Introdução à Fisica: O objetivo da Física é compreender a Natureza e o seu funcionamento. Uma teoria permite fazer previsões sobre o comportamento de um sistema físico. Grandezas físicas: - Propriedade que pode ser quantificada e medida. Exemplo: altura de um objecto. - As unidades expressam-se num determinado sistema de dimensões. Exemplo: altura – comprimento. - Associada a uma grandeza deve existir um instrumento de medida que a possam medir. Exemplo: fita métrica. - Uma grandeza física expressa-se pelo produto de um valor numérico e uma unidade de medida. - Necessidade de um sistema de unidades comum: Sistema internacional (S.I) Exemplo: 2,43m = 1,33 fathoms Dimensões Físicas: Definem-se 7 dimensões físicas fundamentais: Comprimento (L) Massa (M) Tempo (T) Temperatura (-) Corrente Elétrica (I) Quantidade de matéria (N) Intensidade Luminosa (J) Todas as outras dimensões físicas podem ser construídas a partir destas. Dimensões físicas derivadas: Área - (LxL=L2) Volume - (LxLxL=L3) Velocidade - (L/T) Aceleração - ([v]/T=L/T2) Força - (MxL/T2) Energia - (MxL2/T2) Densidade mássica - (M/[volume]=M/L3) Carga eléctrica - (IxT) Determinar dimensões físicas: 1) Lei fundamental da dinâmica Força = Massa x aceleração [f] = [ma] = MxL/T2 2) Trabalho de uma força W = força x distância [w] = [fd] = ML2/T2 3) Momento linear (massa x velocidade) [P] = [mv] = ML/T 4) Energia Cinética de um corpo Ec = ½ mv2 = MxL/TxL/T = MxL2/T2 Análise dimensional: Permite verificar se uma relação entre duas grandezas físicas é correta. Exemplo: y (comprimento) = v (velocidade) x t (tempo) [y] = [vt] L = [v][t] L = L/T x T L=L Regras fundamentais para análise dimensional a) As dimensões físicas de um produto/divisão são o produto/divisão das dimensões físicas dos operandos b) Só podemos somar ou subtrair quantidades que tenham as mesmas dimensões físicas. O resultado tem as mesmas dimensões físicas dos adendos (1m + 0,5m = 1,5m, ou seja, comprimento + comprimento = comprimento) c) Uma quantidade x pode ser adimensional. Neste caso [x]=1 Exemplo: [1/2 v2] = [1/2][v2] = 1x (L/T)2 = (L/T)2 = L2/T2 d) As funções trigonométricas tão como a função exponencial e a função logarítmica são adimensionais – portanto os seus argumentos também são adimensionais. Exemplo: cos (kt) -> [cos (kt)] = 1 e [kt] = 1 Nota: se [t] =T, este implica: [kt] = [k][t] = [k]T=1. Portanto [k] = 1/T Sistema de unidades físicas: O S.I é o sistema básico de unidades usado em ciência e tecnologia. Unidades base: Grandeza Comprimento Massa Tempo Corrente elétrica Temperatura Intens. Luminosa Quant. substância Símbolo L M T I (-) J N Unidade metro kilograma segundo ampere kelvin candela mole Símbolo unid. m kg s A K cd mol Temperatura: Embora a unidade SI de temperatura seja o kelvin, há outras unidades que são usadas com muita frequência. Por exemplo, na Europa, utiliza-se normalmente o grau Celsius (◦ C), por vezes designado como grau centígrado. ∆𝑇 = 1𝐾 = 1℃ Para converter a temperatura na escala Celsius em temperatura na escala kelvin, basta: 𝑇(𝑘) = 𝑇(℃) + 273 Unidades derivadas: Área Volume Velocidade Aceleração Força Energia Densidade mássica Carga Elétrica *Intensidade de corrente m2 m3 m/s m/s2 kg m/s2 = N kg m2/s2 = J kg/m3 1A* x 1s = As = C Unidades físicas derivadas: Força Energia Potência Carga Elétrica Potencial Elétrico Pressão Resistência Elect. Frequência newton joule Watt coulomb volt Pascal Ohm hertz N J W C V Pa Ω Hz Kg m/s2 Kg m2/s2 Kg m2/s3 As Kg m2/(As3) Kg /(m2) Kg m2/(A2s3) s-1 = 1/s Série I – Exercícios Ondas: são perturbações que se propagam no espaço e no tempo acompanhadas de transferência de energia. Podem ser: Mecânicas – propagam-se num meio material através da deformação das substâncias que constituem esse meio. Ex. sonoras, sísmicas, águas. Electromagnéticas – não necessitam de um meio material e resultam da oscilação de campos eléctricos e magnéticos produzidos por cargas elétricas. Podem, assim, propagar-se no vazio. Ex: microondas, telefone, raio x. Classificação das ondas: a) Longitudinal – a perturbação das partículas do meio material é paralela à direcção de propagação da onda. Ex. ondas sonoras. b) Transversal – a perturbação das partículas do meio material é perpendicular à direcção de propagação da onda. Ex. ondas electromagnéticas. c) Rayleigh – ondas de superfície que incluem uma componente longitudinal e uma componente transversal. d) Love – ondas de superfície resultantes das variações das propriedades elásticas do meio ao variar da profundidade. Ondas sinusoidais – são a base pela descrição das ondas Caracterização das ondas sinusoidais: Comprimento de onda (cdo) – dependência pelo espaço. - distância necessária para que a forma da onda se repita A um ciclo λ (em m) corresponde 1 No Si, a unidade do número de onda é m-1 ciclo λ 1 = 1 𝐾 A um comprimento de 1m correspondem K ciclos, logo 𝐾= 1 λ Período de onda – dependência pelo tempo. - tempo necessário para que a forma da onda se repita. A um período T (em s) corresponde 1 No SI, a unidade da frequência é o hertz. Hz = s-1 ciclo. 𝑇 1 = 1 𝑓 A um 1s de tempo correspondem f ciclos, logo: 𝑓= Amplitude da onda 1 𝑇 - valor absoluto do máximo que o sinal da onda pode tomar Velocidade: v=d/t Sendo d – distância necessária para um ciclo E t – tempo necessário para um ciclo Ou seja: 𝑣= λ 𝑓 1 = λf = = 𝑇 𝑘 𝑘𝑡 Espectros, radiações e energia Todos nós já observámos um arco-íris. Quando pára chover e aparece um pouco de sol, forma-se no céu um arco de cores chamado arco-íris. A luz do Sol, ao atravessar as gotas de água suspensas nas nuvens desdobrase num conjunto de luzes (radiações) coloridas que se projectam no céu. A luz branca emitida pelo Sol é, na realidade, uma luz policromática constituída por várias radiações monocromáticas. Como no ar ou no vazio todas estas radiações se propagam paralelamente à mesma velocidade (aproximadamente 300 000 km/s), não se conseguem distinguir, formando, no seu conjunto, a luz branca. Ao atravessar o prisma, as radiações separam-se umas das outras, saindo separadamente. A radiação que sofre maior desvio é a violeta e a que sofre menos desvio é a vermelha. Esse conjunto de radiações, projectado num alvo, constitui o espectro visível da luz solar. A cada radiação visível corresponde um valor de energia específico. Energia de radiação mais elevada corresponde a maior frequência (v) e menor comprimento de onda (λ). As radiações visíveis de maior energia são as de cor violeta. Seguem-se, por ordem decrescente de energia, as de cor anil, as azuis, as verdes, as amarelas, as de cor laranja e, por fim, as vermelhas. Para além das radiações visíveis, existem muitas outras, de múltiplas aplicações: as ondas de rádio (as menos energéticas), as radiações de microondas, as radiações infravermelhas, as ultravioletas, os raios-x e as radiações gama – de todas, as mais energéticas. O conjunto de todas estas radiações constitui o espectro electromagnético. Espectros de emissão de riscas Quando submetidos a descargas eléctricas, os gases rarefeitos emitem luz. Observando essa luz com um espectroscópio, vêem-se espectros de emissão descontínuos, formados por um conjunto de riscas ou bandas coloridas sobre um fundo negro – são os espectros de emissão de riscas. Energia A energia transportada por uma onda está relacionada com a sua amplitude. Quanto maior for a sua amplitude, tanto maior será a energia da onda É possível verificar que a energia de uma onda é proporcional ao quadrado da sai amplitude: E=const A2 Difração - Se o comprimento de onda é mais pequeno que um obstáculo, o obstáculo vai parar a passagem da onda. Refracção – É o processo pelo qual a direcção de propagação da onda é alterada quando esta passa de um meio material para outro, onde a sai velocidade de propagação é diferente. No processo de refracção, a frequência da onda não é alterada, mas a sua velocidade e direcção modificam-se de acordo com a Lei de Snell. sin(𝜃1) 𝑣1 𝑛1 = = sin(𝜃2) 𝑣2 𝑛2 n = índice de refracção definido como: 𝑛 = no vácuo 𝑐 𝑣 -> sendo c a velocidade da luz Reflexão – é a alteração da direcção de propagação da onda na zona de interface entre dois meios, de modo a que a onda retorne ao meio de origem. Reflexão Specular Reflexão difusa Refracção e Reflexão – quando uma onda encontra num material diferente, uma parte da onda é reflectida, outra é refractada. A fibra óptica é um exemplo de reflexão total interna. Prisma de Refracção – Quando a luz branca (composta por vários cdo) penetra no prima, é decomposta pois a radiação com diferentes cdo é refratada com ângulos diferentes. n=n(λ) Ao sair do prisma, as componentes da luz são de novo desviadas em ângulos diferentes, formando-se um arco-íris. Interferência – Quando as ondas interferem uma com a outra, existem zonas onde a soma das amplitudes resulta numa onda de maior amplitude e outras zonas onde a soma resulta no anulamento da onda. Ondas estacionárias A interferência de duas ondas que se propagam em direcções opostas pode resultar numa onda estacionária. Uma onda estacionária não se propaga no espaço e não produz transferência de energia no meio, mas mantém energia. Os nodos (zeros) da onda mantêmse fixos. Harmónicas musicais são ondas estacionárias que resultam da interferência das ondas reflectidas nas extremidades da corda. Para um dado comprimento da corda L apenas os cdo 2L, L, 2L/3, L/2… produzem onda estacionárias: 1a, 2a, 3a… harmónicas. Radiação electromagnética A radiação electromagnética é uma forma de energia absorvida e emitida por partículas com carga eléctrica quando aceleradas por forças. Ao nível subatómico, a radiação electromagnética pode ser produzida também quando os átomos ou núcleos atómicos perdem energia. As ondas electromagnéticas começaram a ser estudadas no início do seculo XIX. As ondas electromagnéticas resultam da propagação de campos eléctricos e magnéticos oscilantes. A velocidade de propagação das ondas no vácuo é a velocidade da luz: c = 3.00x108 m/s Este valor é uma constante universal independente do referencial em que é medida. Uma onda electromagnética pode ser visualizada como as oscilações de uma onda transversal composta por dois componentes: uma eléctrica e outra magnética, perpendiculares entre si. Interacção com a matéria Região do espectro Radio Microondas Frequências 3Hz – 300 MHz 300MHz – 300GHz Infravermelho Visível 400GHz – 400THz 400THz – 750THz Ultravioleta 750THz – 3x104THz Raios-x 3x104THz – 3x108THz Raios-ʮ >3x108THz Tipo de interacção Oscilação de eletrões Oscilação de electrões, rotação molecular Vibração molecular Excitação dos electrões moleculares Excitação molecular e atómica, ejecção dos electrões de valência Excitação e ejecção dos electrões atómicos internos Criação de pares e reacções nucleares Cor --- espectro visível Cor Vermelho Laranja Amarelo Verde Ciano Azul Violeta Frequências 400-480 THz 480-510 THz 510-530 THz 530-610 THz 610-630 THz 630-670 THz 670-750 THz COD 620-750 nm 590-620 nm 570-590 nm 490-560 nm 475-490 nm 450-475 nm 450-400 nm Sensação de cor – depende das características físicas do objecto. Receptores de luz nos olhos: na retina humana existem apenas três tipos de cones receptores de luz optimizados para as frequências de verde, azul e vermelho. Joule electrão-volt A unidade de energia do SI (o joule) é muito grande para a escala de energias dos fenómenos atómicos e subatómicos. Por isso utiliza-se em física atómica e nuclear uma unidade de energia mais conveniente – o electrão-volt (eV) Um electrão-volt é a energia cinética que um electrão adquire quando é acelerado por uma diferença de potencial de 1V. 𝐸 =𝑞∆𝑉 E – representa a energia cinética adquirida pelo electrão q = 1.6021x10-19C (carga de 1eV) Portanto: 1eV = 1,6021x10-19 C x 1V Efeito Fotoelétrico: Hertz (1897) e outros observam que as ondas EM de frequência elevada (f>100THz) produzem a ejecção de electrões metais. Essa emissão tem as seguintes propriedades: Para cada material existia uma frequência mínima (f0) para que ocorra ejecção de electrões. O número de electrões ejectados depende da intensidade da radiação EM. Sendo a energia dos fotões dependente da frequência, aumentando a intensidade de aumento o nº de fotões. A energia cinética dos electrões ejectados depende da frequência da radiação incidente: Ec = hf –E0 Einstein (1905) descreve a radiação EM como constituída por partículas (quanta) de energia (fotões). A energia de um fotão depende da frequência da radiação: Prémio Nobel da Física (1921). 𝐸 = ℎ𝑓 = ℎ 𝑐 𝜆 A constante h chama-se constante de Planck = 6,626x10-34 Js Ejeção só para E > E0 Modelo Atómico: Mendeleev (1869): Publica a 1ª tabela periódica, mostrando que certas propriedades dos elementos químicos repetem-se periodicamente. Thomson (1897): descobre os electrões em experiências com raios catódicos e conclui que estes são componentes dos átomos. Propõe a teoria de que os átomos são constituídos por electrões carregados negativamente, imersos numa distribuição de carga positiva – modelo pudim de passas Rutherford (1909): faz uma experiência com folhas de ouro e partículas – α (núcleos de átomos de He) e descobre que os electrões orbitam em torno de um núcleo pequeno com carga positiva – modelo sistema solar _ _ _ + _ _ _ Neste modelo, os electrões (carga negativa) orbitam o núcleo atómico (carga positiva) devido à força electroestática, analogamente ao que acontece com o Sol e os planetas devido à força gravítica. Modelo Atómico de Bohr Neils Bohr propõe uma solução que: 1) Os electrões atómicos orbitam o núcleo 2) Os electrões só podem ter certas órbitas estáveis sem irradiarem. Estas órbitas estão a distâncias fixas do núcleo atómico central e Neils Bohr têm energias bem definidas. Nestas órbitras, os electrões não perdem energia por radiação. 3) Os electrões só podem ganhar ou perder energia quando saltam de uma órbita para outra, absorvendo ou emitindo radiação EM. A energia emitida ou absorvida é dada pela relação: ∆𝐸 = 𝐸𝑗 − 𝐸𝑖 = ℎ𝑣 _ _ _ Exemplo: Para um átomo de hidrogénio, a energia das orbitas é: 𝐸𝑛 = − n = 2, então − 13.6𝑒𝑉 𝑛2 13.6𝑒𝑉 𝑛2 = −3.40𝑒𝑉 Quando um electrão “salta” de uma órbita para outra, absorve ou perde energia. ∆𝐸 > 0 𝑒𝑚𝑖𝑠ã𝑜 𝑜𝑢 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 ∆𝐸 < 0 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟çã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 Eletrões como ondas: em 1924, Louis de Broglie propõe que os electrões comportam-se como ondas. Prova que a condição de quantificação proposta por Bohr para as órbitas atómicas é equivalente a descrever os electrões como ondas estacionárias tal como as cordas de uma guitarra (com uma ponta presa à outra). 𝑛𝜆𝑒 = 2𝜋𝑟 Sendo: n é o nº quântico principal λ é o comprimento de onda da onda estacionária que descreve o electrão r é o raio da órbita A radiação electromagnética pode comportar-se como ondas (campos Em oscilantes) ou como partículas (fotões). Os electrões podem comportar-se como partículas ou como ondas. Os electrões são ondas estacionárias. Na realidade, os electrões são objectos tridimensionais. Os orbitais atómicos têm uma forma complicada porque são ondas estacionárias em 3 dimensões. Estas ondas são interpretadas no âmbito da física quântica como ondas de probabilidade. Princípio de incerteza de Heisenberg: ∆𝑥 ∆𝑝 ≥ ℎ 4𝜋 Isto significa que não podemos conhecer simultaneamente com precisão absoluta a posição e a quantidade de movimento/velocidade de uma partícula. Esta incerteza é intrínseca! Não depende das capacidades dos instrumentos de medida. A Física Quântica A física quântica revoluciona a nossa percepção da natureza. Ideias-base são: 1) As partículas materiais são descritas por ondas. 2) Quando se efetua a observação/mediação de uma grandeza física o estado da onda que descreve as partículas altera-se. 3) O resultado da medição está intrinsecamente afectado de uma incerteza. 4) Ao valor de cada grandeza física está portanto associada uma probabilidade de se obter esse resultado. Essa probabilidade é dada pelo quadrado da amplitude da função de onda alterada. Série II - Exercícios Números Quânticos - Cada orbital é univocamente composto por três números. Quais são estes números? São chamados números quânticos e têm o seguinte significado: Nº quântico principal – n Raio do orbital e energia do orbital Nº quântico azimutal – l Momento angular: especifica a forma do orbital Nº magnético – m Componente do momento angular ao longo de um eixo especifico: individualiza a orientação do orbital. Nº quântico de spin – s Momento magnético de spin. Quais são os valores possíveis para os números quântico? Principal – n=1,2,3,4,5,… Azimutal – l=0,1,2,3,… N=1 então l=0 N=2 então l=0,1 Magnético – m= -l,-l+1 (há 2/+1 valores diferentes) Spin – s= -1/2 ou +1/2 Nº de eletrões nly Letra Exemplo: 1s1 N=1 N=2 N=3 N=4 N=5 K L M N O L=0 L=1 L=2 L=3 L=4 S P D F G Por razões históricas é usual usar-se letras para escrever os números quânticos principal e azimutal. Regras: Princípio da energia mínima: Sempre que possível os electrões ocupam os orbitais de menor energia. Princípio de exclusão de Pauli: Não podem existir dois electrões num átomo com o mesmo conjunto de números quânticos Princípio de Heund: os orbitais com a mesma energia devem ser primeiro semi preenchidas com electrões com o mesmo spin e só depois se procede ao emparelhamento dos spins (este maximiza o spin total) Nas transições atómicas entre dois níveis de um átomo, dá-se a absorção ou emissão de um fotão com energia igual à diferença de energias das órbitas atómicas. No caso do átomo H temos: ℎ𝑣 = ℎ𝑐 1 1 = −13.6 𝑒𝑉 ( 2 − 2 ) 𝜆 𝑛 𝑖 𝑛 𝑗 ou seja, hc=1240 eV nm Transições Atómicas: Nas transições atómicas entre 2 níveis de um átomo dá-se a absorção ou emissão de um fotão com energia igual à diferença de energias das órbitas atómicas. Átomo hidrogenoide (com um só electrão) – En=-Z2x13.6/n2 Energia de ionização: é possível tirar electrões de um átomo utilizando fotões com energias de algumas dezenas de eV. A energia de ionização (w) de um nível n de um átomo equivale à energia de absorção necessária para efectuar uma transição desse nível para o nível infinito (n=α) O cdo da radiação absorvida tem de ser no máximo igual a: -En=-Z2x13.6/n2 Espectros de Absorção e Emissão Quando a radiação emitida por um corpo muito quente atravessa uma nuvem de gás a temperaturas baixas acontecem duas coisas: 1) A radiação é absorvida na frequência (ou cdo) correspondente às energias características às energias características dos átomos do gás – espectro de absorção. 2) Subsequentemente, a radiação é emitida com frequência (ou cdo) correspondentes às energias características dos átomos do gás – espectro de emissão. Efeito fotoelétrico (revisitado) Vimos que no efeito fotoeléctrico existia uma energia mínima da radiação incidente para arrancar os electrões de um material. Essa energia depende do nível atómico do qual o electrão é arrancado. Se o fotão tiver energia superior à energia mínima necessária para arrancar um eletrão do nível n (ou equivalente, uma frequência mais alta) mas não suficiente para arrancar o electrão n-1, então o excedente transfere-se para o electrão com energia cinética: Ec = hv – Wn Neste processo cria-se uma lacuna no nível n do átomo. Radiação de fluorescência O processo de fluorescência acontece em dois passos 1) O átomo ionizado por radiação é um electrão de um nível interno e emitido. 2) A lacuna do nível interno é preenchida por um electrão de um nível acima e dá-se a emissão de radiação (normalmente raios-x) – radiação de fluorescência. As energias dos fotões emitidos são características de cada átomo, pois resultam da diferença das energias de cada nível atómico. Assim, medindo a energia dos fotões de fluorescência podemos determinar os elementos (átomos) de uma amostra. Série III – Exercícios de preparação para exame