5B sexta A GAZETA CUIABÁ, 28 DE DEZEMBRO DE 2012 TRANSPORTE Bloqueios vão ocorrer em intervalos CUIABÁ E VG menores para garantir modal até 2014 Obras para VLT vão interditar 22 km ano que vem GLÁUCIO NOGUEIRA DA REDAÇÃO Os 22 quilômetros de vias por onde passarão o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) estarão interditados em 2013. É o que garante a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa/MT) que prevê que as obras ocorram em ritmo acelerado. O titular da pasta, Maurício Guimarães, destaca que os bloqueios não ocorrerão todos ao mesmo tempo, mas que serão em intervalos cada vez menores, para garantir que a obra do modal de transporte fique pronta até março de 2014. Pelo menos duas interdições deverão ocorrer já a partir da próxima semana, uma na avenida Fernando Corrêa da Costa, no entroncamento com a rodovia Palmiro Paes de Barros e outra na avenida Historiador Rubens de Mendonça, a avenida do CPA, na região do Centro Político Administrativo, projeta o secretário. “Nos locais serão construídos viadutos em trechos por onde passarão o VLT”. Desvios e rotas alternativas já foram estabelecidos pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, responsável pela obra e aprovados pelas secretarias municipais que administram o trânsito nas duas cidades. Ajustes serão feitos para que a sinalização, horizontal e vertical, fique pronta e os bloqueios possam ser efetivados. A Secopa informa que os principais trajetos que dão acesso ao Centro Político Administrativo em Cuiabá sofrerão alterações. Como parte da avenida do CPA ficará parcialmente interditada, mais especificamente no trecho sentido CPA-Centro, o trânsito terá que ser desviado para o Centro Político Administrativo, que terá as duas ruas que margeiam a Praça das Bandeiras com sentido invertido para amenizar os transtornos. Para ter acesso ao Centro Político e Administrativo ou mesmo continuar para a região central de Cuiabá, o motorista que segue pela avenida deverá entrar à direita na primeira rua após a Praça das Bandeiras e, em seguida, virar à esquerda na rua ao lado da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Ao chegar próximo à Secretaria de Educação (Seduc), deverá virar novamente à esquerda, retornando à avenida do CPA. Em alguns pontos será proibido estacionar dos 2 lados da rua, como é o caso da via em frente ao Palácio Paiaguás. Esses impedimentos serão necessários devido ao fluxo de tráfego de ônibus que haverá nas vias. O viaduto, em forma de ferradura, ficará pronto em aproximadamente 8 meses. No caso da Fernando Corrêa, Guimarães explica que a interdição parcial afetará o motorista que segue pela via no sentido Centro Coxipó. O condutor deverá entrar à direita na rua 24 de Agosto, no bairro Vista Alegre. A via é conhecida na região por ser a mesma da Policlínica do Coxipó. Em seguida, virar à esquerda na rua 13 de Maio, ainda no bairro Vista Alegre. Ao cruzar a avenida da Rodovia MT-040 deverá entrar na rua H-8, no bairro Jardim Nossa Senhora Aparecida. Na sequência, o motorista chegará à rua 04, do bairro São José I, última rua do desvio que leva de volta para a avenida, que seguirá o trajeto normal. O viaduto rodoferroviário a ser construído no eixo Centro Coxipó terá 445 metros de extensão e por lá passarão veículos e o VLT. Outras 3 interdições devem ocorrer antes do Carnaval Otmar de Oliveira/Arquivo Pelo menos duas interdições deverão ocorrer já a partir da próxima semana em Cuiabá COMBATE AO CRIME 68 arrombadores de caixas presos em 2012 RAQUEL FERREIRA DA REDAÇÃO Sessenta e oito assaltantes de caixas eletrônicos foram presos em 2012 dentro e fora do Estado. As ações contaram com o trabalho direto ou indireto da Polícia Civil de Mato Grosso, que colaborou com a identificação e localização de bandidos em pelo menos 12 estados do país. Levantamento da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) aponta que 41 pessoas foram presas em Mato Grosso. Estas estavam envolvidas em 16 ocorrências de explosões e arrombamentos de caixas automáticos nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e interior. Três delas ainda foram identificadas em roubos de caixas eletrônicos em Rondônia e São Paulo. Outros 27 criminosos matogrossenses que atuavam neste segmento foram presos em outros estados. Os bandidos atuavam em Tocantins, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia, Acre, Piauí, Maranhão, Bahia, São Paulo, Pará, Goiás e Espírito Santos. Os estados de Rondônia, Maranhão, Amazonas e Mato Grosso do Sul registraram o maior número de presos oriundos de Mato Grosso. Para a Polícia Civil, a quantidade de prisões e a consequente desarticulação dos bandos são reflexos da integração das Polícias dos estados no combate à onda de ataques e arrombamento de terminais de autoatendimentos. Conforme o delegado chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Henrique Strin- gueta, há 2 anos a unidade centraliza as investigações dos grupos criminosos especializados neste tipo de crime e atualmente é vista como referência no país, por concentrar informações dos principais ladrões que atuam ou já atuaram na modalidade ilícita. Cita como exemplo da parceria a elucidação da primeira explosão de caixa eletrônico em Campo Grande (MS), em janeiro de 2012, quando uma quadrilha levou R$ 170 mil numa única ação. Com informações da GCCO, o bando foi identificado e preso. Entre eles está o líder, Jefferson Michael Mendes Sobrinho, 28, o “Gê”, preso em abril na Capital. Ele chefiava uma quadrilha de arrombamento de terminais com uso de explosivo, que agia no Estado, em Mato Grosso do Sul e Rondônia. O bando tinha 4 membros de Mato Grosso e outros 3 de Rondônia para dar suporte às ações. A prisão do comparsa de “Gê”, Marco Aurélio Bueno da Silva, 24, conhecido por “Quiko”, em setembro de 2012, pelo GCCO, também contribuiu para a desestruturação da quadrilha, que comandou dezenas de explosões de caixas de saques rápidos na capital e interior de Mato Grosso e nas cidades de Campo Grande, Cassilândia (MS), Pimenta Bueno e Cacoal, municípios do estado de Rondônia. Stringueta avalia que a prisão de membros de quadrilha, ainda que não seja o líder, gera impacto no grupo, por isso existe uma queda no número de ataques. (Com assessoria) Otmar de Oliveira/Arquivo Delegado destaca que há 2 anos GCCO centraliza investigações 53% das ações foram frustradas DA REDAÇÃO Rodinei Crescêncio/Arquivo Explosivos, como dinamite, foram usados em 58 ataques e maçarico em apenas 8 roubos Das 66 tentativas de ataques a caixas eletrônicos, 53% foram frustradas em Mato Grosso no ano de 2012. Dados da Polícia Civil demonstram que as ações criminosas ocorreram em terminais de autoatendimentos, instalados em agências e pontos comerciais de 33 municípios mato-grossenses. Trinta e uma ocorrências foram concluídas com sucesso pelos criminosos e 35 casos não deram certo. Pela rapidez na ação, explosivos, como dinamite, foram usados em 58 ataques. Em 8, as quadrilhas ainda utilizaram o maçarico para abrir os caixas eletrônicos. A Polícia Civil afirma que o número de ataques neste ano reduziu 37,73%, em comparação a 2011, quando foram registrados 106 crimes desta natureza. Em 2010, foram 118 violações a terminais de saques. Para o delegado chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Henrique Stringueta, um dos fatores da diminuição das consumações de explosões de terminais é atribuída ao monitoramento de inteligência dos grupos criminosos e ao despreparo das quadrilhas, que foram se desestruturando com a prisão de seus líderes. “Isso também é um dos motivadores da diminuição das consumações. São pessoas menos qualificadas que estão atuando hoje”. A retirada de caixas eletrônicos, instalados em pontos vulneráveis, e algumas medi- das de segurança adotadas pelos bancos, entre elas os abastecimentos de pequenas quantias de dinheiro, que não chegam a R$ 30 mil, também estão entre os indicadores de redução dos delitos. A Polícia Civil acredita que a tendência é a completa redução da onda de explosões de terminais no Estado, devido às estratégias de segurança pública, como o preparo de policiais para atuar com explosivos e a complementação da atividade policial. “Nosso confronto com a criminalidade está mais especializado. A sociedade reclama que os caixas estão mais difíceis de serem acessados, mas ela tem que entender também que isso torna a movimentação financeira mais segura”.