Pós-Modernismo/Clarice Lispector
1. (UFSM-RS) Considere as afirmativas:
I. Freqüentemente, as personagens de contos de Clarice Lispector vivem perturbações psicológicas
desencadeadas por visões que lhes são reveladoras.
II. As situações focalizadas na ficção de Clarice Lispector contemplam uma ansiedade por profundas
mudanças sociopolíticas em torno das quais as personagens debatem-se com ardor.
III. Os contos de Clarice Lispector apresentam passagens em que as referências ao mundo nebuloso e
abstrato se refletem na composição, colocando em questão o sentido convencional da narrativa.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) Apenas III.
2. (Fuvest-SP) Identifique a afirmação correta sobre A hora da estrela, de Clarice Lispector:
a) A força da temática social, centrada na miséria brasileira, afasta do livro as preocupações com a
linguagem, freqüentes em outros escritores da mesma geração.
b) Se o discurso do narrador critica principalmente a própria literatura, as falas de Macabéa exprimem
sobretudo as críticas da personagem às injustiças sociais.
c) O narrador retarda bastante o início da narração da história de Macabéa, vinculando esse adiamento a
um autoquestionamento radical.
d) Os sofrimentos da migrante nordestina são realçados, no livro, pelo contraste entre suas desventuras
na cidade grande e suas lembranças de uma infância pobre, mas vivida no aconchego familiar.
e) O estilo do livro é caracterizado, principalmente, pela oposição de duas variedades lingüísticas:
linguagem culta, literária, em contraste com um grande número de expressões regionais nordestinas.
3. (Fuvest/SP)
“Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
— E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?
— Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de idéia.
— E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
— Macabéa.
— Maca — o quê?
— Bea, foi ela obrigada a completar.
— Me desculpe mas até parece doença, doença de pele.
— Eu também acho esquisito mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se
eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a
nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo — parou um
instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor — pois como o senhor vê eu
vinguei... pois é...
— Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja
de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa,
com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao
menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo.”
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela.
Neste excerto, as falas de Olímpico e Macabéa
a) aproximam-se do cômico, mas, no âmbito do livro, evidenciam a oposição cultural entre a mulher
nordestina e o homem do sul do País.
b) demonstram a incapacidade de expressão verbal das personagens, reflexo da privação econômica de
que são vítimas.
c) beiram às vezes o absurdo, mas, no contexto da obra, adquirem um sentido de humor e sátira social.
d) registram, com sentimentalismo, o eterno conflito que opõe os princípios antagônicos do Bem e do Mal.
e) suprimem, por seu caráter ridículo, a percepção do desamparo social e existencial das personagens.
As questões 4 e 5 referem-se à passagem a seguir transcrita do conto Feliz Aniversário (Laços de Família,
1960), de Clarice Lispector (1920-1977).
“Na cabeceira da mesa, a toalha manchada de coca-cola, o bolo desabado, ela era a mãe. A aniversariante
piscou.
Eles se mexiam agitados, rindo, a sua família. E ela era a mãe de todos. E se de repente não se ergueu,
como um morto se levanta devagar e obriga mudez e terror aos vivos, a aniversariante ficou mais dura na
cadeira, e mais alta. Ela era a mãe de todos. E como a presilha a sufocasse, ela era a mãe de todos e,
impotente à cadeira, desprezava-os. E olhava-os piscando. Todos aqueles seus filhos e netos e bisnetos
que não passavam de carne de seu joelho, pensou de repente como se cuspisse. Rodrigo, o neto de sete
anos, era o único a ser a carne de seu coração. Rodrigo, com aquela carinha dura, viril e despenteada,
cadê Rodrigo? Rodrigo com olhar sonolento e intumescido naquela cabecinha ardente, confusa. Aquele
seria um homem. Mas, piscando, ela olhava os outros, a aniversariante. Oh o desprezo pela vida que
falhava. Como?! como tendo sido tão forte pudera dar à luz aqueles seres opacos, com braços moles e
rostos ansiosos? Ela, a forte, que casara em hora e tempo devidos com um bom homem a quem,
obediente e independente, respeitara; a quem respeitara e que lhe fizera filhos e lhe pagara os partos, lhe
honrara os resguardos. O tronco fora bom. Mas dera aqueles azedos e infelizes frutos, sem capacidade
sequer para uma boa alegria. Como pudera ela dar à luz aqueles seres risonhos fracos, sem austeridade?
O rancor roncava no seu peito vazio. Uns comunistas, era o que eram; uns comunistas. Olhou-os com sua
cólera de velha. Pareciam ratos se acotovelando, a sua família. Incoercível, virou a cabeça e com força
insuspeita cuspiu no chão.”
LISPECTOR, Clarice. "Feliz Aniversário". In: Laços de Família.
28. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995. p. 78-79.
4. (UEL/PR) Ainda que Clarice Lispector tenha morrido um dia antes de completar cinqüenta e sete anos, a
problemática das mulheres de terceira idade faz-se presente em muitos de seus contos. Feliz Aniversário
registra tal tema. Neste conto, sentada à cabeceira da mesa preparada para a comemoração de seu
octagésimo-nono aniversário, D. Anita:
a) Vê, horrorizada, sua descendência constituída por seres mesquinhos.
b) Lembra-se, saudosa, da época em que seu marido era vivo e com ela dividia as dificuldades cotidianas.
c) Contempla seu neto, Rodrigo, a trazer-lhe ao presente a imagem do falecido marido quando jovem.
d) Rememora, com rancor, sua vida de mulher, seja enquanto esposa, seja enquanto mãe, mostrando-se
indignada com a atual falta de afeto de filhos, netos e bisnetos.
e) Mistura presente e passado, deixando emergir a saudade que há tempo domina seu cotidiano.
5. (UEL/PR)
“Ela, a forte, que casara em hora e tempo devidos com um bom homem a quem, obediente e
independente, ela respeitara; a quem respeitara e que lhe fizera filhos e lhe pagara os partos e lhe
honrara os resguardos.”
Com base no trecho, é correto afirmar:
a) “casara em hora e tempo devidos” significa que seu casamento foi planejado com muita antecedência.
b) A caracterização entre vírgulas “obediente e independente” refere-se à pessoa representada por
“quem” que a antecede.
c) O uso do adjetivo “forte” corresponde a uma ironia, visto que assim se justificam a fraqueza dos
familiares e sua identificação com a aniversariante.
d) As orações “lhe fizera filhos” e “lhe pagara os partos” são reveladoras dos valores patriarcais da
protagonista.
e) O emprego dos adjetivos “obediente e independente” aplicados a D. Anita é revelador da improbidade
da matriarca.
O fragmento textual que segue, de A hora da estrela, servirá de base para as questões 6 e 7.
“Porque há o direito ao grito.
Então eu grito.
Grito puro e sem pedir esmola. Sei que há moças que vendem o corpo, única posse real, em troca de um
bom jantar em vez de sanduíche de mortadela. Mas a pessoa de quem falarei mal tem corpo para vender,
ninguém a quer, ela é virgem e inócua, não faz falta a ninguém. Aliás – descubro eu agora – também eu
não faço a menor falta, e até o que escrevo um outro escreveria. Um outro escritor, sim, mas teria que
ser homem porque escritora mulher pode lacrimejar piegas.”
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela.
Rio de Janeiro: Rocco, 1999. p. 13-14.
6. (UFRN) Considerando o contexto da obra, esse fragmento
a) Expressa justificativa de que a estória poderá parecer sentimental em virtude de o narrador ser uma
mulher sensível, que se vê espelhada no que conta.
b) Indica relutância do narrador, que atrasará o desdobramento da ação, dada a sua repulsa por fazer
literatura com a desgraça alheia.
c) Indica mudança de enfoque para as páginas seguintes, quando a narradora mulher será substituída
pelo insensível Rodrigo S. M.
d) Expressa o caráter impiedoso do narrador, que, por meio da ironia, chegará até mesmo a imitar a
simplicidade da protagonista.
7. (UFRN) Relativamente ao enredo, o fragmento prenuncia que a estória de Macabéa
a) Será a da miséria humana, mais à frente sintetizada na consideração de que a vida é um soco no
estômago.
b) Terminará numa situação de falso luxo, graças à ilusão da personagem de ser amada por um homem
rico.
c) Será solucionada, mesmo supostamente sem saída, pelos conselhos da cartomante relativos
à aparência da protagonista.
d) Terminará no suicídio, quando a heroína se jogar sob um automóvel e o narrador concluir que viver
é um luxo.
8. (UEM- 6/2007) Com relação a Clarice Lispector e ao conto “Os laços de família”, assinale a alternativa
incorreta.
a) O conto põe em discussão a questão do caráter institucional da família, cujo padrão de relacionamento
restringe o poder de ação do indivíduo que se submete a rituais de convivência preestabelecidos, muitas
vezes artificiais. Um exemplo é o da despedida entre a sogra e o genro (que não têm boas relações entre
si), em que ambos repetem frases clichês como “Perdoe alguma palavra mal dita”.
b) Como é recorrente nas narrativas de Clarice Lispector, também na trajetória da protagonista de “Os
laços de família” ocorre o que a crítica tem chamado de epifania: uma espécie de revelação súbita,
provocada por um fato banal, simples e/ou inesperado. A freada do táxi faz que mãe e filha se toquem
breve, mas intensamente. Esse contato físico desencadeia na filha uma outra visão em relação à mãe,
visão que, conseqüentemente, vai influir na intensidade do encontro com o filho, quando ela volta para
casa.
c) Como é comum nas narrativas de Clarice Lispector, também no conto “Os laços de família” está
presente o discurso indireto livre, em que a fala ou o pensamento das personagens se mistura com a do
narrador, como se pode verificar nesse trecho: “Por que andava ela tão forte, segurando a mão da
criança? Pela janela via sua mulher prendendo com força a mão da criança (...)”.
d) Na maioria das narrativas de Clarice Lispector integrantes da coletânea Laços de família, o processo de
descoberta individual (epifania) por que passam as personagens não implica a solução dos problemas
revelados, mas a instauração de um conflito, que, antes, era latente. No conto “Os laços de família”,
todavia, a protagonista, após se conscientizar da artificialidade que rege a convivência familiar, rompe
com aquele estado de coisas, desvencilhando-se definitivamente dos “laços” que lhe tolhiam a
individualidade, pegando seus pertences e abandonando esse lar opressor.
e) No que concerne ao modo de construção da relação marido-mulher, o conto põe em evidência a
questão da dominação e do poder masculinos: o marido é o provedor e o comandante da família, de modo
que tem ascendência sobre a mulher e sobre o filho. O ato
de rebeldia dela, ao sair inesperadamente para passear com o menino, desestrutura, ainda que
momentaneamente, tal poder.
Romantismo/José de Alencar
9. (UFJF-MG) Leia, com atenção, o fragmento a seguir para responder à questão.
"Todas as raças, desde o caucasiano sem mescla, até o africano puro; todas as posições, desde as
ilustrações da política, da fortuna ou do talento, até o proletário humilde e desconhecido; todas as
profissões, desde o banqueiro até o mendigo; [...]
É uma festa filosófica essa festa da Glória! Aprendi mais naquela meia hora de observação do que nos
cinco anos que acabava de esperdiçar em Olinda com uma prodigalidade verdadeiramente brasileira.
A lua vinha assomando pelo cimo das montanhas fronteiras; descobri nessa ocasião, a alguns passos de
mim, uma linda moça, que parara um instante para contemplar no horizonte as nuvens brancas
esgarçadas sobre o céu azul e estrelado. Admirei-lhe do primeiro olhar um talhe esbelto e de suprema
elegância. [...] Ressumbrava na sua muda contemplação doce melancolia, e não sei que laivos de tão
ingênua castidade, que o meu olhar repousou calmo e sereno na mimosa aparição."
José de Alencar. Lucíola.
A partir do fragmento, e considerando o romance como um todo, pode-se afirmar que:
a) A cena amorosa, em Alencar, é sempre emoldurada pela matéria sociocultural brasileira.
b) Pode-se observar, nessa cena, a superioridade da província sobre a metrópole.
c) Desde o primeiro momento Paulo percebe a condição social de Lúcia.
d) A referência à questão racial comprova o naturalismo dessa obra.
e) O romance urbano, como é o caso de Lucíola, é o único cultivado no romantismo brasileiro.
10.(UFMS/MS) Assinale a alternativa incorreta a respeito da ficção urbana de José de Alencar.
a) Os relatos oscilam entre a armação folhetinesca e a percepção da realidade brasileira.
b) No enredo de Senhora o sentimento amoroso sempre é mais forte que o interesse financeiro.
c) Romances como Senhora relacionam drama individual e organismo social.
d) As personagens freqüentemente são donzelas e mancebos que participam das rodas da Corte.
e) Os romances fixam costumes e ações que definem uma forma de representar a cidade.
11. (ITA/SP) O romance Lucíola pertence à chamada fase urbana da produção ficcional de José de Alencar.
Neste livro,
a) O autor discute a desigualdade social no meio urbano.
b) O autor mostra a prostituição como um grave problema social urbano.
c) Não há uma típica narrativa romântica, pois o autor fala de prostituição, que é um tema naturalista.
d) Não existe a presença do amor; há apenas promiscuidade sexual.
e) O autor focaliza o drama da prostituição na esfera do indivíduo, mostrando a diferença entre o ser e o
parecer.
12. (Unifesp/SP) Leia o trecho a seguir, de José de Alencar.
"Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente
pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão.
Assim costumava ela indicar o merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor
monetário. Em linguagem financeira, Aurélia contava os seus adoradores pelo preço que razoavelmente
poderiam obter no mercado matrimonial."
O romance Senhora, ilustrado pelo trecho,
a) Representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo com que Aurélia trata seus
pretendentes, vistos sob a ótica do mercado matrimonial, tematiza o casamento como forma de ascensão
social.
b) Mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar. Nele, o escritor tematiza,
com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas de classes sociais distintas, em que o pretendente é
considerado pelo seu valor monetário.
c) É obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e de seus pretendentes
mostra a concepção do amor, em linguagem financeira, como forma de privilégio monetário, além de
explorar as relações extraconjugais.
d) Denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como responsáveis por levar as pessoas à
tristeza e à solidão dada à superficialidade e ao interesse com que elas se estabelecem. Trata-se de um
romance urbano de Alencar.
e) Tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse financeiro como forma de
se ascender socialmente. Essa obra explora tanto aspectos do regionalismo nacional como os valores da
vida urbana.
13. (PUC/PR-2007) Leia o texto e assinale a alternativa que identifica os elementos românticos do trecho
citado de Senhora, de José de Alencar:
“As cortinas cerraram-se, e as auras da noite, acariciando o seio das flores, cantavam o hino misterioso do
santo amor conjugal.”
a) a perspectiva recatada e a afinidade entre sentimento e natureza.
b) a vida como teatro e a intensa religiosidade.
c) a natureza sem defeitos e o amor idealizado.
d) a noite enquanto símbolo e a música como pano de fundo para o amor.
e) a linguagem rebuscada e a idealização amorosa.
Para responder às questões 6 e 7, ler os textos que seguem.
Texto A
Maria
“Onde vais à tardezinha,
Mucama tão bonitinha,
Morena flor do sertão?
A grama um beijo te furta
Por baixo da saia curta,
Que a perna te esconde em vão...
Mimosa flor das escravas!
O bando das rolas bravas
Voou com medo de ti!...
Levas hoje algum segredo...
Pois te voltaste com medo
Ao grito do bem-te-vi!
Serão amores deveras?
Ah! Quem dessas primaveras
Pudesse a flor apanhar!
E contigo ao tom d'aragem,
Sonhar na rede selvagem...
À sombra do azul palmar!
Bem feliz quem na viola
Te ouvisse a moda espanhola
Da lua ao frouxo clarão...
Com a luz dos astros — por círios,
Por leito — um leito de lírios...
E por tenda — a solidão!”
Castro Alves
Texto B
“Iracema, sentindo que lhe rompia o seio, buscou a margem do rio, onde crescia o coqueiro.
Estreitou-se com a haste da palmeira. A dor lacerousuas entranhas; porém logo o choro infantil inundou
sua alma de júbilo.
A jovem mãe, orgulhosa de tanta ventura, tomou otenro filho nos braços e com ele arrojou-se às águas
límpidas do rio. Depois suspendeu-o à teta mimosa; seus olhos então o envolviam de tristeza e amor.
— Tu és Moacir, o nascido de meu sofrimento.
A ará, pousada no olho do coqueiro, repetiu Moacir, e desde então a ave amiga unia em seu canto ao
nome da mãe, o nome do filho.
O inocente dormia; Iracema suspirava:
— A jati fabrica o mel no tronco cheiroso do sassafrás; toda a lua das flores voa de ramo em ramo,
colhendo o suco para encher os favos; mas ela não prova sua doçura, porque a irara devora em uma noite
toda a colméia. Tua mãe também, filho de minha angústia, não beberá em teus lábios o mel de teu
sorriso.”
Para responder à questão 11, analisar as afirmativas que seguem, sobre os textos A e B.
I. A imagem delicada, graciosa e harmoniosa da escrava, presente no texto A, exemplifica a tendência
predominante do poeta no que se refere ao tratamento da temática da escravidão.
II. A visão melancólica da natureza presente em ambos os textos associa-se ao Romantismo exacerbado.
III. O texto B, numa profusão de imagens ligadas a elementos da natureza, relata o nascimento de
Moacir, que representa a fusão entre o branco e o índio, dando origem ao povo brasileiro.
IV. Ambos os textos expressam o subjetivismo.
14. (PUC-RS) Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa
a) I e II
b) I e III
c) I, II, III e IV
d) II e IV
e) III e IV
15. (PUC-RS)
O texto B, da obra de José de Alencar homônima à personagem central, anuncia as ações subseqüentes
que relatam
a) A viagem de iracema.
b) A doença de martim, pai de moacir.
c) O destino exitoso de moacir.
d) A morte iminente do menino.
e) O fim trágico de iracema.
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