AU TO RA L TO EI DI R DE UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES LE I PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” EG ID O PE LA AVM FACULDADE INTEGRADA OT O PAPEL DO PORTAL ‘E-DEMOCRACIA’ PARA O TO PR FORTALECIMENTO DA ACCOUNTABILITY. GOVERNO ABERTO DO CU M EN UM ESTUDO DA EXPERIÊNCIA DA PARCERIA PARA Por: Adriana Alvares Orientador Prof. Dr. Antonio Fernando Vieira Ney Brasília-DF 2013 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O PAPEL DO PORTAL ‘E-DEMOCRACIA’ PARA O FORTALECIMENTO DA ACCOUNTABILITY. UM ESTUDO DA EXPERIÊNCIA DA PARCERIA PARA GOVERNO ABERTO Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Pública. Por: Adriana Alvares 3 AGRADECIMENTOS Aos professores e amigos que contribuíram para que este trabalho fosse concluído. 4 RESUMO Este estudo tem como objetivo demonstrar a importância de instrumentos desenvolvidos pelos atuais governos e que, de alguma forma, fomentem o desenvolvimento da democracia. A ideia é perceber que a sociedade passar a interagir, cobrar e participar mais intensamente desde que haja instrumentos que possibilitem tal interação. O programa estudado neste trabalho é Parceria para o Governo Aberto (Open Government Partnership). Assim, durante a pesquisa foram avaliadas as participações da sociedade civil, de uma maneira genérica, nos diálogos virtuais que estão em curso e ocorrem no ambiente virtual do Portal e-Democracia. Desse modo, nas análises dos diálogos e, principalmente, na análise do 1º Plano de Ação, que resultou de uma conclusão do trabalho, foi utilizado a demonstração da importância de tais interações em ambientes virtuais para a consolidação de alguns princípios democráticos e do desenvolvimento de temáticas relacionadas à accountability. 5 METODOLOGIA O método consiste na navegação orientada e na avaliação dos recursos e informações disponíveis no Portal e-democracia, no estudo específico sobre a Parceria para Governo Aberto (Open Government Partnership). O estudo pretende indicar que, embora possamos identificar diferenças pontuais quanto ao desempenho dos portais de comunicação virtual como um todo, a maioria dos Portais que promovem a participação virtual do cidadão sustentam um padrão similar. Este padrão é caracterizado por uma boa desenvoltura nos itens de publicidade, mas ainda carece de maior desempenho de elementos voltados para accountability e sustenta um desempenho aquém do desejado para o item referente à participação. Portanto, no Projeto será analisado, qualitativamente, alguns fóruns e discussões promovidos no Portal e-Democracia. O trabalho irá analisar as formas de interação e de participação social nos fóruns de discussão, nas sugestões de propostas e nas demais formas de expressão da sociedade no Portal e-Democracia, no caso específico das propostas de compromissos a serem incluídos no novo Plano de Ação brasileiro junto à parceria para o Governo Aberto. Será feita a análise dos fóruns de discussão referentes aos cinco desafios que norteiam a Parceria para o Governo Aberto: • Melhoria da Prestação de Serviços Públicos: medidas que visam aprimorar um amplo rol de serviços públicos oferecidos aos cidadãos como saúde, educação, justiça criminal, água, eletricidade, telecomunicações, entre outros. O objetivo é ampliar tanto a qualidade, quanto o acesso a esses serviços a partir do estímulo a métodos e soluções inovadoras. • Aumento da Integridade Pública: ações ligadas à ética pública e combate à corrupção, acesso à informação, reforma de financiamento de campanha, liberdade da sociedade civil e da mídia. 6 • Gestão Mais Efetiva dos Recursos Públicos: envolve medidas que versam sobre gestão orçamentária, compras e licitações governamentais, gestão e preservação de recursos naturais, assistência internacional. • Criação de Comunidades Mais Seguras: a partir de uma compreensão ampliada de segurança, esse desafio aborda não só a melhoria e ampliação da segurança pública no que refere a controle da violência e criminalidade, por exemplo, como também respostas a situações de crise e desastre, e a ameaças ambientais. • Aumento da Responsabilidade Corporativa: estimular e garantir que as empresas e corporações sejam mais sensíveis ao contexto em que operam, atuando de maneira responsável em áreas como meio ambiente, combate à corrupção, proteção ao consumidor e engajamento comunitário. A pesquisa será feita no próprio ambiente virtual de discussão e nos documentos de análise divulgados pela Controladoria-Geral da União (CGU), a exemplo do balanço da implementação do Plano de Ação do Brasil junto à Parceria para Governo Aberto (Open Government Partnership - OGP). Tais documentos contêm informações sobre o andamento de cada uma das ações previstas a fim de permitir o acompanhamento pela sociedade. Dos 32 compromissos assumidos pelo governo brasileiro, 22 já foram cumpridos, três estão em andamento dentro do prazo, cinco estão atrasados, e dois ainda não foram iniciados.1 Desse modo, juntamente com os mecanismos acionados pela mobilização e participação social, ao atribuir visibilidade às demandas da esfera pública, o Portal eDemocracia poderia atuar como agente de visibilidade de novos atores sociais, dando existência a opiniões e perspectivas diferenciadas (YOUNG, 2006). Logo, a accountability social seria também viabilizada pela mediação destas instituições e pelos novos meios de comunicação interativa, os quais incorporam a representação coletiva da opinião pública. 7 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS ............................................................................................. 3 SUMÁRIO.................................................................................................................7 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................8 1. CAPÍTULO I: A importância da internet como meio de comunicação virtual: a iniciativa do Portal e-Democracia.................................................................................. 12 1.1 O conceito de esfera pública proposto por Habermas .......................... 15 1.2 O crescimento da esfera virtual ............................................................ 18 2. CAPÍTULO II: Os instrumentos de participação virtual e a viabilidade para a realização da accountability........................................................................................... 21 3. CAPÍTULO III: Experiências do ‘e-Democracia’ : O Plano de Ação Brasileiro do Governo Aberto.............................................................................................................29 3.1 Da ‘nuvens’ para a realidade: o caminho das discussões virtuais para o mundo real...................................................................................................................... 31 CONCLUSÃO........................................................................................................43 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................... 46 ANEXOS.................................................................................................................49 ANEXO 1 ............................................................................................................... 48 ANEXO 2 ............................................................................................................... 49 8 Introdução O famoso empresário de Comunicação e dono de diversos conglomerados de mídia do mundo, Rupert Murdoch, certa vez disse que "A 2Internet foi a mudança mais fundamental durante minha vida e para centenas de anos. Alguém outro dia disse, 'É a maior coisa desde Gutenberg', e então outra pessoa disse 'Não, é a maior coisa desde a invenção da escrita'." Dentre tantos aforismo anônimos que tentam explicar o conceito da Internet, ainda não podemos conceituar a real transformação que ela vem causando na sociedade moderna. Até mesmo estudiosos e acadêmicos do assunto vez por outra, declaram-se surpresos com a dimensão que os diversos instrumentos da comunicação virtual são capazes de produzir. A discussão a respeito da utilização da Internet para fins democráticos e o papel que ela vem desempenhando nas democracias contemporâneas tem superado uma fase de especulações a respeito do que os new media podem vir a representar e, atualmente, tem evoluído no sentido de considerar os usos que diversos atores fazem da rede e as consequências práticas que ela traz para os processos políticos (GOMES, 2008; MAIA, 2008; MARQUES, 2008). Assim sendo, uma parcela dos autores dedicados a pensar a deliberação pública na Internet tem buscado em ferramentas como salas de bate-papo (chats), listas de 2 A palavra Internet é tradicionalmente escrita com a primeira letra maiúscula, como um nome próprio. Internet Society, Internet Engineering Task Force, ICANN, World Wide Web Consortium e várias outras organizações relacionadas usam essa convenção em suas publicações. Da mesma forma, vários jornais, revistas e periódicos usam o mesmo termo, incluindo The New York Times, Associated Press eTime. Outras organizações alegam que a primeira letra deve estar em minúsculo (internet), e que o artigo "a internet" é suficiente para distinguir entre "uma internet", usada em outras instâncias. Publicações que usam essa forma estão ausentes no meio acadêmico, mas presentes em médias como The Economist e The Guardian. Internet e internet possuem significados diferentes. Enquanto internet significa um conjunto de redes de computadores interligadas, a Internet se refere à internet global e pública, disponibilizada pelo Protocolo de Internet. Dessa forma, existem inúmeras internets espalhadas por redes particulares, seja interligando empresas, universidades ou residências. Entretanto, existe somente uma rede única e global, o conjunto de todas as redes, a Internet. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet). A nota acima se justifica já que neste Projeto de Pesquisa será utilizada a palavra “Internet”, com letra maiúscula. 9 discussão, consultas públicas e fóruns online elementos que sustentem a hipótese de que a web pode não apenas fortalecer a democracia sob o ponto de vista da transparência e da accountability como também ampliar a participação política dos cidadãos com vistas ao questionamento de posições e argumentos que têm como finalidade a formação da opinião pública; além da geração de canais de influência da sociedade sobre as decisões do estado, possibilitando o que se denomina fluxo de poder bottom-up (DRYZEK, 2000). Nesse sentido, o presente Projeto de Pesquisa procura desenvolver uma reflexão a respeito da deliberação online a partir do estudo analítico de determinadas discussões ocorridas no ambiente virtual do Portal e-Democracia, com o objetivo de encontrar experiências interativas que procuram fortalecer os instrumentos de accountabiliy. A ideia principal será, então, analisar como a mediação do Portal e-democracia propicia as formas de controle da Administração Pública e assim, contribui para o fortalecimento nas formas de accountability. As discussões objeto do estudo serão as relacionadas à Parceria para Governo Aberto (Open Government Partnership). O Portal e-Democracia surgiu a partir de uma experiência de caráter institucional promovida pela Câmara dos Deputados e, atualmente, conta com diversas temáticas objeto da participação virtual dos cidadãos. De acordo com o estudo de Miola (2011), sobre os fóruns de discussão do Portal da Câmara dos Deputados e sobre o da Comissão de Legislação Participativa, realizado no escopo do que autores como Lévy (2002) e Gomes (2007) entendem como ciberdemocracia, revelam as influências que o desenho institucional, a natureza dos participantes e as ferramentas ofertadas para interação podem exercer no tipo de debate criado. Neste sentido, especialmente quando ocorre participação mista entre cidadãos e entes públicos, sejam estes últimos mediadores ou participantes diretos do debate, a forma de relação concentra-se na costumeira dinâmica cidadão-Estado, com muitas perguntas e diálogos sendo dirigidos ao participante intrinsecamente visto como ligado ao poder público, em detrimento dos contatos cidadão-cidadão, estes com potencial mais equitativo, ou seja, mais deliberante e menos demandante. 10 No estudo em análise deste Projeto - Parceria para o Governo Aberto- a partir do Portal e-Democracia, cada brasileiro pode participar ativamente dos debates virtuais que já estão em curso. Para isso, basta participar da comunidade do Governo Aberto e interagir com as formas de comunicação disponibilizadas: fóruns e salas de bate-papo. A ideia, de acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), é somar esforços para o enfrentamento de cinco desafios essenciais: melhoria da prestação de serviços públicos, aumento da integridade pública, gestão mais efetiva dos recursos públicos, criação de comunidades mais seguras e aumento da responsabilidade corporativa. Como explica a própria CGU, uma das obrigações dos países que participam da OGP é a apresentação de um Plano de Ação contendo compromissos concretos relacionados à transparência, participação cidadã, prestação de contas (accountability), tecnologia e inovação. Os planos de ação devem ser formulados por meio de uma ampla consulta pública. Além disso, os governos devem criar um fórum ou outro mecanismo de monitoramento permanente para o acompanhamento da implementação dos compromissos assumidos. Assim, o Projeto de Pesquisa irá apresentar a análise de alguns aspectos gerais a respeito dos fóruns promovidos pelo respectivo Portal, assim como esclarecimentos quanto à experiência investigada. O projeto não terá a pretensão de esgotar as análises disponíveis sobre o impacto que as discussões podem influenciar nas formas de accountability, uma vez que os diálogos virtuais do Governo Aberto são contínuos e se constituem de diversas etapas, inclusive presenciais. Os objetivos, por isso, serão: 1.Estabelecer o grau de interação/ interesse dos cidadão na pauta dos assuntos que são discutidos nos Poderes da Administração e que os levam a interagir em tais meios de comunicação, como o Portal e- Democracia. 2.Apontar os mecanismos de controle e as propostas que são acolhidas oficialmente pela Administração Pública e que constituem experiências de sucesso nas discussões no Portal e-Democracia. 11 3.Apontar como a democracia se fortalece a partir de instrumentos de participação virtual 4.Demonstrar como se estabelece a complementaridade alcançada pela fusão entre democracia, participação social e Internet. Portanto, as experiências vivenciadas no Portal e-Democracia têm demonstrado que o caráter da utilização dos espaços de discussão online por atores da sociedade e do Estado brasileiro promovem indícios de deliberação pública. Assim, este Projeto procurará evidenciar até onde essa deliberação pública influencia as formas de controle da accountability. 12 1. CAPÍTULO I A importância da Internet como meio de comunicação virtual: a iniciativa do Portal e-Democracia Tentar definir os conceitos que melhor resultam no paradigma que hoje se encontra a Internet não é das tarefas mais fáceis, até mesmo entre os estudiosos que se debruçam anos a definir a temática. Assim, serão expostos os graus de interação propiciadas na Internet e que influenciam na dimensão da democracia. Nas variações do debate sobre democracia digital, o que está em jogo é a busca de maior participação da esfera civil nos processos de produção de decisão política. Esta participação pode assumir diversos graus, e sua intensificação seria o imaginário da democracia direta de inspiração grega. Gomes propõe a existência de cinco graus de participação popular no emprego das Tecnologias da Informação e Comunicação, que podem contemplar as diferentes compreensões da democracia, sobre os quais os experimentos e discursos poderiam ser enquadrados (GOMES, 2004b). Nesta parte inicial do estudo serão expostos os conceitos de Castells sobre a sociedade em rede, que de acordo com o autor, tem a capacidade de moldar formas renovadas e pujantes de participação e interação, inclusive dentro de objetivos políticos. Los movimientos del siglo XXI, acciones colectivas intencionadas dirigidas hacia la transformación de los valores y las instituciones sociales, se manifiestan en y a través de Internet. El movimiento obrero, superviviente de la era industrial, se conecta, organiza y moviliza con y en Internet. Lo mismo se puede decir del movimiento ecologista, el movimiento feminista, los diversos grupos pro derechos humanos, los movimientos de identidad étnica, los movimientos religiosos, los movimientos nacionalistas y los defensores de una interminable lista de proyectos culturales y causas políticas. El ciberespacio se ha convertido en un ágora electrónica global donde la diversidad del descontento humano explota en una cacofonía de acentos. [...] Internet no es simplemente una tecnología: es un medio de comunicación (como lo eran las tabernas) y constituye la infraestructura material de una forma organizativa concreta: la red (como antes lo fue la fábrica). En estas dos vertientes, Internet se convirtió en el componente indispensable de la clase de movimientos sociales que están surgiendo en la sociedad red (CASTELLS, 2001, p. 160-1). 13 Ainda nesta mesma linha, Castells (2000) também enxerga nas potencialidades do que nomina como sendo “una sociedad en red”. De todo modo, parece existir certa coesão em torno da ideia de que a tecnologia de forma geral e, neste tempo, a internet de maneira específica, possuem um papel significativo em uma enormidade de estruturas sociais, seja fortalecendo-as, como argumenta Castells (2000), seja criando guetos tecnológicos, como aponta Wolton (2001). Onde se situa a fronteira de interinfluências entre sociedade e tecnologia seguramente não é uma pergunta que se tenha a pretensão de responder neste breve artigo, ainda que desde os clássicos da Sociologia esta pergunta não cale, como bem se observa na obra de Marx, na qual o papel desempenhado pelas inovações tecnológicas de sua época é, tanto reiterada quanto sutilmente, observado. Primeiramente, é necessário explicar os modelos ou graus de democracia que perfazem em diferentes momentos na sociedade. Depois disso, é possível identificar o modelo específico de democracia que melhor se encontram no atual estágio de participação virtual, conforme elencados nos conceitos ainda a serem expostos. Assim, Gomes (2005) e Silva (2005) abordam parte desta questão de forma interessante, propondo a existência de graus diferenciados no que poderia ser visto como uma “democracia digital”, esta contendo formas particulares – mais ou menos intensas – de participação à medida que evolui. Estes graus consistem, sinteticamente em: 1. Primeiro Grau de Democracia Digital: este grau caracteriza-se pelo foco na disponibilização da informação e na prestação de serviços públicos aos cidadãos. As tecnologias de informação e comunicação e a internet seriam ferramentas da democracia por possibilitarem a circulação das informações governamentais básicas e servirem de canais para a prestação de serviços públicos. É um grau comunicativo que privilegia uma interação elementarmente de mão única, em que as TICs são vetores de informações e melhoram a prestação dos serviços públicos prestados; 2. Segundo Grau de Democracia Digital: é o estágio seguinte e diz respeito ao emprego das TICs para escrutinar a opinião pública e utilizar os resultados para a tomada de decisões políticas, ou seja, ocorre uma espécie de “pesquisa” mediada por tecnologias de informação e comunicação com vistas a investigar a posição dos 14 cidadãos sobre certos temas da agenda pública. Ainda que com um papel predominantemente consultivo e de mão única, este grau aproxima-se mais de um canal de comunicação; 3. Terceiro Grau de Democracia Digital: este nível relaciona-se com a clareza da responsabilidade e transparência – também conhecida como accountability – governamentais, particularmente no âmbito da prestação de contas, o que permite uma maior participação e intervenção da sociedade, além de um maior controle social sobre as ações do governo; 4. Quarto Grau de Democracia Digital: este estágio baseia-se na democracia deliberativa, método sofisticado de participação política. Mais especificamente, diz respeito à criação de espaços, ferramentas e instrumentos que possibilitem a discussão igualitária e racional, a qual levaria convencimento mútuo sobre os diversos temas presentes na esfera pública. Em termos das possibilidades da democracia representativa, este nível pode ser visto como o mais aprofundado em termos de participação, pois, dentre outras vantagens, é mantida uma esfera política profissional e, ao mesmo tempo, uma esfera civil articulada; 5. Quinto Grau de Democracia Digital: se, por um lado, o grau anterior é o mais profundo em termos de participação nos assuntos públicos, por outro, o quinto grau é o mais idealista exigindo, inclusive, uma mudança nos paradigmas das democracias representativas ocidentais, o que deveria ocorrer em face de sua aspiração de, utilizando as tecnologias de informação e comunicação, resgatar os antigos ideais de democracia direta, como existiam na Antiguidade Clássica, de modo específico na Grécia. 1.1 O conceito de esfera pública proposto por Habermas A fim de compreender mais detalhadamente o ambiente em que travarão as discussões do Portal, o conceito de esfera pública de Habermas (1984) é fundamental para toda a temática em estudo. O autor apresenta, principalmente a partir da obra “Mudança estrutural da esfera pública”, sua visão sobre um modelo de democracia que 15 privilegia o debate simétrico entre governantes e governados, buscando, assim, dar um cunho mais interativo às concepções predominantes na democracia representativa. Um dos modelos teóricos democráticos utilizados para se fomentar o desenvolvimento da participação democrática na Internet é viável a partir dos conceitos de Habermas e tem seu início nos trabalhos de Manin (1987), cujas percepções diferenciaram o conteúdo do termo deliberação em dois sentidos, quais sejam, como um processo de discussão e como um processo de decisão, vinculando a dependência do último ao primeiro. No entanto, é com Habermas (1994) que a democracia deliberativa ganha fôlego e se apresenta como uma alternativa com a finalidade de propiciar tanto participação quanto envolvimento civil através de atos comunicativos e deliberativos estabelecidos em ambientes nos quais possam manifestar-se sem obstáculos ou pressões. Conforme assevera Dahlberg (2001), é um tipo de democracia que exige grande interatividade, visto que todos devem tanto poder argumentar quanto aceitar que os outros o façam. Neste sentido, as redes digitais e as tecnologias de virtualização podem ter um papel destacado. Mas afinal, o que seria a tal da esfera pública proposta por Habermas? Baseando-se nas possibilidades democráticas introduzidas pela ação comunicativa como vetor de práticas participativas e deliberacionistas desenvolvidas no lócus da esfera pública – local privilegiado onde os cidadãos poderiam buscar decisões consensuadas acerca de seus interesses e dos negócios públicos – Habermas (1984) apresenta, principalmente a partir da obra Mudança estrutural da esfera pública, sua visão sobre um modelo de democracia que privilegia o debate simétrico entre governantes e governados, buscando, assim, dar um cunho mais interativo às concepções predominantes na democracia representativa. Dentre os vários autores brasileiros que discutem as implicações das ideias de Habermas, Avritzer (2000) é um dos que reconhece a relevância da comunicação efetivada nestes espaços relativamente neutros e destinados à deliberação e ao confronto de ideias. Neste sentido, pode-se perceber a centralidade que possui a esfera pública em termos de um lugar vazio de poder (no sentido arendtiano) ao permitir a participação e o envolvimento da sociedade na discussão das questões referentes à administração do 16 espaço público. Antes de avançar mais a discussão, é conveniente que se introduza a conceituação do próprio Habermas a respeito da noção, o qual argumenta que a esfera pública: [...] não pode ser entendida como uma instituição, nem como uma organização, pois, ela não constitui uma estrutura normativa capaz de diferenciar entre competências e papéis, nem regula o modo de pertença a uma organização, etc. Tampouco ela constitui um sistema, pois, mesmo que seja possível delinear seus limites internos, exteriormente ela se caracteriza através de horizontes abertos, permeáveis e deslocáveis. A esfera pública pode ser descrita como uma rede adequada para a comunicação de conteúdos, tomadas de posição e opiniões; nela os fluxos comunicacionais são filtrados e sintetizados, a ponto de se condensarem em opiniões públicas enfeixadas em temas específicos (HABERMAS, 1997, p. 92, grifos do autor). Neste sentido, a possibilidade de pluralidade discursiva dentro da esfera pública parece ser uma condição importante para a manutenção de sistemas democráticos, dado que proporciona a oportunidade de os interlocutores envolvidos no mundo social manifestarem suas convicções e necessidades, pleiteando, assim, transformações e adequações que são vitais à dinamicidade democrática. Se for levado em consideração que o poder, como concebe Foucault (1996), pode ser transitoriamente apreendido, resta claro o grau de relevância que possuem a construção e a manutenção de ambientes onde possam circular com liberdade os discursos racionais. Assim, quanto maior for o número de canais disponíveis e destinados à interação dos atores sociais, teoricamente mais fortalecida estará a democracia. Contudo, ao utilizarmos a percepção habermasiana de esfera pública, é necessária certa cautela para definir-se o que efetivamente seria um espaço deliberativo legítimo ou um simulacro deste. Posto isto, Habermas (1984) teorizou acerca de uma esfera pública formada por um campo de mediação entre a sociedade civil e o Estado, ou seja, entre a esfera privada e o poder público, o qual, utilizando-se da recém-adquirida liberdade burguesa, criticava os governos monárquicos, principalmente a partir dos debates mantidos entre os frequentadores de locais públicos como as casas de chá e os cafés londrinos do século XVIII. A teoria habermasiana, nesse estágio, foi recepcionada com certa cautela pelos diversos críticos que apontavam nuanças de incompletude e negligência de fatores 17 centrais, tais como a omissão de grupos sociais não burgueses e da importância da mídia no processo de construção da informação e da comunicação. Dentre estes críticos ao modelo proposto por Habermas pode-se mencionar Thompson (1998), para o qual as diversas formas de discurso e atividades públicas existentes no século XVIII e XIX foram ignoradas por Habermas em sua formulação original de esfera pública. A exemplo da promoção de espaços públicos de debates que, apesar de teoricamente simétricos, encerram direcionamentos temáticos e estratégicos, outros espaços também podem assemelhar-se com esferas públicas sem, no entanto, sê-las. A internet e seus espaços virtuais parecem estar exatamente no centro deste tipo de discussão, especialmente se for percebido o caráter de excessiva multiplicidade e fragmentação que as ações comunicativas virtualizadas podem adquirir. Em que pese sua obra prolífica de críticas à tecnologia e o fato de estar pessoalmente envolvido na situação, Habermas (2010), em entrevista recente motivada pela ação – aparentemente, um estudante brasileiro que cursa Ph.D. em Ciência Política nos EUA – de um impostor seu na rede social conhecida como Twitter, declarou que a internet não produz esferas públicas mas, principalmente, gera uma espécie de onda comunicativa anárquica. Para o autor, na verdade: […] it releases an anarchic wave of highly fragmented circuits of communication that infrequently overlap. Of course, the spontaneous and egalitarian nature of unlimited communication can have subversive effects under authoritarian regimes. But the web itself does not produce any public spheres. Its structure is not suited to focusing the attention of a dispersed public of citizens who form opinions simultaneously on the same topics and contributions which have been scrutinised and filtered by experts (HABERMAS, 2010, p. 1). 1.2 O crescimento da esfera virtual Por fim, este primeiro capítulo será concluído com a ideia da esfera virtual para que se comece a falar dos principais instrumentos de viabilidade dessa esfera virtual que seria no caso em questão o Portal e-Democracia, um portal de comunicação de diálogo virtual que alimenta a ideia da Parceria para Governo Aberto (Open Government Partnership) De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU) a Parceria para Governo Aberto é uma iniciativa internacional que visa difundir e incentivar 18 globalmente práticas governamentais relacionadas à transparência dos governos, acesso à informação pública e participação social. Desde que os debates burgueses que contestavam os ditames monárquicos começaram a se fazer presentes nos bares e cafés londrinos do século XVIII até a época atual, onde algumas pessoas conhecem seus futuros cônjuges virtualmente em salas de chat da internet, inegavelmente as possibilidades de interação sofreram mudanças radicais. O próprio conceito de “lugar” sofre uma violenta inflexão, podendo agora referir-se a uma rede digital, e não a uma cidade, ou uma casa, tal como ocorre com a ideia de “presença”, que pode relacionar-se com estar conectado a uma determinada rede, e não em ser ocupante físico de uma determinada posição no espaço material. Identidades são construídas assim como começam a ruir na rapidez de um clique, o que também ocorre com as bandeiras virtuais de militâncias sedentas por novidades e por signos digitalizáveis e intercambiáveis. O que todas estas possibilidades relativas a este “admirável mundo novo” criado pelas redes e por suas capacidades de virtualização podem acrescentar às interações políticas, especialmente nas referentes à participação e à deliberação? Ou talvez, a melhor pergunta seja: redes digitais como a internet podem constituir-se em um espaço sério, equitativo e profundo para a deliberação, aos moldes do que ocorreria na esfera pública habermasiana? No que tange à forma e aos limites propostos por Habermas para a esfera pública, seguramente não se pode assumir que sejam consensuais, pois autores como Castells (2001), um dos defensores da internet como esfera pública e espaço discursivo – formado, algumas vezes, por espaços deliberativos combinados, a exemplo dos institucionais e midiáticos –, assim como Lévy (2002), admitem um status privilegiado da web tanto em termos de converter-se em um espaço de discussões e de possibilidades de expressão para grupos marginalizados, quanto em auxiliar na construção de um projeto político interativo, emancipatório e global. Diz Castells (2001) que: Los movimientos del siglo XXI, acciones colectivas intencionadas dirigidas hacia la transformación de los valores y las instituciones sociales, se manifiestan en y a través de Internet. El movimiento obrero, superviviente de la era industrial, se conecta, organiza y moviliza con y en Internet. Lo mismo se puede decir del movimiento ecologista, el movimiento feminista, los diversos grupos pro derechos humanos, los movimientos de identidad étnica, los movimientos religiosos, los movimientos nacionalistas y los defensores de 19 una interminable lista de proyectos culturales y causas políticas. El ciberespacio se ha convertido en un ágora electrónica global donde la diversidad del descontento humano explota en una cacofonía de acentos. [...] Internet no es simplemente una tecnología: es un medio de comunicación (como lo eran las tabernas) y constituye la infraestructura material de una forma organizativa concreta: la red (como antes lo fue la fábrica). En estas dos vertientes, Internet se convirtió en el componente indispensable de la clase de movimientos sociales que están surgiendo en la sociedad red (CASTELLS, 2001, p. 160-1). Pensando na internet como caminho para aumentar a participação civil, temos visões distintas quanto ao seu potencial. Bezerra (2008) identificou essas visões opostas e fez uma releitura: Para fins didáticos, fiz uma releitura de dois modelos utilizados pela literatura especializada e, acrescentando aos mesmos elementos da teoria política clássica e contemporânea, os denominados por “cyberotimistas rousseanianos” e “cyberpessimistas schumpeterianos”. Os primeiros estão relacionados à percepção de que as novas TICs constituem um surpreendente caminho para novos padrões de interação em ambientes democráticos, avanços que supostamente poderiam ser observados tanto na postura de políticos e burocratas, quanto nos próprios cidadãos, fazendo coro, assim, aos ideais do deliberacionismo ou do participativismo. Por seu turno, os “cyberp essimistas schumpeterianos” não acreditam nessa possibilidade incremental das TICs no que tange à participação política, seja pela inexistência de interesse por parte daqueles que estão à frente dos poderes públicos, seja pela apatia quase inerente aos indivíduos, diariamente acossados pelas necessidades e prazeres da vida cotidiana. Dentro dessa perspectiva, a participação política está intimamente relacionada ao modo como os indivíduos percebem o mundo público, ou seja, a política e os governantes, como coisas alheias ao leque de questões com as quais precisam de fato interagir e que, basicamente, dizem respeito ao mundo privado. (BEZERRA, 2008, p. 415). Assim, acredita-se que o principal impacto da Internet é a criação de um subsistema público virtual, meio eficiente para dinamizar o papel da Comunicação e Informação entre o governante e os governados, principalmente os mais conscientes politicamente. A nova tecnologia pode ser capaz de fortalecer as instituições representativas e inserir novos atores ao sistema político, além de dar mais transparência entre os atores políticos. (Braga, 2007) 20 2. CAPÍTULO II Os instrumentos de participação virtual e a viabilidade para a realização da accountability No início do segundo capítulo serão explicadass as formas de controle que constituem os instrumentos de accountability. Dos três tipos de accountability horizontal (O’DONNELL, 1998), vertical e social (PERUZZOTTI e SMULOVITZ, 2001) - é na última que reside o papel da sociedade civil como um mecanismo vertical, não eleitoral, sobre as autoridades políticas baseado nas ações de pressão das associações e movimentos dos cidadãos nos instrumentos de comunicação participativa. As formas recentes de comunicação interativa, possibilitada pela Internet- a exemplo do portal e- Democracia- podem influenciar as formas de controle que são estabelecidas nos órgãos da Administração Pública, os quais buscam uma legitimação social e uma aprovação da opinião pública. A partir, então, de uma prévia discussão nesses meios de interatividade com a sociedade civil seria facilitada a aprovação de propostas institucionais, tais como as políticas públicas. Desse modo, promoveria a satisfação dos principais agentes envolvidos no processo democrático. Ainda no segundo capítulo, uma vez já definido e explicado o ambiente em que ocorrerão as experiências relatadas no Projeto, irei inserir o ambiente virtual dentro do conceito democrático e de participação política. Aqui, uma vasta de autores serão utilizados a fim de explicar desde os conceitos básico de accountability até o desenvolvimento dos graus de democracia em que se desenrolam as discussões de participação virtual. Ressalta-se que desde o início irá ser introduzido o contexto do Portal Edemocracia e das discussões sobre a Parceria para o governo aberto, porém é no segundo capítulo que será detalhado suas ferramentas, para que no terceiro capítulo se analise, enfim, seu grau de interação e resultados das discussões propostas. Abaixo alguns dos conceitos que serão utilizados na pesquisa com a respectiva bibliografia. 21 Governo Aberto: Consiste na formulação e implantação de governança que disponibilize dados do governo que possam ser utilizados pela sociedade em seu benefício e serem submetidos a controle. Como citada na introdução, a discussão a respeito da utilização da Internet para fins políticos e o papel que ela vem desempenhando nas democracias contemporâneas tem superado uma fase de especulações a respeito do que os new media podem vir a representar e, atualmente, tem evoluído no sentido de considerar os usos que diversos atores fazem da rede e as consequências práticas que ela traz para os processos políticos (GOMES, 2008; MAIA, 2008; MARQUES, 2008). Assim sendo, uma parcela dos autores dedicados a pensar a deliberação pública na internet tem buscado em ferramentas como salas de bate-papo (chats), listas de discussão, consultas públicas e fóruns online elementos que sustentem a hipótese de que a web pode não apenas fortalecer a democracia sob o ponto de vista da transparência e da accountability como também ampliar a participação política dos cidadãos com vistas ao questionamento de posições e argumentos que têm como finalidade a formação da vontade e da opinião pública a respeito de temas de ampla concernência; e a geração de canais de influência da sociedade sobre as decisões do estado, possibilitando o que se denomina fluxo de poder bottom-up (DRYZEK, 2000). Desse modo, a utilização da Internet como meio de discussão e participação virtual suscita para as discussões dos assuntos que constituem as palavras-chaves deste trabalho e o elo de ligação entre as partes para o alcance do objetivo geral, qual sejam: accountability, participação civil e democracia da gestão pública. Falar em accountability e participação civil significa pensar em elementos fundamentais para a dinâmica das democracias hoje. Embora estejam inevitavelmente vinculados quando pensamos o sistema democrático de modo mais amplo, é possível tratá-los como eixos distintos, devido às suas ênfases e objetivos. Deste modo, nos próximos parágrafos, tentar-se-á elencar alguns elementos capazes de caracterizar cada um desses eixos apontando elementos básicos de sua importância no sistema democrático e no debate em teoria política. 22 A ideia de accountability adquiriu uma importância expressiva para a democracia entre os autores contemporâneos em teoria democrática (SCHEDLER, 1999; LATTMAN-WELTMAN, 2001; O'DONNELL, 1999; BOROWIAK, 2007). Em um sentido mais amplo, este termo abarca em seu campo semântico elementos como responsividade, publicidade, justificação e responsabilidade e pressupõe uma relação assimétrica de obrigação entre duas ou mais partes, com a possibilidade de punição para uma delas. E por se tratar de uma “relação” entre atores, pode-se compreender melhor este conceito identificando (1) primeiramente as partes desta relação; e (2) o posicionamento dos atores através do qual esta relação pode ocorrer. Quanto às partes envolvidas, a relação de accountability pode ser analisada identificando dois tipos de atores: o principal (algo como o “patrão”) e o agente (que também poderia ser traduzido para “funcionário”). Esta é uma análise inspirada na teoria econômica (ver SAPPINGTON, 1991), mas que é largamente aceita para explicar accountability política em áreas como ciência política e administração pública (HOOD, 2006; KAKABADSE et al, 2003; PRAT, 2006; STRØM, 2000). O principal é a parte de onde emana o poder e para a qual o agente tem obrigações responsivas. Assim, na relação representativa do sistema democrático, os mandatários ou aqueles que ocupam um cargo no Estado (presidente, prefeito, governador, senador, deputado, vereador, etc.) são os agentes. Estes, por sua vez, devem responder e se justificar ao conjunto de seus cidadãos, que constituem o principal da relação. Pode-se distinguir entre accountability horizontal e accountability vertical (O'DONNELL, 1999; WAMPLER, 2005). O primeiro trata da relação entre principal e agente que ocorre numa mesma arena de poder. Por exemplo, quando duas agências do Estado assumem esses papéis onde uma cobra respostas (em nome dos mandatários) e a outra é obrigada a responder. Já o accountability vertical trata da relação de controle público mais geral que caracteriza o sistema democrático: de um lado há o cidadão, como principal; do outro os órgãos do Estado, como agentes. Os atores estão em posições nitidamente verticalizadas: no topo do sistema, como principal, está a soberania popular através da esfera civil; embaixo, como agentes, está o Estado e seus ocupantes. Já em relação à participação civil, assim como ocorre com os demais eixos de análise, existe uma grande expectativa de que os recursos e ferramentas da internet 23 sejam empregados com o propósito de ampliar a participação dos cidadãos nos assuntos públicos, seja como simples receptor de demandas e opiniões da sociedade civil, seja como mecanismo de intervenção direta na tomada de decisão (WEBER et al, 2003; STANLEY & WEARE, 2004). Uma questão, portanto, é procurar saber se os portais parlamentares têm sido projetados com o intuito de permitir algum desses níveis de participação. Também é oportuno notar que ao se pesquisar sobre Transparência, os temas mais encontrados de forma transversal ou em sintonia com este são respectivamente: Government, Open Government, Accountability e Government Communication (este último, incluído o tema informação). Estes conceitos aparecem como palavras-chave ou capítulos, ou até mesmo como sinônimos de transparência, ou governo que se propaga transparente, ou com vocação para a transparência. A pergunta que se segue a esta constatação é: O que é transparência governamental? Quais são os exemplos encontrados na literatura científica que tratam sobre a aplicação da transparência nos órgãos governamentais. A tradução literal para o conceito de Open Government é Governo Aberto, ou seja, Governo Transparente. De acordo com Sharon e Natalie (2010) o governo Obama em 2009 planejou princípios de Governo aberto, neste artigo, chamado pela tradução em 24 inglês Open Government, com três objetivos principais: colaboração, participação e transparência. Hans e Luis (2011) enumeram as iniciativas de Open Government, transparência, colaboração e participação cidadã. Segundo os autores, o acesso público às informações governamentais é uma estratégia para a obtenção de transparência. O primeiro objetivo é abrir uma “janela” para os stakeholders e cidadãos verificarem as ações do governo e responsabilizarem os governantes e órgãos públicos. O segundo objetivo é liberar dados do governo ao público para a geração de valores econômicos e sociais. Foram requeridas das agências governamentais americanas que suas missões, atividades e resultados fossem disponibilizados ao público através da internet (world wide web) para facilitar o diálogo público, solicitar retornos, perguntas e sugestões de melhorias no governo, conforme Sharon e Natalie (2010). Na conclusão da pesquisa o resultado encontrado ainda é pequeno em comparação com o esperado. A expectativa pública e política, de sucesso da informação baseada em Open Government é grande, mas ainda restam desafios, tais como: nos retornos de valores sociais e econômicos, políticas, os mecanismos de governança, os protocolos de gerenciamento de dados, dados e padrões de tecnologia, e uma variedade de habilidades e capacidades, tanto dentro como fora do governo, que são necessários para o sucesso da prática. Para muitos órgãos governamentais, providenciar informações ao público é uma responsabilidade extra que compete com suas atividades finalísticas, analisam Sharon e Natalie (2010) Em setembro de 2011 foi lançada uma parceria para governo aberto, conforme texto abaixo: A Open Govenament Partnership (OGP) ou Parceria para Governo Aberto é uma iniciativa internacional que tem o objetivo de assegurar compromissos concretos de governos nas áreas de promoção da transparência, luta contra a corrupção, participação social e de fomento ao desenvolvimento de novas tecnologias, de maneira a tornar os governos mais abertos, efetivos e responsáveis. O Comitê Diretor Internacional da iniciativa conta, no biênio de 2011-2012, com a co-presidência do Brasil (Controladoria-Geral da União, sob a condução do ministro Jorge Hage) e dos EUA (Departamento de Estado, sob a condução da subsecretária de Estado para Democracia e Assuntos Globais Maria Otero), sendo composto por representantes dos governos do México, África do Sul, Filipinas, Reino Unido, Indonésia e Noruega, além de organizações da sociedade civil do mundo todo, como o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), International Budget Partnership, Africa Center for Open Governance e Revenue Watch Institute, entre outros.Congregando nações e organizações da sociedade civil líderes em transparência e governo aberto, a OGP é um veículo para se avançar mundialmente no fortalecimento das democracias e 25 dos direitos humanos, na luta contra a corrupção e no fomento de inovações e tecnologias para transformar a governança do século XXI3 Os elos então estariam colocados a fim de avaliar a partir da análise dos diálogos e bate- papos, além da repercussão dada à participação virtual dos cidadãos como a participação propicia uma forma de se obter mais informação dos órgãos públicos e suscitar as diversas formas de transparência governamental. Para isso, o objeto será o espaço virtual criado que os internautas- cidadãos em geral- possam contribuir com as propostas para a Parceria para Governo Aberto (Open Government Partnership – OGP), iniciativa internacional que visa difundir e incentivar globalmente práticas relacionadas à transparência dos governos, acesso à informação pública e participação social. O ponto de encontro dessas discussões foi o Portal Edemocracia. O portal da Câmara dos Deputados consiste em um caso notável de implementação de recursos da internet como forma de fornecer inputs à participação dos cidadãos, conforme investigação de Marques (2008). Na análise do conjunto dessas ferramentas o autor destaca o investimento da instituição em diversas modalidades de interação com os cidadãos, que contemplam o fornecimento de informações que servem de subsídio à participação e de instrumentos para aferição das disposições do público e envio de manifestações individuais (como enquetes e endereços de email, respectivamente). A Casa dispõe também canais que viabilizam um espaço de debates onde a troca de razões e argumentos entre cidadãos e representantes seria capaz de “contribuir para a formulação e aplicação das decisões políticas com maior grau de legitimidade” (MARQUES, 2008, p. 348). O objetivo da experiência em tela é contribuir para o entendimento a respeito das iniciativas institucionais deliberativas que pretendem fortalecer canais de mediação entre os tomadores de decisões políticas e a sociedade. Em outras palavras, essa experiência é utilizada como ilustração de ações institucionais promovidas pelos governos para a aproximação dialógica das esferas política e social que lançam mão de 26 recursos já amplamente utilizados na internet, principalmente em iniciativas da sociedade civil.4 Encaixar junto com as questões da democracia participativa ou na parte final da introdução: Nesse sentido, os fóruns de discussão online – experiência na qual se encaixa o objeto de investigação deste artigo – dispõem de características que favorecem tal projeto participativo. Essas e outras sistematizações são utilizadas para analisar as ferramentas discursivas na internet, como os fóruns de discussão online, que venham constituir espaços de deliberação política em âmbitos locais, como o Minnesota e-Democracy (DAHLBERG, 2001), nacionais, como o UK Online (GRAHAM; WITSCHGE, 2003), ou mesmo transnacionais, como o Source d’Europe (COLEMAN; GØTZE, 2001). Das investigações realizadas a respeito dessas experiências, depreende-se duas categorias de formalização dessas arenas. Além dessas características, as discussões promovidas pelo Estado, quando oferecem uma interação direta com agentes estatais, tendem a atrair mais o público por levá-lo a supor que há mais chances de suas reivindicações e argumentos serem levados em conta no momento da decisão política – constituindo aquilo que Nancy Fraser denomina público forte, ou seja, com poder de decisão (FRASER, 1992). A fim de atingir um dos objetivos específicos elencados na introdução, será elencado no Projeto exemplos claros das complementaridades que podem ser alcançadas pela fusão entre democracia, participação e internet que podem ser observados nos fóruns políticos online, nas best practices de accountability, assim como nas versões digitalizadas do Orçamento Participativo, todos estes possibilitando o aumento das possibilidades de intervenção dos cidadãos nos processos relacionados à gestão pública, bem como no controle social dos custos administrativos relacionados à máquina estatal. Uma importante menção será também a promulgação da Lei de Acesso à informação, 4 A título de ilustração, uma rápida busca no diretório de grupos do Yahoo no Brasil pelas palavras-chave “transparência” no texto de apresentação dos grupos redundou em 556 fóruns (Disponível 10/11/2012) 27 que tem demonstrado resultado de muitos esforços reivindicados no ambiente de participação virtual5. No último e terceiro capítulo como será feito a conclusão da análise do material colido no Portal e-Democracia, colocado os graus de participação democrática de forma prática que vem ocorrendo nas participações virtuais. Uma vez que o objetivo deste trabalho consiste em averiguar se as condições oferecidas pelo aparato institucional, da qual gozam os fóruns de discussão online viabilizados pelo Estado e seus agentes, favorecem o estabelecimento e a manutenção de uma arena de discussão que satisfaça os requisitos que caracterizam uma deliberação pública. Sendo assim, a sistematização empírica aqui proposta passa por duas fases. A primeira delas aborda os aspectos do desenho institucional dos fóruns de discussão do Portal e-Democracia com a finalidade de identificar em que medida as escolhas dos agentes estatais influenciam na participação dos cidadãos na internet. Em seguida, partindo para a verificação de alguns requisitos deliberativos, a investigação esquadrinha algumas características do fórum e seus participantes a partir da adaptação de alguns parâmetros previamente discutidos nesta parte do trabalho. Por fim, o artigo se encerra com algumas reflexões teóricas oportunizadas pela análise empírica realizada, ressaltando-se a realidade vivenciada no país a respeito da influência efetiva do cidadão na formulação de políticas públicas. A democracia delegativa é definida como a situação em que o povo — tutelado — outorga plenos poderes a seu governante, que reforça seu papel de tutor. Na democracia delegativa, os eleitores conferem ao governante uma “procuração de plenos poderes”, enquanto nas democracias representativas os governantes estão amarrados às promessas de campanha devendo prestar contas de seus atos. A distinção entre esses dois tipos de democracia encontra-se na accountability: fraca (ou inexistente), nas democracias delegativas, e consolidada nas democracias representativas estáveis. (PINHO, 2008, p. 478) 5 A Lei nº 12.527, sancionada em 18 de novembro de 2011, pela Presidenta da República, Dilma Roussef, regulamenta o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas e é aplicável aos três Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com vigência depois de decorridos 180 dias da publicação. Sua sanção representa mais um importante passo para a consolidação do regime democrático brasileiro e para o fortalecimento das políticas de transparência pública 28 3. CAPÍTULO III Experiências do ‘e-Democracia’: O Plano de Ação Brasileiro do Governo Aberto A experiencia da Parceria para o Governo Aberto também tem sua fase de constacação real, fora da esfera virtual. Assim, neste terceiro capítulo serão analisados os fóruns, bates-papos e comentários dos diálogis virtuais para analisarmos o nível de transparência e se aprofundamento que as propostas chegaram e se tornaram, de fato mais um insitrumento de accountability. As próprias produções do Portal e-Democracia geram relatórios de análises de situação que serão utilizados no estudo como ferramenta de crítica para a propria conclusão deste estudo. Assim, serão contemplados trechos do Plano de Açõa do Governo Brasileiro para que se eslcarece desde a sua concepção inicial até os seu desenvolvimento no plano virtual de diálogo ocorrido no Portal e-Democracia. A participação brasileira na Parceria para Governo Aberto (OGP) reflete o compromisso do país com o fortalecimento da transparência dos atos governamentais, com a revenção e o combate à corrupção e com os ideais democráticos de participação cidadã nos processos decisórios. O processo democrático é um processo contínuo, que não se esgota na escolha de governantes e de representantes políticos por meio do voto. Deve ser fortalecido e aprofundado, beneficiando-se no século XXI das novas tecnologias da comunicação e da informação, que permitem novas formas de participação da sociedade na gestão dos recursos públicos e conferem maior legitimidade às políticas públicas. Cabe ao Estado prestar contas de sua atuação e oferecer aos seus cidadãos o acesso ainformações públicas, por meio de ferramentas de fácil compreensão, bem como estimular o uso destas informações pela sociedade. 29 Firme nesta convicção, o Brasil compromete-se neste Plano de Ação de Governo Aberto com medidas que irão permitir que o país siga avançando em transparência pública e, consequentemente, aperfeiçoando suas práticas de prevenção e combate à corrupção, acesso a informação, gestão de recursos públicos, promoção da integridade nos setores público e privado, fomento da participação cidadã e prestação eficiente de serviços públicos. Estes são os grandes objetivos que o governo brasileiro busca alcançar com o seu Plano de Ação para Governo Aberto e com a sua participação na Parceria para Governo Aberto (OGP). São objetivos que serão alcançados com o fortalecimento de iniciativas brasileiras já em curso e com o desenvolvimento de novas atividades, assim como com o auxílio dos atores nacionais públicos e privados engajados nas áreas do plano de ação, com o uso de novas tecnologias da informação e de comunicação e com o estímulo à participação de cada cidadão na criação de uma sociedade mais justa, livre e igualitária. O Plano de Ação foi desenvolvido por meio de consultas a diversos órgãos públicos do Poder Executivo Federal brasileiro, bem como ao Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, órgão consultivo e colegiado vinculado à Controladoria-Geral da União. Acaba de ser criado pela 6Presidenta Dilma Rousseff o Comitê Interministerial para Governo Aberto (CIGA), que será o fórum para os debates em torno da implementação e atualização dos Planos de Ação para Governo Aberto do Brasil na Parceria para Governo Aberto. 6 Decreto presidencial de 15 de setembro de 2011. 30 O Relatório do Diálogo Virtual que elenca o balanço do Primeiro Plano de Ação Brasileiro para OGP no período de outubro a dezembro de 2012 inclui uma síntese do que pode se esperar de toda a Parceria. Foram apresentados números referentes à participação durante esta etapa, assim como um resumo do conteúdo dos comentários apresentados, de modo a auxiliar os ministérios a elaborarem propostas de compromissos consonantes com as expectativas da sociedade civil. 3.1 Da ‘nuvens’ para a realidade: o caminho das discussões virtuais para o mundo real Os comentários apresentados pelos participantes foram submetidos aos órgãos governamentais responsáveis pelos respectivos compromissos para que pudessem responder aos questionamentos e sanar dúvidas. Esta fase, denominadade Balanço, ocorreu de 29 de outubro a 05 de dezembro: 31 Assim, do Balanço, podem ser extraídas as seguintes informações: - Quantas pessoas participaram? 45 pessoas participaram do Balanço no total, sendo 30 participantes da sociedade e 15 interlocutores do governo responsáveis por responder às perguntas e comentários apresentados. - Como foi o processo de participação no Balanço do Primeiro Plano de Ação Brasileiro? O documento de Balanço foi disponibilizado na íntegra na plataforma eDemocracia para que os participantes do debate virtual pudessem conhecer e comentar as informações prestadas pelos órgãos federais responsáveis por compromissos. 53 seções do Balanço receberam comentários por parte da sociedade. Desse total, 46 seções se referiam a compromissos e ações assumidos pelo governo federal dentro da Parceria para Governo Aberto. Entre essas 46 seções referentes a compromissos, 40 tiveram algum tipo de resposta por parte de interlocutores dos órgãos responsáveis pelos respectivos compromissos ou de mediadores do debate virtual. Apenas em 6 seções não foram apresentadas respostas aos comentários feitos pelos participantes - Quantos comentários foram feitos? No total, foram apresentados pela sociedade civil 119 comentários, os quais foram acompanhados de 75 respostas de interlocutores do governo e de mediadores do Diálogo Virtual OGP. - Como foi o retorno do governo aos comentários recebidos da sociedade civil sobre o Balanço? Quadro 1. Respostas do governo ou dos mediadores a comentários feitos sobre Compromissos Compromissos e ações comcomentários: 46 seções 32 Respostas a comentários feitos sobre compromissos: 40 seções Compromissos com comentários sem resposta pelo governo: 6 seções Quadro 2. Detalhamento das respostas do governo ou dos mediadores por seção Resposta a único comentário 24 seções Resposta a todos os comentários 15 seções Resposta a parte dos comentários 1 seção Sem resposta aos comentários 6 seções CONTEÚDO DOS COMENTÁRIOS Apesar da quantidade de comentários, foi possível identificar temas, dúvidas, críticas e sugestões mais recorrentes. O quadro abaixo sintetiza o teor dos comentários e a frequência com que foram observados nas diferentes seções do Portal e-Democracia: Balanço. Quadro 3. Teor dos comentários Dúvidas: 18 seções Críticas: 10 seções Sugestões: 35 seções Elogios: 21 seções Comentários gerais: 3 seções A maior parte dos comentários feitos ao longo da fase de Balanço consistiu em perguntas referentes a como acessar ou acompanhar os resultados doscompromissos (pesquisas, portais, serviços ou outros documentos). Comentários dessa natureza apareceram em 20 seções do Balanço. Essa dificuldade poderia ser sanada por meio da simples disponibilização no documento do endereço dos sítios eletrônicos onde esses materiais podem ser acessados. Alguns comentários pediram informações adicionais sobre a implementação do compromisso ou sobre intenções dos órgãos governamentais 33 quanto à ampliação e aperfeiçoamento das ações relacionadas ao compromisso. Poucos comentários questionaram a capacidade do governo de cumprir o compromisso dentro do prazo, ou mesmo de executar as ações e alcançar objetivos propostos. Alguns participantes apontaram a necessidade de que as informações dispostas no documento fossem mais claras; identificando, em partes diferentes do documento, informações sobre um mesmo compromisso que pareciam ser conflitantes. Isso pode ter sido resultado da própria organização do documento de Balanço: a primeira parte fornecia informações gerais sobre o status do compromisso; a segunda parte detalhava os compromissos e justificativa o status. Talvez se as duas seções tivessem sido combinadas e cada compromisso aparecesse apenas uma vez, a leitura teria sido simplificada. Além dessa sugestão, outra ideia manifestada por um participante foi a adoção de um sistema de numeração dos compromissos. Essa numeração seria repetida na parte de informações adicionais, permitindo a identificação mais rápida de cada compromisso. Com relação ao documento de Balanço, foi sugerido ainda que os compromissos, o detalhamento das ações e os prazos de implementação fossem disponibilizados em formato de tabela, facilitando o acompanhamento pela sociedade. Após a divulgação do Balanço do Relatório dos trabalhos do próprio Portal eDemocracia, uma séria de cosmentários foram postados por internautas, o que serve de importante objeto de estudo para a conclusão do tema estudado nesta monografia. Seguem alguns exmplos. (Em anexo estão os restantes dos comentários utilizados para a conclusão do trabalho) 34 35 Abaixo foram exportados da sala de bate papo 12 do Portal os comentários sobre a questão do controle social e da transparência: • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • (07/12/2012 - 14:42:39) - Vânia Vieira entrou na sala (07/12/2012 - 14:56:27) - César de Lucca fala : Boa tarde, Luciana! (07/12/2012 - 14:56:42) - Luciana da Costa Ferraz Ono fala : Boa tarde, César! (07/12/2012 - 14:56:58) - César de Lucca fala para Luciana da Costa Ferraz Ono : Começaremos em breve! (07/12/2012 - 14:57:32) - Vânia Vieira saiu da sala (07/12/2012 - 14:57:45) - Vânia Vieira entrou na sala (07/12/2012 - 14:57:50) - Vânia Vieira saiu da sala (07/12/2012 - 15:00:33) - Paulo Apurinã fala : Boa Tarde V (07/12/2012 - 15:01:06) - Paulo Apurinã fala : Boa Tarde Vânia a aos demais participantes (07/12/2012 - 15:01:29) - César de Lucca fala para Paulo Apurinã : Boa tarde, Paulo! (07/12/2012 - 15:01:53) - César de Lucca fala para Paulo Apurinã : Iremos começar em 15 minutos, ok? (07/12/2012 - 15:03:32) - Vânia Vieira entrou na sala (07/12/2012 - 15:03:38) - Paulo Apurinã fala : Vânia em nome do Movimento Índigena de Renovação e Reflexão do Estado do Amazonas Parabenizamos a CGU pelos esforços diarios no combate contra a Corrupção no País (07/12/2012 - 15:09:19) - César de Lucca fala para Paulo Apurinã : Pessoal, vamos dar mais 10 minutos, ok? (07/12/2012 - 15:09:36) - Paulo Apurinã fala : OK (07/12/2012 - 15:10:54) - Vânia Vieira saiu da sala (07/12/2012 - 15:15:27) - César de Lucca fala para Paulo Apurinã : Boa tarde, André! (07/12/2012 - 15:15:48) - Vânia Vieira entrou na sala (07/12/2012 - 15:16:26) - César de Lucca fala para Paulo Apurinã : Boa tarde, Heleno! (07/12/2012 - 15:16:43) - César de Lucca fala para Heleno Guimarães Carvalho : Boa tarde, Heleno! (07/12/2012 - 15:17:07) - Heleno Guimarães Carvalho fala : Boa tarde senhores (07/12/2012 - 15:17:36) - Vânia Vieira fala : Boa tarde a todos e a todas! (07/12/2012 - 15:17:56) - Heleno Guimarães Carvalho fala : Enviei sugestoes ontem para este forum. Foram analisadas? (07/12/2012 - 15:18:24) - Vânia Vieira fala : Estamos felizes em celebrar mais um Dia Internacional contra a Corrupção. (07/12/2012 - 15:18:45) - César de Lucca fala para Heleno Guimarães Carvalho : Heleno, ao final desse bate-papo vc ppode passar novamente as questões, ok? (07/12/2012 - 15:18:57) - Fábio Gomes fala : Boa tarde (07/12/2012 - 15:19:03) - César de Lucca fala para Heleno Guimarães Carvalho : Vamos começar!!! (07/12/2012 - 15:19:18) - César de Lucca fala para Heleno Guimarães Carvalho : Olá! Agradecemos a presença de todos! Nosso bate-papo, agora, será com a Vânia Vieira - Diretora de Prevenção da Corrupção da CGU, que vai falar com a gente sobre "Transparência e Controle Social" (07/12/2012 - 15:19:23) - Heleno Guimarães Carvalho fala : Grato Cesar (07/12/2012 - 15:19:35) - César de Lucca fala para Heleno Guimarães Carvalho : Para participar do bate-papo, basta enviar uma mensagem dirigida a todos, cujo início seja [pergunta], pra facilitar a identificação por parte do entrevistado, ok? (07/12/2012 - 15:19:51) - César de Lucca fala para Heleno Guimarães Carvalho : Vou começar perguntando. (07/12/2012 - 15:20:12) - César de Lucca fala para Vânia Vieira : Boa tarde, Vânia! [Pergunta] Como a transparência ajuda na prevenção da corrupção? 36 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • (07/12/2012 - 15:21:32) - andre luiz da silva fala : 9 de Dezembro de 2012: Dia Internacional contra a Corrupção - o que faremos para deixar marcado este dia neste ano? (07/12/2012 - 15:22:30) - Heleno Guimarães Carvalho pergunta : Divulgar em todas as redes sociais este evento seria um começo? (07/12/2012 - 15:22:32) - Fábio Gomes fala : [pergunta] A CGU tem competência para controlar recursos federais destinados a todo tipo de ONG e às agências reguladoras? (07/12/2012 - 15:24:25) - Vânia Vieira saiu da sala (07/12/2012 - 15:24:31) - Vânia Vieira entrou na sala (07/12/2012 - 15:25:07) - Paulo Apurinã responde para Fábio Gomes : Tem sim competência sim Fabio, pois, a CGU é o orgão de controle interno de todos os gastos da União. (07/12/2012 - 15:25:21) - Heleno Guimarães Carvalho pergunta : Vania poderia responder a pergunta do Cesar? (07/12/2012 - 15:25:34) - César de Lucca fala : Pessoal, a Vânia não está conseguindo postar. (07/12/2012 - 15:25:52) - César de Lucca fala : Peço um minuto para tentarmos resolver isso. (07/12/2012 - 15:26:07) - Vânia Vieira fala : A transparência é um dos maiores antídotos contra a corrupção (07/12/2012 - 15:26:27) - Paulo Apurinã fala para Vânia Vieira : Parabens pelos seus esforços e estamos com Saudade de você! (07/12/2012 - 15:27:03) - Vânia Vieira fala : Quando nós expomos a gestão pública para o controle e vigilância da sociedade nós inibimos a prática de irregularidades (07/12/2012 - 15:27:47) - Heleno Guimarães Carvalho pergunta : O que acha de exirgirmos a transparencia online atraves das redes sociais e do arquivamento de videos na internet (07/12/2012 - 15:27:58) - Vânia Vieira fala : Neste ano temos uma razão especial para celebrar o Dia internacional contra a Corrupção: é o primeiro ano da Lei de Acesso à Informação. (07/12/2012 - 15:28:16) - Heleno Guimarães Carvalho pergunta : de todos os orgaos estatais e paraestatais? (07/12/2012 - 15:28:18) - Paulo Apurinã fala para Vânia Vieira : Em nome do Forum Nacional de Combate contra a Corrupção, lhe digo, ESTAMOS JUNTOS POR UM BRASIL MELHOR COM TRANSPARÊNCIA NOS GASTOS PÚBLICOS. (07/12/2012 - 15:29:10) - Vânia Vieira fala : Completamos há alguns dias 6 meses de LAI (07/12/2012 - 15:29:12) - Heleno Guimarães Carvalho fala para Soraia Silva de Mello : Grato Soraia (07/12/2012 - 15:29:35) - PATRICIA DE OLIVEIRA PEREZ DE PAULA fala para Mariana Kz : Certo, obrigada pelas informações! (07/12/2012 - 15:30:24) - Vânia Vieira fala : Heleno, devemos trabalhar para ampliar ao máximo a transparência e utilizar todas as ferramentas disponíveis, inclusive as novas mídias e as redes sociais (07/12/2012 - 15:30:48) - PATRICIA DE OLIVEIRA PEREZ DE PAULA pergunta para Vânia Vieira : É incompleto colocar os salarios dos servidores por cargos e não por nome? (07/12/2012 - 15:31:35) - PATRICIA DE OLIVEIRA PEREZ DE PAULA pergunta para Vânia Vieira : Colocar no portal de transparencia da prefeitura, desculpa esqueci do resto da mensagem. (07/12/2012 - 15:32:29) - Vânia Vieira fala : Patrícia, o Poder Executivo Federal entende que, como os salários dos servidores são pagos com dinheiro público, eles devem ser divulgados. (07/12/2012 - 15:32:59) - Vânia Vieira fala : E essa divulgação deve contemplar o nome do servidor. (07/12/2012 - 15:33:00) - GUILHERME ROCHA DA SILVA fala : [pergunta] Vânia, qual foi o maior desafio na implementação da LAI? 37 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • (07/12/2012 - 15:33:14) - Paulo Apurinã fala para Vânia Vieira : Falou tudo! (07/12/2012 - 15:34:28) - Vânia Vieira fala : Guilherme, nós tivemos muito pouco tempo, apenas 6 meses, para preparar todo o Governo Federal para a implementaçao da LAI. Um dos grandes desafios foi - e é - a conscientizaçao dos servidores e a mudança de cultura. (07/12/2012 - 15:35:34) - Heleno Guimarães Carvalho fala : Existem unidades resistentes a implementaçao da LAI? (07/12/2012 - 15:35:34) - Paulo Apurinã concorda com Vânia Vieira : É isso aí! (07/12/2012 - 15:35:55) - Vânia Vieira fala : Fábio, a CGU tem, sim, competência para controlar recursos federais destinados às ONG e agências reguladoras (07/12/2012 - 15:36:06) - Fábio Gomes fala para Paulo Apurinã : Obrigado (07/12/2012 - 15:36:48) - José Canuto pergunta para Mariana Kz : Obrigado pelas instruções! (07/12/2012 - 15:37:03) - Fábio Gomes fala para Paulo Apurinã : Obrigado, Vânia (07/12/2012 - 15:37:18) - PATRICIA DE OLIVEIRA PEREZ DE PAULA pergunta para Vânia Vieira : É dificil morar em cidade pequena onde todo mundo conhece todo mundo e ter seu nome e respectivo vencimento publicado on line onde sabemos que também esta ao alcance de marginais e que o trafico e roubo esta tanto nas cidades grande como nas pequenas... (07/12/2012 - 15:37:22) - Vânia Vieira fala : Heleno, eu não diria que há resistência explícita de nenhum órgão federal; todos sabem que a Lei deve ser cumprida e que sua implementação é uma das prioridades do Governo Federal (07/12/2012 - 15:38:41) - Vânia Vieira fala : O que às vezes é a adoção de determinadas práticas ou entendimentos que demonstram a prevalência de uma cultura de sigilo, em que o servidor se acha dono da informação. (07/12/2012 - 15:39:42) - Vânia Vieira fala : Mas acredito que estamos conseguindo vencer essa cultura no Executivo Federal, pois as estatísticas de cumprimento da LAI são fantásticas (07/12/2012 - 15:40:25) - César de Lucca fala para Vânia Vieira : [Pergunta] Qual o papel da CGU no controle da corrupção? (07/12/2012 - 15:41:01) - Fábio Gomes fala : Na saúde, observei exemplo de pouca transparência no caso da divulgação de dados sobre tamanho da fila de espera p/ cirurgias (07/12/2012 - 15:41:09) - Paulo Apurinã fala para Vânia Vieira : Parabens a Presidente Dilma que começou logo dando o Exemplo! (07/12/2012 - 15:41:41) - Vânia Vieira fala : Patricia, não temos registro ainda de nenhum problema de segurança de servidores causado pela exposiçao de seu nomes e salários (07/12/2012 - 15:42:51) - Heleno Guimarães Carvalho pergunta : Vania tem alguma novidade da Comissao Mista de Reavaliaçao de Informaçoes? (07/12/2012 - 15:43:30) - Vânia Vieira fala : César, a CGU tem um importante papel no combate à corrupção: ela é responsável pelas ações de controle, auditoria e fiscalização dos recursos federais (inclusive por meio de operaçoes especiais com a PF) (07/12/2012 - 15:44:14) - Vânia Vieira fala : A CGU tem é responsável pela apuração das infrações cometidas por servidores feder (07/12/2012 - 15:44:43) - Paulo Apurinã fala : Somente aqueles que teem Teto Salarial acima do permitido por Lei é que querem esconder o valor real dos Vencimentos. (07/12/2012 - 15:44:47) - Vânia Vieira fala : Nos últimos anos, foram mais de 4 mil servidores demitidos por irregularidades (07/12/2012 - 15:45:16) - José Canuto pergunta para Vânia Vieira : caso eu tenha um questionamento sobre o funcionamento do E-sic vai ser possível responder aqui? (07/12/2012 - 15:46:44) - Vânia Vieira fala : Fábio, quando você não estiver satisfeitou ou não concordar com a resposta apresentada por algum órgao para o pedido de acesso à informação, você pode entrar com um recurso. 38 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • (07/12/2012 - 15:47:48) - Vânia Vieira fala : Canuto, acho melhor você dirigir as duvidas sobre o funcionamento do e-SIC para o canal especializado que oferecemos (07/12/2012 - 15:48:12) - Paulo Apurinã fala : 4 mil é um numero expressivo, parabens a CGU. (07/12/2012 - 15:49:02) - Vânia Vieira fala : Heleno, sobre a CMRI, ela já está funcionando e analisando recursos impetrados por cidadãos (07/12/2012 - 15:49:14) - José Canuto pergunta : Eu realmente acredito que a lei de acesso à informação vem trazendo resultado. Tenho acompanhado mudanças expressivas (07/12/2012 - 15:50:11) - César de Lucca fala para Vânia Vieira : [Pergunta] Vânia, quais foram as principais ações da CGU no combate à corrupção em 2012? (07/12/2012 - 15:50:31) - PATRICIA DE OLIVEIRA PEREZ DE PAULA fala : Concordo com o Fabio, também acho pouca transparencia na saúde (07/12/2012 - 15:50:38) - GUILHERME ROCHA DA SILVA fala : Qual o estado brasileiro que está mais avançado na transparência pública? (07/12/2012 - 15:51:09) - Vânia Vieira fala : Que bom, Canuto. Continue fazendo bastante uso da LAI. Precisamos consolidar o direito de acesso à informação no Brasil. (07/12/2012 - 15:52:08) - Luciana da Costa Ferraz Ono fala para José Canuto : Boa tarde , José Canuto, um dos canais para esclarecer dúvidas (com o pessoal da CGU) sobre funcionamento do e-sic é [email protected] (07/12/2012 - 15:52:42) - José Canuto pergunta para Vânia Vieira : Gostaria de saber qual é a punição para instituições do executivo que não possui ou não atualizam o portal da transparência? Conheço algumas que tem mais de 2 anos de atraso nas informações (07/12/2012 - 15:53:31) - Paulo Apurinã fala para GUILHERME ROCHA DA SILVA : São Paulo esta preparando os Conselhos municipal e estadual para maio participação da Sociedade Civil no Controle e Fiscalização dos gastos Públicos. (07/12/2012 - 15:54:08) - Paulo Apurinã fala para GUILHERME ROCHA DA SILVA : O projeto do C (07/12/2012 - 15:54:55) - Paulo Apurinã fala para GUILHERME ROCHA DA SILVA : O projeto do Conselho de São Paulo-SP deverá servir como exemplo para todo Brasil. (07/12/2012 - 15:55:39) - Paulo Apurinã fala para GUILHERME ROCHA DA SILVA : Modelo a ser seguido por nós aqui do Amazonas e de todo País. (07/12/2012 - 15:55:45) - Vânia Vieira fala : Cesar, ao longo de 2012 a CGU desenvolveu diversas açoes de combate à corrupção, como auditorias especiais em órgaos como o DNIT, a VALEC, o DNOCS, os Hospitais Federais do RJ . Também participamos, só neste ano, de mais de 20 operações especiais com a PF (07/12/2012 - 15:55:51) - GUILHERME ROCHA DA SILVA fala para Paulo Apurinã : Legal, Paulo! Uma ótima iniciativa. SP realmente tem ótimos exemplos.. Continuemos alertas! (07/12/2012 - 15:56:27) - Paulo Apurinã fala para GUILHERME ROCHA DA SILVA : Sempre!!! (07/12/2012 - 15:57:41) - andre luiz da silva fala : Dra Vania, qual a possibilidade de aumentarmos a participação da sociedade civil no conselho nacional de transparência? ter mais sociedade no conselho (07/12/2012 - 15:58:00) - Fábio Gomes fala : è bom ter a possibilidade de entrar c/ recusos se não concordarmos c/ resposta de instituição. Mas os órgãos poderiam facilitar o controle social se divulgassem indicadores relevantes, como seria o tempo de espera p/ atendimento na saúde. (07/12/2012 - 15:58:40) - Vânia Vieira fala : Canuto, a punição para estados e municípios que não divulgam informaçoes sobre despesas e receitas na internet, conforme previsto na LC 131, é a suspensão das transferencias voluntarias da União (07/12/2012 - 15:58:47) - César de Lucca fala : Pessoa, o nosso bate-papo irá até às 16h15, devido ao atraso inicial. 39 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • (07/12/2012 - 16:00:16) - Vânia Vieira fala : André, por demanda da CON da Consocial já estamos estudando a possibilidade de reestruturar o Conselho da Transparencia, inclusive para atualizar sua composição (07/12/2012 - 16:01:17) - Vânia Vieira fala : Fabio, concordamos totalmente com você! A ênfase deve ser sempre que possivel na transparencia ativa! (07/12/2012 - 16:01:36) - César de Lucca fala : [Pergunta] Vânia, as entidades privadas também devem cumprir a lei de acesso? (07/12/2012 - 16:02:10) - SILVIA GOUVEA fala : boa tarde! (07/12/2012 - 16:02:11) - Vânia Vieira fala : Estamos trabalhando para incentivar os orgaõs a divulgarem ao maximo as informaçoes de interesse geral. (07/12/2012 - 16:02:35) - andre luiz da silva fala : Dra Vania, qual a possibilidade de realizarmos em 18.05.13 um encontro em SP para comemorarmos aniversário de 1 ano da consocial nacional realizada em Brasília (07/12/2012 - 16:03:08) - Vânia Vieira fala : Cesar, as entidades privadas sem fins lucrativos que recebem recursos públicos também estão sujeitas à LAI no que se refere à aplicação desses recursos (07/12/2012 - 16:03:12) - SILVIA GOUVEA fala : Vãnia, fico contente em saber que estão empenhados na transparencia integral. (07/12/2012 - 16:04:30) - José Canuto pergunta para Vânia Vieira : O caso em questão são instituição de ensino superior Federal. Achei que fosse mais fácil a identificação e a punição. Já que pelo que parece não sofrem nenhuma sanção. Acho que seria interessante um pente fino na atualização dos dados no portal da transparência, nem que seja apenas no executivo federal inicialmente (só uma sugestão) (07/12/2012 - 16:05:01) - Vânia Vieira fala : Andre, podemos planejar algo sim. Vamos verificar a viabilidade. Conversamos depois. (07/12/2012 - 16:05:10) - José Canuto pergunta : Falha ali no plural, perdão (07/12/2012 - 16:05:12) - GUILHERME ROCHA DA SILVA fala : Fico contente de ver cidadãos participando de um debate como este :D Precisamos de mais iniciativas semelhantes! (07/12/2012 - 16:05:19) - César de Lucca fala para Vânia Vieira : [Pergunta] Vânia, o que um cidadão comum deve fazer para combater a corrupção? (07/12/2012 - 16:05:32) - SILVIA GOUVEA fala : Por favor, estas entidades têm que seguir a LAI no formato do orgão público? (07/12/2012 - 16:06:20) - Vânia Vieira fala : Canuto, você pode nos encaminhar depois uma reclamação ou denúncia sobre a situaçao que relata. (07/12/2012 - 16:07:22) - SILVIA GOUVEA fala : GULILHERME, também acho! Coloco à disposição o meu tópico de CONTROLE SOCIAL E CIDADANIA, aqui no EDemocracia! (07/12/2012 - 16:07:39) - andre luiz da silva fala : Dra Vania agradeço... (07/12/2012 - 16:08:45) - Vânia Vieira fala : Silvia, no âmbito do Executivo Federal, o Decreto nº 7.724/12, que regulamenta a LAI, estabele com as entidades que recebem recursos públicos devem cumprir a Lei. Ha diferenças em relação aos órgaõs públicos (07/12/2012 - 16:09:07) - andre luiz da silva fala : onde podemos encontrar informações para qe a sociedade acompanhe as transições de governo neste final de ano? (07/12/2012 - 16:09:46) - andre luiz da silva fala : um passo a passo, orçamento, patrimônio, programas, contas... (07/12/2012 - 16:10:19) - Vânia Vieira fala : Andre, espera-se que cada municipio providencie a disponibilização dessas informações (07/12/2012 - 16:10:32) - SILVIA GOUVEA fala : Vânia, pergunto, por que, por exemplo, a entidade pode não divulgar a folha de pagamento, mas divulgar a prestação de contas? (07/12/2012 - 16:12:13) - Paulo Apurinã pergunta para Vânia Vieira : Concordo que estamos avançando depois da 1 Consocial! As 80 diretrizes ELEITAS na conferência virão transformar-se em Projetos de Lei ou Metas Governamentais!? 40 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • (07/12/2012 - 16:12:33) - Vânia Vieira fala : Silvia, as informaçoes que devem ser divulgadas em transparência ativa pelas entidades estão previstas no art. 63 do Decreto n° 7.724/12 (07/12/2012 - 16:12:37) - César de Lucca fala : Pessoal, estamos chegando ao fim do nosso bate-papo de hoje. Como ainda restam algumas perguntas a serem respondidas, peço a compreensão de vocês para que não enviem novas questões. (07/12/2012 - 16:13:46) - Paulo Apurinã fala para Vânia Vieira : ok (07/12/2012 - 16:14:02) - Paulo Apurinã fala para César de Lucca : ok (07/12/2012 - 16:14:30) - José Canuto fala : excelente iniciativa, primeira vez que participo espero que mais ações como se desenvolvam com o tempo. (07/12/2012 - 16:14:47) - PATRICIA DE OLIVEIRA PEREZ DE PAULA fala : ok (07/12/2012 - 16:14:53) - Vânia Vieira fala : Paulo, já divulgamos o Relatório final da Consocial e estamos providenciando o seu encaminhamento às autoridades competentes de todos os Poderes e esferas federativas... (07/12/2012 - 16:16:04) - Paulo Apurinã fala para Vânia Vieira : ok obrigado (07/12/2012 - 16:16:32) - Vânia Vieira fala : Mas é preciso lembrar que o trabalho de implementação das propostas agora deve ser assumido por todos. Temos que cobrar e fazer a nossa parte para que as propostas se tornem realidade. (07/12/2012 - 16:17:31) - José Canuto fala : Agradeço a atenção não só da Vânia Vieira como de todos os participantes. (07/12/2012 - 16:17:35) - Vânia Vieira fala : Obrigada a todos a e todas pela oportunidade de diálogo e um feliz Dia Internacional contra a Corrupção para todos nós! (07/12/2012 - 16:18:12) - SILVIA GOUVEA fala : Muito obrigada Vânia! (07/12/2012 - 16:18:16) - César de Lucca fala : Como nosso tempo está acabando, gostaria de agradecer a participação de vocês nesse bate-papo da comunidade Diálogo Virtual OGP. (07/12/2012 - 16:18:45) - José Canuto fala : obrigado a todos!!! (07/12/2012 - 16:18:46) - SILVIA GOUVEA fala : Até logo a todos! (07/12/2012 - 16:18:46) - César de Lucca fala : Agradeço também a presença do ânia Vieira - Diretora de Prevenção da Corrupção da CGU, que conversou conosco sobre "Transparência e Controle Social". (07/12/2012 - 16:18:55) - Paulo Apurinã fala para Vânia Vieira : Verdade! nós dos Movimentos Sociais elegemos 54 pessoas, 2 por Estado, para cobrar e ajudar no que for preciso a ir avante as 80 diretrizes da 1 Consocial, estamos COESOS em todo Brasil. (07/12/2012 - 16:19:08) - Tânia Santos Coelho de Souza fala : Muito obrigada a todos que viabilizaram o acesso ao Fórum(Soraya), mas as perguntas ficaram para a próxima oportunidade. (07/12/2012 - 16:19:12) - César de Lucca fala para Vânia Vieira : A comunidade Diálogo Virtual OGP começou dia 29 de outubro de 2012, e encerrará no dia 17 de dezembro. Até essa data teremos a oportunidade de, juntos, construir propostas que poderão compor o 2° Plano de Ação Brasileiro na Parceria para o Governo Aberto/OGP, e também priorizar as que consideramos mais relevantes. Participem das discussões. Até breve! (07/12/2012 - 16:19:28) - Paulo Apurinã fala para Vânia Vieira : Abraçoss (07/12/2012 - 16:19:31) - andre luiz da silva fala : sim, a Comissão do Senado aprovou o PLS 2/2012 sobre disciplina cidadania moral e ética no ensino fundamental fruto da consocial (07/12/2012 - 16:20:07) - andre luiz da silva fala : faltam 79 agora rs e depende de todos (07/12/2012 - 16:20:07) - andre luiz da silva fala : faltam 79 agora rs e depende de todos (07/12/2012 - 16:20:07) - César de Lucca fala : Corrigindo: Agradeço também a presença da Vânia Vieira - Diretora de Prevenção da Corrupção da CGU, que conversou conosco sobre "Transparência e Controle Social". (07/12/2012 - 16:20:14) - Paulo Apurinã fala para César de Lucca : Obrigado por tudo irmão! 41 • • • • • • • (07/12/2012 - 16:20:25) - andre luiz da silva fala : faltam 79 agora rs e depende de todos (07/12/2012 - 16:20:28) - andre luiz da silva fala : Dra Vania e Fabio Felix a transparência e o controle social nacional estão em boas mãos, parabéns e sucesso, SP os apoiam (07/12/2012 - 16:20:32) - Tânia Santos Coelho de Souza fala : Então teremos o curso de Educação Fiscal lotado de alunos em 2013 a partir do PL aprovado! (07/12/2012 - 16:20:41) - Vânia Vieira saiu da sala (07/12/2012 - 16:21:03) - Paulo Apurinã fala para andre luiz da silva : Grande André! (07/12/2012 - 16:21:19) - Paulo Apurinã fala para andre luiz da silva : Abraçoss (07/12/2012 - 16:21:29) - Soraia Silva de Mello fala para Tânia Santos Coelho de Souza : Terminou o bate-papo pessoal. Agradecemos a todos pelas contribuições. A realidade- Priorização de proposta: Ainda é cedo para materializarmos as ações advindas da Parceria para o Governo aberto que foram tratadas a partir do diálogo virtual no e-Democracia. No final de 2012, foram elecandas pelo Portal, a título de votação pelos próprios cidadãos que interagiram, as 15 proposta mais votadas e desse modo, escolhidas para serem prioridades do Governo Federal, conforme encontramos a explicação do Portal: “As 15 propostas mais bem pontuadas (a proposta priorizada em primeiro lugar em cada desafio mais as 10 melhores colocadas no ranking geral de priorização) serão analisadas pelo governo federal. A análise considerará, em primeiro lugar, a ideiaforça contida em cada proposta. As propostas poderão ou não ser incorporadas na íntegra, parcialmente ou reformuladas para o novo Plano de Ação. Essa decisão dependerá do atendimento das propostas aos critérios múltiplos analisados pelo governo (factibilidade, disponibilidade orçamentária, regulamentação legal, prioridade político-institucional, prazos, recursos humanos etc.). Também serão analisados o atendimento ao escopo da Parceria para Governo Aberto. As demais propostas não serão analisadas neste momento, mas serão incluídas num banco de propostas, cujas ideias eventualmente poderão ser incorporadas posteriormente no Plano de Ação ou em outras ações dos ministérios fora do escopo da Parceria para Governo Aberto.”- Portal E-democracia 42 Assim, por todo o processo de estudo, os diálogos virtuais atingiram sua meta inicial e a partir desse interação elencaram propostas que a sociedade- representada por cidadãos (internautas) que, voluntariamente, engajaram-se em interagir e a participar das discussões do Portal e-Democracia. 43 CONCLUSÃO A ideia inicial da Parceria para Governo Aberto ou OGP (Open Government Partnership), lançada em 2011, com o objetivo de difundir e incentivar globalmente práticas governamentais relacionadas à transparência dos governos, acesso à informação pública e participação social parece estar no rumo certo. Para fazer parte da OGP, os países participantes endossam uma Declaração de Princípios e apresentam Planos de Ação Nacionais, comprometendo-se a adotar medidas concretas para o fortalecimento da transparência das informações e atos governamentais, combate à corrupção, fomento a participação cidadã, gestão dos recursos públicos, integridade nos setores público e privados. Assim, o objetivo geral proposto pela Pesquisa: “Conhecer como se dá a influência do Portal e-democracia nas formas de controle estabelecida pela Administração Pública” foi alcançado por meio das diversas assertivas que se chegou durante o estudo. Quanto aos objetivos específicos, chegou-se a seguinte conclusão: Objetivo 1: Estabelecer o grau de interação/ interesse dos cidadãos na pauta dos assuntos que são discutidos nos Poderes da Administração. Notou-se que os cidadãos e demais partícipes nos diálogos virtuais interagem nas discussõe promovidas pelo canal de comunicação, inclusive, propondo pautas e indagando questões que se tornam os debates centrais dos diálogos virtuais. Objetivo 2: Apontar os mecanismos de controle e as propostas que são acolhidas oficialmente pela Administração Pública. O Plano de Ação produzido pelo Brasil e analisado pelo Projeto conclui que a análise, apesar de uma tanto tímida nos aspectos relacionados às garantias de longo prazo da Parceria para Governo Aberto, foi bastante realista e constituem a concretização dos debates em forma de propostas do Plano de Ação. 44 Objetivo 3 e 4: Apontar como a democracia se fortalece a partir de instrumentos de participação virtual e demonstrar como se estabelece a complementaridade alcançada pela fusão entre democracia, participação social e Internet. A ideia alcançada pela conclusão de tais objetivos propostos pelo Projeto deriva da conclusão esperada para todo o estudo. Assim, os diálogos virtuais fortalecem sobremaneira os princípios básicos da democracia e, por consequencia, as demais formas de controle- accountability- pela Administração Pública e àqueles exercidos pela própria sociedade civil. A ideia de propiciar a participação virtual dos assuntos de Estado, portanto, vem crescendo e o Brasil tem mostrado proatividade e engajamento em relação a muitos países que são referência em participações democráticas a partir de ambientes virtuais. Como o Brasil continua como integrante do Comitê Diretor (Steering Committee) e passa agora a integrar o comitê de Critérios e Padrões (Criteria and Standards), no lugar da Indonésia, espera-se que os desafios propostos e analisados durante a pesquisa continuem a gerar propostas e ações concretas nas políticas públicas governamentais. Outro ponto importante a se destacar para a conclusão deste trabalho e que pode render outras pesquisas, relaciona-se ao fato que mais do que diagnosticar se houve deliberação pública, em seu sentido mais estrito nos fóruns do e-Democracia, esta pesquisa apontou certas preocupações que devem ser levadas em consideração pelas instituições políticas no desenho de uma ferramenta de comunicação online que pretenda estabelecer um diálogo profícuo com os cidadãos. Ou seja, pode-se concluir que o público anseia por ser levado em conta no momento da decisão política e a realização dessa nova modalidade de diálogo “virtual” trará condições para o aperfeiçoamento da articulação comunicativa dos cidadãos e sua qualificação como deliberação pública, consagrando e constituindo um processo legítimo de transparência, controle e responsabilização dos governantes e dos demais acompanhamentos das políticas públicas, ou seja, para o fortalecimento da accountability. 45 Logo, ressalta-se, mais uma vez, que tais mecanismos de participação virtual permitem avaliar também a legitimidade de um governo, pois demonstram que este está disposto a conversar e ouvir as demandas de seus cidadãos, elegendo questões de políticas públicas essenciais para a sociedade. 46 BIBLIOGRAFIA ARATO, Andrew. Representação, Soberania Popular e Accountability. Lua Nova. BEZERRA, H. D., et al. Democracia digital e participação política no Brasil. 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Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em 18 de novembro. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Disponível em <http://edemocracia.camara.gov.br/web/acoes-ogp/inicio>. Acesso em 19 de novembro de 2012. CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Disponível em <www.cgu.gov.br>. Acesso em 19 de novembro de 2012. CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Disponível <http://www.consocial.cgu.gov.br/>. Acesso em 20 de novembro de 2012. em 49 ANEXOS Anexo: Reportagem Sociedade prioriza propostas para o Governo Aberto (site www.cgu.gov.br) Terminou ontem (17) a etapa virtual aberta a todos os brasileiros interessados em fazer propostas para a construção do Plano de Ação do Brasil na Parceria para Governo Aberto, iniciativa internacional que visa difundir e incentivar globalmente práticas relacionadas à transparência dos governos, acesso à informação pública e participação social. Construído conjuntamente por órgãos do governo e da sociedade civil, o plano de ação recebeu contribuições até as 18h desta segunda-feira. O trabalho resultou na escolha das 15 propostas mais bem pontuadas. Por meio do portal e-Democracia, qualquer internauta pôde ter acesso à descrição de cada proposta, seus objetivos, fases de implementação, desafios, prazo e resultados esperados. Entre as propostas consideradas prioritárias pela sociedade, estão o fortalecimento da Controladoria-Geral da União (CGU) e a vinculação direta entre as propostas políticas declaradas pelo governante eleito durante sua campanha eleitoral e o ciclo orçamentário. A capacitação de conselheiros foi a terceira proposta mais votada. Em janeiro, as propostas serão analisadas pelo governo federal, podendo ser incorporadas na íntegra, parcialmente ou reformuladas para o novo Plano de Ação. Essa decisão dependerá do atendimento das propostas aos critérios analisados pelo governo quanto à viabilidade, disponibilidade orçamentária, regulamentação legal, prioridade político-institucional, prazos, recursos humanos e outras variáveis. As propostas menos votadas pela sociedade não serão analisadas pelo governo neste momento, mas serão incluídas em um banco de propostas, cujas ideias eventualmente poderão ser incorporadas posteriormente no Plano de Ação ou em outras ações dos órgãos federais fora do escopo da Parceria para Governo Aberto Cidadãos que participaram ativamente do Diálogo Virtual do Governo Aberto, no portal e-Democracia, poderão ser selecionados pela Controladoria-Geral da União (CGU) para participar, em fevereiro de 2013, em Brasília, da etapa presencial da construção do novo Plano Brasileiro de Governo Aberto. 50 Anexo: Conversas/ Diálogos dos Fóruns de Participação do Portal eDemocracia O conteúdo do balanço contribui para o fortalecimento do Diálogo Virtual, onde todos/as que participam deste espaço democráitco, compreendem a importância deste Plano de Ação ser efetivado em sua totalidade, sabemos que tivemos grandes avanços na prática da transparência na gestão pública brasileira. A CGU exerce um papel importante no fortalecimento do combate a corrupção no Brasil, durante muitos anos os brasileiros/as conviveram com a prática da corrupção na administração pública, onde não havia punição para os corruptos e corrptores que roubavam descaradamente os cofres públicos. Att, João Batista Cavalcanti Limoeiro -`Pernambuco Postado em 24/11/12 • • • • Voltar ao Início do Artigo Maiara Roberta de Melo Bezerra Observei cada Proposta mas, vejo que a CGU quer ver pessoas mortas sendo assassinadas, a GRANDE finalidade do Governo Aberto é nada mais que nada menos, coibir a corrupção, o cidadão observando erros vai denunciar e CLARO algo vai acontecer com ele ou com sua família, sem contar que o Governo Aberto JAMAIS vai abrir os desvios do dinheiro público. RECOMENDO CRIAR UM PORTAL PARA NOS SE TEM O GOVERNO ABERTO CRIE O BRASIL ABERTO PARA O BRASILEIRO REALIZAR DENUNCIAS DE IRREGULARIDADES DOS GOVERNOS MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL. Postado em 26/11/12 • • • • Voltar ao Início do Artigo Paulo Andre roque lopes magalhaes Maiara Roberta, você mora em Rondônia e sabe da minha luta, muito obrigado por observar minhas colocações, que sempre fiz em todos os nossos encontros em nosso Estado, porem o mais grave esta sendo que a CGU jamais quer mexer no mais preocupante de todos os problemas da corrupção que é a corrupção judiciaria que sempre questionei e nada se fez ou deseja fazer. Agora começo a entender que a CGU não deseja se levantar contra esta corrupção silenciosa. Este Plano para o BRASIL ABERTO é algo fundamental que nos de Rondônia levantamos em nossas reuniões veja que foi copiado para o GOVERNO ABERTO, lamentável a Senhora CGU pensar em criar algo para o GOVERNO e NUNCA para a COMUNIDADE BRASILEIRA em fiscalizar e denunciar com SEGURANÇA ajudando o BRASIL contra o MAL CORRUPTÍVEL. Postado em 26/11/12 51 • • • • Voltar ao Início do Artigo Soraia Silva de Mello João, que bom contar a sua participação. Gostaria de lembrá-lo que as propostas de compromissos para o próximo Plano de Ação na Parceria para o Governo Aberto estão sendo discutidas até 5/12/2012 ao meio-dia ( horário de Brasília) nos fóruns neste link: http://edemocracia.camara.gov.br/web/acoesogp/forum-2. As propostas apresentadas devem estar em harmonia com os princípios da Parceria para Governo Aberto - (i) transparência, ii) participação social iii) responsabilização e prestação de contas (accountability), iv) tecnologia e inovação, se enquadrar em algum dos cinco desafios, condizer com a realidade do sistema jurídico-administrativo brasileiro, ser viáveis e se referir a ações cuja implementação seja da competência do Poder Executivo Federal, de abrangência nacional. Abraços, Soraia Postado em 29/11/12 em resposta a João Sales Ramos • • • • Voltar ao Início do Artigo João Batista Cavalcanti Roberta, é preciso acreditar que estamos vivenciando novos tempos no COMBATE A CORRUPÇÃO NO BRASIL, a punição aos corruptos do mensalão pelo STF é um exemplo emplemático de que estamos vivendo novos tempos contra a impunidade. Abs, João Batista Postado em 30/11/12 em resposta a Maiara Roberta de Melo Bezerra • • • • Voltar ao Início do Artigo tadeu Plinio da silva OLA, ANALISANDO O BALANÇO GERAL DO PLANO DE AÇÃO, FALTA UM LINK ABERTO DE ACESSO AS INFORMAÇÕES DE QUEM FOI AS INSTITUIÇÕES CIVIS E GOVERNAMENTAL, QUE PRODUZIRAM ESSA PROPOSTA. PARABÉNS A TODOS Postado em 04/12/12 • • • • Voltar ao Início do Artigo Fábio Silva 52 Caro José Eduardo Mendes, Um dos compromissos apresentados neste Plano de Ação é: REALIZAÇÃO DE PESQUISA PARA IDENTIFICAÇÃO DAS DEMANDAS DA SOCIEDADE SOBRE ACESSO A INFORMAÇÃO, VISANDO AO APERFEIÇOAMENTO DA POLÍTICA DE TRANSPARÊNCIA ATIVA. Justificativa: conhecer as necessidades e demandas da sociedade por informação a fim de aprimorar as políticas de transparência ativa. Este compromisso certamente contribuirá para a identificação de ações que visem a formação do cidadão para o pleno acesso à informação. Por uma questão estratégica, inicialmente foi necessário formar os servidores públicos para garantir um atendimento de qualidade às demandas da sociedade. Por fim, gostaria de lembrá-lo que a sua ideia de fomentar ações para formação do cidadão pode se transformar num possível compromisso para o próximo Plano de Ação do Brasil na Parceria para o Governo. Para isso é necessário que você participe dos fóruns onde essas propostas estão sendo discutidas, até amanhã (5/12/2012) ao meio-dia ( horário de Brasília) neste link: http://edemocracia.camara.gov.br/web/acoes-ogp/forum-2. As propostas apresentadas devem estar em harmonia com os princípios da Parceria para Governo Aberto - (i) transparência,ii) participação social iii) responsabilização e prestação de contas (accountability), iv) tecnologia e inovação, se enquadrar em algum dos cinco desafios, condizer com a realidade do sistema jurídico-administrativo brasileiro, ser viáveis e se referir a ações cuja implementação seja da competência do Poder Executivo Federal, de abrangência nacional. Postado em 04/12/12 em resposta a Jose Eduardo Mendes • • • • Voltar ao Início do Artigo Fábio Silva Cara Roberta, Agradeço por sua participação, mas antes de tudo gostaria de lembrá-la dos acordos para participação no Diálogo Virtual, conforme o item 6 do Manual do Diálogo Virtual, disponível aqui na biblioteca da comunidade. As manifestações são livres, mas devem ocorrer sem difamações e injúrias. Temos que manter um ambiente respeitoso e construtivo para criar propostas coerentes e com qualidade. A sua ideia de criação de um portal para realizar denúncias de forma anônima já existe, conforme pode ser visto neste link: http://www.cgu.gov.br/Denuncias/FormularioDenuncia.asp. Postado em 04/12/12 em resposta a Maiara Roberta de Melo Bezerra • • • • Voltar ao Início do Artigo Fábio Silva Caro Paulo André, esclareço que a Controladoria-Geral da União é órgão do Poder Executivo Federal. A CGU não tem competência constitucional para atuar nos Poderes Judiciário e Legislativo. Tratando ainda da Parceria para Governo Aberto, os Planos de Ação dos países somente podem abordar compromissos para o Poder Executivo Federal. Postado em 04/12/12 em resposta a Paulo Andre roque lopes magalhaes • • Voltar ao Início do Artigo