6 Polícia - [email protected] O Estado do Maranhão - São Luís, 4 de dezembro de 2010 - sábado Detento é morto em Pedrinhas Vítima, que ontem deixaria o presídio, após cumprir pena de 3 anos, foi executada com 43 chuçadas em uma das celas do “Pavilhão dos Irmãos”, na Penitenciária de Pedrinhas; corpo foi encontrado por agentes penitenciários no início da manhã Fotos/Biné Morais Saulo Maclean Da editoria de Polícia A pós a morte de 18 detentos no Presídio São Luís, em Pedrinhas, na maior e mais sangrenta rebelião da história do Maranhão, ocorrida nos dias 8 e 9 de novembro, outro assassinato foi registrado ontem, desta vez na Penitenciária de Pedrinhas. A vítima foi Cláudio Soares Costa, conhecido como Caçula ou Louro, de 28 anos, foi morto com 43 chuçadas. O corpo foi encontrado no início da manhã por agentes penitenciários. A morte de Cláudio Soares Costa foi descoberta por volta das 7h30, durante a troca de plantão. Os agentes avistaram o corpo do lado de fora da cela do “Pavilhão dos Irmãos”, onde a vítima se encontrava, segundo informações do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Cezar Castro Lopes, o Cezar Bombeiro. “Eles mataram o detento e jogaram o corpo na calçada do pátio interno, do lado de fora do pavilhão”, detalhou Cezar Bombeiro. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, por meio de sua Assessoria de Comunicação, que a vítima residia na Rua São Sebastião, 34, no Coroadinho. No Instituto Médico Legal (IML), familiares do detento informaram que ontem seria o seu último dia no presídio, por ter cumprido pena de três anos por tráfico de drogas. ASSALTANTES - No processo, entretanto, consta que Cláudio Soares Costa foi preso no início de 2008, acusado de integrar uma quadrilha de assaltantes que no dia 5 de janeiro daquele ano atacou e fez reféns dois funcionários do Depósito Ligeirinho Gás, na Cohama. Segundo informações da polícia, Cláudio Soares participou do assalto em companhia de quatro criminosos, em um Corsa Celta branco (HQC-0625), que havia sido roubado um dia antes, no Conjunto Maiobão, em Paço do Lumiar. De acordo com os familiares de Cláudio Soares Costa, ele já estava com a mochila nas costas para deixar o presídio, quando foi chamado por seus colegas, que o trucidaram. O corpo foi encaminhado para o IML, e o caso está sendo investigado pelo 12º Distrito Policial, no Distrito Industrial. Os colegas de cela da vítima serão interrogados para que a polícia possa descobrir o autor Penitenciária de Pedrinhas, que foi palco ontem de mais um assassinato de preso por colegas de cela Estelionatário que se passava por autoridades é preso no MA Prado Carioca vinha lesando grupos empresariais, solicitando patrocínio para um falso projeto cultural maranhense de bumba-meu-boi Carlos Roberto Melo Prado, o Prado Carioca, de 52 anos, foi preso ontem por policiais da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), no município de São José de Ribamar. Segundo a polícia, ele é um dos mais conhecidos estelionatários do Maranhão, que responde a vários processos criminais por usar nomes de autoridades políticas para lesar grupos empresariais de renome no Brasil. Prado Carioca, que apesar da alcunha é natural de RedençãoCE, foi preso por volta das 12h na região central da cidade balneária. De acordo com a polícia, ele estava em um veículo Peugeot 207 prata (NNH-6179), com um bloco de notas fiscais, uma delas preenchida com o valor de R$ 28 mil. A cédula, conforme explicou o delegado Breno Galdino, foi emitida para custear um falso projeto cultural de bumba-meu-boi. “A nota fiscal foi encaminhada ao Grupo Jereissati, em Fortaleza-CE. O golpista solicitou um patrocínio de R$ 30 mil para bancar grupos folclóricos maranhenses em uma suposta viagem aos estados de Pernambuco, Ceará e Roraima. O dinheiro seria, segundo ele, para uma campanha do meio ambiente, durante os espetáculos que Reprodução de Imaghem/TV Mirante Magistrada tem prerrogativa de mandar a júri popular todos ou apenas alguns dos suspeitos de envolvimento no caso Eliza nunca existiu”, disse o delegado, ao apresentar o acusado à imprensa. Acusações – Na mesa do delegado que coordenou a prisão do estelionatário havia pelo menos 10 cópias de processos criminais contra o acusado. Prado Carioca fazia ligações para empresas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, se apresentando como governador, secretário estadual e até ex-presidente da República. Na primeira conversa, o golpista pedia a quantia desejada à vítima. Ainda segundo a polícia, Prado Carioca acertava o valor e dizia que seu “assessor”, Carlos Roberto (ele mesmo) ligaria em seguida para fornecer os dados da sua conta concorrente. Sem desconfiar de que se tratava de um golpe, pois o poder de persuasão do criminoso é muito forte, a empresa acabava depositando a quantia. Empresas como a Vale, o HSBC e a Arcor são algumas ludibriadas pelo criminoso. “Ele também encaminhava ofícios para que a fraude não deixasse suspeita. No dia 3 de novembro, por exemplo, ele solicitou ao Grupo Jereissati que disponibilizasse patrocínios para um evento fictício que aconteceria no Carlos Roberto Melo Prado, o Prado Carioca, preso por estelionato Museu Imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Por conta dessa ação criminosa ele teve um mandado de prisão condenatória”, acrescentou Breno Galdino. Prisão - A ordem judicial assinada pelo juiz Raimundo Pereira Neto, da 3ª Vara Criminal de São Luís, determina a reclusão de Prado Carioca por três anos, em regime semi-aberto. Durante a prisão do acusado, a polícia recolheu em seu poder, além do automóvel e do bloco de notas fiscais, nominado em “G.O Prado Produções – Mara- Mais Na lista de empresários enganados pelo estelionatário estão Celso Grelett, sócio de Pelé, Eike Batista, Zezé Perrela, presidente do Cruzeiro, e até a assessoria de Comunicação da governadora Ana Júlia Carepa (PT-PA), a quem prometeu um jogo da Seleção Brasileira em Belém. nhão Shows e Eventos”, duas agendas de contatos de dezenas de grupos empresárias e R$ 1.730,00. Rápidas Caso Sabino I Caso Sabino II A Delegacia de Homicídios de São Luís acompanhou no início da noite de ontem a reconstituição do assassinato do policial civil Sebastião de Sousa Sabino, o Sabino, de 50 anos, ocorrida dia 8 de março. Ao lado de peritos do Instituto de Criminalística (Icrim), os delegados Guilherme Sousa Filho e Maymone Barros foram à Rua Riacho Doce, 101, na Vila Embratel. O endereço, segundo a Polícia Civil, era onde residia o traficante William Domingos Paiva Arouche, o Rato, de 22 anos. Sabino, de acordo com o inquérito policial, foi atingido com um tiro na região dorsal esquerda, que lhe perfurou os pulmões e o coração. O disparo, segundo as investigações, foi efetuado pelo traficante conhecido como Rato, depois de o policial ter acertado a perna do criminoso, que reagiu a uma abordagem do policial em sua residência. No local, os policiais encontram armas de drogas. O traficante ferido também não resistiu e morreu horas depois no Hospital Djalma Marques. Juíza tem sete dias para decidir se Bruno vai a júri A policia divulgou quinta-feira, 2, um cartaz com a foto de José Tavares Pereira, o Ribinha, que está sendo procurado pelo assassinato do corretor Darleno Belfort Almeida. Belo Horizonte - A juíza da Vara Criminal de Contagem (MG), Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, tem até sexta-feira para decidir se o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza e mais oito suspeitos de participação no desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, ex-amante do atleta, serão levados a júri popular. Todos participaram, em outubro e novembro, de audiências de instrução com a magistrada e negaram a participação no crime, mas confessaram ter visto a mulher, que dizia ter um filho de Bruno, em algum momento entre os dias 6 e 10 de junho. Ninguém soube dizer, no entanto, o paradeiro de Eliza depois que ela foi levada do sítio do jogador, em Esmeraldas. Os réus estão presos preventivamente em Minas Gerais desde julho. Em 27 de novembro, porém, Flávio Caetano de Araújo, motorista do atleta, teve a prisão revogada e deixou a penitenciária Nelson Hungria. Ele foi excluído do pedido de júri popular feito pelo Ministério Público, mas ainda é parte do processo. A magistrada tem a prerrogativa de mandar a júri popular todos ou apenas alguns dos acusados. Nas alegações finais que encaminhou à juíza na semana passada, o promotor de Justiça Gustavo Fantini afirmou que cada envolvido teve uma tarefa na trama. Bruno seria o mandante do crime, motivado pelo fato de não reconhecer o filho de Eliza como dele. O amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi quem teria planejado o crime e contratado o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado pelo MP e polícia como o estrangulou da jovem.