O que era bom virou ruim Eu era uma bela moça, decidida a me casar com um homem rico e da sociedade, porém, quando trabalhava com minhas flores caí em cima de um homem judeu, pelo qual me apaixonei. Depois de um tempo nos casamos e tivemos um filho lindo. No dia do 6ºaniversário de Giosué, meu filho, cheguei em casa e vi tudo revirado e jogado pelo chão. Chamei os dois, mas eles não responderam. Por serem judeus, tinham sido levados pelos alemães. Em seguida, corri em direção ao ponto de partida, na estação de trem e implorei que deixassem eu ir ao campo de concentração junto com eles. Consegui, mas o medo e aflição me assombravam. O trem era sujo, sem bancos, com cheiro ruim e todos estavam amontoados e de pé, mas fiz isso para ficar com meu marido e meu filho, pois minha vida sem eles não teria sentido. Quando chegamos lá, cada um foi para o seu alojamento; homens de um lado e mulheres do outro, portanto me separei dos meus “amores”. O alojamento era pior do que o trem, pois era sujo, nojento, frio e apertado. Todo o dia tínhamos que trabalhar, com o trabalho menos pesado que o dos homens, mas cansava. Com o passar do tempo os alemães faziam-nos subir em um caminhão que era pequeno e feio e ele saia cheio e voltava vazio, por isso me escondia. Depois de muito tempo de trabalho, os judeus finalmente venceram os alemães e a minha vida voltou a ser “quase” como antes, pois reencontrei meu filho com seu sonho realizado, que era subir em um tanque de verdade, grande e bonito, mas infelizmente, meu marido não sobreviveu. Dora Julia Garbellotto Betta 6º A