2007-2008 Año Polar Internacional
XIX RAPAL
DI: 5
Presentado por: BRASIL
Fecha:
Versión:
Rev. N°:
Punto de Agenda:
Título: SURTO DE INFLUENZA BOCORRIDO NA ESTAÇÃO
BRASILEIRA COMANDANTE FERRAZ-EACFEM
PARTICIPANTES DA XXVI OPERACAO ANTARTICA.
País: BRASIL
Autor:
2007-2008 Año Polar Internacional
SURTO DE INFLUENZA BOCORRIDO NA ESTAÇÃO BRASILEIRA COMANDANTE
FERRAZ-EACFEM PARTICIPANTES DA XXVI OPERACAO ANTARTICA.
Edison Luiz Durigon, Danielle Bruna Leal de Oliveira, Cristina da Cruz Heuseler,
Juliana Cristina Marinheiro, Joaquim Olinto Branco, Jansen de Araujo, Luiz F.
Sanfilippo, Cristina R. Nakayma, Vivian Pellizari.
Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo (ICB/USP)
[email protected] , [email protected]
Introdução
Epidemias e pandemias causadas por vírus da gripe ocorrem de tempos em
tempos ao longo do globo. O presente trabalho propõe estudar os vírus que possam
estar presentes na região antártica associados a animais silvestres que residem no
local, bem como elucidar os aspectos ecológicos e genéticos dos envolvidos nesta
interação. As doenças virais se espalham com facilidade através do globo. Aves,
mamíferos e peixes antárticos também estão incluídos nos estudos epidemiológicos. A
presença de vírus em populações humanas na antártica também já foi relatada.
Desafios que o ambiente extremo apresenta ao sistema imune, ou até mesmo o
próprio período de confinamento do grupo de pesquisa e de trabalhadores nas
estações antárticas, permite a ocorrência de novos surtos de algumas viroses.
Objetivos
Pesquisar a presença de vírus que possam estar circulando entre os participantes
das Operações Antárticas.
Metodologia
O presente trabalho foi realizado na Península Keller, localizada na Ilha Rei
George, onde esta situada a Estação Antártica Comandante Ferraz-EACF. O estudo
foi iniciado com a colheita de 15 amostras de pessoas que apresentaram quadro de
gripe, com sintomas clínicos de febre, dor de garganta, tosse seca, mialgia, dor de
cabeça, e impossibilidade de realizar trabalhos.Foram colhidos secrecao de orofarige
de cada indivíduo, e as amostras foram processadas no próprio laboratório base da
EACF. O RNA viral foi extraído das amostras de secreção, utilizando o kit de extração
Lysin Buffer (BioMerieux). O cDNA foi transcrito a partir de 50 ul de RNA extraído,
submetidos a uma temperatura de 37o C por duas horas, utilizando o kit High-Capacity
cDNA arquive (Applied Biosystems),
Ao final da reação às amostras foram
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congeladas a -20º C. Para o diagnóstico das amostras colhidas, foi aplicada a
detecção direta dos produtos amplificados pelo método de PCR e gel de agarose.
Para tal, foram utilizados primers específicos na detecção de nove vírus respiratórios:
Vírus
da
Influenza
A,
Vírus
influenza
B,
Vírus
Sincicial
Respiratório,
MetapneumovirusHumano, Vírus da Parainfluenza 1, 2, 3, Adenovirus e Bocavirus.
Resultados e Conclusão
Através da técnica utilizada para detecção de vírus respiratório, foi possível
detectar nove amostras positivas para o vírus Influenza B das quinze amostras
testadas. Não foi detectado nenhum outro vírus respiratório nas amostras negativas o
que nos deixa seguro em concluir que o surto ocorrido na Estação Ferraz em 2007 foi
causado pelo vírus da Influenza B. O estudo clínico realizado pela médica da EACF
possibilitou o achado do caso índice que foi responsável pelo surto ocorrido. A análise
epidemiológica mostrou que o pesquisador AJP apresentou os primeiros sintomas da
doença na cidade de Punta Arenas antes de embarcar para a EACF. O surto iniciou-se
após três dias de permanência do pesquisador AJP na Estação, o que coincidiu com o
período de incubação deste vírus. Num período de sete dias mais 14 novos casos
ocorreram, incluindo pesquisadores e três membros do grupo base, inclusive a subcomandante da estação.
Nosso resultados mostram claramente a necessidade de vacinação para
Influenza de todos os participantes da operação antártica.
Palavras chave:Influenza B; PCR; Antártica, Pandemia de Influenza, Vacina.
Proantar-CNPq