ABC da Energia
A história
da Duke Energy
no Brasil
Conteúdo
4
Apresentação
6
A Matriz Energética Brasileira
8
O Setor Elétrico Nacional
9 Geração, transmissão, distribuição
12 Agentes que regulam, fiscalizam e
coordenam. ANA, ANEEL, ONS
14 Compensação Financeira pela
Utilização dos Recursos Hídricos para
Fins de Geração de Energia Elétrica
16
A Geração de Energia Hidrelétrica
16 As principais partes da usina hidrelétrica
21 O planejamento da operação
22 Os tipos de reservatórios
23 Reservatório de acumulação
24 Reservatório fio d’água
25 Os usos múltiplos dos reservatórios
26
A Energia do Paranapanema
28 A Duke Energy no Brasil
30 Licenças Ambientais
32 Parque Hidrelétrico do Paranapanema
32 UHE Jurumirim
33 UHE Chavantes
34 UHE Salto Grande
35 UHE Canoas II
36 UHE Canoas I
37 UHE Capivara
38 UHE Taquaruçu
39 UHE Rosana
40 Memória das usinas
50 A Área de Meio Ambiente
51 Qualidade da água
53 Repovoamento do Rio Paranapanema
55 Estação de Hidrobiologia e Aquicultura
56 Livro “Peixes do Rio Paranapanema”
56 Conservação e regeneração florestal
na Bacia do Paranapanema
57 APP (Áreas de Preservação Permanente)
58 Corredores Ecológicos
61 Promoção Florestal
64 Selo Benchmarking Brasil
65 Parcerias que fortalecem
41 Programa de Visitação
42 A Área de Operações
42 COG (Centro de Operação da Geração)
66 A Área de Patrimônio
68 Regularização ambiental e patrimonial
71 Encontros de topografia
43 Previsões meteorológicas
44 Controle de vazões
45 Reservatórios oferecem risco de cheias?
46 Sosem (Sistema de Operação
73 Saúde e Segurança no Trabalho
em Situação de Emergência)
47 Segurança de barragens
48 Energia Armazenada e
Energia Natural Afluente
74 Relacionamento com as Comunidades
75 Circuito Cultural e Educando pelo Esporte
76 Educando pelo esporte
77 Programa Voluntariado
78 Apoio a projetos de atendimento a
crianças e adolescentes
80 Prêmio Duke Energy - Energia da Inovação
80 Apoio ao esporte
Apresentação
Rios Paranapanema e Sapucaí-Mirim:
dois mananciais de vida e biodiversidade
que alimentam as usinas hidrelétricas da
Duke Energy no Brasil – há mais de uma
década contribuindo para o crescimento
das comunidades em que atua e para o desenvolvimento econômico do país. A Duke
Energy iniciou suas operações no Brasil
em 1999, após a aquisição da Companhia
de Geração Elétrica Paranapanema (antiga CESP) e hoje responde pela geração de
cerca de 2% da energia elétrica do país.
mente jovem em terras brasileiras, está
uma companhia sólida, que iniciou seu
percurso há mais de 100 anos. A história
Foto: Paulo Miguel
Por trás de uma empresa relativa-
da Duke Energy começou em 1904, quando três visionários, W. Gill Wyllie, James Buchanan Duke e Willian States Lee criaram, no
interior da Carolina do Sul, Estados Unidos, um sistema integrado de energia a partir da
geração hidrelétrica que contava também com linhas de transmissão, fomentando, assim,
o crescimento econômico local.
De lá pra cá, crescemos bastante. Hoje somos a maior empresa do setor de energia
elétrica dos Estados Unidos. A companhia também expandiu suas atividades para a América Latina, onde mantém operações na Argentina, Chile, El Salvador, Equador, Guatemala
e Peru, além do Brasil – maior investimento da Duke Energy fora dos EUA.
E a Duke Energy só conseguiu crescer e alcançar uma posição sólida nos mercados
em que atua pelo respeito aos seus valores: a segurança de nossos companheiros de equipe e de todas as pessoas – nossa maior prioridade; a integridade nas atitudes; a respon4
I
ABC
da
Energia
Foto: Paulo Miguel
Rio Paranapanema
sabilidade em tudo que falamos e fazemos; o respeito pela diversidade; a comunicação
de forma clara, garantindo que cada voz seja ouvida; a inclusão das diferenças e o nosso
trabalho em equipe, formando um time que trabalha de forma eficiente.
Esta obra se propõe a contar um pouco da história da Duke Energy Geração Paranapanema, contextualizando o leitor sobre como funciona, em linhas gerais, uma usina
hidrelétrica e o próprio sistema elétrico brasileiro, e ressaltando os trabalhos integrados
que a empresa desenvolve em prol da biodiversidade e seu relacionamento com as comunidades da região.
Destinado a gestores municipais, jornalistas e estudantes, entre outros leitores, o ABC
da Energia: a história da Duke Energy no Brasil é uma obra didática, que ajuda a compreender os desafios inerentes à produção de energia hidrelétrica no País.
Duke Energy Brasil
I
5
Matriz energética
País das águas
Vivemos em uma época repleta de necessidades e comodidades movidas a energia elétrica, a tal ponto que ela se tornou um bem indispensável ao nosso dia a dia. No Brasil,
possuidor da maior bacia hidrográfica do mundo, a escolha natural e histórica pela água
como recurso de geração definiu a matriz energética nacional. Não é a toa que chegamos
ao século XXI tendo a matriz energética mais renovável do mundo industrializado, com as
usinas hidrelétricas gerando mais de 75% da eletricidade do País.
Foi no final do século XIX, começo do século XX, que o processo de eletrificação teve
início para viabilizar a instalação das indústrias, abrindo um importante caminho para o
progresso. Nesse cenário, a escassez era uma barreira ao desenvolvimento do Brasil, e os
vastos recursos hídricos, uma solução.
As usinas passaram a ser vetores do crescimento econômico, não só por fornecerem
a energia elétrica de que o País precisava para crescer, mas também porque a criação de
um parque energético hidrelétrico fomentou novas ideias, práticas e tecnologias, ao mesmo
tempo em que gerou emprego e renda às comunidades que receberam tais empreendimentos. Considerando que a construção das hidrelétricas demandou diversas obras de infraestrutura, como estradas e pontes, houve um forte impulso ao desenvolvimento das cidades,
a exemplo do que ocorreu nas margens paulista e paranaense do Rio Paranapanema.
No decorrer do século XX, a ampliação da geração atendeu a novas demandas por
energia elétrica, e resultou em transformações econômicas, culturais e ambientais. Dessa
forma, a eletrificação ultrapassou, em muito, àquele propósito de servir à indústria: mudou
a sociedade e o modo de vida dos brasileiros.
6
I
ABC
da
Energia
Impacto ambiental
A adequação da produção de energia elétrica ao crescimento do Brasil, visando à
autonomia, se fez pela expansão do parque
hidrelétrico, confirmando a matriz energética brasileira. No entanto, o barramento
dos rios para esse fim provocou mudanças
ambientais importantes, especialmente
porque nas usinas construídas antes de
1986, isto é, anteriores à Resolução Conama 001/86, não houve Avaliação de
Impacto Ambiental, conforme o disposto
nessa resolução, para dimensionar e orientar, à época, as ações dos empreendedores
no sentido de mitigar esses danos.
Por meio dos processos de licenciamento ambiental desses empreendimentos, os órgãos ambientais competentes solicitaram estudos e ações compensatórias,
cujo cumprimento tornou-se indispensável
à obtenção da licença ambiental e da própria licença de operação de uma hidrelétrica. Assim, seja em empreendimentos
novos ou nos anteriores a essa resolução
do Conama, o compromisso ambiental
passou a fazer parte do negócio.
Principais hidrelétricas do País
USINA
Rio
Potência
instalada (MW)
Itaipu
Rio Paraná
14.000
Tucuruí
Rio Tocantins
8.370
Ilha Solteira
Rio Paraná
3.444
Xingó
Rio São Francisco
3.162
Santo Antônio
Rio Madeira
3.150
Paulo Afonso IV
Rio São Francisco
2.462
Itumbiara
Rio Paranaíba
2.082
São Simão
Rio Paranaíba
1.710
Foz do Areia
Rio Iguaçu
1.676
Jupiá
Rio Paraná
1.551
Porto Primavera
Rio Paraná
1.540
(operação parcial)
Itaparica (Luiz Gonzaga) 1.479
Rio São Francisco
Itá
Rio Uruguai
1.450
Marimbondo
Rio Grande
1.440
Duke Energy Brasil
I
7
O setor elétrico
Na complexa rede de instituições e agentes que desempenham diferentes funções no setor
elétrico brasileiro, há os agentes de geração, transmissão e distribuição, cada qual com
suas obrigações. Todas as companhias atuam por meio de concessões ou autorizações
válidas por um período pré-determinado, e se submetem à coordenação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e à regulamentação feita por instituições como Aneel
(Agência Nacional de Energia Elétrica) e ANA (Agência Nacional de Águas). A produção e
a transmissão ocorrem de forma interligada pelo SIN (Sistema Interligado Nacional), que
atende cerca 98% do consumo da eletricidade do País.
Importante ressaltar que é praticamente impossível armazenar eletricidade: ela precisa ser consumida assim que gerada. Como a demanda sofre alterações ao longo do ano,
da semana e mesmo no decorrer do dia, é preciso manter sempre o equilíbrio entre a produção e o consumo, equiparando oferta e demanda, ainda que o sistema apresente reduções na capacidade de geração ou transmissão, decorrentes de ações programadas, como
as de manutenção, ou de eventos fortuitos, como a queda de uma linha de transmissão.
Daí a importância de se gerar e transmitir de maneira coordenada, visando à estabilidade
e confiabilidade do sistema.
A reestruturação institucional do setor elétrico brasileiro, realizada no período
de 1995 a 2002,previa a separação das atividades de geração, transmissão,
distribuição e comercialização, devendo as atividades de geração e comercialização
serem exercidas em caráter competitivo. A competição dar-se-ia de forma gradual,
cabendo à Aneel, durante o período de 1998 a 2002, homologar os
montantes de energia e demanda de potência a serem contratados,
e regular as tarifas correspondentes.
Fonte: Aneel
8
I
ABC
da
Energia
Geração, transmissão, distribuição
Em 2010, pela primeira vez o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) incluiu a investigação do fornecimento de energia elétrica para toda a população brasileira. Resultado: verificou ser esse o mais abrangente dos serviços domiciliares do Brasil,
com cobertura 97,8%. Para que essa energia chegue a cada localidade e consumidor, um
longo caminho é percorrido a partir das usinas geradoras.
No caso das hidrelétricas, a fronteira entre a geração e a transmissão é a subestação
que fica contígua às instalações da usina. A partir daí, a energia elétrica segue pela rede
de transmissão, já sob responsabilidade das companhias transmissoras. Devido às dimensões continentais do Brasil, essa rede tem mais de 100 mil quilômetros de extensão, e é
por meio dela que a energia elétrica chega às subestações situadas nas cidades, em todas
as regiões do País. Nesse ponto, o papel passa a ser das distribuidoras, que recebem a
energia elétrica das companhias de transmissão para cumprir a última etapa da viagem,
entregando-a aos consumidores.
Neste processo, as ações de atendimento e de correção, em caso de falhas, ficam
bem separadas e caracterizadas – por exemplo, a parada de uma turbina diz respeito à
usina, já uma queda na linha é da alçada da transmissora, enquanto que uma queda de
energia causada por problema em um transformador da área urbana, da distribuidora.
Os órgãos de coordenação e regulamentação do setor acompanham de perto o trabalho,
agindo preventiva e corretivamente, visando aos melhores resultados.
Duke Energy Brasil
I
9
O caminho
Da usina até o consumidor, a energia elétrica muda o nível de tensão
Geração
A energia el
étrica sai do
gerador com
14 mil Volts
a tensão en
(dependend
tre 7mil e
o de sua dim
ensão/projeto
).
Transmiss
ão
Na subestaçã
o, é preciso
elevar o nív
energia trafe
el de tensão
gue pelos ca
para que a
bos de alta
pelos transf
vo
ltagem. A e
ormadores,
levação é fe
e a energia
ita
de transmis
elétrica trafe
são com ten
g
a
p
e
la
re
d
são nomina
e
l acima de 2
30 Kv.
Distribuiç
ão
É preciso re
baixar o nív
el de tensão
os cabos urb
para o consu
anos têm en
mo, sendo q
tre 11,5 e 1
ue
rebaixada p
4
m
il
V
o
or meio de
lt
s.
A
te
n
são é
um sistema
transformad
de fios, post
ores, e cheg
e
s
e
a aos consu
três tipos de
midores. Na
consumidore
s cidades há
s:
re
si
d
e
Cada qual ir
ncial, come
rcial e indu
á se conecta
strial.
r com a red
utilizar a ten
e
u
rb
a
n
a
, de modo a
são para o se
u tipo de co
caso das resi
nsumo: 127
dências e co
/220 volts n
m
é
o
rc
io
, e de 380
as indústria
até 440 para
s (faixa de vo
ltagem mais
usual).
10
I
ABC
da
Energia
Foto: arquivo DE
A
SAIB
AIS
M
TENSÃO
Unidade: Volt
(equivale à tensão que aplicada a um
condutor de 1 ohm de resistência,
faz fluir uma corrente de 1 ampère)
Abreviação: V
Múltiplos e submúltiplos: 1
1
1
1
microvolt (µV) = 0,000 001 V ou 1 milionésimo de volt
milivolt (mV) = 0,001 V ou 1 milésimo de volt
quilovolt (kV) = 1.000 V
megavolt (MV) = 1.000.000 V
Duke Energy Brasil
I
11
Agentes que regulam, fiscalizam e coordenam
ANA
ANEEL
(Agência Nacional de Águas)
(Agência Nacional de Energia Elétrica)
A Agência criada pela Lei nº 9.984, em 17
Autarquia em regime especial, vinculada ao
de julho de 2000, é uma autarquia sob regi-
Ministério de Minas e Energia, a Aneel foi
me especial, com autonomia administrativa
criada pela Lei nº 9.427 de1996. A agência
e financeira, vinculada ao Ministério do Meio
tem as atribuições de: regular e fiscalizar a
Ambiente e conduzida por uma Diretoria Co-
geração, a transmissão, a distribuição e a co-
legiada.
mercialização da energia elétrica, atendendo
A ANA atua na função de reguladora do
reclamações de agentes e consumidores,
uso da água bruta nos corpos hídricos de do-
com equilíbrio entre as partes e em beneficio
mínio da União e tem a atribuição de coor-
da sociedade; mediar os conflitos de interes-
denar a implementação da Política Nacional
ses entre os agentes do setor elétrico e entre
de Recursos Hídricos, cuja principal carac-
estes e os consumidores; conceder, permitir
terística é garantir a gestão democrática e
e autorizar instalações e serviços de energia;
descentralizada dos Recursos Hídricos.
garantir tarifas justas; zelar pela qualidade
Ao longo de sua primeira década, ANA
do serviço; exigir investimentos; estimular a
foi incorporando novas funções e passou a
competição entre os operadores; e assegurar
regular também os serviços de irrigação em
a universalização dos serviços.
regime de concessão e de adução de água
A missão da Aneel é proporcionar condi-
bruta em corpos d’água da União. Além dis-
ções favoráveis para que o mercado de ener-
so, com a aprovação da Lei nº 12.334, de
gia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre
20 de setembro de 2010, que estabelece
os agentes e em benefício da sociedade. Des-
a Política Nacional de Segurança de Barra-
se modo, tem a responsabilidade de fixar as
gens, a ANA passou a ser a responsável pela
tarifas de energia elétrica de forma a promo-
fiscalização da segurança das barragens por
ver a modicidade tarifária na defesa do inte-
ela outorgadas, em geral barramentos para
resse público e o equilíbrio econômico-finan-
usos múltiplos, e pela criação e constituição
ceiro dos agentes que prestam os serviços de
do Sistema Nacional de Informações sobre
energia. Fontes: sites Ministério de Minas e Energia e Aneel
Segurança de Barragens.
12
I
ABC
da
Energia
Fonte: Site ANA
ONS
(Operador Nacional do Sistema Elétrico)
Sob a fiscalização e regulação da Aneel, a
pode solicitar maior geração a uma usina
operação do sistema elétrico brasileiro, de-
devido a uma restrição no sistema de trans-
nominado SIN (Sistema Interligado Nacio-
missão ou porque contém mais água em seu
nal) – considerado o maior do mundo –, é
reservatório e, assim, poupando outra, com
coordenada pelo ONS, órgão que atua dia-
o nível do reservatório baixo.
riamente junto à operação das hidrelétricas
A orientação às hidrelétricas do quan-
do País, de forma integrada, já que o sistema
to gerar é feita diariamente, por despacho
elétrico brasileiro é interligado e a energia
do ONS, com vistas não somente à situa-
gerada em uma região pode abastecer outra
ção daquele dia ou período, mas também
área do Brasil, graças às redes de linhas de
à situação de médio e longo prazo, afinal,
transmissão de energia elétrica.
o País precisa continuamente de energia.
O ONS faz a coordenação geral da ope-
Como tem essa visão geral, o ONS despacha
ração do sistema elétrico brasileiro visando
as usinas termelétricas para complementar
garantir a produção e a transmissão de ener-
a demanda de energia hidrelétrica, sempre
gia suficiente para atender à demanda, com
que necessário, buscando segurança e esta-
a melhor gestão possível. Enquanto cada
bilidade para o sistema.
concessionária enxerga a sua usina, parque
O ONS é uma pessoa jurídica de direi-
gerador ou o seu sistema de transmissão, o
to privado, sob a forma de associação civil,
ONS trabalha olhando para o conjunto, bus-
sem fins lucrativos, criado em 26 de agosto
cando o equilíbrio e a segurança para a ope-
de 1998, pela Lei nº 9.648/98, com as alte-
ração do sistema. Dessa forma, por exem-
rações introduzidas pela Lei nº 10.848/04,
plo, durante a fase de planejamento, o órgão
e regulamentado pelo Decreto nº 5.081/04.
Sua política é tratar os direitos e deveres dos
agentes igualmente, sem privilégio ou detrimento para empresas estatais ou privadas,
visando sempre obter o melhor desempenho
do sistema energético brasileiro.
Duke Energy Brasil
I
13
Compensação Financeira pela Utilização dos
Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica
Às hidrelétricas, cabe uma compensação financeira à sociedade pelo uso dos recursos
hídricos, sendo que a Aneel gerencia a arrecadação e a distribuição deste montante entre
os beneficiários: Estados, municípios e órgãos da administração direta da União.
A Constituição Federal de 1988 instituiu, em seu parágrafo 1º, artigo 20, a Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia
Elétrica, garantindo uma participação nos resultados dessa exploração a Estados, Distrito
Federal e municípios impactados pela construção e operação de usinas hidrelétricas. De
acordo com o Comase (Comitê Coordenador das Atividades de Meio Ambiente do Setor
Elétrico), do Ministério de Minas e Energia, o objetivo foi assegurar que as regiões se adequassem às mudanças econômicas, sociais e ambientais ocorridas a partir da implantação
e da operação de uma usina hidrelétrica.
A Lei Federal no 7990, criada em 1989 para atender o disposto na Constituição,
estabeleceu o valor de 6,0% da energia produzida a ser recolhido a título dessa Compensação Financeira. No ano seguinte, a Lei Federal no 8001 definiu a forma de distribuição
do pagamento, utilizando a área inundada por reservatório como critério para promover a
participação dos municípios.
Com a criação da ANA (Agência Nacional de Águas), em 2000, o valor da Compensação Financeira foi ampliado para 6,75%, sendo que o Ministério do Meio Ambiente
passou a receber 0,75% para investimentos na Política Nacional de Recursos Hídricos e
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Os demais 6% da Compensação Financeira são distribuídos: 45% para os Estados, 45% para os municípios, 3% para
o Ministério do Meio Ambiente, 3% para o Ministério das Minas e Energia e 4% para o
Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
14
I
ABC
da
Energia
A parcela dos Estados
Pela Lei Federal no 7990/1989, os Estados devem destinar 25% de sua parcela aos seus
municípios e não podem aplicar tais recursos em pagamento de dívidas e no quadro permanente de pessoal. Porém, a Lei Federal no 10195, de 2001, permite o uso dos recursos
para pagar dívidas com a União e suas entidades, bem como para fins de capitalização de
fundos de previdência.
É importante a participação da sociedade civil e das Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas Estaduais para disciplinar e aperfeiçoar a aplicação desses recursos.
O objetivo é assegurar que, na prática, a Compensação Financeira seja um instrumento
econômico de gestão ambiental, contribuindo efetivamente para o desenvolvimento local,
com foco nas questões socioambientais diretamente relacionadas à presença dos empreendimentos hidrelétricos.
O caso paulista
O Estado de São Paulo foi pioneiro ao elaborar sua Política de Recursos Hídricos (Lei
Estadual no 7663/91), pela qual constituiu 21 Comitês de Bacias Hidrográficas divididos
por seu território. A gestão dos Comitês se embasa na Lei Estadual no 7663/91, tendo
como principais instrumentos o Plano Estadual de Recursos Hídricos e o Plano de Bacia
Hidrográfica.
Para a gestão ambiental integrada da bacia hidrográfica, os Comitês têm apoio financeiro do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), que por sua vez recebe 70%
dos recursos da Compensação Financeira que são destinados ao Estado de São Paulo.
Os outros 30% vão para o Fundo de Expansão da Agropecuária e Pesca. Dessa forma, as
hidrelétricas, contribuem consideravelmente na manutenção do Fehidro e, por meio dele,
para a gestão ambiental integrada das bacias hidrográficas. Contribuem, ainda, para a
Política Estadual de Recursos Hídricos e o Fundo da Expansão da Agropecuária e Pesca.
Duke Energy Brasil
I
15
A geração de energia hidrelétrica
As principais partes de uma usina hidrelétrica
Reservatório
Bacia à Montante
Tomada d’água
Barragem
Subestação
Geradores
Vertedouro
Canal de Fuga
Bacia jusante
UHE Chavantes, no rio Paranapanema
16
I
ABC
da
Energia
A usina hidrelétrica é constituída de uma barragem para represar as
águas do rio e criar um desnível, sendo que acima da barragem (ou
à montante, na linguagem técnica) fica o reservatório. Para a geração da energia elétrica, a água represada é conduzida – via tomada
d’água – diretamente a uma turbina hidráulica (as turbinas ficam na
casa de força, situada logo abaixo), de modo que essa turbina gira
transformando a energia hidráulica em mecânica. Acoplado ao eixo
da turbina está um gerador elétrico, que converte a energia mecânica
em energia elétrica.
Por meio do canal de fuga, a água utilizada na geração (que
já movimentou a turbina) retorna ao rio logo abaixo da barragem (à
jusante). No caso de haver outras hidrelétricas situadas rio abaixo,
essa água estará novamente disponível para a geração dessas usinas.
Na barragem há um vertedouro, que nada mais é que um canal
para escoar a água do reservatório diretamente no rio (à jusante). A
água vertida não é utilizada na geração daquela usina, e o vertimento
serve para controlar o nível do reservatório. Trata-se, no entanto, de
uma água que estará disponível para a geração de outras hidrelétricas abaixo, na cascata.
Perto da casa de força há a subestação, que recebe a energia
Foto: arquivo DE
dos geradores. Após sucessivos processos de transformação e transmissão, essa energia chega até os consumidores finais: residências,
indústria, comércio, iluminação pública, etc.
Duke Energy Brasil
I
17
Corte esquemático de uma usina hidrelétrica
Uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica)
tem potência instalada de até
30MW (megawatts), enquanto uma
UHE (Usina Hidrelétrica) tem potência
Foto: Adriano Gambarini
maior do que 30MW.
PCH Palmeiras
18
I
ABC
da
Energia
Detalhe da turbina
A
SAIB
AIS
M
A energia é medida em POTÊNCIA
Unidade: watt (equivale a produção de 1 joule por segundo)
Abreviação: W
Múltiplos e
submúltiplos: 1 Gigawatt (GW) = 1.000.000.000 W
1 Megawatt (MW) = 1.000.000 W
1 quilowatt (kW) = 1.000 W
1 miliwatt (mW) = 0,001 W ou 1 milésimo de watt
1 microwatt (µW) = 0,000 001 W ou 1 milionésimo de watt
1 nanowatt (nW) = 0,000 000 001 W ou 1 bilionésimo de watt
1 picowatt (pW) = 0,000 000 000 001 W ou 1 trilionésimo de watt
Duke Energy Brasil
I
19
Uma vez produzida, a energia elétrica
não é armazenável. Assim, deve
haver um constante equilíbrio entre
a geração e a demanda, de modo
a atender as variações de consumo
ao longo do dia, da semana,
e nos diferentes períodos do ano.
A demanda das 10h é diferente da
das 18h, no domingo é diferente
da segunda-feira, um Reveillon exige
mais energia do que um Dia das
Mães, o verão, do que o inverno, etc.
20
I
ABC
da
Energia
Foto: istockphoto
Em tempo real
O planejamento da operação
O objetivo geral do planejamento é a confiabilidade do sistema elétrico, proporcionando
um padrão de qualidade para os consumidores. Assim, um plano de geração é feito para
cada dia do ano, porém levando-se também em conta o cenário de médio e longo prazo,
visando à melhor gestão possível da água e à garantia da continuidade do abastecimento.
Cada companhia realiza o planejamento da operação de sua usina ou parque gerador
para o dia seguinte, analisando variáveis como nível de reservatório e disponibilidade das
turbinas (pode haver, por exemplo, equipamento parado para manutenção). Esse plano de
geração é submetido ao ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que irá validar ou
ajustar, conforme as necessidades do sistema elétrico interligado.
Como o ONS coordena o conjunto das hidrelétricas, ele pode solicitar mais geração
em uma usina, sabendo que outra, por qualquer motivo, terá sua geração reduzida. É a
partir do planejamento de despacho consolidado pelo ONS que cada usina irá gerar ao
longo do dia. No entanto, tratando-se de um contexto dinâmico, em tempo real vão sendo
executados os ajustes necessários, conforme o comportamento do sistema. Sendo assim,
vale ressaltar que uma hidrelétrica gera sempre conforme estritos critérios técnicos, e sob
coordenação contínua do ONS.
Duke Energy Brasil
I
21
Os tipos de reservatórios
Verificada a viabilidade técnica de se fazer o aproveitamento hidrelétrico de um rio ou de
um trecho de rio, o projeto identifica o tipo de reservatório a ser construído. Os reservatórios podem ser de acumulação ou fio d’água, e entre as diferenças de ambos estão a capacidade de armazenar água e a faixa de variação do nível. Na cascata do Paranapanema, os
dois reservatórios na cabeceira – Jurumirim e Chavantes – são de acumulação, bem como
Capivara, mais ao centro da cascata. Graças a esses reservatórios, é possível regularizar a
vazão do Rio Paranapanema em épocas de cheia e seca.
Acumulação
Fio d’água
22
I
ABC
da
Energia
Foto: Adriano Gambarini
Mínimo
Volume
Nível
4.816 hm3
321 m
Máximo
Reservatório de acumulação - UHE Jurumirim
10.541 hm3
334 m
Usina Hidrelétrica
Reservatório de Acumulação
Por possuir maior profundidade e ampla área
alagada, funciona como uma espécie de grande
caixa d’água, podendo apresentar variações de
nível da água bastante acentuadas, de até 13
metros. Seu nível baixa no período seco, abrindo espaço para coletar e armazenar as águas no
período de chuvas, regularizando, assim, cheias
e secas no rio Paranapanema. A água coletada
garante a demanda de geração durante o período de estiagem. Nessa categoria estão as UHE
Jurumirim, UHE Chavantes e UHE Capivara.
Duke Energy Brasil
I
23
Usina Hidrelétrica
Reservatório de Fio D’água
É um represamento sem capacidade de acumulação, ou seja, a água que chega tem de sair. Em
geral, tanto suas áreas alagadas quanto sua profundidade são moderadas. Dessa categoria fazem
parte todas as demais hidrelétricas do Paranapanema: UHE Salto Grande, UHE Canoas I, UHE
Foto: Adriano Gambarini
Canoas II, UHE Taquaruçu e UHE Rosana.
Volume
Nível
Mínimo
Máximo
179 hm3
210 hm3
350 m
Reservatório Fio D´Água - UHE Canoas II
351 m
A
SAIB
AIS
M
24
I
ABC
da
Energia
Vazão afluente ou afluência:
é a água que chega
ao reservatório.
Vazão defluente ou defluência:
é a água que sai do reservatório
para o rio, e compreende a vazão
vertida (liberada através dos
vertedouros) e a vazão turbinada
(que foi utilizada na geração,
para mover as turbinas).
Foto: Adriano Gambarini
UHE Jurumirim
Os usos múltiplos dos reservatórios
Uma vez instalados ao longo do rio, os reservatórios das hidrelétricas passam a atender a
diversos interesses das comunidades que vivem no entorno. Portanto, extrapolam sua finalidade principal: prover as usinas da água necessária à geração de energia. É assim também
com as represas do Paranapanema, que servem ao abastecimento das cidades, irrigação
de lavouras, piscicultura, prática de esportes aquáticos e da pesca profissional e esportiva.
Não é à toa que além de fazer bem sua parte para cuidar desse patrimônio ambiental,
a Duke Energy compartilha com as comunidades essa responsabilidade, pois a disponibilidade e a qualidade das águas, e própria biodiversidade do Paranapanema, dependem da
conscientização e da ação de todos.
Turismo
Emolduradas por belezas naturais e banhadas pelos reservatórios de águas limpas, as
cidades da bacia do Paranapanema se tornaram atrativos balneários, e muitas têm hoje
no turismo sua grande vocação econômica – caso das paulistas Avaré e Piraju, e das paranaenses, Ribeirão Claro e Carlópolis.
Duke Energy Brasil
I
25
Rio
ra
Pa
ná
Mirante do
Paranapanema
Martinópolis
Euclides da Cunha
Paulista
Rosana
Sandovalina
Teodoro Sampaio
Jardim
Olinda
8
Paranapanema
Santo Antônio
do Caiuá
Terra Rica
Inajá
Taciba
Rancharia
7
Itaguajá
Estrela do Norte
Pirapozinho
Santa
Inês
Narandiba
Nantes
Lupionópolis
Santo
Inácio
Paranavaí
Iepé
6
Cruzália
Porecatu
Cafeara
Centenário
do Sul
Pedrinhas
Paulista
Florestópolis
Alvorada
do Sul
Florínia
Primeiro
de Maio
Sertaneja
Sertanópolis
Paraná
A energia do
Paranapanema
O avanço do parque energético nacional se deu com a importante contribuição do Rio Paranapanema, cujo potencial hidrelétrico foi despertado visando ao desenvolvimento paulista, e
hoje produz aproximadamente 2,4% da energia hidrelétrica que movimenta o Brasil.
Ao longo de seu curso, esse rio acidentado apresenta um desnível próximo de 600
metros. O uso de suas quedas para gerar energia elétrica teve início com a pequena usina
Paranapanema, ainda em 1936. Porém, somente em 1958, com a inauguração da usina
Salto Grande – a primeira construída pelo governo do Estado de São Paulo, num projeto arrojado, de repercussão nacional –, o Paranapanema confirmaria sua vocação de mover turbinas e alavancar o progresso. Hoje, suas águas alimentam 11 hidrelétricas – oito delas,
sob concessão da Duke Energy –, produzindo energia limpa e renovável para os brasileiros.
O Rio Paranapanema
Entre os principais afluentes do Rio Paraná, o Rio Paranapanema nasce na Serra de Paranapiacaba, no município de Capão Bonito, e cortando o território paulista, no sentido leste-oeste,
marca a divisa natural entre os Estados de São Paulo e Paraná, a partir da foz do Rio Itararé,
por 330 quilômetros.
Seu curso, de 930 quilômetros de extensão, pode ser dividido em três grandes trechos:
l Baixo Paranapanema: 421 km de extensão (da foz, no Rio Paraná, até Salto Grande)
l Médio Paranapanema: 328 km de extensão (de Salto Grande até a confluência do Rio Apiaí-Guaçu)
l Alto Paranapanema: 180 km de extensão (da confluência do Rio Apiaí-Guaçu até as nascentes)
26
I
ABC
da
Energia
Leópolis
São Paulo
Pedrinhas
Paulista
Cândido
Mota
Palmital
5
Ibirarema
Salto Grande
3
4
Itambaracá
Andirá
Ourinhos
Cambará
Bernardino
de Campos
Santa
Mariana
Chavantes
Cerqueira
César
Ipaussu
2
Jacarezinho
Avaré
Arandu
Timburi
Itatinga
Piraju
Ribeirão
Claro
1
Trejupá
Fartura
Angatuba
Paranapanema
Carlópolis
Bacia do
Paranapanema
Taguaí
Itaí
Taquarituba
Siqueira
Campos
Salto do
Itararé
Barão
de
Antonina
Coronel
Macedo
Itaporanga
Ocupando uma área de
106 mil quilômetros quadrados,
a Bacia do Paranapanema
abrange 247 municípios
(115 paulistas e 132 paranaenses),
que somam aproximadamente
4,8 milhões de habitantes.
Santana
do Itararé
Nela estão instalados seis
Comitês Estaduais de Bacias
Hidrográficas, sendo:
Em São Paulo:
l Comitê da Bacia Hidrográfica
do Alto Paranapanema
l Comitê da Bacia Hidrográfica
do Médio Paranapanema
l Comitê da Bacia Hidrográfica
do Pontal do Paranapanema
No Paraná:
l Comitê do Norte Pioneiro
(Paranapanema 1 e Paranapanema 2)
l Comitê do Piraponema (Pirapó,
Paranapanema 3 e Paranapanema 4)
l Comitê do Rio Tibagi
Usinas da Duke Energy
1 UHE Jurumirim
2 UHE Chavantes
3 UHE Salto Grande
4 UHE Canoas I
5 UHE Canoas II
6 UHE Capivara
7 UHE Taquaruçu
8 UHE Rosana
A partir da iniciativa dos Estados do Paraná
e de São Paulo junto ao CNRH (Conselho
Nacional de Recursos Hídricos), em junho de
2012 foi criado o Comitê de Bacia Hidrográfica
do Rio Paranapanema, por meio de Decreto
Presidencial. O principal desafio do novo
Comitê é promover a gestão dos recursos
hídricos de forma integrada e compartilhada
entre os dois Estados, com o apoio técnico
da ANA (Agência Nacional de Águas).
Sua plenária será composta por 50 membros
titulares e respectivos membros suplentes,
com representantes: da União (2); Estados
(10), municípios (6), usuários de Recursos
Hídricos (20), entidades civis de Recursos
Hídricos (11) e comunidades indígenas (1).
Na primeira composição do Comitê
(2012-2016), a Duke Energy é membro titular.
Duke Energy Brasil
I
27
A Duke Energy chega ao Brasil
Hoje somos a maior empresa do setor de energia elétrica dos Estados Unidos. A companhia também expandiu suas atividades para a América Latina, onde mantém operações na
Argentina, Chile, El Salvador, Equador, Guatemala e Peru, além do Brasil – maior investimento da Duke Energy fora dos EUA.
Em julho de 1999, a empresa adquiriu a Companhia de Geração de Energia Elétrica
Paranapanema, a primeira geradora de energia da Cesp (hoje Companhia Energética de
São Paulo, à época, Centrais Elétricas de São Paulo) transferida para a iniciativa privada.
Nascia a Duke Energy International Geração Paranapanema, com atuação baseada em
duas frentes de negócios: geração e comercialização de energia elétrica.
Desde então, a companhia investe na modernização e automação de suas usinas e
mantém um rigoroso programa de manutenção, para gerar energia elétrica de forma segura e confiável. Reconhecida no mercado pela alta taxa de disponibilidade, a Duke Energy
se tornou referência no Brasil pela excelente performance operacional, bem como pela
qualidade de sua gestão ambiental e do relacionamento com as comunidades vizinhas aos
seus empreendimentos.
Em nosso país, a Duke Energy é controladora da Duke Energy International Geração
Paranapanema, concessionária de oito usinas hidrelétricas ao longo do rio Paranapanema, e
da DEB - Pequenas Centrais Hidrelétricas, responsável pela gestão de duas PCHs (Pequenas
s
o
ira
tir
Re lme
H
Pa
PC H
C
P
Centrais Hidrelétricas) localizadas no rio Sapucaí-Mirim, entre
as cidades paulistas de Guará e
São Joaquim da Barra.
çu
a aru
e
ra
n
I II
nd
sa aqu
iva
o
p
as as Gra
s
R ET
a
o
o
C
n
te
E H
E
an irim
Ca Can alto
v
H
UH U
E
a
m
S
U
E
ru
Ch
UH UH HE
E E Ju
U
H
U UH
Juntas, as duas operações contam com 2.274MW
de capacidade total instalada.
Atualmente, 100% da energia elétrica gerada pela Duke
Energy no Brasil é de fonte hidrelétrica. Nos últimos anos,
Localização
das usinas
28
I
ABC
da
Energia
a empresa produziu em média
12,5 milhões de MWh/ano,
energia suficiente para sustentar uma cidade com cerca de 26 milhões de habitantes
durante um ano*.
Os procedimentos de manutenção e operação adotados pela empresa, aliados a uma
política de investimentos em modernização de equipamentos e sistemas, colocam a Duke
Energy Brasil entre as companhias que possuem um dos melhores indicadores de desempenho operacional do setor de geração de energia elétrica.
*Dados calculados com base no consumo médio residencial no Brasil de 160 KWh/mês.Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (EPE) – Anuário Estatístico 2011
Capital humano
Há cerca de 10 anos, a Duke Energy figura no ranking das melhores empresas para se
trabalhar no Brasil, organizado pelo Instituto Great Place to Work, e em 2013 atingiu a
sua melhor marca: a de 4ª melhor empresa para se trabalhar no Brasil.
O Great Place to Work avalia aspectos como processos internos, desenvolvimento profissional, celebrações de conquistas, compartilhamento de bons resultados e camaradagem,
por meio não somente de coleta de informações junto das empresas, mas principalmente de
pesquisa confidencial realizada com os próprios empregados. Dessa forma, quem trabalha
na Duke Energy é que define a empresa como uma das melhores para se trabalhar no País
Foto: Kelly Sato
– um reconhecimento à cuidadosa gestão de pessoas praticada pela companhia.
Trabalhador - UHE Chavantes
Duke Energy Brasil
I
29
Licenças Ambientais de Operação
Ao assumir a concessão dos empreendimentos, em 1999, 31% do parque gerador da
Duke Energy possuíam Licença de Operação (LO) vigente, e os demais 69% estavam em
processo de regularização.
Atualmente, a empresa possui as licenças ambientais para operar todas as suas usinas e vem conquistando, nas renovações dessas licenças, prazos superiores aos obtidos
inicialmente. Esses prazos passaram de quatro para seis anos, e hoje alcançam 10 anos.
A hidrelétrica Salto Grande, por exemplo, conquistou sua primeira LO em 2004, após
46 anos de operação, por um prazo de 10 anos, graças à eficiência operacional e ao êxito
de sua gestão ambiental. Assim também ocorreu com a usina Jurumirim, que em 2012
recebeu licença de 10 anos.
Isso se deve à boa condição ambiental desses empreendimentos, decorrente da implantação e condução dos programas ambientais pela Duke Energy, e da articulação com
as comunidades de entorno. Ao emitir licenças por até 10 anos, os órgãos ambientais
reconhecem e confiam na gestão responsável da companhia.
Atividades sujeitas a licenciamento
Todas as atividades, obras e empreendimentos que utilizem recursos ambientais,
considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como os capazes
sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, os quais estão,
a título de exemplo, enumerados no artigo 2º, da Res. CONAMA 01/86
e no Anexo I da Res. CONAMA 237/97.
Art. 4º, da Res. CONAMA 237/97- Compete ao IBAMA, órgão executor
do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente), o licenciamento ambiental,
a que se refere o artigo 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981,
de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito
nacional ou regional, a saber:
II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais
do País ou de um ou mais Estados; (...)
Art. 5º. Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal
o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades:
I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município
ou em unidades de conservação de domínio estadual
ou do Distrito Federal; (...)
30
I
ABC
da
Energia
Quem licencia as usinas hidrelétricas da Duke Energy
IBAMA
CETESB
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis)
(Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo)
Compete ao IBAMA o licenciamento
previsto no “caput” deste artigo, no caso
de atividades e obras com significativo
impacto ambiental, de âmbito nacional ou
regional. (Art. 10. § 4o., da Lei 6.938/81)
É a agência do Governo do Estado
responsável pelo controle, fiscalização,
monitoramento e licenciamento de
atividades que geram poluição ou
degradação ambiental, com a preocupação
fundamental de preservar e recuperar
a qualidade das águas, do ar e do solo.
Pela Lei 13.542, sancionada pelo
Governo do Estado em 2009, foi criada
a “Nova CETESB”, sendo que a agência
ambiental paulista ganhou novas
atribuições, principalmente no processo
de licenciamento ambiental no Estado.
O IBAMA emite as licenças ambientais
das hidrelétricas sob concessão da
Duke Energy que ficam na divisa dos
Estados de São Paulo e Paraná:
Chavantes, Salto Grande, Canoas II,
Canoas I, Capivara, Taquaruçu e Rosana.
A CETESB emite a licença ambiental
da usina Jurumirim – única entre
as oito hidrelétricas da Duke Energy
no Rio Paranapanema localizada somente
em território paulista.
A
SAIB
AIS
M
CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente)
Estão entre as competências do CONAMA: determinar, quando julgar
necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis
consequentes ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando
aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem como a entidades privadas,
as informações indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto
ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de
significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas
patrimônio nacional. (Art. 8o., inciso II da Lei 6.938/81,
com redação dada pela Lei 7.803/90).
Duke Energy Brasil
I
31
Foto: Adriano Gambarini
Parque Hidrelétrico
do Paranapanema
UHE Jurumirim
Com início em 1956, suas obras representaram um importante
passo para o desenvolvimento em toda a área de influência do rio.
Nessa época, a região do Médio Paranapanema recebia energia
elétrica de pequenas hidrelétricas ou de geradores das próprias
prefeituras, que funcionavam poucas horas por dia. Inaugurada a
usina, várias cidades da região passaram ao abastecimento regular de energia elétrica.
A estrutura de Jurumirim permite a geração de 100,9 MW
para o sistema energético brasileiro, e a barragem, que levou regularização ao Paranapanema, tornou possível a operação da Usina Salto Grande em todo o seu potencial. Com um reservatório
de 7,2 bilhões de m³ de água e 449 Km² de área inundada, hoje
a barragem de Jurumirim é peça-chave no aproveitamento da
região do Médio Paranapanema.
32
I
ABC
da
Energia
Localização:
próxima das cidades
de Piraju (SP)
e Cerqueira César (SP)
Conclusão:
1962
Turbinas:
2 tipo Kaplan
Potência:
100,9 MW
Área do Reservatório:
449 Km²
Perímetro:
1.286 Km
Foto: Adriano Gambarini
UHE Chavantes
Um dos mais importantes aproveitamentos do Rio Paranapanema, com 414 MW de potência instalada, a usina Chavantes foi
iniciada em 1959 e teve seu primeiro grupo gerador em operação
em 1970. Sua barragem proporciona o armazenamento de 9,4
bilhões de m³ de água, regularizando grande parte da vazão média
do rio, o que contribui para o controle de cheias e assegura irrigação e outros usos da água à região ribeirinha.
Em Chavantes está instalada a Vila Técnica, base de diversas
equipes da Duke Energy responsáveis pela manutenção e operação das usinas, condução de programas socioambientais e suporte
administrativo e tecnológico.
Localização:
próxima de Chavantes (SP)
e Ribeirão Claro (PR)
Conclusão:
1971
Turbinas:
4 tipo Francis
Potência:
414 MW
Área do Reservatório:
400 Km²
Perímetro:
1.085 Km
Nos anos 2000, a Duke Energy implantou em Chavantes o COG
(Centro de Operações da Geração). Marco no avanço tecnológico
nas usinas do Paranapanema, o COG alterou significativamente a
operação dos empreendimentos, uma vez que a empresa passou a
ter condições de supervisionar e operar remotamente, via satélite,
suas oito usinas e os respectivos reservatórios.
Duke Energy Brasil
I
33
Foto: Paulo Miguel
Parque Hidrelétrico do Paranapanema
UHE Salto Grande
O valor histórico da Usina Salto Grande é imenso, uma vez que
suas obras e posterior operação contribuíram para o desenvolvimento local, atraindo indústrias de transformação e fomentando o
transporte ferroviário. Além disso, a usina é também reconhecida
por ter participado do início da nacionalização da tecnologia hidrelétrica no Brasil.
As obras civis de Salto Grande começaram em 1951 e a inauguração ocorreu em 28 de abril de 1958, com a presença do
então presidente da República, Juscelino Kubitschek, e do governador do Estado de São Paulo, Jânio Quadros. No entanto, a usina
somente começou a operar com carga máxima em abril de 1960,
quando o último grupo gerador entrou em operação.
34
I
ABC
da
Energia
Localização:
próxima das cidades
de Salto Grande (SP)
e Cambará (PR)
Conclusão:
1960
Turbinas:
4 tipo Kaplan
Potência:
74 MW
Área do reservatório:
11,5 Km²
Perímetro:
81 Km
Foto: Adriano Gambarini
UHE Canoas II
A construção da hidrelétrica Canoas II começou em 1992. Além
de aumentar a geração de energia, muitos outros benefícios foram
levados à região por meio das obras de infraestrutura, como pontes
e estradas, que possibilitaram o escoamento da produção entre
regiões vizinhas, facilitaram o tráfego e geraram mais empregos
para a população.
Localização:
Entre Palmital (SP)
e Andirá (PR)
Canoas II – assim como Canoas I – é um típico exemplo de respeito pela natureza. Em sua concepção, optou-se pela construção
de uma hidrelétrica de menor porte, sendo possível reduzir em
mais de 40% a área de inundação de terras férteis.
Potência:
72 MW
Conclusão:
1999
Turbinas:
3 tipo bulbo
Área do reservatório:
22,5 Km²
Perímetro:
103 Km
Duke Energy Brasil
I
35
Foto: Adriano Gambarini
Parque Hidrelétrico do Paranapanema
UHE Canoas I
Canoas I é uma usina de menor porte localizada entre as usinas
Canoas II e Capivara. Juntamente com Canoas II, é uma das mais
novas hidrelétricas do Paranapanema, inaugurada em 1999, gerando 82,5 MW.
Localização:
Entre Cândido Mota (SP)
e Itambaracá (PR)
Assim como ocorre com Canoas II, Canoas I traz em seu projeto uma grande preocupação pela preservação do meio ambiente.
Diversos programas ambientais são realizados visando preservar
substancial parcela da flora e da fauna nas áreas que circundam
esses empreendimentos.
Turbinas:
3 tipo bulbo
Conclusão:
1999
Potência:
82,5 MW
Área do reservatório:
30,85 Km²
Perímetro:
120 Km
36
I
ABC
da
Energia
Foto: Jairo Campos
UHE Capivara
Maior usina do Paranapanema e uma das maiores do Brasil, com
619 MW de potência instalada, Capivara possui também o maior
reservatório ao longo do Rio Paranapanema, com 576 Km² de
área e 10,5 bilhões de m³ represados. Assim como nas hidrelétricas Jurumirim e Chavantes, trata-se de um reservatório de acumulação – grande caixa d’água que recebe e armazena no período
chuvoso as águas que no período seco garantem a continuidade
da geração e, ainda, diversos usos pelas comunidades. Por isso,
cumpre um importante papel na prevenção de cheias.
As obras de Capivara foram iniciadas em 1971 e concluídas em
1978, no entanto, o seu primeiro grupo gerador entrou em operação em 1977. O empreendimento fez parte de um novo momento
de aproveitamento hidrelétrico do Rio Paranapanema, sendo que
uma de suas grandes contribuições foi ampliar a interligação dos
sistemas elétricos regionais.
Localização:
próxima de Taciba (SP)
e Porecatu (PR)
Conclusão:
1978
Turbinas:
4 tipo Francis
Potência:
619 MW
Área do reservatório:
576 Km²
Perímetro:
1.550 Km
Duke Energy Brasil
I
37
Foto: Paulo Miguel
Parque Hidrelétrico do Paranapanema
UHE Taquaruçu
38
I
ABC
da
Localizada a 80 quilômetros de Capivara, no sentido da foz do
Paranapanema, a usina Taquaruçu é a segunda maior do rio em
capacidade de geração, sendo composta por cinco turbinas, com
potência total de 525 MW. Suas obras civis tiveram início em
1980 e sua inauguração deu-se em 1992, entrando em operação
entre 1994 e 1996.
Localização:
entre Sandovalina (SP)
e Itaguajé (PR)
Essa usina tem a importante função de controlar a vazão do
rio Paranapanema, por meio de nove comportas, por onde podem
passar um total de 18,1 mil m³ de água por segundo.
Em Taquaruçu, a Duke Energy desenvolve diversos programas
ambientais de médio e longo prazo, com o objetivo de reconstituir
a fauna e a flora originais das áreas de formação do reservatório.
Potência:
525 MW
Energia
Conclusão:
1989
Turbinas:
5 tipo Kaplan
Área do reservatório:
80,1 Km²
Perímetro:
301 Km
Foto: Paulo Miguel
UHE Rosana
Localizada no Pontal do Paranapanema, Rosana é a última usina
do Paranapanema, encontrando-se no ponto mais próximo da foz
do rio, quando suas águas juntam-se àquelas vindas do Rio Paraná. Sua construção começou em julho de 1980, e mesmo com as
dificuldades econômicas que afetaram as obras das hidrelétricas à
época em construção, Rosana prosseguiu em ritmo normal.
Localização:
entre Rosana (SP) e
Diamante do Norte (PR)
A montagem da usina foi escalonada. Em 1987, o primeiro
grupo gerador entrou em operação, ampliando a capacidade do
sistema em 88,5 MW. Os demais grupos foram instalados anos
depois, em 1994 e 1996, quando as obras de implantação da
usina foram concluídas e a potência total chegou a 354 MW, em
seus quatro grupos geradores.
Potência:
354 MW
Conclusão:
1987
Turbinas:
4 tipo Kaplan
Área do reservatório:
220 Km²
Perímetro:
433 Km
Duke Energy Brasil
I
39
Foto: arquivo DE
Memória das usinas
História das usinas da Duke Energy no Brasil
Quem quiser saber mais sobre a história das usinas da Duke Energy, pode acessar o projeto Memória Duke Energy (www.memoriaduke.com.br), que conta a trajetória da empresa
no Brasil e disponibiliza todo o conteúdo das pesquisas e depoimentos que embasaram o
resgate histórico dos oito empreendimentos sob sua concessão no Rio Paranapanema. Os
visitantes conhecem o acervo de fotos de diversos momentos de cada unidade, além dos
preciosos depoimentos de aposentados e trabalhadores atuais das usinas.
40
I
ABC
da
Energia
Programa de Visitação
A Duke Energy abre suas oito usinas para receber estudantes dos ensinos fundamental,
médio e universitário, bem como grupos vinculados a instituições governamentais e não
governamentais.
Conduzidos por monitores especialmente treinados e seguindo a um roteiro técnico,
os visitantes têm a oportunidade de conhecer o funcionamento de uma hidrelétrica, da
sala de comando e turbinas, até a barragem, e ficar por dentro dos programas ambientais
da companhia.
As visitas, previamente agendadas pelo site www.duke-energy.com.br, são mais uma
forma de integração com as comunidades que cercam os empreendimentos da Duke Energy no Rio Paranapanema. Desde 2001,quando o Programa de Visitação foi iniciado, até o
Foto: arquivo DE
final de 2012, mais de 90 mil pessoas participaram.
Programa de Visitação
Duke Energy Brasil
I
41
A Área de Operações
Cuidar das hidrelétricas da Duke Energy de modo a assegurar o processo de geração de
energia com segurança e eficiência: em síntese, essa a missão da área de Operações da
companhia. Na prática, os profissionais desempenham uma enorme gama de tarefas para
administrar e operar barragens, casas de máquinas (que abrigam o parque gerador, com
turbinas, geradores, transformadores, etc), salas de comando (de onde se realiza, em
tempo real, a operação local de uma usina), além da manutenção dos equipamentos e
instalações presentes no parque industrial. Todas as oito hidrelétricas da Duke Energy são
permanentemente assistidas por funcionários que trabalham em escala de revezamento
24 horas por dia, nos sete dias da semana.
A Operação da Duke Energy é baseada em normas e procedimentos que a empresa
tem que atender, por obrigação contratual, e é auditada pela Aneel. As oito usinas são
periodicamente fiscalizadas por técnicos da Superintendência de Fiscalização dos Serviços
de Geração dessa agência, num processo que verifica a adequação à legislação vigente
e aos itens do contrato de concessão, principalmente nas questões relativas aos procedimentos de operação, manutenção da infraestrutura e segurança de barragens.
COG (Centro de Operação da Geração)
Localizado na usina Chavantes, o COG supervisiona e telecomanda remotamente, em
tempo real, a operação das oito usinas da Duke Energy no Paranapanema – de Jurumirim
até Rosana–, acompanhando a variação de tensão e do nível dos reservatórios, e executando comandos de ajustes de geração nas unidades geradoras (manobras em equipamentos
e partida e parada das unidades). A partir de informações de dados da rede hidrométrica,
transmitidas via satélite, acompanha o volume de água que está afluindo pelos rios e
quanto chegará aos reservatórios. Esses dados de entrada permitem o planejamento antecipado do controle de saída de água de cada reservatório.
O COG da Duke Energy engloba as áreas de:
Planejamento da Operação: que realiza a programação de geração e de defluência
(saída de água dos reservatórios) para o dia seguinte, em conjunto com o ONS;
Pré-operação: prepara toda documentação operativa necessária para a
manutenção nos equipamentos das usinas;
Tempo real: executa a geração de acordo com o plano, promove as alterações de geração
solicitadas pelo ONS e coordena a liberação de equipamentos para a manutenção;
Pós-operação: analisa os resultados da operação.
42
I
ABC
da
Energia
Previsões meteorológicas
Graças aos investimentos em novas tecnologias, a Duke Energy obtém previsões de chuvas e de vazão do Rio Paranapanema com até sete dias de antecedência. Com essa antecipação, através da gestão dos níveis de armazenamento dos reservatórios de acumulação
é possível atuar no controle de vazões maiores no rio e, caso elas ocorram, antecipar
providências, minimizando possíveis impactos às comunidades.
Por meio de seus 40 postos hidrométricos instalados em diversos pontos da Bacia
do Paranapanema, a companhia colhe informações de vazões e de chuvas ocorridas. As
previsões de chuvas são obtidas junto aos centros de meteorologia do CPTEC (Centro de
Previsões de Tempo e Estudos Climáticos) do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais), do
Ministério de Ciência e Tecnologia, Simepar (Instituto Tecnológico, vinculado à Secretaria de
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná) e IPMET (Instituto de Pesquisas
Meteorológicas) vinculado à Unesp (Universidade Estadual Paulista). Os dados dos postos
hidrométricos são transmitidas via satélite ao COG, e alimentam um modelo matemático
que transforma a previsão de chuva em previsão de vazão que chegará aos reservatórios, e
Foto: istockphoto
servem a outro modelo matemático, que então simula a operação hidráulica da usina.
Satélites transmitem dados ao COG
Duke Energy Brasil
I
43
Controle de vazões
A Duke Energy, assim como os demais Agentes de Geração do Sistema Elétrico Brasileiro,
realiza continuamente o controle de vazões em seus reservatórios, a fim de manter o equilíbrio entre a água que chega (vazão afluente) e a água que sai (vazão defluente), levando em
conta os níveis de armazenamento de água considerados adequados para o período.
Esse processo, baseado em estudos diários desenvolvidos em conjunto com o ONS,
Foto: Fabiana Rodrigues
considera a previsão de chuvas (águas que chegarão ao reservatório) e previsão de geração. Nesse contexto, as comportas podem
ser abertas ou fechadas para controle de
nível do reservatório – um procedimento
operacional considerado normal e necessário.
Graças às previsões, a Duke Energy
faz a gestão dos reservatórios visando praticar vazões o menos elevadas possíveis.
Por exemplo, se há previsão para muita
chuva nos próximos dias, o vertimento
pode ser antecipado, e assim a empresa
consegue praticar vazões em níveis menores, por mais dias.
Importante ressaltar que no controle
do nível de um reservatório, o volume de
água liberada é geralmente menor que o
volume que chega. É por isso que o reservatório contribui para reduzir os impactos
das chuvas nas comunidades ribeirinhas,
visto que sem a sua presença, a vazão natural do rio seria ainda mais elevada
Vertedouro - UHE Chavantes
44
I
ABC
da
Energia
Reservatórios oferecem risco de cheias?
Muita gente fica em dúvida se a presença de um reservatório oferece risco de cheias. Entretanto, o problema não é o reservatório, mas o excesso de chuvas. Os reservatórios de acumulação, por funcionarem como grandes caixas d’água têm o importante papel de amortizar
os picos das cheias.
De 1999 a 2011, a existência do reservatório da UHE Jurumirim, aliada à gestão de
controle de cheias praticada pela Duke Energy, evitou por mais de 10 vezes possíveis danos
à UHE Paranapanema, localizada em Piraju (SP). Da mesma forma, a existência do conjunto de reservatórios Jurumirim-Chavantes evitou danos à ponte pênsil que é um patrimônio
histórico de Ribeirão Claro (PR).
Processo de vertimento
Volume de espera
É executado a partir da abertura
das comportas de um vertedouro,
com um volume de vertimento
de água baixo. Caso necessário,
o volume é elevado gradativamente,
em patamares, em acordo com
o ONS. Outro cuidado muito
importante é com relação à
abertura inicial das comportas,
que ocorre sempre que possível
durante o dia, como medida
de prevenção para com as
comunidades ribeirinhas.
Ainda por prevenção, procura-se,
sempre que possível, elevar os
níveis de vazão vertida durante
o dia e mantê-los estáveis
durante a noite.
É um procedimento de operação
adotado visando controlar as cheias
durante a estação chuvosa.
Trata-se de um espaço vazio deixado
no reservatório (ou em um sistema
de reservatórios) para amortecer os picos
das cheias. Graças a esse vazio,
o reservatório consegue receber
uma vazão elevada – que é a vazão
natural do rio, decorrente das
chuvas – e, se for necessário,
liberar uma vazão menor pelas
comportas, reduzindo os impactos
das cheias nas áreas abaixo das usinas.
A diferença entre a água que
chega e a água liberada fica
contida no volume de espera
do reservatório. Duke Energy Brasil
I
45
Sosem (Sistema de Operação em Situação de Emergência)
Nos períodos de fortes chuvas ou secas intensas, a Duke Energy mantém permanentemente
ativado o Sosem com o objetivo de avaliar, minimizar e eliminar, sempre que possível, a
ocorrência de danos e prejuízos à montante (acima da barragem) ou à jusante (rio abaixo).
Por meio do Sosem, a empresa mantém equipes prontas para agir, de forma imediata,
diante de situações de risco, atuando a partir de procedimentos e ações previamente estudados. Além de tomar as providências preventivas e corretivas indispensáveis para garantir
a integridade e a segurança das usinas hidrelétricas, o sistema considera os interesses e a
segurança das comunidades ribeirinhas.
Num trabalho de parceria, o Sosem promove reuniões com municípios para divulgar
informações e orientar entidades, autoridades e órgãos aos quais compete atuar junto às comunidades em situações de seca ou de cheia. Nesses encontros, os técnicos da companhia
esclarecem a forma da operação das usinas e de controle dos níveis dos reservatórios, para
um público formado por representantes de prefeituras, membros da Defesa Civil, Corpo de
Bombeiros, Polícia Ambiental, imprensa, e outros de interesse.
Comunicação
Em situações de cheia, a Duke Energy envia boletins diários sobre as vazões para pessoas e
instituições cadastradas. Por meio do TeleCheia (serviço 24 horas de atendimento à comunidade através do 0800 770 2428) e da seção “Fale Conosco”, no site www.duke-energy.
com.br, a empresa presta informações e esclarece dúvidas.
46
I
ABC
da
Energia
Segurança de barragens
As barragens das usinas sob concessão da Duke Energy são sistematicamente monitoradas
ao longo de sua estrutura, com acompanhamento mensal. Com base no monitoramento é
possível garantir que todas estão seguras, de acordo com o concebido em seus projetos, e
em conformidade com padrões reconhecidos internacionalmente.
A companhia realizada um intenso trabalho de controle e monitoramento das condições
das barragens, e para isso mantém um Plano de Segurança de Barragens que contempla
diversas ações para garantir a segurança desses empreendimentos.
Esse plano tem caráter abrangente, preventivo e está fundamentado em um amplo
sistema de monitoramento, controle e manutenção. São processos técnicos e de gestão bem
definidos, executados por uma equipe capacitada, a partir de recursos tecnológicos adequados e em total conformidade com as diretrizes definidas pela Aneel.
Foto: Paulo Miguel
Barragens centenárias
Vertedouro e Barragem - UHE Salto Grande
Há barragens muito antigas, com mais de 100 anos, que estão em plena operação e de
forma segura. Ou seja, quando bem projetadas, construídas e operadas, essas estruturas
ultrapassam o centenário de operação. Salto Grande e Jurumirim são bons exemplos, pois
têm mais de 50 anos e estão seguras e plenamente operacionais.
Duke Energy Brasil
I
47
Energia Armazenada e Energia Natural Afluente
No final de 2012 e início de 2013, o baixo nível dos reservatórios do sistema elétrico
nacional e suas consequências para o abastecimento do País foram amplamente repercutidos pela imprensa. O noticiário popularizou duas expressões até então praticamente
desconhecidas dos brasileiros: Energia Armazenada e ENA (Energia Natural Afluente)
– valores expressos em MW (megawatts) aos quais o setor recorre para fazer uma leitura
rápida da situação de disponibilidade de água armazenada nos reservatórios para geração
de energia, bem como da situação da vazão de um rio, de uma bacia hidrográfica ou de
um subsistema.
São dois conceitos complexos, especialmente para os leigos no setor, então provavelmente muita gente ouviu ou leu, mas não compreendeu exatamente a que se referiam. A
questão foi assim simplificada: “não é bom que esses valores estejam baixos”. Pela sua
importância, vale a pena conhecer um pouco melhor esses indicadores.
Como o setor elétrico precisa de informações precisas e resumidas, para a eficiente
gestão do sistema, utiliza energia armazenada e ENA para traduzir: (1) a situação hidrológica, (2) o estado de armazenamento, e (3) a capacidade de geração. Esses números
podem referir-se a um rio (a cascata do Paranapanema, por exemplo), ou serem extrapolados para regiões maiores até se atingir abrangência nacional, e são divulgados pelo ONS.
48
I
ABC
da
Energia
Energia armazenada
Refere-se ao cálculo da disponibilidade de água armazenada em um determinado instante, para geração de energia em um grupo de usinas hidrelétricas localizadas em um
mesmo rio, onde toda a água armazenada no primeiro reservatório do tipo acumulação
é utilizada no cálculo do montante de geração desta usina, bem como na geração das
demais usinas subsequentes, agindo-se assim, sucessivamente, até a última usina cujo
reservatório seja de acumulação. Dessa forma, a energia armazenada é expressa em MW,
dimensionando o quanto o conjunto dessas hidrelétricas poderia gerar com o volume de
água disponível naquele dado momento.
Tomando a capacidade máxima desse conjunto (quantos MW poderiam ser produzidos com 100% de volume de água armazenada), é possível saber a porcentagem de disponibilidade de água armazenada em relação à sua capacidade máxima para geração de
energia. Dessa comparação, pode-se saber, em um dado instante, que há 30% ou 40%,
por exemplo, de energia armazenada no Rio Paranapanema.
ENA
A Energia Natural Afluente, medida em MW médios, é uma forma de apresentar a situação da vazão de um rio em um dado momento. Usualmente a ENA é calculada em porcentagem para mostrar se está acima ou abaixo da média de longo termo (média mensal
do histórico dos últimos 81 anos: de 1931 a 2011). A ENA é calculada através da soma
da energia produzível pela vazão que chega ao primeiro aproveitamento de um rio, mais a
energia produzível pela vazão total que chegaria ao segundo aproveitamento do mesmo rio
sem que houvesse interferências do primeiro aproveitamento, e, assim, sucessivamente,
até o último aproveitamento.
Duke Energy Brasil
I
49
Foto: Adriano Massuchati
A Área de Meio Ambiente
UHE Chavantes
Desde o adequado tratamento de esgoto das usinas, até um programa para repovoamento
do Paranapanema com peixes de espécies nativas, que já soltou mais de 19 milhões de
alevinos em seus reservatórios, a Duke Energy desenvolve ampla gama de trabalhos com
vistas a manter a qualidade da água e a biodiversidade do Paranapanema.
Como existe uma relação direta entre água e floresta (a cobertura florestal influi na
disponibilidade da água presente no solo, bem como na qualidade da água dos reservatórios), os diversos programas de preservação e aumento da vegetação na região da Bacia
do Paranapanema, promovidos pela companhia, contribuem, sobremaneira, para a boa
qualidade da água.
Até o final de 2012, a Duke Energy contabilizava a preservação de 2,8 mil hectares
de remanescentes florestais, o reflorestamento de 6,7 mil hectares e a distribuição de mais
de 2,5 milhões de mudas de espécies nativas a proprietários rurais da região.
Esse trabalho é complementado com as ações de educação ambiental realizadas com
o apoio das prefeituras municipais e de outras entidades, como a Polícia Ambiental. Em
2012, cerca de 4.000 pessoas participaram de atividades educativas sobre meio ambiente ministradas por técnicos da Duke Energy, em parceria com as comunidades. Pelo 10º
ano consecutivo, a empresa patrocinou o evento Diálogo Interbacias de Educação Ambiental em Recursos Hídricos, promovido pelos Comitês de Bacias Hidrográficas do Estado de
São Paulo, que tem por objetivo compartilhar experiências em educação ambiental com
educadores, técnicos de órgãos públicos e estudantes.
Para a Duke Energy, a excelência na gestão ambiental, além de contemplar a natureza
e, por conseguinte, às populações, é algo inerente à sua atividade, visto que o insumo para
a produção de energia – a água – é um bem natural de imenso valor.
50
I
ABC
da
Energia
Qualidade da água
Cuidar da qualidade da água dos reservatórios das hidrelétricas que opera no Rio Paranapanema é da maior importância para a Duke Energy. Na condição de concessionária, a
companhia é responsável pelo gerenciamento ambiental de oito reservatórios que ocupam
uma área equivalente a 165 mil campos de futebol e impactam a vida das comunidades
de mais de 80 municípios paulistas e paranaenses.
A fim de que os recursos hídricos sejam usados de forma racional e de acordo com
os princípios do desenvolvimento sustentável, a Duke Energy desenvolve uma série de
programas, projetos e ações que contribuem para manter a boa qualidade das águas do
Paranapanema.
Monitoramento
O monitoramento sistemático de ecossistemas aquáticos e recursos hídricos
é essencial à avaliação da qualidade da água dos reservatórios, subsidiando
discussões e a gestão de qualidade ambiental.
Para verificar os parâmetros de balneabilidade e usos múltiplos da
água, a Duke Energy adota o IQA (Índice de Qualidade de Água), uma
metodologia que analisa um conjunto de variáveis (coliforme fecal,
clorofila a, pH, DBO, nitrogênio total, fósforo total, temperatura,
turbidez, sólidos totais, oxigênio dissolvido e fitoplâncton), e
apresenta sua média em um único número, numa tabela de
Classificação do IQA
classificação. Simples e de fácil compreensão, a tabela ao
lado possui categorias de ótima até péssima, para infor-
categoria
mar a qualidade geral da água.
Ótima
O acompanhamento físico, químico e biológico das águas dos reservatórios da Duke Energy é
atualmente realizado pela Fundibio (Fundação
do Instituto de Biociências) da Unesp (Universidade Estadual Paulista) – campus de
Botucatu.
Boa
Regular
Ruim
Péssima
P o n d e ra ç ã o
79 < IQA < 100
51 < IQA < 79
36 < IQA < 51
19 < IQA < 36
IQA < 19
Duke Energy Brasil
I
51
Classificação
As águas dos reservatórios sob concessão da Duke Energy são classificadas como
de “Boa Qualidade”, e podem ser destinadas a:
n Abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;
n Proteção das comunidades aquáticas;
n Recreação de contato primário, como natação, esqui aquático e mergulho;
n Irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos
de esporte e lazer, com os quais o público mantém contato direto;
n Aquicultura e atividade de pesca
Veja a qualidade da água nos nossos reservatórios em 2011
Jurumirim
Local Chavantes
Março Julho Outubro
Local Março Salto Grande
Julho Outubro
Local Março Julho Outubro
Município
Paranapanema
839689
Balsa Fartura
898999
Diacuí
737984
Balsa
de Itatinga
898286
Município de
Carlópolis
919199
Foz Rio Pardo
727880
Ribeirão
das Posses
898683
Ribeirão C.
Cachoeirinha
938999
Pedra Branca
827692
Avaré
939282
Montante
(Santa)
778899
Foz Rio Novo
818186
Taquari
748382
Ipaussu
889991
Barragem
797790
Barragem
878786
Barragem
919979
Canoas I
Local Março Canoas II
Julho Outubro
Local Março Capivara
Local Julho Outubro
Março Julho Outubro
Jusante do
Salto Grande
806888
Jusante do
Canoas II
647483
Foz Ruio
das Cinzas
869090
Água Vieira
Cambaré
777889
Porto Almeida
728489
Florínea
919492
Barragem
717388
Barragem
868288 Sertanópolis
Taquaruçu
Local Março P. Assis -
Rosana
Julho Outubro
Local Março Julho Outubro
Balsa Mairá
8387 92
Jusante do
Rio Pirapó
Município
Santo Inácio
8292 88
Morro do
Diabo
838483
Município
Santa Inês
8689 90
Balsa Euclides
Paulista
838493
Barragem
9091 93
Barragem
918692
838787
898688
Município de
1º de Maio
799081
Município de
Alvorada do Sul
758486
Barragem
879479
Categorias e ponderações
Ótima Boa Regular Ruim 79 a 100 51 a 79 36 a 51 19 a 36 Péssima
A boa qualidade da água tem inúmeras implicações, desde a melhoria das condições de vida dos peixes
da Bacia do Paranapanema, até facilidades e menor custo para fins de consumo humano.
Dela dependem a biodiversidade do Paranapanema e a qualidade de vida das populações ribeirinhas.
52
I
ABC
da
Energia
<19
Repovoamento do Rio Paranapanema
Dentre os programas ambientais que a
Duke Energy desenvolve na Bacia do Paranapanema, está o de Manejo Pesqueiro,
por meio do qual a empresa solta, a cada
ano, 1,5 milhão de alevinos de espécies nativas, contribuindo para manter o equilíbrio
do ecossistema e preservar a biodiversidade e a riqueza da fauna aquática, incrementando a produção pesqueira na região.
Desde 1999, quando teve início o
programa, até o final de 2012, a companhia colocou em seus reservatórios e rios
tributários mais de 19 milhões de alevinos
das espécies nativas: pacu-guaçu, curimbatá, piracanjuba, piapara, piava-três-pintas e dourado.
A escolha dessas espécies leva em
conta sua capacidade de formar populações sustentáveis, reproduzindo-se e
adaptando-se plenamente à vida no Paranapanema. Além disso, são peixes importantes para a economia e cultura de pesca
local, tanto amadora como profissional.
balho de educação ambiental realizado
pela Duke Energy nas comunidades ribei-
Foto: arquivo DE
Aliado ao repovoamento, há um tra-
rinhas, em parceria com escolas munici-
Repovoamento de peixes
pais. Os alunos recebem palestras sobre a reprodução de peixes e os benefícios ambientais e sociais do repovoamento do Paranapanema, e depois podem vivenciar a soltura dos
peixes. A empresa desenvolve, ainda, outras ações de conscientização dos habitantes da
região sobre a importância de não se realizar a pesca na piracema.
Duke Energy Brasil
I
53
A volta da piracanjuba
Um das mais belas histórias de sucesso do programa pesqueiro, a volta da piracanjuba
ao Paranapanema, desde o reservatório Jurumirim até Rosana, é motivo de orgulho para
a Duke Energy. Espécie muito exigente por qualidade ambiental, a piracanjuba – tão presente no rio até a metade do século 20 –, passou a não mais ser vista. Com as ações de
repovoamento aliadas ao programa de revegetação das margens, conduzido pela companhia, esse peixe retornou, sendo sua presença um indicador da boa qualidade ambiental
e um motivo de alegria para pescadores e comunidades ribeirinhas.
Nos reservatórios do Complexo Canoas
Assim como nos demais reservatórios das usinas sob concessão da Duke Energy, também
nos de Canoas I e II o repovoamento está ocorrendo por meio de soltura de alevinos, após
o fechamento definitivo das escadas de peixes, em 2012, autorizada pelo Ibama com base
em mais de 10 anos de estudos científicos.
Ao longo desse período, a área Meio Ambiente da Duke Energy, em parceria com
renomadas universidades, como UEL (Universidade Estadual de Londrina) e Unesp (Universidade Estadual Paulista), revisou os estudos sobre as populações de peixes anteriores
ao barramento, e promoveu novos estudos: após o enchimento dos reservatórios, de monitoramento das escadas nos períodos reprodutivos, e avaliando as populações já com as
escadas fechadas (o fechamento para a pesquisa ocorreu no final de 2008, com a autorização do Ibama, que vinha acompanhando a evolução desse trabalho).
A conclusão científica foi que as escadas do Complexo Canoas não devem ser utilizadas, em nenhum período do ano, como método de manejo reprodutivo ou reposição de
estoque das espécies, migradoras ou não, porque além de ineficazes, ainda favorecem o
declínio de população de peixes e de variabilidade genética das espécies no Rio Paranapanema, abaixo de Canoas.
Vale ressaltar que, para a Duke Energy, o fechamento não representa nenhuma economia, pois o fato das escadas estarem abertas ou fechadas não envolve recursos financeiros.
A empresa mantém o monitoramento populacional das principais espécies nos reservatórios do Complexo Canoas, para que solturas de alevinos ocorram com maior intensidade, caso haja indícios de redução populacional – uma garantia a mais para as
comunidades da região.
54
I
ABC
da
Energia
Foto: arquivo DE
Foto: Ueda Foto
Retorno de peixes é um indicador de boa qualidade ambiental
Estação de Hidrobiologia e Aquicultura
A Estação de Hidrobiologia e Aquicultura de Salto Grande, município do Sudoeste Paulista, desempenha importante papel para o repovoamento do Paranapanema com peixes de
espécies nativas. No local já foram produzidos em cativeiro quase 20 milhões de peixes
para o Programa de Manejo Pesqueiro da Duke Energy, 1,5 milhão a cada ano.
Além das espécies já trabalhadas (pacu-guaçu, curimbatá, piracanjuba, piapara,
piava-três-pintas e dourado), há pesquisas em andamento para viabilizar a produção em
cativeiro de outras que também são importantes para a biodiversidade do Paranapanema
Foto: arquivo DE
e a economia das comunidades ribeirinhas.
Estação de hidrobiologia e aquicultura em Salto Grande
O Programa Manejo Pesqueiro mantém parcerias com universidades como a
UEL (Universidade Estadual de Londrina), UEM (Universidade Estadual de Maringá),
Unesp (Universidade Estadual Paulista), UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso),
UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Duke Energy Brasil
I
55
Visitação
Localizada em uma área de 22 mil metros quadrados, ao lado da usina Salto Grande, a
Estação de Hidrobiologia e Aquicultura pode ser visitada por estudantes de ensino fundamental e médio, universitários e por grupos de organizações governamentais e não governamentais ligados à área de Meio Ambiente. As visitas são monitoradas e precisam ser
previamente agendadas pelo site www.duke-energy.com.br.
Livro “Peixes do Rio Paranapanema”
Este catálogo, em sua primeira edição, lançada em 2003, apresenta 155 espécies de peixes identificadas na Bacia do Paranapanema, compilando uma ampla pesquisa conduzida
pela área de Meio Ambiente da Duke Energy. Os estudos visaram conhecer a composição,
distribuição, biologia e relações das espécies identificadas, sendo que a coleção de referência se encontra no Museu de Zoologia da UEL.
Diante da identificação de outras espécies, pelos pesquisadores da Duke Energy, o
guia foi relançado, em 2008, em edição revisada e ampliada, que recebeu 12 novas espécies e a descrição dos trabalhos realizados na Estação de Hidrobiologia e Aquicultura
de Salto Grande.
O livro não está disponível para venda, mas pode ser encontrado em bibliotecas municipais e de escolas da região da Bacia do Paranapanema, já que a Duke Energy doou
exemplares a essas instituições. Há, também, uma versão disponível para leitura no site
da companhia (www.duke-energy.com.br).
Conservação e regeneração florestal na Bacia do Paranapanema
A Duke Energy desenvolve um trabalho em prol da qualidade florestal, integrando uma
série de programas da maior relevância para a melhoria das condições ambientais dos recursos hídricos, redução de processos de erosão e manutenção da biodiversidade regional
na Bacia do Paranapanema.
56
I
ABC
da
Energia
APP (Áreas de Preservação Permanente)
APP é uma área que deve ser permanentemente preservada por sua localização estratégica para a manutenção do ecossistema e proteção das riquezas naturais de uma determinada região. Situada em margens de corpos d’água (inclusive os reservatórios artificiais),
encostas e topos de morros, trata-se de área destinada à conservação ambiental, por isso
não deve sofrer danos pela ação do homem.
De acordo com o Código Florestal Brasileiro, APP é “área protegida nos termos dos artigos
2º e 3º desta Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”.
Nos reservatórios
No que diz respeito aos reservatórios artificiais para geração de energia elétrica, o novo
Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651/2012, de 25/05/2012) adota como referência
legal a Medida Provisória 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, sendo que para os reservatórios implantados anteriormente a essa data – caso dos oito empreendimentos sob
concessão da Duke Energy no Rio Paranapanema –, vale a regra específica estabelecida
pelo artigo 62.
Assim, segundo a nova legislação, a faixa da Área de Preservação Permanente dos
reservatórios sob concessão da Duke Energy é a estabelecida entre o nível máximo normal
de operação do reservatório e a cota máxima maximorum.
Na prática, essa distância entre o nível máximo normal e a cota máxima maximorum
varia conforme a topografia do terreno: se ele for mais íngreme, a distância é menor, se
mais plano, é maior.
A
SAIB
AIS
M
O nível máximo maximorum é o nível de água
mais elevado para o qual a barragem foi projetada –
um nível que corresponde à elevação máxima, quando da
ocorrência de cheia. O projeto da barragem define a cota
máxima maximorum - que representa a maior cota
disponível para o caso da maior cheia. Já o nível máximo operativo
é o nível d’água máximo de um reservatório, considerado para
fins de geração normal.
Duke Energy Brasil
I
57
Perfil de um reservatório (sem escala)
Propriedade
lindeira ou
confrontante
Área de concessão
Cota de desapropriação
N. A. máximo
maximorum
N. A. máximo normal
de Terceiros
da Concessionária
Área de preservação permanente
N. A. mínimo Operativo
Reservatório - Zona “C”
Corredores Ecológicos
Para combater o isolamento de espécies, umas das alternativas é a criação de corredores florestais, que estimulam a reprodução entre representantes de uma mesma espécie
que antes estavam isolados. Assim, promove-se o fluxo gênico, ou seja, a troca de carga
genética entre os indivíduos reaproximados. A Duke Energy promove processos de reflorestamento ao longo de seus reservatórios, com o objetivo de interligar áreas de interesse
ecológico. São os chamados Corredores Florestais Ecológicos, que permitem esse fluxo de
espécies que viviam em áreas antes separadas.
As “ligações florestais” ampliam as oportunidades de reprodução e de sobrevivência
dos seres vivos, com aumento da biodiversidade. Outro benefício é a ampliação da cobertura florestal da região, visto que ao se locomoverem, os animais promovem a dispersão
de sementes.
De modo geral, todos os reflorestamentos desenvolvidos pela Duke Energy funcionam
como corredores ecológicos para a fauna e a flora regional, uma vez que estão dispostos
ao longo do perímetro de seus reservatórios. Todas as usinas sob concessão da empresa
ficam em área de influência da Floresta Estacional Semidecidual – pertencente ao domínio
da Mata Atlântica -, com exceção de Jurumirim, que apresenta manchas de Cerrado.
A importância da biodiversidade
De maneira geral, a biodiversidade refere-se à variedade de vida existente em
determinado local. Quando isolados, os organismos tendem a sofrer um processo
conhecido como erosão genética, que é a diminuição da variabilidade genética.
Isto faz com que todos os indivíduos de uma espécie sejam muito parecidos
geneticamente, representando um risco maior de extinção.
58
I
ABC
da
Energia
Foto: Paulo Miguel
Morro do Diabo
Corredor Florestal Morro do Diabo – Mico-Leão-Preto
É o mais representativo corredor ecológico formado pela Duke Energy, contribuindo para
que o Pontal do Paranapanema (SP) tenha o maior corredor de Mata Atlântica reflorestada do Brasil – um projeto encabeçado pelo IPE (Instituto de Pesquisas Ecológicas), que
alcançará 700 hectares.
A Duke Energy promove o plantio de 430 mil árvores típicas da Mata Atlântica, em
uma área de 260 hectares, fazendo a conexão entre duas importantes unidades de conservação ambiental da região – o Parque Estadual do Morro do Diabo e a Estação Ecológica
do Mico-Leão-Preto. Para isso, conta com a parceria do Ministério Público do Estado de
São Paulo, Ministério Público Federal, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Instituto
Florestal, Ibama, Usina ETH Bioenergia, além de proprietários de fazendas participantes
do projeto.
A previsão é que as ações sejam concluídas em 2014, no entanto, mesmo com a
fase do plantio encerrada, a Duke Energy promove os tratos culturais indispensáveis para
o desenvolvimento das mudas plantadas.
PEMD
O Parque Estadual do Morro do Diabo é o mais importante fragmento da
Mata Atlântica de Interior no Estado de São Paulo. Por essa razão, a Duke Energy
selecionou 110 espécies diferentes, nesse ecossistema, para compor o
reflorestamento - um número acima da média utilizada no país - para enriquecer
ainda mais a biodiversidade local.
Duke Energy Brasil
I
59
Corredor Ecológico Inhancá-Pirapozinho
Trata-se de um projeto implantado pela Duke Energy a partir de 2005, para formação de
uma área de conservação ambiental de 1.292 hectares, localizada na margem paulista do
reservatório da UHE Rosana, em terras dos municípios de Teodoro Sampaio e Sandovalina.
Na área sob concessão da empresa estão localizadas as fozes de quatro importantes
cursos d’água – Córrego Águas Claras, Cuiabá, Inhancá e Pirapozinho –, de modo que
a Duke Energy realizou trabalhos para identificar e ordenar áreas alagáveis de relevante
potencial ecológico, formadas por essas fozes.
No passado, o local vinha sendo utilizado irregularmente, com invasões de gado das
propriedades vizinhas, o que levou a empresa a construir cercas de isolamento, além de
plantios para auxiliar na recuperação da área, propiciando a formação de um corredor
ecológico para ligar o Parque Estadual do Morro do Diabo aos remanescentes florestais localizados nas fozes dos ribeirões, e conectando uma reserva legal de propriedade vizinha,
Fotos: Laury Cullen
que se encontrava isolada.
Corredor de Biodiversidade
Fazenda Rosanela
É mais um projeto da Duke Energy para
conectar o Parque Estadual do Morro do
Diabo a importantes fragmentos de vegetação nativa localizados na região do Pontal
do Paranapanema (SP). Desenvolvido em
parceria com o IPE (Instituto de Pesquisas Ecológicas) e com o Grupo Vicar, prevê
a formação de um corredor ecológico de
Antes
100 hectares, por meio do isolamento e
reflorestamento de propriedades localizadas na margem paulista do reservatório
de Rosana, em Teodoro Sampaio. Parte
das propriedades é de concessão da Duke
Energy e a grande maioria são áreas adjacentes, pertencentes ao Grupo Vicar.
Depois
60
I
ABC
da
Energia
Fazenda Rosanela
As ações executadas pela Duke Energy e parceiros visam à formação de um grande
corredor para conexão da região sul do Parque Estadual do Morro do Diabo às APP do
reservatório de Rosana e do Ribeirão Estreito – área de relevante interesse ecológico para
a fauna nativa da região.
Promoção Florestal
Ao apoiar projetos de terceiros, individuais ou coletivos, a Duke Energy investe em mais
uma forma de aumentar a cobertura florestal com árvores de espécies nativas, nas regiões
próximas às suas usinas no Paranapanema.
O Programa de Promoção Florestal é baseado na parceria com a comunidade, por
meio de contratos de colaboração florestal entre a empresa e proprietários, sendo que a
companhia fornece mudas florestais nativas de qualidade, rustificadas para as regiões da
Bacia do Paranapanema, e apoio técnico para a implantação e manutenção dos reflorestamentos. Em contrapartida, o proprietário rural se responsabiliza pela elaboração do projeto
técnico, preparação do terreno, execução do plantio e manutenção.
Em média, 120 espécies típicas são usadas no interior dos reflorestamentos realizados pela Duke Energy, com destaque para os ipês amarelo, branco e rosa, peroba rosa,
jacarandá mimoso, goiaba, jequitibá branco, jatobá, aroeira pimenteira, araçá, embaúba,
cabreúva, pitanga, cedro, figueira, canasfístula e jabuticaba.
Resultados
Foram distribuídas 2,5 milhões de mudas florestais aos proprietários parceiros, suficientes
para reflorestar 1.500 hectares (cerca de 2.000 campos de futebol). Apenas em 2012,
o Programa de Promoção Florestal doou a proprietários rurais nas áreas de influência dos
reservatórios, cerca de 270 mil mudas florestais.
Como aderir
Orientações de adesão ao Programa de Promoção Florestal podem ser obtidas
no site www.duke-energy.com.br ou informações pelo telefone (14) 3342-9034,
junto à área de Meio Ambiente.
Duke Energy Brasil
I
61
Foto: arquivo DE
Aprendizes no viveiro de mudas em Assis (SP)
Broto Verde
Propriedade Amiga da Floresta
Atualmente, as mudas utilizadas no pro-
Como forma de reconhecer o trabalho de-
grama são produzidas pela Flora Vale,
senvolvido em parceria desde o início do
entidade de Assis (SP), ligada ao Conse-
programa, a Duke Energy entrega aos pro-
lho Municipal da Criança e do Adolescen-
dutores rurais das regiões das usinas de Ca-
te, que abriga o projeto Broto Verde para
noas I e II, uma placa para ser afixada nas
crianças e adolescentes de famílias de bai-
propriedades, na qual se lê “Esta Proprieda-
xa renda. Com a garantia de compra da
de é Amiga da Floresta”, homenageando o
produção pela Duke Energy e doações da
importante trabalho de recuperação e pre-
companhia – uma das parceiras -, o pro-
servação ambiental. A ação foi lançada em
jeto já atendeu mais de 800 jovens com
2007 e, desde então, já foram distribuídas
assistência escolar, orientação psicológi-
mais de 280 placas aos parceiros.
ca e atividades de educação ambiental e
62
I
ABC
da
agrícola, por meio do acompanhamento
Reflorestamento
da produção das mudas de árvores para
Os projetos de reflorestamento da Duke
reflorestamento.
Energy visam à recuperação da mata ci-
Energia
liar, de áreas de várzea e maciços florestais
volvimento das plantas daninhas. Também
de unidades de conservação nos Estados
deve possuir várias espécies de árvores,
de São Paulo e Paraná. A empresa man-
bem distribuídas por toda a área.
tém esses projetos desde 1999 em áreas
marginais aos reservatórios, em áreas sob
Recuperação de nascentes
concessão, e, em alguns casos, em áreas
Preservar nascentes é muito mais do que
de terceiros, com autorização dos órgãos
atender à legislação, é cuidar para que haja
licenciadores.
água de boa qualidade disponível para o
O trabalho vai da obtenção das mudas
uso das gerações atuais e futuras. Esses pe-
de espécies florestais nativas regionais,
quenos pontos onde o lençol freático aflora
preparo do terreno e plantio, até a manu-
para dar início a um curso d’água devem
tenção para garantir o desenvolvimento das
ser protegidos – um trabalho que a Duke
plantas. As mesmas 120 espécies usadas
Energy vem realizando em parceria com o
no Programa de Promoção Florestal estão
Emater (Instituto Paranaense de Assistência
presentes nos reflorestamentos, que geram
Técnica e Extensão Rural), na abrangência
em média de 150 empregos, com mão de
do reservatório da Usina Chavantes.
obra terceirizada e contratada nos municípios onde ocorrem as ações.
Trata-se do Projeto Nascentes: Águas
para o Futuro, que em 2011 e 2012 alcançou 101 nascentes recuperadas em
Resultados
propriedades rurais de 17 municípios, aten-
O plantio já alcançou 11 milhões de ár-
dendo a mais de mil moradores. A Ema-
vores em um total de 6.715 hectares, o
ter indica as nascentes a serem recupera-
que equivale a aproximadamente 6,7 mil
das e capacita os proprietários rurais para
campos de futebol. A Duke Energy tam-
executar esse trabalho, enquanto a Duke
bém conduziu serviços de manutenção em
Energy contribui com os recursos financei-
1.212 hectares dos reflorestamentos já
ros necessários ao projeto e doa as mudas
implantados e formalizou a consolidação
florestais nativas para que os proprietários
de 860 hectares de reflorestamentos, isto
plantem no entorno das nascentes, fazendo
é, essas áreas já se tornaram florestas com
a recuperação ecológica dessas áreas.
árvores formadas.
Técnicos da Duke Energy e da Emater
Um reflorestamento pode ser considera-
acompanham as atividades, avaliam os re-
do bem-sucedido quando as copas das ár-
sultados e promovem, ainda, um trabalho
vores se encostam, reduzindo a entrada de
de educação ambiental com as famílias
luz no interior da área trabalhada e o desen-
beneficiadas.
Duke Energy Brasil
I
63
Selo Benchmarking Brasil
Para a Duke Energy, é motivo de orgulho que seus projetos ambientais venham se destacando, ano a ano, no Benchmarking Brasil – uma iniciativa de fomento à sustentabilidade brasileira. O programa conta com uma comissão técnica de especialistas de vários países para
identificar boas práticas nas instituições e empresas brasileiras, que são compartilhadas. Os
detentores das melhores práticas alimentam o Banco Digital de Boas Práticas Socioambientais, o maior de livre acesso no Brasil. O Selo Benchmarking possui critérios rigorosos e total
independência, e goza do reconhecimento pela contribuição que presta ao País.
Projetos da Duke Energy premiados pelo Benchmarking Socioambiental:
2007 Para controlar o excesso de plantas aquáticas no reservatório da usina Salto Grande, a
Duke Energy rebaixa o nível de água, possibilitando a remoção pela prefeitura e comunidade, num mutirão de limpeza. O procedimento, inicialmente realizado a cada dois anos,
vem sendo feito anualmente, já que a superpopulação dessas plantas traz consequências
como a redução do fluxo de água nos braços do reservatório e limitações a esportes náuticos e à captação de água para fins de abastecimento público, piscicultura e irrigação.
2008 O case premiado avaliou programas e projetos integrados para reduzir impactos ambientais
provocados pela construção do reservatório da usina Taquaruçu. Os estudos mostraram que
as Áreas de Conservação Ambiental implantadas em 2.800 hectares e o reflorestamento
de mais de mil hectares com alta diversidade de espécies florestais ultrapassam os 408
hectares de remanescentes florestais existentes antes do enchimento do reservatório.
2009 Destaque para o corredor florestal com 15 quilômetros de extensão por 200 metros de
largura, para ligar o Parque Estadual do Morro do Diabo à Estação Ecológica Mico-LeãoPreto, no Pontal do Paranapanema (SP), possibilitando a interação entre as populações
de mico-leão-preto presentes nas duas áreas. Símbolo do Parque, o mico-leão-preto está
entre os primatas ameaçados de extinção e chegou a ser dado como extinto em 1905,
sendo redescoberto nas matas do Morro do Diabo, na década de 1970.
2010 O Programa de Promoção Florestal desenvolvido pela Duke Energy, que estimula o reflorestamento em margens de cursos d’água, foi premiado neste ano. A empresa trabalha
em parceria com proprietários rurais em áreas próximas aos reservatórios de oito hidrelétricas que opera no Rio Paranapanema, oferecendo suporte técnico para a implantação e manutenção dos reflorestamentos.
2011 A Duke Energy foi mais uma vez destaque pelo programa para controlar a população de
espécies vegetais exóticas no Parque Estadual do Cerrado, em Jaguariaíva (PR). Desenvol-
64
I
ABC
da
Energia
vido em parceria com o IAP (Instituto Ambiental do Paraná), o projeto contribuiu para a
manutenção e regeneração do último fragmento de Cerrado da região Sul do País.
2012 Ao integrar ações de repovoamento de peixes do Paranapanema e ações de educação
ambiental, pelo sexto ano consecutivo a Duke Energy esteve no ranking Benchmarking.
Trata-se de uma proposta viabilizada pela equipe de Meio Ambiente da companhia, que
somou aos seus programas ambientais, ações educativas junto às comunidades.
2013 A realização de um corredor ecológico no Pontal do Paranapanema (SP), em parceria
com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE) e o Grupo Vicar, e a recuperação e proteção de nascentes situadas do lado paranaense do Rio Paranapanema, em parceria com
o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater, foram dois
projetos da Duke Energy entre os finalistas do Benchmarking Brasil 2013.
Parcerias que fortalecem
Na busca do fortalecimento e da consolidação de seus programas ambientais e, ainda, com
o propósito de ampliar sua participação nas iniciativas que envolvem a Bacia do Rio Paranapanema, a Duke Energy mantém contratos e parcerias com organizações e instituições,
entre elas: USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista), UEL
(Universidade Estadual de Londrina), UEM (Universidade Estadual de Maringá), Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e IPE (Instituto de Pesquisas Ecológicas).
A Duke Energy colabora com a gestão dos recursos hídricos também por meio da Abrage
(Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica), da qual é membro titular dos comitês do Médio Paranapanema e do Pontal do Paranapanema, em São Paulo, e
dos comitês das Bacias Hidrográficas do Piraponema e do Norte Pioneiro, no Paraná. É integrante, ainda, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema em nível federal.
A fim de participar das discussões de temas ambientais relacionados ao setor elétrico,
a companhia participa do Grupo de Trabalho de Meio Ambiente da Abrage, e das Forças
Tarefas de Ecossistemas Aquáticos, de Áreas de Preservação Permanente e de Gestão Patrimonial. Junto à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), faz parte
da Câmara Ambiental do Setor de Energia, cujo objetivo é contemplar a variável ambiental
no planejamento e aplicação de projetos de energia no Estado de São Paulo.
Duke Energy Brasil
I
65
A Área de Patrimônio Imobiliário
A gestão das bordas de reservatórios é um trabalho complexo, inerente ao processo de
geração de energia hidrelétrica de grandes barragens. Essa complexidade deve-se, entre
outros, a três fatores principais: o grande número de variáveis a serem geridas, em decorrência dos diversos usos e ocupações existentes; a evolução da legislação ambiental,
especialmente no caso de reservatórios implantados anteriormente à legislação em vigor; e
a articulação com diferentes órgãos de licenciamento e fiscalização ambiental, prefeituras
municipais, usuários e agentes envolvidos na gestão dos recursos hídricos.
Com o desenvolvimento econômico na região Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, atividades como o turismo e o lazer, a irrigação de lavouras e o abastecimento de
água para as cidades, entre outras, motivaram as comunidades a se aproximarem dos
reservatórios, utilizando-se de suas águas e ocupando suas margens e ilhas – um processo
que pode acarretar impactos ambientais e, ainda, gerar conflitos de interesse pelo uso dos
recursos hídricos. É fato, ainda, que esse processo se estendeu ao longo de décadas, desde que as áreas foram desapropriadas para construção das usinas. Exemplos disso, Salto
Grande e Jurumirim já ultrapassaram meio século em operação.
Assim, a regularização das ocupações indevidas em áreas sob concessão da Duke
Energy, localizadas no entorno dos oito reservatórios no Rio Paranapanema, representam um grande desafio para a companhia, bem como a conscientização da população
da região para o uso ordenado das margens e das águas, de forma a não comprometer
a qualidade da água dos reservatórios e a capacidade de geração de energia das usinas.
Importante ressaltar que as áreas às margens dos reservatórios sob concessão da Duke
Energy são bens da União, decorrentes da exploração do potencial hídrico para geração
de energia. Trata-se, portanto, de um patrimônio público com direito de uso pela concessionária, o que envolve responsabilidades da Duke Energy perante a Aneel, conforme o
disposto no contrato de concessão.
Para cumpri-las, a companhia realiza inspeções patrimoniais nos reservatórios com
intuito de identificar utilização indevida em áreas sob sua gestão e promover a regularização dessas ocupações. Juntamente com as inspeções patrimoniais, desenvolve ações
visando anuir pedidos de certificação dos limites de imóveis rurais que fazem divisa com
os reservatórios, verificando o correto posicionamento dessas propriedades.
66
I
ABC
da
Energia
Também faz parte das atividades patrimoniais, a desmobilização de ocupações, seja
de forma amigável, seja por decisão judicial (ação de reintegração de posse) daquelas
que não obtiveram sucesso na regularização e obtenção de autorizações junto aos órgãos
competentes.
Outras ações relativas à gestão patrimonial visam à proteção de áreas de conservação ambiental implantadas pela Duke Energy, protegendo áreas com reflorestamento de
espécies florestais nativas consolidadas, fragmentos de remanescentes florestais, áreas em
regeneração natural e áreas úmidas e de várzeas, através da manutenção de cercas e de
aceiros (proteção contra incêndios).
Monitorar cerca de 5 mil quilômetros
O monitoramento pelas equipes de Patrimônio, por água e por terra, é feito para identificar as condições de conservação patrimonial em áreas das usinas, nos reservatórios e no
entorno – um trabalho constante. Para se ter uma idéia do tamanho desse desafio, o perímetro dos reservatórios sob concessão da Duke Energy é de cerca de 5 mil quilômetros, o
que equivale, para efeito de comparação, a mais de 60% da costa marítima brasileira ou
a quase 90% da costa oeste norte-americana.
Para ajudar a ordenar e disciplinar o uso das bordas dos reservatórios começou, em
2012, a implantação de um Sistema de Informações Geográficas, com base no aproveitamento do projeto de vetorização de plantas cartográficas dos reservatórios, oriundo do
atendimento aos requisitos da Resolução Normativa 501/2012, da Aneel, que tem por
objetivo fortalecer o planejamento estratégico e o controle de informações.
Complementando as inspeções por água e por terra, a Duke Energy inicia, em 2013,
um projeto de pesquisa e desenvolvimento, com prazo de três anos de execução, para
se chegar a uma metodologia para identificar alterações nos usos e ocupações nas áreas
marginais aos reservatórios, através de comparações de imagens de satélite.
A empresa também vem fortalecendo o intercâmbio de informações e a troca de experiências junto aos órgãos ambientais e municípios envolvidos, visando contribuir para o
aperfeiçoamento da fiscalização e das leis de parcelamento do uso do solo vigentes.
Duke Energy Brasil
I
67
Estado de São Paulo
Municípios banhados pelo Rio Paranapanema
Euclides da Cunha Paulista
Mirante do Paranapanema
Rosana
Sandovalina
Teodoro Sampaio
Narandiba
Pirapozinho
Sandovalina
Taciba
ROSANA
Taquaruçu
301 km de bordas
1.550 km de bordas
120 km de bordas
Diamante do Norte
Inajá, Itaguajé
Jardim Olinda
Paranapoema
Paranavaí
Santo Antônio do Caiuá
Terra Rica
Cafeara,
Centenário do Sul,
Itaguajé
Lupionópolis
Porecatu
Santa Inês
Santo Inácio
Alvorada do Sul
Florestópolis
Ibiporã
Itambaracá
Jataizinho
Leópolis
Porecatu
Primeiro de Maio
Rancho Alegre
Santa Mariana
Sertaneja
Sertanópolis
Andirá
Itambaracá
433 km de bordas
Estado de Paraná
Cândido Mota
Cruzália
Florínia
Iepê
Maracaí
Martinópolis
Nantes
Paraguaçu Paulista
Pedrinhas Paulista
Rancharia
Taciba
C apivara
Cândido Mota
Palmital
C anoas I
Regularização Ambiental e Patrimonial
A preservação das condições naturais do Rio Paranapanema requer, entre outras ações, a
regularização do uso e ocupação das margens de reservatórios das hidrelétricas, de acordo
com as leis ambientais brasileiras, ajudando, assim, a conservar o patrimônio natural que
é de toda a sociedade.
Para tanto, a Duke Energy possui um serviço de inspeção permanente de propriedades situadas às margens de seus reservatórios, por meio do qual realiza vistorias e orienta
pessoas ou organizações que ocupam áreas em divisa com as represas, de maneira irregular, a promoverem a devida regularização junto aos órgãos ambientais e, posteriormente,
junto à empresa. Mantém, ainda, campanhas de esclarecimento a ocupantes e àqueles
que desejam ocupar áreas sob sua concessão, orientando como proceder junto aos órgãos
ambientais e à própria empresa.
68
I
ABC
da
Energia
Ibirarema
Palmital
Salto Grande
Ourinhos
Salto Grande
Barão de Antonina
Bernardino de Campos
Chavantes
Coronel Macedo
Fartura
Ipaussu
Itaporanga
Piraju
Taguaí
Timburi
C anoas I I
Salto Grande
Chavantes
Andirá
Cambará
Cambará
Jacarezinho
Carlópolis
Ribeirão Claro
Salto do Itararé
Santana do Itararé
Siqueira Campos
103 km de bordas
81 km de bordas
1.085 km de bordas
Angatuba
Arandu
Avaré
Cerqueira Cesar
Itaí
Itatinga
Paranapanema
Piraju
Taquarituba
Tejupá
Jurumirim
1.286 km de bordas
SP
Rio
Paranapanema
PR
Duke Energy Brasil
I
69
Nos casos de irregularidades, notificado o ocupante, a área de Patrimônio da Duke
Energy se mantém a disposição para orientá-lo visando à obtenção de licença ambiental.
Somente após a regularização ambiental, é possível regularizar o uso junto da Duke Energy, por meio de um contrato de cessão de uso.
A fim de facilitar a conduta dos interessados no processo de regularização, a Duke
Energy desenvolveu procedimentos, em parceria com os órgãos ambientais, e também
presta atendimento através do site e de sua equipe de Patrimônio. Interessados em utilizar áreas sob concessão da companhia devem procurar a Duke Energy antes do início da
utilização, tornando mais rápido o processo de regularização.
Entenda a regularização patrimonial
O contrato de concessão das usinas hidrelétricas do Rio Paranapanema – firmado entre a Duke Energy e a Aneel, responsável pelos ativos de geração de energia elétrica da
União – estabelece que o uso dessas áreas por terceiros deve ser regularizado por meio de
contratos de cessão de uso, o que torna esse ato uma obrigação legal da companhia concessionária perante a União. O contrato com a Aneel estabelece, ainda, que os recursos
obtidos devem ser depositados em conta separada das contas da empresa e reinvestidos
em benefício da conservação dos recursos hídricos e do meio ambiente. Portanto, a finalidade da cobrança sobre o uso dessas áreas da União – que somente ocorre em casos de
uso privado – é constituir um fundo destinado a melhorias ambientais que beneficiarão as
comunidades do Paranapanema.
Informações sobre o processo de regularização podem ser obtidas:
n No site da Duke Energy, onde há links para:
l fazer solicitação de uso de áreas em margem de reservatório,
l comunicar a existência de ocupações irregulares,
l solicitar referenciais topográficos.
n Por carta:
l Duke Energy International, Geração Paranapanema S.A.
A/C Área de Gestão de Patrimônio - Rodovia Chavantes - Ribeirão Claro, Km. 10
Caixa Postal 1 - CEP 18970-000 - Chavantes (SP)
n Por telefone:
l a Duke Energy possui uma equipe de Patrimônio preparada
para responder as dúvidas e atender a interessados
em regularizar áreas ocupadas, através do telefone: (14) 3342- 9008
70
I
ABC
da
Energia
Pioneiro na região da Bacia do Paranapanema, o evento é gratuito e conta com parceiros como Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Unesp (Universidade
Estadual Paulista), UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), CREA (Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia) - PR, Itaipu, Cesp (Companhia Energética de São Paulo),
Copel (Companhia Paranaense de Energia) e Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo).
Palestrantes dessas instituições compartilham experiências com o público, que também participa de atividades práticas, a campo, com e equipamentos topográficos e geodésicos de empresas convidadas. Assim, o encontro contribui para a atualização dos profissionais e para a formação acadêmica dos estudantes, de modo a que sejam atendidas as
necessidades do mercado.
Fundamentais para a geração de qualquer base cartográfica, a topografia e geodésia
são utilizadas com fins de levantamento de barragens, redes elétricas, telefônicas, hidráulicas; cálculos de volume de aterros e terraplenagens; plantas topográficas de lotes e áreas
edificadas; mapeamento de lavouras e áreas de preservação permanente; rodovias; etc.
Enquanto a topografia trata de projetos com não mais do que 10 quilômetros de lados
(considerando o terreno como plano), a geodésia cuida dos que excedem esse limite, e
assim precisa considerar a curvatura da Terra em suas medições.
Bordas de Reservatórios
Faixa de Segurança
São áreas às margens de reservatórios
artificiais que foram adquiridas ou
desapropriadas por ocasião da
construção das hidrelétricas, passando
a patrimônio da União. Correspondem
à “cota de desapropriação”, que
estabelece o limite físico do reservatório
com as propriedades vizinhas. Essas
áreas em bordas de reservatórios para
geração de energia elétrica não pertencem
aos empreendedores que constroem ou
operam as usinas, são apenas concedidas
pela União aos empreendedores/
operadores, em caráter temporário.
Denomina-se o conjunto das áreas de bordas
como a “faixa de segurança” dos reservatórios,
por se tratarem de áreas inundáveis em
caso de chuvas ou vazão de água acima
do normalmente esperado, de acordo com
os estudos de aproveitamento hidrelétrico
efetuados para o projeto. A faixa de segurança
deve ser respeitada e mantida livre de
qualquer intervenção não autorizada pela
concessionária de energia, de modo a
garantir manobras operacionais de gestão
do reservatório e, também, preservar
a segurança das propriedades
vizinhas ao empreendimento.
Duke Energy Brasil
I
71
A
SAIB
AIS
M
Usos e ocupações em áreas às bordas
de reservatórios envolvem questões:
AMBIENTAIS - no que se refere à adequação à legislação
ambiental e à preservação ao bem natural;
PATRIMONIAIS - já que são áreas da União, no caso, sob concessão
da Duke Energy;
OPERACIONAIS - visto que as consequências de uma atividade realizada
no reservatório podem ter implicações na capacidade de geração de energia;
DE SEGURANÇA - pois são áreas potencialmente inundáveis.
Encontros de Topografia
Desde 2009, a Duke Energy realiza anualmente um encontro
para profissionais que atuam com topografia e geodésia e estudantes de ensino técnico e superior, com o objetivo de disseminar as melhores práticas e as novas tecnologias. Dessa forma,
contribuiw para uniformizar procedimentos e orientar o trabalho
topográfico realizado nas bordas dos reservatórios das hidrelétricas, especialmente a demarcação de divisas entre as áreas sob
concessão das usinas e as propriedades vizinhas.
72
I
ABC
da
Energia
A Área de Saúde e Segurança
Trabalhar dentro de uma cultura de ‘zero enfermidade e lesão’, evitando comportamentos
arriscados e onde as práticas perigosas não são toleradas, na Duke Energy é prioridade.
Para criar um ambiente de trabalho saudável e seguro, essa é uma responsabilidade que a
companhia compartilha com cada um de seus empregados e prestadores de serviço. O que
a Duke Energy quer é cumprir com suas expectativas de desempenho, de modo que, ao final
de cada dia, sua força de trabalho retorne ao lar livre de acidentes e gozando de saúde.
Não é à toa que é referência em saúde e segurança no setor elétrico, e encerrou 2012
contabilizando 5,36 milhões de horas trabalhadas sem acidentes. Os bons resultados são
fruto do forte comprometimento com a política de saúde e segurança da empresa, na qual
se estimula a adoção das práticas mais seguras, a avaliação constante de riscos nas atividades e, principalmente, a comunicação aberta entre empregados, contratados e gestores.
Por meio de diversos programas e ações, a Duke Energy enfatiza a importância da
saúde e segurança junto aos funcionários das empresas contratadas, que somente em
2012 dedicaram quase 900 mil horas trabalhadas para a companhia, totalizando mais de
1,5 milhão de quilômetros rodados a serviço da contratante.
Reconhecimento
Desde 2005, a Duke Energy foi agraciada com seis medalhas Eloy Chaves – três de Ouro
e três de Prata. A premiação é concedida anualmente pela ABCE (Associação Brasileira
de Concessionárias de Energia Elétrica) às empresas do setor com o melhor desempenho
em indicadores de saúde e segurança. Os quesitos da premiação abrangem os dados estatísticos de acidentes de trabalho com empregados próprios, combinados aos acidentes
de empresas contratadas.
Duke Energy Brasil
I
73
Relacionamento
com as comunidades
Para finalizar o ABC da Energia: a história da Duke Energy no Brasil, vamos tratar do
relacionamento da companhia com as comunidades da Bacia do Paranapanema. Afinal, a
energia que move a Duke Energy é a energia da transformação – aquela que gera oportunidades para o fortalecimento e a evolução das localidades próximas às suas oito usinas,
favorecendo o desenvolvimento humano e ambiental. A empresa atua em várias frentes
para fortalecer seus laços com tais comunidades, e procura contribuir com o poder público
local visando ao bem-estar dessas populações.
Para promover investimentos em cultura, esporte, educação e no desenvolvimento de
potencialidades regionais, a Duke Energy dispõe de sua Política Para Investimento Social
Privado, estruturando esse trabalho em quatro pilares:
n Vitalidade Comunitária – para estímulo à disposição das populações em se engajar em
experiências culturais, esportivas e recreativas, que contribuam para fortalecimento da
cidadania.
n Promoção Ambiental – visto que o cuidado com o meio ambiente extrapola as ações
da empresa, a Duke Energy busca promover a educação e a conscientização ambiental
junto à sociedade, identificando, estimulando e valorizando práticas de moradores e
proprietários rurais vizinhos, bem como iniciativas acadêmicas e de parceiros técnicos
que promovam a recuperação e conservação ambiental, contribuindo para a qualidade
ambiental e, por conseguinte, para melhor qualidade de vida dos moradores da região.
n Educação e Cidadania – como o desenvolvimento passa pela educação e pela forma-
ção de cidadãos conscientes de direitos e deveres, a Duke Energy apoia projetos para
a educação de jovens e adultos, e o trabalho de Conselhos Municipais dos Direitos da
Criança e do Adolescente.
n Capacitação e Geração de Renda – diante da importância da qualificação profissional
para o desenvolvimento e a melhoria da renda, especialmente nas famílias pobres, a
Duke Energy se propõe a ser um parceiro de municípios na busca e implementação de
projetos com esse fim, que atendam ao perfil socioeconômico das comunidades.
Algumas dessas iniciativas já foram apresentadas anteriormente, como o Programa de Visitas, a educação ambiental proporcionada pelo Programa de Manejo Pesqueiro, o Programa
de Promoção Florestal e Projeto Nascentes. No entanto, vale a pena ressaltar outras que
também estão fazendo a diferença para as comunidades da Bacia do Paranapanema.
74
I
ABC
da
Energia
Foto: Studio Kaihara
Circuito Cultural Duke Energy - Projeto Teatro de Tábuas
Circuito Cultural Duke Energy
Desde 2009, quando o Natal se aproxima, um grandioso espetáculo teatral, alusivo à
data, percorre cidades paulistas e paranaenses da Bacia do Paranapanema, reunindo
milhares de espectadores em praças públicas, em cada localidade por onde passa. Parte
do Circuito Cultural Duke Energy, o Auto de Natal, que encena uma história diferente a
cada temporada, reúne a comunidade e emociona o público com o trabalho primoroso da
companhia Teatro de Tábuas. Misturando várias linguagens – teatro, circo, dança, música
e vídeo – a trupe faz apresentações populares, poéticas, coloridas e muito musicais, em
uma carreta palco de 12 metros de comprimento, que abriga os enormes e criativos cenários onde as histórias são contadas por atores, músicos, cantores, acrobatas e bailarinos.
Apresentados ao ar livre, de forma a ressaltar o espírito comunitário e coletivo das festas
natalinas, esse projeto é uma forma da Duke Energy compartilhar a alegria por mais um
ano de trabalho realizado, junto às comunidades vizinhas às suas usinas no Paranapanema, proporcionando-lhes integração, cultura e lazer.
O Auto de Natal é o ápice de uma programação anual gratuita de teatro e cinema,
levada pela Duke Energy em parceria com o Teatro de Tábuas, às comunidades do Paranapanema. Em três anos de atividade, o Circuito Cultural Duke Energy visitou mais de 50
municípios, contemplando milhares de espectadores em atividades sempre gratuitas. Esse
é um bom exemplo da presença da Duke Energy nas comunidades vizinhas aos seus empreendimentos, mas não o único. Por meio de uma série de programas, projetos e ações
que visam apoiar e fortalecer as relações comunitárias e a cidadania, a companhia se
envolve com os moradores da região de entorno das usinas sob sua concessão, mantendo
um constante e importante relacionamento.
Duke Energy Brasil
I
75
Educando pelo Esporte
O projeto Educando pelo Esporte busca desenvolver e aperfeiçoar nos participantes as
competências para se relacionarem com as pessoas e trabalharem em equipe, além de
elevar a autoestima e a confiança das crianças. O projeto também visa reforçar a cidadania
e estimular a cultura de paz. Para colocá-lo em prática, a Duke Energy firmou parceria com
as prefeituras municipais, que cedem o espaço para a realização das atividades, como
ginásio de esportes e campo de futebol.
Por meio do projeto Educando pelo Esporte, do Ministério do Esporte, 100 crianças de
Chavantes e Timburi foram iniciadas em quatro modalidades esportivas: basquete, futebol,
vôlei e atletismo. As atividades são realizadas pela Liga RMC de Esportes, entidade sem fins
lucrativos, sob patrocínio da Duke Energy, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.
Cinquenta crianças de cada município frequentam as atividades esportivas duas vezes por semana, no período em que não estão na escola. Em Chavantes, além de alunos
da cidade são atendidos também estudantes do distrito de Irapé. Todos recebem camise-
Foto: arquivo DE
tas do projeto e lanche no intervalo dos treinos.
Alunos do Projeto fequentam as atividades esportivas duas vezes por semana
76
I
ABC
da
Energia
Programa de Voluntariado
Outro exemplo desse engajamento é o Programa de Voluntariado, que a empresa desenvolve desde sua chegada à região, em 1999. Todos os anos, os empregados da Duke
Energy, munidos de ferramentas e materiais para reforma, deixam um dia de trabalho nas
usinas e no escritório para melhorar a infraestrutura de instituições sem fins lucrativos que
prestam atendimento nas áreas da educação, saúde, esporte e cultura.
Somente em 2012, esse mutirão envolveu 250 voluntários, resultando em melhorias
que favorecem a qualidade do atendimento ao público das entidades. Nesse programa, a
Duke Energy entra com os recursos materiais e os empregados, com a mão de obra. A eles
também cabe a escolha das instituições atendidas, já que residem nas cidades próximas
das usinas e conhecem, de perto, as necessidades locais. As ações voluntárias contemplam instituições paulistas e paranaenses da Bacia do Paranapanema, refletindo, junto às
comunidades, os valores da empresa.
Duke Energy Brasil
I
77
Apoio a projetos de atendimento a crianças e adolescentes
A destinação de 1% do Imposto de Renda devido ao Fundo Municipal da Criança e
do Adolescente de diversos municípios mostra outro importante compromisso da Duke
Energy: fortalecer iniciativas locais de atenção aos direitos desse público. Em 2013, 11
projetos com enfoques multidisciplinares recebem esse apoio, de modo que as doações
alcançam até 1.900 crianças e jovens participantes.
Os projetos
Brincando e Aprendendo –
Casa da Criança - Taquarituba (SP)
Crescendo e Aprendendo - Nantes (SP)
Educação e conservação ambiental.
Broto Verde - Assis (SP)
Para formação de aprendiz de viveiro de
mudas e educação socioambiental.
SOS Natureza Energy - Porecatu (PR)
Busca contribuir para o aumento da renda
familiar, capacitando os participantes
para trabalharem com produção e venda
de mudas e serviços de jardinagem.
Show de Bola - Primeiro de Maio (PR)
Educandário infantil que estende o
atendimento às famílias das crianças em
situação de vulnerabilidade social.
Projovem Adolescente - Andirá (PR)
Acompanha adolescentes visando
fortalecer seu convívio familiar e
comunitário, além de estimular aptidões,
por meio de trabalho socioeducativo.
Horto-Life - Iepê (SP)
Objetivo é melhorar a qualidade de vida
dos participantes, a partir do contato com
o meio ambiente, educação e lazer.
78
I
ABC
da
Energia
Utiliza a prática esportiva como
ferramenta de formação de crianças e
adolescentes, por meio de aulas
de futsal e voleibol.
Florescer - Itambaracá (PR)
Privilegia a integração social
através de oficinas musicais,
instrumentais e de reciclagem,
visando à cidadania e consciência
ambiental.
Guarda Mirim Ambiental
Teodoro Sampaio (SP)
Atividades de educação ambiental para
valorização e proteção dos recursos
ecológicos do Pontal do Paranapanema.
Fotos: arquivo DE
Basquete Formador
Bernardino de Campos (SP)
Iniciação esportiva.
Re-Ação - Tejupá (SP)
Voltado à orientação e qualificação de
jovens de famílias de baixa renda para o
mercado de trabalho.
Projeto Guri - Duke Energy
A
SAIB
AIS
M
Por meio do site da Duke Energy, os CMDCA (Conselhos Municipais
dos Direitos da Criança e do Adolescente), de cidades vizinhas
às usinas da companhia, obtêm todas as instruções para a inscrição
de projetos. Os projetos devem ser encaminhados até a data estipulada no
site (geralmente, no início do segundo semestre), para avaliação da empresa,
sendo que os selecionados serão contemplados para aporte ao final do ano,
de modo a permitir a execução do projeto no ano seguinte.
Além das parcerias com os CMDCA, a Duke Energy investe nas novas gerações
por meio de incentivos como ao Projeto Guri, que se traduz na adoção de polos de
educação musical (Fartura, Salto Grande, Mirante do Paranapanema e Rosana – SP),
que juntos atendem quase 900 participantes.
Duke Energy Brasil
I
79
Prêmio Duke Energy – Energia da Inovação
Empenhada em diversificar sua atuação social, a Duke Energy lançou, em 2012, o Prêmio
Duke Energy – Energia da Inovação, em parceria com o Programa UniSol (Universidade
Solidária). A iniciativa, inédita na região, apoia o desenvolvimento de projetos de extensão
universitária junto às comunidades, com foco em ações de cidadania e meio ambiente.
Foram premiados com R$ 50 mil e o suporte técnico para implementar as atividades, três projetos inscritos pelas instituições: Fanorpi (Faculdade do Norte Pioineiro), de
Santo Antonio da Platina (PR); Unesp (Universidade Estadual Paulista), Campus Rosana
(SP); e Fatec (Faculdades de Tecnologia de São Paulo/Centro Paula Souza), de Presidente Prudente (SP). Para saber mais sobre essa iniciativa, é só consultar o site www.
premioduke-energy.com.br.
Apoio ao esporte
Valorizando o esporte como um meio para a promoção da saúde, da educação e da integração comunitária, a Duke Energy também buscou oportunidades de ampliar sua atuação
com apoios e patrocínios. Exemplo disso, a Corrida e Caminhada Ecológica de Avaré (SP)
é um evento anual que reúne mais de 2.000 pessoas em uma manhã de atividades ao
ar livre, voltadas à qualidade de vida. Além do esporte, há a programação cultural e de
educação ambiental na praça central da cidade, com apresentações artísticas e oficinas
educativas voltadas à comunidade, que faz do evento um grande momento de confraternização. O passeio ciclístico da AERO em Ourinhos e os torneios de pesca esportiva, em
diversas cidades às margens dos reservatórios operados pela Duke Energy, são outras
maneiras da companhia se envolver nas atividades esportivas, em sua região de atuação.
Ainda pensando no incentivo à prática de esportes para melhoria da qualidade de
vida, a Duke Energy fomenta o projeto Educando pelo Esporte, realizado em Chavantes e
Timburi (SP) para despertar o prazer pela atividade física e introduzir os pequenos atletas,
crianças de 7 a 11 anos, à prática de algumas modalidades olímpicas. Há, ainda, outros
projetos esportivos apoiados através das doações a Fundos Municipais da Criança e do
Adolescente.
80
I
ABC
da
Energia
Diagnóstico Cultural AMEPAR
Qual o potencial para o turismo cultural de uma região? Para que a Amepar (Associação
dos Municípios do Médio Paranapanema) - Microrregião do Norte do Paraná possa responder a essa pergunta, conta com o apoio da Duke Energy. A empresa investe em pesquisa
para ajudar a identificar as demandas culturais como oportunidades de negócios e geração
de trabalho e renda. O resultado desse trabalho será publicado em um livro, que abordará,
inclusive, estratégias para viabilizar planos municipais, intermunicipais e regionais, que
facilitarão aos municípios elaborar projetos endereçados aos governos estadual e federal.
Além disso, servirá de base para a integração dos municípios com o Sistema Federal de
Cultura, e auxílio para a criação de Conselhos de Cultura e Fundos Municipais de Incentivo
à Cultura.
Participam do diagnóstico os municípios membros da Amepar: Alvorada do Sul, Arapongas, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci,
Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Londrina, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu,
Prado Ferreira, Primeiro de Maio, Rolândia, Sabáudia, Sertanópolis e Tamarana.
Por meio de iniciativas como essas, a Duke Energy participa ativamente da vida das
comunidades vizinhas, compartilhando com os moradores da Bacia do Paranapanema os
seus valores corporativos.
www
Duke Energy International Geração Paranapanema
Presidente: Armando Henriques
Gerente Geral da Área de Relações Institucionais: Ana Amélia Conti Gomes
Gerente de Relações Públicas: Fabiana Rodrigues
Assessoria de Imprensa: Kelly Sato e Hamilton Paixão
Conteúdo: Heloísa Miguel
Design de conteúdo: Aqualithy 78
www.duke-energy.com.br
Download

ABC da Energia - Duke Energy Brasil