nova plataforma do sistema
de gestão de sinistros do CESVI.
Com ele, a realização de vistorias
e orçamentos de reparos automotivos
ganha uma mobilidade inédita, uma
evolução no trabalho das oficinas,
seguradoras e reguladoras e um nível
Nova tecnologia aplicada ao sistema
Órion oferece 100% de mobilidade nos
processos de vistoria e orçamentação
de qualidade com reflexos diretos na redução dos custos,
no ganho de produtividade e numa melhor agilidade
para o processo. Agora, oferecendo às oficinas e peritos
a tecnologia do tablet, o Órion proporciona um passo
além em velocidade, flexibilidade e praticidade – e por
meio de uma solução100% web. Tudo em prol do ganho
de tempo na tomada de decisões estratégicas.
Com informações disponíveis a todo instante, o sistema
se torna ainda mais favorável à redução de custos.
E é claro que, quando o serviço se torna mais rápido,
esta qualidade é percebida pelo cliente final – a parte
mais importante de todo o processo.
Divulgação
24
A evolução do processo
de vistoria
ANOS 2000
-Vistoria em prancheta.
- Fotos em câmera digital.
ANOS 80
- Realização da vistoria em prancheta.
- Preenchimento da vistoria
em arquivo de computador,
incluindo upload das fotos.
- Revelação de fotos, exigindo
mais tempo.
- Envio do lote de vistorias
via notebook.
- Montagem do processo com vistoria
mais fotos.
- Tempo de entrega do processo físico
na seguradora.
ANOS 90
- Vistoria em prancheta
com auxílio de tabela com parâmetros de orçamentação.
- Montagem do processo
com vistoria mais fotos
(de Polaroid).
- Tempo de entrega do processo
físico na seguradora.
2012 com
Órion Tablet
- Vistoria em tablet, eliminando o preenchimento em dispositivos adicionais.
- Fotografia com o próprio tablet,
eliminando a necessidade
de uma câmera digital.
- Informações em tempo real,
eliminando tempos com
deslocamentos para tomada
de decisão.
- Possibilidade de agregar
aplicativos ao sistema
– como GPS.
- 100% de mobilidade.
65% mais barato
Tablet permite aplicativos
A integração entre seguradora, oficina e reguladora permitida
pelo Órion Tablet gera benefícios diretos para todos esses
participantes, já que elimina a necessidade de alocar recursos
em ambientes diferentes dentro do processo de orçamentação.
A economia se estende à própria aquisição do equipamento
pela seguradora: o tablet é 65% mais barato que o notebook
para o trabalho do perito. Além disso, o tablet também tira fotos
– o que dispensa a compra de uma câmera fotográfica digital,
recurso até então obrigatório para os processos de vistoria
e orçamentação.
Com o tablet, as informações sobre o processo
de sinistro ficam dispostas em tempo real,
diminuindo os riscos da operação. E isso traz
mais um ganho de tempo: até então, o vistoriador
tinha de se envolver numa sequência morosa
de preenchimento e montagem final do processo,
recorrendo a diversos dispositivos. O tablet
centraliza todas as operações. E ainda permite
agregar outros aplicativos ao sistema – como,
por exemplo, um GPS para ajudar nos roteiros
de vistorias do dia.
Revista CESVI
25
Tecnologia no compasso dos negócios
O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, cita que cada vez
mais o Brasil se prepara para uma grande realidade em desenvolvimento
tecnológico. E isso tem a ver com o boom de produção e vendas
de veículos no Brasil.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)
está estimando investimentos de mais de R$ 20 bilhões entre 2013
e 2020 por parte das montadoras – o que representa um salto
de aproximadamente 52% em poucos anos. A perspectiva é que o Brasil
passe de uma frota que emplaca anualmente 3,6 milhões de carros para
5,5 milhões em 2020. Se realmente acontecer, podemos tomar o terceiro
lugar do Japão em emplacamentos.
De olho nesse crescimento da frota, o mercado segurador brasileiro
– que hoje lidera o setor de seguros em toda a América Latina, respondendo
por 36,4% do total de prêmios do continente – depara-se com um cenário
positivo para seus negócios. A projeção para 2013 é de um aumento
de 9%, com um volume de prêmios de R$ 26,7 bilhões, segundo dados
26
da Confederação Nacional das Empresas
de Seguros Gerais (CNSeg) e da Federação
Nacional das Empresas de Seguros Privados
e de Capitalização (Fenaseg).
O CESVI BRASIL, com expertise consolidada
no setor automotivo e com o foco direcionado
à reparação, contribui para que tanto o setor
automotivo quanto o de seguros possam conciliar,
de modo eficiente, evolução tecnológica com
expansão dos negócios. E o faz desenvolvendo
pesquisas, estudos e produtos para agilizar
e aumentar a qualidade dos serviços de
seguradoras, reguladoras, montadoras e oficinas,
entre outros participantes da cadeia automotiva.
O lançamento do Órion Tablet é mais uma prova
desse compromisso.
yesbrasil.net
Pisou fundo
no acelerador,
pagou
Estudo sueco prova que
incentivos financeiros,
combinados a um alerta imediato
sobre excesso de velocidade,
fazem o motorista correr menos
J
á que as campanhas de educação
para o trânsito nem sempre
dão o resultado que se espera
– principalmente aqui no Brasil –
e se o motorista sentisse no bolso
o verdadeiro estímulo para ter um
comportamento seguro? Segundo
um estudo desenvolvido pelo centro
Alexandre Carvalho dos Santos sueco Folksam, a ideia funciona.
Pelo menos foi a conclusão de
análises feitas ao longo de um ano
em cima do conceito Pay-As-YouSpeed (algo como “pague conforme
acelera”). O ponto de partida do
estudo foi um sistema chamado
Inteligent Speed Assistance (ISA),
que fica acoplado ao veículo,
detectando os excessos de
velocidade – e avisando o motorista
que ele está passando dos limites
estabelecidos. Além disso, o sistema
registra todas as ocorrências
de excesso, contabilizando a
distância percorrida acima da
velocidade máxima permitida.
O ISA conta com um receptor GPS,
para rastrear o veículo o tempo todo,
conectado a um data base sobre o
sistema viário, que inclui os limites
de velocidade de cada trecho.
28
Grupo de teste
O outro pilar do estudo era a grana:
os participantes foram avisados de que um
bom comportamento ao volante renderia
um desconto de até 30% no valor do prêmio
do seguro.
O estudo contou com um grupo de teste
(141 pessoas) e um de controle (86).
Mas somente o grupo de teste era avisado
na hora pelo sistema de que estava
correndo acima do limite. Os participantes
desse grupo ainda podiam acompanhar
os resultados do seu desempenho na
direção em um site exclusivo. Já o grupo
de controle não recebia nenhum feedback
sobre seu pé de chumbo, embora o sistema
estivesse medindo seu desempenho.
Para analisar os efeitos do aviso do ISA,
os especialistas do Folksam compararam
as distâncias percorridas acima da
velocidade pelos dois grupos.
A conclusão apontou que o grupo de teste
(que era alertado sobre os excessos) teve
um comportamento muito mais seguro:
a distância percorrida a 5 km/h acima
da velocidade foi de apenas 6% da total,
enquanto que, para o grupo de controle,
a distância em disparada foi de 14%
do total percorrido.
Outra conclusão interessante foi de que
quem corria menos, por conta do aviso
do sistema, também não chutava a barraca
quando se excedia na velocidade – a maior
parte ficava entre 0 e 5 km/h acima do
limite nessas ocasiões. Já quem passava
mais do limite estabelecido também
costumava exagerar: a maior parte corria
acima de 5 km/h a mais que a velocidade
máxima para a via.
85% Dirigindo dentro do limite
9% Entre 0 e 5 km/h acima do limite
6% Acima de 5 km/h de excesso de velocidade
Grupo de controle
74% Dirigindo dentro do limite
12% Entre 0 e 5 km/h acima do limite
14% Acima de 5 km/h de excesso de velocidade
Estudos do RCAR
Mais barato, mais seguro, mais saudável
Um efeito colateral da redução de velocidade
no grupo de teste foi também uma redução
no gasto de combustível e, consequentemente,
de emissão de gás carbônico.
Os estudiosos calcularam essa redução,
com o uso do ISA, em torno de 300 quilos
de gás carbônico por ano, por pessoa.
A redução de custo com combustível
ficou, em média, em 200 euros por ano,
por motorista.
Com o incentivo fundamental de premiar
os mais comportados com reduções nos
custos do seguro, a média de desconto
– para o grupo teste – foi de 21%, o que
corresponde a 100 euros por pessoa.
Somando as economias com combustível
e seguro, o sistema Pay-As-You-Speed rendeu
300 euros anuais para o motorista que pega
leve no acelerador – 823 reais, pela cotação
do fim de novembro. Nada mal, hein?... Já dá
para bancar as compras de Natal.
E tem mais: o estudo relacionou a diminuição
na ocorrência de excessos de velocidade a um
aumento na segurança. O risco de fatalidades
para o grupo teste ficou 20% menor.
No fim do estudo, nove em cada dez
participantes aprovaram o conceito de “pagar
mais se acelerar mais”, o que, segundo
o Folksam, indica o potencial para a criação
de um novo modelo de seguro de automóvel.
Este estudo do Folksam
foi apresentado na
conferência 2012
do RCAR (Research
Council for Automobile
Repairs), um conselho
internacional de centros
de pesquisa do qual
o CESVI BRASIL faz parte.
Nas próximas edições,
vamos apresentar outros
estudos, de centros que,
assim como o nosso,
são especialistas em
reparação automotiva
e segurança viária.
Revista CESVI
29
PERFIL
DO VEÍCULO
Quais os fatores de risco
relacionados ao seguro
de automóvel? E como
as companhias poderiam
ter uma precificação mais
técnica? Confira aqui.
N
o momento da decisão sobre a compra de um veículo,
seja ele novo ou seminovo, o consumidor leva
em conta diversos fatores: conforto, motorização, valor
do IPVA, condições mecânicas (especificamente para veículos
seminovos)... E também um fator que há algum tempo deixou
de ser coadjuvante, tornando-se um dos principais
determinantes dessa escolha: o valor do seguro.
Segundo especialistas, o preço do seguro de um veículo
pode fazer com que o consumidor mude sua decisão
sobre qual carro vai comprar.
Por isso, os fabricantes estão buscando meios para oferecer
veículos com tecnologias que, além de serem atraentes aos
30
Alessandro Rúbio
Henrique Marin e Roberto Shintate
olhos do consumidor, façam com que
as seguradoras entendam que reduzem
a exposição ao risco – quanto menor
este risco, menor o preço do seguro.
Uma informação que se deve levar
em conta é que as seguradoras no ramo
de automóveis levantam anualmente
um custo elevado de indenização
por danos materiais. O sinistro
é um fenômeno imprevisível
e aleatório, cuja ocorrência
é impossível de conhecer.
Mas o que é um sinistro?
O sinistro de um veículo significa todo tipo de evento que vá trazer um dano para o bem segurado
– seja ele parcial ou total. O sinistro parcial é caracterizado pela possibilidade de recuperação do veículo
quando este sofre danos que podem ser reparados – como uma batida, um dano de enchente, entre outros.
Já o dano total acontece quando não há recuperação do bem, seja ele por roubo ou outro tipo de sinistro
que cause perda total, fazendo com que a seguradora ressarça o segurado integralmente.
Fatores de risco
Fator humano: idade, experiência e sexo.
Fator do meio: densidade do tráfego,
sinalização, estado da via,
área de circulação.
Fator veículo: modelo, utilização, itens
de segurança ativa e passiva, segurança
patrimonial e dados de reparabilidade.
Entre estes fatores, o humano é o que tem maior importância sobre
as causas de um sinistro, assim como sobre suas consequências.
Está comprovado por pesquisas que a maior parte dos acidentes
tem origem no erro humano – sendo elemento determinante
das atitudes do condutor. Como se trata de um fator praticamente
impossível de prever, seu uso em toda nova apólice se torna inviável.
O fator meio reflete justamente aquelas circunstâncias do ambiente
em que o carro circula: o estado da pista, a sinalização, a densidade
do tráfego, condições meteorológicas e a localização.
A prática comum das companhias seguradoras é estabelecer
diferentes níveis em função das distintas zonas geográficas
de circulação.
Já o fator veículo tem uma dupla influência: pode evitar que
o sinistro ocorra, devido aos sistemas de segurança ativa,
ou minimizar as consequências do acidente, com recursos
de segurança passiva.
Centralizando-se no fator veículo, o CESVI BRASIL tem como objetivo
a realização de estudos do comportamento dos veículos baseados
em critérios objetivos, confiáveis e puramente técnicos.
Assim, permite eliminar algumas incertezas, servindo
como parâmetro de referência para a tarifação do prêmio
e da franquia do seguro.
Densidade do tráfego e condições meteorológicas são aspectos
avaliados no fator que considera o meio em que o carro circula
Alexandre M. Xavier
Esses fatores são justamente o que
as companhias de seguros adotam para
compor o valor final do prêmio – que pode
aumentar ou diminuir, dependendo do risco.
Esse termo “prêmio”, utilizado pelas seguradoras,
consiste na remuneração paga pelo segurado
à companhia, ou seja, o valor do seguro.
Por experiência, e pelos questionários usados
pelas seguradoras durante o processo
de cotação, é possível distinguir os fatores
de risco que, de forma mais importante,
incidem diretamente na ocorrência do sinistro
e no custo médio deste. Por isso, levam-se
em conta três fatores:
Revista CESVI
31
Precificação técnica
Entender as diferenças técnicas entre os veículos pode ser fator
estratégico no momento da precificação do prêmio e franquia.
Na maioria das vezes, veículos concorrentes que parecem similares
possuem diferenças técnicas significativas, seja no seu projeto
estrutural, na mecânica, no conjunto de itens de segurança ativa,
passiva e patrimonial.
Os estudos e pesquisas feitos pelo CESVI também contam na hora
de fazer o seguro de um automóvel, fornecendo um dado técnico
específico sobre o modelo que será segurado. O índice CAR Group,
por exemplo, que mede o custo de reparo dos veículos, é levado em
consideração nos cálculos das seguradoras, beneficiando modelos
que possuem peças com menor custo e reparo facilitado.
Isso porque veículos com um pacote
de peças caro e que sejam mais
complicados de consertar têm um custo
alto quando são levados à oficina – o que
muda o valor da franquia ou do prêmio final.
Além da reparabilidade, o CESVI também
faz estudos sobre danos de enchente,
visibilidade dos veículos e segurança.
Todos esses estudos podem ser utilizados
pelas seguradoras para uma precificação
mais técnica do seguro do veículo.
À disposição das seguradoras
Estudos do CESVI que ajudam – e poderiam ajudar mais – na precificação técnica do seguro de automóvel.
Combina avaliações da facilidade de reparo de um modelo
de veículo com o custo de sua cesta básica de peças.
É utilizado pelas seguradoras nos cálculos para
a precificação do seguro.
Avalia a visibilidade proporcionada ao motorista, numa análise que
inclui os pontos cegos do veículo. Pode ser utilizado pelo mercado
segurador, já que identifica os modelos mais e menos vulneráveis
a acidentes relacionados a uma restrição da visibilidade.
Outro índice que pode ser utilizado para uma precificação mais
técnica, já que aponta quais os veículos com melhores conjuntos
de sistemas de segurança – e, portanto, os menos prováveis
de envolvimento em um acidente.
Aponta os modelos de veículos mais e menos vulneráveis a danos
provocados por alagamentos. Pode ser usado para uma precificação
mais técnica do seguro, principalmente em regiões do País que
costumam sofrer com enchentes em determinadas épocas do ano.
FURTO
32
Novíssimo estudo do CESVI, que aponta quais os veículos mais
e menos equipados para evitar o furto. Possibilidade evidente de uso.
Equipe da Tracker em ação
No rastro
do melhor
fornecedor
J
á faz 12 anos que o CESVI tem
ajudado o mercado nas suas
escolhas na área de rastreamento
e bloqueio de veículos. Isso acontece
por meio da avaliação técnica que
o centro de pesquisa realiza junto
a empresas e produtos. É nessa
interação com o CESVI, por exemplo,
que muitas empresas passam
34
Confira os fatores mais importantes na
escolha de quem vai fornecer serviços
de rastreamento e bloqueio de veículos
para você ou sua empresa
Denis Gorgonio Peres
Colaborou: Paulo Roberto Weingärtner Jr.
Alexandre Martins Xavier
a conhecer melhor as regulamentações do Conselho
Nacional de Trânsito (Contran) e as necessidades
das companhias de seguros.
Mas você sabe o que analisar na hora de escolher
um fornecedor desse tipo de sistema? Agora,
contando com a expertise do CESVI no assunto,
você vai conhecer os pontos essenciais para a sua
análise – e, assim, escolher o parceiro certo para
a sua empresa ou para proteger o seu patrimônio.
O ponto de partida – a empresa
está Legalizada?
É o primeiro aspecto a avaliar. Às vezes, por trás de um preço
mais atraente, está uma estrutura sem formalização, o que
geralmente significa descumprimento de regras da atividade,
profissionais desqualificados e mal remunerados. Confira então
a documentação da empresa, seu contrato social, o Cadastro
Geral de Empregados e Demitidos (Cageg), a homologação junto
à Anatel e se a empresa tem alguma certificação ISO.
Assistência técnica
Já imaginou ter um problema com seu carro
de madrugada e descobrir, ao ligar para
a empresa contratada, que a assistência
técnica não atende a região em que você está?
Ou pior, que não funciona no horário em
que você está precisando dela?
Tudo isso precisa ser levado em consideração.
A avaliação do CESVI leva em conta o tempo
de resposta e solução de um pedido
de assistência técnica. A empresa deve
oferecer uma diversidade de canais de
comunicação, para que o cliente consiga
entrar em contato com facilidade – e um técnico
habilitado possa prestar o socorro o quanto antes.
Instalação
Central de monitoramento
A regra aqui é de que quantidade pode significar qualidade também.
Quanto mais operadores a empresa tiver em sua central
de monitoramento, mais rápida será a resposta a um aviso
de roubo ou furto – e muito maior a chance de recuperação
do veículo.
A empresa de rastreamento deve ter um ambiente de alta
disponibilidade (funcionamento 24 horas por dia, sete dias por
semana), tanto de infraestrutura de tecnologia da informação
quanto de pessoal. Os servidores devem ser redundantes – caso
o principal pare, o outro deve entrar em atividade e assumir todas
as atividades. A empresa deve possuir um link profissional dedicado,
para garantir um tráfego de informações confiável e evitar demora
na transmissão de dados. O no-break deve manter todos os
servidores: estações de trabalho e telefonia devem manter-se
em plena atividade se houver falta de energia elétrica.
A avaliação do CESVI verifica todos esses itens.
O treinamento dos profissionais da central de monitoramento
também é ponto-chave, pois um comando equivocado pode colocar
vidas em risco. Por exemplo, imagine se o operador bloquear
um veículo que está rodando a 120 km/h numa estrada – deixando
o motorista sem controle de direção e freios... A probabilidade
de um acidente fatal é muito grande.
Parece básico, mas a instalação do sistema no
veículo costuma dar muita dor de cabeça. Quando
o instalador não passou por um treinamento,
é comum errar alguma coisa no procedimento,
comprometendo o funcionamento do rastreador
e até criando o risco de danos a outros sistemas
do carro. Dependendo da mancada, pode até
provocar um incêndio no veículo. Por isso,
vale a pena optar por empresas certificadas.
Elas passam por uma avaliação que leva em conta
se os profissionais estão capacitados para esta
operação – ou se precisam de treinamento específico.
Revista CESVI
35
Equipe de recuperação
São os profissionais efetivamente responsáveis
pela recuperação do veículo – e a equipe não
deve ter policiais em sua formação, já que estes
são proibidos de exercer atividades paralelas
à sua função pública. A equipe deve ser bem
treinada e equipada – com GPS, automóveis
ou motocicletas em boas condições e,
se possível, com informações instantâneas
sobre o veículo buscado.
Equipamentos e acessórios
Antenas, teclado, botão de pânico... Precisam
ser instalados em locais de difícil visualização,
ou o bandido saberá de cara que uma situação
de recuperação vai começar – podendo até
ameaçar o proprietário do veículo.
O equipamento precisa comunicar rapidamente
que há algo irregular acontecendo com
o veículo. Para isso, precisa ter capacidade
de processamento, memória e modem
qualificados para essa transmissão.
Todas essas capacidades são avaliadas pelo
CESVI BRASIL.
36
O endereço certo
A avaliação do CESVI se aprofunda em todos esses quesitos.
Se você é um proprietário de veículo, gestor de frota
ou executivo de companhia de seguros, dê preferência
às empresas que já passaram pela avaliação do centro
de pesquisa. Se você é gestor de uma empresa
de rastreamento e bloqueio ou fornecedora de produtos
para este setor, procure a avaliação do CESVI para
fortificar seus pontos positivos e corrigir pontos com
oportunidade de melhora. Além disso, sua empresa ganha
a visibilidade de aparecer entre as aprovadas no site
do CESVI – que é consultado justamente pelos seus
clientes em potencial.
Você pode conferir uma relação com
todas as empresas capacitadas
a fornecer um bom serviço no site
do CESVI: http://migre.me/c115J
yesbrasil.net
Sistemas de rastreamento e bloqueio
Confira empresas e sistemas aprovados pelo CESVI
O
CESVI BRASIL realiza uma avaliação para apontar os sistemas de rastreamentoe bloqueio de veículos
que realmente cumprem o que prometem. Este estudo engloba diversas análises, como a estrutura
da empresa que oferece o sistema, sua central de atendimento, a forma de comunicação usada,
a qualidade da instalação e, é claro, a eficiência do produto.
Todas as empresas e os sistemas que constam
da relação que você encontra nesta seção foram devidamente testados e aprovados pela área de Pesquisa
& Desenvolvimento do CESVI. Estas realmente oferecem a segurança que você busca para o seu patrimônio.
EMPRESA
SISTEMA DE RASTREAMENTO E BLOQUEIO DE VEÍCULOS
EQUIPAMENTO
Continental VDO
BR Lock GPS/GPRS
Bloqueador Car System NS
Rastreador GSM/GPRS
Car System
Ceabs GSM
CEABS
Autocargo GPRS
Celtec
Cielocel
Cielo Telecom
Engetrack
ENGESEG Rastreamento
Foclock GSM
FOCLOG Rastreadores
Graber Rastreador Light
Graber Rastreamento
Graber Bloqueador
Graber Rastreamento
Autocargo GPRS
GSR TOP SAFE
Link Auto
Link Monitoramento
LR 800
Logikos
Logosnet
Logos
Renatrack
MF Segurança
Mirus Veicular
Mirus Rastreamento
RST-VT
Nacional GPS
MXT 150/151
Nusa
Pósitron Rastreadores Bloqueador RDLink Pósitron
Rastreador Pósitron
Pósitron Rastreadores
GPRS/GPS
Rastreador Pósitron
Pósitron Rastreadores
GPRS/GPS com Alarme
MXT 150
Reforce
Sascar GPS/GSM/GPRS
Sascar Tecnologia e
Segurança Automotiva
Sascar LOC RF
Sascar Tecnologia e
Segurança Automotiva
SEGCAR
SEGMINAS
SIM 300K
SIM Track
SpySat GSM
SpySat Rastremanto
Suntech
SUHAI Rastreamento
TS Blocker 5000
TotalSat
Tracker Auto
Tracker
Alltech
BR Lock Securit
Car System
Car System
Veltec Soluções
Tecnológicas Ltda.
Vigauto
Volpato Rastreamento
38
TIPO
Localização
Comunicação
Telefone
(44)
(11)
(11)
(11)
3343-6644
2613-5601
5645-3355
5645-3355
SITE
www.patrimonium.net.br
www.brlock.com.br
www.carsystem.com
www.carsystem.com
Rastreador
Rastreador
Bloqueador
Rastreador
GPS
GPS
GPS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Pager
GSM/GPRS
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Bloqueador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Bloqueador
Rastreador
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Pager
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Rádio Frequência
GSM/GPRS
(41) 3535-7400
0800 600 3800
(54) 3312-3399
(12) 2138-2815
(51) 3720-4241
(11) 3025-0119
(11) 3025-0119
(51) 3036-9000
(41) 3078-1700
(21) 3385-4333
(41) 3232-1200
(71) 2108-2688
(12) 3307-1002
(41) 3078-6564
(11) 3384-0035
(19) 3707-5600
(19) 3707-5600
www.ceabs.com.br
www.autocargo.com.br
www.grupocielo.com.br
www.engeseg.com.br
www.foclog.com.br
graber-rastreamento.com
www.graber-rastreamento.com
www.topsafe.com.br
www.linkmonitoramento.com.br
www.logikos.com.br
www.logosst.com.br
www.mfseguranca.com.br
www.mirus.com.br
www.nacionalgps.com.br
www.rastrocompleto.com
www.positron.com.br
www.positron.com.br
Rastreador
GPS
GSM/GPRS
(19) 3707-5600
www.positron.com.br
Rastreador
Rastreador
GPS
GPS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
(67) 3324-0160
(41) 3299-6004
www.gruporental.com.br
www.sascar.com.br
Localizador
Rádio Frequência
(41) 3299-6004
www.sascar.com.br
Rádio Frequência
(43) 2105-5000
www.veltec.com.br
GSM/GPRS
GSM/GPRS
(27) 3025-8080
(11) 3522-1111
www.grupovigserv.com.br/vigauto
www.volpatorastreamento.com.br
MFA City
Rastreador
Triangulação
de Antenas
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
Aproximação
de Antenas
GPS
Vigauto
MXT 150/151
Rastreador
Rastreador
GPS
GPS
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Localizador
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
(31)
(11)
(11)
(11)
(41)
(11)
2128-0808
2199-0701
2199-4455
3058-3350
2109-7709
3506-5701
www.segminas.com.br
www.simtrack.com.br
www.spysat.com.br
www.suhai.com.br
www.totalsat.com.br
www.trackerdobrasil.com.br
SISTEMA DE RASTREAMENTO E BLOQUEIO DE MOTOCICLETAS
EMPRESA
EQUIPAMENTO
Graber Bloqueador Moto
Graber Rastreamento
Graber Rastreamento Graber Rastreador Light Moto
Pointer Cellocator Cello F
Pointer Brasil
Pósitron Rastreadores Bloqueador RDLink Pósitron
Bloqueador RDLink
Pósitron Rastreadores
Pósitron com Alarme
Rastreador Pósitron
Pósitron Rastreadores
GPRS/GPS Selado
Tracker Moto
Tracker
SITE
Telefone
TIPO
Localização
Comunicação
Bloqueador
Rastreador
Rastreador
Bloqueador
Bloqueador
GPS
GPS
-
Pager
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Rádio Frequência
Rádio Frequência
Rastreador
GPS
GSM/GPRS
(19) 3707-5600
www.positron.com.br
Localizador
Aproximação
de Antenas
Rádio Frequência
(11) 3506-5751
www.trackerdobrasil.com.br
(11)
(11)
(11)
(19)
(19)
3025-0119
3025-0119
3660-5600
3707-5600
3707-5600
www.graber-rastreamento.com
www.graber-rastreamento.com
www.pointerbrasil.com.br
www.positron.com.br
www.positron.com.br
SISTEMA DE RASTREAMENTO E BLOQUEIO DE CAMINHÕES
EMPRESA
Alltech
Brasiltrack
Carrierweb
CEABS
Cielo
ENGESEG Rastreamento
FOCLOG Rastreadores
Graber Rastreamento
Grupo Tracker
Link Monitoramento
LOG2BR
Omnilink Tecnologia
Omnilink Tecnologia
Omnilink Tecnologia
Omnilink Tecnologia
Omnilink Tecnologia
OnixSat
OnixSat
OnixSat
OnixSat
OnixSat
Pósitron Rastreadores
Pósitron Rastreadores
Sascar Tecnologia e
Segurança Automotiva
SIM Track
SOFTRACK
TESB
Tracker
Veltec
SITE
Telefone
EQUIPAMENTO
TIPO
Localização
Comunicação
Continental VDO
BTC 4000
CWSL-H
Ceabs GSM
Scorpion
MCH0010
Engetrack
Rastreador GPS Conecta
Graber Rastreador
Tracker GPS
Caminhão/Picape
Inviosiga Caminhões
Logcasco Caminhão
Link Full
Omni Dual
Omni Super
Omni Flex
Omni Turbo
Omni Light
OnixSmart GPRS
OnixSmart Híbrido
OnixTrailer
OnixSmart Light
Cello - F
Rastreador Pósitron
GPRS/GPS
Rastreador Pósitron
GPRS/GPS selado
Sascar Full SAT/GPRS
SIM 300K
Softrack
Telefônica GSM
Tracker Caminhão
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
(44)
(31)
(21)
(41)
(54)
(12)
(51)
(11)
Rastreador
GPS
GSM/GPRS
(11) 3506-5701
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Híbrida
Híbrida
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GPRS/Inmarsat D
GSM/GPRS
GPRS/Inmarsat D
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Rastreador
GPS
GSM/GPRS
(19) 3707-5600
www.positron.com.br
Rastreador
GPS
GSM/GPRS
(41) 3299-6004
www.sascar.com.br
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Localizador
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Rádio Frequência
MFA City
Rastreador
GPS
GPS
GPS
Aproximação
de Antenas
GPS
GSM/GPRS
(41)
(34)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(43)
(43)
(43)
(43)
(43)
(19)
(11)
(19)
(11)
(11)
3343-6644
3224-5544
2187-8685
3535-7400
3312-3399
2138-2815
3720-4241
3025-0119
3078-1700
3233-3430
3025-0119
3025-0119
3025-0119
3025-0119
3025-0119
3371-3700
3371-3700
3371-3700
3371-3700
3371-3700
3707-5600
2199-0701
3344-9360
3120-7438
3506-5701
www.patrimonium.net.br
www.brasiltrack.com.br
www.carrierweb.com.br
www.ceabs.com.br
www.cielo.ind.br
www.engeseg.com.br
www.foclog.com.br
www.graber-rastreamento.com
www.trackerdobrasil.com.br
www.linkmonitoramento.com.br
www.log2br.com.br
www.omnilink.com.br
www.omnilink.com.br
www.omnilink.com.br
www.omnilink.com.br
www.omnilink.com.br
www.onixsat.com.br
www.onixsat.com.br
www.onixsat.com.br
www.onixsat.com.br
www.onixsat.com.br
www.positron.com.br
www.simtrack.com.br
www.softrack.com.br
www.tesb.com.br
www.trackerdobrasil.com.br
www.veltec.com.br
(43) 2105-5000
Avalie seu sistema
Empresas interessadas em avaliar seu sistema
com o CESVI BRASIL, obtendo um aval de qualidade
para o seu produto, podem entrar em contato
pelo e-mail [email protected]
Revista CESVI
39
O
CESVI BRASIL realizou sua premiação anual do CAR Group, apontando
os veículos que mais se destacaram em reparabilidade e custos
de reparo e de peças. Cerca de 40 pessoas, entre representantes
do mercado automotivo e do setor de seguros, estiveram presentes.
Neste ano, as marcas francesas se destacaram e faturaram sete
das 15 categorias que compõem o índice desenvolvido pelo CESVI.
Confira os vencedores:
CATEGORIA
MARCA
MODELO
HATCH COMPACTO
HATCH COMPACTO OFF-ROAD
HATCH MÉDIO
HATCH MÉDIO OFF-ROAD
MINIVAN COMPACTA
MINIVAN MÉDIA
PICAPE COMP. CABINE SIMPLES
PICAPE COMP. CABINE EST.
PICAPE MÉDIA CABINE DUPLA
SEDAN COMPACTO
SEDAN MÉDIO
SW COMPACTA
SW MÉDIA
UTILITÁRIO FURGÃO CURTO
UTILITÁRIO ESPORTIVO
CITROËN
RENAULT
PEUGEOT
SUZUKI
CITROËN
NISSAN
VOLKSWAGEN
FIAT
NISSAN
VOLKSWAGEN
PEUGEOT
VOLKSWAGEN
RENAULT
FORD
RENAULT
NOVO C3
SANDERO STEPWAY
308
SX4
C3 PICASSO
GRAND LIVINA
SAVEIRO
STRADA TREKKING
FRONTIER
POLO SEDAN
408
SPACEFOX
GRAND TOUR
TRANSIT
DUSTER
O CAR Group
Criado em 1997, o índice CAR Group compara veículos de uma mesma
categoria quanto à facilidade e o custo de seu reparo. O CESVI recebe
o veículo até mesmo antes de seu lançamento e realiza testes de impacto
de baixa velocidade (15 km/h), com colisão de 40% da dianteira esquerda
e 40% da traseira direita, de acordo com norma do RCAR (Research Council
for Automobile Repairs), um conselho internacional de centros de pesquisa
especializados em reparação automotiva e segurança viária.
Após cada impacto, o veículo é levado a uma oficina-modelo, onde
é estudada a extensão dos danos e a facilidade do reparo, bem como
uma análise individual das peças envolvidas. É feito um cálculo que considera
Almir Fernandes, diretor do CESVI, na abertura da premiação
Os representantes das marcas vencedoras
Alexandre M. Xavier
Prêmio CAR Group 2012
PA
os custos da reparação dianteira e traseira,
a cesta dos tempos de substituição
e a cesta básica de peças, gerando assim
o índice CAR Group.
O estudo contempla automóveis fabricados no
Brasil, Mercosul e importados. Estão excluídos
veículos fora de linha de produção, esportivos
fora-de-série, picapes e utilitários com peso
superior a 2.300 kg.
A atualização do ranking é feita mensalmente.
SP perde R$ 50 bilhões com congestionamentos
40
Alexandre M. Xavier
S
egundo levantamento feito pelo Fundação Getúlio Vargas,
a cidade de São Paulo perde, ou deixa de ganhar, R$ 50 bilhões
anualmente por causa dos congestionamentos. Do montante,
75% se referem à riqueza que não é produzida enquanto as pessoas estão
paradas dentro de seus carros. Esse prejuízo tem praticamente dobrado a
cada quatro anos, segundo o estudo.
O cálculo inclui o custo do tempo perdido nos congestionamentos
em horas de trabalho e lazer, perdas com combustível no trânsito
e até as horas perdidas pelo indivíduo.
Para se ter uma ideia do tamanho da encrenca, o valor é maior
que o orçamento da Prefeitura de São Paulo para 2013 (de R$ 42 bilhões).
Ficar parado custa caro
IN E L
Em memória das vítimas
de trânsito – Uma reflexão
A melhor concessionária Volvo
Divulgação
U
ma data especialmente estabelecida para
homenagens soa como algo positivo: dia
de comemoração, de festividades, de lembrar
um acontecimento histórico ou alguém importante
para o País ou mesmo para o mundo inteiro.
Mas, em todo terceiro domingo de novembro,
não é assim. O dia é triste, pois serve para nos
lembrar de pessoas que tiveram suas vidas
interrompidas bruscamente e de forma violenta
– sendo que, na maioria dos casos, ainda tinham
muita coisa a viver, tanto a realizar...
É quando acontece o Dia Mundial em Memória
às Vítimas de Trânsito. A homenagem foi criada
em 2005 pela ONU em razão dos números
alarmantes de mortes nas vias do mundo inteiro.
É uma data em que o planeta todo presta um
pouquinho mais de atenção à situação inaceitável
de insegurança no trânsito, e relembra seus
mortos. Presta, ainda, uma pequena homenagem
aos que ficam: os amigos e familiares das
vítimas, pessoas que perderam entes queridos,
e às vezes até a própria estrutura familiar.
A importância com que a Organização das
Nações Unidas passou a tratar esta questão
ficou evidente com o estabelecimento de uma
Década de Ações para a Segurança Viária
(2011-2020), na qual governos de todo o mundo
se comprometem a tomar novas medidas para
prevenir os acidentes, que matam cerca de 1,3
milhão de pessoas por ano.
A medida incluiu um Plano de Ação Global, com
definição de etapas para melhorias na segurança
viária e mais rigor nas legislações relacionadas
ao trânsito – além de um foco voltado aos grupos
mais vulneráveis, como ciclistas e pedestres.
Estamos já caminhando para 2013, e qual
a realidade brasileira? Dá para ter uma ideia
a partir do contador virtual de vítimas de acidentes
no trânsito, criado pelo movimento Chega de
Acidentes! em novembro de 2009. Esse “relógio
da violência no trânsito” estima a evolução no
número de vítimas com base em números
do Ministério da Saúde. Do início da contagem,
há três anos, até agora, o contador já passou da
marca de 511 mil vítimas, entre mortos e feridos.
Mais de meio milhão de vítimas da
irresponsabilidade de motoristas, motociclistas
e pedestres, da ausência de fiscalização,
da inexistência de um trabalho eficiente
S
empre valorizando o trabalho de quem é exemplo de eficiência
no mercado automotivo, o CESVI BRASIL prestigiou, no dia 8
de novembro, uma comemoração muito especial.
A Filial Guarulhos da Auto Sueco São Paulo conquistou o primeiro
lugar entre as concessionárias Volvo no “Ranking das Concessionárias
2012”, publicado na edição de outubro da revista Transporte Mundial.
Esse importante reconhecimento público da qualidade da Auto Sueco
no atendimento e na prestação de serviços veio rápido:
a concessionária tem menos de dois anos de atividade e já se destaca
entre as concorrentes do setor.
Roberto Barroso e Edson Mendes, executivos da área comercial
do CESVI, estiveram no evento de comemoração, realizado na própria
concessionária, em Guarulhos (SP), e deixaram os parabéns
à empresa, falando em nome de toda a equipe do CESVI BRASIL.
de educação para o trânsito e da falta de ação do poder público.
Assim, o Brasil se afasta da meta sugerida pela ONU (de redução de 50%
das mortes até 2020). E o que mais preocupa é não ver indícios
de que teremos, num futuro próximo, uma estratégia nacional consistente
e abrangente para reverter esta situação terrível.
Esse desabafo é a pequena homenagem do CESVI aos que não podem
mais pedir por suas vidas. É pelas vítimas de um trânsito cruel, que
continua matando sem que medidas realmente eficazes sejam tomadas
para que isso pare de acontecer. É para as 42 mil pessoas que
perderam suas vidas no Brasil em 2011, suas famílias e seus amigos.
E é nosso pedido de uma reflexão – que tem de ser das autoridades
responsáveis, mas também de cada um de nós: o que podemos fazer
imediatamente para que essas mortes sejam muito menos frequentes?
Faça a sua parte: tenha um comportamento seguro no trânsito, respeite
os limites de velocidade, nunca dirija após o consumo de bebida alcoólica,
faça a manutenção do seu veículo constantemente.
Se cada um se conscientizar de que pode matar ou morrer a qualquer hora
no trânsito, ser parte do problema ou da solução, não dependeremos tanto
do poder público para melhorar esses tristes índices.
E, quem sabe, chegue o momento em que um dia especial em memória
às vítimas do trânsito não tenha mais razão de ser...
Revista CESVI
41
Avanços na certificação
de grupos de oficinas
José Palacio
José Palacio é coordenador
de serviços automotivos do IQA Instituto da Qualidade Automotiva
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pintura e centros automotivos), varejo ou
distribuição de autopeças, concessionária
também frotista (automóveis e veículos
comerciais), poucas pessoas sabem
dizer o que significa o quadro exposto
na recepção, com o emblema do IQA.
Ocorre que cada colaborador é um
divulgador em potencial da empresa.
Uma história que gosto muito diz respeito
à função de cada colaborador. Certa vez,
questionaram uma pessoa da limpeza
da Nasa, a agência norte-americana
de exploração espacial, sobre qual era
a função dela lá. De pronto, ela respondeu:
“Meu trabalho ajuda a levar o homem
ao espaço”. Esta é a resposta de uma
pessoa que está 100% integrada
e incorporada à empresa.
E assim deve ser em qualquer outra
empresa. Todos devem trabalhar com
um objetivo comum.
Assim, o segundo workshop é voltado
para explicar aos colaboradores que
a certificação IQA é muito mais do que
um adereço na parede, mas serve para
diferenciar a empresa das demais existentes
no mercado por meio de uma metodologia
cientificamente comprovada de excelência
em qualidade.
Divulgação
O
programa de certificação de grupos de oficinas desenvolvido
pelo IQA – Instituto da Qualidade Automotiva passa por
um novo processo com objetivo de acompanhar a evolução
desses grupos durante o processo e também após o recebimento
do certificado.
Não se trata de consultoria, mas, sim, de uma série de atividades
com objetivo de esclarecer empresários, em um primeiro momento
antes da certificação, e colaboradores, posteriormente, sobre
os fundamentos da certificação de serviços automotivos.
Esta tem sido uma requisição que o mercado nos têm feito com
certa regularidade. Assim, decidimos incluir a realização de dois
workshops no escopo de serviços da certificação de grupos.
O primeiro ocorre no início do processo de certificação, e visa
a tirar todas as dúvidas sobre as etapas do processo, antes
mesmo de se pensar em qualquer tipo de investimento. Nos anos
de experiência que temos, sempre ouvimos a seguinte frase dos
empresários: “Antes de buscar a certificação, preciso trocar uma
série de equipamentos na minha empresa, pois os que eu tenho
não são os mais modernos do mercado.”
Este é um engano clássico, pois a certificação não qualifica
equipamento pelo tipo ou modelo, nem pela tecnologia, mas, sim,
pela existência ou ausência bem como a manutenção dele, e a forma
como é utilizado. Assim, não ter a ferramenta de última geração não
significa que a empresa é desqualificada para realizar o serviço;
o importante é ter uma ferramenta que permita cumprir a tarefa.
A atualização por outra mais sofisticada representa uma melhoria
no processo – um dos itens que são avaliados nas auditorias
de recertificação. No primeiro momento, a certificação se atenta
aos processos existentes, de forma tal que possibilite oferecer
garantia de qualidade total aos serviços executados.
Já o segundo workshop ocorre após a obtenção do certificado.
Temos reparado que, logo após a empresa receber o certificado,
seja ela uma oficina de reparação automotiva (mecânica, funilaria,
As peças mencionadas neste anúncio são adaptáveis, não sendo do construtor do veículo. O uso das marcas, dos nomes
e das imagens dos veículos servem para determinar o modelo sobre o qual se deve aplicar as referidas peças.
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