“Numa certa cidade , havia uma homem chamado José, que vivia com a sua esposa e os seus três filhos: o João de 16 anos, o Miguel de 14 e a Ana de 13. Numa sexta feira, o Sr. José chegou a casa muito entusiasmado, pois tinha algo de muito importante para dizer. Chamou a esposa e os filhos e disselhes: - Neste fim de semana estou de folga! Vamos visitar os meus pais e dar um passeio pelas montanhas. Mas a esposa do Sr. José não concordou: - Neste fim-de-semana?! Arranja outra folga! Neste fim de semana não podemos sair da cidade, porque a minha amiga Alice convidou-nos para irmos, no domingo à tarde, ao aniversário dos gémeos. Eu prometi que iríamos! Além disso, tenho a casa toda para limpar, a roupa para engomar e temos de ir ao supermercado. -Nesse caso , vamos apenas no sábado visitar os meus pais. Mas logo protestou o João: - Não, não pode ser, porque eu tenho de ir ver o jogo de basquetebol no sábado de manhã. O Miguel, com ar de quem se julga independente, afirmou: -Não contem comigo. No sábado vou à praia; já combinei com a malta lá da escola. O Sr. José, que havia tanto tempo não tinha um fim de semana sem trabalhar, propôs: - Podemos sair na manhã de domingo, bem cedo, almoçamos com os vossos avós e logo a seguir regressamos para os anos dos gémeos. Está bem assim? -Não! – respondeu a Ana – Convidei a minha amiga Maria para almoçar em casa no domingo. O Sr. José, desanimado, retorquiu: - Sendo assim, irei sozinho”. Por que razão o Sr. José não conseguiu realizar o seu desejo? Porque os membros da família tinham tomado decisões individuais, antes de dialogarem. Será esta uma verdadeira família? Porquê? Não, porque não há diálogo, não partilham a vida uns dos outros, cada um preocupa-se apenas consigo mesmo.