EFEITO DA DENSIDADE DE SEMEADURA E GENÓTIPOS NO RENDIMENTO DE GRÃOS E SEUS COMPONENTES NA SOJA SEMEADA APÓS A ÉPOCA INDICADA EFFECTS OF SOWING DENSITIES AND GENOTYPES IN GRAIN YIELD AND ITS COMPONENTS IN SOYBEAN GROWD AFTER THE INDICATED SEASON Marcos Paulo Ludwig1; Luiz Marcelo Costa Dutra2; Lucio Zabot3; Adilson Jauer 4; Daniel Uhry5; Juliano Ricardo Farias5; Marno Elisandro Losekann6; Cassiano Stefanelo6; Orlando A. Lucca Filho7 RESUMO Com o objetivo de avaliar a influência de diferentes densidades plantas e épocas de semeadura da soja (Glycine max (L.) Merrill.) no rendimento de grãos e componentes do rendimento, foi realizado um experimento com as cultivares COBB, CD 205 e BRS 154 em três densidades de semeadura (250, 400 e 550 mil plantas ha–1), em duas épocas de semeadura. A primeira época foi em Dezembro (dentro da época indicada) e a segunda em Janeiro (após a época indicada) na safra agrícola 2002/2003. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com parcelas subsubdivididas, com seis repetições. As variáveis avaliadas foram o rendimento de grãos e seus componentes. Pode-se observar que com o atraso da época de semeadura diminui o rendimento de grãos, mas o aumento de densidade de semeadura é uma prática que pode ser utilizada para minimizar estas perdas. Palavras-chave: cultivares, Glycine max, população de plantas ABSTRACT The paper has the main objective to evaluate the influence of plants densities and sowing season of the soybean (Glycine max (L.) Merrill.) concerning the grain performance 1 Agronomia – UFSM, – Bolsista FAPERGS. 2 Eng° Agr° Dr, Prof. Adj. Dpto Fitotecnia, - UFSM, E-mail: [email protected] 3 Eng° Agr° Pós-graduação Agronomia - UFSM, Bolsista CAPES. 4 Eng° Agr° Dr, Syngenta. 5 Agronomia – UFSM, Bolsista PET. 6 Agronomia – UFSM. 7 Eng° Agr° Dr, Prof. Adj. Dpto Fitotecnia - UFPel. Revista da FZVA. Uruguaiana, v.14, n.2, p. 13-22. 2007 Luduwig, M.P et al. 14 and its components. The cultivars COBB, CD 205 and BRS 154 were grown in three sowing densities: 250, 400 and 550 thousandth viable seeds ha-1. The first sowing was in December (inside indicated sowing season) and the record was in January (out of indicated sowing season) in the growing season of 2002/2003. The experiment design was randomized blocks with subdivided plot, with six replications. The grain yield and its components were evaluated. The delay in the sowing season resulted in a reduction in the grain yield, but the increase in sowing densities can be applied to reduce these losses. Key words: cultivars, Glycine max, plants population 15%, respectivamente, e em 20% para as INTRODUÇÃO O cultivares período preferencial semitardias e tardias. Já de RODRIGUES et al. (2003) observaram semeadura da soja no Rio Grande do Sul reduções entre 60 e 70% no rendimento nem sempre pode ser respeitado pelos para as cultivares semeadas em 17 de agricultores. O excesso ou falta de umidade, Janeiro. subdimensionamento do parque de Para minimizar este problema, máquinas ou atraso na liberação do crédito, BALL et al. (2000), relatam que o aumento fazem com que todos os anos uma da densidade de plantas com o atraso da percentagem variável da lavoura seja semeadura melhorou a interceptação de luz, implantada após o término do período reduzindo o período da emergência ao indicado. início A duração exponencial, influenciando no rendimento, independente vegetativo da soja é de 60 dias, ou mais do espaçamento utilizado. ANDRADE et proporcionando desenvolvimento al. (2002) confirmam estas informações, adequado das plantas. Quando este período explicando que o aumento da interceptação diminui há também diminuição na estatura de luz é a principal causa do aumento da das plantas, na altura da inserção dos taxa de crescimento da cultura, a qual primeiros legumes e no rendimento de permite maior fixação de legumes e que grãos BARNI et al. (1978). Em trabalho melhorar a interceptação de luz é uma realizado alternativa para semeaduras tardias. um do crescimento período por normal do BONATO (1993), semeaduras no final de dezembro tenderam O objetivo do presente trabalho foi a reduzir o rendimento se comparadas com verificar qual a melhor densidade de semeaduras semeadura para as cultivares COBB, CD em novembro, para as cultivares precoces e médias em 11% e Revista da FZVA. Uruguaiana, v.14, n.2, p. 13-22. 2007 15 Efeito da densidade... 205 e BRS 154, semeadas após a época foi realizada dia 10 de dezembro 2002, com recomendada para a cultura. o produto Glyphosate no dose de 540 g de i.a.ha-1. O tratamento de sementes foi MATERIAL E MÉTODOS uma realizado dia 14 de dezembro de 2002 O experimento foi conduzido em utilizando 30g de i.a. Carbendazin + 70g de propriedade i.a.Thiram para cada 100 kg de semente. rural localizada no município de Jari, Estado do Rio Grande do A correção do solo e a adubação da Sul, a uma altitude de 441m, latitude de área foram feitas de acordo com os 29°17’29” e longitude de 54°13’26”. resultados Pertence a região do Planalto. O clima da concordância com as recomendações da região é do tipo Cfa 1 segundo a Comissão Sul Brasileira de Fertilidade do classificação de KÖEPPEN (MORENO, Solo (COMISSÃO SUL BRASILEIRA DE 1961), com precipitação e temperatura FERTILIDADE DO SOLO, 1994) sendo médias anuais variando de 1.558 a 1.767 aplicado por ocasião da semeadura 350 kg mm e 17,1 a 17,9º C, respectivamente e ha-1 de N P K na formulação 2-20-20. subtropical do ponto de vista térmico. O da análise de delineamento solo, em experimental O solo pertence à Unidade de utilizado foi de blocos ao acaso com parcela Mapeamento Júlio de Castilhos (BRASIL, subsubdivididas, com seis repetições. Na 1973) parcela principal foi implantada a épocas de e ARGISSOLO classifica-se como um VERMELHO-AMARELO Alumínico alissólico (EMBRAPA, 1999). As cultivares utilizadas foram: BRS semeadura. constituídas As subparcelas por três subsubparcelas foram cultivares constaram de e as três 154 de ciclo médio (sem tendência a densidades de semeadura, com cinco linhas acamamento), CD 205 de ciclo tardio (com com tendência a acamamento) e a COBB de espaçamento de 0,45 m, com área total de ciclo tardio (sem tendência a acamamento), 13,5 m2. A área útil foi constituída das três nas densidades de 250, 400 e 550 mil linhas centrais descontando 1,0 m nas -1 6,0 m de comprimento, no plantas ha com espaçamento de 0,45 m extremidades como bordadura, perfazendo entrelinha e em duas épocas de semeadura. uma área de 5,4m². A primeira semeadura foi realizada dia 14 Durante o ciclo da cultura foram de dezembro de 2002 e a segunda dia 04 de acompanhados os estádios fenológicos pela janeiro de 2003 no sistema de plantio escala de COSTA & MARCHEZAN direto. A dessecação da área experimental (1982). O controle de plantas invasoras foi Revista da FZVA. Uruguaiana, v.14, n.2, p. 13-22. 2007 Luduwig, M.P et al. 16 feito com uma capina em V3. Foi realizada de médias e análise de regressão (STORCK a aplicação de inseticida em toda área et al., 2004), com auxílio do programa quando as plantas estavam no estádio V6 estatístico SOC - NTIA (EMBRAPA, com o produto Permetrina na dose de 25 g 1997). de i.a.ha-1, e a aplicação de fungicida no estádio R4, sendo que para a primeira época RESULTADOS E DISCUSSÃO ocorreu no dia 14 de março de 2003 e para Foi observada diferença entre as a segunda no dia 05 de abril de 2003, com o densidades para o rendimento de grãos produto Difenoconazole no dose de 75 g de (Figura 1), na média das duas épocas de i.a.ha-1. cultivo Foi constatado um aumento do Na primeira época de semeadura a rendimento com o aumento da densidade de colheita ocorreu no dia 04 de maio de 2003. semeadura, Na segunda época de semeadura, foi observado por PEIXOTO et al. (2000). semelhante ao Na primeira época de semeadura realizada a colheita dia 25 de maio de 2003. Em cada subsubparcela, durante a resultado não foi possível observar diferença colheita foram amostrados 0,5 m da área significativa entre as três cultivares nas três útil determinações: densidades (Figura 2), mas, na segunda estatura de plantas, número de grãos época pode-se constatar um aumento da legume-1, número de legumes planta-1, produtividade com o aumento da densidade número de legumes m-2 e peso de 100 de semeadura para todas as cultivares. para as seguintes BARNI et al. (1985) recomenda a grãos. Para análise do rendimento, as elevação da população e a redução do plantas da área útil foram arrancadas e, espaçamento entrelinhas para reduzir os posteriormente, trilhadas em trilhadeira problemas estacionária, sendo que as sementes limpas semeadura tardia, que reduzem o período foram pesadas e determinado do teor de vegetativo, como pela antecipação da umidade, semeadura, onde a temperatura baixa tende após então, calculado o rendimento em kg ha-1 com correção do peso para a umidade de 13%. ocasionados tanto pela a reduzir o crescimento das plantas. O número de legumes por planta A análise estatística dos dados foi (Figura 3) apresentou redução com o realizada através de análise da variância aumento da densidade de semeadura, na para verificar a significância da interação e média das três cultivares e duas épocas de dos efeitos principais, e após realizado teste cultivo. Resultados similares foram Revista da FZVA. Uruguaiana, v.14, n.2, p. 13-22. 2007 17 Efeito da densidade... O rendimento de grãos entre as observados por BARNI et al. (1985), os quais acrescentam que este comportamento épocas é devido a redução no número de legumes demonstrou haver uma superioridade da por ramo. Já o número de legumes por m-2 semeadura (Figura 4) apresentou um comportamento diferença significativa em relação a média quadrático, na média das três cultivares e da semeadura em janeiro. Comportamento duas Pode-se similar foi observado para o número de observar que o aumento do rendimento de legumes por plantas, peso de 100 grãos e grãos esteve mais associado ao número de número de grãos por legume (Tabela 1). legumes por m-2, o que já havia sido Entretanto, observado por RODRIGUES et al. (2003). diferenças significativas entre as épocas Foi constatado que na densidade de 550 mil para o número de legumes m-² (Tabela 1). épocas de semeadura. sementes aptas ha-1 houve menor número de de semeadura em (Tabela dezembro, não Resultados foram 1), ocorrendo verificadas similares foram legumes por planta, o qual foi compensado constatados por RODRIGUES et al. (2003) pelo maior número de plantas m-2, assim os quais justificam este comportamento, aumentando o número de legumes por devido unidade de área o que explica a maior quantitativamente fotoperíodos cada vez produtividade Para mais curtos à medida que se afastaram do ANDRADE et al. (2002), o aumento da solstício de verão, o que produz plantas de interceptação de luz é a principal causa do menor tamanho, com menos destinos aumento da taxa de crescimento da cultura, reprodutivos e, conseqüentemente, menor a qual permite maior fixação de legumes. rendimento de grãos. Estes resultados nesta densidade. as plantas experimentarem Para os demais componentes do concordam com os obtidos por BALL et al. rendimento, número de grãos por legume e (2000), os quais acrescentam que este peso de 100 grãos não foi constatada comportamento diferença apresentando interceptação de luz, a qual reduz o período valores médios de, respectivamente, 1,96 da emergência ao início do crescimento grãos e 16,12 gramas. Este comportamento exponencial, influenciando no rendimento. significativa, é devido a melhor segundo BARNI et al. (1985) se deve pelo Foi detectada a interação entre efeito compensatório dos componentes do cultivares e épocas de semeadura (Tabela rendimento da soja, quando o número de 2). Na semeadura em dezembro a cultivar grãos por planta é elevado a tendência é de BRS 154 obteve maior produtividade com reduzir o peso de cem grãos e vice-versa. 3075 kg ha-1, não diferindo Revista da FZVA. Uruguaiana, v.14, n.2, p. 13-22. 2007 Luduwig, M.P et al. significativamente da CD 205 com 2938 kg -1 ha . Na Segunda época, a BRS 154 obteve -1 18 cultivar (Tabela 2), sendo que em dezembro a cultivar BRS 154 alcançou o maior valor o menor rendimento com 1937 kg ha , não (19,32 g) diferindo das demais. O mesmo diferindo significativamente da COBB com comportamento foi constatado para a 2098 kg ha–1. Isto se deve a adaptação das semeadura de janeiro. Entre as épocas, cultivares ao meio, o que pode ser apenas a CD 205 não apresentou diferença confirmado por PEIXOTO et al. (2000) que significativas, sendo que a COBB e BRS observaram 154 apresentam valores significativamente que a cultivar IAC-19 apresentou o melhor desempenho para rendimento de grãos semeadura safrinha, em época independente maiores em dezembro. de das CONCLUSÃO Semeaduras de janeiro apresentam densidades. As três cultivares semeadas em dezembro alcançaram rendimentos menor rendimento de grãos que a de dezembro. janeiro. Quando ocorre atraso na semeadura, Quando a semeadura é realizada após o utilizar 550 mil sementes aptas ha-1 é uma período indicado há uma redução do prática que pode ser utilizada para reduzir subperíodo da emergência ao florescimento, as perdas no rendimento; superiores às semeaduras de o qual afeta o rendimento (ENDRES, REFERENCIAS 1996). Para a interação entre número de ANDRADE, F.H.; CALVIÑO, P.; CIRILO, grãos por legumes e cultivar (Tabela 2), foi A.; BARBIERI, P. Yield responses to detectado que na semeadura em dezembro a narrow rows depend on increased radiation cultivar CD 205 com 2,31 grãos por interception. Agronomy Journal, Madison, legumes alcançou o maior valor diferindo v.94, p.975-980, 2002. das demais. Este comportamento também é observado para a semeadura em janeiro, BALL, R.A.; PURCELL, L.C.; VORIES, entretanto nesta época as cultivares COBB E.D. Optimizing soybean plant population e BRS 154 não diferiram entre si. Para for a short-season production system in the nenhuma das cultivares foi constatada southern USA. Crop Science, Madison, diferenças entre épocas de semeadura. v.40, p.757-764, 2000. Interação significativa também foi observada para o peso de 100 grãos e Revista da FZVA. Uruguaiana, v.14, n.2, p. 13-22. 2007 19 Efeito da densidade... BARNI, N.A.; BERGAMASCHI, H.; realizados em três épocas de semeadura GOMES, J.E. de S. Época de semeadura e 1992/1993. In: Soja: Resultados de cultivares de soja para o Rio Grande do Sul. Pesquisa... Reunião de Pesquisa da Soja da IPAGRO Informa, Porto Alegre, n.21, Região Sul, 21. Santa Rosa, p.72-88, 1993. p.67-70, 1978. COSTA, J.A.; MARCHEZAN, BARNI, N.A.; GOMES, J.E. de S.; Características dos estádios GONÇALVES J.C. Efeito de época de desenvolvimento da semeadura, espaçamento e população de Fundação Cargil, 30p., 1993. soja. 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Uruguaiana, v.14, n.2, p. 13-22. 2007 Efeito da densidade... 3500 Rendimento de grãos (kg ha-¹) 3000 2500 2000 E1 Y= 2935 E2 Y= 1479,55 + 1,5871x (R²= 0,97) 1500 1000 500 0 250 400 550 Densidade de semeadura ( x 1000 sementes aptas ha-¹) FIGURA 2: Rendimento de grãos (kg ha-1), média de três cultivares de soja (COBB, CD 205 e BRS 154), em duas épocas (Época 1: dezembro e Época 2: janeiro) e três densidades de semeadura (250, 400 e 550 mil plantas ha-1), Jari – RS, safra 2002/2003. 50 Número de legumes 40 30 Y= 85,9105 - 0,2208024x + 0,00021975x² (R²= 0,99) 20 10 0 250 400 550 Densidade de semeadura ( x 1000 sementes aptas ha-¹) FIGURA 3: Número de legumes por planta, média de três cultivares de soja (COBB, CD 205 e BRS 154) e duas épocas de cultivo (Época 1: dezembro e Época 2: janeiro), em três densidades de semeadura (250, 400 e 550 mil plantas ha-1), Jari – RS, safra 2002/2003. 1200 Número de legumes m-² 21 1000 800 600 Y= 1634,707 - 4,02015x + 0,005692x² (R²= 0,99) 400 200 0 250 400 550 Densidade de semeadura ( x 1000 sementes aptas ha-¹) FIGURA 4: Número de legumes m-2 quadrado, média de três cultivares de soja (COBB, CD 205 e BRS 154) e duas épocas de cultivo (Época 1: dezembro e Época 2: janeiro), em três densidades de semeadura (250, 400 e 550 mil plantas ha-1), Jari – RS, safra 2002/2003. Revista da FZVA. Uruguaiana, v.14, n.2, p. 13-22. 2007 Luduwig, M.P et al. 22 TABELA 1: Componentes do rendimento da soja, em duas épocas de semeadura (dezembro e janeiro) na média de três cultivares (COBB, CD 205 E BRS 154) e três densidades de semeadura (250, 400 e 550 mil sementes aptas ha-1), Jari – RS, safra 2002/2003. Rendimento de grãos kg ha- Época Nº de legumes Nº de legumes 2 Peso de cem Nº de grãos 1 por planta por m grãos (g) por legumes Dezembro 2935 a* 38,81 a 1059 a 16,78 a 2,01 a Janeiro 2119 b 33,28 b 986 a 15,49 b 1,93 b Media 2527 36,04 1022 16,13 1,96 C.V. (%) 12,29 23,02 21,22 6,20 10,27 *Medias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade erro. TABELA 2: Rendimento de grãos (kg ha-1), número de grãos por legumes e peso de 100 grãos (gramas) na interação entre duas épocas de semeadura (dezembro e janeiro) e três cultivares (COBB, CD 205 e BRS 154), Jari – RS, safra 2002/2003. Cultivar Dezembro Janeiro Média Rendimento de grãos (kg ha-1) COBB 2792 bA* 2098 abB 2445 CD 205 2938 abA 2311 aB 2624 BRS154 3075 aA 1937 bB 2506 Média 2935 2115 Número de grãos por legume COBB 1,65 cA 1,72 bA 1,68 CD 205 2,31 aA 2,18 aA 2,24 BRS154 2,07 bA 1,89 bA 1,98 Média 2,01 1,93 Peso de 100 grãos (g) COBB 17,44 bA 14,63 bB 16,03 CD 205 13,62 cA 13,75 cA 13,68 BRS154 19,32 aA 18,06 aB 18,69 Média 16,79 15,48 *Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Revista da FZVA. Uruguaiana, v.14, n.2, p. 13-22. 2007