Luta contra o HIV/ SIDA – Mudar Atitudes Defender os Direitos Humanos CONTEXTO: O combate ao HIV/SIDA, Malária e outras doenças é o sexto Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM 6). O ODM 6 tem como intuito principal travar e reverter a infecção do HIV/SIDA e o número de casos de malária e outras doenças até 2015. Atingir este objectivo é extremamente importante, uma vez que está intimamente ligado à concretização do ODM 1 (Erradicar a Pobreza Extrema e a Fome), ODM 4 (Mortalidade Infantil) e ODM 5 (Mortalidade Materna). Graças às melhorias nos programas de prevenção, o número de novas infecções reduziu de 3 milhões em 2001 para 2,7 milhões em 2010. Também com a melhoria e aumento do acesso a tratamentos retro virais, o número de pessoas que morre com SIDA começou a diminuir e o número de pessoas que vive com HIV/SIDA cresceu de 29,5 milhões, em 2001 para 34 milhões em 2010. Uma vez que ainda não há cura para o HIV/SIDA, as pessoas que não são portadoras, têm muitas vezes medo das pessoas portadoras da doença. Para além disso, o HIV/SIDA também afecta muitas vezes pessoas que, por vezes, já são vistas na sociedade como diferentes: minorias, homossexuais, toxicodependentes, pessoas de culturas e etnias diferentes. A realidade é que grande parte da população não se sente confortável com a diferença, sentindo muitas vezes medo. Algumas pessoas utilizam o argumento das suas crenças religiosas para discriminar as pessoas com HIV/SIDA. Estes sentimentos de medo e discriminação têm sido prejudiciais aos esforços de prevenção e sobretudo para as pessoas portadoras do vírus. A discriminação de que são alvo e os tabus criados à volta da doença fazem com que muitas vezes as pessoas tenham medo de dizer que são portadoras do vírus, o que é perigoso porque aumenta o risco de infecção. A realidade diz-nos que infelizmente o estigma é tão grande que muitas pessoas já perderam os seus empregos, foram humilhadas, vítimas de violência e até mortas por serem portadoras deste vírus. A discriminação seja contra quem for é prejudicial para todos nós. A discriminação pode ter várias formas, e acontece sobretudo quando as pessoas não têm todas os mesmos direitos, não são bem recebidas, e são excluídas pelos outros. A história mostra-nos que, quando uma sociedade trata uma minoria de maneira diferente e cruel, isso significa que o respeito pelos direitos de toda a população está em causa. É importante pôr de lado as diferenças e tratar todas as pessoas com respeito e dignidade. O QUE PODEMOS FAZER? Podemos evitar ser mal-educados, fazer comentários negativos sobre qualquer minoria, incluindo as pessoas portadoras de HIV/SIDA. Podemos reconhecer qualquer tipo de desconforto que sentimos e procurar aprender mais acerca do HIV/SIDA para que consigamos ultrapassar esse desconforto. A sensibilização ajuda as pessoas a perceberem que não irão ser infectadas com o vírus a menos que tenham relações sem protecção ou utilizem agulhas com alguém com HIV/SIDA. Podemos e devemos manter a nossa mente aberta e dar apoio às pessoas com HIV/SIDA que possamos vir a conhecer nas nossas famílias, escolas ou comunidades. SUGESTÃO DE ACTIVIDADE: 1. Discuta com os seus alunos os preconceitos inerentes à doença e comece a combatê-los. Para começar, sugira aos alunos reflectirem e discutirem alguns destes assuntos: O que são preconceitos? Alguma vez foste discriminado? Isso aconteceu por causa da tua idade, religião ou outras causas? Como te sentiste? Identifica preconceitos que atinjam diferentes grupos de pessoas na tua comunidade. Identifica preconceitos que atinjam as pessoas com HIV/SIDA? 2. Proponha aos alunos criar um cartaz que ajude a desmistificar os preconceitos relativos às pessoas que vivem com HIV/SIDA. Promova a partilha de algumas ideias e dos cartazes produzidos com outras turmas e afixe os cartazes nalgum local da escola. 3. Desafie os alunos a contactarem uma associação que lide com pessoas portadoras do vírus (contacto em baixo) e tentarem descobrir o que precisa de ser alterado e que mudanças têm de acontecer na comunidade e no país para ajudar as pessoas portadoras do vírus. Com os resultados que obterem peça-lhes que escrevam uma carta ou que façam uma petição sobre o assunto e recolham o maior número de assinaturas possível, para depois enviarem os resultados aos decisores políticos locais e nacionais. Associações que lidam com pessoas portadoras do vírus: hgh Liga Portuguesa Contra a SIDA Sol – Associação de Apoio às crianças VIH/SIDA Rua do Crucifixo, 40 – 4ºesq Rua Pedro Calmon, 29 1100-183 Lisboa 1300 – 455 LISBOA [email protected] [email protected] www.ligacontrasida.org www.sol-criancas.pt Abraço Largo José Luís Champalimaud, n.º 4 A 1600-110 Lisboa [email protected] www.abraco.pt