Caixa plim
DIVIDIR UM JANTAR
NUNCA FOI TÃO SIMPLES.
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A CAIXA. COM CERTEZA.
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e
editorial
A voz de Portugal
a revista da caixa
Diretor Francisco Viana
Editores Luís Inácio e Pedro Guilherme Lopes
Arte e projeto Rui Garcia e Rui Guerra
Colaboradores Ana Cátia Ferreira, Helena
Estevens, José Miguel Dentinho, Leonor
Sousa Bastos, Miguel Judas, Palmira Simões
(texto); Anabela Trindade; Filipe Pombo, João
Cupertino, Renato Cruz Santos, com agências
Corbis, Getty Images e iStockphoto (fotos);
Marta Monteiro (ilustração); Dulce Paiva
(revisão)
Gestor de Produto Luís Miguel Correia
Produtor Gráfico João Paulo Batlle y Font
REDAÇÃO
TELEFONE: 21 469 81 96 FAX: 21 469 85 00
R. Calvet de Magalhães, 242
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Diretor Comercial
Pedro Fernandes ([email protected])
Diretor Comercial Adjunto
Miguel Simões ([email protected])
Diretora Coordenadora
Luísa Diniz ([email protected])
Responsável pela publicidade na Cx
Pedro Costa Santos ([email protected])
Coordenador de Materiais
José António Lopes ([email protected])
Editora Medipress - Sociedade Jornalística
e Editorial, Lda.
NPC 501 919 023 Capital Social: €74 748,90;
CRC Lisboa
Composição do capital da entidade proprietária
Impresa Publishing, S. A. - 100%
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Impressão Lisgráfica - Impressão e Artes
Gráficas, S. A.
Distribuição Gratuita (a revista Cx tem
preço de capa, mantendo-se, no entanto,
o seu caráter de oferta)
Propriedade
Caixa Geral de Depósitos
Av. João XXI, 63, 1000-300 Lisboa
Periodicidade Trimestral
(Edição n.º 18, dezembro 2014/março 2015)
Depósito Legal 314166/10
Registo ERC 125938
Tiragem 72 000 exemplares
A CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS é, hoje, um Grupo
verdadeiramente internacional, presente em 23 países e
quatro continentes. Uma realidade que dá continuidade a
uma presença sólida, já histórica, junto das comunidades
portuguesas espalhadas pelo mundo, assim como dos países
de língua oficial portuguesa. Não podíamos, pois, escolher
melhor tema para esta edição da Cx.
Assente na língua de Camões, a lusofonia une países em
redor de um idioma, servindo de ponte para um mercado
que cruza cultura e oportunidades de negócio. Esta marca
tão nossa estende-se a todo o mundo pela voz dos milhares
de portugueses que, de forma temporária ou permanente,
residem no estrangeiro. E que, para lá da língua, acabam
por partilhar algo mais: a sua ligação à Caixa.
Filipe Alves e Frank Alvarez são dois exemplos desta
importante presença da Caixa à escala global e de como
essa proximidade lhes permitiu abraçarem o seu negócio.
No entanto, nas páginas que se seguem não faltam outros
exemplos de quem continua a ter sucesso dentro de
portas e a dá-lo a conhecer ao mundo. Como Rui Paula, o
consagrado chef que recuperou um dos mais emblemáticos
projetos de Siza Vieira e o transformou num dos
restaurantes do momento. Ou Joana da Silva e João Sousa,
dois arquitetos que vão conquistado o mundo com as suas
casas modulares.
Impossível seria, igualmente, não frisar o mérito dos
muitos estudantes envolvidos na ação Dá Mais ao Mundo
no Rock in Rio, cujos fundos angariados possibilitaram a
melhoria de condições de salas de estudo para crianças.
Mas, também, do CADIn, da KidZania ou da Orquestra
Filarmonia das Beiras, três entidades de características bem
diferentes, mas, em comum, com um trabalho fantástico em
prol das comunidades e dos mais novos, cada uma na sua
área.
Mas falar de lusofonia é, também, olhar ao património
histórico e cultural que une vários países, a começar, e
sobretudo, pelos de língua oficial portuguesa. Convidámos,
por isso, um dos autores mais conhecidos no panorama
lusófono, o escritor angolano José Eduardo Agualusa, para
uma verdadeira conversa que aqui lhe transcrevemos.
Despeço-me com os votos de um fantástico 2015, ano
em que a Caixa continuará a ser a voz de Portugal. Cá
dentro e lá fora. Com certeza.
FRANCISCO VIANA
ASSENTE NA
LÍNGUA DE
CAMÕES, A
LUSOFONIA UNE
PAÍSES EM REDOR
DE UM IDIOMA,
SERVINDO DE
PONTE PARA UM
MERCADO QUE
CRUZA CULTURA E
OPORTUNIDADES
DE NEGÓCIO.
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Ilustração de capa: derrrek
Correio do leitor [email protected]
A Cx é uma publicação da Divisão Novas
Soluções de Media da Impresa Publishing,
sob licença da Caixa Geral de Depósitos
As emissões de gases com efeito de estufa
associadas à produção desta publicação foram
compensadas no âmbito da estratégia da CGD
para as alterações climáticas.
Esta revista está escrita nos termos do novo acordo ortográfico
As características dos produtos e serviços apresentados nesta edição remetem
para o mês constante na capa. Confirme a atualidade das mesmas em www.cgd.pt
ou numa Agência da Caixa.
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
3
i
interior
06 Pormenor
Notícias breves
DESTAQUES
PESSOAS
10 Histórias de sucesso
Rui Paula, o chef
empreendedor
12 Talento
Filipe Alves e Frank Alvarez
ESTILO
16 Design & arquitetura
Casas modulares amigas do
ambiente e a Wicla, a tricicleta
de madeira
20 Automóveis
O novo smart fortwo
22 Culto + Soluções
Produtos e vantagens
para clientes da Caixa
24 Gourmet + Prazeres
O pecado da gula alimenta-se
nestas páginas
39 Observatório
João Nuno Palma, administrador
com o pelouro do Negócio
Internacional da CGD
DESTINOS
52 Fugas
Casas do Moinho Novo, um
paraíso às portas de Lisboa
32 A vocação lusófona de Portugal
Portugal tem um papel central no espaço da lusofonia e é visto por investidores
internacionais como uma porta de entrada para o vasto mercado dos países onde se
fala português. A língua de Camões é um património comum a mais de 240 milhões
de falantes nativos e pesa 17 por cento no PIB de Portugal.
VIVER
Dicas para poupar nas viagens
de avião
58 Sustentabilidade
CADIn, uma associação de
pessoas para pessoas
26 Entrevista
José Eduardo Agualusa, o escritor
angolano que, com 18 anos, veio para
Lisboa estudar Agronomia, Silvicultura
e, depois, Jornalismo.
64 Saúde
No mundo dos cereais
65 Educação
As vantagens do Linkedin
66 Sustentabilidade
Aprender a brincar, numa
mini-cidade chamada Kidzania
CULTURA
68 Descobrir a Orquestra das Beiras
70 Livros & discos
72 Agenda
73 Vintage
Um biombo muito especial
74 Fecho Notícias CGD
4
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
mas o m’ar que aqui se respira e nos
hipnotiza é um m’ar de céu, um m’ar
de estrelas, um m’ar de ar.»
Bem-vindo ao M’AR De AR
Aqueduto, em pleno centro de Évora.
54 Institucional
40Viagem
De Elvas a Belver, é um Alentejo
diferente, encavalitado em abruptas
encostas, o que se apresenta por
estas paragens. Um território onde
natureza, história e património
convivem numa simbiose perfeita.
48Fugas
«O Alentejo é um mar de planícies,
A domicialização do vencimento
na Caixa representa vantagens
acrescidas.
60 Sustentabilidade
Mais de duas dezenas de instituições
apoiadas pela ação Dá Mais ao
Mundo no Rock in Rio, levada a cabo
por alunos de todo o País, numa
iniciativa inserida no âmbito do
programa Young VolunTeam.
Foto: Peter Adams/Getty Images
56 Finanças
HÁ UM MUNDO DE MOTIVOS
PARA COMEMORARMOS.
A Caixa é o primeiro banco português a obter o certificado ambiental ISO 14001, decorrente do seu Sistema
de Gestão Ambiental, e que abrange todas as atividades no seu Edifício Sede.
Na sua gestão diária, a Caixa integra boas práticas ambientais de forma a melhorar continuamente o seu desempenho e o seu impacte na
comunidade. Utiliza e racionaliza os recursos naturais de forma eficiente (água, papel, energia); contabiliza e gere os impactes decorrentes,
investe e promove as energias renováveis e a separação seletiva de resíduos; realiza ações de formação com colaboradores, fornecedores e
parceiros; sensibiliza clientes e a sociedade civil; entre outras iniciativas que reporta voluntariamente e submete a auditorias externas.
Por isso, a obtenção da certificação ambiental resulta do envolvimento e empenho de todos na adoção de procedimentos e comportamentos
mais sustentáveis e responde, também, às sugestões dos nossos stakeholders.
JUNTOS, INVESTINDO NO FUTURO. COM CERTEZA.
http://sustentabilidade.cgd.pt
p
pormenor
pela start-up portuguesa Veniam, esta rede
veicular estende-se a mais de 600 autocarros
e táxis, permitindo servir cerca de 70 mil
pessoas por mês. A rede é, igualmente, usada
para recolher dados através de sensores,
como, por exemplo, quais as ruas onde
existem buracos.
PORTO WI-FI
A revista MIT Technology Review, publicada
pelo MIT – Massachusetts Institute of
Technology, nos Estados Unidos, dedicou
espaço de destaque ao inovador e gratuito
serviço de Wi-Fi disponível nos autocarros
e nos táxis da cidade do Porto. Criada
PA P E L D E N ATA L
Cinema ecológico
Jorge Miguel Ribeiro transformou em filme de animação
a questão do desperdício do papel
ESPELHO MEU,
HÁ ANIMAL DE
ESTIMAÇÃO
MAIS BELO DO
QUE O MEU?
Se já se sentiu tentado a
fazer esta pergunta, então
esta notícia é mesmo para si.
Ricardo Best é um designer
que decidiu trocar o emprego
certo pela paixão da ilustração.
Nesta mudança de rotina, a
sua principal companhia era
uma cadela de raça schnauzer,
chamada Heidi. Ela foi o modelo
dos vários testes feitos por
Ricardo até surgirem desenhos
que recriavam a arte japonesa
do origami.
Os amigos foram os primeiros
a apaixonarem-se pelas
ilustrações e deram o mote para
a criação da The Origami Pet
Collection, projeto que eterniza
os animais de estimação e que,
neste Natal, até fez reverter
parte das verbas para a
associação UPPA - União para a
Protecção dos Animais.
6
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
camila é uma menina de oito anos cujo
pai desaparece numa floresta, sem que alguém
o consiga encontrar. A pequena deita mãos à
obra e contrói um boneco de cartão – o
Dodu –, acreditando que ele trará o seu pai
de volta. Depois de ser colocado no correio, o
Dodu ganha vida e entra num mundo paralelo
de papel, onde resgatará o pai de Camila das
garras do Monstro do Desperdício.
Este é o argumento de Papel de Natal, um filme
português de animação criado com o objetivo
de passar uma mensagem ecológica e de alertar
para o desperdício. Do papel, neste caso, ou
não tivesse a ideia surgido, em 2010, quando o
cineasta português José Miguel Ribeiro foi levar
para o lixo o papel que embrulhava as prendas
de Natal. Feito através de stopmotion, o filme
foi mais longe e temos um Dodu efetivamente
feito de cartão e um Monstro do Desperdício
feito, precisamente, de desperdícios de papel.
Aliás, todas as personagens são construídas
a partir de restos de papel e de cartão
reciclado, sustentando as palavras do
realizado, ao jornal Público: «É um alerta.
Pretende chamar a atenção para um
problema que toca a todos. Os problemas
de sustentabilidade do planeta não são
problemas que algumas pessoas possam dizer
que não são delas.»
Tudo sobre o enoturismo
elaborado pela jornalista
e crítica de vinhos Maria João
de Almeida, este livro apresenta-se
como o primeiro guia de enoturismo
de Portugal e garante, a quem
o folhear, as respostas ao «que
provar?», «onde dormir» e
«o que visitar?». Na apresentação,
a autora sublinhou que as sugestões
que aqui encontramos são fruto de «uma
seleção não de todos, mas apenas daqueles
que eu considerei serem os melhores
enoturismos que temos no País. É
uma escolha puramente editorial,
baseada nos espaços que conheci
ao longo da minha carreira e em
novos locais que investiguei. Todos os
enoturismos que estão no livro foram
visitados.» Dividido por regiões e já
publicado em português e inglês, este
guia, com 350 páginas repletas de
dicas, ganhará versões em francês e espanhol
até à primavera de 2015, tornando-se uma
ótima ferramenta para promover o enoturismo.
/ S U S T E N TA B I L I DA D E /
Proteger o lince ibérico
Fotos: Patrik Bergström/Getty Images (Porto); Jochem D Wijnands/Getty Images (lince ibérico)
o final de 2014
ficou marcado por
um acontecimento
ligado à natureza:
pela primeira vez,
em Portugal, dois
linces criados em
cativeiro foram
libertados na
natureza, dando
início a uma
fase decisiva
do programa de
reintrodução da
espécie no País.
Katmandu e Jacarandá, assim se
chamam os dois linces, têm nova
casa no concelho de Mértola e
abrem caminho à libertação de
dez outros exemplares da espécie,
até agosto, ao longo do vale do
Guadiana. Mas esta ação contou
com um importante reforço,
que teve como protagonistas
Azahar e Gamma, dois linces
que não reuniam
as condições
necessárias para
serem devolvidos
à natureza. Assim,
aquele que foi
o primeiro lince
ibérico a chegar
ao Centro Nacional
de Reprodução em
Cativeiro (CRNLI)
de Silves, em
2009, e o outro,
nascido em 2010,
no Centro de
Reprodução espanhol de La Olivilla,
e posteriormente mudado para
o CNRLI, foram transferidos para
Lisboa, onde passarão a ser uma
das grandes atrações do Jardim
Zoológico. Na capital, Azahar e
Gamma terão a importante missão
de sensibilizar os visitantes para a
conservação da espécie de felino
mais ameaçada do mundo.
Pedidos para a
eternidade
D’Évora
com Amor
Ao longo
do nosso
percurso
profissional,
deparamo-nos com
pedidos verdadeiramente
inusitados. Foi esse o mote
para a página de Facebook
#palavradocliente, onde três
jovens criativos recorrem
a exemplos verídicos para
dinamizar um espaço com cada
vez mais seguidores e com frases
verdadeiramente surpreendentes,
como «você é que vai fazer a arte
final do Word?» ou «quero um
mupi maior do que os outros para
sobressair».
sandra é geógrafa, Luís é
jornalista. E ambos são artesãos.
Depois de se mudarem de Lisboa
para o Alentejo, lançaram uma
linha de artigos de cerâmica
retratando as gentes e os lugares
que, segundo eles, conseguem
transmitir a essência desta região
de Portugal. Batizaram estas
criações de Vizinhos e o passo
seguinte foi encontrar um espaço
onde pudessem comercializá-los. Nasceu, assim, a D’Évora
com Amor, em frente à Câmara
Municipal de Évora, uma loja
cooperativa onde mais de 40
artesãos contribuem para que
o artesanato mais tradicional se
funda com toda uma nova geração.
Ponha
aqui o seu
pezinho
mariana simões
é licenciada em
Gestão Internacional
e Marketing, tem
um mestrado em
Gestão de Design,
mas as danças latinas
são a sua grande paixão. E foi por causa dessa
paixão que viria a nascer a Rumbanita Dance
Shoes, uma marca de calçado que permite
enfrentar a pista de dança com um estilo
extra. Os modelos, cujos preços variam entre
70 e 115 euros, surgem agrupados em três
coleções diferentes: Rumbanita, com sapatos
especialmente desenhados para as danças
latinas; Kizomba Diva, criados a pensar nas
amantes das danças africanas, e Basic Star, para
quem se está a iniciar no mundo da dança.
OLHAR PELO AMBIENTE
nuno pinto, Afonso Caldeira e Hugo Janes, três
amigos ligados ao setor das telecomunicações,
questionavam-se várias vezes sobre o porquê
dos óculos de sol de qualidade serem tão caros e
sobre as razões que levavam a que não fossem
construídos com materiais amigos do ambiente. A
determinada altura, resolveram juntar economias
e lançar a marca Skog Eyewear, que, desde logo,
se distingue por apresentar óculos de sol feitos de
madeira ou bambu. Feitos à mão por uma equipa
cem por cento portuguesa, estes óculos são
extremamente resistentes, mais leves e utilizam
lentes polarizadas que garantem proteção contra
os raios ultravioleta. Existem 15 modelos, vendidos
exclusivamente em http://skogeyewear.com.
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
7
p
a caixa ao pormenor
ROADSHOW
Portugal Global 2014/2015
Realizou-se em Aveiro o primeiro encontro de 2015 da iniciativa da AICEP,
desta vez focando os mercados do Reino Unido e do Senegal
a caixa geral de depósitos apoia
o roadshow Portugal Global, uma
iniciativa da AICEP iniciada em 2014
e que se propõe visitar um total de
doze cidades portuguesas ao longo de
doze meses. Este conjunto de eventos
visa ajudar e incentivar as empresas a
iniciarem ou expandirem os seus negócios
internacionais, apresentando vários
testemunhos sobre a melhor forma
de abordar cada mercado.
Para isso, a iniciativa traz a Portugal
representantes da AICEP em vários pontos
do mundo e conta com diversos agentes
económicos de cada região que colocarão
o seu conhecimento e experiência
à disposição das empresas.
Depois de Leiria, Braga, Coimbra
e Guarda, foi a vez de Aveiro receber
este roadshow, no passado dia 20 de
janeiro, nas instalações da Associação
Industrial do Distrito de Aveiro. Aquele
que foi o primeiro encontro de 2015
abordou os mercados do Reino Unido
e do Senegal, com destaque para o setor
Casa, no Reino Unido, e para a Construção
e Obras Públicas, Ambiente e Energia
no Senegal.
A Caixa marcou presença nas sessões
plenárias realizadas de manhã, onde
apresentou genericamente a sua oferta para
a internacionalização das empresas, assim
como o seu conhecimento dos mercados
em causa. Além disso, o dia terminou com
uma sessão de esclarecimento sobre os
programas de apoio à internacionalização
no âmbito do Portugal 2020, algo inédito
neste ciclo de encontros.
De participação gratuita e sujeita
a inscrição prévia, estes encontros têm
ainda passagem marcada por Faro, Viseu,
Bragança, Ponta Delgada, Évora, Lisboa
e Porto em datas ainda a anunciar.
Para mais informações sobre a iniciativa,
visite www.portugalglobal.pt.
Música maestro
8
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
produtores regionais, bem como a oferta
de chocolates CGD.
Esta é, pois, uma proposta duplamente
a não perder, apelando ao ouvido e ao
palato, numa prova do apoio da Caixa Geral
de Depósitos à descentralização cultural
e ao de melhor que se faz no País, neste
caso na região algarvia.
Concerto de Ano Novo
Entretanto, teve lugar no dia 2 de janeiro,
no Grande Auditório da Culturgest, em
Lisboa, o Concerto de Ano Novo da Caixa
Geral de Depósitos, a cargo da Orquestra
Metropolitana de Lisboa.
Trata-se de um concerto
de música clássica, que a
Caixa realiza no início de
cada ano, apresentando
um programa de
qualidade, mas acessível e
adequado à época festiva.
Dirigida pelo maestro
Sebastian Perłowski, a
Orquestra Metropolitana
de Lisboa apresentou
obras de compositores
incontornáveis, como
Rossini, Strauss,
Tchaikovsky ou Verdi. Foi,
portanto, um início de ano
em grande.
Foto: André Nacho
clássica na santa casa. É este o nome
do ciclo de concertos que a Orquestra
Clássica do Sul está a promover, em
2014 e 2015, com o apoio da Santa Casa
da Misericórdia de Faro e o patrocínio da
Caixa Geral de Depósitos. No total, são
onze concertos de música de câmara,
que decorrem no Salão
Nobre da Santa Casa da
Misericórdia de Faro, uma
vez por mês, até outubro
de 2015, sempre à sexta-feira, ao final da tarde,
pelas 19 horas.
A entrada paga, de cinco
euros, será amplamente
recompensadora a julgar
pelo cartaz do programa,
onde se incluem obras
de Mozartz, Bethoven,
Taffanel, Tshaikovsky,
Hindemmith ou Britten. E,
além da música, em cada
concerto, haverá uma
degustação de vinhos de
PA S S AT E M P O
Quem tem Caixa plim
teu amigo é
Os amigos ajudam a ganhar prémios. Basta pedir,
pagar e receber e habilitar-se a prémios fantásticos todos os meses
o caixa plim é um serviço exclusivo,
único e pioneiro no mercado nacional das
aplicações móveis, disponível para telemóveis
inteligentes de última geração, seja iPhone,
Android ou Windows 8. Um serviço que
permite, de uma forma simples e direta,
transferir dinheiro entre contas à ordem da
Caixa Geral de Depósitos e aderentes ao
Caixa plim, sejam de colegas, familiares ou
amigos.
Depois de aderir ao serviço e instalar a
aplicação no telemóvel, apenas com base no
número de telemóvel e sem a necessidade
de inserir o número de conta, pode receber
e transferir pequenas quantias de dinheiro
entre utilizadores Caixa plim.
Ter o Caixa plim é, de facto, simples
e direto, mas significa também ganhar
prémios, muitos prémios. Só terá de o usar
bastante e recomendar muito. Todos os
meses, irá receber convites do Caixa plim
para participar em desafios, onde basta
juntar pontos, que se convertem em prémios
fantásticos. Na adesão, por exemplo, recebe
automaticamente 75 pontos e por cada
pagamento – até ao máximo de três diários –
são atribuídos mais 25. Além disso e porque
falamos de um serviço onde os amigos
contam, cada angariação vale 95 pontos e até
os agradecimentos são recompensados.
Por tudo isto, o Caixa plim faz já parte
da vida de muitos clientes da Caixa. Porque
é útil, prático, simples e direto e põe as
contas em dia. Faça o download na App Store,
Google Play ou na Loja da Windows,
adira e comece a juntar pontos.
A Nossa Caixa
A CGD está nas redes sociais,
junto dos seus clientes
A Caixa tem uma presença pensada
nas várias redes sociais, de forma
a estar mais próxima dos seus
Clientes e melhor responder
às suas necessidades.
Foi com esse intuito que, no início de
2014, a Caixa criou um novo perfil
designado A Nossa Caixa, que se
distingue pela sua transversalidade
e imagem moderna.
Ali comunica-se de forma simples,
direta e útil o melhor que a Caixa tem
para oferecer, sejam passatempos,
eventos, dicas de literacia financeira,
propostas de fim de semana e muito
mais. E são já mais de 82 mil fãs,
só no Facebook.
Se ainda não conhece, visite em:
Facebook
www.facebook.com/anossacaixa
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www.twitter.com/anossacaixa
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Neste caso, pesquisando por
«A Nossa Caixa».
Visite e participe nas muitas iniciativas.
ARREDONDE COM O SEU CARTÃO
ao efetuar compras com os cartões de débito ou de crédito da Caixa (exceto Made By), pode beneficiar do mecanismo de arredondamento
da Caixa, revertendo um determinado montante, automaticamente, para uma conta de poupança, PPR ou fundo de pensões, conforme o cartão
utilizado. É muito simples, basta pedir em qualquer Agência da Caixa ou no serviço Caixadirecta Telefone para associar um dos três programas
de arredondamento à escolha a um cartão da Caixa elegível. Saiba mais em www.cgd.pt.
Cx
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9
h
histórias de sucesso
R U I PAU L A
A qualidade
acima de tudo
Rui Paula é um dos chefs de cozinha mais conhecidos
a nível nacional. Tem três restaurantes com a sua assinatura
(DOC, no Douro, DOP, no Porto, e Casa de Chá da Boa Nova, em Matosinhos),
razão pela qual se define como um empreendedor, desde os tempos
da primeira aventura, o Cepa Torta. A qualidade da cozinha e do serviço
são as suas obsessões. O sucesso mostra que está certo
Texto Miguel Ângelo Pinto Fotografia Bruno Barbosa
Cx: Entrou no mundo da restauração com
o Cepa Torta. O que o motivou para esta
aventura?
RP: Gosto de projetos sustentados. Sou
um empreendedor, mas devemos saber
que terrenos estamos a pisar. Este trabalho
começou no restaurante Cepa Torta. Eu não
era o chef. Tive várias influências da minha
família, onde se cozinhava muito bem, e
aventurei-me então a abrir um restaurante
pequeno. Foi aí que decidi verdadeiramente
ser chef de cozinha e abraçar este mundo.
O DOC foi um projeto arrojado. Não havia
nada do género aqui na região e ainda hoje
não há muita oferta. São sítios improváveis,
onde não há um grande mercado. O DOC
já tem oito anos, mas, na altura, era preciso
ter a certeza de que iria resultar. Esta foi
a rampa de lançamento para tudo o que
conquistei mais tarde e a breve trecho. É que
passados três anos já tinha o DOP e agora a
Casa de Chá da Boa Nova.
Cx: Encontrou aqui, no Douro, um nicho de
mercado por explorar?
RP: Sim, o Douro não tinha um restaurante
para servir os produtores, os enólogos,
enfim, para ser a sala de visita dos seus
vinhos. O espaço tornou-se conhecido
rapidamente, graças a um trabalho
consistente. Outro fator fundamental foi
reunir uma boa equipa. Sem isso, nada se
consegue.
Cx: O DOC foi uma âncora para novos
projetos no Douro, em termos de restauração?
RP: Claramente. E isso dá-me prazer. Como
10
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
deu abrir o DOP, no Largo de S. Domingos,
no Porto, onde não havia nada. Agora
veja-se a quantidade de restaurantes que
lá estão à volta. Há um ditado que diz que
candeia que vai à frente alumia duas vezes,
mas é preciso que a luz da candeia esteja
sempre bem acesa e não dormir à sombra da
bananeira.
Cx: Nos últimos anos a cozinha
democratizou-se. Projetos como o DOC e o
trabalho mediático de chefs como o Rui Paula
contribuíram para esse interesse crescente
pela gastronomia?
RP: Claro, mas não só o meu trabalho. Há
muitos outros chefs que trabalham no terreno
e de forma consistente, há muito tempo,
e que também contribuíram para essa
democratização que refere. Foi um trabalho
que ajudou a abrir novos restaurantes e a
renovar o interesse das pessoas pela cozinha.
Cx: Como é que se internacionaliza uma
marca como o DOC?
RP: Essa é a parte mais difícil. O DOC é um
restaurante do Douro, mas é internacional.
Muita gente o conhece no estrangeiro.
Como é que isto se consegue? Utilizando
produtos locais, comida com bom sabor,
boas garrafeiras de vinho, equipas que
saibam comunicar com os estrangeiros, que
o chef seja uma pessoa mediática. Ou seja, é
um conjunto muito grande de pressupostos
para se poder internacionalizar uma marca.
A qualidade do produto e do serviço são as
traves-mestras. Depois, há que saber vender
essas características.
Cx: Os clientes que vêm ao DOC sabem que
o que vão comer tem o selo de qualidade do
chef Rui Paula.
RP: Isso é fundamental. Se correr mal,
quem sofre as consequências sou eu. Tenho
vários restaurantes e há logo quem diga que
não posso estar em todos. Isso é colmatado
com uma coisa muito simples: aqui, no
DOC, está a minha mulher, no DOP está o
meu irmão e na Casa de Chá da Boa Nova
estou eu. Neste momento, estamos assim
distribuídos. Evidentemente que eu, como
chef, tenho de ir às cozinhas todas, mas
isto é uma empresa familiar, embora tenha
60 funcionários. Para ter mais do que um
restaurante sem comprometer a qualidade,
temos de nos rodear de boas equipas.
Tenho pessoas comigo há nove anos. Isso
é o segredo. Rodear-se dos melhores e
motivá-los. Não posso estar na Casa de Chá
Print
EMPREENDEDOR
Com três espaços de
restauração associados ao
seu nome, Rui Paula quase
não tem tempo para respirar.
CRIATIVO
LÍDER
APAIXONADO
da Boa Nova a pensar que aqui vai correr
mal. O que me interessa é a consistência do
trabalho.
Cx: Considera fácil ser empreendedor em
Portugal?
RP: Não. Primeiro, um empreendedor não
pode pensar que vai ficar rico. Tem de pagar
ordenados como deve ser, se quer ter boas
equipas. Não posso ter pessoas comigo há
oito anos e pagar-lhes 500 euros. Se quero
marcar a diferença, o custo da manutenção
dos restaurantes é caro, com louças boas,
copos bons, bons produtos.
É difícil...
Cx: Que conselhos dá àqueles que o abordam
e manifestam o desejo de ter um restaurante?
RP: Em primeiro lugar, tem de ter muito
espírito de sacrifício, trabalho, amor
QUEM CORRE
POR GOSTO...
AMBICIOSO
e paixão pelo que faz. Depois, tem de
ter conhecimento e, claro, algum dinheiro.
No início, tive a sorte de ter ajuda,
até porque é quase obrigatório ter parceiros.
Que tipo de parceiros? Algum dinheiro
próprio e a banca.
Ainda agora, para abrir a Casa de Chá
da Boa Nova, pedi 400 mil euros
emprestados. Outro conselho é de
que, quando alguém avança para um
investimento deste tipo, saiba muito bem
o que vai fazer e que tipo de conceito quer
impor. Desengane-se se pensa que vai ser
rico ou ter vida própria.
Cx: Também estende a sua influência a outros
espaços.
RP: Sim, no Recife, Brasil, e em Vidago. Mas
aí funciono como consultor, também sou
assalariado.
A qualidade de tudo o que é
servido no DOC, no DOP e
na Casa de Chá da Boa Nova
exige uma atenção constante.
Daí que tempo livre seja quase
um luxo a que não tem acesso.
O ano de 2014 foi de tal forma
intenso que nem um pequeno
período de férias conseguiu
gozar. Os poucos tempos
de descanso que consegue
reunir são dedicados à família,
designadamente aos filhos.
Por isso, pensa em abrandar,
consolidar o que tem. A tudo
isto junta-se a exposição
mediática da televisão. Já
aceitou fazer mais uma edição
do Masterchef nacional,
cujas gravações arrancam
em janeiro de 2015. E tem
gostado da experiência.
Cx: Já conta com três espaços de restauração.
Este seu projeto ainda tem margem de
crescimento?
RP: Neste momento, vou concentrar-me
nestes três restaurantes. Não vou abrir
mais nenhum exclusivamente meu.
O Boa Nova foi o último. Mas não
digo com isto que não possa vir a ter
restaurantes em todo o mundo. Se houver
algum investidor que me desafie e o projeto
for aliciante, nunca digo que não.
Mas o meu negócio primordial são
estes três.
Cx: Põe, então, a hipótese de ceder a marca,
quase numa lógica de franchise?
RP: Sim. Se quiserem as minhas marcas,
com as minhas condições e a minha
consultadoria, até posso abrir em Londres ou
Nova Iorque.
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
11
t
talento
F I L I P E A LV E S
À boleia do destino
Com o coração dividido entre França, Portugal e Espanha,
Filipe Alves é um cidadão europeu que não conhece fronteiras
e dá prioridade às boas ideias de negócio
Por Ana Rita Lúcio Fotografia João Cupertino
A VIDA É FEITA DE CAMINHOS QUE ora se cruzam, ora se afastam. No caso de Filipe Alves,
quis a sorte que, no início dos anos 70, os rumos dos pais – um português de Celorico
de Basto e uma espanhola de Zamora – se juntassem em França. Ao percurso a dois depressa
se somaram Filipe e a irmã mais velha, nascidos em Paris.
Criados na encruzilhada de três culturas,
o saldo não poderia ser mais positivo.
«Tenho uma cultura tripla e uma tripla
língua materna, já que falo fluentemente
português, espanhol e francês», refere o
nosso convidado. «No dia a dia, e porque
estou lá [em França], é habitual falar francês,
mas, uma vez aqui chegado [a Portugal],
passado meio dia o português já sai mais
nítido», confessa-nos, num português sem
mácula, aqui e ali pontuado por laivos de
sotaque nortenho.
Os indícios da pronúncia não surpreendem.
Em meados da década de 80, o pai
construiu casa em Fafe, com o intuito de
prosseguir com negócios em Portugal, e
não tardou até que a família se mudasse
para a pequena cidade do Vale do Ave,
onde fizeram morada por uma década. Ao
patriarca coube, porém, regressar a Paris e
dar sequência a um projeto empresarial que,
ainda hoje, conduz os destinos da família:
uma empresa de táxis, atualmente com uma
frota de 250 viaturas.
Com o ensino secundário terminado, foi
tempo de Filipe Alves voltar a França.
Apesar de ter tentado a sorte em Portugal,
as «melhores oportunidades» que se
abriam lá fora levaram-no a ingressar numa
universidade parisiense, onde se formou
em Finanças, tendo, mais tarde, concluído
o mestrado em Gestão. «Fui para uma
escola privada, com mais ou menos 20 ou
30 alunos na minha turma, e comecei logo
a fazer amigos. Integrei-me e entendi-me
perfeitamente com toda a gente e, assim,
criei uma nova vida lá», recorda.
12
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
E foi com a mesma naturalidade que, aos
26 anos, Filipe deu os primeiros passos nos
negócios, montando, com a ajuda do pai,
a sua agência imobiliária. Nesse momento
de grande exigência, o empresário assinala
outro parceiro «muito importante»: a CGD,
através da sua Sucursal em França. «O meu
pai já trabalhava com a Caixa, mas foi quando
montei a minha empresa que entrei também
no universo CGD. A minha primeira conta
da agência imobiliária foi na Caixa – aliás,
a primeira e a última, porque, desde 2001,
continua a ser a mesma», salienta.
Nesta relação, onde também cabe a empresa
de táxis, Filipe Alves destaca «a relação com
as pessoas. A confiança que as pessoas nos
dão e as experiências que nos transmitem são
FILIPE REVOLUCIONOU
O MODO DE CHAMAR
UM TÁXI COM A
APLICAÇÃO TAXYZ
muito importantes e, desde a primeira hora,
houve bastante apoio, quer do Dr. Afonso
Galvão, diretor da Agência, na altura, como
do Dr. Hélio Pereira, diretor regional. Quando
comecei, tinha pouca experiência e foram
eles que me ajudaram a conhecer melhor o
mercado imobiliário», ressalva.
Alguns anos mais tarde, o pai desafiou-o
para o auxiliar na empresa de táxis e Filipe
aceitou. «Comecei por dar uma ajudinha e fui
acumulando tarefas, até que, agora, faço parte
Print
UM EUROPEU,
PORTUGUÊS DE
PARIS
Com negócios entre os
dois países, as viagens
entre França e Portugal são
constantes.
«Entre o meu pai e eu,
costumamos vir todos
os meses a Portugal,
normalmente uma semana.»
Neste vaivém constante,
«praticamente não dá para
sentir saudades», admite
Filipe. Ainda assim, faz questão
de manter os laços com a
comunidade portuguesa,
sobretudo através da
Academia do Bacalhau de
Paris, uma associação com
fins solidários, à qual se juntou
há quatro anos. «Sinto-me
tanto francês, como português,
como espanhol, como alemão,
porque sou europeu. Mas sei
que as minhas raízes estão em
Portugal.»
da direção da empresa e assumo boa parte da
gestão, em conjunto com a minha irmã e o
meu pai», adianta.
Ao volante de uma das maiores sociedades
do setor, a Taxyz Compagnie, que conta
com 250 táxis e uma centena de sócios, o
empreendedor não desistiu de lhe apresentar
novos rumos. Depois de lhe mudar o nome,
deixando o batismo familiar, revolucionou
o modo de chamar um táxi com a aplicação
Taxyz, para Apple e Android, disponível na
App Store e em Google Play. Assim, quem em
Paris queira solicitar um táxi, pode fazê-lo
apenas com alguns toques no ecrã de um
smartphone ou tablet. E a prova de que o
futuro da Taxyz Compagnie está lançado
é que estão já em desenvolvimento novas
e aprimoradas versões da aplicação Taxyz,
sendo que a sociedade está a preparar ainda
um aumento de capital e a entrada de novos
investidores.
cgd em frança
A Caixa Geral de Depósitos
encontra-se presente em França
através da sua Sucursal, que conta
com 48 Agências e toda uma
equipa dedicada para apoiar os
seus Clientes e respetivos projetos.
A sua sede está localizada no
número 38 rue de Provence, em
Paris, tendo à disposição o telefone
(33) 1 56 02 56 02 e um formulário
de pedido de contacto no site
www.cgd.fr.
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
13
t
talento
F R A N K A LV A R E Z
Mergulho de sucesso
Nascido em Toronto, filho de pais portugueses, Frank Alvarez
convida-nos a conhecer a Hippotrip e os seus autocarros anfíbios,
Print
DE PORTUGAL
PARA O MUNDO
Uma ideia de sucesso e a
ambição de novos voos
que abrem caminho ora pelas ruas da capital, ora pelo Tejo
Por Ana Rita Lúcio Fotografia Luís Paixão (AFFP)
ANTES DE SABER para onde corre o rio, importa olhar à nascente. No caso de Frank
Alvarez, falamos da atitude empreendedora que recebeu dos pais. «Nasci numa casa onde
tanto a minha mãe como o meu pai eram – e continuam a ser – empreendedores», sublinha
o luso-canadiano, recuando até aos jantares em família, onde ele e a irmã eram chamados a
partilhar a sua opinião.
Foi assim que o jovem viu crescer a vontade
de, um dia, morar na Europa. Um desejo,
porventura, acalentado nos verões passados
em Portugal, País que Frank, embora natural
do Canadá, também sentiu como seu. Ainda
assim, confessa, estava «muito longe de
imaginar» que, já em adulto, passaria a ter
como morada o País dos seus pais.
Na época, ser luso-descendente nem
sempre foi um lugar pacífico. Em Portugal,
«adorava o clima, as pessoas e o País», mas,
quando regressava ao Canadá, o entusiasmo
não era o mesmo: «Depois das aulas na escola
normal, a canadiana, ainda tinha de estudar
três horas numa escola portuguesa», recorda.
Frank afirma, no entanto, nunca ter recusado
as suas raízes. «Pelo contrário», esclarece
categoricamente. «Identifico-me como luso-canadiano e tenho muito orgulho em ser
português e em ser canadiano.»
Neste misto de culturas, o empresário cede
ao pretexto para regressar ao «sonho antigo»
de se mudar para o Velho Continente. «A
mentalidade norte-americana, tanto no Canadá
como nos Estados Unidos, passa muito por
preparar a pessoa para saborear a vida depois
de estar reformada, enquanto a europeia é
muito mais a de viver o momento, aproveitar
cada dia.» Esta diferença serve de mote para
explicar o sonho antigo: «Quando tinha 16
anos, sofri uma lesão grave no pescoço e tive
a sorte de não ficar numa cadeira de rodas.
Desde essa altura que aprendi que cada dia é
um tesouro e que temos de fazer o máximo
para tirar partido dele.»
Não era, porém, em tesouros que Frank
pensava quando, em 2005, completou o MBA
14
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
na prestigiada Universidade de Harvard – antes
frequentara já a Universidade de Brown, em
Providence, e tinha trabalhado em Boston e
Nova Iorque. Contudo, isso não o impediu de
desaguar numa rica ideia, enquanto escrevia o
plano de negócios necessário à conclusão do
curso. Nesse momento, pensou «se voltasse a
Portugal para montar um negócio, que negócio
seria?»
Mergulhando no turismo, o mesmo acabou
por conduzi-lo por um caminho até então
inexplorado. «Cada vez que vinha a Lisboa
com amigos, eles queixavam-se da pouca
oportunidade de conhecer a cidade a partir
do rio.» Com isso em mente, Frank lembrou-se do circuito turístico anfíbio que fazia
com as suas visitas quando vivia em Boston,
«CADA DIA É UM
TESOURO E TEMOS DE
FAZER O MÁXIMO PARA
TIRAR PARTIDO DELE»
reconhecendo que «Lisboa era ideal para isso».
Em 2008, depois de três anos em
Amsterdão, rumou à capital portuguesa.
Na mala, o luso-canadiano carregava
um propósito: fazer zarpar o negócio. A
jornada revelou-se longa, mas isso não
o demoveu. Contra ventos e marés, este
«regresso à tradição da alma dos navegadores
portugueses» ficou operacional em maio de
2013. Desde então, Frank Alvarez e a sua
Frank não põe de lado expandir
o seu raio de ação para outras
cidades e até, eventualmente,
outros países. Uma rota de
sucesso que Frank Alvarez
espera continuar a desbravar ao
lado da CGD, grupo com forte
cariz internacional, presente em
23 países e quatro continentes.
Um parceiro a quem a Hippotrip
confia toda a sua atividade
bancária, cujo acompanhamento
foi excelentemente iniciado pelo
Escritório de Representação
do Canadá. «Ainda somos
uma empresa pequena, mas
temos uma grande ambição,
um grande sonho e procuramos
ter uma relação bancária que
evidencie esse respeito e essa
relação de base. E foi isso que
encontrámos na Caixa.»
Hippotrip guiam os turistas em possantes
autocarros anfíbios ao longo de um trajeto
que parte da Doca de Santo Amaro. Daí, segue
pela Praça do Comércio e pelo Marquês de
Pombal, passando por muitos outros lugares
imperdíveis, como o Jardim da Estrela ou o
Mosteiro dos Jerónimos. Chegado ao Tejo, o
Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém
são algumas das atrações.
«Motivo de orgulho» para os lisboetas, que
continuam a saudar a simpática Lola – assim se
chama o primeiro autocarro. «Lola é o nome
da minha mãe. O nosso segundo veículo
chama-se Chico, em homenagem ao meu pai,
e o terceiro é Alegria, o nome da minha filha
e também da minha esposa – Joy, em inglês.»
E é precisamente a família – nomeadamente o
pai, a mãe e a irmã, que continuam no Canadá
– que mais falta faz a Frank. Mas, em Portugal,
sobra-lhe a predileção pelo «clima espetacular,
as pessoas muito simpáticas, a comida excelente
e o bom convívio», conclui sorrindo.
cgd em toronto
Estima-se que existam mais
de 500 mil portugueses e
lusodescendentes no Canadá,
a grande maioria na região de
Ontário, sobretudo em Toronto.
E para apoiar esta comunidade,
a Caixa conta com um Escritório
de Representação em Toronto, na
425 University Avenue, suite 100,
junto do Consulado de Portugal,
disponível de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 14h00, exceto
às quartas (9h00 às 13h00 e
14h00 às 18h00). Pode, também,
contactar através do (001) 416 260
2839 e do e-mail [email protected].
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
15
d
design & arquitetura
CASAS MODULARES
Construção inteligente
Joana Correia da Silva e João Araújo Sousa criaram habitações
pré-fabricadas que permitem mais de 130 combinações e que respeitam o ambiente
Texto Pedro Guilherme Lopes Renders Joana Silva e João Sousa
QUANDO PENSAMOS no termo «redux», somos
transportados para o universo do cinema e da literatura,
onde surge associado a novas versões, melhoradas e
atualizadas, de algo que já foi feito no passado. Ora, o que
a dupla de arquitetos composta por João Araújo Sousa e
Joana Correia da Silva veio propor é um novo conceito de
habitação, capaz de aliar as técnicas de construção mais
inteligentes a um design excecional.
O meio para consegui-lo é a utilização de módulos
Redux, que, ao invés de outros sistemas modulares,
oferecem a particularidade de poderem adaptar-se às
características do terreno. «Partindo de módulos base,
em conjugação com várias escolhas de revestimento,
desenhamos uma casa à medida dos seus gostos e das
necessidades do cliente», explica João Sousa, que garante a
presença dos arquitetos na instalação da casa.
Mas este projeto, vencedor de uma menção honrosa na
categoria One-Many no concurso internacional Marlegno
Designing the Future 2014, vai mais além e mostra uma
preocupação com o ambiente. «Apresentamos um sistema
de construção sustentável, com a total compreensão do que
16
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
um edifício pré-fabricado deve ser no século XXI. Incluímos
técnicas avançadas de construção em madeira, alta
performance térmica, equilíbrio da luz e ventilação natural,
energia solar fotovoltaica e aproveitamento da água
da chuva», explica o arquiteto. As opções de design e
acabamento são infinitas e cada edifício é o resultado de
uma colaboração genuína com cada cliente, respeitando o
local, especificações do projeto e o orçamento previsto. E é
possível o recurso a diferentes sistemas de construção, quer
seja na estrutura, nos isolamentos ou nos revestimentos.
Aqui, ganha destaque a utilização de materiais como a
madeira, a madeira queimada e a cortiça, a que se juntam
pormenores como o facto da secção superior do telhado
ser invertida, com o objetivo de direcionar a água da chuva
para um recipiente que irá redistribuí-la para os serviços
domésticos e irrigação do jardim.
Entretanto, a dupla de arquitetos foi um dos 16 finalistas
do World Bamboo Design Competition 2014, fruto do
projeto Bamboo Spirit, um pequeno pavilhão que Joana
e João pretendem ver construído para a feira mundial do
bambu, a realizar em setembro, na Coreia do Sul.
AS DIVERSAS TIPOLOGIAS
1F3
Área útil = 99 m2
3 módulos, 1 ou 2 quartos
2F4
Área útil = 118 m2
4 módulos, 2 ou 3 quartos
2F6
Área útil = 197 m2
6 módulos, 4 quartos
3 COURTS
Área útil = 104 m2
3 + 1/2 módulos, 1 ou 2 quartos
JAGGED
Área útil = 134 m2
4 +1/2 módulos, 2 ou 3 quartos
COMPACT
Área útil = 108 m2
3 + 1/2 módulos, 1 ou 2 quartos
2F5
Área útil = 163 m2
5 módulos, 3 quartos
4 COURTS
Área útil = 134 m2
4 +1/2 módulos, 2 ou 3 quartos
COMPACT 2 ANDARES
Área útil = 216 m2
6 + 2 x 1/2 módulos, 3 ou 5 quartos
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
17
d
design & arquitetura
WICLA
Triciclos há muitos,
mas nenhum como este
Um grupo de professores e de alunos do Instituto Politécnico
de Viana do Castelo criou um triciclo urbano feito de madeira e de cortiça
e com um motor elétrico. Chama-se Wicla e abre um sem-fim
de possibilidades para fins turísticos
Texto Miguel Judas Fotografia Joana Ferreira
SE HÁ PROJETOS que nascem quase sem
darmos por isso, a Wicla é um deles. Com
a bicicleta a transformar-se, cada vez mais,
numa alternativa ao automóvel, como um
meio de transporte ecológico, saudável e bem
mais económico, um grupo de alunos do
mestrado em Design Integrado, do Instituto
Politécnico de Viana do Castelo, foi desafiado
a desenvolver um serviço de mobilidade
urbana alternativa. Em resposta, criaram um
imaginativo protótipo, batizado de Wicla,
com motorização elétrica e construído com
materiais bem portugueses, como a cortiça e a
madeira.
Com apenas 38 quilos de peso, a Wicla
apresenta-se ao mundo como «um triciclo
urbano sustentável e alternativo à clássica
bicicleta». E a opção pelas três rodas tamanho
24, ao invés das duas tradicionais, também não
foi obra do acaso, pois visa facilitar a condução
18
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
do veículo através do aumento da segurança
e da estabilidade. Até mesmo quem não sabe
andar de bicicleta está convidado a sentar-se
na Wicla, permitindo que esta «tricicleta» seja
transversal a um enorme número de grupos
populacionais e de faixas etárias.
Os primeiros protótipos, que já rodam por
aí, foram produzidos por empresas de Viana
do Castelo, que até então pouco ou nada
tinham a ver com o ciclismo, e contou com
o apoio do Grupo Amorim, que forneceu a
cortiça para os selins. Já para a construção do
quadro, o material escolhido foi a madeira. A
escolha prendeu-se com questões ambientais,
mas, também, com questões estéticas, uma
vez que serve para ocultar os fios e baterias
do motor elétrico. A colocação das baterias
na zona do guiador foi, aliás, o desafio mais
complicado de todo o processo de conceção
e construção da Wicla – devido à dimensão
do motor elétrico, foram necessários alguns
ajustes ao quadro, que acabaram por prolongar
os trabalhos por mais algum tempo. No final,
este veículo de três rodas, que complementa
os materiais utilizados com uma quantidade
reduzida de borracha e de alumínio, apresenta
a capacidade de, em situações de dificuldade,
utilizar a motorização elétrica e acionar a
pedalada assistida.
Para apadrinhar o projeto, que demorou
seis meses a concretizar, foi convidado o
ciclista Rui Sousa, profissional da equipa do
Boavista, que já experimentou e aprovou o
inovador triciclo. O passo seguinte passa agora
por patentear a Wicla, se bem que a produção
em massa e a comercialização do veículo
ainda não sejam, para já, uma prioridade
para este grupo de alunos e de professores.
Certo é que a Wicla já despertou a atenção da
comunidade ciclista internacional, merecendo,
até, um artigo na prestigiada revista italiana
Urbancycling. O próximo passo é trazê-la para
as ruas de Portugal, concretizando assim
o sonho inicial dos alunos de fazer da Wicla
«um veículo para ser partilhado pelos
cidadãos», num conceito de bike sharing
que abre um sem-fim de possibilidades para
fins turísticos.
A madeira e a cortiça tornam a Wicla um projeto
sustentável, movido por um motor elétrico
Oferta Global
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É por isso que, para milhões de portugueses, a Caixa é mais do que um Banco: é um Banco para a vida.
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20-01-2015
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automóveis
SMART FORTWO EDITION#1
Pequena revolução
A terceira geração do smart invadiu as cidades,
com um vasto leque de novidades.
Nada ficará como antes
Por Luís Inácio
E, À TERCEIRA GERAÇÃO, a gama
smart entra definitivamente num novo
período, não ficando praticamente nada como
antes. A génese do modelo original mantém-se e a forma não se alterou, mas pode
dizer-se que se tratou, à escala smart, de uma
pequena revolução.
Sendo a cidade o seu habitat natural, foi,
precisamente, em ambiente citadino que
percorremos a maioria dos quilómetros
com o fortwo edition#1. E, se a experiência
anterior já era bastante positiva, o novo
smart acrescenta-lhe, por exemplo, um
raio de viragem que é uma nova referência.
O smart fortwo consegue, agora, virar
em apenas 6,5 m de passeio a passeio,
permitindo ganhos significativos em
manobras de estacionamento. O seu reduzido
comprimento – 2,69 m – faz o resto.
Por outro lado, a resposta do motor consegue
também surpreender, enquanto a caixa
manual de cinco velocidades – em estreia
– ajuda a convencer alguns céticos da caixa
automática. E, já que falamos nisso, vem aí, já
no início de 2015, uma nova caixa automática
com dupla embraiagem, que promete abolir
de vez os solavancos das passagens de
caixa, um dos aspetos menos positivos na
transmissão automática da geração anterior.
Se é daqueles que constantemente põem em
causa a segurança deste pequeno automóvel,
registe que a estrutura foi reforçada, contando
com maiores zonas de absorção de impacto.
E o novo assistente de ventos laterais é
equipamento standard.
Com um preço desde 12 500 euros e novos
argumentos, o pequeno smart volta a reforçar
a sua posição de suprassumo citadino.
Continua a ser divertido de conduzir e, agora,
ainda mais fácil de estacionar.
CONCENTRADO
DE NOVIDADES
O formato mantém-se, mas
não se deixe enganar. A
terceira geração do smart
fortwo introduz, pelo menos,
três importantes alterações.
Estética. Tudo é novo,
destacando-se uma frente
com um capot mais elevado.
Motor. Estarão
disponíveis três. Nesta
primeira fase, apenas dois
propulsores a gasolina de três
cilindros, um com 71 cv e outro
com 90 cv. Não existirá motor
a diesel.
Caixa. Agora há duas
opções de transmissão:
uma delas manual, com cinco
velocidades. No início de 2015,
estará, também, disponível
uma transmissão automática
twinamic de seis velocidades,
com dupla embraiagem.
1.
2.
3.
Fotos: Daimler AG
compacto Um pequeno
grande carro, com novos
argumentos
20
Cx
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Verão ilimitado
Já a piscar o olho aos dias mais quentes,
antecipamos o lançamento de uma
fragrância em edição limitada da casa
libanesa de alta costura Elie Saab. Le Parfum
chega já em fevereiro, numa edição Resort
Collection, que é um convite a desbravar os
oceanos. O novo frasco, azul, é o passaporte
para uma eau de toilette floral disponível em
50 ml e 90 ml.
EL PRIMERO LIGHTWEIGHT
GLORIE
El Primero prémio
Venceu o prémio para Melhor Relógio
Desportivo do Ano, atribuído pelo
júri do Grande Prémio de Relojoaria
de Genebra, e percebe-se porquê.
Com calibre em titânio e silício e caixa
ultradesportiva em carbono, com 45
mm, o El Primero Lightweight já é uma
peça emblemática da Zenith, ideal
para celebrar o 150.o aniversário da
manufatura.
Para um esqui de topo
A Moncler é conhecida, sobretudo, pela roupa
destinada a enfrentar a neve e/ou dedicada
ao esqui e ao aprés-ski. O casaco Glorie, para
ela, é uma das peças da coleção outono/
inverno 2014-2015 da marca italiana, que,
recentemente, adicionou uma loja ao diretório
– no n.º 171 do icónico Boulevard Saint-Germain, em Paris.
SS15 LUÍS ONOFRE
Tendências no pé
iPHONE 6 PLUS
Outra dimensão
A Apple bem o desmentiu – e por diversas
vezes –, mas acabou por ceder à tendência
do momento e lançou um phablet. Com 5,5
polegadas, o iPhone 6 Plus permite fazer
tudo em grande e, para lá das características
do iPhone 6, recorre a um estabilizador
de imagem próprio para evitar imagens
tremidas e apresenta uma autonomia
otimizada.
Ainda estamos em janeiro, mas esta
é já uma primeira amostra da coleção
feminina que se vai usar no pé,
na próxima estação primavera/
verão. As propostas de Luís
Onofre remetem para paragens
longínquas, sugerindo
ligações ao
Oriente. Entre
as diversas
sugestões,
encontramos
saltos rasos
com tiras no
dedo e as cores
azul, nude e pêssego.
Os pormenores e a riqueza
dos materiais fazem a diferença.
Usufrua das vantagens que o cartão de crédito Caixa Gold (1) proporciona. Além de poder aderir à função de arredondamento e poupar sempre que o
utiliza em compras, este cartão tem associado benefícios em vários parceiros e um completo pacote de seguros. Saiba mais em www.cgd.pt.
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22
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Fotos: Laura Mendelin (Loja Aqruitectos); Kristian Sekulic/Getty Images (crianças); D. R. (CPS)
O Centro Português de Serigrafia
(CPS) é a instituição portuguesa
com a mais vasta atividade
editorial no campo da obra
gráfica original. Realiza edições
de arte contemporânea, nas
técnicas da serigrafia, gravura,
litografia, fotografia e arte digital,
tendo editado mais de 2 000
obras, de cerca de 600 artistas,
incluindo os portugueses
Cargaleiro, Cesariny, Maluda,
Nadir Afonso, Pomar ou
Resende. Desde 1985, são já
mais de 12 mil sócios e você pode
ser mais um. Se assim desejar,
saiba que o CPS compromete-se
a oferecer aos titulares de alguns
dos cartões da CGD a isenção
do valor de inscrição como sócio
(59 euros), além de uma obra
de arte de valor até 395 euros
à escolha entre as edições de
subscrição. Em alternativa a
estas vantagens, pode beneficiar
de 20% de desconto nas edições
de subscrição exclusivas do CPS.
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forma devidamente planeada e acompanhada.
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Arquitectos compromete-se a oferecer aos titulares
de alguns dos cartões da CGD 15% de desconto
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LARDOCELAR
Serviços de transporte
A solução para os seus passeios, deslocações
e até para levar as crianças à escola
O LARDOCELAR estabeleceu uma parceria
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disponibilizando, assim, um completo serviço
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trabalho, gestão do dia a dia ou lazer, saiba
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soluções práticas de transporte e de fácil
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O LardoceLar e o Carrinho de Esferas
disponibilizam serviços de transporte para
grupos, a pretexto do aniversário dos seus
filhos, para passeios em família ou para
casamentos,
batizados e outro
tipo de festas
familiares. Ou
mesmo para
situações mais
rotineiras, como
as idas e vindas da
escola, as atividades
extracurriculares
ou deslocações
ao médico ou fisioterapia. Pode, também,
contar com os serviços do LardoceLar e da
Shuttle Aeroporto de Lisboa para as suas
necessidades de cariz profissional ou até de
lazer, nomeadamente para as deslocações de e
para o Aeroporto da Portela.
Esta é, portanto, uma oferta de serviços
abrangente, que pode requisitar de forma
simples e totalmente cómoda, por telefone,
através do número direto 21 315 18 19, ou
pelo e-mail [email protected]. O
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50 por cento da
inscrição anual aos
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PARA O CORPO E MENTE
Localizado entre a natureza e a cidade, o AgraClub-Fitness Center dispõem de condições
excecionais para a prática de atividade física. Ali encontrará a sua modalidade, seja natação,
hidroginástica, pilates ou musculação, seja localizada, cardio-fitness, ioga ou até mesmo
danças de salão e artes marciais. Para isso, conta com quatro estúdios para aulas coletivas,
uma sala de cardio-fitness e musculação, piscina, sala de squash, sauna, jacuzzi, entre
muitas outras valências. O AgraClub-Fitness Center compromete-se a oferecer aos titulares
dos cartões da CGD a joia de inscrição, bem como entre 10 e 20 por cento de desconto nos
cartões Low Cost, Hora de Almoço e Juvenil. Além disso, pode, ainda, aceder a vários cartões
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Cx
a rev i s ta d a ca i xa
23
g
gourmet
E L LG
Doce tentação
São tabletes; são biscoitos. São trufas, bolos ou
compotas. Em comum, o chocolate. E a incrível
tentação, seja em branco ou negro, em doce ou
amargo, sob mil e uma interpretações possíveis
deste produto eclético e imprevisível, com o qual se
combinam os mais diversos ingredientes e especiarias.
Para isso, a ELLG-Gourmet alia, «com a precisão de
joalheiro», a paixão, a prática e a perseverança, na
busca da melhor qualidade de chocolate, assente em
produtos de fabrico artesanal e de produção nacional.
O resultado são sabores surpreendentes, que seduzem
quem os prova e que provocam aqueles que ainda não
tiveram o prazer. Um bombom de alperce e outro de
morango; uma trufa de saké e outra de aguardente de
ameixa. Mais um caracol de chocolate e ainda ficamos
tentados em adorná-lo com um pouco de doce de pera
e gengibre. Algo nos diz que será demais… E são por
demais, de facto, os tesouros da ELLG-Gourmet. E
ainda nos propõem chocolates em caixas e caixinhas,
cabazes e coleções, próprios para oferta ou só para
levar para casa… E a tentação é, certamente, grande.
CONTACTOS
Morada
Av. Óscar Monteiro
Torres, 61 - A
Lisboa
Telefone
217 820 095
Site
www.ellg-gourmet.pt
L U Í S P AT O
Corria o ano de 1970 quando João Pato se tornou no
primeiro produtor-engarrafador na região da Bairrada.
Para trás, toda uma tradição familiar de produção
vinícola na Quinta do Ribeirinho, pelo menos até
ao século XVIII. Hoje, são já 65 hectares de vinhas
exclusivamente de castas portuguesas e é o filho, Luís
Pato, que dá a cara pela Quinta. «Criar vinhos para nós
não é só uma paixão, é também um prazer», refere.
E é, precisamente, na adega, em Amoreira da
Gândara, que se podem, mediante marcação, provar
as novidades vínicas ou relíquias já fora de circulação
comercial. Entre brancos, tintos, espumantes e vinhos
doces, a oferta é variada e de difícil decisão, mas
o Pato Rebel – um tinto de 2010, com um design
arrojado – será, certamente, um bom ponto de
partida. Para que a proposta fique completa, pode
ainda dar aso aos prazeres da gula em fantásticos
almoços regionais, com leitão à Bairrada, obviamente.
E, uma a duas vezes por ano, são promovidos
Almoços com Assinatura, onde os vinhos Luís
Pato acompanham a sugestão gastronómica de um
reconhecido chef nacional.
24
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
CONTACTOS
Morada
R. da Quinta Nova
Amoreira da Gândara
Anadia
E-mail
[email protected]
Telefone
231 596 432
Descontos
10% em vinhos, visitas
Site
www.luispato.com
e almoços aos
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cartões CGD. Saiba
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Foto: D. R. (Luís Pato); Paulo Andrade (ELLG)
Vinhos com história
p
prazeres
A delícia de...
Leonor de
Sousa Bastos
PARA CERCA
DE 12 UNIDADES:
Maçapão:
> 75 g de açúcar em pó
> 125 g de miolo de
amêndoa crua e pelada
> 1 colher de sopa de
licor de amêndoa ou
água
Bolachas:
> 100 g de manteiga
amolecida
> 120 g de açúcar
> 1 ovo
> Uma pitada de sal
> 180 g de farinha de
trigo T55
> Cerca de 200 g de
maçapão
BOLACHAS COM PEDAÇOS
D E M AÇ A PÃO
TAYLOR´S
TAWNY 10 ANOS
Crocante tentação
Para um final de refeição
de amêndoas, nozes e
chocolate
Num robô de cozinha, triturar a amêndoa até que fique uma pasta.
Adicionar o açúcar em pó e o licor ou água, sem parar de triturar,
até que se forme uma massa.
Embrulhar a massa de amêndoas em película aderente e refrigerar.
Pré-aquecer o forno a 180ºC.
Forrar um tabuleiro de forno com uma folha de papel vegetal.
Numa taça, bater a manteiga com o açúcar até que fique cremosa.
Adicionar o ovo e bater bem.
Juntar o sal e a farinha e mexer, apenas, até que fique uma massa
homogénea.
Cortar o maçapão em quadradinhos e acrescentar à massa,
envolvendo bem.
Colocar 12 colheradas de massa no tabuleiro, ligeiramente espaçadas
entre si.
Cozer durante cerca de 12 minutos ou até que estejam levemente
douradas.
Retirar do forno e deixar arrefecer sobre uma grade de pastelaria.
Conservam-se num recipiente hermético durante cerca de uma semana.
Anti-stress
Passada a época festiva, a
maioria entra no novo ano em
regime forçado, mas, depois
de uma semana de contenção,
poucas são as almas que já
não anseiam por uma boa dose
de açúcar. Para não stressar
o corpo ou para aproveitar
eventuais sobras de amêndoas
ou maçapão, tudo é uma boa
desculpa para experimentar
estas bolachas.
Vinho complexo, com
aromas onde ainda se
sentem algumas notas
de fruta silvestre madura,
combinadas com a
madeira de carvalho, frutos
secos, algum chocolate e
caramelo. Na boca, é macio
e envolvente, com um final
longo, onde se salientam
os aromas de frutos
secos e alguma madeira.
Ligeiramente refrescado, é
um bom companheiro de
final de dia, na companhia
de frutos secos e algum
tempo de conversa. É,
também, um bom remate
de refeição, em parceria
com sobremesas que
incluam chocolate e
nozes ou amêndoas, por
exemplo. O Taylor’s 10
anos é um Porto de lote. Na
sua composição entram
vinhos tintos selecionados
de colheitas diferentes e
idade média de dez anos.
Envelhecem nas caves
de Gaia da empresa, em
cascos de carvalho, e vão
perdendo a sua cor inicial
e ganhando a tonalidade
amarelo-acastanhada
(tawny, em inglês) que
designa este tipo de Vinho
do Porto.
José Miguel Dentinho
Na composição
deste Porto de
lote, entram
vinhos tintos
selecionados
de colheitas
diferentes e
idade média de
10 anos
Nota: Ninguém pode resistir à massa suave, às bordas levemente crocantes ou à elasticidade dos pedaços de maçapão.
O seu sabor rico e delicado torna-as nas bolachas perfeitas para uma chávena de chá em boa companhia.
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
25
e
26
entrevista
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
JOSÉ
EDUARDO AGUALUSA
O elogio
das origens
São a história de Angola e os assuntos
angolanos que interessam a Agualusa, o escritor
angolano que, com 18 anos, veio para Lisboa estudar Agronomia,
Silvicultura e depois Jornalismo. Está, neste momento, a escrever um novo livro
sobre Angola, mas, avisa, não é um romance histórico. E mais, «ainda é muito
cedo para dizer», sublinhou, entre prateleiras de livros e decoração colorida
e cuidada, na sua casa em Lisboa, onde a Cx o entrevistou
Texto Maria João Alexandre Fotografia João Cupertino
DESDE HÁ MUITO que José Eduardo Agualusa tem a maturar na sua mente a
história da rainha Ginga (1582-1663), soberana que reinou na região onde hoje
está Angola e que lutou, durante 30 anos, contra o poder colonial português.
É esta figura da história africana que serve de tema à sua mais recente obra,
A Rainha Ginga. E de Como os Africanos Inventaram o Mundo.
Acredita que, no futuro, os leitores no Brasil irão crescer e que este país lusófono
será fundamental para quem escreve em português. Em entrevista ao Diário de
Notícias de 31 de agosto de 2014, defende que muito se tem feito. «Os últimos
governos brasileiros têm feito um grande esforço no sentido de levar o livro
ao leitor», acrescentando que o Brasil é o maior comprador de livros para
bibliotecas públicas. «O mercado brasileiro vai continuar a crescer», antevê. Com
o fenómeno da lusofonia a nível literário, alguns escritores foram sendo bem
integrados em Portugal, reconhece, dando como exemplo Mia Couto e Ondjaki
por terem, como diz, um público grande em Portugal.
O escritor, que já viu os seus livros serem traduzidos em 25 idiomas, nasceu
no Huambo, em Angola, e é filho de pais portugueses com raízes brasileiras. O
nome Agualusa vem do lado da mãe e significa mar iluminado.
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
27
e
entrevista
Cx: É um nome muito bonito. Podia ser o seu nome artístico…
José Eduardo Agualusa: Nunca lá chegaria…
Cx: O que significa?
JEA: É um nome que deve ter começado por ser uma alcunha de
marinheiro. A imagem que transmite é de um mar muito calmo, de
água com luz, quando o mar está iluminado. No Brasil, numa região
de pescadores, existem muitas pessoas com o nome Agualusa.
Cx: Agualusa é o nome de sua mãe…
JEA: Sim. A minha mãe tem muita família no Brasil.
Cx: Vai mudar-se para Luanda?
JEA: Quero passar mais tempo em Luanda.
Cx: Entre Portugal, Angola e Brasil, qual é a sua residência habitual?
JEA: Quero estar mais tempo com a minha filha, em Luanda. Tenho
uma filha pequena, de dez anos, que está com a mãe.
«PARA CRIAR ESCRITORES
É PRECISO CRIAR GERAÇÕES
DE LEITORES, O QUE AINDA
NÃO FOI FEITO EM ANGOLA
E MOÇAMBIQUE»
Cx: E o seu filho mais velho?
JEA: Está em Inglaterra a estudar e tem 17 anos. Quer fazer algo
entre fotografia e cinema…
Cx: Na sua juventude, o que o trouxe a Lisboa para estudar
Agronomia e Silvicultura?
JEA: Sempre quis fazer Agronomia ou Veterinária, gostava. Quando
vim estudar tinha 18 anos e estava sozinho, aluguei um quarto.
Cx: Pensava voltar para Angola e poder exercer uma profissão nessa
área?
JEA: Tinha ideia de trabalhar mais ligado à Natureza.
Cx: Essa fase da sua vida, em Lisboa, como a recorda?
JEA: Se fosse hoje, teria estudado História, teria sido mais útil, mas,
na altura, também não sabia.
Cx: Foi uma desilusão?
JEA: Não. Conheci pessoas, fiz amigos, comecei a escrever. Criei
uma revista literária com estudantes africanos.
Cx: Já escrevia antes de vir para Lisboa?
28
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
JEA: Com a intenção de publicar comecei nessa altura.
Cx: Qual foi a primeira coisa que escreveu que o fez sentir que era
mesmo aquilo que queria?
JEA: Comecei, como toda a gente, a escrever poesia, depois contos,
publiquei no Diário de Notícias Jovem…
Cx: E como foi a descoberta da paixão pela escrita?
JEA: Não sabia que um dia iria viver da escrita. Não foi nada criado
intencionalmente. Fui escrevendo. Gostava de escrever, aconteceu,
foi acontecendo.
Cx: Completou o curso?
JEA: Fiz Agronomia, depois Silvicultura e a seguir Jornalismo.
Cx: Mas acha que deveria ter feito História… De onde vem essa
fixação pelo estudo do passado?
JEA: O meu primeiro romance foi histórico. Sempre estive ligado à
História. Ajuda a entender melhor o momento presente.
Cx: Disse à imprensa que os angolanos vivem muito no presente e não
têm memória do passado.
JEA: Em Angola, faltam estruturas de preservação do passado, e é
um País muito jovem. Num país muito jovem, existe uma visão mais
positiva. E, de facto, em Angola, a maior parte das pessoas são jovens
e muito otimistas. Mas, como são jovens, não têm muita memória do
passado. Contudo, Angola atravessou períodos de grande drama.
Cx: Como vê o momento económico atual em Angola? «Capitalismo
enlouquecido» é uma expressão sua…
JEA: Em Angola, saímos do marxismo e não guardámos nada
de bom desse regime. Acabámos por ficar com os aspetos mais
negativos do marxismo e do capitalismo. Temos um crescimento
urbanístico desordenado e sem regras, que não respeita as condições
da cidade.
Cx: Preocupa-o mais os regimes do que os valores e integridade das
pessoas?
JEA: São os regimes que puxam pelo lado melhor ou pior das
pessoas. Uma democracia desenvolvida pode puxar pelo lado melhor
das pessoas….
Cx: Viveu um ano na Alemanha, com uma bolsa de criação literária.
Como foi essa experiência?
JEA: Fui escrever. A minha experiência foi enquanto escritor. A bolsa
da Alemanha tem condições muito boas, os escritores têm bons
apartamentos, fiz muitas leituras nesse período.
Cx: Como era o seu dia?
JEA: Não saía muito. Levei a minha família. Estava com outros
escritores na mesma residência, na mesma casa. Fazia uma vida
normal, como faço em Lisboa. Não é uma vida muito diferente. A
diferença é mesmo o tempo. É mais frio e mais escuro. Trabalhava
mais, saía menos de casa.
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
29
e
entrevista
Cx: Em termos culturais, as diferenças são enormes entre Angola e
Alemanha… Isso é algo que lhe interessa?
JEA: Não acho que haja tantas diferenças. As pessoas são as mesmas
em todo o lado. A minha vida é escrever.
Cx: É uma vida fechada, numa espécie de retiro, ou convive e inspira-se nas pessoas à sua volta?
JEA: Escrever é uma atividade muito solitária.
Cx: O que escreveu na Alemanha seria igual se estivesse a escrever em
Angola?
JEA: Não sei, eu estou a escrever sobre assuntos que não têm a
ver com aquele lugar específico. É natural que os livros sejam
influenciados pela luz e pelo ambiente. O que se passa ao nosso
redor não é tão importante…
Cx: Diz que, enquanto escritor, é possuído pelas personagens que
cria… Como tudo acontece?
JEA: Quando começo, não sei o que vai acontecer… Os
personagens, à medida que ganham vida e se desenvolvem,
arrastam-nos com eles. Temos, entretanto, de aprender alguma coisa
sobre esses caminhos. Para mim, o segredo está em não forçar um
determinado caminho…
Cx: Quando diz «aprender», refere-se à pesquisa que faz ao longo do
processo de escrita?
JEA: Todos os livros exigem pesquisa, nenhum livro parte
inteiramente de dentro de nós. Os romances históricos exigem uma
pesquisa particular. Um livro tem atrás de si muitos outros livros.
Cx: É um trabalho de jornalista…
JEA: Um romance histórico apoia-se na realidade, há factos reais que
podem estar documentados. A partir dessas histórias, a ficção vai
surgindo. Com os outros romances também é um pouco assim.
Cx: Há um lado misterioso no ato de escrever?
JEA: Sim, há um lado que não tem explicação…
Cx: É uma pessoa crente em Deus?
JEA: Sou totalmente cético.
Cx: Então como explica o milagre que acontece quando escreve?
JEA: Os milagres estão dentro de nós. A ciência vai explicando os
mistérios da vida.
Cx: Não se questiona de onde vêm esses insights?
JEA: Vêm de dentro de nós. Vem tudo de dentro de nós.
Cx: O que sente quando está preparado para escrever? Como foi no
caso do seu último romance?
JEA: Sentei-me para escrever. Estava a escrever outro livro, mas
deixei-o em stand by para começar A Rainha Ginga. E, quando me
sentei para escrever, eu já tinha dentro de mim a história.
30
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
Cx: O seu mundo é a cultura angolana…
JEA: O meu mundo são todas as culturas.
Cx: Tem uma fixação pela História angolana?
JEA: É o meio dentro do qual me movimento.
Cx: Podia escrever sobre a cultura alemã?
JEA: Não tenho o à-vontade e o conhecimento. Os assuntos
angolanos são os que mais me interessam e que quero ver discutidos.
Cx: Sente-se angolano na sua forma de estar e de ser?
JEA: Sim.
Cx: A que horas do dia escreve?
JEA: Escrevo quando posso escrever. De manhã e à noite. Mas
escrevo mais de manhã.
«QUANDO COMEÇO, NÃO SEI
O QUE VAI ACONTECER... OS
PERSONAGENS, À MEDIDA QUE
GANHAM VIDA E SE DESENVOLVEM,
ARRASTAM-NOS COM ELES.
TEMOS, ENTRETANTO, DE
APRENDER ALGUMA COISA SOBRE
ESSES CAMINHOS.»
Cx: Gosta mais de acordar em Lisboa ou em Luanda?
JEA: Tanto faz. Desde que acorde bem-disposto e bem
acompanhado.
Cx: Neste momento está a escrever?
JEA: Neste momento estou a dar uma entrevista. Ainda é muito cedo
para dizer sobre o que estou a escrever. É também sobre Angola e
não é um romance histórico.
Cx: Como se vê daqui a dez anos?
JEA: Posso estar a fazer outras coisas, mas, enquanto tiver histórias
para contar e as pessoas quiserem continuar a ler essas histórias,
continuarei a escrever.
Cx: Tem uma editora chamada Língua Geral, no Brasil?
JEA: Não, não tenho. Ajudei a fundar essa editora, mas apenas isso.
Nunca ganhei um tostão. Apenas ajudei a organizar.
Cx: E se pudesse aconselhar os escritores angolanos e moçambicanos
que publicam em Portugal, o que lhes diria para poderem vender mais
e estar mais traduzidos?
JEA: Que escrevam, que leiam. Que escrevam melhor. Depende do
que escrevem, como escrevem…
anos? Para criar escritores é preciso criar gerações de leitores, o que
ainda não foi feito em Angola e Moçambique. Ao contrário do Brasil,
que tem investido muito em levar o livro aos leitores. É provável
que, em Angola, surjam escritores que estudaram fora e tiveram
acesso ao livro.
Cx: Depende menos da parte comercial, da força da promoção, e mais
da qualidade?
JEA: Acho que é a qualidade. Há autores que não têm qualidade
e vendem. Há autores que vendem e, ao mesmo tempo, têm uma
carreira literária internacional e recebem prémios internacionais – e
aí têm de ter qualidade.
Cx: «O maior risco é perder a paixão», disse, há algum tempo, numa
entrevista…
JEA: Não penso nisso. Quando não tiver mais histórias para contar,
vou fazer outras coisas.
Cx: Falta investimento na cultura e na educação?
JEA: Em Angola, só teremos mais escritores depois de se investir na
educação. Quando a prioridade for a cultura e a educação, haverá
retorno. São precisos muitos anos para formar um escritor: 20-30
Cx: O quê, por exemplo?
JEA: Fotografia, imagem…
Cx: A próxima viagem é para onde?
JEA: Angola, no final do ano [2014]. E para o ano [2015], conto
passar mais tempo no Brasil…
Cx
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31
h
história de capa
LUSOFONIA
A vocação
lusófona
de Portugal
Portugal tem um papel central no espaço
da lusofonia e é visto, por investidores internacionais,
como uma porta de entrada para o vasto mercado dos países onde se fala
português. A língua de Camões é um património comum a mais
de 250 milhões de falantes nativos e pesa 17 por cento no PIB de Portugal
Por Maria João Alexandre
32
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
33
Foto: Danita Delimont/Getty Images
h
história de capa
futuro de Portugal passa pelo
espaço onde se fala português.
A nossa vocação atlântica, uma
ideia que não é de hoje, parece
fazer cada vez mais sentido
como desígnio nacional.
Há quatro anos, já o falecido economista
Ernâni Lopes escrevia sobre a importância
da lusofonia, na obra A Questão Estratégica
Fundamental da Lusofonia, onde abordava a
articulação entre Portugal, Europa, África e
Brasil. «A vocação atlântica do nosso País
pode ser vista como o resultado do carácter
identitário do mar», antevia o professor Ernâni
Lopes, que também ficará na memória dos
portugueses pelo seu legado no âmbito do
potencial económico da economia do mar.
Na sua visão, a lusofonia assentaria na
projeção de Portugal à escala do mundo,
como uma comunidade de múltiplos países,
policêntrica, multirracial, multicultural
e completamente livre. «Este é o grande
desafio da lusofonia», afirmou convicto
o economista, em 2010, à revista Cx. «A
lusofonia e o mar não são questões do
passado, mas do futuro.» Como podemos
aproveitar o desígnio da lusofonia,
perguntámos a Ernâni Lopes. Em primeiro
lugar, respondia, há que recuperar a noção,
na população e nos responsáveis, de que
Portugal é, antes de mais, um país atlântico.
Em segundo lugar, difundindo uma imagem.
«Para Portugal, a vocação atlântica é o
resultado do caráter identitário do mar. Em
termos históricos, a vocação atlântica está no
Atlântico Médio um espaço enorme que fala
português. A vocação atlântica nasce aqui.»
O
Oportunidades económicas
Hoje, passados quatro anos, o futuro está em
aberto. «São inúmeras as oportunidades de
negócios e de investimentos entre Angola,
Brasil, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé
e Príncipe, Timor-Leste e Portugal», defende
Miguel Frasquilho, presidente da AICEP, a
agência que se dedica à internacionalização
ANGOLA tem sido um dos
principais países no âmbito da
internacionalização da economia
portuguesa e da captação
de investimento estrangeiro
34
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
da economia portuguesa e captação de
investimento estrangeiro. Na conferência
Internacionalização das Economias, que teve
lugar no Centro de Congressos de Lisboa,
em junho de 2014, o responsável evidenciou
a dimensão do mercado da Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e
as crescentes oportunidades que existem
no mundo da lusofonia. Um espaço onde
assistimos à emergência de uma classe média
com poder de compra e onde abundam
recursos naturais, como o gás e o petróleo. Só
o Brasil, Angola e Moçambique representam,
por exemplo, mais de 50 por cento das
descobertas petrolíferas dos últimos anos.
Mas não falamos só de petróleo e de
recursos naturais. Criada em 17 de julho
de 1996, a CPLP pretende afirmar-se como
um «fórum multilateral privilegiado para
o aprofundamento da amizade mútua e
da cooperação entre os seus membros»,
apresentando um potencial longe de
esgotado. Se, inicialmente, tinha como
objetivo reaproximar países através de uma
língua e cultura comuns, hoje, a CPLP
procura, também, ganhar uma dimensão
económica de nível superior.
CRIADA EM 17 DE JULHO
DE 1996, A COMUNIDADE
DOS PAÍSES DE LÍNGUA
PORTUGUESA OFERECE
UM POTENCIAL QUE
ESTÁ LONGE DE ESTAR
ESGOTADO
Foto: Miguel Costa Photography/Getty Images
De facto, os fluxos de investimento direto
estrangeiro dirigidos aos países da CPLP têm
sido intensos, registando, entre 2009 e 2013,
uma taxa de crescimento médio anual de
cerca de 9 por cento. Para termos uma ideia
mais concreta do poder deste mercado, os
dados da AICEP mostram que o comércio
e as exportações no seio da CPLP quase
duplicaram, entre 2008 e 2012. Olhando para
as exportações das empresas portuguesas para
os países da CPLP, estas registaram uma taxa
de crescimento médio anual de mais de 11
por cento entre 2009 e 2013, tendo passando
de 2,9 mil milhões de euros para cerca de
4,5 mil milhões de euros, respetivamente.
No ano passado, em termos globais, os países
da CPLP foram o destino de cerca de 10 por
cento das exportações portuguesas e a origem
de cerca de 6 por cento das importações.
Ao nível do investimento direto estrangeiro
(IDE), os países da CPLP têm-se evidenciado:
entre 2008 e 2012, este investimento registou
uma taxa de crescimento médio anual de
cerca de 9 por cento, um aumento de 40
por cento em valor. Torna-se, assim, claro
que os investidores mundiais estão a olhar
para as potencialidades desta comunidade de
países. Mas também o investimento direto
acumulado de Portugal nos países da CPLP
tem vindo a crescer desde 2008. Todos
conhecemos casos de empresas e de grupos
económicos portugueses que estabelecem
parcerias e investem na internacionalização
das suas atividades para estes países. Histórias
de sucesso que se encontram nos mais
variados setores: têxteis, bebidas, construção,
maquinaria e consultoria, por exemplo.
O poder de uma língua comum
Efetivamente, a língua comum tem
desempenhado um papel fundamental,
facilitando as relações comerciais e parcerias.
Ora vejamos: em todo o mundo, a língua
portuguesa, como língua materna, é a quarta
mais falada, registando uma das taxas de
crescimento mais elevadas, seja na Internet, nas
redes sociais, na produção de artigos e revistas
científicas e na aprendizagem como segunda
língua. O português é, hoje, património
comum de cerca de 250 milhões de pessoas,
cujo potencial está longe de ser otimizado.
Isto porque a língua é um ativo intangível que
beneficia de economias de rede: quanto maior
o número de utilizadores, maior o benefício
que cada um extrai da sua partilha.
Mas, quanto vale a língua portuguesa?
Uma resposta objetiva a esta questão é dada
em 2012, na obra Potencial Económico da
Língua Portuguesa. O autor, Luís Reto, reitor
do Instituto Superior de Ciências do Trabalho
CGD nos quatro cantos do mundo
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europa
américa
Alemanha, Bélgica, Espanha,
França, Luxemburgo, Portugal,
Reino Unido e Suíça.
Brasil , Canadá , EUA , Ilhas Caimão,
México e Venezuela.
áfrica
ásia
África do Sul, Angola, Argélia, Cabo Verde,
Moçambique e São Tomé.
China (incluindo Macau),
Índia e Timor-Leste.
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
35
h
história de capa
e da Empresa (ISCTE - IUL), revela que a
língua portuguesa pesa 17 por cento no PIB
português. Para chegar a este valor, uma
equipa de investigadores daquela instituição
de ensino lisboeta usou o método criado
por Martin Municio, que já foi aplicado em
Espanha, onde o espanhol representa 15 por
cento do PIB. O livro equaciona as relações
entre variáveis económicas, sociais e a língua,
um trabalho de fundo levado a bom porto
pela equipa liderada por Luís Reto, que
inclui, também, os investigadores José Paulo
Esperança, Mohamed Azzim Gulamhussen,
Fernando Luís Machado e António Firmino
da Costa.
A segunda parte da obra é dedicada aos
resultados de um inquérito sobre usos e
perceção dos utilizadores da língua, realizado
junto de cerca de 2500 aprendentes de
português nas universidades e escolas em que
existem centros de língua e leitorados apoiados
pelo Instituto Camões (atual Camões –
Instituto da Cooperação e da Língua). Foi este
instituto que pediu o trabalho e que, em 2008,
organizou a distribuição e recolha do inquérito
por questionário aos seus estudantes em todo
o mundo.
Falantes nativos de português
na lusofonia
Existem 254,54 milhões de falantes nativos de
português, o correspondente às populações
de oito países de língua oficial portuguesa. A
estes acresce a Guiné Equatorial, que à data
de publicação do estudo ainda não integrava
a CPLP, perfazendo, assim, um total de nove
Estados membros, após um processo de adesão
concluído em 2014. Por comparação,
são cerca de 400 milhões os falantes de cada
um dos universos de espanhol e inglês,
segundo o Instituto Camões.
Estes cálculos deixam, no entanto, de
fora os pequenos núcleos de falantes nativos
noutros territórios (Goa e Macau) e os
emigrantes fora do espaço lusófono, onde
comunidades como as residentes em França,
Suíça, Canadá, Venezuela ou África do Sul
não podem ser ignoradas. Seja pelo número
de portugueses e luso-descendentes (só em
França, estimam-se mais de 700 mil), seja pelo
potencial económico que representam.
Por outro lado, os autores reconhecem
que nem todos os naturais dos oito países
estudados, como os africanos e os timorenses,
36
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
têm o português como língua materna. Ainda
assim, o universo analisado de falantes e países
corresponde a 3,66 por cento da população
mundial e a 3,85 por cento do PIB mundial.
A língua da cultura, ciência
e da comunicação internacional
A língua portuguesa está entre a dezena de
idiomas «supercentrais», enquanto o inglês
é considerado «hipercentral». No futuro,
Luís Reto e a sua equipa preveem que a
nossa língua venha a «ocupar um lugar
de relevo no contexto mundial deste novo
século». Uma conclusão apenas possível
porque, segundo a obra, a língua portuguesa
é hoje uma das mais influentes do mundo.
A tendência é para o «crescimento dos seus
falantes e utilizadores como segunda língua e
para a sua afirmação como língua de cultura
e ciência».
Entre os utilizadores da Internet, a
língua portuguesa é a quinta mais usada
em todo o mundo, segundo a empresa de
estatísticas Internet World Stats, citada pelo
jornal Público. A implantação do português
como língua de comunicação internacional
advém, em grande medida, do crescimento
económico de Angola e do Brasil na última
década. E, ainda, determinantes têm sido
as universidades portuguesas que decidem
instalar-se no espaço lusófono, diretamente
ou através de parcerias. Angola, por
exemplo, tem aberto as portas a várias
instituições nacionais.
multirracial Existem 254,54 milhões
de falantes nativos de português
petróleo Só o Brasil, Angola
e Moçambique representam mais
de 50 por cento das descobertas
dos últimos anos
Fotos: Camilla Watson (São Tomé e Príncipe); LiciaR (Rio de Janeiro)
Pioneirismo do MBA Atlântico
Fundada em 2012 pela Católica Porto
Business School e Católica Luanda Business
School, a Católica Business Schools Alliance
é uma parceria estratégica para a formação
de executivos no mundo da lusofonia. Tudo
começou com o MBA Atlântico, um programa
pioneiro que decorre, simultaneamente, em
três países de continentes distintos: África,
América do Sul e Europa, respetivamente
em Angola, Brasil e Portugal. Esta proposta
formativa destina-se, sobretudo, a alunos das
três nacionalidades, que têm de frequentar um
trimestre letivo nas universidades parceiras de
cada um dos países: no Porto, em Luanda e em
São Paulo. A itinerância do MBA Atlântico liga
os alunos às comunidades locais e, ao mesmo
tempo, contribui para uma rede de diplomacia
económica. A diversidade é a palavra de
ordem, sendo as turmas constituídas por
alunos das três nacionalidades, apesar do
curso estar aberto a todos os falantes de língua
portuguesa.
Outra das parcerias lusófonas no campo da
academia é a que liga a Católica Lisbon School
of Business & Economics à Universidade
Católica de Angola (UCAN) e que está focada,
sobretudo, nos temas da gestão, marketing e
finanças. Mas a primeira universidade privada
a ser criada em Angola como instituição
autónoma foi a Universidade Lusíada de
Angola. Fundada em 2002, assenta numa
cooperação pedagógica e científica, que viria
a ser reforçada, em 2009, com o lançamento
dos cursos de mestrado. A instituição possui
protocolos e acordos de estágio com empresas
angolanas e oferece bolsas de mestrado a
licenciados e docentes da Universidade
Lusíada de Angola que queiram frequentar
cursos de mestrado nas várias áreas do saber
na Universidade Lusíada de Lisboa.
A força do triângulo Europa, África e Brasil
Outro projeto que merece destaque é
o da escola de formação de executivos
da Universidade Nova em Luanda. Esta
instituição de ensino quer posicionar-se
estrategicamente no triângulo do Atlântico
Sul: Europa, África e Brasil. Formar gestores
globais é o objetivo da Nova School of
Business and Economics (Nova SBE), que
desenhou uma meta clara: ser um centro
de conhecimento em gestão e economia
na África Lusófona, ao serviço de toda
a comunidade científica, académica e
empresarial no mundo.
É neste contexto que surge a Nova Angola
Business School (Nova ABS) e o centro de
investigação NovAfrica, dedicado à África de
língua portuguesa. Várias razões justificam
opções como a da Universidade Nova: a
ligação histórica e cultural partilhada há mais
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de bagagem, saldo da conta cartão,
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Cx
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história de capa
de cinco séculos por três continentes (Europa,
África e Brasil), a ambição internacional das
organizações e a necessidade de diferenciação
perante congéneres europeias.
Mas há, ainda, diversas potencialidades
por explorar. O sistema de Ensino Superior
e Ciência português só pode ganhar ao
explorar novos caminhos de cooperação.
Estamos unidos por laços históricos, políticos,
económicos, sociais e culturais. Portugal
soube compreender esta dimensão e por isso
esteve na primeira linha da criação da CPLP.
A língua é, sem dúvida, um instrumento
de aproximação e, por isso mesmo, um meio
para aprofundar relacionamentos bilaterais.
Hoje, Brasil, Angola e Moçambique surgem
como países e economias emergentes, com
crescimentos acelerados. Apesar de, por
exemplo, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe,
Guiné-Bissau e Timor-Leste serem países
com graus de desenvolvimento diferentes e
assentes em potencialidades diversas, todos
mantêm relações com Portugal. O universo
lusófono é de grande diversidade e riqueza
em matéria de culturas e de produções
culturais. A sua multiculturalidade é, pois,
uma das suas marcas distintivas e deve ser
vista como mais-valia. É, precisamente, a esta
identidade cultural entre os falantes de língua
portuguesa que se dá o nome de Lusofonia.
Da lusofonia à diáspora portuguesa
Mas a lusofonia não termina na identidade
cultural e nos relacionamentos entre
os membros da CPLP. As comunidades
portuguesas estão por todo o mundo. Bem
integradas nos países de acolhimento, são
importantes pontes culturais e económicas
com Portugal.
Foi, precisamente, para estreitar as relações
entre Portugal e a sua diáspora, portugueses
e descendentes, que há cerca de dois anos foi
criado o Conselho da Diáspora Portuguesa. A
ideia desta associação sem fins lucrativos, que
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Holanda, Luxemburgo, Portugal,
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17%
400 milhões
É o peso da língua portuguesa
no PIB português
É o número de falantes de cada
um dos universos de espanhol
e inglês
15%
É o peso da língua espanhola
no PIB espanhol
254,54 milhões
É o número de falantes nativos
de português. Estes representam
cerca de 3,7 por cento da população
mundial e detêm, aproximadamente,
4 por cento da riqueza total
8
Países de língua oficial portuguesa
(os estados membros da CPLP
antes da entrada da Guiné
Equatorial) ocupam uma superfície
de 10,8 milhões de quilómetros
quadrados, cerca de 7,25 por cento
da superfície continental da Terra
Fonte: Potencial Económico da Língua Portuguesa, Luís Reto (2012)
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contou com o Alto Patrocínio do Presidente
da República, foi contribuir para a afirmação
universal dos valores e cultura que unem
todos os portugueses e elevar a reputação
do País e, assim, o desenvolvimento e
prosperidade de Portugal. Para isso, contam
com o mérito, talento e influência de um
grupo de conselheiros espalhados pelo mundo
em várias áreas: economia, ciência, cultura e
cidadania. São iniciativas como esta que virão
estabelecer relações com as comunidades
portuguesas e de lusodescendentes. Neste
caso, mobilizando portugueses de influência
para que, no futuro, possamos beneficiar do
seu principal instrumento de trabalho, a World
Portuguese Network, uma rede de talentos e de
competências na diáspora.
Foto: John W Banagan/Getty Images
Números que não deixam dúvidas
observatório
o
JOÃO NUNO PALMA, ADMINISTRADOR COM O PELOURO DO NEGÓCIO INTERNACIONAL DA CGD
A lusofonia económica como
ilustração: Onur Dangel/Getty Images
modus operandi na nova economia global.
SER ADMINISTRADOR DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS foi
sempre um desafio ao longo das muitas décadas da existência do
Banco do Estado. Mas ser administrador com o pelouro internacional
é um desafio particularmente inspirador nesta época histórica em
que vivemos. Porque a vida é feita de mudança e esta tem sido tão
abundante nos últimos anos neste País, que ser um participante ativo
na transformação em curso é sempre um desafio estimulante.
O mundo económico e geopolítico está em acelerada
transformação e acompanhar essa mudança exige atenção,
focalização, mas, também, capacidade de visão: saber interpretar
os dados presentes para definir a rota futura. Na Caixa Geral de
Depósitos, este é um trabalho que está em constante afinamento,
tamanhos são os desafios
que se nos colocam
nesta economia em
evolução.
Portugal tem
aproveitado a crise
económica e financeira
em que mergulhou
em 2011, fruto do
seu isolamento dos
mercados internacionais,
para fazer uma alteração
profunda na sua
economia. Quando
a crise começou, as
empresas estavam
demasiado endividadas
aos bancos e com fracos
recursos de capitais próprios. Muitas das suas indústrias estavam
sem inovação ou produtividade. Os empresários à mercê dos
mercados tradicionais, como Espanha, França e Alemanha. A gestão
era familiar e a capacidade de gestão incipiente, descurando o design
dos produtos, o marketing e o networking, a capacidade de trabalhar
em rede.
Com a crise, muito se alterou nas nossas empresas e na nossa
economia. As empresas produtoras de bens transacionáveis sabiam
que ou mudavam e ganhavam ou morriam. Com esta certeza,
estavam preparadas para sair da sua zona de conforto e foram à
luta. Contrataram gestores jovens, com permissão para inovar e
para se lançarem em novos mercados. Melhoraram o desenho e
apresentação dos produtos, abriram páginas das suas empresas na
Internet e entenderam que o mundo era a sua casa, numa época
de globalização. Aventuraram-se, procuraram e encontraram
novos mercados. Veja-se as indústrias do têxtil, do calçado, do
agroalimentar, entre outras: são exemplos de sucesso do Portugal
pós-crise.
O potencial económico da língua portuguesa
As crises são boas quando nos obrigam a sair da nossa zona
de conforto. As empresas portuguesas produtoras de bens
transacionáveis estão, atualmente, mais bem preparadas para
enfrentarem os tempos que correm. Hoje, pensam de forma global.
Portugal tem também parceiros estratégicos importantes, que
se revelaram com a crise. O investimento chinês, por exemplo,
que atingiu os dez mil milhões e foi determinante nos anos de
crise. O País exporta mais para Angola e Moçambique e a CPLP
(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) tem também
como missão a promoção da lusofonia económica. A CPLP
é uma comunidade de
nove países, em quatro
continentes,
com uma população de
mais de 240 milhões
de consumidores, que
já representam quatro
por cento do comércio
mundial.
Os empresários têm
de começar a absorver
este mercado como o
nosso novo «mercado
interno». É para isso
que tantas entidades
estão a trabalhar.
Com 240 milhões de
consumidores, Portugal
teria, finalmente, um mercado interno. Com os atuais dez milhões
de consumidores, o País não tem massa crítica para muitas indústrias
e produções.
A Caixa Geral de Depósitos está a ajudar os empresários a
encontrarem novos mercados para escoarem os produtos das suas
empresas. Presente em 23 países e em quatro continentes, a Caixa
tem sido um parceiro preferencial de gestores que fazem da língua
portuguesa a sua casa. Temos uma forte presença em Angola, Cabo
Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique. No Brasil, temos um
bom banco de investimentos. Estamos preparados para fazer pontes
com quem quer investir.
Sabemos que a economia portuguesa está a mudar rapidamente.
Por isso, temos de estar atentos e preparados para as mudanças que
continuarão neste mundo pós-crise.
Cx
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viagem
D E
E LV A S
A
B E LV E R
Norte ao sul do Tejo
É um Alentejo diferente, encavalitado em abruptas
encostas, o que se apresenta por estas paragens. Um território
onde Natureza, história e património convivem numa simbiose perfeita
Texto Miguel Judas
marvão Do alto dos seus 800 metros,
esta é o lugar onde, dizem, «as aves
se deixam
Cxver pelas costas»
40
a re v i s ta d a c a i xa
Cx
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v
viagem
maior cidade abaluartada do mundo ainda é uma ilustre
desconhecida para a maioria dos portugueses, mas a recente
classificação como Património Mundial, pela UNESCO, fez
finalmente justiça à outrora mais importante linha de defesa da
nação. O fim da presença militar em Elvas provocou, à época,
uma crise de identidade na cidade, que, devido à sua importância
estratégica, chegou a ser conhecida como a «Chave do Reino».
Mas, se o passado glorioso de Elvas se deve, sobretudo, à guerra, é também
esta herança que lhe poderá garantir o futuro. O conjunto é o maior do mundo
na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, com um perímetro de quase
dez quilómetros. Foram classificados os Fortes de Santa Luzia (século XVII) e
da Graça (século XVIII), três fortins do século XIX, as três muralhas medievais
(duas árabes e uma fernandina) e a muralha do século XVII, considerada um
exemplo notável da primeira tradição holandesa de arquitetura militar. Trata-se
de um polígono de 12 lados, construído em redor de toda a cidade durante a
Guerra da Restauração, que aqui conheceu um dos seus principais episódios, a
14 de janeiro de 1659, com a vitória portuguesa na Batalha das Linhas de Elvas.
O complexo, projetado pelo jesuíta holandês Cosmander, é composto por sete
baluartes, quatro meios baluartes e um redente, ligados entre si por cortinas,
com o acesso à cidade a ser feito por três portas duplas. Além das fortificações,
foi também classificado o Aqueduto das Amoreiras, uma monumental obra do
século XVI, da autoria de Francisco de Arruda (o mesmo arquiteto da Torre
de Belém, em Lisboa), com cerca de oito quilómetros de comprimento e cujas
arcadas, com mais de 30 metros de altura, se tornaram a imagem da cidade.
Um dos principais trunfos da candidatura elvense a Património Mundial
foi o exemplar trabalho de recuperação levado a cabo nos últimos anos. O
fosso das muralhas e a maior parte da cintura abaluartada foram abertos ao
público e o Forte de Santa Luzia transformado em Museu Militar, onde se
conta toda a história militar da cidade, desde a Idade Média até ao início do
século XX – podem-se até visitar os túneis que, em caso de cerco, ligavam
a fortaleza à cidade. Outro caso notável de recuperação é o Museu de Arte
Contemporânea de Elvas, instalado, desde 2004, no edifício seiscentista do
antigo Hospital da Misericórdia. É o único, em todo o País, dedicado em
exclusivo à arte contemporânea nacional. O principal impulsionador do projeto
foi o colecionador elvense António Cachola, que cedeu ao museu a sua coleção,
constituída por obras dos mais importantes nomes da arte contemporânea
portuguesa.
Qual máquina do tempo, num espaço de poucas centenas de metros, salta-se
do Renascimento para o período islâmico e daí para a regência filipina, com
passagem pela Idade Média. A jornada pela História continua Alcáçova adentro,
agora por entre as ruas medievais, com portas ogivais ladeadas de vasos floridos,
que vão dar à antiga mesquita principal, reconvertida, no século XII, na Igreja
de Santa Maria da Alcáçova. Ao fundo, já se avista o castelo medieval, palco de
acontecimentos como os tratados de paz entre D. Dinis e seu filho D. Afonso e
entre D. Fernando e D. João I de Castela ou de diversas trocas de princesas entre
as cortes ibéricas.
A
De Campo Maior a Portalegre
No cimo da Herdade das Argamassas, nos arredores de Campo Maior, ergue-se
a Adega Mayor, um sonho antigo do empresário Rui Nabeiro, tornado realidade
pela mão do arquiteto Siza Vieira, que desenhou para este local um projeto de
linhas simples e de volume horizontal que se tornou num verdadeiro símbolo
e motivo de orgulho da região. Os vinhos aqui produzidos (Monte Maior,
Garrafeira do Comendador e Reserva do Comendador) merecem, só por si, uma
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elvas O Aqueduto da Amoreira
é cartão de visita da cidade
campo maior Siza Vieira desenhou
a Adega Mayor e tornou realidade
o sonho de Rui Nabeiro
entre os melhores Eleita melhor unidade
de turismo rural do Alentejo, em 2011,
a Casa Ermida de Santa Catarina continua
a ser uma escolha de topo
O CONJUNTO DE ELVAS
É O MAIOR DO MUNDO NA
TIPOLOGIA DE FORTIFICAÇÕES
ABALUARTADAS TERRESTRES,
COM UM PERÍMETRO DE
QUASE DEZ QUILÓMETROS
deslocação ao local, mas é, sem dúvida, o edifício que
atrai a maioria dos visitantes. O retângulo de 40 por
120 metros da adega assenta numa cavidade e ergue-se
em muros de nove metros de altura. No topo sudoeste,
o edifício eleva-se por mais um piso, reservado para
a vertente pública e social do vinho. Aí foi criada a
sala de provas e a copa, que se abrem para um terraço
panorâmico, com relvado e espelho de água central.
O destino seguinte é Alter do Chão, onde, em 1748,
o rei D. João V mandou instalar a Coudelaria Real,
para criar e fornecer cavalos para a corte, dando início
à nobre linhagem Alter-Real – ainda hoje a única raça
utilizada pela Escola Portuguesa de Arte Equestre. Ao
início da tarde, a cavalgada das éguas é o momento
do dia. O tropel faz tremer o chão junto ao Pátio das
Éguas, de onde dezenas de animais saem em direção
às pastagens da Tapada do Arneiro. A eguada, da qual
existem registos com mais de 17 gerações, é formada
por cerca de 60 éguas de ventre, selecionadas aos
quatro anos de idade entre as melhores poldras de
pelagem castanha. Todos os dias, ao início da tarde, são
levadas para o campo para passar a noite, regressando
ao estábulo apenas na manhã seguinte. No campo,
afastadas do casario, as éguas pastam indolentemente,
acompanhadas das crias, que permanecem junto às mães
até aos seis meses de idade. A presença de pessoas fá-las
aproximarem-se da vedação, para um breve afago que
faz justiça à fama dócil do cavalo Lusitano. A Coudelaria
Alter-Real está aberta ao público de terça a domingo.
Existem quatro visitas guiadas por dia, durante a
semana, e duas aos sábados, domingos e feriados. Além
da visita ao espaço, que inclui um núcleo museológico
e a Casa dos Trens, onde está exposta uma coleção de
arreios e carros de cavalos, pode-se assistir à entrada
e saída das éguas, a diversas atividades equestres e a
demonstrações de falcoaria.
Ao longe, avista-se já a cidade de Portalegre. Situada
junto à serra de São Mamede, encontra-se entre os
400 e os 600 metros de altitude e é comum dizer-se
que marca a separação natural entre o Alentejo e as
Beiras. Enquanto, para sul, predomina uma paisagem
tipicamente alentejana de montado, a norte são já serras,
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penhascos e vales que abundam. Aconselha-se, por isso, uma visita aos diversos
miradouros em redor da cidade, bem como uma ida ao Pico de São Mamede,
o ponto mais elevado do continente português a sul do Tejo, com 1025 metros
de altitude e magníficas vistas sobre a vila de Marvão, a Extremadura espanhola
e as serranias beirãs. Para os amantes de caminhadas existem, também, vários
percursos pedonais pelo Parque Natural de São Mamede.
Tejo Alentejano
Poucos quilómetros antes de Marvão, impõe-se um desvio até São Salvador de
Aramenha, para visitar as ruínas da cidade romana de Ammaia, com uma área de
cerca de 20 hectares, que ao tempo do imperador Lúcio Vero já possuía o título
de municipium. Entre os séculos V e IX terá sofrido os efeitos de um cataclismo,
que a soterrou. Por esta razão, é uma das poucas cidades do império sobre a qual
nada mais foi construído, o que permitiu um alto grau de preservação. No local
existe um Museu Monográfico da Cidade, com exposições de material recolhido
ao longo dos anos.
É, agora, altura de subir até à vila-fortaleza de Marvão. Do alto dos seus
800 metros, esta é o lugar onde, dizem, «as aves se deixam ver pelas costas».
Deve o seu nome a um cavaleiro do Islão, Ibn Maruán, que, no século IX,
habitava esta fraga acastelada. Sob domínio cristão desde o século XII, o burgo
de Marvão nasceu e cresceu ao longo do carreiro que conduzia ao castelo. A
fortaleza é composta por dois recintos interligados e uma monumental cisterna
(visitável). O melhor modo de conhecer a vila é deambular pelas suas ruas e
deixar-se surpreender pela bem preservada arquitetura, com destaque para as
Igrejas medievais de Santiago e Santa Maria (atual Museu Municipal), a Câmara
Velha manuelina e o Tribunal setecentista. Nos arredores da vila, aconselha-se,
também, uma paragem na Torre e Ponte da Portagem, junto ao rio Sever, um
afluente do Tejo, por onde entraram, no século XV, milhares de refugiados judeus
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SITUADA JUNTO À SERRA DE
SÃO MAMEDE, PORTALEGRE
ENCONTRA-SE ENTRE OS 400
E OS 600 METROS DE ALTITUDE
E A SUA SÉ CATEDRAL É DE
VISITA INCONTORNÁVEL
vindos de Castela. A zona foi transformada em parque
urbano, com piscina e praia fluvial.
Na vila histórica de Amieira do Tejo, já no concelho
de Nisa, o castelo do século XIV é considerado um
dos melhores e mais bem preservados exemplos da
arquitetura militar gótica em Portugal. Enquadrado
pelo rio e pela fronteira com Espanha, o concelho de
Nisa é percorrido pelo Tejo ao longo de mais de 40
quilómetros, o que resulta numa grande diversidade
paisagística, onde as serras e vales da frente ribeirinha
contrastam com as planícies de montado e olival do
interior. Mais para norte fica a vila de Montalvão, de
onde parte um dos mais belos percursos pedestres do
concelho, que percorre as belas margens do rio Sever,
cujo vale serve aqui de fronteira natural com Espanha.
Antes, porém, é obrigatório subir até às ruínas do
Castelo templário e daí apreciar a vista panorâmica sobre a região, vislumbrando-se, ao longe, localidades como Castelo Branco, Castelo de Vide, Marvão e, um
pouco mais além, as terras de Espanha. Os adeptos das caminhadas têm também
no Trilho do Conhal um dos mais emblemáticos do concelho. Tem início em
Arneiro, uma pequena aldeia piscatória, situada junto ao Tejo, conhecida pela
imensa escombreira de seixos rolados resultante da exploração do ouro de
aluvião pelos romanos – o «conhal», que dá nome ao trilho. Com cerca de dez
quilómetros de extensão, percorre parte da serra de São Miguel, até ao topo do
monumento natural das Portas de Ródão, onde se pode apreciar, bem perto, o
majestoso voo dos muitos grifos que aqui nidificam.
Os bordados e a olaria são outras duas tradições de Nisa que vale a pena conhecer.
O Museu do Bordado e do Barro, situado no edifício histórico da Cadeia Nova, reúne
na sua coleção alguns exemplares únicos destas artes. No caso dos bordados e dos
cobertores de feltro, além de uma expressão de identidade do povo, funcionaram,
também, como uma importante fonte de rendimento, pois as raparigas começavam
desde muito novas a bordar as peças do seu enxoval, que vendiam, por altura do
casamento, de modo a conseguirem dinheiro para construir uma casa. Já a olaria
pedrada é uma tradição milenar, única no Alentejo, caracterizada por peças de barro
vermelho com pequenas pedrinhas de quartzo branco incrustadas, que desenham
belos motivos decorativos, essencialmente ligados à flora e fauna regionais.
No topo de uma encosta sobranceira ao casario, o Castelo de Belver, já na
margem norte, marca finalmente o fim deste Alentejo, banhado pelo Tejo e
encavalitado em abruptas encostas. Mandada construir no início do século XIII
pelo rei D. Sancho I, a velha fortaleza permanece fiel no seu posto de sentinela,
proporcionando ao visitante uma vista deslumbrante
sobre o rio. Antiga sede da Ordem dos Cavaleiros
Hospitalários, Belver foi uma das principais praças-fortes
durante o período da reconquista cristã, num passado
glorioso cuja memória permanece viva até hoje em
diversos monumentos dessa época. Também merecedor
de visita é o Museu do Sabão, um moderno equipamento,
situado na antiga escola primária, que recorda a história
desta indústria de grande importância económica e social
para as gentes de Belver, onde existiu uma Real Fábrica
de Sabão, em regime de monopólio régio, até 1858,
mantendo-se a atividade, em moldes mais artesanais,
até à primeira metade do século XX.
Mas os tempos mudaram e hoje é o turismo,
especialmente o ligado à Natureza, que volta a colocar
Belver no mapa. Um dos ex-libris da freguesia é a
Praia Fluvial do Alamal, cujo acesso se faz por uma
estreita estrada, serpenteando pela encosta até junto à
antiga Quinta do Alamal – atualmente transformada
num moderno centro balnear. No areal há toldos e
espreguiçadeiras para alugar, e os banhistas têm à sua
disposição gaivotas e caiaques. Um passadiço de madeira
liga a zona à pitoresca Ponte de Belver, uma ponte de
tabuleiro metálico, com 239 metros de comprimento,
inaugurada em 1907, e ainda hoje o principal acesso à
localidade para quem chega ou parte para sul.
charmosa Panorâmica de Castelo de Vide,
situada num dos montes extremos da serra
de São Mamede
majestosa A Sé Catedral de Portalegre
é de visita incontornável
distintos Os equídios da Coudelaria
Alter-Real, cuja origem remonta a 1748
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
45
v
viagem
Guia de Viagem
Ir
O melhor e mais rápido modo para
chegar a Elvas, onde se inicia esta
viagem pelo Alto Alentejo, é pela
A6, que liga Marateca à fronteira
com Espanha.
Ficar
Monte do Vale
Simplicidade e autenticidade são
as palavras que melhor definem
o conceito do Monte do Vale, uma
acolhedora unidade de turismo
rural situada a poucos quilómetros
da aldeia de Terrugem, no concelho
de Elvas.
(montedovale.org)
Casa da Ermida de Santa Catarina
Situada numa península rodeada
pela Albufeira do Caia, entre Elvas
e Campo Maior, foi considerado o
«melhor turismo rural do Alentejo
em 2011». Com um enorme pé
direito, é uma casa pensada para
que de qualquer ponto se aviste
a água. Conta com seis quartos
e uma suíte de 100 m2 no piso
superior, com vista panorâmica
para a barragem.
(casadaermidadesantacatarina.
com)
Hotel São João de Deus
O único hotel de quatro estrelas
no centro histórico de Elvas
é o local ideal para sentir toda
a atmosfera da cidade património
mundial, pois está instalado
no antigo Convento de S. João
de Deus, cujos limites incluem parte
da muralha seiscentista.
(hotelsaojoaodeus.net)
Quinta do Barrieiro
Envolvida pela paisagem protegida
da serra de S. Mamede, esta
singular unidade de turismo rural
mistura, de forma perfeita, a
tradição com a contemporaneidade
e serve de sala de exposições
permanente para as esculturas da
sua proprietária. Encontram-se
espalhadas por toda a propriedade,
dentro e fora de portas,
surpreendendo o visitante nos
recantos mais inesperados.
(quintadobarrieiro.com)
Monte Filipe Hotel e Spa
Situado em Alpalhão, uma vila
fundada pelos Templários, o
Monte Filipe Hotel é uma moderna
unidade de design contemporâneo
e equipada com um moderno SPA.
(montefilipehotel.com)
Comer
A Bolota
Situado na aldeia de Terrugem,
no concelho de Elvas, este
restaurante continua a reinventar
a gastronomia alentejana, com
pratos como a sopa de perdiz com
hortelã, javali com molho de ameixa
e puré de castanhas ou costeletas
de borrego com puré de frutas e
esparregado.
(acebook.com/abolota)
Pompílio
Após herdarem dos pais uma
pequena casa de petiscos,
os irmãos Manuel e Rui
Pompílio transformaram este
restaurante numa das referências
gastronómicas da região, onde
é possível saborear sabores de
antigamente, como as sopas de
tomate, cação e da panela (com
galinha e hortelã), os ovos com
espargos ou com rins e mioleira,
as migas de espargos, os pezinhos
de coentrada ou diversos pratos
de caça.
(facebook.com/restaurante.
pompilio)
Taberna do Adro
Em Vila Fernando, uma das
freguesias rurais do concelho
de Elvas, esta pequena casa
é muito conhecida pelos seus
petiscos tradicionais alentejanos.
O ambiente recria a atmosfera das
tradicionais tabernas alentejanas e
a ementa recupera os pratos mais
típicos da região, como pezinhos
de porco de coentrada, galinha
frita ou de tomatada, borrego
no forno ou carne de alguidar,
tudo acompanhado de migas de
batata, tomate e couve-flor. Uma
experiência a não perder.
(facebook.com/pages/
Restaurante-Taberna-doAdro/191348860910232)
Sever
Situado numa das margens do
rio que lhe dá o nome, com vista
para as muralhas de Marvão,
este restaurante reúne o melhor
da gastronomia desta região,
servindo as típicas migas com
carne de porco ou a alhada de
cação, bem como ensopado de
veado, arroz de pombo-bravo
ou javali estufado.
(wonderfulland.com/sever)
Taverna da Vila
Fica situada numa antiga
adega, que manteve todo o seu
ambiente original, com talhas de
vinho e mesas corridas, bem a
condizer com o espírito da casa,
onde a comida serve de mote a
prolongados convívios, animados
pelo bom vinho alentejano. Para
entrada, há bacalhauzinhos do
rio (bordalos da ribeira escalados
e fritos), papa-ratos (massa de
farinheira fresca frita) ou feijões
das festas (um prato típico dos
casamentos), podendo seguir-se uns secretos de carpa fritos
com migas de ovas ou uma carne
de alguidar grelhada e lombete
com molho de azeite e coentros
acompanhado de migas de
cogumelos.
(facebook.com/ataverna.davila)
O Túlio
O peixe do rio é um dos
ingredientes principais da
gastronomia do concelho de Nisa,
conforme se pode provar nesta
simpática casa de pasto, na aldeia
de Monte do Arneiro, que tem
como especialidades as sopas de
peixe (com ovas de carpa, pão,
poejos e postas de barbo), as
migas de peixe com postas fritas, o
ensopado de enguias e a lampreia
à casa.
(facebook.com/pages/Casa-dePasto-O Túlio/276582879085104)
Informação na Net prepare-se para ir para fora... cá dentro.
Sites que não deve deixar de consultar: www.visitalentejo.pt;
www.visitportugal.com; rotasdeportugal.pt/alto-alentejo.htm
O CARTÃO CAIXADRIVE (1) É O SEU PARCEIRO DE VIAGEM, POIS PERMITE-LHE BENEFICIAR DE DESCONTOS SEMPRE QUE ABASTECE O
AUTOMÓVEL. USUFRUA DE DESCONTOS DE 3%, NUM MÁXIMO DE 20 EUROS MENSAIS, NAS COMPRAS E ABASTECIMENTOS EFETUADOS COM
O CAIXADRIVE NAS ESTAÇÕES DE SERVIÇO DA REPSOL EM PORTUGAL. SE EFETUAR COMPRAS DE VALOR SUPERIOR A 250 EUROS (POR CADA
CICLO DE EXTRATO) FORA DAS ESTAÇÕES DE SERVIÇO DA REPSOL, BENEFICIARÁ DE UM DESCONTO SUPLEMENTAR DE MAIS 3% SOBRE TODAS
AS COMPRAS E ABASTECIMENTOS, EFETUADOS NAS ESTAÇÕES DE SERVIÇO DA REPSOL, COM LIMITE DE TRÊS EUROS MENSAIS.
OS ABASTECIMENTOS PAGOS COM ESTE CARTÃO ESTÃO ISENTOS DA COMISSÃO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL.
OS BENEFÍCIOS DOS CARTÕES CAIXADRIVE SÃO CUMULATIVOS COM OUTROS DESCONTOS EM VIGOR (EX. DESCONTO CAIXADRIVE + DESCONTO FIM DE SEMANA + DESCONTO CARTÃO
DE SÓCIO DO S.L. BENFICA). COM UMA GESTÃO EFICAZ DOS VÁRIOS DESCONTOS, OS TITULARES DO CAIXADRIVE PODERÃO USUFRUIR DE PREÇOS BASTANTE COMPETITIVOS FACE
AO MERCADO. ALÉM DISSO, OS TITULARES DO CAIXADRIVE BENEFICIAM DE UM PACOTE DE SEGUROS E DE VANTAGENS EM PARCEIROS ASSOCIADOS AO CARTÃO.
(1)
46
TAEG DE 20,1%, PARA UM MONTANTE DE 1500 EUROS, COM REEMBOLSO A 12 MESES, À TAN DE 18,15%.
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
47
f
fugas
M’AR DE AR AQUEDUTO
Design
e tradição
no coração
alentejano
«O Alentejo é um mar de planícies, mas o m’ar
que aqui se respira e nos hipnotiza é um m’ar de céu,
um m’ar de estrelas, um m’ar de ar.» É este o cartão de visita
do M’AR De AR Aqueduto, em pleno centro de Évora
Texto Helena Estevens Fotografia D. R.
rgue-se junto ao Aqueduto de
Évora, em pleno coração da
zona classificada Património da
Humanidade pela UNESCO,
o mais jovem hotel de cinco
estrelas da emblemática cidade
alentejana. Situado no edifício quinhentista
outrora Palácio dos Sepúlveda, recuperado
e restaurado, este hotel-butique conserva
ainda muitos dos traços originais, evidentes
nos tetos altos em abóboda, nas janelas
manuelinas da fachada principal, que
iluminam atualmente as três salas de
reuniões do M’AR De AR Aqueduto –
Historic Design Hotel & Spa, e também
na capela, palco já de vários concertos de
música clássica, abertos aos hóspedes e à
população local.
Conjugando, em perfeita sintonia, o
traçado histórico com os mais modernos
E
48
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
conceitos de arquitetura e design,
procurando destacar sempre que possível o
aqueduto que lhe dá o nome – para o qual
contribuem as várias paredes em vidro e
janelas espalhadas pelo edifício, o M’AR De
AR Aqueduto oferece aos seus hóspedes
um total de 64 quartos elegantemente
decorados, divididos em várias tipologias.
Os quartos Clássico têm vista para o
aqueduto e jardins do hotel, banheira e
chuveiro separados e casa de banho com
luz natural, através de um vidro que a
separa da zona de dormir. Já os Superior
distinguem-se pela varanda voltada para o
centro histórico de Évora ou pelo terraço
no jardim, com confortável mobiliário de
exterior e piso em deck, ideal para desfrutar
de toda a envolvência do hotel, com vista
privilegiada para espaço exterior e aqueduto.
A casa de banho, também aqui iluminada
O M’AR DE AR AQUEDUTO COMPROMETE-SE
A OFERECER AOS TITULARES DE ALGUNS DOS
CARTÕES DA CGD 15% DE DESCONTO SOBRE A
MELHOR TARIFA DISPONÍVEL NO SITE DOS HOTÉIS
M’AR DE AR, BEM COMO UP-GRADE PARA QUARTO
SUPERIOR DE ACORDO COM A DISPONIBILIDADE
NO MOMENTO DA RESERVA. SAIBA QUAIS OS
CARTÕES EM WWW.VANTAGENSCAIXA.PT,
NUMA OFERTA NÃO ACUMULÁVEL COM OUTRAS
PROMOÇÕES OU PROGRAMAS EM VIGOR.
com luz natural através de um vidro que
a separa da zona de dormir, tem banheira
e chuveiro separados. Existem, ainda, as
Suítes, com uma sala com cerca de 20 m2,
sofá, maple individual e camas de dossel, e,
para os hóspedes que queiram desfrutar de
toda a experiência do SPA sem saírem do
quarto, o M’AR De AR Aqueduto coloca à
sua disposição dois quartos SPA, concebidos
de forma a usufruir, com o maior conforto e
comodidade, de todos os tratamentos a dois
aqui oferecidos. Dispõem ambos de chuveiro
e banheira circular de hidromassagem, assim
como de um amplo terraço, aberto para um
jardim de laranjeiras.
Todos os quartos, sem exceção,
encontram-se decorados num estilo
moderno, com mobiliário original, cores
suaves e apontamentos vários de design, da
autoria do atelier Branco sobre Branco. Todos
1
2
3
1 azul O convidativo azul da piscina
permite perceber a proximidade
do aqueduto que dá nome ao hotel
2 integrado O hotel encaixa
perfeitamente na arquitetura do
centro histórico de Évora
3 vidro As várias janelas garantem
a ligação direta à cidade
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
49
f
fugas
eles dispõem de ar condicionado, telefone
com ligação direta, Internet, televisão LCD
HD, cofre, minibar, roupões, chinelos de
quarto, secador de cabelo e amenities de
marca, além de pastilhas Nespresso, que
podem usar nas várias máquinas disponíveis
nos espaços comuns.
O hotel conta, ainda, com serviço de
lavandaria e limpeza a seco, estacionamento
interior e serviços de transfers de e para
o aeroporto. Para os hóspedes que o
desejarem, há também passeios temáticos,
aluguer de bicicletas e serviço de transporte,
dentro das muralhas, em carrinhos elétricos.
Experiências memoráveis e imperdíveis
No piso térreo do M’AR De AR Aqueduto
– Historic Design Hotel & Spa, o
restaurante Degust’AR, com a assinatura
gastronómica do chef António Nobre,
promete deixar deliciado o mais exigente
dos paladares. O ambiente confortável e
intimista é o palco ideal para o desfile das
propostas diariamente apresentadas por
este especialista, que, partindo da cozinha
alentejana, explora, de forma original e
criativa, os sabores mediterrânicos. Uma
50
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
O TRAÇADO HISTÓRICO
SURGE EM PERFEITA
SINTONIA COM OS MAIS
MODERNOS CONCEITOS
DE ARQUITETURA E DE
DESIGN
escolha difícil, dado o gabarito do menu
apresentado. Fica, no entanto, a sugestão do
peito de pato braseado na sertã com molho
de citrinos e gengibre, o lombo de bacalhau
grelhado com migada de grão-de-bico e
grelos salteados ou a tradicional sopa de
cação à alentejana, acompanhados de um
dos excelentes vinhos expostos na garrafeira,
com referências de todas as regiões de
Portugal e alguns nomes estrangeiros. Aqui,
se quiser, pode sempre aprender com o chef
António Nobre alguns dos segredos da sua
cozinha. Só tem de se informar sobre as
aulas oferecidas.
Também no piso térreo, os apreciadores
encontram no Sushi B`AR, com a
assinatura do chef Kenzo, uma referência
da moderna gastronomia japonesa em
Évora. Já no primeiro piso, irá descobrir
o B’AR Aqueduto, com uma ampla zona
de estar que conduz a um terraço com
vista privilegiada para o aqueduto e zonas
exteriores, com destaque para a piscina e
respetivo bar de serviço, aberto no verão, e
para o pequeno laranjal, sobre o SPA.
3
1
2
4
1 moderno As cores suaves e os
apontamentos de design são imagem
de marca
2 de autor No restaurante Degust’AR,
a cozinha alentejana reinventa-se
3 64 quartos elegantes e confortáveis
4 spa 220 m2 de bem-estar
Guia de Viagem
Como ir
Depois de atravessar uma das
pontes sobre o rio Tejo – 25 de
Abril ou Vasco da Gama –, siga pela
A2 até encontrar a ramificação que
faz a ligação à A6, em direção a
Évora. Caso o seu ponto de partida
seja o Sul do País, a opção mais
rápida passa, também, por apanhar
a A2 e, depois, a A6, até Évora. O
hotel fica junto ao centro histórico.
Ficar
Exemplo da união entre o histórico
e o contemporâneo, o hotel M’AR
De Ar Aqueduto é um cinco estrelas
localizado junto ao centenário
aqueduto que lhe dá o nome.
Poderia muito bem representar
igualmente a modernidade e os
novos ventos que chegam ao
Alentejo. É também por isso que a
designação Historic Design Hotel &
Spa acaba por assentar bem neste
local. Quarto single a partir de 126
euros e suítes a partir de 218 euros
(preço por noite).
Fazer
E para que não falte nada, existe uma sala
de leitura, com obras várias, computadores
e acesso à Internet, e o SPA com uma área
total de 220 m2. Ali, tem à disposição cinco
cabines de tratamentos, sauna, banho
turco, banho Vichy e zonas de relaxamento,
além de um vasto leque de programas
especialmente dedicados ao bem-estar. Os
tratamentos de estética corporal e facial,
as terapias variadas e as massagens do
tipo ayurvédica, pedras quentes, shantala,
tibetana, especial gravidez – New Life e
New Mum, shiatsu, tui-na e thai são algumas
das hipóteses possíveis neste ambiente
envolvente e único. Destaque, ainda, para os
rituais de massagem: Oriental, que se propõe
perfumar a alma; Mediterrânico, vibrante
como o mar; Indiano, para elevar o espírito;
e Arábico, para libertar a fadiga da viagem.
O M’AR De AR Aqueduto oferece,
ainda, vários espaços ideais para reuniões,
integrados no conjunto patrimonial do
antigo Palácio dos Sepúlveda e Colégio
de São Manços, todos com abundante luz
natural. Algumas delas, caso da Capela e
Donzelas, têm acesso direto ao exterior ou
ao pátio interior, podendo servir de zona de
acolhimento.
O SPA, de 220 m2, e o restaurante
Degust`AR, onde pode descobrir
uma gastronomia mediterrânica
com a assinatura do chef António
Nobre, são motivos mais do que
suficientes para ficar no hotel. E a
piscina, claro, obrigatória em dias de
sol e calor. Mas, estando em pleno
centro histórico de Évora, há que
percorrer aquela que é uma cidade
considerada Património Mundial
da UNESCO. A Praça do Giraldo, a
Catedral de Santa Maria, o Largo
da Porta de Moura, o Aqueduto da
Água de Prata, o Castelo Velho, o
Templo Romano, entre vários outros
monumentos, são incontornáveis.
M’AR De AR Aqueduto
Rua Cândido dos Reis, 72
Évora
Tel.: 266 740 700
E-mail: [email protected]
Website: www.mardearhotels.com
Cx
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51
f
fugas
CASAS DO MOINHO NOVO
Um paraíso às portas
de Lisboa
Na confluência entre a Estremadura, o Ribatejo e o Alentejo,
esta unidade de agroturismo reúne o melhor de vários mundos,
num casamento perfeito entre tradição e modernidade, que tem no respeito
pelo ambiente o seu ponto de honra
Por Miguel Judas Fotografia Filipe Pombo
JÁ LÁ VÃO 17 ANOS desde que José Carlos
Inácio aqui chegou. Após muita procura por
entre as lezírias ribatejanas e as planícies
alentejanas, foi aqui, na freguesia de Canha,
concelho do Montijo, que este engenheiro
lisboeta encontrou o seu pedaço de paraíso.
«Pouco mais havia do que umas ruínas e tive
de construir quase tudo de raiz, mas tinha
tudo aquilo que eu procurava, para além de
estar bastante próximo de Lisboa», recorda
José Carlos, enquanto nos encaminha
pela Herdade do Moinho Novo, perante a
indiferença dos galos e pavões que debicam
o chão à sua passagem.
Começou por criar avestruzes e, em 2004,
reconverteu toda a produção da propriedade
ao modo de agricultura biológica. As
avestruzes ainda lá estão, tal como algumas
emas, burros, cabras, patos e porcos – que,
52
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
por esta altura do ano, se escapam das suas
cercas para ir comer as bolotas dos campos
circundantes. Mais ou menos na mesma
altura, começou também a abrir a quinta aos
visitantes, em especial aos mais novos, com
diversas atividades agrícolas que, hoje, fazem
as delícias dos hóspedes, miúdos e graúdos.
«Costumo dizer que isto não é uma quinta
pedagógica, mas sim uma propriedade
agrícola verdadeira que pode ser visitada e
experimentada», afirma com humor.
E foi esta vontade de partilhar com os
outros que o levou a apostar numa moderna
unidade de agroturismo, onde conforto e
glamour não fossem um impedimento para
se sentir a Natureza em toda a sua plenitude,
mas que, pelo contrário, antes potenciassem
essa vivência. A zona de alojamento,
inaugurada no verão passado, é composta
Guia de viagem
Como ir
Vindo de Lisboa, através da Ponte
Vasco da Gama, o melhor caminho
é seguir pela A12 e depois pelo IC3
e EN10, em direção à localidade de
Canha. Aí chegados, é só seguir
as placas indicativas das Casas do
Moinho Novo.
Ficar
Situado numa propriedade com 60
hectares, a unidade de agroturismo
das Casas do Moinho conta com
oito casas modulares de madeira
independentes, equipadas com
kitchenette, casa de banho e
varanda com vista sobre o montado,
o lago e a piscina. Os preços variam
entre 90 euros (durante a semana)
e 120 euros (ao fim de semana),
valor que sobe a 150 euros durante
a época alta, e inclui sempre o
pequeno-almoço.
Fazer
por oito casas modulares de madeira, de
linhas contemporâneas e literalmente
suspensas numa encosta de sobro, com
vista panorâmica para um vale onde se
passeiam cavalos e gamos, num contraste
tão surpreendente quanto encantador. A
mesma sensação, aliás, que se experimenta
mal se cruzam as portas, ao entrar nestas
verdadeiras suítes de luxo, onde nada foi
deixado ao acaso.
Completamente integradas na paisagem,
verdadeiro agroturismo
Nas Casas do Moinho Novo, o
conforto e o glamour não são um
impedimento ao objetivo de se
sentir a Natureza em toda a sua
plenitude. Bem pelo contrário,
potenciam essa vivência
onde quase passam despercebidas, cada uma
das casas é totalmente diferente das outras,
com ambientes temáticos e decorações
únicas. São elas a Casa da Floresta (com
mobiliário de madeira maciça), a Casa do
Futuro (com peças de design), a Casa Belle
Époque (com pormenores de extravagante
requinte), a Casa Vintage (com peças do
século passado), a Casa Industrial (com
materiais como cimento, inox ou cabedal), a
Casa Colonial (com um ambiente africano)
ou a Casa Sem Nome, assim chamada
devido à singularidade do mobiliário e
que cada um, «depois de experimentar,
pode batizar como bem entender», como
explica José Carlos. Sobra, ainda, a Casa
Central, que funciona como zona comum,
onde, atualmente, são também servidos os
pequenos-almoços e restantes refeições,
São várias as atividades gratuitas
ao dispor dos hóspedes: passeios
a pé, de bicicleta, a cavalo, de
jipe, ou até de trator, bem como
a participação nos afazeres da
quinta, sendo a alimentação dos
animais, pela manhã e ao final da
tarde, um dos mais populares.
Existem, também, diversas zonas
ajardinadas, com hortas biológicas,
e canteiros de plantas aromáticas,
onde os clientes se podem servir
para confecionar as refeições.
Mediante reserva antecipada, é
ainda possível marcar uma noite de
fados, um passeio de barco no Tejo
ou conhecer a rota dos vinhos da
região.
Casas do Moinho Novo
Herdade do Moinho Novo
Canha
Tel.: 918 783 590
E-mail: [email protected]
Website: www.moinhonovo.com
enquanto não é construído o restaurante,
cujas obras vão começar em breve. Quanto
ao resto, é Natureza no seu estado mais puro
que os hóspedes podem não só apreciar mas
também sentir, tocar e viver…
Cx
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53
i
institucional
NETCAIXA
Simples, rápido e seguro
Com o netcaixa contactless, os seus pagamentos são ainda mais fáceis
A NOVA TECNOLOGIA contactless
permite que os pagamentos até 20 euros
sejam realizados pela simples aproximação
do cartão ao terminal de pagamento
automático (TPA), sem necessidade de
digitar o PIN. Assim, os pagamentos são
mais rápidos, diminuindo filas de espera
e a necessidade de numerário na caixa
registadora.
Este sistema torna-se, por isso, vantajoso
para os comerciantes, mas também para os
clientes, sendo seguro pois apenas permite
compras até 20 euros sem PIN, até ao valor
total de 60 euros.
Para tal, basta:
1.º Inserir o valor da operação no TPA;
2.º O Cliente aproxima o cartão do TPA;
3.º É impresso, automaticamente, um
comprovativo da operação para si.
Esta operação é possível
com qualquer cartão contactless,
identificado pelo símbolo
ao lado. E para transações de
valor superior a 20 euros ou no caso dos
cartões sem tecnologia contactless,
a aceitação dos pagamentos é feita
de forma habitual, através da introdução
do PIN.
Informe-se na sua Agência ou Gabinete
Caixa Empresas, veja em www.cgd.pt ou
ligue 707 29 70 70, 24 horas por dia, todos
os dias do ano.
CARTÕE S DE CR É DI TO
Campanha de inverno
de pagamentos fracionados
Para gerir com maior conveniência o orçamento mensal, as despesas deste inverno
poderão ser pagas só na primavera
GERIR O DIA A DIA pode ser um desafio.
Por isso, os cartões de crédito de particulares
da Caixa oferecem o acesso automático
a uma linha de crédito suplementar,
correspondente a 100% do limite de crédito
dos cartões da Caixa, para pagamentos
em prestações fixas e a uma taxa de juro
vantajosa(1).
De 1 de dezembro de 2014 a 28
de fevereiro 2015, todas as compras,
cash-advance, pagamentos de serviços
e os pagamentos ao Estado, com valor
mínimo de 50 euros, transferidos para esta
modalidade, começam a ser pagos apenas
54
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
a partir do extrato de abril de 2015, sem
encargos adicionais. Os 1.000 clientes com
maior volume de faturação (superior a 500
euros), durante o período da campanha,
transferido para pagamentos fracionados,
recebem um vale oferta no valor de 100
euros, para utilização em viagens e estadias.
Esta campanha é válida para todas as
transferências para a Linha de Pagamentos
Fracionados, assim como para as compras
com recurso aos Fracionamentos
Automáticos, ativados diretamente nos
Terminais de Pagamento Automático (TPA)
netcaixa, disponíveis nos comerciantes
aderentes. Atualmente, esta solução está
disponível em diversos comerciantes,
nomeadamente na Giovanni Galli, Lanidor,
Loja das Meias, Sacoor, Stefanel, Stone by
Stone e Wall Street English, entre outros.
Para conhecer as condições desta
campanha e a rede de comerciantes aderentes
aos Fracionamentos Automáticos, visite
www.cgd.pt ou www.vantagenscaixa.pt.
(1)
TAEG de 18,8% na linha de crédito
suplementar de pagamentos fracionados, para
um montante de 1500 euros, com reembolso
a 12 meses, à TAN de 15,0%.
NA CAIXA. COM CERTEZA
Somar vantagens
Receba o seu ordenado pela Caixa e faça-o render ainda mais
SABE QUE SER CLIENTE da Caixa significa
somar vantagens. E tendo o seu vencimento
domiciliado na Caixa, essas vantagens são
ainda maiores, nomeadamente:
• Isenção da comissão de manutenção
da conta à ordem(1);
• Acesso ao serviço Caixa Família Mais,
com melhor remuneração, extensiva aos
familiares aderentes. Para ter acesso ao
serviço Caixa Família Mais, basta que
seja titular de uma conta de poupança
e que, pelo menos, um dos titulares de
cada conta possua rendimento (ordenado,
pensão ou outro crédito regular igual ou
maior do que 500 euros) domiciliado na
Caixa ou CaixaOrdenado/Mesada Certa, à
exceção de clientes com menos de 18 anos
ou residentes no estrangeiro.
• Descontos(2) na Galp nos contratos de
eletricidade e gás natural.
Some ainda mais vantagens
Ao tornar-se Cliente Mais, soma ainda mais
vantagens em poupanças, em financiamentos
e em seguros:
• Acesso a produtos de investimento
e de poupança exclusivos;
• Acesso a Depósitos Mais com taxas
de juro majoradas;
• Benefícios em novas operações de crédito
pessoal ou de crédito à habitação;
• Descontos e outros benefícios em seguros;
• Descontos, promoções e novidades em
diversos parceiros, através dos cartões
da Caixa, que poderá consultar em
www.vantagenscaixa.pt.
E para ser Cliente Mais e ter mais vantagens,
basta domiciliar o seu ordenado, pensão
ou outro rendimento regular na Caixa, ter
Caixadirecta, cartão de débito e de crédito.
E se teve um imprevisto ou um mês
complicado, pode optar por antecipar até
cem por cento do ordenado, sem juros,
para uma utilização até 250 euros durante
EXEMPLO DE POUPANÇA COM O SERVIÇO CAIXA FAMÍLIA MAIS NO 1.º ANO
Conta Caixa Poupança
Caixa Família Mais
Montante
individual
aplicado
TANB
Imposto*
Juros
líquidos
(1.º ano)*
50.000,01€
0,625%
28%
226,25€
50.000€
1,100%
28%
398,20€
Poupança adicional com o Caixa Família Mais
*Para clientes com domicílio fiscal em Portugal Continental
171,95€
quatro dias(3).
Para mais informações, consulte
www.cgd.pt, dirija-se a uma Agência da
Caixa ou ligue 707 24 24 24, 24 horas
por dia, todos os dias do ano.
Para ordenados de valor d 500 euros
ou com o cartão ativo associado à conta
de depósito à ordem.
(2)
Eletricidade: válido para as tarifas
simples e bi-horária e potências contratadas
entre 3,45 e 20,7 kVA em Portugal
Continental. Gás natural: o desconto
é válido para o escalão 1 a 4 (consumos
até 10.000 m3/ano), exceto quarto escalão da
área geográfica servida pelo operador
de rede EDP-Gás. Ofertas válidas para novas
adesões até 31 de janeiro de 2015.
(3)
Caixaordenado - TAEG de 18,0% para
uma utilização de crédito de 1500 euros
pelo prazo de três meses à TAN de 16,0%,
contratado separadamente.
(1)
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
55
f
finanças
P O U PA N ÇA
Como poupar
nas viagens de avião
Se viaja frequentemente de avião, conheça algumas dicas
para diminuir a respetiva fatura
A GRANDE DISTÂNCIA e o custo das
viagens são alguns dos fatores que impedem
os portugueses que vivem no estrangeiro
de visitarem mais vezes o nosso País.
Por isso a planificação atempada é
fundamental e permitirá poupar na
compra dos bilhetes de avião.
do Momondo e do Air Asia – este último
eventualmente mais interessante para quem
pretende viajar para os países asiáticos.
Planeie a viagem
com antecedência
Não deixe para a última hora a
marcação da sua viagem. Se o
fizer, o mais provável é que o
número de lugares disponíveis
seja reduzido e os preços
das tarifas aéreas disparem.
Algumas estatísticas referem
que se comprar o seu bilhete
com dois meses de antecedência,
pode poupar entre 18% e 61%,
comparando com uma reserva mais
em cima da data de partida.
Seja flexível nas datas e nas horas
Os preços dos bilhetes seguem a lei da
oferta e da procura. Assim, se evitar viajar
nos dias de maior movimento (sextas-feiras
e domingos), poderá sentir um alívio dos
encargos com a compra dos bilhetes de avião.
Da mesma forma, se não se importar de viajar
muito cedo ou mais ao final do dia, também
deverá obter uma tarifa mais reduzida.
Recorra aos sites comparadores de preços
Uma ferramenta que deverá ter presente são
os sites comparadores de preços. Um dos
mais conhecidos é o Skyscanner. Este site
permite-lhe pesquisar as ofertas disponíveis
em centenas de companhias áreas em todo o
mundo e identificar o voo pretendido. Mais,
o site reencaminha-o para o operador que tem
a tarifa escolhida por si para efetuar a reserva
da sua viagem.
Existem, ainda, outros sites comparadores
de preços a que poderá recorrer. É o caso
Analise as transportadoras
low cost
Outra alternativa poderá passar
por viajar numa companhia
low cost. Recorde-se que, regra
geral, estas transportadoras não
oferecem os mesmos serviços
que as ditas tradicionais
(ex.: não oferecem bebidas,
refeições e jornais a bordo)
e viajam para aeroportos
secundários. Isto permite-lhes
ter uma estrutura de custos mais
reduzida, o que se reflete em
preços mais simpáticos.
No entanto, terá de ter algum
cuidado, já que, ao comprar um
bilhete numa transportadora aérea low
cost, estará a pagar apenas a deslocação.
Tudo o resto é taxado. Por isso, além do
preço indicado, terá ainda de contar com as
taxas adicionais, como, por exemplo, levar
bagagem de porão, se quiser escolher o lugar
no avião, se quiser comer qualquer coisa ou
se fizer o check in ao balcão, em vez de o fazer
pela Internet.
Saiba mais sobre literacia financeira
em http://saldopositivo.cgd.pt e descubra
também as vantagens de alguns dos cartões
da Caixa (ver rodapé), destinados a quem
viaja com frequência de avião, com os quais
ganha mais milhas e benefícios.
CARTÃO MILES & MORE
A CAIXA, EM PARCERIA COM O PROGRAMA MILES & MORE DA LUFTHANSA, CRIOU O CARTÃO DE CRÉDITO(1) QUE O DEIXA MAIS PERTO
DA SUA PRÓXIMA VIAGEM, AO PERMITIR-LHE ACUMULAR MILHAS DA MILES & MORE, TANTO NO CÉU COMO NA TERRA. CONHEÇA TODAS
AS CARACTERÍSTICAS DO CARTÃO MILES & MORE DA CAIXA EM WWW.CGD.PT.
(1)
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PARA UM MONTANTE DE 4250 EUROS, COM REEMBOLSO A 12 MESES, À TAN DE 19,05%.
56
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
Serviços Internacionais
RECEBA E PAGUE COMO
SE ESTIVESSE EM PORTUGAL.
Com a Caixa, as operações financeiras nos 34 países da zona SEPA são simples e rápidas.
Viver fora de Portugal não tem que ser uma grande mudança. Agora, para além de poder realizar transferências internacionais e receber
o ordenado em euros, já pode fazer a gestão dos seus pagamentos frequentes através do sistema de débitos diretos, sem necessitar
de abrir conta no país onde reside*. Tudo através da sua conta bancária da Caixa.
Saiba mais em http://residentesnoestrangeiro.cgd.pt ou ligue (+351) 707 24 24 24, disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano.
*Válido nos países aderentes à SEPA (Área Única de Pagamentos em Euros): União Europeia, Islândia, Liechtenstein, Mónaco, Noruega,
San Marino e Suíça.
HÁ UM BANCO QUE O APROXIMA DE PORTUGAL.
A CAIXA. COM CERTEZA.
Informe-se na Caixa.
s
sustentabilidade
CADIN
Vontade de fazer bem
Instituição de pessoas para pessoas, o CADIn
visa, acima de tudo, a plena integração das pessoas
com perturbações do neurodesenvolvimento na sociedade
Texto Helena Estevens
DAR UM FINAL FELIZ à história de todos
aqueles que passam pelo CADIn, crianças,
jovens e adultos e famílias, que ali encontram
uma equipa empenhada em dar sempre o
seu melhor. Para que este futuro risonho seja
possível, é preciso unir esforços e arregaçar
diariamente as mangas. Só assim será
possível acompanhar pessoas com alterações
do neurodesenvolvimento, problemas
comportamentais e emocionais para que
possam superar dificuldades com que se
defrontam na aprendizagem, na comunicação
ou na interação social, por exemplo.
«Centro de referência, [o CADIn] conta
com uma equipa multidisciplinar que
trabalha em conjunto e onde é patente o
cuidado em acompanhar cada caso, cada
pessoa», orgulha-se Andreia Craveiro, do
CADIn, destacando o facto de se envolver,
sempre que necessário, a escola e a família.
Até hoje, foram 19 mil os utentes que
procuraram o CADIn desde a sua fundação,
em 2003, na altura apenas em Cascais, e
mais tarde, em 2011, também em Setúbal.
58
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
Trata-se de um esforço que envolve
não só o CADIn, mas, também, os vários
elementos da família, instituições de ensino,
empregados e amigos, num processo
de aprendizagem e partilha conjunta de
experiências para ajudar estas pessoas a
explorarem todo o seu potencial.
De portas abertas a todos, o CADIn
assume-se como um «projeto de
responsabilidade social inovador, orientado
pela vontade de fazer bem o bem […], um
centro de excelência que vive cada dia na
busca incessante de fazer melhor,
sem deixar ninguém para trás»,
respondendo às necessidades
de cada pessoa como um ser
único, com uma história e um
diagnóstico individual.
«Todos têm o seu
lugar, o seu valor e as suas
capacidades», frisa Andreia
Craveiro.Talvez por
isso mesmo os mais
velhos não estejam
esquecidos. O CADIn pôs recentemente em
marcha um serviço, dirigido à população
sénior, para avaliação neuropsicológica para
pessoas com problemas de demência e de
Alzheimer.
Projetos para o futuro
Para complementar a componente clínica,
o CADIn desenvolve regularmente ações de
formação de natureza variada e dirigidas a
diferentes alvos, entre as quais se contam
workshops, conferências, congressos,
seminários ou ações de sensibilização,
gratuitas para escolas, por exemplo.
No horizonte estão planos de expansão, à
semelhança do que aconteceu com a Unidade
de Setúbal, e também novas parcerias, já
em desenvolvimento. Para concretizar este
objetivo são necessários fundos, angariados
através de donativos para a Bolsa Social,
«um fundo criado para comparticipar nos
custos de acompanhamento dos utentes que
careçam dos meios económicos suficientes,
garantindo-lhes a mesma oportunidade
ESPECIALIDADES
Neuropediatria
Pedopsiquiatria
Psiquiatria
Educação especial e reabilitação
Neuropsicologia
Psicologia clínica/educacional
Reabilitação psicomotora
Terapia da fala
Terapia ocupacional
de desenvolverem as suas capacidades e
autonomia com vista à sua futura integração
na sociedade».
Pode ajudar através da linha de apoio
760 10 14 15, de transferência bancária
para a conta do CADIn (ver NIB em
www.cadin.net/como-ajudar), seguida de
e-mail para [email protected] com o respetivo
comprovativo e os seus dados (nome,
morada e NIF), necessários para a emissão
do recibo. Pode, também, tornar-se amigo da
Bolsa Social, comprometendo-se a fazer um
donativo regular – a partir de um euro por
mês – e, assim, assegurar que o CADIn pode
dar o apoio continuado às famílias que
o procuram. Informações através do e-mail
em cima referido ou do telefone 214 858 240.
Tem, também, a oportunidade de
ajudar sem qualquer custo, consignando
0,5 por cento do seu IRS liquidado para
a instituição. Basta indicar o NIPC
506 285 871 no anexo H, no quadro 9,
da sua declaração de IRS.
Se preferir, pode optar pela doação de bens
e serviços, como papel de fotocópia, lápis
e canetas para escrever e pintar, pastas de
arquivo, fotocopiadora ou central telefónica,
AJUDE
Calendário CADIn
solicitando-se um contacto prévio para o
e-mail [email protected].
Outra hipótese é a participação nas
várias campanhas e eventos solidários,
como espetáculos ou provas desportivas,
cujas receitas de bilheteira revertam para
o CADIn, que, desde já, deixa um sentido
agradecimento.
Anualmente, é publicado o calendário
escolar CADIn, distribuído com
o Expresso e patrocinado pelo
Caixa Geral de Depósitos e por
este semanário, que tem como
principal objetivo promover
a inclusão na sociedade das
pessoas com perturbações do
neurodesenvolvimento, bem como
dar a conhecer o CADIn e divulgar
o seu trabalho.
Fotografado nos estúdios
da Impresa Publishing, é um
acontecimento aguardado sempre
com enorme expectativa. Este
ano, o tema foram os super-heróis,
empenhados em superar os seus
limites e tornar o mundo melhor
através dos seus superpoderes.
A começar logo pela autoestima
de quem diariamente se vê
confrontado com dificuldades. O
facto de entrarem no calendário
é muito positivo, afirma Andreia
Craveiro, explicando que
«aparecerem no calendário e
levarem para a escola aumenta-lhes
imenso a autoestima».
Positiva é também a parceria
com a CGD, que já vem de longe,
contribuindo para o desenvolvimento
de projetos como o do calendário
escolar. Ou num outro desenvolvido
para a inclusão de pessoas com
síndrome de Asperger, centrado na
formação de competências para
o local de trabalho, em simultâneo
com a formação de colaboradores
das várias empresas envolvidas e
acompanhamento de todos, ao longo
dos nove meses que durou o estágio,
uma iniciativa com resultados
francamente positivos.
LIGUE 760 10 14 15 E CONTRIBUA COM A SUA GENEROSIDADE PARA APOIAR O CADIN A AJUDAR MAIS PESSOAS
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
59
s
sustentabilidade
AÇÃO SOLIDÁRIA
Dar mais ao mundo
Foram mais de duas dezenas as instituições apoiadas
pela ação Dá Mais ao Mundo no Rock in Rio, levada a cabo por alunos
de todo o País, numa iniciativa inserida no âmbito do programa
Young VolunTeam
DESDE HÁ DOIS ANOS que o programa Young VolunTeam
se tem revelado um sucesso. Desenvolvido pela CGD, em
parceria com a ENTRAJUDA e a Sair da Casca e com o apoio
da Direção-Geral da Educação e do Programa Juventude em
Ação da Comissão Europeia, a iniciativa visa promover o
voluntariado junto das gerações mais novas, incentivando o
reconhecimento de competências para o futuro profissional
dos alunos (ver coluna).
Numa das muitas iniciativas desenvolvidas no âmbito do
programa, as equipas foram desafiadas a aderir à ação Dá Mais
ao Mundo no Rock in Rio, que contava, ainda, com outros dois
parceiros: o próprio Rock in Rio Lisboa e a SIC Esperança.
O objetivo passava por uma recolha de fundos, através da venda
de pulseiras, cujo montante reverteria a favor de um conjunto
de IPSS, tendo em vista a aquisição de equipamento e
beneficiação de infraestruturas que permitissem melhores
condições de estudo para as crianças que as frequentam.
A este desafio responderam 23 escolas e, assim, entre 2
de abril e 30 de junho, várias dezenas de jovens arregaçaram
as mangas por esta causa. Pelo meio, as dez equipas com
melhores resultados até meados de maio foram convidadas
a prosseguir a sua angariação no Rock in Rio, onde puderam
assistir aos concertos e demais espetáculos. Além disso, foi
também criada uma conta solidária, para que os colaboradores
da CGD e toda a comunidade pudessem contribuir.
No final, o valor angariado cifrou-se nos 51.544,61
euros, um montante que excedeu as expectativas iniciais,
tendo em conta o enquadramento da iniciativa, totalmente
realizada por jovens voluntários. A verba foi, posteriormente,
distribuída por 23 IPSS, num processo de seleção levado a
cabo pela ENTRAJUDA.
Marta Vinhas, responsável pelos Projectos Solidários na
ENTRAJUDA, explica que foi selecionada uma instituição
na área de cada uma das escolas aderentes, de forma a
promover laços com a comunidade. Para isso, «cada uma das
instituições beneficiadas teve a oportunidade de apresentar
uma candidatura ao projeto Dá Mais ao Mundo no Rock in
Rio, indicando as necessidades específicas para as salas de
estudo que pretendiam criar ou equipar».
60
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
A vontade de
fazer (o) bem
Nesta primeira fase,
os protagonistas foram
efetivamente os jovens.
«Foi muito gratificante ver o
empenho colocado», refere Marta
Vinhas, acrescentando que, «em nosso
entender, os valores da dádiva e da partilha,
veiculados no programa, foram aqui tangibilizados». Isto
numa ação que fez os jovens pensar na realidade de crianças
que não têm o mesmo acesso à educação, permitindo,
simultaneamente, participarem num festival de música. Ou
seja, foi «juntar o útil ao agradável», explica sorrindo.
Opinião na mesma linha tem Jofre Pereira, diretor-geral do
Centro Solidariedade e Cultura de Peniche (CSCP), uma das
IPSS apoiadas, neste caso pertencente à Paróquia de Peniche.
Para o responsável, estas iniciativas são determinantes para o
desenvolvimento cívico e solidário de jovens e adultos, pois
«promovem o desenvolvimento cognitivo, social e educacional
dos jovens, fomentam o voluntariado entre os adultos e criam
No C.A.T.L do Centro
Social de Pindelo,
aprender vai ser muito
mais divertido (em cima,
à direita)
parcerias entre as instituições, que ajudam a otimizar recursos
que são escassos». Assim, refere, é possível dar uma resposta
mais eficaz localmente para criar igualdade de oportunidades,
diminuindo as desigualdades entre as pessoas, algo que considera
«um fator de desenvolvimento das comunidades».
A iniciativa tem, precisamente, este outro mérito: o de mostrar
como o voluntariado pode ser trabalhado pelas empresas e em
parcerias entre instituições, junto da comunidade e em prol
de causas sociais. Marta Vinhas aponta a importância deste
envolvimento, dado que muitas IPSS «não dispõem de recursos,
financeiros ou humanos que lhes permitam realizar projetos mais
ambiciosos e inclusivos».
O impacto destas instituições na comunidade é visível, por
exemplo, no caso do CSCP, cuja missão passa por educar, acolher
e integrar crianças, jovens e famílias, cuidando e promovendo a
pessoa idosa, segundo os valores da Doutrina Social da Igreja. Para
isso, esta IPSS dispõe de um conjunto de atividades e valências
abrangente, que chega, diariamente, a mais de 200 pessoas –
ou a muitas mais, se considerarmos o que isso representa nas
famílias dos seus utentes. Jofre Pereira adianta que a atividade da
instituição «abrange um grande tecido do nosso concelho». Os
números ajudam a perceber: além dos 200 utentes diários, o CSCP
envolve cerca de 90 colaboradores, 30 voluntários e mais de 700
pessoas beneficiadas com a distribuição de alimentos e bens de
primeira necessidade.
A Obra D. Josefina da Fonseca de Protecção à Criança e
Formação Doméstica (OJF) foi outra das entidades apoiadas. Isabel
Almeida, diretora técnica da instituição, é da opinião que esta «é
uma maneira de a sociedade civil se envolver com as instituições
YOUNG VOLUNTEAM
Um programa de voluntariado
jovem que veio para ficar
O Young VolunTeam é um
programa dirigido aos alunos do
ensino secundário, desenvolvido
pela CGD, em parceria com a
ENTRAJUDA e a Sair da Casca,
contando, ainda, com o apoio
da Direção-Geral da Educação
(DGE) e do Programa Juventude
em Ação da Comissão Europeia.
Tem como objetivo promover
o voluntariado junto dos
jovens e, simultaneamente,
incentivar o reconhecimento de
competências essenciais para o
seu futuro profissional e para a
competitividade do País, nos mais
variados aspetos sociais: inclusão,
empreendedorismo, educação,
cidadania, emprego e criação de
valor para o futuro.
Os resultados estão à vista. Se na
edição 2012/2013 o saldo tinha
sido já muito satisfatório, em
2013/2014 os resultados foram
verdadeiramente impressionantes.
Das 90 escolas participantes,
1080 alunos dos grupos de
embaixadores espalharam a
semente do voluntariado junto
de 60.984 colegas do ensino
secundário, aos quais se somaram
2396 alunos no ensino básico.
Uma evolução que legitima o
programa Young VolunTeam e
ilustra a proficuidade de uma
parceria que vem desde de 2005,
«existindo já uma relação de
confiança recíproca», explica
Marta Vinhas. «A CGD não se
limita a entregar donativos, mas
tem uma real preocupação de
sustentabilidade que faz com que
defina uma verdadeira estratégia
de responsabilidade social.»
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
61
s
sustentabilidade
de modo mais ativo, mais concertado e responsável.» No caso
da OJF, em causa está um «peso valioso na economia local»,
traduzido em 39 postos de trabalho, suporte social a 182
famílias, disponibilizando-as para o mercado de trabalho, e a
dinamização económica local fruto da aquisição de produtos e
matérias-primas.
As salas de estudo
Não admira, por isso, que toda a ajuda seja bem-vinda. Neste
caso, para dotar as salas de estudo de melhores condições para
as crianças. Segundo Marta Vinhas, «este projeto foi muito
importante para as instituições apoiadas e a avaliação foi muito
positiva. Recebemos numerosos testemunhos, que relatam esta
constatação, o que reforça a certeza da bondade da iniciativa.»
Com os dois mil euros que cada uma das IPSS recebeu,
houve quem optasse pela aquisição de computadores e outro
material informático, mas também por máquinas fotográficas,
rádios e leitores de MP3. Ou, ainda, por enciclopédias e
manuais escolares, jogos didáticos e outros materiais de apoio
diversificado ou até armários, mesas e cadeiras de trabalho. As
necessidades foram, de facto, várias, mas o objetivo comum.
O diretor do CSCP afirma que a verba disponibilizada foi
«crucial para que pudéssemos dar outro modelo e dinâmica
de funcionamento da sala de estudo». E explica porquê,
acrescentando que este contributo permitiu «dar uma resposta
mais alargada e integral à população estudantil», colmatando
dificuldades existentes no seio de muitas famílias. Assim, a sala
de estudo, em colaboração com a família e a escola, «procura
completar e colmatar essa lacuna».
Isabel Almeida corrobora a avaliação positiva. «São do
conhecimento geral as dificuldades económicas com que se
debate o setor social.» Por isso, garante, apoios desta natureza
traduzem-se numa «mais-valia incalculável, dado que, e no caso
concreto, foi possível equipar mais uma nova sala de estudo
e completar outra já existente». Uma realidade que permitiu
o apoio a mais crianças e melhorar as condições físicas e de
aprendizagem.
Já para Helena Estima, diretora técnica da Abarca, este
projeto possibilitou a criação de uma «sala de estudos interativa,
moderna e motivadora para as crianças, de forma a que
desenvolvam todo o seu potencial e se tornem futuros adultos
de sucesso». Para a responsável, a própria utilização dos meios
tecnológicos veio trazer maior autonomia e capacidade de
pesquisa, dando aos «menos favorecidos a oportunidade de
acesso à informação e a possibilidade de atualizarem os seus
conhecimentos». E, acrescenta, deslumbram-se já evoluções
no desenvolvimento das crianças, apesar de só recentemente
terem beneficiado deste material, principalmente na leitura,
na escrita e no raciocínio matemático. Além disso, «é também
uma mais-valia no trabalho com crianças com dificuldades de
aprendizagem, permitindo a exploração de inúmeras atividades
lúdico-didáticas». Por tudo isto, Helena Estima considera este
«projeto de grande relevância no desenvolvimento cognitivo,
psíquico e social das crianças que beneficiam dele».
62
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
peniche
O Centro Social
e Cultural
de Peniche
foi um dos
beneficiados
com o projeto
INSTITUIÇÕES APOIADAS
> Abarca - Associação Barroense,
Águeda;
> Associação dos Amigos da Encosta
Nascente, Amadora;
> Associação Mutualista - A Benéfica
e Previdente, Porto;
> ADSCS - Associação para o
Desenvolvimento Social e
Comunitário, Santarém;
> APEPI - Associação Pais e
Educadores para a Infância, Pombal;
> Casa do Menino Jesus, Covilhã;
> Centro de Bem Estar Social da
Amadora;
> Centro de Solidariedade e Cultural
de Peniche;
> Centro Social Cultural e Recreativo
de Pindelo, Oliveira de Azeméis;
> Centro Social de Soutelo, São Pedro
da Cova;
> Centro Social do Souto, Santa Maria
da Feira;
> CSP S. José, Viseu;
> CSP da Benedita;
> CSP de Landim, Vila Nova de
Famalicão;
> CSP de São Romão de Carnaxide,
Oeiras;
> Fundação ADFP, Miranda do Corvo;
> Fundação Manuel Gerardo de Sousa
e Castro, Beja;
> Irmãs Hospitaleiras de Assumar,
Elvas;
> Lar Santo António da Cidade de
Santarém;
> Obra D. Josefina Fonseca de
Protecção à Criança e Formação
Doméstica, Tábua;
> Posto de Assistência Social da
Malveira;
> S.C.M. Cantanhede;
> S.C.M. de Peso da Régua.
E são muitas, efetivamente, as crianças que dele
beneficiam. Como a Maria João, do Centro Social de Pindelo,
que escreveu uma carta de agradecimento pelos presentes,
publicada na edição de novembro do jornal Pinhãozinho.
Ou as do Centro Social do Souto, em Santa Maria da
Feira, que fizeram questão de agradecer aos promotores da
iniciativa com um conjunto de desenhos sobre o valor da
solidariedade.
A NOSSA POLÍTICA AMBIENTAL PROTEGE ATÉ
OS QUE NUNCA SERÃO NOSSOS CLIENTES.
A Caixa foi reconhecida, pelo quarto ano consecutivo, pela sua transparência face às alterações climáticas, pelo Carbon
Disclosure Project (CDP), organização internacional que analisa e detém o maior repositório de informações sobre emissões
de gases de efeito estufa do setor empresarial mundial. Com projetos criados para reduzir as emissões de carbono, otimizar
a gestão de recursos e diminuir riscos ambientais, a Caixa é o banco ibérico com pontuação máxima no Carbon Disclosure
Leadership Index, no “Iberia 125 Climate Report 2014”.
CGD – BEST NON LISTED COMPANY PORTUGAL
Única empresa do setor financeiro com uma classificação de 100 pontos no Carbon Disclosure Leadership Index
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s
saúde
NUTRIÇÃO
A importância
dos cereais
Desde sempre que o Homem ingere cereais como alimento
energético essencial ao seu desgaste físico e intelectual. Saiba porquê
Por Rita Calha (dietista clínica)
AO CONTRÁRIO do que a maioria acredita,
o papel dos cereais é fundamental. Eles são
os principais fornecedores de polissacarídeos
(glícidos de cadeia complexa em que a
unidade básica é a glicose), sobretudo
hidratos de carbono (o amido, amilopectina,
dextrinas), pectina e fibra (solúvel e insolúvel).
São, também, fonte importante de vitaminas
(complexo B) e minerais (potássio, magnésio,
fosforo, cálcio, enxofre).
A digestão dos hidratos de carbono
origina glicose, que é transformada no
organismo para produzir energia, sendo a
principal fonte de energia para as células do
cérebro. Esta é a razão pela qual os cereais
devem, obrigatoriamente, ser incluídos na
Cereais, mas quais?
Provenientes das sementes das gramíneas
(espécie vegetal), ricas em amido e celulose,
são exemplo de cereais o arroz, o trigo, o
centeio, a cevada, o milho, a aveia e outros
menos conhecidos, como o amaranto
100 g de alimento
Prot. (g)
Trigo (farinha 55)
14
74
3
132
26
Bulgur (grão)
12
76
18
410
35
Quinoa (grão)
15
64
7
563
5
Kamutt
15
70
9
446
24
Millet
11
73
7
224
14
Esquema de um grão/
semente integral
GÉRMEN
É o alimento para a semente,
rico em antioxidantes,
vitaminas E e complexo B
Gl. (g)
alimentação. Estudos comprovam que os
glícidos fornecem 50 a 60 por cento do valor
energético necessário por dia.
A fibra, por sua vez, é um polissacarídeo
que não fornece energia, pois o nosso
organismo não a consegue digerir. Mas
apresenta uma função reguladora, aumenta
a saciedade e representa a chave essencial na
manutenção do equilíbrio da flora intestinal.
Fib. (g)
K (mg)
FARELO
Película exterior protetora
da semente, contém fibra,
vitaminas do complexo B e
oligoelementos
ENDOSPERMA
Providencia energia (a
partir dos glúcidos) e
proteínas
Ca (mg)
e a espelta. A variedade de cereais e de
subprodutos disponíveis é, de facto, muito
grande. Hoje, além dos produtos habituais
(arroz, massas, farinhas), podemos encontrar
muitos outros, sejam frescos ou secos, seja em
flocos ou em pó. Conheça alguns destes cereais
e as suas principais características:
• A quinoa (também conhecida como
grão de ouro) é reconhecida pela O.N.U.
como um alimento de excelência para o
desenvolvimento sustentável da agricultura.
É proveniente da região andina (Bolívia, Peru,
Colômbia e Equador), sendo cultivada há mais
de 3000 anos. É cada vez mais utilizada como
substituto do trigo e do arroz, apresentando
como mais-valia nutricional a sua riqueza
em todos os nutrientes, além de ser isenta de
glúten;
• O bulgur ou triguilho tem origem árabe
e é muito utilizado na culinária exótica e
mediterrânica. É uma variedade de trigo seco,
habitualmente utilizada salteada, em sopas,
em pastelaria ou cozida, só com leite e açúcar.
A nível nutricional, apresenta características
similares à do trigo;
• O millet é produzido, sobretudo, na África
e Sudoeste Asiático, tendo inúmeras utilizações
e apresentações. Pode ser usado em grão,
em farinha ou fermentado para produção de
bebidas destiladas (rakshi, tongba ou boza) e
é também isento em glúten, sendo, por isso,
uma mais-valia para os doentes celíacos;
• O kamutt é uma variedade do trigo, mas
contém, por 100 g, uma maior quantidade
de proteínas, lípidos, vitaminas e minerais,
apresentando um baixo índice glicémico,
sendo, assim, uma opção nutricional
vantajosa para o doente diabético. «Kamutt»
significa cereal, farinha ou pão de cereal,
sendo proveniente do Egito, local onde se
encontraram as primeiras sementes, e está
registado como marca de modo a preservar a
integridade original do grão.
Conforme ingeridos em cru ou cozinhado,
mais difícil ou fácil será a digestão dos
amidos nestes alimentos. Mas dê largas à
sua imaginação: varie, cozinhe ou coma em
cru! Não deixe de os incluir no seu dia a dia
alimentar!
PARCERIA COM LUSÍADAS SAÚDE
Conheça as várias vantagens que os cartões da Caixa lhe proporcionam nas Unidades Lusíadas Saúde, nomeadamente 15% de desconto no atendimento urgente
sobre a tabela de particulares. Saiba as condições em www.vantagenscaixa.pt/parceiros/lusiadas.
64
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
e
educação
LINKEDIN
Nem todas as redes sociais são iguais
Ao contrário do famoso Facebook, existe uma rede social que foi criada a pensar em profissionais
e onde, todos os meses, é possível encontrar dezenas de milhar de possibilidades de emprego
Texto Pedro Guilherme Lopes
NA SOCIEDADE ATUAL, não faz
sentido procurar emprego sem
recorrer à Internet e, sobretudo,
às redes sociais. Esta ideia é
sublinhada, por exemplo, por
Anabela Possidónio, diretora
executiva do Lisbon MBA, que,
em declarações ao jornal Público,
afirmou que «procurar emprego
é um trabalho a tempo inteiro
e as redes sociais tornam as
oportunidades mais reais». Na
mesma entrevista, a especialista
sublinhou a importância desta
presença on-line face ao elevado
número de anúncios publicados na Internet
e à rapidez de resposta a ela inerente. Mas,
tal como acontece noutras ferramentas
para procurar emprego, existem pequenos
truques que permitem otimizar a utilização
do LinkedIn.
Uma rede com regras próprias
Sendo uma rede para profissionais, o
LinkedIn exige um comportamento bem
diferente do que temos, por exemplo,
no Facebook. Se o objetivo passa por
estabelecer relacionamentos profissionais, é
de evitar partilhar fotografias de momentos
de lazer ou fazer comentários pouco
relevantes para o seu perfil.
A fotografia e a pegada digital
Vários estudos demonstram que as empresas
preferem perfis aos quais surja associada
uma fotografia. Escolha uma fotografia de
rosto ou de meio corpo, não demasiado
informal. E, já que falamos em fotografias
e em credibilidade, tenha em atenção
a exposição nas redes sociais. É prática
comum quem está a recrutar um profissional
fazer uma ronda por outras redes sociais, de
forma a conhecer um pouco mais sobre a
pessoa em questão.
área que lhe interessa cheguem mais
rapidamente ao seu currículo.
Seguir empresas
Seguir as empresas de referência
no setor onde deseja trabalhar
permite-lhe estar atualizado sobre
as novidades e perceber quais os
perfis associados a essa empresa que
podem ser potenciais recrutadores.
Percebendo essas presenças, poderá,
por exemplo, aderir a grupos dos
quais eles façam parte e, dessa
forma, aumentar a possibilidade de
repararem em si.
CGD NO LINKEDIN
LANÇADA NO INÍCIO DE 2014, a
página oficial da CGD no LinkedIn
já ultrapassou 13 mil seguidores
e continua a captar a atenção do
segmento empresarial, que recorre,
cada vez mais, a esta rede social. Por
isso, a Caixa procura ir ao encontro
das necessidades específicas de
empresários e demais profissionais
nela presentes, dando a conhecer
informação relevante para o
desempenho da sua atividade.
Visite e torne-se seguidor em
www.linkedin.com/company/cgd.
Currículo sempre atualizado
e com palavras-chave
É fundamental. E, quando o fizer, tenha em
atenção que uma experiência profissional
ou de formação que, em seu entender, é
pouco relevante pode fazer a diferença para
quem está a selecionar. Não se esqueça,
igualmente, de associar palavras-chave ao
seu perfil, permitindo que os recrutadores da
Aderir a grupos
Custa muito pouco e pode trazer enormes
benefícios. Antes de aderir a um grupo,
deve ter em conta três aspetos: selecionar
grupos relevantes para a área na qual
procura emprego; escolher grupos onde
exista um elevado número de membros
que pertençam ao país onde pretende
trabalhar; selecionar grupos onde
possam estar potenciais recrutadores
(ver dica «Seguir empresas»). Ao entrar
nas discussões temáticas, estará a dar
visibilidade ao seu perfil e a trabalhar
no sentido de ampliar a sua rede de
contactos. E não se esqueça de que, para
lá dos grupos temáticos, existem grupos
dedicados à procura de emprego.
A importância das recomendações
Acredite que vale a pena pedir
recomendações. A opinião positiva de
alguém que o avalia como profissional
valorizará o seu perfil e dará boa imagem
junto dos recrutadores. E, num universo
que funciona em rede, não é de excluir
que a opinião de quem o recomenda seja
verdadeiramente relevante para quem está a
recrutar.
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
65
s
sustentabilidade
KIDZANIA
Aprendizagem
e brincadeiras
Verdadeira revolução no conceito
de entretenimento – e educação, talvez mais até do que
a componente lúdica –, a KidZania permite às crianças brincar,
a sério, aos adultos num ambiente extremamente realista
Texto Helena Estevens
PARQUE TEMÁTICO dirigido a famílias com crianças dos três
aos 15 anos, a KidZania apresenta-se como uma grande cidade à
escala dos mais pequenos, que aqui podem escolher entre mais de
60 profissões diferentes, em réplicas dos estabelecimentos mais
representativos de uma cidade real. Com a CGD como Banco
oficial desde o início, a KidZania contempla ainda um aeroporto,
esquadra de polícia, bombeiros, imprensa, estúdio de TV, teatro,
fábricas, lojas, circuito automóvel, estádio desportivo, entre
vários outros, com inúmeras profissões associadas. O objetivo é
que as crianças experimentem o mundo do trabalho através de
role play, com supervisores adultos que não os pais, lições sobre
responsabilidade, tomada de decisões e trabalho em equipa.
Os conteúdos acompanham os programas escolares e procuram
ensinar às crianças valores e regras de cidadania, ajudando-as
a viver de forma saudável em sociedade através de atividades
divertidas e, simultaneamente, pedagógicas.
Fruto da imaginação de Xavier López Ancona, empresário
mexicano movido pela dupla paixão de educar e entreter crianças,
desde a abertura do primeiro parque temático, mais de 35
milhões de crianças visitaram já, pelo menos, umas das KidZanias
espalhadas um pouco pelo mundo. Tudo começou em Santa Fé, no
México, em 1999, sob o nome de Cidade das Crianças, seguindo-se muitas outras cidades, como Tóquio ou Dubai, passando por
Lisboa, Cairo ou Santiago do Chile. E, para breve, estão previstas
aberturas nos EUA, São Paulo e Moscovo, entre outras.
Sistema económico próprio
Uma vez que um dos objetivos da KidZania é dar a conhecer
o mundo do trabalho, é natural que este seja recompensado.
Isso acontece através de kidZos, a moeda oficial, com a qual
se pode aceder aos mais variados serviços dentro da cidade
(supermercado, cabeleireiro, alugar um carro, etc.) ou pagar as
compras feitas na loja de kidZos.
Cabe às crianças fazerem a gestão do seu próprio dinheiro,
havendo a possibilidade de guardarem os kidZos na sua conta
bancária da Kidzania e levantá-los nas caixas ATM na próxima
visita.
66
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
O BANCO OFICIAL? A CAIXA. COM CERTEZA
Desde o início como Banco oficial da KidZania, a Caixa assume aqui um
papel fundamental na educação financeira dos mais novos, não só no
que respeita à aprendizagem de vocabulário, mas também na promoção
de hábitos de poupança, essencial para a realização dos mais variados
objetivos. Para isso, tem promovido várias iniciativas na KidZania, como
a Semana da Poupança ou a comemoração de dias especiais, como os do
Pai, da Mãe ou dos Avós, por exemplo.
DIRIGIDA A FAMÍLIAS COM
CRIANÇAS DOS TRÊS
AOS 15 ANOS, A KIDZANIA
APRESENTA-SE COMO UMA
GRANDE CIDADE À ESCALA
DOS MAIS PEQUENOS, QUE
AQUI PODEM ESCOLHER ENTRE
MAIS DE 60 PROFISSÕES
NA CAIXA, HÁ CARTÕES
QUE ENSINAM A POUPAR
Sabia que a Caixa ajuda a
gerir a mesada dos jovens,
transferindo para a poupança
o montante não utilizado
durante o mês? É isso que
acontece com os cartões
LOL.
O LOL Júnior (10-15 anos)
e o LOL (15-18 anos) são
cartões pré-pagos que
funcionam com base
num valor previamente
carregado, que pode ser
pontual ou agendado. O
nível de segurança na
utilização é muito elevado,
já que todas as operações
requerem o número de
identificação pessoal e os
gastos são limitados ao
saldo existente. No caso do
LOL Júnior, existe, mesmo,
um limite diário de utilização,
atualmente de 50 euros,
conferindo, ainda, maior
proteção e controlo dos
gastos.
A vertente didática destes
cartões é, também, um
fator muito importante, já
que é o jovem que gere e se
responsabiliza pelo dinheiro,
avaliando as opções de
compra de acordo com o
saldo de que dispõe.
E essa gestão passa
também pela poupança. Esta
opção funciona de um modo
muito simples: no final de
cada mês, o que sobrar no
saldo do cartão é guardado
e, sempre que atinja um
euro ou mais, é transferido
automaticamente para
a conta de poupança
CaixaProjecto, onde fica a
render juros.
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
67
c
cultura
ORQUESTRA DAS BEIRAS
Espalhar a música
Levar a música sinfónica às pessoas que estão
mais afastadas dos grandes centros e formar públicos
precisamente com os mesmos objetivos de
todas as orquestras regionais, ou seja, «levar
a música sinfónica às pessoas que estão
mais afastadas dos grandes centros. Levam
o reportório sinfónico, essencialmente na
região onde estão inseridas, ainda que,
naturalmente, atuem também noutras regiões e
no estrangeiro», adianta o maestro.
das diversas faixas etárias é uma das razões de ser
da Orquestra Filarmonia das Beiras. Mas não a única
Texto Helena Estevens
NASCIDA HÁ 17 ANOS, a Orquestra
Filarmonia das Beiras faz parte da rede
nacional de orquestras, que, além das duas
nacionais (Orquestra Sinfónica da Casa da
Música, no Porto, e Orquestra Sinfónica
Portuguesa, em Lisboa), prevê a existência
de orquestras regionais, um projeto lançado
no princípio dos anos 90. Trata-se de uma
«iniciativa governamental que previa que as
regiões tivessem uma orquestra, parcialmente
sustentada pelo Estado e pelas próprias
68
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
autarquias e outras instituições da região e
privadas», explica o maestro António Vassalo
Lourenço, diretor artístico da Orquestra
Filarmonia das Beiras. A primeira a nascer
deste projeto foi a Orquestra do Norte, em
1992. Seguir-se-lhe-ia a Orquestra Filarmonia
das Beiras, na Região Centro, e mais tarde,
em 2002, a Orquestra do Algarve, atualmente
Orquestra Clássica do Sul.
A história da Filarmonia das Beiras começa,
assim, integrada nesta rede de orquestras,
Chegar mais longe
Formar e fidelizar públicos é outra das
prioridades desta orquestra, daí a conceção
e desenvolvimento de programas específicos
para crianças, desde as do 1.º ciclo, a óperas
infantis, em português (todos os anos há uma
produção de ópera para públicos jovens).
«Tem, também, uma programação orquestral
que tenta fazer chegar a música a outros
públicos e, por isso, atua com regularidade
com conceituados artistas do nosso panorama
musical, não forçosamente de música
chamada erudita», frisa Vassalo Lourenço,
não perdendo nunca de vista um trabalho
musical de qualidade e altos padrões de
execução musical que, como
a Escola de Música de Lisboa,
orquestra profissional que é,
entre outras instituições com
tem necessariamente de ter.
as quais tem protocolos. Isto
Na área do jazz, por exemplo,
permite realizar concertos em
a Orquestra contou já com
que se integram estudantes
a colaboração de Maria João
na Orquestra ou coros de
e Mário Laginha. Bernardo
instituições ou localidades
Sassetti foi outra das presenças
onde atua, num esforço
habituais, tal como muitos
conjunto de «aproximar, cada
dos «principais fadistas que
vez mais, a Orquestra das
estão em atividade». Para
pessoas, sem estar à espera que
dar a conhecer a orquestra e
elas venham ter connosco»,
captar públicos que «às vezes
refere o maestro.
responsável O maestro
não se interessariam muito»,
António Vassalo Lourenço
sublinha a importância
Mais e melhor
a Filarmonia das Beiras até
de aproximar a orquestra
Feitas as contas, o balanço
trabalhou algumas vezes com
das pessoas
ao longo destes 17 anos, tem
outras linguagens musicais
sido mais do que positivo. «Nos locais onde
«mais dentro do pop e do rock».
vamos com regularidade, em municípios
Ciente de que o reportório é o elemento
com os quais temos protocolos, temos
fundamental que permite atuar junto das
observado que o público vai aumentando»,
pessoas e conquistar públicos diferentes, a
inclusive nos casos em que se passou a
Filarmonia das Beiras, além de participar nos
cobrar entrada, refere Vassalo Lourenço,
principais festivais de música erudita do País,
sublinhando, no entanto, tratar-se de um
tem procurado fazer, regularmente, concertos
trabalho «só possível com apoios». Daí a
virados para públicos menos convencionais.
importância da Caixa, com o programa
É o caso dos concertos de fim de ano, em que
de apoio às orquestras, um caso único no
convida «um artista que traz outro tipo de
nosso País. «Trata-se de um parceiro muito
público e que tem a oportunidade de tocar
importante e o facto de a CGD ter apoiado,
com orquestra», ou do trabalho direcionado
pela primeira vez, a Orquestra é muito
para públicos mais jovens, onde há «a
significativo. É a garantia de que vamos
preocupação de fazer um reportório que seja
conseguir fazer programas melhores e chegar
mais acessível, ainda que dentro da música
a mais pessoas, o que é francamente bom.»
erudita», que é explicado e comentado.
E é, precisamente, no âmbito desta
A Orquestra colabora, ainda, com as
parceria que a Orquestra Filarmonia
escolas de música de nível secundário, como
das Beiras está a levar a efeito o ciclo de
os conservatórios e academias, ou de nível
concertos Caixa Brahms 2014-2016.
superior, como a Universidade de Aveiro ou
ORQUESTRAS NA CAIXA
A política de responsabilidade social
da CGD reflete-se, entre outras
vertentes, no apoio à música. É
neste contexto que surge o Projeto
Orquestras, ligando a Caixa a várias
orquestras de norte a sul do País,
visando levar mais e melhor música a
cada vez mais pessoas.
A Orquestra do Norte iniciou a
relação com a Caixa em 2000, tendo
realizado já dezenas de concertos,
dirigidos a diferentes faixas etárias,
abrangendo um vasto número de
géneros musicais, de compositores
e de intérpretes. É o caso do ciclo
Música com a Caixa, bem como do
apoio genérico ao programa educativo
desenvolvido pela orquestra que
chega a milhares de crianças.
Na zona centro, além da Filarmonia
das Beiras, outro caso de sucesso é o
apoio à Orquestra Clássica do Centro,
que vem de 2006. São de destacar os
Encontros Internacionais de Guitarra
Portuguesa, realizados anualmente
para promoção dos valores culturais
nacionais.
Mais a sul, a parceria da Caixa com a
Orquestra Metropolitana de Lisboa
remonta a 2001, somando inúmeras
iniciativas. Umas promovendo novos
valores, como o Atelier de Ópera da
Metropolitana, iniciado em 2014; outras
com o objetivo da promoção de novos
públicos, como o Caixa da Música.
A sul, a CGD apoia desde 2005, como
Mecenas Extraordinário, a Orquestra
do Algarve, que, entretanto, deu
origem à atual Orquestra Clássica
do Sul. O Festival Caixa Geral de
Depósitos, agora designado Festival
Caixa a Sul, é um dos expoentes
máximos da programação cultural
do Alentejo e Algarve no âmbito da
música erudita e de fusão, este ano
com a presença do jazz e também do
fado, com Gisela João. De realçar, ainda,
os Concertos Promenade, a pensar
nas famílias e pautados pela busca de
interação com o público.
caixa brahms O ciclo
de concertos resulta
de uma parceria entre
a Orquestra Filarmonia
das Beiras e a CGD
Cx
a rev i s ta d a ca i xa
69
c
cultura
1. RECOMEÇAR
2. O HOMEMDA AREIA
3. UMAVIÃO SEM ELA
As escolhas de...
María Dueñas
Lars Kepler
Michel Bussi
Júlio
Porto Editora
Dom Quixote
Bertrand
Resende
Três anos depois da
publicação de O Tempo
entre Costuras, Dueñas
volta a bater à porta dos
leitores com a história e a
voz de uma mulher. Uma
mulher contemporânea, cuja
estabilidade, aparentemente
invulnerável, se desvaneceu
no ar. Chama-se Blanca
Perea e decidiu fugir.
Este é o quartolivro da série
que tem como protagonista
o comissário Joona Linna,
desta vez enfrentando Jurek
Walter, um dos assassinos
em série mais perigosos
e mortais do mundo. Um
psicopata tão sinistro e tão
inteligente como Hannibal
Lector.
Na sequência de um trágico
acidente de avião, as equipas
de salvamento encontram
apenas um sobrevivente: um
bebé de três meses. Mas iam
dois bebés de três meses no
avião, duas meninas, ambas
louras, de olhos azuis. As duas
famílias disputam a custódia
numa época anterior aos
testes de ADN.
Músico
(€17,70 na Bulhosa)
(€18,80 na Bulhosa)
Um dos mais importantes
nomes do jazz nacional
desvenda o que mais gosta
de ler, ver e ouvir.
(€18,80 na Bulhosa)
2
1
3
4
5
NÃO É DE ADMIRAR que a
escolha cinematográfica de
Júlio Resende recaia sobre
Pina, de Wim Wenders,
homenagem à bailarina
e coreógrafa alemã Pina
Bausch. Para ler, a sugestão
é Histórias Falsas, de
Gonçalo M. Tavares, e o
disco recomendado é The
Koln Concert, de Keith
Jarrett. «Sentem-se, relaxem,
ponham a tocar e vivam
um pouco» é o convite que o
músico nos deixa.
4. A CULPA É DAS
ESTRELAS
John Green
Edições Asa
A obra mais ambiciosa e
comovente deste autor
premiado, explorando
a aventura divertida,
empolgante e trágica
que é estar-se vivo e
apaixonado.
7
6
(€17,50 na Bulhosa)
António Zambujo
7. THE LONDON
SESSIONS
6. THEENDLESS
RIVER
5. MONDRAGÓ- A
GRANDE PROVA
Universal Music
Mary J. Blige
Pink Floyd
Ana Galán
Já com o Disco de Ouro
conquistado, Rua da Emenda
é-nos apresentado como
uma verdadeira avenida
do mundo, onde coabitam
as sonoridades do Brasil,
da França, do Uruguai e do
continente africano.
Universal Music
Warner Music
Everest
Uma coleção de canções
feitas lado a lado com
os talentos britânicos
mais atuais: Sam Smith,
Disclosure, Emeli Sandé,
Naughty Boy ou Disclosure,
entre outros.
Após um interregno de
20 anos, a banda de David
Gilmour regressa com uma
homenagem ao rock, que
tem como ponto de partida
as sessões de gravação do
álbum The Division Bell.
Destinado a crianças a partir
dos oito anos, este é o primeiro
capítulo de uma saga que tem
como protagonista o jovem Cale
e o seu dragão, Mondragó. Com
a ajuda de amigos, enfrentarão
fantásticas aventuras.
(€11,19 na FNAC on-line)
(€15,99 na FNAC on-line)
(€21,59 na FNAC on-line)
(€8,95 na Bulhosa)
8. RUA DA EMENDA
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70
Cx
a re v i s ta d a c a i xa
Foto: D. R.
8
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AO SALTO NA CARREIRA.
Consigo em todas as fases da sua vida.
A vida de uma mulher tem muitas fases - e todas se cruzam na Caixa. Desde o primeiro passo, passando pela primeira mesada
até à gestão do dia a dia, em casa e no trabalho, a Caixa está consigo em todas as fases da sua vida. É por isso que, para milhões
de portuguesas, a Caixa é mais do que um Banco: é um Banco para a vida.
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Informe-se na Caixa.
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20-01-2015
agenda
Dança
Música
Danza 220V
Yuri Daniel Quartet
07.03
Fundação CGD – Culturgest, Lisboa
19.02
Fundação CGD – Culturgest, Lisboa
Valeriano Paños passou, entre
outras, pela Compañia Andaluza
de Danza e pelo Ballet Nacional
de España. Antonio Ruz tem
um currículo impressionante,
onde encontramos as melhores
companhias de ballet, de
dança contemporânea ou de
flamenco, além de também
ser coreógrafo. E David
Coria dançou com reputadas
companhias de dança,
trabalhando, atualmente, com o
Ballet Flamenco de Andalucía.
Estes três andaluzes, todos
premiados e habituados
a trabalhar em conjunto,
interpretam Danza 220V, criado
por Rafael Estevez e que conta
com a música eletrónica de
Artomatico e a voz castiça de
uma cantora de primeiro plano,
Sandra Carrasco. Misturam
tradicional com contemporâneo,
carne como máquina, barroco
com neoclássico, onde, por
vezes, surgem lampejos do
mais antigo folclore espanhol.
CONDIÇÕES PARA CLIENTES DA CGD
40% DE DESCONTO NA AQUISIÇÃO
DE ATÉ 2 BILHETES POR ESPETÁCULO
AOS TITULARES DOS CARTÕES CAIXA
ITIC, ISIC, CAIXA IU E CAIXA ACTIVA.
30% DE DESCONTO NA AQUISIÇÃO
DE ATÉ 2 BILHETES POR ESPETÁCULO
AOS TITULARES DOS CARTÕES CAIXA
GOLD, CAIXA WOMAN, VISABEIRA
EXCLUSIVE E CAIXADRIVE.
72
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a re v i s ta d a c a i xa
a ilustre compositora francesa
octogenária, reconhecida
mundialmente pelo seu trabalho
pioneiro no campo da música
eletrónica minimalista.
Yuri Daniel é um dos mais
reconhecidos contrabaixistas
da nova geração do jazz,
integrando várias bandas de
prestígio, entre as quais se
destaca a de Jan Garbarek (Jan
Garbarek Group), uma das
maiores referências do saxofone
mundial. Ritual Dance é o título
do mais recente trabalho do
Yuri Daniel Quartet, integrando
composições originais de
Yuri Daniel, Filipe Raposo e
Johannes Krieger. Fortemente
inspirado no livro Império à
Deriva – A Corte Portuguesa
no Rio de Janeiro 1808-1821,
de Patrick Wilcken, este novo
trabalho discográfico percorre,
de forma calma e serena, mas
simultaneamente inquieta e
irrequieta, os deslumbrantes
e luxuriantes caminhos da
profusão rítmica brasileira e dos
vestígios da herança lusitana
na miscigenação cultural em
«Terras de Vera Cruz».
Pântano
Exposição
Teatro
Pinceladas de Celulóide
Eurovision + Israel +Tear Gas
07.02 a 24.04
Fundação CGD – Culturgest, Porto
13 a 15.02
Fundação CGD – Culturgest, Lisboa
27 e 28.03
Fundação CGD – Culturgest, Lisboa
Os peregrinos são pessoas
que resolvem fazer uma
profunda reflexão sobre si
mesmo em movimento.
Há uma postura de solidão
e de sacrifício, numa procura
de um pensamento para
o Homem de hoje. São
espaços criados pelo
peregrino em movimento.
Surge, deste modo, a
possibilidade de um encontro
entre estas pessoas e, assim,
constroem um pensamento
solidário e coletivo. Este é um
espetáculo dirigido por Miguel
Moreira, fundador e diretor
de Útero, integrado no projeto
Guimarães 2012-2016.
Orq. Clássica do Sul
13.02 e 06.03
Salão Nobre da Santa Casa da
Misericórdia de Faro
Em paralelo, e como contraponto,
à exposição Honey, I rearranged
the collection... by artist, a
Culturgest reativa uma exposição
muito sui generis. Compõe-se de cartazes que foram
encomendados a cerca de 70
artistas e que tomam como
inspiração e referência os mais
diversos filmes acerca da vida e
da obra de artistas famosos ou
fictícios.
Música
Nate Wooley
26.03
Fundação CGD – Culturgest, Porto
Nate Wooley (Clatskanie, Oregon,
1974) é um dos mais requisitados
músicos nas comunidades
de jazz, improvisada e
contemporânea. Nesta singular
ocasião, Wooley interpretará
uma nova peça da sua lavra,
da série Syllables, e OCCAM X,
da autoria de Eliane Radigue,
Apoiado pela Santa Casa da
Misericórdia de Faro e com o
patrocínio da Caixa, este ciclo
de 11 concertos apresenta, na
próxima data, um espetáculo
em torno das obras de Mozart,
Wailly, Auric e Ibert, intitulado
Mozart e os Franceses. Já em
março, é a vez do público algarvio
assistir a um quarteto de cordas,
num concerto dedicado a Mozart
e Glazunov.Saiba mais sobre este
ciclo de concertos na página 8.
Na apresentação desta trilogia,
Pedro Zegre Penim explica que
«só quando já estava em ensaios
do que viria a ser a terceira parte
é que as três peças trocaram
energia e momento. Decidi
chamar-lhe, de modo oficioso, I
Am Europe, título de uma canção
de Chilly Gonzales. Ela consegue
aquilo que tento em cada um
destes espetáculos: forjar e
expor uma identidade a meio
caminho entre a reflexão sobre
uma herança cultural judaico-cristã e a minha biografia,
material sempre presente no
teatro que faço».
Fotos: Remedios Malvarez (Danza 220V), Helena Gonçalves (Pântano), Ângelo Fernandes (Eurovision).
a
vintage
v
A ARTE NAMBAN
Encontro de civilizações
Mais do que um biombo, é a representação pictórica de um momento
marcante da história portuguesa, vista de um modo singular
FACTOS
históricos
1593 a 1602
Pormenores que marcam
a História mundial.
A Inglaterra era atingida
pela peste (1593).
1.
2.
Em 1596, reconhecia-se a
invenção do termómetro
ao físico e astrónomo italiano
Galileu Galilei.
Nascimento do filósofo e
matemático francês René
Descartes (1596).
3.
Na era dos Descobrimentos, quando os portugueses
se aventuraram pelo mundo, o impacto foi
incomensurável. Intensificado o intercâmbio
económico e cultural entre civilizações, iniciavase, assim, o protótipo de uma globalização, que
precedia a passagem para a Idade Moderna.
Os primeiros contactos com o Extremo Oriente
deram-se em 1543, quando os portugueses
desembarcaram no Japão, motivados, sobretudo,
pelas trocas comerciais. O legado foi intenso e os
vestígios deixados pelo intercâmbio entre os dois
países perpetuam-se, através dos vocábulos que
entraram na língua japonesa – como, por exemplo,
«pan» (pão) e «koppu» (copo) –, através da arte e
da cultura.
O biombo aqui ilustrado é representativo da Arte
Namban, pertencendo ao espólio oriundo do ex-Banco Nacional Ultramarino e integrado na CGD
através da fusão ocorrida em 2001. É uma réplica do
original que se encontra no Museu Nacional de Arte
Antiga, atribuído ao japonês Kano Domi, da escola
de Kano (1593-1602), do período Momoyama.
O biombo é composto por seis folhas articuladas,
em madeira coberta por pequenas folhas de ouro e
pintura a têmpera fraca com pincelada brilhante.
O acontecimento histórico do desembarque dos
portugueses no Japão é aqui retratado pelos artistas
japoneses. Narram, através da pintura Namban, o
primeiro contacto com o ocidente, testemunhando
os costumes, os objetos, os trajes e até as feições e
expressões dos portugueses, a quem apelidavam de
«namban jin» ou «bárbaros do sul», por parecermos
pouco sofisticados e pouco civilizados.
As cenas representam a chegada do «Navio
Negro» e da sua tripulação, cuja perícia nos mastros,
vergas e gáveas, tanta admiração causaram. As
mercadorias vindas do comércio com a China, tão
cobiçadas pelos japoneses, eram ali descarregadas
e desembarcadas pelos batéis na praia. Identificam-se, por exemplo, as sedas, peças de mobiliário,
porcelanas, entre outras curiosidades daquela época.
É deste encontro de civilizações, com intercâmbio
cultural e comercial, que desde sempre nos
identificamos como um povo de espírito
aventureiro, presente em todo o mundo.
Em 1597, os corsários de
Robert Devereux atacam
a vila da Calheta, na lha de
São Jorge, mas a população
consegue repelir o ataque.
4.
Inicia-se a construção
da Sé Nova de Coimbra
(1598).
5.
6.
7.
No Brasil, é fundada a
cidade de Natal (1599).
Em 1599, a ilha Terceira
serviu de palco à
aclamação de Filipe II de
Portugal (Filipe III de Espanha).
A batalha de Sekigahara
permite ao Japão
encerrar um longo período de
guerras (1600).
8.
No Peru, dá-se a explosão
do vulcão Huaynaputina,
lançando uma nuvem de
partículas ácidas que atingiu
grande parte do globo (1600).
9.
Kepler publica o livro
Sobre os Fundamentos
mais Seguros da Astrologia
(1602).
10.
O Grupo CGD está, também, presente na Ásia, nomeadamente na China, Timor-Leste e Índia, apoiando as empresas portuguesas na exportação e sua internacionalização.
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VIVER FORA DE PORTUGAL não tem
de ser uma grande mudança. Agora,
além de receber o seu ordenado e efetuar
transferências internacionais em euros, já
pode fazer a gestão dos seus pagamentos
frequentes, como a água e a luz, através
do sistema de débitos diretos1. Tudo com
a maior comodidade, através da sua conta
bancária da Caixa.
Transferências internacionais SEPA
Para transferências de fundos de forma
segura e à distância a partir da sua conta
da Caixa em Portugal, utilize o serviço
Caixadirecta através do telefone ou Internet.
E para transferir fundos para a Caixa, em
Portugal, poderá utilizar várias opções:
• Realizar uma transferência internacional.
Para tal, deverá possuir:
> O Código BIC SWIFT (código
internacional de identificação do banco
beneficiário, que, no caso da Caixa,
é CGDIPTPL);
> O IBAN (número internacional
de identificação da conta);
> O nome e a morada do beneficiário
da transferência;
> O montante a transferir;
> O regime exclusivo de despesas partilhadas
SHA (o ordenante e o beneficiário pagam
apenas as despesas indicadas pelos
respetivos bancos).
• A partir das Sucursais em França e no
Luxemburgo e do Banco Caixa Geral
em Espanha, pode efetuar transferências
em tempo real para contas da Caixa
em Portugal;
• Se vive na Suíça, a Caixa tem um acordo
com os Correios Suíços que permite a
realização de transferências gratuitas para
as contas em Portugal. Para facilitar esta
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a rev i s ta d a ca i xa
forma de transferência, peça, gratuitamente,
talões pré-preenchidos diretamente junto
do Escritório de Representação da Caixa, na
Suíça, ou numa Agência em Portugal;
• A Caixa tem, ainda, um acordo de
transferências que permite aos clientes
residentes no Reino Unido enviarem fundos,
de forma gratuita, para as suas contas
da Caixa em Portugal, através de ordens
de transferências permanentes (standing
orders) ou transferências on-line ocasionais.
Para informação detalhada sobre este
acordo, contacte a Área de Particulares
da Sucursal de Londres, através do e-mail
[email protected] ou pelo
telefone 0044 2072 800 250.
Débitos diretos SEPA
São uma forma mais simples e eficaz de
assegurar o pagamento das suas despesas
regulares (água, luz, telefone, etc.) por
débito em conta. Com a adesão ao sistema
de débitos diretos, que pode ser feita em
qualquer caixa automático Multibanco,
os pagamentos que necessita de efetuar
periodicamente são debitados diretamente
na sua conta à ordem na Caixa. Agora, já é
possível realizar estes pagamentos em euros,
a partir da sua conta bancária da Caixa em
Portugal, sem necessitar de abrir conta no
seu país de residência1.
Conheça, ainda, os cartões da Caixa para
residentes no estrangeiro na página 37
desta edição.
Para mais informações, visite uma Agência
ou representação da Caixa, veja em
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Válido para pagamentos nos países aderentes à SEPA
(Área Única de Pagamentos em Euros): União Europeia,
Islândia, Liechtenstein, Mónaco, Noruega, San Marino
e Suíça.
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