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oisemquererquetudocomeçou.Paulaes-
tavaapertandoo tubo detinta paraespalharum poucode amare10numa tigela. O orifício estavatão tapado que a moça apertou
com muita força. Ploft! Saiu um jato forte e grudou na-parede
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Joãozinho que estavabem perto correu e esfregou a mãozinha
gorda na tinta. Fez um círculo. Depois uma onda e com a ponta
do dedo indicador desenhouum coração. Todos foram chegan-
do. As marcasaumentarame a tinta secou.Tina abriu o tubo
verdee espalhoumaisum pouco.Liz colocouo vermelho.Muitas novas coresforam surgindo.O marrom, o lilás, o roxo, o
Numa folha qualquer,eu desenhoum sol amarelo
E com cinco ou seisretasé fácil fazerum castelo
Um pontinhode tinta num pedacinhoazul de papel
Fazuma linda gaivotavoar no céu
Vai voando
Numa imensanuvem
Azul. grená...
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parede,não acreditouno que estavaacontecendo.Em poucos
minutos, a paredebrancaficou colorida, desenhada,cheia de
pequenasmãos sobrepostas.Tinha de tudo um pouco. Num primeiro momento ficou muito zangada,mas pouco a pouco foi
relaxando com a beleza da cena. Os pequenosartistas pintavam
e cantavam tão concentrados que ela decidiu dar um nome à
Marcelo disseque gostavadas coresda Bandeirado Brasil.
masnão do seudesenho.Mostravano canto direito da parede,
restacom índios guaranis,e umabandeirabrancaescritoPaz
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marlom.
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- SãoosL;;barracosdas favelas onde moram tio Zeca e Nininha,
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di~le orgulhosa.Vou todos os domingosaté estacasinhaaqui
bem no alto do morro, apontou.
- Tem oitenta e oito degrausda rua até o alto. Beirando os
muito úmida e as casaspodem desabar.Quandochove muito,
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todos ficam bem atentos,com medo da erosão,concluiu a pe-
1ico chamouascriançasatéo tanquede areiae mostrou:tinha
e seguro.Pegouum poucode águanum regadore começoua jogar um pequenofio
do líquidobemno alto.Tinajogavapróximo ao chão.A areiafoi semovendoe pou-
co a poucoo desabamento
aconteceudepois da águaauastara terraparabaixo.
- As ruase asplantassãoimportantes
meiosparaevitar a erosão,dissePaula.
Não adiantaasfaltarou cimentar,é preciso deixar áreasabertas,pois a terra
chupaa águacomo um mataborrão.Mas, no alto dasencos-
arrancatudo o queestáno caminho.
Chico ficou sério,observandocom
atenção. Seu pai tinha morri do no desabamentoda favela do
Jardim União quando ele ainda era um bebezinho. Nem se lembrava do seurosto e sentia falta de um pai companheiro como o
de Neco. Seu desenhoera um menino segurandona mão de um
- Qual a importânciadascores?PerguntouPaula.
-
Alegrara vida,disseChico.Diferenciaro dia e a noite.
- Podesertambémque as coressãofontesde saúde.Mamãe
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- E a vacina?perguntouPaula.
- Isto é remédio,mas a cor vermelhareflete na doençae ela
vai embora, afirmou convicta a menina
Jurema.
ra confirmassesobreessacrença.PautareSDon-
dando os efeitos das cores no estadode ânimo
nhecimentochamadocromoterapia,explicou a
ma ao ambiente.
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oisem querer que tudo começou. Paula es-