Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências da Saúde Curso de Farmácia Disciplina de Química Medicinal Farmacêutica Agentes Antivirais INTRODUÇÃO Vírus Os vírus constituem uma classe de agentes infecciosos que diferem de outros agentes causadores de doenças. Devido a sua constituição extremamente simples, os vírus se reproduzem dentro das células hospedeiras (parasitas intracelulares) às custas do sistema metabólico do hospedeiro. Os vírus podem atacar bactérias, plantas e animais. Tamanho dos vírus: 0,02 a 0,40 μm (microscópio eletrônico). Principais vias de transmissão: tratos respiratório, gastrointestinal e genital, pele, urina, sangue e placenta. A infecção depende do sistema imune do hospedeiro, da severidade e do tipo de vírus. Constituição do vírus: - ácido nucléico (DNA ou RNA) - capsídeo (revestimento protéico do material genético) - envelope (revestimento externo ao capsídeo, formado por glicoproteínas; nem todos os vírus possuem o envelope). Doenças viróticas Queratoconjuntivite herpética: infecção séria causada por vírus da herpes simples, leva ao escurecimento da córnea → cegueira. Herpes zoster: causada por vírus varicela zoster (também catapora). SIDA (AIDS) Profilaxia: vacinas Outras na tabela a seguir. ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 1 ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 2 Ciclo de replicação viral: O processo de replicação é complexo e varia de acordo com o tipo de vírus. Estado de doença: um número suficiente de células mortas no final do processo. ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 3 Agentes Antivirais Conceito: são substâncias usadas no tratamento e profilaxia das doenças causadas por vírus. As infecções viróticas excedem todas as outras categorias de doenças: cerca de 60% das doenças humanas são causadas por infecções viróticas. Estes dados explicam o grande esforço na busca de agentes antivirais. Apesar de muitos esforços, não se tem muitos avanços na quimioterapia antiviral. Os principais problemas são o íntimo relacionamento entre os vírus e as células hospedeiras, o que faz com que os fármacos com atividade antiviral sejam tóxicos também para a célula hospedeira e o diagnóstico tardio das viroses. São poucos os antivirais que se encontram em uso clínico. 1. Agentes envolvidos na inibição dos estágios da replicação viral Amantadina R R=H Adamantano R = NH Adamantina (amantadina) R= NH2 CH3 Rimantadina Amina tricíclica simétrica. Derivado sintético. Inibe a penetração da partícula viral na célula do hospedeiro. Também inibe os primeiros estágios da replicação viral, bloqueando o desencapsulamento do genoma viral. Bem absorvida oralmente. Usos: efetivo clinicamente na prevenção e tratamento de infecções por cepas de influenza A (vírus RNA), e em menor extensão, do vírus da rubéola e no tratamento da queratoconjuntivite herpética. Também usada como antiparkinsoniano. Baixa toxicidade nos níveis terapêuticos, mas causam diversos sintomas no SNC: nervosismo, irritabilidade, confusão, dor de cabeça, insônia, depressão e alucinações. Rimantadina Mais ativo contra influenza A e menos efeitos no SNC. Parece interferir no desencapsulamento, pela inibição da liberação de proteínas específicas. Pode atuar pela inibição da transcriptase reversa ou da síntese de RNA viral, mas não inibe a adsorção ou penetração. Usada na Rússia e Europa. Ainda não é aprovada pelo FDA. Tromantadina Atividade moderada contra HSV tipos 1 e 2, herpes labial e genital. ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 4 2. Agentes que afetam a translação dos ribossomos Metisazona H N N NH2 S O N CH3 Metisazona Tiossemicarbazona Usada na prevenção e tratamento da varíola (vírus de DNA). Devido a erradicação da varíola, a metisazona tornou-se obsoleta. Mecanismo de ação: inibe a síntese de RNA viral, por bloquear a transcrição DNA → RNA 3. Agentes que interferem com a replicação do ácido nucléico Aciclovir O N HO O NH N N NH2 Aciclovir Análogo sintético da desoxiguanosina no qual o grupo carboidrato é acíclico. Possui um mecanismo único de atividade antiviral. Ativo contra certas infecções do vírus da herpes (HSV-1, labial e HSV-2, genital), que induzem timidinoquinase específica do vírus e/ou DNA polimerases. O aciclovir inibe essas enzimas. O aciclovir reduze significativamente a síntese de DNA na célula infectada pelo vírus sem afetar a replicação de células não infectadas. Mecanismo: 1. o aciclovir é convertido em aciclovir monofosfato ativo dentro da célula pela timidinoquinase viral. Esta reação de fosforilação ocorre mais rapidamente na célula infectada pelo vírus herpes (maior afinidade da timidino quinase viral pelo aciclovir). É posteriormente convertido em di e trifosfato pela enzima celular guanosina monofosfato quinase. A quantidade de aciclovir trifosfato nas células infectadas é 40 a 100 vezes maior que nas células não infectadas. 2. o aciclovir trifosfato inibe a DNA polimerase viral em menor concentração que a DNA polimerase celular. É incorporado à cadeia de DNA viral durante a síntese de DNA. Como o aciclovir trifosfato não tem grupo OH em C-3’ do açúcar, termina a elongação da cadeia de DNA. 3. o aciclovir é preferencialmente captado pelas células infectadas pelo vírus herpes, quando comparada com células não infectadas. Ganciclovir O N HO O N NH N NH2 OH Ganciclovir análogo do aciclovir (1991) inibe a DNA polimerase (mecanismo semelhante ao aciclovir). Sua fosforilação não requer timidinoquinase vírus específica. Mais tóxica para as células humanas (risco de vida ou perda da visão – uso limitado). É absorvida como pró-droga e fosforilada pelas quinases vírus induzidas. ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 5 Administrado via intra-venosa (pobremente absorvida via oral). Usado em casos de herpes e retinite por CMV (citomegalovírus), em pacientes imunossuprimidos e SIDA. Ribavirina O N HO O NH2 N N HO HO Ribavirina Antiviral de amplo espectro (vírus de RNA e vírus de DNA). Usos: hepatite viral, infecções herpéticas. Mecanismo: inibe enzimas envolvidas na biossíntese do ácido guanílico. Idoxuridina (IDU) O H I N O HO N O HO Idoxuridina Nucleosídeo contendo pirimidina halogenada e análogo da timidina. Mecanismo: é primeiro fosforilada pela timidinoquinase da célula do hospedeiro à forma ativa trifosfato. É incorporada ao DNA, levando à formação de um falso DNA. Na transcrição, proteínas virais defeituosas são formadas, resultando em partículas virais inefetivas. Também inibe a DNA polimerase viral. A idoxuridina trifosforilada inibe a DNA polimerase celular em menor extensão que a DNA polimerase do HSV, que é necessária para a síntese de DNA viral. Usos: queratoconjuntivite herpética e herpes labial (uso tópico). Apresenta muitos efeitos colaterais quando o uso é sistêmico: mutagênico, imunossupresivo. Pode provocar resistência. Trifluorotimidina O H O HO CF3 N N O HO Trifluorotimidina • • • Antimetabólito da timidina. Mecanismo de ação: semelhante ao IDU. Usos: Queratoconjuntivite herpética resistente ao IDU. ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 6 Citarabina (Ara - C) H2N N O HO N O HO HO Ara -C • • • • Arabinofuranosilcitosina. Usos: herpes zoster, encefalite herpética, queratoconjuntivite herpética. Mecanismo: é incorporado ao DNA e inibe a DNA polimerase (bloqueia a utilização da desoxicitidina). Tempo de ação curto (T ½ = 3 a 9 min). H2N O N O HO HN N O citidina O HO desaminase HO N O HO HO HO Ara - U Ara -C (inativo) • A atividade poderia ser aumentada pela administração concomitante de inibidor da citidina desaminase. Vidarabina (Ara-A) NH2 N N HO O N N HO HO Ara - A • • • • • Arabinofuranosiladenina. Obtido a partir de culturas de Streptomyces antibioticus. É metabolizado pela adenosina desaminase (plasma e células vermelhas) a arabinosil hipoxantina (Ara-Hx). Usos: queratoconjuntivite herpética, encefalite herpética. Mecanismo: inibição da DNA polimerase viral; não é incorporada ao DNA (atua nas primeiras etapas da síntese do DNA). O NH2 N N HO O HO HO Ara - A T 1/2 = 1h N N N adenosina N HO O N H N HO desaminase HO Ara - Hx (fracamente ativo) T 1/2 = 3,5h ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 7 O N N HO O H2N O H NH N NH2 CH3 N O HO N N O HO O Desoxiguanosina N N O N N HO OH Desoxicitidina Timidina N HO O OH HO NH2 Desoxiadenosina 4. Outros Fosfonoacetato de sódio O + Na O - P CH2COO - Na + . H 2O OH Fosfonoacetato de sódio • • • Fosfoneto sódico. Usado no tratamento da queratite herpética. Inibe a síntese de DNA viral por inibição da DNA polimerase e da transcriptase reversa. Interferons • • • • • • • • • • • Descobertos em 1957 por Isaacs e Lindenmann. Protege a célula de infecções virais posteriores. Inibe o crescimento viral, a multiplicação celular e a atividade imunomodulatória. Especulação: interferon é um fator antiviral natural, possivelmente formado antes da produção de anticorpos e pode ser o mecanismo normal de resistência contra infecções virais. Interferon: mistura de pequenas proteínas com peso molecular de 20.000 a 160.000. são glicoproteínas que exibem atividade antiviral espécie específica. Três tipos: α → secretados pelos leucócitos β → secretados pelos fibroblastos humanos γ → secretados pelos linfócitos T Escassos e difíceis de purificar → limitante clínico Interferon α → amplo espectro, atua nas células infectadas pela ligação a receptores específicos na superfície das células. Inibem a transcrição e tradução do mRNA em ácido nucléico viral e proteínas. Interferon β → obtido em 1993 por tecnologia do DNA recombinante (PCR). Semelhantes aos hormônios polipeptídicos e funcionam como comunicação célula a célula para transmitir mensagens específicas. Estratégia: uso de indutores da produção de interferon em humanos (tilorona: ativo em ratos mas inativo em humanos). O H3C N O O H3C N CH3 CH3 Tilorona • Desvantagens dos indutores da produção de interferon (impedem seu uso): febre, dores de cabeça, mialgias, leucopenia, náuseas, vômito, diarréia, hipotensão, alopecia, anorexia e perda de peso. ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 8 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA = AIDS) • • • • • A SIDA é considerada a doença microbiana mais importante atualmente. Inicialmente a SIDA foi definida como o desenvolvimento do estado de doença caracterizado pelo aparecimento de infecções oportunistas ou do sarcoma de Karposi (neoplasma) em pessoas sem causa conhecida de imunodeficiência. Posteriormente (1981), constatou-se que esta imunodeficiência era conseqüência da diminuição de linfócitos T, devido à replicação do retrovírus HIV. A identificação do HIV como agente causador da SIDA se deu em 1984. Já em 1985 descobriu-se que o AZT inibia a replicação do HIV in vitro. Em 1987 (seis anos após o descobrimento da AIDS e dois anos após os primeiros testes in vitro com o AZT), o AZT foi aprovado pelo FDA para ser usado em pacientes com infecções graves. A partir do conhecimento do ciclo de replicação do vírus HIV é possível estabelecer estratégias para desenvolver fármacos ativos contra o vírus. Replicação do HIV • • • • • • • • • • • A replicação do HIV é um processo complexo que compreende um grande número de etapas. Inicialmente, o envelope do vírus se fixa sobre a membrana celular dos linfócitos T, envolvendo a interação das glicoproteínas do envelope (GP120) e as glicoproteínas CD4 ou T4, da membrana celular. As moléculas de glicoproteínas CD4 são abundantes nos linfócitos T (os linfócitos T são reguladores fundamentais do sistema imunitário e quando os mesmos desaparecem os indivíduos tornam-se sensíveis às infecções oportunistas e às afecções malignas). As glicoproteínas GP120 do envelope viral se integram à membrana celular dos linfócitos T infectados e se fixam às moléculas CD4 de células não infectadas, levando à fusão com formação de sincítias [um medicamento que bloqueasse a interação GP120 (envelope viral) com as moléculas CD4 (membrana celular) impediria tanto a replicação quanto a formação de sincítias, ex. anticorpos]. Após a penetração do vírus na célula hospedeira há a liberação do RNA e da transcriptase reversa da capa protéica [poderia-se ter substâncias que impedissem esta liberação]. Ocorre então a síntese de DNA a partir do RNA viral por ação da enzima transcriptase reversa [substâncias poderiam impedir a transcrição e a síntese de DNA viral, ex. AZT] e a inserção do DNA no cromossomo da célula infectada. Posteriormente, o DNA pró-viral é transcrito em mRNA, que a maquinaria biossintética da célula traduz em proteínas virais [oligonucleotídeos anti-sense poderiam bloquear a tradução do mRNA em proteínas virais ou impedir a síntese de proteínas virais]. As proteínas virais sofrem modificações adequadas, se juntam e há formação de nova partícula viral, que deixa a célula [substâncias poderiam impedir a modificação das proteínas ou a reunião dos constituintes do novo vírus, ex. inibidores de proteases]. O interferon age impedindo a reunião dos constituintes virais. Os fármacos atualmente usados para o tratamento da SIDA (AIDS) são os inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (bloqueiam a síntese do DNA viral), os inibidores de transcriptase reversa não nucleosídeos e os inibidores de proteases (inibem as modificações das proteínas virais). Outros vêem sendo testados para introdução na terapêutica. Os análogos de nucleosídeos bloqueiam a síntese de DNA viral por dois mecanismos: 1) inibem a transcriptase reversa e 2) impedem o alongamento da cadeia do DNA. Por serem análogos de nucleosídeos, eles têm afinidade pela enzima e por não apresentarem a hidroxila em C-3’, impedem o alongamento da cadeia. Os fármacos são ativados, isto é, transformados em trifosfato dentro da célula hospedeira (não são absorvidos pela célula, se usados como trifosfato). A eficiência terapêutica dos análogos de nucleosídeos depende da facilidade de penetração na célula e da tendência à fosforilação subseqüente. Os didesoxinucleosídeos têm afinidade por várias enzimas do organismo (inconveniente). ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 9 Pour la Science, mar/1987 ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 10 Mecanismo de ação dos inibidores de TC do tipo nucleosídeos: ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 11 1. Inibidores de transcriptase reversa (TC) do tipo nucleosídeo Zidovudina (AZT) O H N CH3 O HO O N3 AZT • • • • • • • • • • • AZT (azidotimidina) - 1987. Análogo da timidina na qual um grupo azido é substituído no carbono 3’ da didesoxirribose. Ativo contra vírus de RNA (retrovírus): SIDA, leucemia de células T (HTLV: human T-cell lymphotropic virus). É convertida a mono, di e trifosfato pela timidinoquinase celular. Os fosfatos são incorporados ao DNA pró-viral, pois o AZT-trifosfato é usado como substrato pela transcriptase reversa (RNA → DNA pró-viral). Este processo previne a ligação 5’,3’-fosfodiéster, resultando na terminação da elongação da cadeia de DNA devido à presença do grupo azido em 3’ no AZT. Inibição seletiva da DNA polimerase viral pelo trifosfato de zidovudina. Inibe o HIV-1 (potente inibidor), HIV-2 e vírus Epstein-Barr. Sintetizada em 1964 por Horwitz e colaboradores. Efeitos colaterais: mais graves: tóxica para a medula óssea e causa anemia macrocítica, neutropenia e granulocitopenia; menos graves: dores de cabeça, insônia, náuseas, vômito, mialgias, ansiedade e confusão. Sensível ao calor e luz devido ao grupo azida (armazenada em recipientes opacos a 15ºC - 25ºC). Bem absorvida pelo TGI (usada em forma de cápsulas). Usada na SIDA, em pacientes assintomáticos ou sintomáticos (aumenta a sobrevida e diminui as infecções secundárias) e na profilaxia de profissionais da área de saúde (exposição ocupacional). Didanosina (DDI) O N HO N O N NH2 H N N in vivo Didanosina (DDI) • • • HO N O N N Didesoxiadenosina (DDA) Didesoxiinosina. Sofre biotransformação intracelular dando trifosfato de didesoxiadenosina, metabólito ativo, que inibe a transcriptase reversa, com o que a replicação do HIV é suprimida. Usos: SIDA Zalcitabina (DDC) NH2 N HO O N O Zalcitabina (DDC) • Didesoxicitidina. ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 12 • • • • Análogo da citidina. Mecanismo: In vivo, sofre fosforilação pelas enzimas celulares a trifosfato de DDC, metabólito ativo que inibe a transcriptase reversa suprimindo a replicação viral. É um terminador da elongação da cadeia de DNA. Sua potência contra o HIV in vitro é cerca de 10 vezes maior que a da zidovudina. Usos: SIDA. Estavudina O H CH3 N O HO N O Estavudina Análogo da timidina. Lamivudina NH2 N (-)-SddC O HO N O análogo do IDC estereoisômero não natural S Lamivudina (3TC) Abacavir (ABC) HN N NH HO N N NH2 Abacavir (ABC) 2. Análogos de nucleotídeos NH2 N N N O N O O P O O O O O O O Tenofovir diisopropil ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 13 3. Inibidores de transcriptase reversa não-nucleosídeos O H N H3C F 3C CH3SO2NH Cl N N CH2 O N N H N H O HN N Delavirdina Efavirenz Nevirapina N N 4. Inibidores de protease N N Ph OH OH N N N O O NHC(CH3)3 O O NH NH S H CH3 OH NH NH N Ritonavir O N OH Ph NH2 S O NH O Indinavir O NH H N O O O NH O N NH O CH3 NHC(CH3) 3 Ph OH Ph NH O CH3 H3C Lopinavir Saquinavir NH2 CH3 SPh O O NH CH3 CH3 O N NH CH3 NH OH CH3 Ph O N SO 2 HO Amprenavir Nelfinavir CH3 H3C 5. Estimulantes da produção de interferon H3C H3C N N N NH2 Imiquimod Novas estratégias no combate ao HIV (ainda em estudos): a) Inibidores da fusão ou entrada b) Inibidores de integrase c) Inibidores da transcrição ____________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Angela C. L. B. Trindade - UFPR 14 Terapia combinada (100 vezes mais poderoso que o AZT sozinho): 2 inibidores de transcriptase reversa do tipo nucleosídeo/nucleotídeo + 1 inibidor de transcriptase reversa do tipo não-nucleosídeo. Ex: zidovudina (AZT) + lamivudina (3TC) + efavirenz Ou 2 inibidores de transcriptase reversa do tipo nucleosídeo/nucleotídeo + 1 inibidor de protease. Ex: zidovudina (AZT) + lamivudina (3TC) + ritonavir Bibliografia KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER, J. H. Química Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. Cap. 35, p. 649. MARTIN, A. R. Antiviral agents. In: DELGADO, J. N.; REMERS, W. A (ed.) Wilson and Gisvold’s textbook of organic medicinal and pharmaceutical chemistry. 10th ed. Philadelphia: Lippincott Willians & Wilkins, 1998. Cap. 11, p. 327. MOHAN, P. Anti-AIDS agents. In: FOYE, W. O. et al. Principles of medicinal chemistry. 4th ed. Media: Williams e Wilkins, 1995. Cap. 39, p. 862. SETHI, M. L. Antiviral agents. In: FOYE, W. O. et al. 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