Apresentação
Prof. Muniz Júnior
ISS-SP 2014: dicas e análise do edital
Olá pessoal!!
Saiu o edital do tão sonhado ISS-SP! Ser professor concurseiro é
engraçado, parece que voltamos no tempo. Esse frisson de edital na praça
parece que vai nos matar rsrsrs. Pensando nisso, gostaria de dar algumas
dica e considerações a respeito desse edital.
Vou começar com uma pergunta: por que os maratonistas não
vencem as provas de 100 metros rasos se, teoricamente, correr 42,2Km é
mais difícil que correr 100 m? A pergunta é simples e a resposta também:
eles não se prepararam para isso.
Reflita nessa ilustração e aprenda um PFC (princípio fundamental do
concurseiro): você se prepara para UMA prova (ou área, antes do edital).
Ora, isso significa:
1º Você deve conhecer muito bem o edital. Se você não leu,
principalmente cada linha relacionada à matéria e às provas, faça isso
agora mesmo.
2º Você deve conhecer MUITO bem a banca que irá realizar a prova.
Esse tópico é tão importante e complexo que preciso parar um pouco para
que você entenda a profundidade disso.
Você já deve ter ouvido falar da jurisprudência de banca. Pois é, isso
existe. Se o próprio STF diverge tanto a ponto de decidir assuntos por 6 a
5, imagina as bancas que são compostas por tantas pessoas com
diferentes formações. Conta também o fato de terem que fazer provas
complexas em curto espaço de tempo com questões originais etc..
Isso tudo faz com que a banca tenda a ter um “jeitão” todo dela,
assuntos que gosta de cobrar com freqüência, se prefere questões
trabalhosas ou decorebas, se gosta de assuntos atuais. Tudo isso deve ser
levado em consideração porque se estuda pensando em como a banca
pode cobrar cada assunto lido.
Outro PFC é fazer muitas questões de prova da banca. Com isso, o
concurseiro “mata” o que vimos acima, faz revisões e ainda prepara o
psicológico para o dia “D”. Isso é IMPORTANTÍSSIMO! Até o layout de
prova que a banca faz conta. Se você já fez inúmeros exercícios da ESAF,
sabe que ela gosta de questões grandes com textos grandes na múltipla
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escolha. Com isso, se você for fazer uma questão em que ela pede a
opção errada, é importante ler as opções mais curtas, porque se você
acha logo de cara um erro gritante, não precisa ler o resto!
Observação importante: tudo aqui deve ter como base o bom senso!!
Obviamente, estou falando do caso de uma prova de auditor longa (o que
é normal) em que o candidato, muitas vezes, não tem tempo de ler toda a
prova com calma. Isso tem tudo a ver com a prova que você vai enfrentar
e vou dar o exemplo da última prova do ISS-SP de 2012. A prova 1 teve
23 páginas para 3,5 horas. Vamos tirar 20 minutos para marcar o gabarito
e revisão final (porque você pode e deve fazer a prova com estratégia,
pulando questões e pode ter se esquecido de ler alguma). O candidato
teve 2 minutos e meio por questão! Você terá 2 minutos e 45 segundos!
Isso numa prova que tem questões de Estatística que podem te fazer
gastar 20 minutos numa espiral louca e sair com o psicológico abalado
para o resto da prova. Pior, você perceberá que perdeu todo esse tempo
numa questão e que ainda pode ter erro e ser anulada, ou você errar
numa conta lá no meio! Rsrsrs!
Não quero assustar ninguém, muito menos menosprezar a matéria,
afinal de contas, sou professor dela, mas quero que você preste o máximo
de atenção nessas dicas que podem determinar o seu sucesso. Querem
um exemplo triste? Vou dar o meu. A FCC e a ESAF tem mania de colocar
provas de conhecimento geral muito longas, impossíveis mesmo de serem
resolvidas todas as questões. Na prova do ICMS-SP da FCC em 2009, eu,
que era bom em exatas, mas inexperiente, quis fazer todas na sequência.
Resultado: tive que chutar umas 30 das 100 por causa do tempo!
Agora que já te convenci da importância de conhecer a prova e a
banca, vamos analisar o nosso edital para o ISS-SP 2014. Montei o
seguinte quadro comparativo do peso de cada questão na prova
respectiva e do peso geral de todas as provas somadas (inclusive
redação):
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PROVA 1
PORTUGUÊS
MAT/EST/RAC
TRIBUTÁRIO
PROVA 2
LEGISLAÇÃO TRIB.
CONSTITUCIONAL
ADMINISTRATIVO
DIR. PRIVADO E
PENAL
PROVA 3
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
ECONOMIA E FIN.
PÚBLICAS
AUDITORIA
INFORMÁTICA
BÁSICA
CONTABILIDADE
GERAL
CONTABILIDADE
PÚBLICA
PROVA 4
PORTUGUÊS
LEGISLAÇÃO TRIB E
TRIBUTÁRIO
ATUALIDADES
PORCENTAGEM
QUESTÕES
NA PROVA
30
37,50%
20
25,00%
30
37,50%
PORCENTAGEM
GERAL DAS
PROVAS
9,38%
6,25%
9,38%
45
10
15
56,25%
12,50%
18,75%
14,06%
3,13%
4,69%
10
12,50%
3,13%
15
18,75%
4,69%
20
10
25,00%
12,50%
6,25%
3,13%
10
12,50%
3,13%
15
18,75%
4,69%
10
12,50%
3,13%
48
60,00%
15,00%
24
8
30,00%
10,00%
7,50%
2,50%
A Cetro colocou 80 questões para 100 pontos em cada prova. Isso
não faz sentido, porque as questões têm peso igual, ou seja, 1,25 pontos
por questão. Era mais fácil ter posto 1 ponto por questão e a dissertativa
valendo 80 pontos! Feita a observação, para facilitar a nossa análise,
coloquei a prova 4 como se fosse uma prova de 80 questões, obviamente
porque ela vale 100 pontos como qualquer prova 1,2 ou 3.
Repararam no vermelho? Só o português vale 24,38% da prova!
Isso porque, se você ler o edital, só a parte gramatical vale 60% das
questões discursivas. Se somarmos a legislação e o Direito tributário, só
essas três matérias respondem por 55,31% da prova!
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Agora o nosso papo inicial fez sentido! Cada candidato está num
nível e o edital um universo de conhecimento! Você tem que decidir rápido
qual é a melhor estratégia para aproveitar o tempo de estudo até a prova.
Como falei antes, mesmo que você já tenha um conhecimento razoável de
TODA a matéria e queira estudar tudo, você fatalmente terá que utilizar
uma estratégia para fazer a prova.
A FGV gostava de fazer provas “interessantes” para fiscal aqui no Rio
de Janeiro. Colocava questão gigantesca de Contabilidade com
demonstrações contábeis, com DVA e cálculos de Matemática
Financeira! Isso nunca havia sido cobrado antes. O concurseiro ficava em
parafusos na prova, porque por mais que ele tivesse resolvendo certo,
poderia pensar que estava naquela espiral louca que falei antes. Perderia
uns 20 minutos e abandonaria depois.
Além da questão do tempo de resolução da prova, também devemos
balizar nossos estudos pela importância da matéria no somatório geral
que te dará a aprovação. Como disse, cada candidato está numa
condição, mas independente disso, precisará aproveitar ao máximo seu
tempo de estudo até a prova. Já falamos da importância do Português,
Legislação e Tributário. Se você não está bem nessas ou em outras com
peso considerável, como Economia e Finanças Públicas, naturalmente terá
que escolher reduzir o estudo ou até abandonar certas matérias.
Relembrando o caso da Estatística, ela deve valer 1/3 dos 6,25% da
tabela acima. A essa altura do campeonato, não seria muito aconselhável
aprender Estatística Avançada agora, a não ser que o candidato já saiba
muito bem todo o restante, mas isso fugiria a regra geral.
Outro caso é o Direito Privado. Um bom livro de Empresarial e Direito
Civil tem umas 700 páginas cada. Não esquecendo que temos que fazer
muitos exercícios da banca (que não é muito tradicional para os concursos
de fiscal). São menos de 10 pontos nos 320 possíveis lembrando que não
tem mínimo por matéria. Eu estudaria bem o Direito Penal e chutaria o
resto. Nesse raciocínio, você vai montando a sua estratégia de estudo.
Percebi certa semelhança entre a Cetro e a ESAF na forma de cobrar
o Português e Contabilidade. Já em relação aos Direitos, se aproximou
mais da FCC. Isso tudo tem importância na forma de estudar os assuntos
e é por isso que cada vez mais se percebe a necessidade de um
profissional com experiência nessas seleções para uma consultoria (ou
coaching) de forma a potencializar os seus estudos.
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Espero que as dicas e a análise do edital tenham ajudado a você
nessa reta final de estudos! Muitos outros “bizus”, inclusive nas
discursivas, esperam por você no nosso coaching!
Forte abraço!
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