Podemos definir o termo wayfinding como um
processo que envolve o uso de informação espacial
e ambiental para “navegar” até um destino. Quer se
trate de “navegar” num parque florestal, num campus universitário, num centro hospitalar ou num
Web site, estão sempre presentes 4 etapas:
1) Orientação: refere-se à consciência do posicionamento do indivíduo, face aos elementos que lhe
estão próximos e ao destino. A orientação pode ser
facilitada se for possível dividir o espaço global em
porções menores e bem identificáveis. Desta forma,
será mais eficaz a construção de um mapa mental.
Podemos alcançar este objectivo através da sinalização, que ajuda a criar sub-espaços únicos, ou
através da existência de características próprias do
espaço, identidades memoráveis, podem constituir
pistas importantes para a orientação. A sinalética
é uma das ferramentas, mais fáceis, que podemos
usar para transmitir ao indivíduo a informação
sobre qual a rota a adoptar.
2) Escolha da rota: refere-se à escolha de um
caminho que nos leve até ao destino desejado. Esta
escolha é facilitada se não houver grande número
de caminhos alternativos e se houverem pistas
suficientes para fundamentar a escolha. Sempre
que existam cruzamentos de caminhos é importante haver informação (sinalização) para diminuir
as dúvidas. Os caminhos curtos são preferidos
face aos longos, por isso, devem ser destacados
os caminhos mais curtos, mesmo que sejam mais
complexos que os longos. Se o espaço for muito
complexo, muito grande ou muito idêntico, deve
ser considerado o uso de mapas. Os mapas também são particularmente úteis em situações de
emergência ou de grande stress, onde não há
tempo, nem disponibilidade, para pensar muito
sobre o espaço.
http://design-ergonomia.blogspot.com/2007/03/wayfinding.html
3) Observação da rota: ao longo do caminho, o
espaço vai sendo observado e analisado. Vamos
andando e confirmando se estamos a ir no sentido
desejado. Se o percurso de navegação for claro,
com princípio, meio e fim, e seguir uma lógica
clara, saberemos sempre onde estamos. Isso pode
ser facilitado se, o caminho passado e o futuro
estiverem, de alguma forma, presentes. Para isso,
devem sempre ser dadas informações visíveis sobre
a nossa posição actual no todo. A existência de
características marcantes, relativas aos caminhos
seguídos, é fundamental para os casos em que, por
alguma razão, nos enganamos e temos que voltar
atrás.
4) Reconhecimento do destino: quando chegamos
ao destino temos que o reconhecer… para saber
que já chegamos! Este reconhecimento será tanto
melhor, quanto se perceba que aquele ponto é o
final de uma rota. Caso contrário, até podemos
confundi-lo como mais uma etapa do caminho. Podemos melhorar esta identificação se, para passar
por ali, tivermos que ultrapassar alguma barreira,
se alguma coisa nos disser que ali é uma meta e/ou
se aquele ponto tiver uma identidade clara e bem
definida.
Contudo, este processo de wayfinding não é coisa
simples. Existem erros, distorções e atalhos que
interferem na navegação, por exemplo: o viés do
ângulo recto, as heurísticas da simetria, da rotação,
do alinhamento e da posição relativa...
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Podemos definir o termo wayfinding como um processo que envolve