l \ i o de J a n e i r o , 1889 províncias f U B L I C A D A POR A N 6 E 1 0 A € 0 S H W » : f AMNO SEMESTRE A correspondência e r e c l a m a ç õ e s devem s e r dirigidas À Rua &e Gonçalves Dias, N° 50,Sobrado TRIMESTRE ANNO ÃOFCOOO SEMESTRE 11 & o o o AVULSO 1 FC o o o EM P R E S T I MOS A O S • — t i m (311 TÃO o Sr. quer f t i f o ultimM-frente — Õrn, fcroinetto, pleixur-mê BANCOS • n'tsh istaelo, Bm meio plpt VHPL Í Com o FNO QUI, ? pltixe-se pie luxos... em Bj^ocot opportkniH, j í pO UU C Pi FtfSl1lt O ZXIPJC, í p j H f l n f o (HO fvIO' ih chi^ar-lhe n-ra CPttorsivifio^* Bkl 1111- CD111- Bioy 6 de Julho de 1889 ESCRIPTORIO E REDACÇÃO, . R U A DE G O N Ç A L V E S D I A S , 5 0 , SOBRADO se viuT desastre do partido liberal na actualidade é completo. : §k Mais uma vez, depois das fkmais solemnes promessas, elle vae passar pelo podei, I r . t o r t u r a d o , em lucta esteril, |;sem se occupar senão de cabala eleitoral e de politica de campanario deixando n a p a g i n a por elle destinada ás reformas, a sua historia representada por um g r a n d e zero. E' um partido em franca dissolução e em vesperas de a b r i r fallencia com um passivo enorme de consciências. O seu regimen governativo, mesmo, pelo desespero da situação, foi posto de p a r t e , e elle só vive de expedientes. Não tem mais ideias nem p r o g r a m m a s , nem escrupulos, e, para se a g u e n t a r mais ura pouco não recúa diante de nada. E' assim que, nem sequer, mais trata de salvar as a p p a r e n c i a s . Esta atropellado e perdeu a vergonha. Dissolvida a c a m a r a a 18 do passado e marcada uma eleição piei bisei taria. para 31 de Agosto, dias depois da dispersão dos representantes, j á o governo sabe q u a l o meio delevar auxilios á lavoura, e sem demorar um instante, faz uma terie de contractos, esvasiando o thesouro nacional nas mãos de a l g u n s afortunados. E m vesperas de uma eleição esta derram a d e d i n h e i r o , em jactos de cinco mil contos,ás províncias mais recalcitrauíes,coino querendo a p a g a r o incêndio patriotico que n'ellas- l a v r a , é um caso n u n c a visto de corrupção eleitoral. Não ha exemplo de, em paiz a l g u m , se ter feito u m a cousa d'essas. Nas eleições mais renhidas, na dissolução de Mac-Mahon, n a germanisação dos representantes da Alsacia-Lorena, ou nas eleições presidenciaes da União, não ha exemplo de u m a tão affrontosa t e n t a t i v a de soborno como n'essa serie de illegalidades, que o governo decreta entre nós, com o fim de c h a m a r a si um eleitorado em divorcio. Ainda h a pouco se dizia 110 senado que a a b e r t u r a de um credito, para occorrer ás despezas da secca, era um attentado, por h a v e r na província u m a eleição senatorial. Imagine-se que nome não merecerá este esvasiar do erário publico, em mãos de g a l o p i n s eleitoraes, em vesperas de u m a eleição g e r a l , de um plebiscito, talvez em que as instituições j u l g a m vêr a sentença coudemuatoria de um juiz supremo. Falíamos a este respeito com toda a isenção, convictos de que todo esse d i n h e i r ro, se conseguir votos por um lado, alienal-os-ha pelo outro em proporções muito maiores. Com esse acto do governo, a democracia pura só tem a lucrar, porque o espectáculo é d esses que sublevam as almas, e fazem explodir as cóleras populares. As instituições estão dando lenha para se queimar, e fazendo aos seus inimigos uma g r a n d e provisão de muuiçOes, d'essas que os combattentes queimam com ímpeto — porque são o que o povo, em sua ling u a g e m pittoresca c h a m a de polvora iaN'e>tas condições, j u l g a n d o tal meio contraproducente, não é pelos seus effeitos, que nos incoin moda mos, mas sim por vêr, como no governo se a b j u r a de tudo e se tenta encaminhar um paiz prospero e rico, para parà a miséria, para a corrupção, para odesmanteilo g e r a l . Com os auxilios á lavoura, o governo obterá um congraçamento com as forcas U * * con>ervadôras ficando, finalmente, o paiz dividido em dons partidos, o monarchista e o republicano, o que era bem preciso e constitue j á assignaiado t r i u m p h o para este. Que o governo góse pois mais estes mezes de dictadura, até á reunião da Cam a r a , pois os seus dias estão contados. Da sua passagem pelo poder, restará 110 erário um deficit enorme, mas o dinheiro que elle destinou a comprar as conscieucias, terá dado um resultado opposto. E quando as instituições virem a resposta consciente e a l t i v a de um povo á affronta que ellas subscreveram, vão pedir ao S r . Alfonso Celso que as sustente e se não o encontrarem, teem o recurso de chorar 11a cama que é l u g a r q u e n t e . Só se ouve fallar d e r r u b a d a s ! Os telegrainmas, chovem, com listas enormes de f u i ccionarios despedidos, não porque prevariquem, mas porque pertencem á serie A da politica e a que está 110 poder é a serie B. Um simples rotulo, pode mais para gar a n t i a da vida de pobre homem e de toda a sua f a m i j i a , do que, muitas vezes, u m a serie de serviços ao seu paiz, em qualquer cargo onde se g a n h a o preciso para vegetar. Politica ! Politica ! Os bancos favorecidos pelo governo, como os taes auxilios de mão beijada, juros de 3 por cento e praso indefinido, andam publicando que têm pedidos einprestimos, do milhares de contos. Só o que nos admira é a modesti; cifra. Pois, não ha nas cidades muito quer 1 dinheiro a j u r o , a 4 por cento ao mez *! Que negocio melhor de que tomar o ' • nheiro alheio a 3 por cento e empresta a 12 ou mesmo a 18 ? Nem parece u m negocio do Brazil. Todos dirão que é um negocio da C h i n a . • • • Vae g r a n d e a z a f a m a com as eleições. Os 125 districtos em que se divide o paiz estão em g e r a l , com 7 candidatos cada um : tres conservadores, tres liberaes e um republicano. Total 875 candidatos. Que vocação para a politica 1 Uma façanha do S r . ministro da ma* r i n h a : a c h a r , q u e quando um desafeiçoado seu ou dado comò tal está nos antípodas, o momento é opportuno para accusal-o de ter dispendido mal os dinheiros públicos e intimal-o a repor a q u a n t i a de 4 contos. Ora, trataudo-se de um oflicial como Custodio José de Mello e d e despezas feitas 110 Chile para corresponder a manifestações honrosas p a r a nossa p a t r i a , receiamos muito, que o esbaforido ministro ten h a despenhado sobre si proprio um verdadeiro — Bendegó. Acaso o senso commum não será compatível com o c a r g o de ministro ? Ha longos annos, que q u a t r o terríveis flagellos infelicitam, diariamente, os fluminenses. Referiino-nos á a g u a , ao g a z , aos esgotos e aos bouds. Uma, faltando ; outro promovendo a obscuridade e as conspirações nas trévas ; outro enveneuaudo-nos e outro mutilandonos e moeudo-nos a paciência, concorrem para que a vida no Rio de Janeiro se torne, cada vez, mais diíEcil. Da a g u a nem é bom fallar, porque d'isso se e n c a r r e g a m todos os dias os nossos collegas diários. O gaz, esse faz-se p a g a r por preço exorb i t a n t e e quanto á l u z . . .podemos affirmar que ha pyrilampos, nas nossas florestas com jactos de luz muito mais i n t e n s a . . . Actualmente o effeito da luz do gaz a população só o sente — no bolso. Providencias, em q u a n t o é tempo ! Agora, que os auxilios aos bancos estão na b é r r a , m u i t a gente se lembra de que o a n n o passado foi negado pela c a m a r a o premio de tres contos á melhor producção t h e a t r a l que se apresentasse. Nega-se tres contos a uma obra litteraria e dão-se t r i n t a mil, para fazer eleições ! Isto é que se c h a m a ser justo e financeiro 1 * * * Ha um mez que as rendas publicas estão apresentando certa depressão. A h ! isso não quer dizer n a d a . J á se falia em um g r a n d e emprestimo. Feliz terra ! DOMINÓ. (jleza l í l l i TE M I 1 Quanto é g r a t o em terra e s t r a n h a , Sob um ceu menos querido, E n t r e feiçOes estrangeiras, V e r um rosto conhecido ; Ouvir a patria l i n g u a g e m No berço balbuciada, Recordar sabidos casos Saudozos — da terra a m a d a í E em tristes serões de inverno, Tendo a face contra o lar, Lembrar o sol que j á vimos, E o nosso ameno luar ! Certo é grato ; mais sentido, Se nos bate o coração, Que para a p a t r i a nos voa P a r a onde os nossos estão Depois de g i r a r no mundo Como barco em crespo m a r , A m i g a praia nos c h a m a Lá no horizonte a b r i l h a r . E, vendo os valles e os montes E a patria que Deus nos d e u , Possamos dizer contentes — Tudo isto que vejo, é meu 1 Meu, este sol que me acclara, M i n h a esta brisa, estes céus ; Estas praias, bosques, fontes, E u os conheço — são meus ! Mais os amo quando volte, Pois do que por fóra vi, A mais querer m i n h a terra, E minha gente aprendi. GONÇALVES DIAS. 0 que se deu na Hespanha Se h a um paiz, com o q u a l o nosso possa ser comparado, é certamente a Hesp a n h a . Latinos, catholicos, adiautados sob certos pontos de vista, mas com a iustrucção publica pouco diffundida ; românticos sentimentaes, e agricolas; é certo q u e ambos teein tido uma politica bastante phantastica. H a muito que a Hespanha tem um partido republicano, como nós, assim como também teve escravos e libertou, ha pouco, os das s u a s coionias. De longa d a t a a Hespanha contou, também republicanos nas suas duas Camaras e entre elles Figueras, Pi y M a r g a l l , Castellar, Zorilla, Salmeron e outros. P a l a c i o do Ministério da Guerra NA EXPOSIÇÃO ,Com a morte de Affonso XII a sorte da m o u a r c h i a tornou-se muito p r e c a r i a . Lav r a v a em quasi todas as províncias, forte agitação democratica, producto da pura expansão progressista do povo e reflexo da visinha nação, a F r a n ç a . A r a i n h a viuva, era uma senhora estimável, mas e s t r a n g e i r a e pouco conhecida. 0 1 h a v a m u ' a com i n d i f e r e n ç a . A successão do throno não estava g a rantida. Em vida de Affonso XII porém, a politica ja ia deslisaudo deslisando ttrraannqquuiillllaa,, sem g r a n des apprehensões. Um bello dia, porém, estando o S r . Canovas dei Castillo, com os conservadores no poder, fallece repentinamente o rei. Canovas vae á r a i n h a e diz-lhe : — Está tudo perdido se V. M. não chamar j á e j á os liberaes. — Como assim ? — Só elles poderão fazer face ao movimento republicano. — E o Sr. ? — Eu não posso. P e g a fogo tudo. O único serviço que posso prestar a V. M. é d a r - l b e a m i n h a demissão. — E, q u e m devo c h a m a r ? — O chefe supremo dos liberaes, Sagasta . — Pois chame-o. N'esse mesmo dia ou no s e g u i n t e , Sag a s t a era governo, e a H e s p a n h a transp u n h a a temerosa crise, tendo no throno a r a i n h a como r e g e n t e . São passados q u a t r o ou cinco annos depois do fallecimento de Affonso XII e durante esse periodo nada ali tem havido de alarmante. Durante a administração S a g a s t a , as ideias republicanas teem-se expandido, não h a d u v i d a , mas é na adversidade que UNIVERSAL. os partidos politicos se educam para serem governo. Talvez, em breve a republica esteja de novo na Hespanha, mas d'esta vez, com a experiencia adquirida, é provável q u e os republicanos não se devorem uns aos outros. Contra a democracia, cada vez mais p u j a n t e em todo o mundo, não h a n e m coroas, nem S a g a s t a s , n e m Celsos que valham. O futuro é d'ella. E, sóinente é o que é preciso o que é os republicanos t e n h a m juizo. ^ Q/Vi^rci TERRIBILIS UMBRA A filha de Colombo, a America brilhante Que traz na fronte augusta o sello da belleza, Que sente a latejar-lhe a febre da grandeza, Dos mundos desta esphera o Creso deslumbrante, A's vezes esmorece envolta na tristeza : Os prantos do soífrer rorejam-lhe o semblante, Soluça augustida : incerta, delirante, Contempla pezarosa o oéo e a natureza ! Se o mar entào pergunta : Estrella do universo, Nas trevas do penar porque teu rosto immerso|? Que mágoa te lacera o seio seuhoril ? Gemendo ella murmura: Eu solTro.um de meus filhos Tem ferros e grilhões, em vez de puros brilhos: — Ainda a monarchia Impera no Brazil ! ! . . . AFFONSO CELSO JÚNIOR. S . Paulo—Abril, 1877. POLITICA FllANCEZA resca q u e — dcreança e ao borracho põe Deus a mão por baixo. E, provavelmente elle o fará por um sentimento semelhante ao do artista, que rodeia de cuidados a sua estatua, para que ella não se mutile! Por pena, por affeição, de certo não é. Pois não foi esse proprio infeliz, que por sua vontade, abstrahiu dos seus mais nobres attributos e se mergulhou 11'esse lethargo bestial ? Tal é a degradação do homem n'esse estado, que a sociedade foge d ^ l l e com horror e só a policia se approxima, porque esse é o seu dever. Assim pensava eu, observando á por ta de uma venda, um homem ainda moço, de feiçOes sympathicas e typo estrangeiro, que verg a v a ao pezo do terrivel vicio da embriaguez. O misero dizia impropéPresidente da sociedade LIGJA DOS PATRIOTAS e auctor do rios, e por vezes tentava incelebre livro «Chants du soldat.i> vestir contra dous ou tres curiosos, que estacionavam nas proximidades. CONTOS TRANSPARENTES Suppondo que o insultavam, queria desforçar-se, avançava de punho cerrado, mas ao dar um passo, o corpo pendia-lhe para o lado, perdendo a direcção, de modo que nem sequer se approximava do ponto que tinha em vista. Como é triste o espectáculo do homem Chegou a policia e tentou leval-o por embriagado, inconsciente dos seus actos, meios suasorios, para a próxima estação. perdendo toda a nobreza do seu aspecto, Mas, o infeliz recalcitrava. Tomaudo-lhe e pelas suas attitudes ridiculas não pareos braços,os soldados tentaramir conduzincendo mais o ente que, dizem, o Creador do-o, mas ou fosse por um accrescimo de fizera á sua imagem e semelhança ! excitação, o misero ébrio pesou-lhes com Certamente, ha cousas tristes na vida ; toda a força do corpo, as pernas afroue n t r e ellas porém, occupa um dos prixaram-lhe e cahiu como morto. meiros lugares, essa horrível obliteOs soldados deixaram-11'0 um momento, ração dos sentidos, que o álcool produz. 110 chão, de bruços, com a face encostada Alienar de si, voluntariamente, o melhor aos detrictos da r u a . Pobre homem ! attributo da especie h u m a n a , obscurecer Quem sabe se teria morrido ? Varias pesa razão até apagal-a e mergulhar-se em soas acercaram-se, com pena, verificando vida no esquecimento, esquecer que cada porém, que essa victima do álcool não u m deve a si e aos outros, eis o que se estava morta e que apeuas —dormia. chama recuar até a pura animalidade. Apparecendo outros g u a r d a s , o infeliz O ébrio inspira antes horror, do que foi levado, a pezo pelas ruas, offerecendo compaixão. São poucos os que teem a um quadro tristissimo, objecto da indibondade exagerada de aturar as impergnação de uns e dos motejos de outros. tii^ncias e as provocações de um homem Uns diziam: n'esse estado. — Como vae aquillo 1 Homem mizeE' preciso mesmo ser um Deus de miravel! sericórdia, para cumprir o que diz o povo, Outros exclamavam: quaudo af&rma em sua l i g u a g e m pitto- AS APPÀRENCIAS ENGANAM — Que chuva I Passa fóra 1 E assim seguia, pelas ruas populosas, essa especie de enterro em vida, esse transporte em charola, de um homem que parecia morto. Dobrando um a n g u l o da rua. foi com uma impressão de allivio que todos viram sumir-se-lhe dos olhos esse quadro degradante. Os que ficaram puzeram-se a convnentar o caso: — Parece incrível que um homem cheg u e a esse estado. — Apparece cada uma ! — E' o mais a que se pôde descer. E cada qual foi atirando para cima do infeliz, as impressões que a scena lhe causâra. A condemnacão era unanime. — Conhece esse sujeito? pergunta um dos circumstantes ao taberneiro. — Conheço, é meu visinho. — E' de força I — Não, disse o dono da locanda, com um gesto seutencioso. Ali ha c o u s a . . . — Como assim ? — Aquilio é desgosto... Um dos circumstantes deu uma gargalhada e exclamou: — O que? Aquilio é, mas é cachaça. — Não é tanto assim. Ainda h a bem pouco, aquelle homem podia servir de modelo a muitos. Era empregado n'uma fabrica, ahi para os lados do Sacco ; tratava muito bem a familia,pagava pontualmente seu c a d e r n o . . . Era até um gosto vel-o de tarde, sentado á porta brincando com uma filhinha pequena. Que creança g a l a n t e . Um dia, porém, deu-lhe a febre, aqui quando andou assanhada ultimamente, e levou-a. Desde esse tempo o homem des governou atalhou o taberneiro a cabeça. + — Coitado 1 disse um dos ouvintes. — E* v e r d a d e . . . atalhou o tabernerio, meneando a cabeca. (Continua) J . V. Extraordinariamente animada a q u a d r a t h e a t r a l , que atravessamos, funccionando quasi todas as casas de espectáculos, e sendo de notar que em duas d'ellas passam-se acontecimentos fóra do v u l g a r . Referimo-nos á companhia lyrica, de Pedro II, e ao Recreio Dramatico, que está levando á scena uma comedia original, as Doutoras, do nssoo collega França Júnior. Theatro Lyrico no Rio de Janeiro, era assim como que um sonho enganador e peça de auctor brazileiro, excepção feita das revistas, uma especie de aspiração nacional ! Hoje,porém, temos de tudo. Temos theatro dramatico, no S. Pedro; temos opera lyrica no Pedro II; temos peça nova e original, no Recreio; temos operetas e revistas, no S a n t ' A n n a ; temos concertos populares aos domingos, e, para variar, benefícios não faltam, a cinco mil-réis o bilhete, tendo a gente de ficar ao menos com um. Não ha fome que não traga fartura . Mas, digamos a l g u m a cousa do movimento t h e a t r a l . Representou-se com êxito felicíssimo, a nova comedia de França Júnior,que a g r a dou geralmente e que teve bôa interpretação. O publico gostou, riu e applaudiu, fazendo uma verdadeira ovação ao auctor. D'aqui enviamos os nossos parabéns a Franca Júnior. * No Pedro II, a companhia lyrica d e u . nos mais a Gioconda, a repetição da Aida e a Hebréa, conseguindo a g r a d a r . No S . Pedro a companhia da actriz Emilia Adelaide continúa a levar bons dramas á scena. Fazemos votos por que o publico a auxilie, como merece. No Polytheama,animadíssimas funcçôes, pela companhia do Frank Brown. No Sant'Anna, operetas sempre apreciadas e applaudidas. Que mais querem ? Se ainda ha exigentes, é pedir por bocca. aSiaocuIo. AS CORRIDAS ceu-nos um divertimento agradavel, sendo os páreos licitamente disputados. Derby- Club Quem sabe como correm as festas do Derby, facilmente compreheude quanto de enthusiasmo, de vida, de animação andou por lá na corrida de sabbado. Se não basta ao bondoso leitor a palavra honrada do r&biscador d'estas linhas, ahi está, para provar a veracidade do que acima fica affirmado, o extraordinário movimento da casa das apostas : —174:6403. o Primeiro páreo. — 1,200 Venceu Cleópatra, de ponta a brito negou sabida; chegou gar a Aragoueza. Poule s 11 $300. Tempo : 82 metros. — ponta; Caem 2 o lue Segundo páreo. — 1,200 metros. — Ganhou a Philistina, da Coudelaria Braziléira, brilhantemente dirigida pelo Cousins. Therezopolis, não obstante a assombrosa corrida que tinha. feito no Jockey, apeuas obteve o 3 o , o que nos induz a crer no tribofe ; em 2o entrou o Zebedeu, dando uma poule de 129$900. P o u l e : 633600. T e m p o : 7 9 . " Terceiro páreo. — 1,750 metros. — My Boy foi o vencedor com toda a facilidade ; Vivaz alcançou castigado o 2 o lugar. P o u l e : 12S000. T e m p o : 116 6 112". Quarto páreo. — 2,400 metros. — Sahiu Tróia na ponta, posição que perdeu quasi na ultima curva, onde Toreador passou para a frente, que conservou até o vencedor, Poule: 19g500. Tempo : 163 e l\2 Quinto páreo. — 2,400 metros. — Mais uma vez Medon bateu os seus adversarios; em 2o collocou-se o Tenor. P o u l e : 158300. T e m p o : 169." Sexto páreo. — 1,609 metros. — P h a riseu pulou na ponta, mas foi batido por Feniana, cujas corridas são phenomeuaes. P o u l e : 133500. T e m p o : 105." Sétimo páreo. — 1,609 metros. — Zig, favorecido na sabida, correo sempre folgado, vencendo facilmente ; o 2o l u g a r foi occupado pelo Regente I I . Poule : 30S600. Tempo : 110." O EP1GRAMMA Um bojudo missionário Berrava contra o peccado; Diz de um lado um boticário : —Parece um gato escaldado! j¥i'udo VUla-lzaúel A corrida da vespera, no" Derby, e as condições do p r o g r a m m a não levaram, domingo, graude concurrencia ao Prado Villa Izabel. E n t r e t a n t o a digna directoria offere- o Primeiro páreo. — 1,800 metros. — Tenor sahiu e entrou na ponta ; Regente II entrou em 2o l u g a r . Poule : 153800. Tempo : 122 e l\2." Segundo páreo. — 1,450 metros. — Thessalia teve as honras da Victoria ; em 2 o apresentou-se a Mistella. Poule: 203700. Tempo: 97." Terceiro páreo. — 1,800 metros. — Vivaz, o incumbido de chamar as sobras do My Boy, bateu sem custo os seus competidores. Poule : 123700. Tempo : 1 2 2 " . Quarto páreo. — 1,450 metros. — Ganhou o Alberto; Tenebrosa, porcameute corrida pelo S t r u g n e l l , um sujo, não correspondeu á confiança do publico que a fez favorita. P o u l e : 293300. Tempo: 99 ". Quinto parco. — 1,200 metros. — Philistina foi a victoriosa, de galopão. Poule : 153000. Tempo : 83 Sexto páreo*— 1,450 metros. — Chegou a vez do azar ; Melton, batendo os competidores. deu aos que n'elle j o g a r a m a poule de 1223600. Tempo : 102 O •Jockcy- Club E' amanhã o dia do Graude Premio Jockey-Club, tão anciosamente esperado pelo nosso mundo turfista. Que reboliço, que aperto, que movimento, d'aqui a 24 horas no elegante Prado Fluminense I! A Revista, emquanto não chega o momento de assistir á lucta entre os valentes animaes inseriptos no programma, vae mimoseando os seus respeitabillissimos assignanttjs com os seguintes palpites : I o Páreo — Tenor ou Clarineta. » — Coudelaria Schmidt ou Improver. » — Suavita ou Toreador. 3o » 40 — My Boy ou Vivaz. » 5o — Coudelaria João de Souza ou Feniana. 6C » —Alcazar ou Alberto. • a B A W f i A S Aos nossos collegas das províncias, que quizerem adquirir desenhos da Exposição de Paris ou retratos para os publicarem, avisamos que lh 'os podemos cedor,, por preçs modico. Dirigir-se ao nosso escriptorio. Typ. de J . Barbosa & C. r . d'Ajuda n. 31. J ^ me UVIRPIO cjr. í p/s yoltpis m Trtstvitns WO d e s a s t r a d a , X NRTPTRTO, com m i l u m questão MINISTRO pios RIU H m p o i ^ n t bomlots pitmivoinfo biQOO+OOO. MNI-TRIH -nova / PL, TM ÚVVOVL SÍCCPL z s p t c i t . 0$ mnvts psfáo c r t s b o s . .