Sexta-feira, 27 de dezembro de 2013 - Edição 683 - Ano 14 Com menores estoques, preço tem elevação 34% no ano Índice Esalq (centavos de R$/lp) Data 23-dez 24-dez 25-dez 26-dez 27-dez Os preços do algodão em pluma tiveram elevação expressiva no acumulado de 2013. Esse cenário foi resultado da redução da área plantada com a cultura e da retomada da demanda interna e das exportações. Somente em quatro meses do ano (maio, junho, setembro e novembro) as cotações cederam considerando as médias mensais. No ano, porém, as cotações subiram 33,8%. Com a sinalização de menor rentabilidade do algodão em relação a outras culturas concorrentes em área em 2012, produtores reduziram o cultivo. Porém, neste ano, a demanda interna apresentou reação e as exportações da produção colhida em 2012 ainda tiveram bom desempenho, fazendo com que os excedentes internos reduzissem. Em relação às vendas externas, entre jun/12 e abr/13 o volume embarcado superou um milhão de toneladas, quando considerado o acumulado em 12 meses (o mês de referência e os 11 anteriores). Porém, com o passar dos meses os preços internos tiveram reação acima da observada no mercado externo, fazendo com que internamente as cotações operassem próximas à paridade de importação. Como não chegou a superar a paridade de importação, a Vista 210,96 Prazo - 8d 212,57 Variação 0,00% 211,18 211,20 212,80 212,80 0,11% 0,00% Fonte: Cepea Ice Futures U.S. (cents de US$/lp) Data 23-dez 24-dez 25-dez 26-dez 27-dez mar-14 82,24 83,18 mai-14 82,14 82,81 jul-14 82,18 82,71 out-14 78,01 78,58 82,89 84,12 82,62 83,70 82,62 83,42 78,62 79,22 Fonte: www.nyce.com indústria não viu viabilidade na importação da pluma. Por outro lado, com o distanciamento da paridade de exportação, houve vantagem na venda doméstica em detrimento das exportações. Com isso, o mercado interno teve abastecimento equilibrado, apesar da menor oferta do ano. Assim, os embarques neste ano tiveram desempenho menor que em 2012. Entre dez/12 e nov/13 os embarques somassem 638,3 mil toneladas, o menor volume exportado em doze meses desde out/11. Com preços mais próximos da paridade de importação, somente nos meses de janeiro, fevereiro, maio e junho as cotações internas ficaram abaixo de dois reais por libra-peso, ao se Cotlook (cents de US$/lp) Data 23-dez 24-dez 25-dez 26-dez 27-dez Cot A 88,25 87,50 Variação -0,11% -0,85% 88,25 0,86% Fonte: www.cotlook.com considerar a média mensal. No ano, a média ficou na casa de R$ 2,035/lp, bem acima da média de 2012, de R$ 1,6064/lp. A demanda interna deu sustentação aos preços nos três primeiros meses do ano, com alta acumulada de 36,4%. Isto fez com que as cotações internas ficassem mais de 30% acima da paridade de exportação. No primeiro trimestre do ano, produtores estavam focados na colheita e comercialização da soja e permaneceram firmes nos pedidos para algodão de boa qualidade. As exportações nos meses anteriores enxugaram a disponibilidade interna, ao mesmo tempo em que empresas precisaram se reabastecer. O clima desfavorável em algumas regiões preocuparam Exportação (US$/lp) Base 41-4, FOB porto - safras Data 23-dez 24-dez 25-dez 26-dez 27-dez 2012/2013 s/referência 2013/2014 s/referência 2014/2015 s/referência s/referência 0,8550 s/referência s/referência s/referência s/referência Fonte: Cepea/ Esalq cotonicultores quanto ao volume de produção e a qualidade para a safra 2012/13. Diante da retração de compradores, em abril os preços cederam. No geral, indústrias se estocaram e aguardaram o máximo para retomar as aquisições. Já os cotonicultores começaram a se preocupar com o controle da lagarta Helicoverpa armigera, que estava apresentando prejuízos significativos às lavouras. Caroço de algodão (R$/tons), FOB Região Origem Mercado disponível, pagto antecipado, entrega imediata Região Origem Valor à vista Barreiras (BA) nd Em junho, o mercado de algodão em pluma refletiu as altas internacionais, que combinadas Primavera do Leste (MT) nd com a maior taxa de câmbio, elevaram os custos com as importações. Assim, vendedores Campo Novo do Parecis (MT) nd nacionais passaram a buscar novos negócios de exportação. Porém, esse cenário começou a mudar na segunda quinzena, quando a valorização interna do algodão em pluma foi interrompida e os valores domésticos se aproximarem da paridade de importação. Até o dia 21 de julho, enquanto o mercado interno (Indicador) acumulava alta de 2,3% no mês, o vencimento Jul/13 da ICE Futures (Bolsa de Nova York) havia subido 7,3% e a paridade de exportação, 8,2%. Naquele período, o Indicador CEPEA/ESALQ esteve apenas 5% maior que a paridade de exportação. Já no final do mês, os preços domésticos subiram e voltaram a ficar 18% acima da paridade de exportação. A chegada da safra 2012/13 fez com que comerciantes que começaram a receber o produto contratado antecipadamente estivessem mais ativos no mercado para novas vendas e fossem, na maioria dos casos, flexíveis nos preços e prazos para pagamento. Em setembro, com a colheita caminhando para o final, muitos produtores estiveram fora de mercado para novas negociações, já que o beneficiamento e o cumprimento de contratos estavam atrasados. A classificação da pluma indicou que a produção apresentava qualidade superior à esperada anteriormente por agentes. Em geral, tradings foram os vendedores mais ativos no mês, visto que as vendas internas estavam mais remuneradoras que a exportação. A paridade de exportação subiu influenciada por preocupações com o desenvolvimento das lavouras norte-americanas e pela redução da oferta na China. Essa alta deu sustentação às cotações da pluma no mercado doméstico e fez com que parte de vendedores seguisse atenta às possibilidades de novos negócios para exportação. No mês de outubro, as cotações do algodão em pluma tiveram altas no mercado nacional, impulsionadas pela retração de vendedores. Apesar de a desvalorização do dólar ter limitado a paridade de exportação na parcial do mês, produtores brasileiros estiveram focados nos embarques da pluma e também na negociação de outros produtos, como soja e milho. Fonte: Cepea/ Esalq Somente na primeira dezena de outubro os aumentos foram suficientes para recuperar todas as perdas verificadas no acumulado de setembro. No início da segunda quinzena, agentes de tradings estiveram atentos às baixas nos valores externos, os quais foram mais flexíveis nos preços pedidos no mercado doméstico. Em novembro, no intuito de garantir a matéria-prima necessária para o consumo no final de ano e início de 2014, indústrias estiveram mais ativas no mercado. Compradores, inclusive, aceitaram pagar preços maiores, especialmente quando o negócio envolveu lotes de boa qualidade. Assim, as cotações do algodão em pluma reagiram no mercado brasileiro, influenciadas pela maior demanda. Cotonicultores, por sua vez, estiveram retraídos quanto à oferta de pluma da safra 2012/13. Muitos estavam com as atenções voltadas à finalização do planejamento do cultivo da safra 2013/14 e ao semeio da soja, ofertando lotes no spot a valores acima dos oferecidos pelas indústrias. Com o ataque da lagarta helicoverpa armigera a várias culturas, o governo federal declarou estado de emergência fitossanitária nas regiões afetadas do País, para facilitar a implementação de um plano de supressão e adoção de medidas emergenciais contra a praga. Já tradings, estiveram mais ativos no mercado – o que favoreceu, em alguns momentos, a atuação de comerciantes quanto aos contratos “casados”. O ano terminou com o ritmo de negociações bastante lento. Indústrias compraram apenas o necessário para manter suas atividades. A incerteza quanto aos preços da pluma para o próximo ano deixou agentes ainda mais retraídos, até mesmo para fechamentos antecipados. Coordenação: Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho Equipe: Lucilio R. Ap. Alves, Maria Aparecida Braghetta e Ana Luisa Corrêa Jornalista Responsável: Ana Paula da Silva Contato: 19-3429-8847 * Fax: 19-3429-8829 * [email protected] Comportamento do mercado Semana de 23 a 27 dezembro Indicador CEPEA/ESALQ 217,00 Data Vista Prazo - 8d 215,00 91,00 214,00 90,00 213,00 212,00 211,00 210,00 89,00 88,00 87,00 86,00 209,00 85,00 208,00 84,00 83,00 207,00 23-dez Fonte: Cepea/Esalq 24-dez 25-dez 26-dez 27-dez Cents US$/lp mar/14 23-dez 23-dez 24-dez 25-dez 26-dez 27-dez Fonte: Cotlook Volume de negócios registrados e confirmados disponíveis da BBM no período sob análise (em ton) Primeiros vencimentos da Ice Futures U.S. 86,00 85,00 84,00 83,00 82,00 81,00 80,00 79,00 78,00 77,00 76,00 Fonte: Nyce Cot A 92,00 Cents US$/lp Cent. R$/lp 216,00 Índice Cotlook 2011/12 93,00 24-dez mai/14 25-dez jul/14 26-dez out-14 27-dez Clima Neste sábado, instabilidades ganham força no Centro-Oeste do país. O sol aparece pouco e chove várias vezes ao longo do dia em todos os Estados. No extremo leste de MT, centro-norte de GO e no DF, há risco de chuva forte e volumosa. No Nordeste, o ar quente e seco ganha força entre o nordeste da BA, RN e centro-sul do CE. O sol brilha forte e não há condições de chuva. A nebulosidade é maior e chove forte no centro-sul do MA e do PI e no oeste da BA. Nas demais áreas faz sol e chove à tarde. Fonte: http://www.climatempo.com.br Vale conferir 21 a 22/01/2014 Première Vision São Paulo Local: Expo Center Norte - Pavilhão Vermelho - Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme Segmento: Moda, Feira Em sua 9ª edição, o Première Vision São Paulo irá apresentar o trabalho de expositores nacionais e internacionais, reunindo os melhores fabricantes de fios, fibras, tecidos, malhas, acessórios, estúdios de design e bureau de tendência, selecionados segundo os critérios de qualidade e criatividade Première Vision. http://www.abit.org.br<http://premierevision-saopaulo.com/> 20 a 24/06/2016 – Programação 6ª Conferência Mundial de Pesquisa do Algodão 2016 Local: Centro de Convenções de Goiânia A conferência vai reunir produtores e pesquisadores de mais de 40 países para discutir tecnologias e investimentos para o setor. Informações: (62) 3201-5463 http://ruralcentro.uol.com.br/eventos/conferencia-mundial-de-pesquisa-do-algodao2016-2025#y=300 Safras Goiás Paraná São Paulo Minas Gerais Mato Grosso Mato Grosso do Sul Bahia Paraíba Tocantins Piauí Pernambuco Ceará Alagoas Maranhão Rio Grande do Norte Distrito Federal Outros Estados Importado Nacionalizado Total Exportação Mato Grosso do Sul MatoGrosso São Paulo Goiás Minas Gerais Paraná Bahia Exp.Opção Merc.Interno Outros Estados Total Exportação Total Registrado nos 12/13 13/14 14/15 299,0 50,0 - - - - 573,0 - - 139,0 3.979,0 543,0 2.837,0 3.950,0 - - - 638,0 - - - - 100,0 510,0 - - - - - - - - - - - - - 405,0 - - 75,0 7.533,0 16.483,0 - - - - 1.710,0 6.858,0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4.000,0 - - 2.414,0 - 16.483,0 - - 6.414,0 - 13.272,0 - Fonte: Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) Informações de frete (Pontos R$/lp) Região Origem Barreiras Primavera do Leste Lucas do Rio Verde Região Destino São Paulo Santa Catarina São Paulo Pontos 852 996 1.308 Fonte: Cepea METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO INDICADOR CEPEA/ESALQ: A elaboração do Indicador é realizada por meio de pesquisas diárias de preços junto a cotonicultores, algodoeiras, cooperativas, comerciantes, corretores e fiações localizados nas principais regiões produtoras e consumidoras de algodão no Brasil. O Indicador do Algodão CEPEA/ESALQ representa uma média aritmética dos valores praticados no mercado físico no correr do dia pelo algodão 41-4, sem ICMS e com Funrural. A incidência de PIS/COFINS e comissão dependerá dos agentes envolvidos na transação. É acrescido ainda de custo de frete para entrega na cidade de São Paulo. IMPORTANTE: Este informativo é de uso exclusivo dos informantes; é PROIBIDA a cópia ou uso comercial do mesmo. Clipping Semana de 23 a 27 de dezembro Terminal ferroviário de MT escoou três milhões de toneladas de grãos - Pelo terminal ferroviário intermodal de Rondonópolis, no sudeste de Mato Grosso, foram exportados aproximadamente três milhões de toneladas de grãos desde o início de sua inauguração, em setembro deste ano. Os dados são da América Latina Logística (ALL), empresa responsável pelo gerenciamento da linha ferroviária. A capacidade máxima de transporte deste terminal é de 10 milhões de toneladas de grãos por ano, o que daria uma média mensal de embarques de 833 mil toneladas. Antes da inauguração do terminal esperava-se que a linha ferroviária fosse capaz de transportar cerca de 20 milhões de toneladas por ano e que a composição média dos trens fosse de 120 vagões. De acordo com a ALL os trens que partem deste terminal saem em média com 80 vagões cada, o que dá uma capacidade para levar oito mil toneladas de grãos cada. O terminal ferroviário recebeu investimentos de R$ 880 milhões, sendo R$ 730 milhões para ligar 260 quilômetros de trilhos até o município de Alto Araguaia e outros R$ 150 milhões para construir o terminal intermodal em Rondonópolis. A unidade ainda tem condição de receber até no máximo 1.500 caminhões por dia, distribuídos em sete tombadores que operam simultaneamente. Por hora, seriam 70 caminhões descarregados. A capacidade de armazenagem da estação é de 66 mil toneladas de grãos (http://g1.globo.com, 23/12/2013). Oeste da Bahia lança cartilha com ações de manejo da Helicoverpa armígera - Em uma publicação didática e informativa, as associações do agronegócio do Oeste da Bahia, explicam como identificar a Helicoverpa, ciclo de vida, comportamento e ações de monitoramento da praga que causou um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões na safra 2012/13 na região. Com base no Programa Fitossanitário da Bahia, a cartilha “Ações de manejo da Helicoverpa armígera” é uma iniciativa da Aiba, Abapa, Fundação Bahia, Adab, Aeab, Agrolem e Uneb, com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (Iba) e o Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro). Entre as orientações contidas na cartilha está que o refúgio para proteção de biotecnologias (OGMS) será mandatório com 20% de plantas não Bt para o milho, 20% para o algodão e 50% para a soja. Sobre o vazio sanitário foi destacado que o objetivo é evitar a ponte verde para pragas infestantes e ele será revisto anualmente, respeitando a legislação vigente. A publicação traz a proposta de um calendário agrícola para o Oeste da Bahia e outro para uso racional de inseticidas nas culturas de soja, algodão, milho e outras. O destaque é o uso intensivo de produtos biológicos e inimigos naturais para o controle de pragas e uso de armadilhas e iscas tóxicas, além de outros métodos para o controle de mariposas. Para o controle de pupas, as ações incluem o estabelecimento de métodos de amostragem de pupas no solo e o levantamento de espécies inimigas naturais e a eliminação mecânica de pupas (quando necessária). Foi ressaltada a importância da rotação de culturas; definição de janelas de plantio; adoção de áreas de refúgio e destruição de restos culturais, plantas voluntárias e outros hospedeiros. A cartilha está disponível no site da Aiba, Abapa e Fundação Bahia. Quem tiver interesse em solicitar o material em grande quantidade, é preciso acessar o site da Aiba e preencher um formulário (http://www.diadecampo.com.br, 23/12/2013). Produção instável afeta exportação de algodão do Brasil - Nesta safra 2012/13, que começou a ser embarcada em julho, o volume exportado já caiu pela metade em relação ao registrado no mesmo período (entre julho e novembro) do ano passado. A razão para a queda nos embarques é a redução na produção da pluma, já que a área vem sofrendo concorrência do milho, cuja rentabilidade superou a do algodão na safra 2012/13. Em 2013/14, diante da redução na rentabilidade do grão, o plantio e a exportação de algodão devem se recuperar parcialmente, conforme especialistas. Segundo dados compilados pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), as exportações brasileiras da pluma no ano comercial 2012/13 não devem superar 400 mil toneladas, bem abaixo das 955 mil toneladas de 2011/12. Embora se refira à área que foi plantada a partir de novembro de 2012 e colhida a partir de junho de 2013, o ano comercial 2012/13 começou oficialmente em julho deste ano e só termina em junho de 2014, período em que efetivamente ocorre a comercialização. Entre julho e novembro foram embarcadas pelo país 302 mil toneladas de algodão em pluma, o que rendeu uma receita de US$ 578 milhões, de acordo com a Anea. No mesmo período do ano passado, haviam sido exportadas mais que o dobro - 619 mil toneladas - com uma receita de US$ 1,266 bilhão. Por conta da disputa com o milho pela área de segunda safra (principalmente em Mato Grosso), o cultivo de algodão vem se tornando mais instável no país. Na safra passada, por exemplo, a rentabilidade do milho estava elevada e os produtores preferiram o grão à pluma. O resultado é que a área plantada com algodão caiu 35,8% em 2012/13, cujos reflexos estão sendo vistos agora nos embarques menores da pluma. Um dos principais clientes do Brasil, diz Aluísio, é a Coreia do Sul. O algodão brasileiro já chegou a atender 70% da demanda do país asiático. Atualmente, afirma o executivo da Anea, está em 40%. Outro cliente importante do Brasil é a China, que foi o líder entre os importadores da pluma brasileira em 2012, com 355 mil toneladas e US$ 721 milhões. Em 2013, no entanto, a China conseguiu comprar do Brasil apenas 94 mil toneladas, o equivalente a US$ 184 milhões. O presidente da Anea reconhece que a instabilidade no fornecimento é uma desvantagem do algodão brasileiro. Para a temporada 2013/14, que já começou a ser cultivada, a estimativa da Anea é de uma área plantada 20% a 25% maior. Com isso, deve atingir 1,080 milhão de hectares, ante 890 mil hectares de 2012/13. Se as condições climáticas forem favoráveis, a produção deve alcançar 1,6 milhão de toneladas, 300 mil toneladas a mais do que na safra 2012/13. "Esse volume adicional vai direto para as exportações. O consumo interno é de 800 mil a 900 mil toneladas. Assim, do total que deve ser produzido em 2013/14, sobrarão de 700 mil a 800 mil toneladas ao mercado externo", calcula. Depois de superar US$ 2 por libra-peso, em 2011, o algodão perdeu mercado para as fibras sintéticas e os preços não conseguem chegar a 80 centavos de dólar. "O rumo dessas cotações dependerá da política dos estoques chineses. A visão da Anea é de que em 2013/14 a China ainda vai continuar a acumular estoques. Mas a direção em 2014/15 é uma incógnita", afirma Aluísio (www.valor.com.br, 26/12/2013). Perspectiva 2014: conheça os desafios do Sistema de Cadastro Ambiental Rural - Em breve, todos os proprietários dos 5,4 milhões de imóveis rurais do país terão que prestar informações no Cadastro Ambiental Rural (CAR). A novidade, prevista no Código Florestal – aprovado há um ano e sete meses – só passará a ser exigido depois que o governo federal publicar um decreto, que passará a contar o prazo de um ano podendo ser prorrogado por mais um. Em 2013, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) se dedicou a implantar o Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar). Mas ainda há muitas críticas quanto à falta de estrutura dos órgãos ambientais estaduais, que vão ficar responsáveis pela análise dos dados. A Lei Ambiental Brasileira, considerada a mais rígida do mundo, prevê que os produtores mantenham percentuais de mata nativa, preservem topos de morro, margens de rio e recuperem florestas. Está no Código Florestal aprovado em maio de 2012: todas as propriedades rurais terão que manter um percentual com cobertura de vegetação nativa. Para os localizados na Amazônia Legal, há variações: a exigência é de 80% de preservação para os imóveis em áreas de floresta, de 35% para as propriedades em áreas do Cerrado Amazônico, de 20% no imóvel situado em Campos Gerais, e de 20% para as demais regiões do país. Além da reserva legal, os produtores também devem conservar a vegetação original em topos de morro e em margens de rio. A previsão é que a inscrição no CAR se torne fundamental para as negociações do campo, para o acesso aos fundos e recursos disponibilizados tanto pelo governo quanto pelos bancos (agricultura.ruralbr.combr, 26/12/2013). Essa seção tem como objetivo colaborar na informação do setor. O conteúdo do clipping semanal não é de responsabilidade do Cepea.