Resumo Cap. 6 – 6a Série
Capítulo 6 – Cuidando do solo
1. O solo
O solo é a camada da superfície da Terra capaz de sustentar o crescimento das plantas.
O solo não é apenas um substrato onde se desenvolve a biosfera. Ele determina muito das características da
biosfera. De modo geral, o uso e a potencialidade agrícola dos solos estão estreitamente relacionados às suas
características físicas e químicas, bem como ao clima e ao relevo de cada região.
2. Composição do Solo
O solo é composto de uma parte mineral (resultado da desagregação das rochas) e uma parte orgânica
(formado pela matéria orgânica em decomposição e pelos diversos organismos que vivem no solo). Além desses
componentes, o solo também apresenta água e ar. Veja o esquema abaixo:
O solo geralmente contém partículas sólidas, água e ar.
A parte sólida ocupa mais ou menos a metade (50%) de um
solo.
Desses 50%, aproximadamente 45% representam a matéria
mineral, e 5%, a matéria orgânica.
Os outros 50% do solo são ocupados pela água e pelo ar:
mais ou menos 25% para a água e 25% para o ar.
3. Formação do Solo
O solo nada mais é do que o resultado da ação conjunta de
vários fatores externos (chuva, vento, umidade, etc.) sobre
as rochas, enriquecido com matéria orgânica.
Ao lado, você tem um exemplo de como se dá este processo
chamado de pedogênese. A rocha, dura e sem vida, que
surge na superfície da Terra é a rocha matriz ou rocha
virgem.
O calor do dia e do verão e o frio da noite e do inverno vão,
pouco a pouco, fraturando a rocha.
A água da chuva ajuda a transformar a superfície dura da
rocha em pedaços menores.
A rocha se fende, esfarela e começa a se desmanchar.
As partes planas da reentrância da rocha ficam úmidas.
As primeiras formas de vida que aparecem, transportadas
pelo vento, são as bactérias e as cianofíceas.
A umidade da rocha ajuda as bactérias a decompor o solo em
finos grãos de areia e argila.
Os primeiros seres vivos que surgem na rocha começam a
morrer.
A rocha se apresenta coberta por manchas escuras,
provocadas pela decomposição das bactérias, das cianofíceas
e até de pequenos animais. Essa fina camada de matéria em
decomposição acumula água e muitas substâncias minerais
nela dissolvidas.
Está se formando o solo.
A rocha, agora, está coberta por um belo tapete verde de
alguns centímetros de altura.
São os musgos, que crescem sobre a fina película de solo.
Esses musgos mortos apodrecem e novas camadas vão
nascendo, morrendo e se decompondo.
Dessa forma, o solo vai ficando mais espesso. A quantidade
de húmus aumenta e se mistura com a areia e a argila.
O solo está formado, mais espesso e rico.
Pode manter sobre si uma vegetação variada: desde plantas
rasteiras até árvores de grande porte com raízes profundas.
As árvores podem crescer ali porque o solo já lhes fornece o
que é preciso.
Dessa forma, o solo completa sua evolução.
Depois de formado o solo, se fizermos um corte na crosta terrestre, desde a superfície até a rocha matriz,
veremos o que se chama perfil de solo. Nesse perfil, pode-se observar várias camadas, que também são
chamadas de horizontes.
Horizonte orgânico - é também chamado de serrapilheira. É feito
de material vegetal, ou seja, folhas que, ao caírem das árvores,
vão se decompondo, e de restos de animais que também sofrem
decomposição. É a camada superficial de solos de florestas e
matas.
Horizonte A ou mineralógico - apresenta matéria orgânica bem
decomposta. É o chamado horizonte humífero.
Horizonte B - tem uma coloração bem definida. Quando não entra
em contato com a superfície (quando não é arado, por exemplo)
é
um horizonte de grande acumulação dos materiais transportados
pela água do horizonte A. Possui pequena quantidade de matéria
orgânica.
Horizonte C - é o horizonte mais inferior, próximo à rocha.
Contém pouco ou nenhum material orgânico e poucos
microrganismos. Apresenta grandes pedaços e inúmeros
fragmentos menores de rochas.
Horizonte D – é formado pela rocha matriz.
4. Os tipos de solo
O tipo de solo encontrado em um lugar depende de vários fatores, tais como:
• Tipo de rocha matriz que o originou;
• Clima da região;
• Quantidade de matéria orgânica que o solo contém;
• Tipo de vegetação que o recobre;
• Tempo que ele levou para se formar.
Outra diferença importante é a velocidade de escoamento da água; existem alguns tipos de solo que secam
logo depois da chuva, por exemplo. Essa diferença afeta a fertilidade do solo.
Baseado nas características acima, o solo pode ser classificado em:
• Solo Arenoso – formado de partículas grandes, facilitando a passagem da água e do ar; são permeáveis,
pois não retém a água; ocorre em praias e dunas.
• Solo Argiloso – formado de partículas bem menores que o arenoso; pouco permeável, pois retém muita
água e sais minerais necessários ao crescimento das plantas; bem compactado. Se o solo tiver muita
argila, pode ficar encharcado, cheio de poças após as chuvas. A água em excesso nos poros do solo
dificulta a passagem de ar e prejudica o crescimento das plantas.
• Solo Humífero - solo bastante fértil, rico em humus (restos de animais e vegetais mortos em
decomposição). O húmus ajuda a reter a água no solo, torna-o poroso e com boa circulação de ar e,
através do processo de decomposição dos organismos, produz os sais minerais necessários às plantas.
Os solos mais adequados para o plantio apresentam uma quantidade de areia, argila e húmus. Essa
proporção, facilita a penetração da água e do oxigênio utilizado pelos microrganismos decompositores. São
solos que retém água sem ficar encharcados.
5. Preparando o solo
Para preservar o solo e garantir boas colheitas, são necessários certos procedimentos , que devem ser
orientados por profissionais. Observe na tabela abaixo, algumas técnicas:
Técnica
Objetivo
Problema no solo
Aração
Remexer a terra até que fique fofa e porosa,
Solo compactado e duro.
permitindo a entrada de água e ar.
Calagem
Uso de calcário para reduzir a acidez do solo.
Solo muito ácido.
Adubação
Acrescentar sais minerais ao solo
Solo pobre em sais minerais
Irrigação
Acrescentar água ao solo para torna-lo úmido para o Solo muito seco
plantio.
Drenagem
Retirar a água que está em excesso.
Solo encharcado, com água em
excesso.
6. Problemas relacionados ao solo
6.1 Erosão do solo
A erosão consiste na remoção das camadas superficiais do solo,
que são as camadas mais férteis.
Com a retirada dessas camadas, o solo fica mais raso, pobre,
esburacado, seco, ácido, pouco poroso e impermeável.
São necessários vários anos para que se forme 1 cm de solo, e a
erosão pode destruir, rapidamente, o que a natureza levou anos
para construir.
São vários os agentes que provocam a erosão das rochas e dos
solos.
Existe a erosão térmica, provocada pelas variações de
temperatura - a ação do calor e do frio sobre as rochas
faz com que elas se contraiam e se expandam; com o tempo,
elas acabam se fragmentando - e também a erosão causada pela
água.
Técnicas para diminuir a erosão:
• Plantações em degraus ou terraços – reduzem a velocidade de escoamento da água.
• Curvas de nível – fileiras de plantas em um mesmo nível (altura) do terreno, deixando espaços entre as
fileiras. A erosão seria bem maior se plantássemos em fileiras verticais, com uma fileira inteira de
plantas na mesma direção do fluxo de água.
• Rotação de culturas – cultivo de plantas diferentes no mesmo terreno, mas em períodos alternados.
6.2 Agrotóxicos
Os agrotóxicos ou defensivos agrícolas são usados para combater as pragas que atacam uma plantação. Os
agrotóxicos podem causar alguns problemas:
• Eliminar insetos úteis (como os que fazem a polinização) e os predadores (que se alimentam dos
organismos que atacam as plantações);
• O número de insetos resistentes a esses produtos tende a aumentar;
• Pode causar o envenenamento e até a morte de pessoas;
Uma alternativa para substituir os agrotóxicos é o uso de manejo integrado de pragas, pois junto com os
agrotóxicos utiliza-se um predador ou um parasita que ataque a praga.
BONS ESTUDOS!!!!!!