ACADEMIA DE ODONTOLOGIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - AORJ
Ac. Regina Célia Tancredo
Patrona da Cadeira 15
Diretora de Eventos Sociais AORJ
Diretora Social ABO/RJ.
Entrevista dada a: Museóloga Katia Ribeiro Costa e Silva
Julho de 2015
Minha entrevistada hoje vocês conhecem muito bem.
Ela tem um temperamento discreto, não chama a atenção de
ninguém, demonstra a sua vontade de viver em um sorriso
frequente que lhe enfeita a face.
Tentou fugir, mas não deixei que escapasse. Vencida, concordou
em abrir parte de sua alma à nossa curiosidade.
Seu nome é Regina Célia Tancredo, carioca do antigo estado da Guanabara, que veio ao
mundo no dia 22 de setembro, no final da década de 1950, deixou escapar...E é ela que conta:
“ Fiz o curso primário na Escola José Soares Dias, que não existe mais. Em seu lugar existe hoje
um grande prédio, em pleno Engenho Novo”, lamentando a destruição de suas lembranças de
criança, e continua: ”O ginasial foi feito no Colégio Bento Ribeiro, no Meier. O científico fiz no
Colégio Metropolitano, ali mesmo no Meier. Em 1977, passei no vestibular para a Faculdade em
Volta Redonda, mas consegui me transferir para a UERJ, o que tranquilizou a família e me trouxe
de volta para casa. Ali, em 1980, me formei em Odontologia. Escolhi essa carreira porque sempre
gostei de biologia e também para dar continuidade à profissão de meu pai, que sempre me
apoiou e muito me ajudou no início de minha vida profissional “
KÁTIA
Todos sabem que Regina é filha do Acadêmico Nicolino Tancredo, recentemente falecido, um
verdadeiro exemplo de vida. Notei a emoção que sentia ao citar seu pai e perguntei:
É certo que seu pai foi influente em sua escolha pela odontologia. Gostou da dinâmica do
curso? Tem alguma sugestão a fazer para melhorias?
REGINA
“Não,” respondeu. “Os cursos universitários são mesmo cheios de problemas que nós
aprendemos a superar. O que aprendi me permitiu começar um trabalho difícil como é a
odontologia. Fiz cursos complementares e tive meu pai do meu lado”.
KÁTIA
E a infância?
REGINA
“ Foi bem feliz, apesar de não haver computador, internet e toda essa tecnologia atual, mas
aproveitávamos muito mais nossa inocência e ingenuidade; morávamos em casa, portanto
tínhamos bastante espaço para brincar e muitas amigas na vizinhança que continuaram
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mantendo contato comigo até hoje, sem contar com as brincadeiras de rua nos finais de semana,
tais como queimado, pique-esconde, pique-bandeira, etc. Entrando na adolescência , passei por
ela sem grandes transtornos e preocupações para meus pais.”
KÁTIA
E os amores? Na sua turma na faculdade deveria ter alguém de olho em você...
REGINA
“Sempre fui uma pessoa tranquila e muito quieta. Assim sendo, não gostava muito de sair à
noite e nem de grandes baladas. Talvez por isso nunca tivesse tido um namorado sério, apenas
pequenas paqueras sem grandes compromissos. Felizmente sou uma pessoa bem resolvida e
graças a Deus nunca tive nenhuma decepção amorosa.”
KÁTIA
Na AORJ, Regina, dizem que você adora uma festinha e que é uma dançarina e tanto...
REGINA
“ Isso é onda deles, Katia. Meu ritmo musical preferido é MPB, músicas românticas, sertanejas
e forró. Aprecio muito as pinturas de Van Gogh e Renoir, assim como as esculturas de Rodin.
Como escritor, meu predileto destaco agora: Machado de Assis, mas gosto também de José Lins
do Rego e de Augusto Cury, com seus livros de autoajuda”.
KÁTIA
O futuro incomoda? perguntei.
REGINA
“De maneira nenhuma”, respondeu com convicção. “Meu grande sonho é sair por aí viajando e
conhecendo o restante do mundo, apesar de já conhecer mais de 40 países. Ainda tenho
vontade de conhecer muitos mais.”
KÁTIA
Fale-me então de suas viagens
REGINA
“Excitante e inesquecível foi sobrevoar o Himalaia no dia do meu aniversário, verdadeiro
presente que a natureza me deu. Alimentei os cangurus com amendoim e os coalas com folhas
de eucalipto na Austrália. “
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KÁTIA
Perguntei se esses animais são pacíficos e cordiais , se não sentiu medo e que tipo de alimento
lhes deu.
REGINA
Nada, Katia. São calmos e engraçados. Dei a eles o que recebi de um guia.
KÁTIA
Falemos das associações. Como pretende harmonizar o seu trabalho na AORJ e na ABORJ?
REGINA
“Com a maturidade adquirimos experiências no nosso dia-a-dia e hoje me sinto feliz e honrada
de ser Diretora de Eventos Sociais da AORJ, onde realizo várias excursões de finais de semana
para lazer dos Acadêmicos. Acumulando um novo cargo, aceitei o convite para ocupar o cargo
de Diretora Social da ABORJ, convite que me foi feito pelo atual presidente Dr. Ivan do Amaral
Pereira.
Pretendo conquistar os associados através do trabalho sério que aprendi com o meu pai., que
tinha uma organização preciosa, integração com o museu, o jornal, utilizar a página na internet,
superar as limitações financeiras com criatividade e aproveitar o CIORJ na divulgação. Conto
com seu apoio e o do Dr. Thales.”
KÁTIA
Se pudesse escolher , o que gostaria de ser.?
REGINA
Ela me olhou com malícia e respondeu: “Um sheik árabe cheio de dólares, para viver viajando
sem me preocupar com nada, apesar de achar que ser mulher é muito melhor que ser homem.”
KÁTIA
Agora, Regina, última pergunta : O seu amado América, fale-me sobre ele.
REGINA
Influência do meu avô, simpatia natural e um Hino vibrante imortalizado por Lamartine Babo,
que, por sinal morava ali na Rua Aristides Lobo.
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