VITÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2011 ATRIBUNA 25 CIDADE ABERTA >PATER PEDRO MAIA Prevenção é sempre melhor que remediar S egundo notícia divulgada por A Tribuna em sua edição de terça-feira, a Defesa Civil da capital está providenciando uma simulação de tragédias provocadas por chuvas nas encostas de morros e nas regiões onde os alagamentos são mais constantes. EM ALTA EM BAIXA LUTA CONTRA O CÂNCER ASSALTO NA PRAIA A lição de vida dada pelas mulheres que enfrentam o câncer sem perder a vaidade e a alegria, como mostra reportagem da página 4 da edição de ontem de A Tribuna. Elas vão participar de um desfile de moda no próximo sábado só com pacientes que tiveram tumor de mama, que estão em tratamento ou já passaram por ele, para mostrar que há lugar para charme e beleza na batalha contra a doença. A insegurança na Curva da Jurema, onde uma jovem de 23 anos foi assaltada e espancada por dois bandidos ao sair de um show de jazz na madrugada de terça-feira, como mostra reportagem da página 17 da edição de ontem de A Tribuna. Covardes, os assaltantes deram socos e chutes na universitária. A Polícia Militar diz que somente uma radiopatrulha tem de fazer o policiamento em seis bairros da região. Tribuna nas Ruas CELESTE FRANCESCHI Você consegue planejar seus gastos no mês? SIM SIM SIM Consigo sim. Relaciono todas as minhas despesas, faço as contas, para não gastar mais do que eu ganho. Assim, acabo gastando dentro do orçamento. É preciso respeitar o limite. Uso uma planilha para controlar tudo o que recebo e todas as minhas despesas. Assim consigo controlar tudo. Se não for assim, acabo me perdendo. Com a planilha fica tudo em ordem. Às vezes, a gente é um pouco compulsiva, mas eu tento controlar. Já estive no vermelho e sei que não é bom. Hoje anoto os gastos, faço as contas, para manter as contas equilibradas. Tento segurar. VANETE SILVA GONÇALVES, 39 anos, costureira, Res. Centro da Serra, Serra GEISIANE DE SOUZA COSTA GONÇALVES, 23 anos, instrumentista, Itaparica, Vila Velha NEUZA CASTRO, 56 anos, auxiliar de serviço gerais, Soteco, Vila Velha SIM SIM SIM Procuro manter as minhas contas sob controle. Faço economia, não gasto além do que ganho e faço conta de tudo o que gasto, para não extrapolar o orçamento doméstico todo mês. Faço as contas e procuro comprar o que está dentro do meu orçamento. Se já tenho uma dívida, procuro quitá-la antes de fazer outra. Assim, consigo manter as contas equilibradas. De acordo com as possibilidades, sim. Inicialmente pesquiso o que preciso pagar naquele mês, depois, verifico que vai entrar e priorizo o que é mais importante. Relaciono tudo e o que sobra eu guardo. JORGE GOMES, 53 anos, despachante de veículos, José de Anchieta, Serra VANDERLI RAMOS BARBOSA, 46 anos, radialista, Itanguá, Cariacica CARLOS ALBERTO VIEIRA SUBTIL, 54 anos, caldeireiro, Santo Antônio, Vitória Segundo o coordenador da De- de seus habitantes até ameaças de fesa Civil, Julio César Biancucci, desmoronamento de pedras e este treinamento, que se inicia às avalanches em suas encostas. Em muitos destes conglomera9 horas do próximo sábado pelo morro do Jaburu, em Jucutuqua- dos habitacionais do centro da ra, no centro de Vitória, faz parte capital, urubu tá voando de cosdo “Sistema de Monitoramento e tas e, quando chove, os mais cauAlerta” promovido em todo País telosos se mandam em busca de pela Secretaria Nacional de De- segurança em casas de parentes e fesa Civil visando ensinar os mo- amigos. O problema agora ficou bem radores de zonas de risco a se protegerem em casos de desliza- mais sério e o governo já se movimentos ou enchentes de rios ou menta para encarar as dificuldacórregos situados dentro da zona des que, por certo, vão surgir com as chuvas anunciadas pelo Serviurbana da capital. O próprio coordenador Bian- ço Nacional de Meteorologia cucci reconhece que se esse pro- previstas para toda Região Sucedimento tivesse sido colocado deste nas próximas semanas. Como se sabe, este inverno foi em prática anos antes muitas trao mais frio e seco regédias registradas gistrado nestes últinos últimos tempos mos anos e a umidapoderiam ter sido de do ar que assolou minimizadas, alio Espírito Santo – e viando o sofrimento g ra n d e p a r t e d o do povo e poupando Brasil – provo c o u gastos do erário púincêndios em vários blico. pontos do País. Esses treinamenPor conta disso, as tos para situações chuvas foram emergenciais são aguardadas com sapraticados em ditisfação, se bem que versos países do na capital capixaba mundo onde exischuva é sempre sitem ameaças natunônimo de problerais como terremomas pois sua situatos, vulcões, cicloção geográfica entre nes e afins. os morros e o mar Aqui neste nosso Na capital não permite o esglorioso Brasil, pácapixaba, chuva coamento das águas tria amada, salve, quando a maré está salve, o perigo é é sempre alta, o que provoca consequência do sinônimo de alagamentos e inundescaso das chamadações em vários das “a u t o r i da d e s problemas pontos da cidade. co nsti tuíd as” q ue Porém, o perigo mesmo está por anos a fio pouco se lixaram para as construções de moradias nas bases e encostas dos morros nas fraldas dos morros e nas mar- onde a ocupação foi feita indisgens dos cursos d’água onde os criminadamente, sem nenhuma excluídos do sistema pagam caro preocupação com a segurança pelo descaso dos governantes dos moradores que preferem repor eles mesmo guindados às ré- sidir próximo a seu local de trabalho mesmo que isso represente deas do poder. Felizmente surge uma luz no uma constante ameaça à segufim do túnel que pode parecer rança de sua família. Entretanto, fica no ar uma inpouco mas na verdade é fundamental para que tragédias como dagação: a quem cabe a fiscalizaa do Morro do Macaco, aqui em ção no sentindo de impedir consVitória, e Morro do Bumba, em trução de barracos em locais não Niterói, no Rio de Janeiro, vol- apropriados, onde o perigo é evitem a acontecer de maneira tão dente? Por que permitem – e muitos incentivam – este tipo de pungente e cruel. A Grande Vitória tem nada me- suicídio coletivo em potencial? O nos de 72 morros em seu períme- certo seria a municipalidade pretro urbano e todos eles prenhes de venir para depois não ter que reproblemas, que variam desde a ca- mediar! E que venham as chuvas !!! rência natural do poder aquisitivo