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6
B
10.10.2008
questões.
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Boa prova!
TEXTO 01 / IMAGEM 01
utilize para responder à QUESTÃO 04 (páginas internas)
Parece-me também perceber [...] sólida crença que, para filosofar, seja
necessário apoiar-se nas opiniões de algum célebre autor, de tal forma que nosso
raciocínio, quando não concordasse com as demonstrações de outro, tivesse que
permanecer estéril e infecundo. Talvez considere a filosofia como um livro e fantasia
de um homem, como a Ilíada e Orlando Furioso, livros em que a coisa menos
importante é a verdade daquilo que apresentam escrito.
[...] A coisa não é assim. A filosofia
PIETÁ MICHELANGELO
encontra-se escrita neste grande livro
escultura em mármore (1500)
que continuamente se abre perante os
nossos olhos (isto é, o universo), que
não se pode compreender antes de
entender a língua e conhecer os
caracteres com os quais está escrito.
Ele está escrito em linguagem
matemática, os caracteres são
triângulos, circunferências e outras
figuras geométricas, sem cujos meios
é impossível entender humanamente
as palavras; sem eles nós vagamos
perdidos dentro de um obscuro
labirinto.
GALILEU GALILEI (1564-1642)
O Ensaiador (1623)
Q01. Sobre as Monarquias Medievais, assinale V (VERDADEIRO) ou F (FALSO): (1,0)
Símbolo da crise da monarquia medieval inglesa, João I Plantageneta (1199-1216) enfrentou
derrotas sucessivas na França e uma revolta da nobreza que lhe impôs a Magna Carta.
Aproveitando-se das lutas entre senhores e da fraqueza das monarquias, a Igreja afirmou-se
perante a Europa, conferindo ao papa um efetivo e duradouro poder político supranacional.
Em muitas partes da Europa, como Itália e Alemanha, o processo de formação das Monarquias
Nacionais só ocorrerá muito tempo depois, preservando-se então o poder descentralizado.
Devido às disputas entre Capetos e Plantagenetas, França e Inglaterra estiveram em conflito
durante mais de trezentos anos - uma rivalidade entre famílias tornou-se uma luta entre reinos.
Q02. Com a Expansão Comercial (séculos XII-XIII), importantes mudanças econômicas, sociais
e políticas ocorrem na Europa Medieval: (total: 2,0)
Por que a retomada do comércio provoca a crise do feudalismo? (0,5)
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Explique os conflitos que se desenvolvem entre os burgos e os feudos. (1,0)
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De que maneira esses conflitos estão ligados ao processo de centralização política? (0,5)
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Q03. Pode-se caracterizar as CRISES DO SÉCULO XIV considerando um conflito, uma epidemia,
um colapso de abastecimento e uma onda de desordens sociais, responsáveis por transformar o século
XIV num século negro. (total: 2,0)
Qual seria esse conflito? E essa epidemia? De que colapso se trata? Quais desordens? (0,5)
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Indique as principais razões de cada um desses problemas. (0,5)
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Explique DUAS relações possíveis entre eles. (0,5)
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para responder esta questão, utilize o TEXTO 01 e a IMAGEM 01 (primeira página)
Q04. O Renascimento foi um tempo de grandes gênios, criadores de novas formas de expressão e
novas estruturas de pensamento. Considerando as obras de Galileu e Michelangelo: (total: 2,0)
Explique o que significou o individualismo, característica fundamental do Renascimento. (1,0)
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Qual é a nova perspectiva intelectual defendida por Galileu? (0,5)
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Indique outra característica renascentista presente na imagem e/ou no texto. (0,5)
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para responder esta questão, utilize os TEXTOS 02/03/04 (última página)
Q05. Reproduzimos três dos principais textos de Lutero, referentes a três momentos-chave no
contexto da Reforma: o choque inicial com a Igreja, a adesão dos príncipes ao protestantismo e a
rebelião camponesa nos estados alemães. (total: 2,0)
Em lugar da compra de indulgências, que tipo de caridade Lutero propõe no 1° texto? (0,5)
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Explique os motivos políticos da adesão dos príncipes ao movimento protestante. (1,0)
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Explique os argumentos de Lutero contra o princípio de rebeldia. (0,5)
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para responder esta questão, utilize o TEXTO 05 (última página)
Q06. No texto do professor Jacob Burckhardt, discute-se alguns aspectos essenciais para o contexto
cultural do Renascimento. (total: 1,0)
Quais línguas eram indispensáveis para o acesso aos textos clássicos? (0,5)
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Transcreva APENAS o trecho que menciona a raridade de um texto antigo inédito. (0,5)
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TEXTOS 02 / 03 / 04
utilize para responder à QUESTÃO 05 (páginas internas)
[...] 27. Pregam doutrina puramente humana (não divina) os que dizem que logo que o dinheiro cai na
caixa a alma se liberta (do purgatório);
[...] 32. Serão condenados para toda a eternidade, com os seus mestres, aqueles que crêem estar
seguros da salvação por cartas de indulgência;
[...] 36. Qualquer cristão, verdadeiramente arrependido, tem plena remissão da pena e da falta; ela élhe devida mesmo sem cartas de indulgência;
[...] 43. É preciso ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres ou empresta a quem está
necessitado faz melhor do que se comprasse indulgências;
MARTINHO LUTERO
(1483-1546)
in FREITAS, Gustavo
Teses contra as indulgências
900 textos e documentos de História
(1517)
Lisboa: Plátano, 1977
[...] qual seria o resultado se alguém quisesse ter o mundo governado segundo o Evangelho e
abolir a Espada e toda a lei secular com base em todos serem batizados e cristãos e de o Evangelho não
admitir o uso da lei ou da espada entre os cristãos, que não necessitam delas? [...] Mas, antes de vocês
governarem o mundo de um modo cristão e evangélico, certifiquem-se de que o povoaram com
verdadeiros cristãos [...] Os cristãos, como se costuma dizer, são poucos e encontrados a largos
intervalos, e o mundo não admitirá um governo cristão presidindo um território ou uma grande
multidão, e muito menos a totalidade do mundo. Existe sempre um número muito maior de iníquos do
que de homens justos [...] os cristãos não devem empregar a espada ou a ela apelar para si mesmos e em
seu próprio interesse. Mas podem e devem usá-la e apelar a ela no interesse dos outros, de modo que o
mal possa ser impedido e se confirme a justiça [...].
MARTINHO LUTERO (1483-1546)
Sobre a Autoridade Secular (1523)
São Paulo: Martins Fontes, 1995
Qualquer homem contra o qual se possa provar sedição está fora da lei de Deus e do Império,
de modo que o primeiro que puder matá-lo está agindo acertadamente bem [...] Pois a rebelião traz
consigo uma terra cheia de assassínios e derramamentos de sangue, faz viúvas e órfãos, e põe tudo de
cabeça para baixo [...] Portanto, que todo aquele que puder, elimine, mate e apunhale, secreta ou
abertamente, lembrando-se de que nada pode ser mais venenoso, prejudicial ou diabólico do que um
rebelde, É como quando se tem de matar um cão raivoso; se não o matarmos, ele nos matará, e um país
inteiro conosco...
MARTINHO LUTERO
(1483-1546)
Contra as hordas de camponeses saqueadores e assassinos
in DURANT, Will
TEXTO 05
História da Civilização
(1524)
Rio de Janeiro: Record [s.d]
utilize para responder à QUESTÃO 06 (páginas internas)
Infinitamente mais importantes do que os restos arquitetônicos e artísticos da
Antiguidade, de um modo geral, foram naturalmente os legados escritos, tanto em grego
quanto em latim. Estes eram tidos como as próprias fontes de todo conhecimento, no sentido
mais absoluto [...] Dispomos ainda de alguma informação no que respeita à maneira pela qual,
àquela época, manuscritos e bibliotecas surgiam. A compra direta de um manuscrito mais
antigo, que contivesse um texto raro ou o único completo ou mesmo o único existente de um
autor da Antiguidade, era, naturalmente, uma dádiva rara da sorte, com a qual não se contava.
Dentre os copistas, aqueles que entendiam grego ocupavam lugar de destaque [...] Os demais,
os meros copistas, eram em parte trabalhadores que viviam exclusivamente dessa atividade,
em parte eruditos pobres que necessitavam de uma renda complementar [...] A influência da
Antiguidade sobre a cultura [...] pressupunha, inicialmente, que o humanismo se apoderasse
das universidades [...] A maioria das universidades italianas só surge verdadeiramente no
decorrer dos séculos XIII-XIV, quando a crescente riqueza da vida italiana passou a exigir
também uma preocupação mais rigorosa com a educação [...] Além de Florença, houve ainda
outras cidades italianas nas quais, por vezes, indivíduos ou círculos sociais inteiros,
empregando todos os meios de que dispunham, puseram-se a serviço do humanismo e deram
suporte a seus eruditos [...] [dedicando-se] ao mecenato [...].
JACOB BURCKHARDT (1818-1897) A Cultura do Renascimento na Itália (1860)
São Paulo: Companhia das Letras, 1991
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Parece-me também perceber [...] sólida crença que, para filosofar