Transístores MOS João Canas Ferreira Universidade do Porto Faculdade de Engenharia 2012-02-17 Assuntos 1 Modelo de funcionamento do transístor MOS 2 Condensadores intrínsecos 3 Correntes de fugas João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 2 / 30 O que é um transístor? Fonte: [Weste11] à Um interrutor controlado por tensão VGS ≥ VT João Canas Ferreira (FEUP) |VGS | Req G Transístores MOS 2012-02-17 3 / 30 Tensão de limiar p p VT = VT0 + γ | − 2φF + VSB | − | − 2φF | √ 2qSi NA γ= Cox João Canas Ferreira (FEUP) Cox = ox tox Transístores MOS (capacidade por unid. área) 2012-02-17 4 / 30 Efeito de corpo Fonte: [Rabaey03] João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 5 / 30 2012-02-17 6 / 30 Transístor de canal longo à Curva tensão/corrente (VDD = 2,5 V) à Condição de saturação: VDS > VGS − VT João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS Modelo para análise manual (1) à VGT < 0 (corte) Definindo: VGT = VGS − VT IDS = 0 à VGT > 0, VDS < VGT (zona linear ou resistiva) 2 V W IDS = kn0 (VGS − VT )VDS − DS L 2 à VGT > 0, VDS > VT (saturação) G VGS IDS S D ID = f(VGS ) kn0 W = (VGS − VT )2 (1 + λVDS ) 2 L à Tensão de limiar: p p VT = VT0 + γ | − 2φF + VSB | − | − 2φF | à kn0 = µn Cox β = µn Cox WL João Canas Ferreira (FEUP) µn : mobilidade dos eletrões λ: fator de modulação de canal Transístores MOS 2012-02-17 7 / 30 Transístores MOS 2012-02-17 8 / 30 Transístor de canal curto João Canas Ferreira (FEUP) Saturação de velocidade Fonte: [Rabaey03] João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 9 / 30 Comparação João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 10 / 30 Modelo unificado para análise manual (2) Para transístor NMOS: à Definindo: VGT = VGS − VT à Vmin = min(VGT , VDS , VDSAT ) à VGT 6 0 G IDS = 0 VGS S D à VGT > 0 ID = f(VGS ) IDS W = kn0 L 2 Vmin VGT Vmin − (1 + λVDS ) 2 à Tensão de limiar p p VT = VT0 + γ | − 2φF + VSB | − | − 2φF | João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 11 / 30 Transístores MOS 2012-02-17 12 / 30 Zonas de funcionamento João Canas Ferreira (FEUP) Transístor PMOS Fonte: [Rabaey03] à As variáveis assumem valores negativos à Condição de corte: VGT > 0 à No modelo de análise manual: Vmin → Vmax = max(VGT , VDS , VDSAT ) João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 13 / 30 Resistência equivalente à Ron é não-linear, variável com t e depende do ponto de funcionamento à Aproximação: valor que leve ao mesmo tempo de descarga de um condensador entre VDD e VDD /2. Req Req 1 = 2 1 = t2 − t1 Z t2 Ron (t) dt ou t1 Req ≈ VDD VDD /2 + IDSAT (1 + λVDD ) IDSAT (1 + λVDD /2) João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 1 (Ron (t1 ) + Ron (t2 )) 2 3 VDD ≈ 4 IDSAT 5 1 − λVDD 6 2012-02-17 14 / 30 Evolução da resistência equivalente João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 15 / 30 Parâmetros para processo de 0,25 µm à Parâmetros do modelo unificado √ VT0 (V) γ ( V) VDSAT (V) NMOS PMOS 0,43 −0,4 0,4 −0,4 0,63 −1 k’ (A/V2 ) λ (1/V) 111 × 10-6 −30 × 10-6 0,06 −0,1 à Resistência equivalente Req para W/L=1. (Para outros transístores, dividir Req por W/L) VDD (V) NMOS (kΩ) PMOS (kΩ) João Canas Ferreira (FEUP) 1 1,5 2 2,5 35 115 19 55 15 38 13 31 Transístores MOS 2012-02-17 16 / 30 Condensadores intrínsecos do transístor MOS CGS = CGCS + CGSO CSB = CSdiff CGD = CGCD + CGDO CDB = CDdiff CGB = CGCB João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 17 / 30 Capacidades da porta CGB = Cgate = ox WL tox CGSO = CGDO = Cox xd W = C0 W João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 18 / 30 Capacidade da porta: regimes de operação Fonte: [Rabaey03] Região CGCB (Cgb ) CGCS (Cgs ) CGCD (Cgd ) Corte Linear Saturação Cox WL 0 0 0 Cox WL/2 (2/3)Cox WL 0 Cox WL/2 0 à Regiões mais importantes: saturação e corte. João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 19 / 30 2012-02-17 20 / 30 Comportamento da capacidade da porta João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS Capacidades de difusão Fonte: [Rabaey03] Cdiff = Cbottom + Csw = Cj × área + Cjsw × perímetro Cdiff = Cj LS W + Cjsw (2LS + W) João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 21 / 30 Capacidade de junção (díodo) Fonte: [Rabaey03] φ0 = φT ln( NA ND ) n2i φT = KT = 26 mV q a 300 K VD : tensão aos terminais da junção pn João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 22 / 30 Linearização da capacidade de junção à Substituir uma capacidade nãolinear por uma capacidade equivalente, linear, que movimente a mesma quantidade de carga para a variação de tensão de interesse. Ceq = Qj (Vhigh ) − Qj (Vlow ) ∆Qj = = Keq Cj0 ∆VD Vhigh − Vlow à Manipulando a expressão obtém-se: Keq −φm 0 = (φ0 − Vhigh )1−m − (φ0 − Vlow )1−m (Vhigh − Vlow )(1 − m) João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 23 / 30 Parâmetros capacitivos para processo de 0,25 µm NMOS PMOS Cox (fF/µm2 ) CO (fF/µm) Cj0 (fF/µm2 ) mj φb (V) 6 6 0,31 0,27 2 1,9 0,5 0,48 0,9 0,9 NMOS PMOS João Canas Ferreira (FEUP) Cjsw0 (fF/µm) mjsw φbsw (V) 0,28 0,22 0,44 0,32 0,9 0,9 Transístores MOS 2012-02-17 24 / 30 Origens das correntes de fugas I I Transístor em OFF apresenta pequenas correntes Origem: |IDS | 6= 0 para VGS < VT (substhreshold current) corrente entre porta e substrato (através do isolante da porta) 3 corrente de fugas das junções fonte/substrato e dreno/substrato 1 2 Fonte: [Weste11] João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 25 / 30 2012-02-17 26 / 30 Exemplo: curva I-V para processo 65 nm Fonte: [Weste11] João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS Corrente fonte/dreno à A corrente neste regime é dada por: IDS = IDS0 e I I VGS −VT +ηVDS nVT −VDS 1 − e −VT n: parâmetro dependente do processo (valor típico: 1,3–1,7) η: coeficiente usado para modelar o efeito do campo elétrico criado por VDS sobre VT (DIBL = drain-induced barrier lowering): VT = VT0 − ηVDS I IDS0 : corrente no limiar (geralmente obtida por simulação/medida) IDS0 = β VT 2 e1,8 I 1,8: valor empírico A evolução da corrente é caraterizada pelo declive S: d log10 (IDS ) −1 = nVT ln(10) S= dVGS João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 27 / 30 Corrente porta/substrato à Origem: efeito de túnel direto (efeito quântico) [afeta muito mais nMOS] à A corrente de fugas pode ser estimada por: VDD 2 −B Vtox IG = WA e DD tox A e B são constantes ligadas à tecnologia. Fonte: [Weste11] João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 28 / 30 Correntes de fugas das junções Fonte: [Weste11] I I Junções contra-polarizadas: corrente de fugas 0,1–0,01 fA/µm2 Para concentrações de dopantes elevadas (fonte ou dreno) podem ganhar importância vários mecanismos: I I band-to-band tunneling (BTBT) provoca uma corrente de fugas junto da parede lateral para a zona do canal (maior concentração de dopante); gate-induced drain leakage (GIDL): ocorre quando a porta se sobrepõe ao dreno (com tensão de dreno alta e tensão de porta baixa). Apenas importante quando tensão de porta vem abaixo de 0 (nMOS) [numa tentativa de reduzir corrente de fugas IDS ]. João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 29 / 30 Referências à As figuras usadas provêm dos seguintes livros: Rabaey03 J. M. Rabaey et al, Digital Integrated Circuits, 2ª edição,Prentice Hall, 2003. http://bwrc.eecs.berkeley.edu/icbook/ Weste11 N. Weste, D. Harris, CMOS VLSI Design, 4ª edição, Pearson Education, 2011. http://www3.hmc.edu/~harris/cmosvlsi/4e/index.html João Canas Ferreira (FEUP) Transístores MOS 2012-02-17 30 / 30