Bolsa de palestras do GeoFCUL Deriva dos Continentes, tectónica de placas e terramotos: episódios de uma revolução no pensamento científico na área das Ciências da Terra por Filipe Rosas A ideia que sintetiza o conhecimento geológico do nosso planeta assenta na chamada Teoria da Tectónica de Placas. Nesta palestra discute-se a revolução científica que esteve na sua origem, partindo de um fragmento de leitura de um livro onde se descreve a situação de um geólogo que enquanto faz trabalho de campo algures na Península Arábica, se apercebe pela primeira vez estar perante depósitos glaciários. Qual o impacto deste tipo de observação, na cabeça do geólogo, e na história das Ciências da Terra? Para começarmos a compreender isso temos que nos lembrar que a Península Arábica tem um clima quente que não permite a formação de glaciares, portanto: ou àquela latitude o clima no passado da Terra já foi tão frio que gerou glaciares como os que se observam actualmente na Escandinávia, ou a península arábica não esteve sempre no mesmo sítio… Este é o ponto de partida para se falar de Descartes e Espinosa, de Einstein e Hubble, de Deriva Continental e do “desvio para o vermelho” das galáxias no nosso universo em expansão. Tudo para desembocarmos em cadeias de montanhas do tamanho dos Himalaias há 360 Ma no Alentejo, na abertura do Oceano Atlântico e na formação do Alpes, ou seja, para contemplarmos as hipóteses actualmente mais discutidas da moderna Teoria da Tectónica de Placas. GeoFCUL©2011 / FR/CMS