Caixa plim DIVIDIR UM JANTAR NUNCA FOI TÃO SIMPLES. Caixa plim conta com amigos. Faz download do Caixa plim. A nova App para pequenos pagamentos entre amigos. Sabe mais em caixaplim.pt Android Windows Phone iPhone A CAIXA. COM CERTEZA. www.cgd.pt | 707 24 24 24 | 24h todos os dias do ano Informe-se na Caixa. e editorial A voz de Portugal a revista da caixa Diretor Francisco Viana Editores Luís Inácio e Pedro Guilherme Lopes Arte e projeto Rui Garcia e Rui Guerra Colaboradores Ana Cátia Ferreira, Helena Estevens, José Miguel Dentinho, Leonor Sousa Bastos, Miguel Judas, Palmira Simões (texto); Anabela Trindade; Filipe Pombo, João Cupertino, Renato Cruz Santos, com agências Corbis, Getty Images e iStockphoto (fotos); Marta Monteiro (ilustração); Dulce Paiva (revisão) Gestor de Produto Luís Miguel Correia Produtor Gráfico João Paulo Batlle y Font REDAÇÃO TELEFONE: 21 469 81 96 FAX: 21 469 85 00 R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos PUBLICIDADE TELEFONE: 21 454 42 28 FAX: 21 469 85 19 R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos Diretor Comercial Pedro Fernandes ([email protected]) Diretor Comercial Adjunto Miguel Simões ([email protected]) Diretora Coordenadora Luísa Diniz ([email protected]) Responsável pela publicidade na Cx Pedro Costa Santos ([email protected]) Coordenador de Materiais José António Lopes ([email protected]) Editora Medipress - Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. NPC 501 919 023 Capital Social: €74 748,90; CRC Lisboa Composição do capital da entidade proprietária Impresa Publishing, S. A. - 100% R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos Tel.: 21 469 80 00 • Fax: 21 469 85 00 Impressão Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S. A. Distribuição Gratuita (a revista Cx tem preço de capa, mantendo-se, no entanto, o seu caráter de oferta) Propriedade Caixa Geral de Depósitos Av. João XXI, 63, 1000-300 Lisboa Periodicidade Trimestral (Edição n.º 18, dezembro 2014/março 2015) Depósito Legal 314166/10 Registo ERC 125938 Tiragem 72 000 exemplares A CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS é, hoje, um Grupo verdadeiramente internacional, presente em 23 países e quatro continentes. Uma realidade que dá continuidade a uma presença sólida, já histórica, junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, assim como dos países de língua oficial portuguesa. Não podíamos, pois, escolher melhor tema para esta edição da Cx. Assente na língua de Camões, a lusofonia une países em redor de um idioma, servindo de ponte para um mercado que cruza cultura e oportunidades de negócio. Esta marca tão nossa estende-se a todo o mundo pela voz dos milhares de portugueses que, de forma temporária ou permanente, residem no estrangeiro. E que, para lá da língua, acabam por partilhar algo mais: a sua ligação à Caixa. Filipe Alves e Frank Alvarez são dois exemplos desta importante presença da Caixa à escala global e de como essa proximidade lhes permitiu abraçarem o seu negócio. No entanto, nas páginas que se seguem não faltam outros exemplos de quem continua a ter sucesso dentro de portas e a dá-lo a conhecer ao mundo. Como Rui Paula, o consagrado chef que recuperou um dos mais emblemáticos projetos de Siza Vieira e o transformou num dos restaurantes do momento. Ou Joana da Silva e João Sousa, dois arquitetos que vão conquistado o mundo com as suas casas modulares. Impossível seria, igualmente, não frisar o mérito dos muitos estudantes envolvidos na ação Dá Mais ao Mundo no Rock in Rio, cujos fundos angariados possibilitaram a melhoria de condições de salas de estudo para crianças. Mas, também, do CADIn, da KidZania ou da Orquestra Filarmonia das Beiras, três entidades de características bem diferentes, mas, em comum, com um trabalho fantástico em prol das comunidades e dos mais novos, cada uma na sua área. Mas falar de lusofonia é, também, olhar ao património histórico e cultural que une vários países, a começar, e sobretudo, pelos de língua oficial portuguesa. Convidámos, por isso, um dos autores mais conhecidos no panorama lusófono, o escritor angolano José Eduardo Agualusa, para uma verdadeira conversa que aqui lhe transcrevemos. Despeço-me com os votos de um fantástico 2015, ano em que a Caixa continuará a ser a voz de Portugal. Cá dentro e lá fora. Com certeza. FRANCISCO VIANA ASSENTE NA LÍNGUA DE CAMÕES, A LUSOFONIA UNE PAÍSES EM REDOR DE UM IDIOMA, SERVINDO DE PONTE PARA UM MERCADO QUE CRUZA CULTURA E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO. CONHEÇA A APP Ilustração de capa: derrrek Correio do leitor [email protected] A Cx é uma publicação da Divisão Novas Soluções de Media da Impresa Publishing, sob licença da Caixa Geral de Depósitos As emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção desta publicação foram compensadas no âmbito da estratégia da CGD para as alterações climáticas. Esta revista está escrita nos termos do novo acordo ortográfico As características dos produtos e serviços apresentados nesta edição remetem para o mês constante na capa. Confirme a atualidade das mesmas em www.cgd.pt ou numa Agência da Caixa. Cx a re v i s ta d a c a i xa 3 i interior 06 Pormenor Notícias breves DESTAQUES PESSOAS 10 Histórias de sucesso Rui Paula, o chef empreendedor 12 Talento Filipe Alves e Frank Alvarez ESTILO 16 Design & arquitetura Casas modulares amigas do ambiente e a Wicla, a tricicleta de madeira 20 Automóveis O novo smart fortwo 22 Culto + Soluções Produtos e vantagens para clientes da Caixa 24 Gourmet + Prazeres O pecado da gula alimenta-se nestas páginas 39 Observatório João Nuno Palma, administrador com o pelouro do Negócio Internacional da CGD DESTINOS 52 Fugas Casas do Moinho Novo, um paraíso às portas de Lisboa 32 A vocação lusófona de Portugal Portugal tem um papel central no espaço da lusofonia e é visto por investidores internacionais como uma porta de entrada para o vasto mercado dos países onde se fala português. A língua de Camões é um património comum a mais de 240 milhões de falantes nativos e pesa 17 por cento no PIB de Portugal. VIVER Dicas para poupar nas viagens de avião 58 Sustentabilidade CADIn, uma associação de pessoas para pessoas 26 Entrevista José Eduardo Agualusa, o escritor angolano que, com 18 anos, veio para Lisboa estudar Agronomia, Silvicultura e, depois, Jornalismo. 64 Saúde No mundo dos cereais 65 Educação As vantagens do Linkedin 66 Sustentabilidade Aprender a brincar, numa mini-cidade chamada Kidzania CULTURA 68 Descobrir a Orquestra das Beiras 70 Livros & discos 72 Agenda 73 Vintage Um biombo muito especial 74 Fecho Notícias CGD 4 Cx a rev i s ta d a ca i xa mas o m’ar que aqui se respira e nos hipnotiza é um m’ar de céu, um m’ar de estrelas, um m’ar de ar.» Bem-vindo ao M’AR De AR Aqueduto, em pleno centro de Évora. 54 Institucional 40Viagem De Elvas a Belver, é um Alentejo diferente, encavalitado em abruptas encostas, o que se apresenta por estas paragens. Um território onde natureza, história e património convivem numa simbiose perfeita. 48Fugas «O Alentejo é um mar de planícies, A domicialização do vencimento na Caixa representa vantagens acrescidas. 60 Sustentabilidade Mais de duas dezenas de instituições apoiadas pela ação Dá Mais ao Mundo no Rock in Rio, levada a cabo por alunos de todo o País, numa iniciativa inserida no âmbito do programa Young VolunTeam. Foto: Peter Adams/Getty Images 56 Finanças HÁ UM MUNDO DE MOTIVOS PARA COMEMORARMOS. A Caixa é o primeiro banco português a obter o certificado ambiental ISO 14001, decorrente do seu Sistema de Gestão Ambiental, e que abrange todas as atividades no seu Edifício Sede. Na sua gestão diária, a Caixa integra boas práticas ambientais de forma a melhorar continuamente o seu desempenho e o seu impacte na comunidade. Utiliza e racionaliza os recursos naturais de forma eficiente (água, papel, energia); contabiliza e gere os impactes decorrentes, investe e promove as energias renováveis e a separação seletiva de resíduos; realiza ações de formação com colaboradores, fornecedores e parceiros; sensibiliza clientes e a sociedade civil; entre outras iniciativas que reporta voluntariamente e submete a auditorias externas. Por isso, a obtenção da certificação ambiental resulta do envolvimento e empenho de todos na adoção de procedimentos e comportamentos mais sustentáveis e responde, também, às sugestões dos nossos stakeholders. JUNTOS, INVESTINDO NO FUTURO. COM CERTEZA. http://sustentabilidade.cgd.pt p pormenor pela start-up portuguesa Veniam, esta rede veicular estende-se a mais de 600 autocarros e táxis, permitindo servir cerca de 70 mil pessoas por mês. A rede é, igualmente, usada para recolher dados através de sensores, como, por exemplo, quais as ruas onde existem buracos. PORTO WI-FI A revista MIT Technology Review, publicada pelo MIT – Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, dedicou espaço de destaque ao inovador e gratuito serviço de Wi-Fi disponível nos autocarros e nos táxis da cidade do Porto. Criada PA P E L D E N ATA L Cinema ecológico Jorge Miguel Ribeiro transformou em filme de animação a questão do desperdício do papel ESPELHO MEU, HÁ ANIMAL DE ESTIMAÇÃO MAIS BELO DO QUE O MEU? Se já se sentiu tentado a fazer esta pergunta, então esta notícia é mesmo para si. Ricardo Best é um designer que decidiu trocar o emprego certo pela paixão da ilustração. Nesta mudança de rotina, a sua principal companhia era uma cadela de raça schnauzer, chamada Heidi. Ela foi o modelo dos vários testes feitos por Ricardo até surgirem desenhos que recriavam a arte japonesa do origami. Os amigos foram os primeiros a apaixonarem-se pelas ilustrações e deram o mote para a criação da The Origami Pet Collection, projeto que eterniza os animais de estimação e que, neste Natal, até fez reverter parte das verbas para a associação UPPA - União para a Protecção dos Animais. 6 Cx a re v i s ta d a c a i xa camila é uma menina de oito anos cujo pai desaparece numa floresta, sem que alguém o consiga encontrar. A pequena deita mãos à obra e contrói um boneco de cartão – o Dodu –, acreditando que ele trará o seu pai de volta. Depois de ser colocado no correio, o Dodu ganha vida e entra num mundo paralelo de papel, onde resgatará o pai de Camila das garras do Monstro do Desperdício. Este é o argumento de Papel de Natal, um filme português de animação criado com o objetivo de passar uma mensagem ecológica e de alertar para o desperdício. Do papel, neste caso, ou não tivesse a ideia surgido, em 2010, quando o cineasta português José Miguel Ribeiro foi levar para o lixo o papel que embrulhava as prendas de Natal. Feito através de stopmotion, o filme foi mais longe e temos um Dodu efetivamente feito de cartão e um Monstro do Desperdício feito, precisamente, de desperdícios de papel. Aliás, todas as personagens são construídas a partir de restos de papel e de cartão reciclado, sustentando as palavras do realizado, ao jornal Público: «É um alerta. Pretende chamar a atenção para um problema que toca a todos. Os problemas de sustentabilidade do planeta não são problemas que algumas pessoas possam dizer que não são delas.» Tudo sobre o enoturismo elaborado pela jornalista e crítica de vinhos Maria João de Almeida, este livro apresenta-se como o primeiro guia de enoturismo de Portugal e garante, a quem o folhear, as respostas ao «que provar?», «onde dormir» e «o que visitar?». Na apresentação, a autora sublinhou que as sugestões que aqui encontramos são fruto de «uma seleção não de todos, mas apenas daqueles que eu considerei serem os melhores enoturismos que temos no País. É uma escolha puramente editorial, baseada nos espaços que conheci ao longo da minha carreira e em novos locais que investiguei. Todos os enoturismos que estão no livro foram visitados.» Dividido por regiões e já publicado em português e inglês, este guia, com 350 páginas repletas de dicas, ganhará versões em francês e espanhol até à primavera de 2015, tornando-se uma ótima ferramenta para promover o enoturismo. / S U S T E N TA B I L I DA D E / Proteger o lince ibérico Fotos: Patrik Bergström/Getty Images (Porto); Jochem D Wijnands/Getty Images (lince ibérico) o final de 2014 ficou marcado por um acontecimento ligado à natureza: pela primeira vez, em Portugal, dois linces criados em cativeiro foram libertados na natureza, dando início a uma fase decisiva do programa de reintrodução da espécie no País. Katmandu e Jacarandá, assim se chamam os dois linces, têm nova casa no concelho de Mértola e abrem caminho à libertação de dez outros exemplares da espécie, até agosto, ao longo do vale do Guadiana. Mas esta ação contou com um importante reforço, que teve como protagonistas Azahar e Gamma, dois linces que não reuniam as condições necessárias para serem devolvidos à natureza. Assim, aquele que foi o primeiro lince ibérico a chegar ao Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro (CRNLI) de Silves, em 2009, e o outro, nascido em 2010, no Centro de Reprodução espanhol de La Olivilla, e posteriormente mudado para o CNRLI, foram transferidos para Lisboa, onde passarão a ser uma das grandes atrações do Jardim Zoológico. Na capital, Azahar e Gamma terão a importante missão de sensibilizar os visitantes para a conservação da espécie de felino mais ameaçada do mundo. Pedidos para a eternidade D’Évora com Amor Ao longo do nosso percurso profissional, deparamo-nos com pedidos verdadeiramente inusitados. Foi esse o mote para a página de Facebook #palavradocliente, onde três jovens criativos recorrem a exemplos verídicos para dinamizar um espaço com cada vez mais seguidores e com frases verdadeiramente surpreendentes, como «você é que vai fazer a arte final do Word?» ou «quero um mupi maior do que os outros para sobressair». sandra é geógrafa, Luís é jornalista. E ambos são artesãos. Depois de se mudarem de Lisboa para o Alentejo, lançaram uma linha de artigos de cerâmica retratando as gentes e os lugares que, segundo eles, conseguem transmitir a essência desta região de Portugal. Batizaram estas criações de Vizinhos e o passo seguinte foi encontrar um espaço onde pudessem comercializá-los. Nasceu, assim, a D’Évora com Amor, em frente à Câmara Municipal de Évora, uma loja cooperativa onde mais de 40 artesãos contribuem para que o artesanato mais tradicional se funda com toda uma nova geração. Ponha aqui o seu pezinho mariana simões é licenciada em Gestão Internacional e Marketing, tem um mestrado em Gestão de Design, mas as danças latinas são a sua grande paixão. E foi por causa dessa paixão que viria a nascer a Rumbanita Dance Shoes, uma marca de calçado que permite enfrentar a pista de dança com um estilo extra. Os modelos, cujos preços variam entre 70 e 115 euros, surgem agrupados em três coleções diferentes: Rumbanita, com sapatos especialmente desenhados para as danças latinas; Kizomba Diva, criados a pensar nas amantes das danças africanas, e Basic Star, para quem se está a iniciar no mundo da dança. OLHAR PELO AMBIENTE nuno pinto, Afonso Caldeira e Hugo Janes, três amigos ligados ao setor das telecomunicações, questionavam-se várias vezes sobre o porquê dos óculos de sol de qualidade serem tão caros e sobre as razões que levavam a que não fossem construídos com materiais amigos do ambiente. A determinada altura, resolveram juntar economias e lançar a marca Skog Eyewear, que, desde logo, se distingue por apresentar óculos de sol feitos de madeira ou bambu. Feitos à mão por uma equipa cem por cento portuguesa, estes óculos são extremamente resistentes, mais leves e utilizam lentes polarizadas que garantem proteção contra os raios ultravioleta. Existem 15 modelos, vendidos exclusivamente em http://skogeyewear.com. Cx a re v i s ta d a c a i xa 7 p a caixa ao pormenor ROADSHOW Portugal Global 2014/2015 Realizou-se em Aveiro o primeiro encontro de 2015 da iniciativa da AICEP, desta vez focando os mercados do Reino Unido e do Senegal a caixa geral de depósitos apoia o roadshow Portugal Global, uma iniciativa da AICEP iniciada em 2014 e que se propõe visitar um total de doze cidades portuguesas ao longo de doze meses. Este conjunto de eventos visa ajudar e incentivar as empresas a iniciarem ou expandirem os seus negócios internacionais, apresentando vários testemunhos sobre a melhor forma de abordar cada mercado. Para isso, a iniciativa traz a Portugal representantes da AICEP em vários pontos do mundo e conta com diversos agentes económicos de cada região que colocarão o seu conhecimento e experiência à disposição das empresas. Depois de Leiria, Braga, Coimbra e Guarda, foi a vez de Aveiro receber este roadshow, no passado dia 20 de janeiro, nas instalações da Associação Industrial do Distrito de Aveiro. Aquele que foi o primeiro encontro de 2015 abordou os mercados do Reino Unido e do Senegal, com destaque para o setor Casa, no Reino Unido, e para a Construção e Obras Públicas, Ambiente e Energia no Senegal. A Caixa marcou presença nas sessões plenárias realizadas de manhã, onde apresentou genericamente a sua oferta para a internacionalização das empresas, assim como o seu conhecimento dos mercados em causa. Além disso, o dia terminou com uma sessão de esclarecimento sobre os programas de apoio à internacionalização no âmbito do Portugal 2020, algo inédito neste ciclo de encontros. De participação gratuita e sujeita a inscrição prévia, estes encontros têm ainda passagem marcada por Faro, Viseu, Bragança, Ponta Delgada, Évora, Lisboa e Porto em datas ainda a anunciar. Para mais informações sobre a iniciativa, visite www.portugalglobal.pt. Música maestro 8 Cx a re v i s ta d a c a i xa produtores regionais, bem como a oferta de chocolates CGD. Esta é, pois, uma proposta duplamente a não perder, apelando ao ouvido e ao palato, numa prova do apoio da Caixa Geral de Depósitos à descentralização cultural e ao de melhor que se faz no País, neste caso na região algarvia. Concerto de Ano Novo Entretanto, teve lugar no dia 2 de janeiro, no Grande Auditório da Culturgest, em Lisboa, o Concerto de Ano Novo da Caixa Geral de Depósitos, a cargo da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Trata-se de um concerto de música clássica, que a Caixa realiza no início de cada ano, apresentando um programa de qualidade, mas acessível e adequado à época festiva. Dirigida pelo maestro Sebastian Perłowski, a Orquestra Metropolitana de Lisboa apresentou obras de compositores incontornáveis, como Rossini, Strauss, Tchaikovsky ou Verdi. Foi, portanto, um início de ano em grande. Foto: André Nacho clássica na santa casa. É este o nome do ciclo de concertos que a Orquestra Clássica do Sul está a promover, em 2014 e 2015, com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Faro e o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos. No total, são onze concertos de música de câmara, que decorrem no Salão Nobre da Santa Casa da Misericórdia de Faro, uma vez por mês, até outubro de 2015, sempre à sexta-feira, ao final da tarde, pelas 19 horas. A entrada paga, de cinco euros, será amplamente recompensadora a julgar pelo cartaz do programa, onde se incluem obras de Mozartz, Bethoven, Taffanel, Tshaikovsky, Hindemmith ou Britten. E, além da música, em cada concerto, haverá uma degustação de vinhos de PA S S AT E M P O Quem tem Caixa plim teu amigo é Os amigos ajudam a ganhar prémios. Basta pedir, pagar e receber e habilitar-se a prémios fantásticos todos os meses o caixa plim é um serviço exclusivo, único e pioneiro no mercado nacional das aplicações móveis, disponível para telemóveis inteligentes de última geração, seja iPhone, Android ou Windows 8. Um serviço que permite, de uma forma simples e direta, transferir dinheiro entre contas à ordem da Caixa Geral de Depósitos e aderentes ao Caixa plim, sejam de colegas, familiares ou amigos. Depois de aderir ao serviço e instalar a aplicação no telemóvel, apenas com base no número de telemóvel e sem a necessidade de inserir o número de conta, pode receber e transferir pequenas quantias de dinheiro entre utilizadores Caixa plim. Ter o Caixa plim é, de facto, simples e direto, mas significa também ganhar prémios, muitos prémios. Só terá de o usar bastante e recomendar muito. Todos os meses, irá receber convites do Caixa plim para participar em desafios, onde basta juntar pontos, que se convertem em prémios fantásticos. Na adesão, por exemplo, recebe automaticamente 75 pontos e por cada pagamento – até ao máximo de três diários – são atribuídos mais 25. Além disso e porque falamos de um serviço onde os amigos contam, cada angariação vale 95 pontos e até os agradecimentos são recompensados. Por tudo isto, o Caixa plim faz já parte da vida de muitos clientes da Caixa. Porque é útil, prático, simples e direto e põe as contas em dia. Faça o download na App Store, Google Play ou na Loja da Windows, adira e comece a juntar pontos. A Nossa Caixa A CGD está nas redes sociais, junto dos seus clientes A Caixa tem uma presença pensada nas várias redes sociais, de forma a estar mais próxima dos seus Clientes e melhor responder às suas necessidades. Foi com esse intuito que, no início de 2014, a Caixa criou um novo perfil designado A Nossa Caixa, que se distingue pela sua transversalidade e imagem moderna. Ali comunica-se de forma simples, direta e útil o melhor que a Caixa tem para oferecer, sejam passatempos, eventos, dicas de literacia financeira, propostas de fim de semana e muito mais. E são já mais de 82 mil fãs, só no Facebook. Se ainda não conhece, visite em: Facebook www.facebook.com/anossacaixa Twitter www.twitter.com/anossacaixa Instagram www.instagram.com/anossacaixa Youtube www.youtube.com/user/mediacgd Google + Neste caso, pesquisando por «A Nossa Caixa». Visite e participe nas muitas iniciativas. ARREDONDE COM O SEU CARTÃO ao efetuar compras com os cartões de débito ou de crédito da Caixa (exceto Made By), pode beneficiar do mecanismo de arredondamento da Caixa, revertendo um determinado montante, automaticamente, para uma conta de poupança, PPR ou fundo de pensões, conforme o cartão utilizado. É muito simples, basta pedir em qualquer Agência da Caixa ou no serviço Caixadirecta Telefone para associar um dos três programas de arredondamento à escolha a um cartão da Caixa elegível. Saiba mais em www.cgd.pt. Cx a re v i s ta d a c a i xa 9 h histórias de sucesso R U I PAU L A A qualidade acima de tudo Rui Paula é um dos chefs de cozinha mais conhecidos a nível nacional. Tem três restaurantes com a sua assinatura (DOC, no Douro, DOP, no Porto, e Casa de Chá da Boa Nova, em Matosinhos), razão pela qual se define como um empreendedor, desde os tempos da primeira aventura, o Cepa Torta. A qualidade da cozinha e do serviço são as suas obsessões. O sucesso mostra que está certo Texto Miguel Ângelo Pinto Fotografia Bruno Barbosa Cx: Entrou no mundo da restauração com o Cepa Torta. O que o motivou para esta aventura? RP: Gosto de projetos sustentados. Sou um empreendedor, mas devemos saber que terrenos estamos a pisar. Este trabalho começou no restaurante Cepa Torta. Eu não era o chef. Tive várias influências da minha família, onde se cozinhava muito bem, e aventurei-me então a abrir um restaurante pequeno. Foi aí que decidi verdadeiramente ser chef de cozinha e abraçar este mundo. O DOC foi um projeto arrojado. Não havia nada do género aqui na região e ainda hoje não há muita oferta. São sítios improváveis, onde não há um grande mercado. O DOC já tem oito anos, mas, na altura, era preciso ter a certeza de que iria resultar. Esta foi a rampa de lançamento para tudo o que conquistei mais tarde e a breve trecho. É que passados três anos já tinha o DOP e agora a Casa de Chá da Boa Nova. Cx: Encontrou aqui, no Douro, um nicho de mercado por explorar? RP: Sim, o Douro não tinha um restaurante para servir os produtores, os enólogos, enfim, para ser a sala de visita dos seus vinhos. O espaço tornou-se conhecido rapidamente, graças a um trabalho consistente. Outro fator fundamental foi reunir uma boa equipa. Sem isso, nada se consegue. Cx: O DOC foi uma âncora para novos projetos no Douro, em termos de restauração? RP: Claramente. E isso dá-me prazer. Como 10 Cx a re v i s ta d a c a i xa deu abrir o DOP, no Largo de S. Domingos, no Porto, onde não havia nada. Agora veja-se a quantidade de restaurantes que lá estão à volta. Há um ditado que diz que candeia que vai à frente alumia duas vezes, mas é preciso que a luz da candeia esteja sempre bem acesa e não dormir à sombra da bananeira. Cx: Nos últimos anos a cozinha democratizou-se. Projetos como o DOC e o trabalho mediático de chefs como o Rui Paula contribuíram para esse interesse crescente pela gastronomia? RP: Claro, mas não só o meu trabalho. Há muitos outros chefs que trabalham no terreno e de forma consistente, há muito tempo, e que também contribuíram para essa democratização que refere. Foi um trabalho que ajudou a abrir novos restaurantes e a renovar o interesse das pessoas pela cozinha. Cx: Como é que se internacionaliza uma marca como o DOC? RP: Essa é a parte mais difícil. O DOC é um restaurante do Douro, mas é internacional. Muita gente o conhece no estrangeiro. Como é que isto se consegue? Utilizando produtos locais, comida com bom sabor, boas garrafeiras de vinho, equipas que saibam comunicar com os estrangeiros, que o chef seja uma pessoa mediática. Ou seja, é um conjunto muito grande de pressupostos para se poder internacionalizar uma marca. A qualidade do produto e do serviço são as traves-mestras. Depois, há que saber vender essas características. Cx: Os clientes que vêm ao DOC sabem que o que vão comer tem o selo de qualidade do chef Rui Paula. RP: Isso é fundamental. Se correr mal, quem sofre as consequências sou eu. Tenho vários restaurantes e há logo quem diga que não posso estar em todos. Isso é colmatado com uma coisa muito simples: aqui, no DOC, está a minha mulher, no DOP está o meu irmão e na Casa de Chá da Boa Nova estou eu. Neste momento, estamos assim distribuídos. Evidentemente que eu, como chef, tenho de ir às cozinhas todas, mas isto é uma empresa familiar, embora tenha 60 funcionários. Para ter mais do que um restaurante sem comprometer a qualidade, temos de nos rodear de boas equipas. Tenho pessoas comigo há nove anos. Isso é o segredo. Rodear-se dos melhores e motivá-los. Não posso estar na Casa de Chá Print EMPREENDEDOR Com três espaços de restauração associados ao seu nome, Rui Paula quase não tem tempo para respirar. CRIATIVO LÍDER APAIXONADO da Boa Nova a pensar que aqui vai correr mal. O que me interessa é a consistência do trabalho. Cx: Considera fácil ser empreendedor em Portugal? RP: Não. Primeiro, um empreendedor não pode pensar que vai ficar rico. Tem de pagar ordenados como deve ser, se quer ter boas equipas. Não posso ter pessoas comigo há oito anos e pagar-lhes 500 euros. Se quero marcar a diferença, o custo da manutenção dos restaurantes é caro, com louças boas, copos bons, bons produtos. É difícil... Cx: Que conselhos dá àqueles que o abordam e manifestam o desejo de ter um restaurante? RP: Em primeiro lugar, tem de ter muito espírito de sacrifício, trabalho, amor QUEM CORRE POR GOSTO... AMBICIOSO e paixão pelo que faz. Depois, tem de ter conhecimento e, claro, algum dinheiro. No início, tive a sorte de ter ajuda, até porque é quase obrigatório ter parceiros. Que tipo de parceiros? Algum dinheiro próprio e a banca. Ainda agora, para abrir a Casa de Chá da Boa Nova, pedi 400 mil euros emprestados. Outro conselho é de que, quando alguém avança para um investimento deste tipo, saiba muito bem o que vai fazer e que tipo de conceito quer impor. Desengane-se se pensa que vai ser rico ou ter vida própria. Cx: Também estende a sua influência a outros espaços. RP: Sim, no Recife, Brasil, e em Vidago. Mas aí funciono como consultor, também sou assalariado. A qualidade de tudo o que é servido no DOC, no DOP e na Casa de Chá da Boa Nova exige uma atenção constante. Daí que tempo livre seja quase um luxo a que não tem acesso. O ano de 2014 foi de tal forma intenso que nem um pequeno período de férias conseguiu gozar. Os poucos tempos de descanso que consegue reunir são dedicados à família, designadamente aos filhos. Por isso, pensa em abrandar, consolidar o que tem. A tudo isto junta-se a exposição mediática da televisão. Já aceitou fazer mais uma edição do Masterchef nacional, cujas gravações arrancam em janeiro de 2015. E tem gostado da experiência. Cx: Já conta com três espaços de restauração. Este seu projeto ainda tem margem de crescimento? RP: Neste momento, vou concentrar-me nestes três restaurantes. Não vou abrir mais nenhum exclusivamente meu. O Boa Nova foi o último. Mas não digo com isto que não possa vir a ter restaurantes em todo o mundo. Se houver algum investidor que me desafie e o projeto for aliciante, nunca digo que não. Mas o meu negócio primordial são estes três. Cx: Põe, então, a hipótese de ceder a marca, quase numa lógica de franchise? RP: Sim. Se quiserem as minhas marcas, com as minhas condições e a minha consultadoria, até posso abrir em Londres ou Nova Iorque. Cx a re v i s ta d a c a i xa 11 t talento F I L I P E A LV E S À boleia do destino Com o coração dividido entre França, Portugal e Espanha, Filipe Alves é um cidadão europeu que não conhece fronteiras e dá prioridade às boas ideias de negócio Por Ana Rita Lúcio Fotografia João Cupertino A VIDA É FEITA DE CAMINHOS QUE ora se cruzam, ora se afastam. No caso de Filipe Alves, quis a sorte que, no início dos anos 70, os rumos dos pais – um português de Celorico de Basto e uma espanhola de Zamora – se juntassem em França. Ao percurso a dois depressa se somaram Filipe e a irmã mais velha, nascidos em Paris. Criados na encruzilhada de três culturas, o saldo não poderia ser mais positivo. «Tenho uma cultura tripla e uma tripla língua materna, já que falo fluentemente português, espanhol e francês», refere o nosso convidado. «No dia a dia, e porque estou lá [em França], é habitual falar francês, mas, uma vez aqui chegado [a Portugal], passado meio dia o português já sai mais nítido», confessa-nos, num português sem mácula, aqui e ali pontuado por laivos de sotaque nortenho. Os indícios da pronúncia não surpreendem. Em meados da década de 80, o pai construiu casa em Fafe, com o intuito de prosseguir com negócios em Portugal, e não tardou até que a família se mudasse para a pequena cidade do Vale do Ave, onde fizeram morada por uma década. Ao patriarca coube, porém, regressar a Paris e dar sequência a um projeto empresarial que, ainda hoje, conduz os destinos da família: uma empresa de táxis, atualmente com uma frota de 250 viaturas. Com o ensino secundário terminado, foi tempo de Filipe Alves voltar a França. Apesar de ter tentado a sorte em Portugal, as «melhores oportunidades» que se abriam lá fora levaram-no a ingressar numa universidade parisiense, onde se formou em Finanças, tendo, mais tarde, concluído o mestrado em Gestão. «Fui para uma escola privada, com mais ou menos 20 ou 30 alunos na minha turma, e comecei logo a fazer amigos. Integrei-me e entendi-me perfeitamente com toda a gente e, assim, criei uma nova vida lá», recorda. 12 Cx a rev i s ta d a ca i xa E foi com a mesma naturalidade que, aos 26 anos, Filipe deu os primeiros passos nos negócios, montando, com a ajuda do pai, a sua agência imobiliária. Nesse momento de grande exigência, o empresário assinala outro parceiro «muito importante»: a CGD, através da sua Sucursal em França. «O meu pai já trabalhava com a Caixa, mas foi quando montei a minha empresa que entrei também no universo CGD. A minha primeira conta da agência imobiliária foi na Caixa – aliás, a primeira e a última, porque, desde 2001, continua a ser a mesma», salienta. Nesta relação, onde também cabe a empresa de táxis, Filipe Alves destaca «a relação com as pessoas. A confiança que as pessoas nos dão e as experiências que nos transmitem são FILIPE REVOLUCIONOU O MODO DE CHAMAR UM TÁXI COM A APLICAÇÃO TAXYZ muito importantes e, desde a primeira hora, houve bastante apoio, quer do Dr. Afonso Galvão, diretor da Agência, na altura, como do Dr. Hélio Pereira, diretor regional. Quando comecei, tinha pouca experiência e foram eles que me ajudaram a conhecer melhor o mercado imobiliário», ressalva. Alguns anos mais tarde, o pai desafiou-o para o auxiliar na empresa de táxis e Filipe aceitou. «Comecei por dar uma ajudinha e fui acumulando tarefas, até que, agora, faço parte Print UM EUROPEU, PORTUGUÊS DE PARIS Com negócios entre os dois países, as viagens entre França e Portugal são constantes. «Entre o meu pai e eu, costumamos vir todos os meses a Portugal, normalmente uma semana.» Neste vaivém constante, «praticamente não dá para sentir saudades», admite Filipe. Ainda assim, faz questão de manter os laços com a comunidade portuguesa, sobretudo através da Academia do Bacalhau de Paris, uma associação com fins solidários, à qual se juntou há quatro anos. «Sinto-me tanto francês, como português, como espanhol, como alemão, porque sou europeu. Mas sei que as minhas raízes estão em Portugal.» da direção da empresa e assumo boa parte da gestão, em conjunto com a minha irmã e o meu pai», adianta. Ao volante de uma das maiores sociedades do setor, a Taxyz Compagnie, que conta com 250 táxis e uma centena de sócios, o empreendedor não desistiu de lhe apresentar novos rumos. Depois de lhe mudar o nome, deixando o batismo familiar, revolucionou o modo de chamar um táxi com a aplicação Taxyz, para Apple e Android, disponível na App Store e em Google Play. Assim, quem em Paris queira solicitar um táxi, pode fazê-lo apenas com alguns toques no ecrã de um smartphone ou tablet. E a prova de que o futuro da Taxyz Compagnie está lançado é que estão já em desenvolvimento novas e aprimoradas versões da aplicação Taxyz, sendo que a sociedade está a preparar ainda um aumento de capital e a entrada de novos investidores. cgd em frança A Caixa Geral de Depósitos encontra-se presente em França através da sua Sucursal, que conta com 48 Agências e toda uma equipa dedicada para apoiar os seus Clientes e respetivos projetos. A sua sede está localizada no número 38 rue de Provence, em Paris, tendo à disposição o telefone (33) 1 56 02 56 02 e um formulário de pedido de contacto no site www.cgd.fr. Cx a rev i s ta d a ca i xa 13 t talento F R A N K A LV A R E Z Mergulho de sucesso Nascido em Toronto, filho de pais portugueses, Frank Alvarez convida-nos a conhecer a Hippotrip e os seus autocarros anfíbios, Print DE PORTUGAL PARA O MUNDO Uma ideia de sucesso e a ambição de novos voos que abrem caminho ora pelas ruas da capital, ora pelo Tejo Por Ana Rita Lúcio Fotografia Luís Paixão (AFFP) ANTES DE SABER para onde corre o rio, importa olhar à nascente. No caso de Frank Alvarez, falamos da atitude empreendedora que recebeu dos pais. «Nasci numa casa onde tanto a minha mãe como o meu pai eram – e continuam a ser – empreendedores», sublinha o luso-canadiano, recuando até aos jantares em família, onde ele e a irmã eram chamados a partilhar a sua opinião. Foi assim que o jovem viu crescer a vontade de, um dia, morar na Europa. Um desejo, porventura, acalentado nos verões passados em Portugal, País que Frank, embora natural do Canadá, também sentiu como seu. Ainda assim, confessa, estava «muito longe de imaginar» que, já em adulto, passaria a ter como morada o País dos seus pais. Na época, ser luso-descendente nem sempre foi um lugar pacífico. Em Portugal, «adorava o clima, as pessoas e o País», mas, quando regressava ao Canadá, o entusiasmo não era o mesmo: «Depois das aulas na escola normal, a canadiana, ainda tinha de estudar três horas numa escola portuguesa», recorda. Frank afirma, no entanto, nunca ter recusado as suas raízes. «Pelo contrário», esclarece categoricamente. «Identifico-me como luso-canadiano e tenho muito orgulho em ser português e em ser canadiano.» Neste misto de culturas, o empresário cede ao pretexto para regressar ao «sonho antigo» de se mudar para o Velho Continente. «A mentalidade norte-americana, tanto no Canadá como nos Estados Unidos, passa muito por preparar a pessoa para saborear a vida depois de estar reformada, enquanto a europeia é muito mais a de viver o momento, aproveitar cada dia.» Esta diferença serve de mote para explicar o sonho antigo: «Quando tinha 16 anos, sofri uma lesão grave no pescoço e tive a sorte de não ficar numa cadeira de rodas. Desde essa altura que aprendi que cada dia é um tesouro e que temos de fazer o máximo para tirar partido dele.» Não era, porém, em tesouros que Frank pensava quando, em 2005, completou o MBA 14 Cx a rev i s ta d a ca i xa na prestigiada Universidade de Harvard – antes frequentara já a Universidade de Brown, em Providence, e tinha trabalhado em Boston e Nova Iorque. Contudo, isso não o impediu de desaguar numa rica ideia, enquanto escrevia o plano de negócios necessário à conclusão do curso. Nesse momento, pensou «se voltasse a Portugal para montar um negócio, que negócio seria?» Mergulhando no turismo, o mesmo acabou por conduzi-lo por um caminho até então inexplorado. «Cada vez que vinha a Lisboa com amigos, eles queixavam-se da pouca oportunidade de conhecer a cidade a partir do rio.» Com isso em mente, Frank lembrou-se do circuito turístico anfíbio que fazia com as suas visitas quando vivia em Boston, «CADA DIA É UM TESOURO E TEMOS DE FAZER O MÁXIMO PARA TIRAR PARTIDO DELE» reconhecendo que «Lisboa era ideal para isso». Em 2008, depois de três anos em Amsterdão, rumou à capital portuguesa. Na mala, o luso-canadiano carregava um propósito: fazer zarpar o negócio. A jornada revelou-se longa, mas isso não o demoveu. Contra ventos e marés, este «regresso à tradição da alma dos navegadores portugueses» ficou operacional em maio de 2013. Desde então, Frank Alvarez e a sua Frank não põe de lado expandir o seu raio de ação para outras cidades e até, eventualmente, outros países. Uma rota de sucesso que Frank Alvarez espera continuar a desbravar ao lado da CGD, grupo com forte cariz internacional, presente em 23 países e quatro continentes. Um parceiro a quem a Hippotrip confia toda a sua atividade bancária, cujo acompanhamento foi excelentemente iniciado pelo Escritório de Representação do Canadá. «Ainda somos uma empresa pequena, mas temos uma grande ambição, um grande sonho e procuramos ter uma relação bancária que evidencie esse respeito e essa relação de base. E foi isso que encontrámos na Caixa.» Hippotrip guiam os turistas em possantes autocarros anfíbios ao longo de um trajeto que parte da Doca de Santo Amaro. Daí, segue pela Praça do Comércio e pelo Marquês de Pombal, passando por muitos outros lugares imperdíveis, como o Jardim da Estrela ou o Mosteiro dos Jerónimos. Chegado ao Tejo, o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém são algumas das atrações. «Motivo de orgulho» para os lisboetas, que continuam a saudar a simpática Lola – assim se chama o primeiro autocarro. «Lola é o nome da minha mãe. O nosso segundo veículo chama-se Chico, em homenagem ao meu pai, e o terceiro é Alegria, o nome da minha filha e também da minha esposa – Joy, em inglês.» E é precisamente a família – nomeadamente o pai, a mãe e a irmã, que continuam no Canadá – que mais falta faz a Frank. Mas, em Portugal, sobra-lhe a predileção pelo «clima espetacular, as pessoas muito simpáticas, a comida excelente e o bom convívio», conclui sorrindo. cgd em toronto Estima-se que existam mais de 500 mil portugueses e lusodescendentes no Canadá, a grande maioria na região de Ontário, sobretudo em Toronto. E para apoiar esta comunidade, a Caixa conta com um Escritório de Representação em Toronto, na 425 University Avenue, suite 100, junto do Consulado de Portugal, disponível de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 14h00, exceto às quartas (9h00 às 13h00 e 14h00 às 18h00). Pode, também, contactar através do (001) 416 260 2839 e do e-mail [email protected]. Cx a rev i s ta d a ca i xa 15 d design & arquitetura CASAS MODULARES Construção inteligente Joana Correia da Silva e João Araújo Sousa criaram habitações pré-fabricadas que permitem mais de 130 combinações e que respeitam o ambiente Texto Pedro Guilherme Lopes Renders Joana Silva e João Sousa QUANDO PENSAMOS no termo «redux», somos transportados para o universo do cinema e da literatura, onde surge associado a novas versões, melhoradas e atualizadas, de algo que já foi feito no passado. Ora, o que a dupla de arquitetos composta por João Araújo Sousa e Joana Correia da Silva veio propor é um novo conceito de habitação, capaz de aliar as técnicas de construção mais inteligentes a um design excecional. O meio para consegui-lo é a utilização de módulos Redux, que, ao invés de outros sistemas modulares, oferecem a particularidade de poderem adaptar-se às características do terreno. «Partindo de módulos base, em conjugação com várias escolhas de revestimento, desenhamos uma casa à medida dos seus gostos e das necessidades do cliente», explica João Sousa, que garante a presença dos arquitetos na instalação da casa. Mas este projeto, vencedor de uma menção honrosa na categoria One-Many no concurso internacional Marlegno Designing the Future 2014, vai mais além e mostra uma preocupação com o ambiente. «Apresentamos um sistema de construção sustentável, com a total compreensão do que 16 Cx a re v i s ta d a c a i xa um edifício pré-fabricado deve ser no século XXI. Incluímos técnicas avançadas de construção em madeira, alta performance térmica, equilíbrio da luz e ventilação natural, energia solar fotovoltaica e aproveitamento da água da chuva», explica o arquiteto. As opções de design e acabamento são infinitas e cada edifício é o resultado de uma colaboração genuína com cada cliente, respeitando o local, especificações do projeto e o orçamento previsto. E é possível o recurso a diferentes sistemas de construção, quer seja na estrutura, nos isolamentos ou nos revestimentos. Aqui, ganha destaque a utilização de materiais como a madeira, a madeira queimada e a cortiça, a que se juntam pormenores como o facto da secção superior do telhado ser invertida, com o objetivo de direcionar a água da chuva para um recipiente que irá redistribuí-la para os serviços domésticos e irrigação do jardim. Entretanto, a dupla de arquitetos foi um dos 16 finalistas do World Bamboo Design Competition 2014, fruto do projeto Bamboo Spirit, um pequeno pavilhão que Joana e João pretendem ver construído para a feira mundial do bambu, a realizar em setembro, na Coreia do Sul. AS DIVERSAS TIPOLOGIAS 1F3 Área útil = 99 m2 3 módulos, 1 ou 2 quartos 2F4 Área útil = 118 m2 4 módulos, 2 ou 3 quartos 2F6 Área útil = 197 m2 6 módulos, 4 quartos 3 COURTS Área útil = 104 m2 3 + 1/2 módulos, 1 ou 2 quartos JAGGED Área útil = 134 m2 4 +1/2 módulos, 2 ou 3 quartos COMPACT Área útil = 108 m2 3 + 1/2 módulos, 1 ou 2 quartos 2F5 Área útil = 163 m2 5 módulos, 3 quartos 4 COURTS Área útil = 134 m2 4 +1/2 módulos, 2 ou 3 quartos COMPACT 2 ANDARES Área útil = 216 m2 6 + 2 x 1/2 módulos, 3 ou 5 quartos Cx a re v i s ta d a c a i xa 17 d design & arquitetura WICLA Triciclos há muitos, mas nenhum como este Um grupo de professores e de alunos do Instituto Politécnico de Viana do Castelo criou um triciclo urbano feito de madeira e de cortiça e com um motor elétrico. Chama-se Wicla e abre um sem-fim de possibilidades para fins turísticos Texto Miguel Judas Fotografia Joana Ferreira SE HÁ PROJETOS que nascem quase sem darmos por isso, a Wicla é um deles. Com a bicicleta a transformar-se, cada vez mais, numa alternativa ao automóvel, como um meio de transporte ecológico, saudável e bem mais económico, um grupo de alunos do mestrado em Design Integrado, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, foi desafiado a desenvolver um serviço de mobilidade urbana alternativa. Em resposta, criaram um imaginativo protótipo, batizado de Wicla, com motorização elétrica e construído com materiais bem portugueses, como a cortiça e a madeira. Com apenas 38 quilos de peso, a Wicla apresenta-se ao mundo como «um triciclo urbano sustentável e alternativo à clássica bicicleta». E a opção pelas três rodas tamanho 24, ao invés das duas tradicionais, também não foi obra do acaso, pois visa facilitar a condução 18 Cx a re v i s ta d a c a i xa do veículo através do aumento da segurança e da estabilidade. Até mesmo quem não sabe andar de bicicleta está convidado a sentar-se na Wicla, permitindo que esta «tricicleta» seja transversal a um enorme número de grupos populacionais e de faixas etárias. Os primeiros protótipos, que já rodam por aí, foram produzidos por empresas de Viana do Castelo, que até então pouco ou nada tinham a ver com o ciclismo, e contou com o apoio do Grupo Amorim, que forneceu a cortiça para os selins. Já para a construção do quadro, o material escolhido foi a madeira. A escolha prendeu-se com questões ambientais, mas, também, com questões estéticas, uma vez que serve para ocultar os fios e baterias do motor elétrico. A colocação das baterias na zona do guiador foi, aliás, o desafio mais complicado de todo o processo de conceção e construção da Wicla – devido à dimensão do motor elétrico, foram necessários alguns ajustes ao quadro, que acabaram por prolongar os trabalhos por mais algum tempo. No final, este veículo de três rodas, que complementa os materiais utilizados com uma quantidade reduzida de borracha e de alumínio, apresenta a capacidade de, em situações de dificuldade, utilizar a motorização elétrica e acionar a pedalada assistida. Para apadrinhar o projeto, que demorou seis meses a concretizar, foi convidado o ciclista Rui Sousa, profissional da equipa do Boavista, que já experimentou e aprovou o inovador triciclo. O passo seguinte passa agora por patentear a Wicla, se bem que a produção em massa e a comercialização do veículo ainda não sejam, para já, uma prioridade para este grupo de alunos e de professores. Certo é que a Wicla já despertou a atenção da comunidade ciclista internacional, merecendo, até, um artigo na prestigiada revista italiana Urbancycling. O próximo passo é trazê-la para as ruas de Portugal, concretizando assim o sonho inicial dos alunos de fazer da Wicla «um veículo para ser partilhado pelos cidadãos», num conceito de bike sharing que abre um sem-fim de possibilidades para fins turísticos. A madeira e a cortiça tornam a Wicla um projeto sustentável, movido por um motor elétrico Oferta Global OFERTA JOVEM CAIXA FAMÍLIA MAIS OFERTA CAIXA ACTIVA DA PRIMEIRA MESADA À REFORMA. Consigo em todas as fases da sua vida. Qualquer altura da vida é boa para abrir uma conta na Caixa. Com a primeira conta o seu filho pode ter um cartão que o ajuda a gerir a mesada. Quando a família cresce pode melhorar o rendimento das poupanças de todos porque quando poupa em família, todos podem poupar mais. E quando chega a hora da reforma pode aproveitá-la com um cartão de crédito personalizado com a imagem dos seus netos. É por isso que, para milhões de portugueses, a Caixa é mais do que um Banco: é um Banco para a vida. A CAIXA. COM CERTEZA. www.cgd.pt | 707 24 24 24 | 24h todos os dias do ano AN_Velas_230x275.indd 1 1 Reforma_CXCX_18.indd Informe-se na Caixa. 26/11/1415:44:59 14:13 20-01-2015 a automóveis SMART FORTWO EDITION#1 Pequena revolução A terceira geração do smart invadiu as cidades, com um vasto leque de novidades. Nada ficará como antes Por Luís Inácio E, À TERCEIRA GERAÇÃO, a gama smart entra definitivamente num novo período, não ficando praticamente nada como antes. A génese do modelo original mantém-se e a forma não se alterou, mas pode dizer-se que se tratou, à escala smart, de uma pequena revolução. Sendo a cidade o seu habitat natural, foi, precisamente, em ambiente citadino que percorremos a maioria dos quilómetros com o fortwo edition#1. E, se a experiência anterior já era bastante positiva, o novo smart acrescenta-lhe, por exemplo, um raio de viragem que é uma nova referência. O smart fortwo consegue, agora, virar em apenas 6,5 m de passeio a passeio, permitindo ganhos significativos em manobras de estacionamento. O seu reduzido comprimento – 2,69 m – faz o resto. Por outro lado, a resposta do motor consegue também surpreender, enquanto a caixa manual de cinco velocidades – em estreia – ajuda a convencer alguns céticos da caixa automática. E, já que falamos nisso, vem aí, já no início de 2015, uma nova caixa automática com dupla embraiagem, que promete abolir de vez os solavancos das passagens de caixa, um dos aspetos menos positivos na transmissão automática da geração anterior. Se é daqueles que constantemente põem em causa a segurança deste pequeno automóvel, registe que a estrutura foi reforçada, contando com maiores zonas de absorção de impacto. E o novo assistente de ventos laterais é equipamento standard. Com um preço desde 12 500 euros e novos argumentos, o pequeno smart volta a reforçar a sua posição de suprassumo citadino. Continua a ser divertido de conduzir e, agora, ainda mais fácil de estacionar. CONCENTRADO DE NOVIDADES O formato mantém-se, mas não se deixe enganar. A terceira geração do smart fortwo introduz, pelo menos, três importantes alterações. Estética. Tudo é novo, destacando-se uma frente com um capot mais elevado. Motor. Estarão disponíveis três. Nesta primeira fase, apenas dois propulsores a gasolina de três cilindros, um com 71 cv e outro com 90 cv. Não existirá motor a diesel. Caixa. Agora há duas opções de transmissão: uma delas manual, com cinco velocidades. No início de 2015, estará, também, disponível uma transmissão automática twinamic de seis velocidades, com dupla embraiagem. 1. 2. 3. Fotos: Daimler AG compacto Um pequeno grande carro, com novos argumentos 20 Cx a re v i s ta d a c a i xa netcaixa CONTACTLESS. RÁPIDO PARA QUEM PAGA, SIMPLES PARA QUEM RECEBE. O serviço netcaixa oferece-lhe maior agilidade e comodidade nos pagamentos até 20 €. Com os nossos terminais de tecnologia contactless, basta que o cliente aproxime o seu cartão do terminal e o pagamento está feito. Inovador, simples e rápido. Seja o próximo a aderir a esta forma de pagamento inovadora. Informe-se numa agência, gabinete Caixa Empresas ou em netcaixa.pt. A CAIXA. COM CERTEZA. www.netcaixa.pt | 707 29 70 70 | 24h todos os dias do ano c culto LE PARFUM RESORT COLLECTION Verão ilimitado Já a piscar o olho aos dias mais quentes, antecipamos o lançamento de uma fragrância em edição limitada da casa libanesa de alta costura Elie Saab. Le Parfum chega já em fevereiro, numa edição Resort Collection, que é um convite a desbravar os oceanos. O novo frasco, azul, é o passaporte para uma eau de toilette floral disponível em 50 ml e 90 ml. EL PRIMERO LIGHTWEIGHT GLORIE El Primero prémio Venceu o prémio para Melhor Relógio Desportivo do Ano, atribuído pelo júri do Grande Prémio de Relojoaria de Genebra, e percebe-se porquê. Com calibre em titânio e silício e caixa ultradesportiva em carbono, com 45 mm, o El Primero Lightweight já é uma peça emblemática da Zenith, ideal para celebrar o 150.o aniversário da manufatura. Para um esqui de topo A Moncler é conhecida, sobretudo, pela roupa destinada a enfrentar a neve e/ou dedicada ao esqui e ao aprés-ski. O casaco Glorie, para ela, é uma das peças da coleção outono/ inverno 2014-2015 da marca italiana, que, recentemente, adicionou uma loja ao diretório – no n.º 171 do icónico Boulevard Saint-Germain, em Paris. SS15 LUÍS ONOFRE Tendências no pé iPHONE 6 PLUS Outra dimensão A Apple bem o desmentiu – e por diversas vezes –, mas acabou por ceder à tendência do momento e lançou um phablet. Com 5,5 polegadas, o iPhone 6 Plus permite fazer tudo em grande e, para lá das características do iPhone 6, recorre a um estabilizador de imagem próprio para evitar imagens tremidas e apresenta uma autonomia otimizada. Ainda estamos em janeiro, mas esta é já uma primeira amostra da coleção feminina que se vai usar no pé, na próxima estação primavera/ verão. As propostas de Luís Onofre remetem para paragens longínquas, sugerindo ligações ao Oriente. Entre as diversas sugestões, encontramos saltos rasos com tiras no dedo e as cores azul, nude e pêssego. Os pormenores e a riqueza dos materiais fazem a diferença. Usufrua das vantagens que o cartão de crédito Caixa Gold (1) proporciona. Além de poder aderir à função de arredondamento e poupar sempre que o utiliza em compras, este cartão tem associado benefícios em vários parceiros e um completo pacote de seguros. Saiba mais em www.cgd.pt. (1) TAEG de 20,4%, para um montante de 2500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 16,10%. 22 Cx a rev i s ta d a ca i xa soluções PARA A SUA CASA A Loja Arquitectos dispõe de um conjunto de soluções para a sua casa, desde uma vasta coleção de artigos de design (que pode visitar na sua loja em Benfica, junto às Torres de Lisboa) a projetos de interiores ilustrados a 3D, auxiliando, assim, a escolha dos seus produtos através da visualização do efeito e impacto no espaço. Além disso, encontra uma equipa qualificada para a execução OBRAS DE ARTE Fotos: Laura Mendelin (Loja Aqruitectos); Kristian Sekulic/Getty Images (crianças); D. R. (CPS) O Centro Português de Serigrafia (CPS) é a instituição portuguesa com a mais vasta atividade editorial no campo da obra gráfica original. Realiza edições de arte contemporânea, nas técnicas da serigrafia, gravura, litografia, fotografia e arte digital, tendo editado mais de 2 000 obras, de cerca de 600 artistas, incluindo os portugueses Cargaleiro, Cesariny, Maluda, Nadir Afonso, Pomar ou Resende. Desde 1985, são já mais de 12 mil sócios e você pode ser mais um. Se assim desejar, saiba que o CPS compromete-se a oferecer aos titulares de alguns dos cartões da CGD a isenção do valor de inscrição como sócio (59 euros), além de uma obra de arte de valor até 395 euros à escolha entre as edições de subscrição. Em alternativa a estas vantagens, pode beneficiar de 20% de desconto nas edições de subscrição exclusivas do CPS. Saiba quais os cartões em www.vantagenscaixa.pt, numa oferta não acumulável com outros descontos ou campanhas em vigor. s dos seus projetos, obras e remodelações. Tudo de forma devidamente planeada e acompanhada. E para que esta oferta fique completa, a Loja Arquitectos compromete-se a oferecer aos titulares de alguns dos cartões da CGD 15% de desconto em todos os serviços e produtos, numa oferta não acumulável com outras promoções ou campanhas em vigor. Saiba quais os cartões em www.vantagenscaixa.pt. LARDOCELAR Serviços de transporte A solução para os seus passeios, deslocações e até para levar as crianças à escola O LARDOCELAR estabeleceu uma parceria com a empresa Carrinho de Esferas, disponibilizando, assim, um completo serviço de transporte aos seus Clientes. Seja para trabalho, gestão do dia a dia ou lazer, saiba que tem à disposição, em www.LardoceLar.com, soluções práticas de transporte e de fácil agendamento. O LardoceLar e o Carrinho de Esferas disponibilizam serviços de transporte para grupos, a pretexto do aniversário dos seus filhos, para passeios em família ou para casamentos, batizados e outro tipo de festas familiares. Ou mesmo para situações mais rotineiras, como as idas e vindas da escola, as atividades extracurriculares ou deslocações ao médico ou fisioterapia. Pode, também, contar com os serviços do LardoceLar e da Shuttle Aeroporto de Lisboa para as suas necessidades de cariz profissional ou até de lazer, nomeadamente para as deslocações de e para o Aeroporto da Portela. Esta é, portanto, uma oferta de serviços abrangente, que pode requisitar de forma simples e totalmente cómoda, por telefone, através do número direto 21 315 18 19, ou pelo e-mail [email protected]. O LardoceLar e o Carrinho de Esferas concedem 50 por cento da inscrição anual aos Clientes Caixa, através do código LDLCE. Consulte este serviço em www.LardoceLar.com e descubra, também, todos os serviços de conveniência, assistência e reparações domésticas. PARA O CORPO E MENTE Localizado entre a natureza e a cidade, o AgraClub-Fitness Center dispõem de condições excecionais para a prática de atividade física. Ali encontrará a sua modalidade, seja natação, hidroginástica, pilates ou musculação, seja localizada, cardio-fitness, ioga ou até mesmo danças de salão e artes marciais. Para isso, conta com quatro estúdios para aulas coletivas, uma sala de cardio-fitness e musculação, piscina, sala de squash, sauna, jacuzzi, entre muitas outras valências. O AgraClub-Fitness Center compromete-se a oferecer aos titulares dos cartões da CGD a joia de inscrição, bem como entre 10 e 20 por cento de desconto nos cartões Low Cost, Hora de Almoço e Juvenil. Além disso, pode, ainda, aceder a vários cartões exclusivos protocolados. Saiba mais sobre estas vantagens, não acumuláveis com outras campanhas em vigor, e quais os cartões da CGD em www.vantagenscaixa.pt. Cx a rev i s ta d a ca i xa 23 g gourmet E L LG Doce tentação São tabletes; são biscoitos. São trufas, bolos ou compotas. Em comum, o chocolate. E a incrível tentação, seja em branco ou negro, em doce ou amargo, sob mil e uma interpretações possíveis deste produto eclético e imprevisível, com o qual se combinam os mais diversos ingredientes e especiarias. Para isso, a ELLG-Gourmet alia, «com a precisão de joalheiro», a paixão, a prática e a perseverança, na busca da melhor qualidade de chocolate, assente em produtos de fabrico artesanal e de produção nacional. O resultado são sabores surpreendentes, que seduzem quem os prova e que provocam aqueles que ainda não tiveram o prazer. Um bombom de alperce e outro de morango; uma trufa de saké e outra de aguardente de ameixa. Mais um caracol de chocolate e ainda ficamos tentados em adorná-lo com um pouco de doce de pera e gengibre. Algo nos diz que será demais… E são por demais, de facto, os tesouros da ELLG-Gourmet. E ainda nos propõem chocolates em caixas e caixinhas, cabazes e coleções, próprios para oferta ou só para levar para casa… E a tentação é, certamente, grande. CONTACTOS Morada Av. Óscar Monteiro Torres, 61 - A Lisboa Telefone 217 820 095 Site www.ellg-gourmet.pt L U Í S P AT O Corria o ano de 1970 quando João Pato se tornou no primeiro produtor-engarrafador na região da Bairrada. Para trás, toda uma tradição familiar de produção vinícola na Quinta do Ribeirinho, pelo menos até ao século XVIII. Hoje, são já 65 hectares de vinhas exclusivamente de castas portuguesas e é o filho, Luís Pato, que dá a cara pela Quinta. «Criar vinhos para nós não é só uma paixão, é também um prazer», refere. E é, precisamente, na adega, em Amoreira da Gândara, que se podem, mediante marcação, provar as novidades vínicas ou relíquias já fora de circulação comercial. Entre brancos, tintos, espumantes e vinhos doces, a oferta é variada e de difícil decisão, mas o Pato Rebel – um tinto de 2010, com um design arrojado – será, certamente, um bom ponto de partida. Para que a proposta fique completa, pode ainda dar aso aos prazeres da gula em fantásticos almoços regionais, com leitão à Bairrada, obviamente. E, uma a duas vezes por ano, são promovidos Almoços com Assinatura, onde os vinhos Luís Pato acompanham a sugestão gastronómica de um reconhecido chef nacional. 24 Cx a rev i s ta d a ca i xa CONTACTOS Morada R. da Quinta Nova Amoreira da Gândara Anadia E-mail [email protected] Telefone 231 596 432 Descontos 10% em vinhos, visitas Site www.luispato.com e almoços aos titulares de alguns cartões CGD. Saiba quais e os detalhes da oferta em vantagenscaixa.pt Foto: D. R. (Luís Pato); Paulo Andrade (ELLG) Vinhos com história p prazeres A delícia de... Leonor de Sousa Bastos PARA CERCA DE 12 UNIDADES: Maçapão: > 75 g de açúcar em pó > 125 g de miolo de amêndoa crua e pelada > 1 colher de sopa de licor de amêndoa ou água Bolachas: > 100 g de manteiga amolecida > 120 g de açúcar > 1 ovo > Uma pitada de sal > 180 g de farinha de trigo T55 > Cerca de 200 g de maçapão BOLACHAS COM PEDAÇOS D E M AÇ A PÃO TAYLOR´S TAWNY 10 ANOS Crocante tentação Para um final de refeição de amêndoas, nozes e chocolate Num robô de cozinha, triturar a amêndoa até que fique uma pasta. Adicionar o açúcar em pó e o licor ou água, sem parar de triturar, até que se forme uma massa. Embrulhar a massa de amêndoas em película aderente e refrigerar. Pré-aquecer o forno a 180ºC. Forrar um tabuleiro de forno com uma folha de papel vegetal. Numa taça, bater a manteiga com o açúcar até que fique cremosa. Adicionar o ovo e bater bem. Juntar o sal e a farinha e mexer, apenas, até que fique uma massa homogénea. Cortar o maçapão em quadradinhos e acrescentar à massa, envolvendo bem. Colocar 12 colheradas de massa no tabuleiro, ligeiramente espaçadas entre si. Cozer durante cerca de 12 minutos ou até que estejam levemente douradas. Retirar do forno e deixar arrefecer sobre uma grade de pastelaria. Conservam-se num recipiente hermético durante cerca de uma semana. Anti-stress Passada a época festiva, a maioria entra no novo ano em regime forçado, mas, depois de uma semana de contenção, poucas são as almas que já não anseiam por uma boa dose de açúcar. Para não stressar o corpo ou para aproveitar eventuais sobras de amêndoas ou maçapão, tudo é uma boa desculpa para experimentar estas bolachas. Vinho complexo, com aromas onde ainda se sentem algumas notas de fruta silvestre madura, combinadas com a madeira de carvalho, frutos secos, algum chocolate e caramelo. Na boca, é macio e envolvente, com um final longo, onde se salientam os aromas de frutos secos e alguma madeira. Ligeiramente refrescado, é um bom companheiro de final de dia, na companhia de frutos secos e algum tempo de conversa. É, também, um bom remate de refeição, em parceria com sobremesas que incluam chocolate e nozes ou amêndoas, por exemplo. O Taylor’s 10 anos é um Porto de lote. Na sua composição entram vinhos tintos selecionados de colheitas diferentes e idade média de dez anos. Envelhecem nas caves de Gaia da empresa, em cascos de carvalho, e vão perdendo a sua cor inicial e ganhando a tonalidade amarelo-acastanhada (tawny, em inglês) que designa este tipo de Vinho do Porto. José Miguel Dentinho Na composição deste Porto de lote, entram vinhos tintos selecionados de colheitas diferentes e idade média de 10 anos Nota: Ninguém pode resistir à massa suave, às bordas levemente crocantes ou à elasticidade dos pedaços de maçapão. O seu sabor rico e delicado torna-as nas bolachas perfeitas para uma chávena de chá em boa companhia. Cx a re v i s ta d a c a i xa 25 e 26 entrevista Cx a re v i s ta d a c a i xa JOSÉ EDUARDO AGUALUSA O elogio das origens São a história de Angola e os assuntos angolanos que interessam a Agualusa, o escritor angolano que, com 18 anos, veio para Lisboa estudar Agronomia, Silvicultura e depois Jornalismo. Está, neste momento, a escrever um novo livro sobre Angola, mas, avisa, não é um romance histórico. E mais, «ainda é muito cedo para dizer», sublinhou, entre prateleiras de livros e decoração colorida e cuidada, na sua casa em Lisboa, onde a Cx o entrevistou Texto Maria João Alexandre Fotografia João Cupertino DESDE HÁ MUITO que José Eduardo Agualusa tem a maturar na sua mente a história da rainha Ginga (1582-1663), soberana que reinou na região onde hoje está Angola e que lutou, durante 30 anos, contra o poder colonial português. É esta figura da história africana que serve de tema à sua mais recente obra, A Rainha Ginga. E de Como os Africanos Inventaram o Mundo. Acredita que, no futuro, os leitores no Brasil irão crescer e que este país lusófono será fundamental para quem escreve em português. Em entrevista ao Diário de Notícias de 31 de agosto de 2014, defende que muito se tem feito. «Os últimos governos brasileiros têm feito um grande esforço no sentido de levar o livro ao leitor», acrescentando que o Brasil é o maior comprador de livros para bibliotecas públicas. «O mercado brasileiro vai continuar a crescer», antevê. Com o fenómeno da lusofonia a nível literário, alguns escritores foram sendo bem integrados em Portugal, reconhece, dando como exemplo Mia Couto e Ondjaki por terem, como diz, um público grande em Portugal. O escritor, que já viu os seus livros serem traduzidos em 25 idiomas, nasceu no Huambo, em Angola, e é filho de pais portugueses com raízes brasileiras. O nome Agualusa vem do lado da mãe e significa mar iluminado. Cx a re v i s ta d a c a i xa 27 e entrevista Cx: É um nome muito bonito. Podia ser o seu nome artístico… José Eduardo Agualusa: Nunca lá chegaria… Cx: O que significa? JEA: É um nome que deve ter começado por ser uma alcunha de marinheiro. A imagem que transmite é de um mar muito calmo, de água com luz, quando o mar está iluminado. No Brasil, numa região de pescadores, existem muitas pessoas com o nome Agualusa. Cx: Agualusa é o nome de sua mãe… JEA: Sim. A minha mãe tem muita família no Brasil. Cx: Vai mudar-se para Luanda? JEA: Quero passar mais tempo em Luanda. Cx: Entre Portugal, Angola e Brasil, qual é a sua residência habitual? JEA: Quero estar mais tempo com a minha filha, em Luanda. Tenho uma filha pequena, de dez anos, que está com a mãe. «PARA CRIAR ESCRITORES É PRECISO CRIAR GERAÇÕES DE LEITORES, O QUE AINDA NÃO FOI FEITO EM ANGOLA E MOÇAMBIQUE» Cx: E o seu filho mais velho? JEA: Está em Inglaterra a estudar e tem 17 anos. Quer fazer algo entre fotografia e cinema… Cx: Na sua juventude, o que o trouxe a Lisboa para estudar Agronomia e Silvicultura? JEA: Sempre quis fazer Agronomia ou Veterinária, gostava. Quando vim estudar tinha 18 anos e estava sozinho, aluguei um quarto. Cx: Pensava voltar para Angola e poder exercer uma profissão nessa área? JEA: Tinha ideia de trabalhar mais ligado à Natureza. Cx: Essa fase da sua vida, em Lisboa, como a recorda? JEA: Se fosse hoje, teria estudado História, teria sido mais útil, mas, na altura, também não sabia. Cx: Foi uma desilusão? JEA: Não. Conheci pessoas, fiz amigos, comecei a escrever. Criei uma revista literária com estudantes africanos. Cx: Já escrevia antes de vir para Lisboa? 28 Cx a re v i s ta d a c a i xa JEA: Com a intenção de publicar comecei nessa altura. Cx: Qual foi a primeira coisa que escreveu que o fez sentir que era mesmo aquilo que queria? JEA: Comecei, como toda a gente, a escrever poesia, depois contos, publiquei no Diário de Notícias Jovem… Cx: E como foi a descoberta da paixão pela escrita? JEA: Não sabia que um dia iria viver da escrita. Não foi nada criado intencionalmente. Fui escrevendo. Gostava de escrever, aconteceu, foi acontecendo. Cx: Completou o curso? JEA: Fiz Agronomia, depois Silvicultura e a seguir Jornalismo. Cx: Mas acha que deveria ter feito História… De onde vem essa fixação pelo estudo do passado? JEA: O meu primeiro romance foi histórico. Sempre estive ligado à História. Ajuda a entender melhor o momento presente. Cx: Disse à imprensa que os angolanos vivem muito no presente e não têm memória do passado. JEA: Em Angola, faltam estruturas de preservação do passado, e é um País muito jovem. Num país muito jovem, existe uma visão mais positiva. E, de facto, em Angola, a maior parte das pessoas são jovens e muito otimistas. Mas, como são jovens, não têm muita memória do passado. Contudo, Angola atravessou períodos de grande drama. Cx: Como vê o momento económico atual em Angola? «Capitalismo enlouquecido» é uma expressão sua… JEA: Em Angola, saímos do marxismo e não guardámos nada de bom desse regime. Acabámos por ficar com os aspetos mais negativos do marxismo e do capitalismo. Temos um crescimento urbanístico desordenado e sem regras, que não respeita as condições da cidade. Cx: Preocupa-o mais os regimes do que os valores e integridade das pessoas? JEA: São os regimes que puxam pelo lado melhor ou pior das pessoas. Uma democracia desenvolvida pode puxar pelo lado melhor das pessoas…. Cx: Viveu um ano na Alemanha, com uma bolsa de criação literária. Como foi essa experiência? JEA: Fui escrever. A minha experiência foi enquanto escritor. A bolsa da Alemanha tem condições muito boas, os escritores têm bons apartamentos, fiz muitas leituras nesse período. Cx: Como era o seu dia? JEA: Não saía muito. Levei a minha família. Estava com outros escritores na mesma residência, na mesma casa. Fazia uma vida normal, como faço em Lisboa. Não é uma vida muito diferente. A diferença é mesmo o tempo. É mais frio e mais escuro. Trabalhava mais, saía menos de casa. Cx a re v i s ta d a c a i xa 29 e entrevista Cx: Em termos culturais, as diferenças são enormes entre Angola e Alemanha… Isso é algo que lhe interessa? JEA: Não acho que haja tantas diferenças. As pessoas são as mesmas em todo o lado. A minha vida é escrever. Cx: É uma vida fechada, numa espécie de retiro, ou convive e inspira-se nas pessoas à sua volta? JEA: Escrever é uma atividade muito solitária. Cx: O que escreveu na Alemanha seria igual se estivesse a escrever em Angola? JEA: Não sei, eu estou a escrever sobre assuntos que não têm a ver com aquele lugar específico. É natural que os livros sejam influenciados pela luz e pelo ambiente. O que se passa ao nosso redor não é tão importante… Cx: Diz que, enquanto escritor, é possuído pelas personagens que cria… Como tudo acontece? JEA: Quando começo, não sei o que vai acontecer… Os personagens, à medida que ganham vida e se desenvolvem, arrastam-nos com eles. Temos, entretanto, de aprender alguma coisa sobre esses caminhos. Para mim, o segredo está em não forçar um determinado caminho… Cx: Quando diz «aprender», refere-se à pesquisa que faz ao longo do processo de escrita? JEA: Todos os livros exigem pesquisa, nenhum livro parte inteiramente de dentro de nós. Os romances históricos exigem uma pesquisa particular. Um livro tem atrás de si muitos outros livros. Cx: É um trabalho de jornalista… JEA: Um romance histórico apoia-se na realidade, há factos reais que podem estar documentados. A partir dessas histórias, a ficção vai surgindo. Com os outros romances também é um pouco assim. Cx: Há um lado misterioso no ato de escrever? JEA: Sim, há um lado que não tem explicação… Cx: É uma pessoa crente em Deus? JEA: Sou totalmente cético. Cx: Então como explica o milagre que acontece quando escreve? JEA: Os milagres estão dentro de nós. A ciência vai explicando os mistérios da vida. Cx: Não se questiona de onde vêm esses insights? JEA: Vêm de dentro de nós. Vem tudo de dentro de nós. Cx: O que sente quando está preparado para escrever? Como foi no caso do seu último romance? JEA: Sentei-me para escrever. Estava a escrever outro livro, mas deixei-o em stand by para começar A Rainha Ginga. E, quando me sentei para escrever, eu já tinha dentro de mim a história. 30 Cx a re v i s ta d a c a i xa Cx: O seu mundo é a cultura angolana… JEA: O meu mundo são todas as culturas. Cx: Tem uma fixação pela História angolana? JEA: É o meio dentro do qual me movimento. Cx: Podia escrever sobre a cultura alemã? JEA: Não tenho o à-vontade e o conhecimento. Os assuntos angolanos são os que mais me interessam e que quero ver discutidos. Cx: Sente-se angolano na sua forma de estar e de ser? JEA: Sim. Cx: A que horas do dia escreve? JEA: Escrevo quando posso escrever. De manhã e à noite. Mas escrevo mais de manhã. «QUANDO COMEÇO, NÃO SEI O QUE VAI ACONTECER... OS PERSONAGENS, À MEDIDA QUE GANHAM VIDA E SE DESENVOLVEM, ARRASTAM-NOS COM ELES. TEMOS, ENTRETANTO, DE APRENDER ALGUMA COISA SOBRE ESSES CAMINHOS.» Cx: Gosta mais de acordar em Lisboa ou em Luanda? JEA: Tanto faz. Desde que acorde bem-disposto e bem acompanhado. Cx: Neste momento está a escrever? JEA: Neste momento estou a dar uma entrevista. Ainda é muito cedo para dizer sobre o que estou a escrever. É também sobre Angola e não é um romance histórico. Cx: Como se vê daqui a dez anos? JEA: Posso estar a fazer outras coisas, mas, enquanto tiver histórias para contar e as pessoas quiserem continuar a ler essas histórias, continuarei a escrever. Cx: Tem uma editora chamada Língua Geral, no Brasil? JEA: Não, não tenho. Ajudei a fundar essa editora, mas apenas isso. Nunca ganhei um tostão. Apenas ajudei a organizar. Cx: E se pudesse aconselhar os escritores angolanos e moçambicanos que publicam em Portugal, o que lhes diria para poderem vender mais e estar mais traduzidos? JEA: Que escrevam, que leiam. Que escrevam melhor. Depende do que escrevem, como escrevem… anos? Para criar escritores é preciso criar gerações de leitores, o que ainda não foi feito em Angola e Moçambique. Ao contrário do Brasil, que tem investido muito em levar o livro aos leitores. É provável que, em Angola, surjam escritores que estudaram fora e tiveram acesso ao livro. Cx: Depende menos da parte comercial, da força da promoção, e mais da qualidade? JEA: Acho que é a qualidade. Há autores que não têm qualidade e vendem. Há autores que vendem e, ao mesmo tempo, têm uma carreira literária internacional e recebem prémios internacionais – e aí têm de ter qualidade. Cx: «O maior risco é perder a paixão», disse, há algum tempo, numa entrevista… JEA: Não penso nisso. Quando não tiver mais histórias para contar, vou fazer outras coisas. Cx: Falta investimento na cultura e na educação? JEA: Em Angola, só teremos mais escritores depois de se investir na educação. Quando a prioridade for a cultura e a educação, haverá retorno. São precisos muitos anos para formar um escritor: 20-30 Cx: O quê, por exemplo? JEA: Fotografia, imagem… Cx: A próxima viagem é para onde? JEA: Angola, no final do ano [2014]. E para o ano [2015], conto passar mais tempo no Brasil… Cx a re v i s ta d a c a i xa 31 h história de capa LUSOFONIA A vocação lusófona de Portugal Portugal tem um papel central no espaço da lusofonia e é visto, por investidores internacionais, como uma porta de entrada para o vasto mercado dos países onde se fala português. A língua de Camões é um património comum a mais de 250 milhões de falantes nativos e pesa 17 por cento no PIB de Portugal Por Maria João Alexandre 32 Cx a rev i s ta d a ca i xa Cx a rev i s ta d a ca i xa 33 Foto: Danita Delimont/Getty Images h história de capa futuro de Portugal passa pelo espaço onde se fala português. A nossa vocação atlântica, uma ideia que não é de hoje, parece fazer cada vez mais sentido como desígnio nacional. Há quatro anos, já o falecido economista Ernâni Lopes escrevia sobre a importância da lusofonia, na obra A Questão Estratégica Fundamental da Lusofonia, onde abordava a articulação entre Portugal, Europa, África e Brasil. «A vocação atlântica do nosso País pode ser vista como o resultado do carácter identitário do mar», antevia o professor Ernâni Lopes, que também ficará na memória dos portugueses pelo seu legado no âmbito do potencial económico da economia do mar. Na sua visão, a lusofonia assentaria na projeção de Portugal à escala do mundo, como uma comunidade de múltiplos países, policêntrica, multirracial, multicultural e completamente livre. «Este é o grande desafio da lusofonia», afirmou convicto o economista, em 2010, à revista Cx. «A lusofonia e o mar não são questões do passado, mas do futuro.» Como podemos aproveitar o desígnio da lusofonia, perguntámos a Ernâni Lopes. Em primeiro lugar, respondia, há que recuperar a noção, na população e nos responsáveis, de que Portugal é, antes de mais, um país atlântico. Em segundo lugar, difundindo uma imagem. «Para Portugal, a vocação atlântica é o resultado do caráter identitário do mar. Em termos históricos, a vocação atlântica está no Atlântico Médio um espaço enorme que fala português. A vocação atlântica nasce aqui.» O Oportunidades económicas Hoje, passados quatro anos, o futuro está em aberto. «São inúmeras as oportunidades de negócios e de investimentos entre Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Portugal», defende Miguel Frasquilho, presidente da AICEP, a agência que se dedica à internacionalização ANGOLA tem sido um dos principais países no âmbito da internacionalização da economia portuguesa e da captação de investimento estrangeiro 34 Cx a rev i s ta d a ca i xa da economia portuguesa e captação de investimento estrangeiro. Na conferência Internacionalização das Economias, que teve lugar no Centro de Congressos de Lisboa, em junho de 2014, o responsável evidenciou a dimensão do mercado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as crescentes oportunidades que existem no mundo da lusofonia. Um espaço onde assistimos à emergência de uma classe média com poder de compra e onde abundam recursos naturais, como o gás e o petróleo. Só o Brasil, Angola e Moçambique representam, por exemplo, mais de 50 por cento das descobertas petrolíferas dos últimos anos. Mas não falamos só de petróleo e de recursos naturais. Criada em 17 de julho de 1996, a CPLP pretende afirmar-se como um «fórum multilateral privilegiado para o aprofundamento da amizade mútua e da cooperação entre os seus membros», apresentando um potencial longe de esgotado. Se, inicialmente, tinha como objetivo reaproximar países através de uma língua e cultura comuns, hoje, a CPLP procura, também, ganhar uma dimensão económica de nível superior. CRIADA EM 17 DE JULHO DE 1996, A COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA OFERECE UM POTENCIAL QUE ESTÁ LONGE DE ESTAR ESGOTADO Foto: Miguel Costa Photography/Getty Images De facto, os fluxos de investimento direto estrangeiro dirigidos aos países da CPLP têm sido intensos, registando, entre 2009 e 2013, uma taxa de crescimento médio anual de cerca de 9 por cento. Para termos uma ideia mais concreta do poder deste mercado, os dados da AICEP mostram que o comércio e as exportações no seio da CPLP quase duplicaram, entre 2008 e 2012. Olhando para as exportações das empresas portuguesas para os países da CPLP, estas registaram uma taxa de crescimento médio anual de mais de 11 por cento entre 2009 e 2013, tendo passando de 2,9 mil milhões de euros para cerca de 4,5 mil milhões de euros, respetivamente. No ano passado, em termos globais, os países da CPLP foram o destino de cerca de 10 por cento das exportações portuguesas e a origem de cerca de 6 por cento das importações. Ao nível do investimento direto estrangeiro (IDE), os países da CPLP têm-se evidenciado: entre 2008 e 2012, este investimento registou uma taxa de crescimento médio anual de cerca de 9 por cento, um aumento de 40 por cento em valor. Torna-se, assim, claro que os investidores mundiais estão a olhar para as potencialidades desta comunidade de países. Mas também o investimento direto acumulado de Portugal nos países da CPLP tem vindo a crescer desde 2008. Todos conhecemos casos de empresas e de grupos económicos portugueses que estabelecem parcerias e investem na internacionalização das suas atividades para estes países. Histórias de sucesso que se encontram nos mais variados setores: têxteis, bebidas, construção, maquinaria e consultoria, por exemplo. O poder de uma língua comum Efetivamente, a língua comum tem desempenhado um papel fundamental, facilitando as relações comerciais e parcerias. Ora vejamos: em todo o mundo, a língua portuguesa, como língua materna, é a quarta mais falada, registando uma das taxas de crescimento mais elevadas, seja na Internet, nas redes sociais, na produção de artigos e revistas científicas e na aprendizagem como segunda língua. O português é, hoje, património comum de cerca de 250 milhões de pessoas, cujo potencial está longe de ser otimizado. Isto porque a língua é um ativo intangível que beneficia de economias de rede: quanto maior o número de utilizadores, maior o benefício que cada um extrai da sua partilha. Mas, quanto vale a língua portuguesa? Uma resposta objetiva a esta questão é dada em 2012, na obra Potencial Económico da Língua Portuguesa. O autor, Luís Reto, reitor do Instituto Superior de Ciências do Trabalho CGD nos quatro cantos do mundo A Caixa está presente em quatro continentes e 23 países, incluindo Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Visite www.cgd.pt e descubra toda a plataforma internacional da Caixa, à disposição das empresas e empreendedores portugueses. europa américa Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Portugal, Reino Unido e Suíça. Brasil , Canadá , EUA , Ilhas Caimão, México e Venezuela. áfrica ásia África do Sul, Angola, Argélia, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé. China (incluindo Macau), Índia e Timor-Leste. Cx a rev i s ta d a ca i xa 35 h história de capa e da Empresa (ISCTE - IUL), revela que a língua portuguesa pesa 17 por cento no PIB português. Para chegar a este valor, uma equipa de investigadores daquela instituição de ensino lisboeta usou o método criado por Martin Municio, que já foi aplicado em Espanha, onde o espanhol representa 15 por cento do PIB. O livro equaciona as relações entre variáveis económicas, sociais e a língua, um trabalho de fundo levado a bom porto pela equipa liderada por Luís Reto, que inclui, também, os investigadores José Paulo Esperança, Mohamed Azzim Gulamhussen, Fernando Luís Machado e António Firmino da Costa. A segunda parte da obra é dedicada aos resultados de um inquérito sobre usos e perceção dos utilizadores da língua, realizado junto de cerca de 2500 aprendentes de português nas universidades e escolas em que existem centros de língua e leitorados apoiados pelo Instituto Camões (atual Camões – Instituto da Cooperação e da Língua). Foi este instituto que pediu o trabalho e que, em 2008, organizou a distribuição e recolha do inquérito por questionário aos seus estudantes em todo o mundo. Falantes nativos de português na lusofonia Existem 254,54 milhões de falantes nativos de português, o correspondente às populações de oito países de língua oficial portuguesa. A estes acresce a Guiné Equatorial, que à data de publicação do estudo ainda não integrava a CPLP, perfazendo, assim, um total de nove Estados membros, após um processo de adesão concluído em 2014. Por comparação, são cerca de 400 milhões os falantes de cada um dos universos de espanhol e inglês, segundo o Instituto Camões. Estes cálculos deixam, no entanto, de fora os pequenos núcleos de falantes nativos noutros territórios (Goa e Macau) e os emigrantes fora do espaço lusófono, onde comunidades como as residentes em França, Suíça, Canadá, Venezuela ou África do Sul não podem ser ignoradas. Seja pelo número de portugueses e luso-descendentes (só em França, estimam-se mais de 700 mil), seja pelo potencial económico que representam. Por outro lado, os autores reconhecem que nem todos os naturais dos oito países estudados, como os africanos e os timorenses, 36 Cx a rev i s ta d a ca i xa têm o português como língua materna. Ainda assim, o universo analisado de falantes e países corresponde a 3,66 por cento da população mundial e a 3,85 por cento do PIB mundial. A língua da cultura, ciência e da comunicação internacional A língua portuguesa está entre a dezena de idiomas «supercentrais», enquanto o inglês é considerado «hipercentral». No futuro, Luís Reto e a sua equipa preveem que a nossa língua venha a «ocupar um lugar de relevo no contexto mundial deste novo século». Uma conclusão apenas possível porque, segundo a obra, a língua portuguesa é hoje uma das mais influentes do mundo. A tendência é para o «crescimento dos seus falantes e utilizadores como segunda língua e para a sua afirmação como língua de cultura e ciência». Entre os utilizadores da Internet, a língua portuguesa é a quinta mais usada em todo o mundo, segundo a empresa de estatísticas Internet World Stats, citada pelo jornal Público. A implantação do português como língua de comunicação internacional advém, em grande medida, do crescimento económico de Angola e do Brasil na última década. E, ainda, determinantes têm sido as universidades portuguesas que decidem instalar-se no espaço lusófono, diretamente ou através de parcerias. Angola, por exemplo, tem aberto as portas a várias instituições nacionais. multirracial Existem 254,54 milhões de falantes nativos de português petróleo Só o Brasil, Angola e Moçambique representam mais de 50 por cento das descobertas dos últimos anos Fotos: Camilla Watson (São Tomé e Príncipe); LiciaR (Rio de Janeiro) Pioneirismo do MBA Atlântico Fundada em 2012 pela Católica Porto Business School e Católica Luanda Business School, a Católica Business Schools Alliance é uma parceria estratégica para a formação de executivos no mundo da lusofonia. Tudo começou com o MBA Atlântico, um programa pioneiro que decorre, simultaneamente, em três países de continentes distintos: África, América do Sul e Europa, respetivamente em Angola, Brasil e Portugal. Esta proposta formativa destina-se, sobretudo, a alunos das três nacionalidades, que têm de frequentar um trimestre letivo nas universidades parceiras de cada um dos países: no Porto, em Luanda e em São Paulo. A itinerância do MBA Atlântico liga os alunos às comunidades locais e, ao mesmo tempo, contribui para uma rede de diplomacia económica. A diversidade é a palavra de ordem, sendo as turmas constituídas por alunos das três nacionalidades, apesar do curso estar aberto a todos os falantes de língua portuguesa. Outra das parcerias lusófonas no campo da academia é a que liga a Católica Lisbon School of Business & Economics à Universidade Católica de Angola (UCAN) e que está focada, sobretudo, nos temas da gestão, marketing e finanças. Mas a primeira universidade privada a ser criada em Angola como instituição autónoma foi a Universidade Lusíada de Angola. Fundada em 2002, assenta numa cooperação pedagógica e científica, que viria a ser reforçada, em 2009, com o lançamento dos cursos de mestrado. A instituição possui protocolos e acordos de estágio com empresas angolanas e oferece bolsas de mestrado a licenciados e docentes da Universidade Lusíada de Angola que queiram frequentar cursos de mestrado nas várias áreas do saber na Universidade Lusíada de Lisboa. A força do triângulo Europa, África e Brasil Outro projeto que merece destaque é o da escola de formação de executivos da Universidade Nova em Luanda. Esta instituição de ensino quer posicionar-se estrategicamente no triângulo do Atlântico Sul: Europa, África e Brasil. Formar gestores globais é o objetivo da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), que desenhou uma meta clara: ser um centro de conhecimento em gestão e economia na África Lusófona, ao serviço de toda a comunidade científica, académica e empresarial no mundo. É neste contexto que surge a Nova Angola Business School (Nova ABS) e o centro de investigação NovAfrica, dedicado à África de língua portuguesa. Várias razões justificam opções como a da Universidade Nova: a ligação histórica e cultural partilhada há mais CARTÕES RE Para quem vive no estrangeiro, com Portugal no coração A Caixa disponibiliza diversos cartões com vantagens exclusivas para os residentes no estrangeiro e que permitem poupar. CARTÃO CAIXA CLASSIC RE – Cartão de crédito (1) que permite poupar através do arredondamento das compras realizadas, revertendo o remanescente automaticamente para a conta de poupança. Disponibiliza um pacote de seguros com as coberturas de acidentes pessoais em viagem e gastos abusivos; CARTÃO CAIXA GOLD RE – Cartão de crédito (2) de prestígio que, além da possibilidade de arredondamento das compras, apresenta um amplo pacote de seguros associado (p.e. extravio de bagagem, saldo da conta cartão, entre outros); CARTÃO DE DÉBITO RE – Disponível nas redes Visa e Mastercard, permite-lhe movimentar a sua conta à ordem em Portugal e no estrangeiro. As transações efetuadas no país de residência situado fora da Zona Euro estão isentas do pagamento de quaisquer comissões, à semelhança do que acontece em todos os países da Zona Euro. Conheça, ainda, outros cartões para residentes no estrangeiro com vantagens diferenciadas. Aceda a www.cgd.pt, dirija-se a uma Agência ou Representação da Caixa ou ligue (+351) 707 24 24 24, 24 horas por dia, todos os dias do ano, e saiba qual o que mais se adequa às suas necessidades. 1) TAEG de 18,0%, para um montante de €1.500, com reembolso a 12 meses, à TAN de 16,10%. 2) TAEG de 20,4%, para um montante de €2.500, com reembolso a 12 meses, à TAN de 16,10%. Cx a rev i s ta d a ca i xa 37 h história de capa de cinco séculos por três continentes (Europa, África e Brasil), a ambição internacional das organizações e a necessidade de diferenciação perante congéneres europeias. Mas há, ainda, diversas potencialidades por explorar. O sistema de Ensino Superior e Ciência português só pode ganhar ao explorar novos caminhos de cooperação. Estamos unidos por laços históricos, políticos, económicos, sociais e culturais. Portugal soube compreender esta dimensão e por isso esteve na primeira linha da criação da CPLP. A língua é, sem dúvida, um instrumento de aproximação e, por isso mesmo, um meio para aprofundar relacionamentos bilaterais. Hoje, Brasil, Angola e Moçambique surgem como países e economias emergentes, com crescimentos acelerados. Apesar de, por exemplo, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste serem países com graus de desenvolvimento diferentes e assentes em potencialidades diversas, todos mantêm relações com Portugal. O universo lusófono é de grande diversidade e riqueza em matéria de culturas e de produções culturais. A sua multiculturalidade é, pois, uma das suas marcas distintivas e deve ser vista como mais-valia. É, precisamente, a esta identidade cultural entre os falantes de língua portuguesa que se dá o nome de Lusofonia. Da lusofonia à diáspora portuguesa Mas a lusofonia não termina na identidade cultural e nos relacionamentos entre os membros da CPLP. As comunidades portuguesas estão por todo o mundo. Bem integradas nos países de acolhimento, são importantes pontes culturais e económicas com Portugal. Foi, precisamente, para estreitar as relações entre Portugal e a sua diáspora, portugueses e descendentes, que há cerca de dois anos foi criado o Conselho da Diáspora Portuguesa. A ideia desta associação sem fins lucrativos, que Print O PODER DO PORTUGUÊS A CAIXA 24 HORAS POR DIA, SEMPRE Se vive ou pensa viver no estrangeiro ou caso tenha familiares lá fora, saiba que, se for cliente do serviço Caixadirecta, pode ligar gratuitamente a partir de um número de telefone registado no seu país de residência: Europa* - 00 800 351 351 00 EUA/Canadá - 011 800 351 351 00 Brasil - 0 800 888 12 13 África Sul - 0 800 980 964 Macau - 0 800 961 Venezuela - 0 800 100 46 98 *Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Luxemburgo, Portugal, Reino Unido e Suíça. Saiba mais numa Agência ou Representação da Caixa. 17% 400 milhões É o peso da língua portuguesa no PIB português É o número de falantes de cada um dos universos de espanhol e inglês 15% É o peso da língua espanhola no PIB espanhol 254,54 milhões É o número de falantes nativos de português. Estes representam cerca de 3,7 por cento da população mundial e detêm, aproximadamente, 4 por cento da riqueza total 8 Países de língua oficial portuguesa (os estados membros da CPLP antes da entrada da Guiné Equatorial) ocupam uma superfície de 10,8 milhões de quilómetros quadrados, cerca de 7,25 por cento da superfície continental da Terra Fonte: Potencial Económico da Língua Portuguesa, Luís Reto (2012) 38 Cx a rev i s ta d a ca i xa contou com o Alto Patrocínio do Presidente da República, foi contribuir para a afirmação universal dos valores e cultura que unem todos os portugueses e elevar a reputação do País e, assim, o desenvolvimento e prosperidade de Portugal. Para isso, contam com o mérito, talento e influência de um grupo de conselheiros espalhados pelo mundo em várias áreas: economia, ciência, cultura e cidadania. São iniciativas como esta que virão estabelecer relações com as comunidades portuguesas e de lusodescendentes. Neste caso, mobilizando portugueses de influência para que, no futuro, possamos beneficiar do seu principal instrumento de trabalho, a World Portuguese Network, uma rede de talentos e de competências na diáspora. Foto: John W Banagan/Getty Images Números que não deixam dúvidas observatório o JOÃO NUNO PALMA, ADMINISTRADOR COM O PELOURO DO NEGÓCIO INTERNACIONAL DA CGD A lusofonia económica como ilustração: Onur Dangel/Getty Images modus operandi na nova economia global. SER ADMINISTRADOR DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS foi sempre um desafio ao longo das muitas décadas da existência do Banco do Estado. Mas ser administrador com o pelouro internacional é um desafio particularmente inspirador nesta época histórica em que vivemos. Porque a vida é feita de mudança e esta tem sido tão abundante nos últimos anos neste País, que ser um participante ativo na transformação em curso é sempre um desafio estimulante. O mundo económico e geopolítico está em acelerada transformação e acompanhar essa mudança exige atenção, focalização, mas, também, capacidade de visão: saber interpretar os dados presentes para definir a rota futura. Na Caixa Geral de Depósitos, este é um trabalho que está em constante afinamento, tamanhos são os desafios que se nos colocam nesta economia em evolução. Portugal tem aproveitado a crise económica e financeira em que mergulhou em 2011, fruto do seu isolamento dos mercados internacionais, para fazer uma alteração profunda na sua economia. Quando a crise começou, as empresas estavam demasiado endividadas aos bancos e com fracos recursos de capitais próprios. Muitas das suas indústrias estavam sem inovação ou produtividade. Os empresários à mercê dos mercados tradicionais, como Espanha, França e Alemanha. A gestão era familiar e a capacidade de gestão incipiente, descurando o design dos produtos, o marketing e o networking, a capacidade de trabalhar em rede. Com a crise, muito se alterou nas nossas empresas e na nossa economia. As empresas produtoras de bens transacionáveis sabiam que ou mudavam e ganhavam ou morriam. Com esta certeza, estavam preparadas para sair da sua zona de conforto e foram à luta. Contrataram gestores jovens, com permissão para inovar e para se lançarem em novos mercados. Melhoraram o desenho e apresentação dos produtos, abriram páginas das suas empresas na Internet e entenderam que o mundo era a sua casa, numa época de globalização. Aventuraram-se, procuraram e encontraram novos mercados. Veja-se as indústrias do têxtil, do calçado, do agroalimentar, entre outras: são exemplos de sucesso do Portugal pós-crise. O potencial económico da língua portuguesa As crises são boas quando nos obrigam a sair da nossa zona de conforto. As empresas portuguesas produtoras de bens transacionáveis estão, atualmente, mais bem preparadas para enfrentarem os tempos que correm. Hoje, pensam de forma global. Portugal tem também parceiros estratégicos importantes, que se revelaram com a crise. O investimento chinês, por exemplo, que atingiu os dez mil milhões e foi determinante nos anos de crise. O País exporta mais para Angola e Moçambique e a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) tem também como missão a promoção da lusofonia económica. A CPLP é uma comunidade de nove países, em quatro continentes, com uma população de mais de 240 milhões de consumidores, que já representam quatro por cento do comércio mundial. Os empresários têm de começar a absorver este mercado como o nosso novo «mercado interno». É para isso que tantas entidades estão a trabalhar. Com 240 milhões de consumidores, Portugal teria, finalmente, um mercado interno. Com os atuais dez milhões de consumidores, o País não tem massa crítica para muitas indústrias e produções. A Caixa Geral de Depósitos está a ajudar os empresários a encontrarem novos mercados para escoarem os produtos das suas empresas. Presente em 23 países e em quatro continentes, a Caixa tem sido um parceiro preferencial de gestores que fazem da língua portuguesa a sua casa. Temos uma forte presença em Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique. No Brasil, temos um bom banco de investimentos. Estamos preparados para fazer pontes com quem quer investir. Sabemos que a economia portuguesa está a mudar rapidamente. Por isso, temos de estar atentos e preparados para as mudanças que continuarão neste mundo pós-crise. Cx a re v i s ta d a c a i xa 39 v viagem D E E LV A S A B E LV E R Norte ao sul do Tejo É um Alentejo diferente, encavalitado em abruptas encostas, o que se apresenta por estas paragens. Um território onde Natureza, história e património convivem numa simbiose perfeita Texto Miguel Judas marvão Do alto dos seus 800 metros, esta é o lugar onde, dizem, «as aves se deixam Cxver pelas costas» 40 a re v i s ta d a c a i xa Cx a re v i s ta d a c a i xa 41 v viagem maior cidade abaluartada do mundo ainda é uma ilustre desconhecida para a maioria dos portugueses, mas a recente classificação como Património Mundial, pela UNESCO, fez finalmente justiça à outrora mais importante linha de defesa da nação. O fim da presença militar em Elvas provocou, à época, uma crise de identidade na cidade, que, devido à sua importância estratégica, chegou a ser conhecida como a «Chave do Reino». Mas, se o passado glorioso de Elvas se deve, sobretudo, à guerra, é também esta herança que lhe poderá garantir o futuro. O conjunto é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, com um perímetro de quase dez quilómetros. Foram classificados os Fortes de Santa Luzia (século XVII) e da Graça (século XVIII), três fortins do século XIX, as três muralhas medievais (duas árabes e uma fernandina) e a muralha do século XVII, considerada um exemplo notável da primeira tradição holandesa de arquitetura militar. Trata-se de um polígono de 12 lados, construído em redor de toda a cidade durante a Guerra da Restauração, que aqui conheceu um dos seus principais episódios, a 14 de janeiro de 1659, com a vitória portuguesa na Batalha das Linhas de Elvas. O complexo, projetado pelo jesuíta holandês Cosmander, é composto por sete baluartes, quatro meios baluartes e um redente, ligados entre si por cortinas, com o acesso à cidade a ser feito por três portas duplas. Além das fortificações, foi também classificado o Aqueduto das Amoreiras, uma monumental obra do século XVI, da autoria de Francisco de Arruda (o mesmo arquiteto da Torre de Belém, em Lisboa), com cerca de oito quilómetros de comprimento e cujas arcadas, com mais de 30 metros de altura, se tornaram a imagem da cidade. Um dos principais trunfos da candidatura elvense a Património Mundial foi o exemplar trabalho de recuperação levado a cabo nos últimos anos. O fosso das muralhas e a maior parte da cintura abaluartada foram abertos ao público e o Forte de Santa Luzia transformado em Museu Militar, onde se conta toda a história militar da cidade, desde a Idade Média até ao início do século XX – podem-se até visitar os túneis que, em caso de cerco, ligavam a fortaleza à cidade. Outro caso notável de recuperação é o Museu de Arte Contemporânea de Elvas, instalado, desde 2004, no edifício seiscentista do antigo Hospital da Misericórdia. É o único, em todo o País, dedicado em exclusivo à arte contemporânea nacional. O principal impulsionador do projeto foi o colecionador elvense António Cachola, que cedeu ao museu a sua coleção, constituída por obras dos mais importantes nomes da arte contemporânea portuguesa. Qual máquina do tempo, num espaço de poucas centenas de metros, salta-se do Renascimento para o período islâmico e daí para a regência filipina, com passagem pela Idade Média. A jornada pela História continua Alcáçova adentro, agora por entre as ruas medievais, com portas ogivais ladeadas de vasos floridos, que vão dar à antiga mesquita principal, reconvertida, no século XII, na Igreja de Santa Maria da Alcáçova. Ao fundo, já se avista o castelo medieval, palco de acontecimentos como os tratados de paz entre D. Dinis e seu filho D. Afonso e entre D. Fernando e D. João I de Castela ou de diversas trocas de princesas entre as cortes ibéricas. A De Campo Maior a Portalegre No cimo da Herdade das Argamassas, nos arredores de Campo Maior, ergue-se a Adega Mayor, um sonho antigo do empresário Rui Nabeiro, tornado realidade pela mão do arquiteto Siza Vieira, que desenhou para este local um projeto de linhas simples e de volume horizontal que se tornou num verdadeiro símbolo e motivo de orgulho da região. Os vinhos aqui produzidos (Monte Maior, Garrafeira do Comendador e Reserva do Comendador) merecem, só por si, uma 42 Cx a re v i s ta d a c a i xa elvas O Aqueduto da Amoreira é cartão de visita da cidade campo maior Siza Vieira desenhou a Adega Mayor e tornou realidade o sonho de Rui Nabeiro entre os melhores Eleita melhor unidade de turismo rural do Alentejo, em 2011, a Casa Ermida de Santa Catarina continua a ser uma escolha de topo O CONJUNTO DE ELVAS É O MAIOR DO MUNDO NA TIPOLOGIA DE FORTIFICAÇÕES ABALUARTADAS TERRESTRES, COM UM PERÍMETRO DE QUASE DEZ QUILÓMETROS deslocação ao local, mas é, sem dúvida, o edifício que atrai a maioria dos visitantes. O retângulo de 40 por 120 metros da adega assenta numa cavidade e ergue-se em muros de nove metros de altura. No topo sudoeste, o edifício eleva-se por mais um piso, reservado para a vertente pública e social do vinho. Aí foi criada a sala de provas e a copa, que se abrem para um terraço panorâmico, com relvado e espelho de água central. O destino seguinte é Alter do Chão, onde, em 1748, o rei D. João V mandou instalar a Coudelaria Real, para criar e fornecer cavalos para a corte, dando início à nobre linhagem Alter-Real – ainda hoje a única raça utilizada pela Escola Portuguesa de Arte Equestre. Ao início da tarde, a cavalgada das éguas é o momento do dia. O tropel faz tremer o chão junto ao Pátio das Éguas, de onde dezenas de animais saem em direção às pastagens da Tapada do Arneiro. A eguada, da qual existem registos com mais de 17 gerações, é formada por cerca de 60 éguas de ventre, selecionadas aos quatro anos de idade entre as melhores poldras de pelagem castanha. Todos os dias, ao início da tarde, são levadas para o campo para passar a noite, regressando ao estábulo apenas na manhã seguinte. No campo, afastadas do casario, as éguas pastam indolentemente, acompanhadas das crias, que permanecem junto às mães até aos seis meses de idade. A presença de pessoas fá-las aproximarem-se da vedação, para um breve afago que faz justiça à fama dócil do cavalo Lusitano. A Coudelaria Alter-Real está aberta ao público de terça a domingo. Existem quatro visitas guiadas por dia, durante a semana, e duas aos sábados, domingos e feriados. Além da visita ao espaço, que inclui um núcleo museológico e a Casa dos Trens, onde está exposta uma coleção de arreios e carros de cavalos, pode-se assistir à entrada e saída das éguas, a diversas atividades equestres e a demonstrações de falcoaria. Ao longe, avista-se já a cidade de Portalegre. Situada junto à serra de São Mamede, encontra-se entre os 400 e os 600 metros de altitude e é comum dizer-se que marca a separação natural entre o Alentejo e as Beiras. Enquanto, para sul, predomina uma paisagem tipicamente alentejana de montado, a norte são já serras, Cx a re v i s ta d a c a i xa 43 v viagem penhascos e vales que abundam. Aconselha-se, por isso, uma visita aos diversos miradouros em redor da cidade, bem como uma ida ao Pico de São Mamede, o ponto mais elevado do continente português a sul do Tejo, com 1025 metros de altitude e magníficas vistas sobre a vila de Marvão, a Extremadura espanhola e as serranias beirãs. Para os amantes de caminhadas existem, também, vários percursos pedonais pelo Parque Natural de São Mamede. Tejo Alentejano Poucos quilómetros antes de Marvão, impõe-se um desvio até São Salvador de Aramenha, para visitar as ruínas da cidade romana de Ammaia, com uma área de cerca de 20 hectares, que ao tempo do imperador Lúcio Vero já possuía o título de municipium. Entre os séculos V e IX terá sofrido os efeitos de um cataclismo, que a soterrou. Por esta razão, é uma das poucas cidades do império sobre a qual nada mais foi construído, o que permitiu um alto grau de preservação. No local existe um Museu Monográfico da Cidade, com exposições de material recolhido ao longo dos anos. É, agora, altura de subir até à vila-fortaleza de Marvão. Do alto dos seus 800 metros, esta é o lugar onde, dizem, «as aves se deixam ver pelas costas». Deve o seu nome a um cavaleiro do Islão, Ibn Maruán, que, no século IX, habitava esta fraga acastelada. Sob domínio cristão desde o século XII, o burgo de Marvão nasceu e cresceu ao longo do carreiro que conduzia ao castelo. A fortaleza é composta por dois recintos interligados e uma monumental cisterna (visitável). O melhor modo de conhecer a vila é deambular pelas suas ruas e deixar-se surpreender pela bem preservada arquitetura, com destaque para as Igrejas medievais de Santiago e Santa Maria (atual Museu Municipal), a Câmara Velha manuelina e o Tribunal setecentista. Nos arredores da vila, aconselha-se, também, uma paragem na Torre e Ponte da Portagem, junto ao rio Sever, um afluente do Tejo, por onde entraram, no século XV, milhares de refugiados judeus 44 Cx a re v i s ta d a c a i xa SITUADA JUNTO À SERRA DE SÃO MAMEDE, PORTALEGRE ENCONTRA-SE ENTRE OS 400 E OS 600 METROS DE ALTITUDE E A SUA SÉ CATEDRAL É DE VISITA INCONTORNÁVEL vindos de Castela. A zona foi transformada em parque urbano, com piscina e praia fluvial. Na vila histórica de Amieira do Tejo, já no concelho de Nisa, o castelo do século XIV é considerado um dos melhores e mais bem preservados exemplos da arquitetura militar gótica em Portugal. Enquadrado pelo rio e pela fronteira com Espanha, o concelho de Nisa é percorrido pelo Tejo ao longo de mais de 40 quilómetros, o que resulta numa grande diversidade paisagística, onde as serras e vales da frente ribeirinha contrastam com as planícies de montado e olival do interior. Mais para norte fica a vila de Montalvão, de onde parte um dos mais belos percursos pedestres do concelho, que percorre as belas margens do rio Sever, cujo vale serve aqui de fronteira natural com Espanha. Antes, porém, é obrigatório subir até às ruínas do Castelo templário e daí apreciar a vista panorâmica sobre a região, vislumbrando-se, ao longe, localidades como Castelo Branco, Castelo de Vide, Marvão e, um pouco mais além, as terras de Espanha. Os adeptos das caminhadas têm também no Trilho do Conhal um dos mais emblemáticos do concelho. Tem início em Arneiro, uma pequena aldeia piscatória, situada junto ao Tejo, conhecida pela imensa escombreira de seixos rolados resultante da exploração do ouro de aluvião pelos romanos – o «conhal», que dá nome ao trilho. Com cerca de dez quilómetros de extensão, percorre parte da serra de São Miguel, até ao topo do monumento natural das Portas de Ródão, onde se pode apreciar, bem perto, o majestoso voo dos muitos grifos que aqui nidificam. Os bordados e a olaria são outras duas tradições de Nisa que vale a pena conhecer. O Museu do Bordado e do Barro, situado no edifício histórico da Cadeia Nova, reúne na sua coleção alguns exemplares únicos destas artes. No caso dos bordados e dos cobertores de feltro, além de uma expressão de identidade do povo, funcionaram, também, como uma importante fonte de rendimento, pois as raparigas começavam desde muito novas a bordar as peças do seu enxoval, que vendiam, por altura do casamento, de modo a conseguirem dinheiro para construir uma casa. Já a olaria pedrada é uma tradição milenar, única no Alentejo, caracterizada por peças de barro vermelho com pequenas pedrinhas de quartzo branco incrustadas, que desenham belos motivos decorativos, essencialmente ligados à flora e fauna regionais. No topo de uma encosta sobranceira ao casario, o Castelo de Belver, já na margem norte, marca finalmente o fim deste Alentejo, banhado pelo Tejo e encavalitado em abruptas encostas. Mandada construir no início do século XIII pelo rei D. Sancho I, a velha fortaleza permanece fiel no seu posto de sentinela, proporcionando ao visitante uma vista deslumbrante sobre o rio. Antiga sede da Ordem dos Cavaleiros Hospitalários, Belver foi uma das principais praças-fortes durante o período da reconquista cristã, num passado glorioso cuja memória permanece viva até hoje em diversos monumentos dessa época. Também merecedor de visita é o Museu do Sabão, um moderno equipamento, situado na antiga escola primária, que recorda a história desta indústria de grande importância económica e social para as gentes de Belver, onde existiu uma Real Fábrica de Sabão, em regime de monopólio régio, até 1858, mantendo-se a atividade, em moldes mais artesanais, até à primeira metade do século XX. Mas os tempos mudaram e hoje é o turismo, especialmente o ligado à Natureza, que volta a colocar Belver no mapa. Um dos ex-libris da freguesia é a Praia Fluvial do Alamal, cujo acesso se faz por uma estreita estrada, serpenteando pela encosta até junto à antiga Quinta do Alamal – atualmente transformada num moderno centro balnear. No areal há toldos e espreguiçadeiras para alugar, e os banhistas têm à sua disposição gaivotas e caiaques. Um passadiço de madeira liga a zona à pitoresca Ponte de Belver, uma ponte de tabuleiro metálico, com 239 metros de comprimento, inaugurada em 1907, e ainda hoje o principal acesso à localidade para quem chega ou parte para sul. charmosa Panorâmica de Castelo de Vide, situada num dos montes extremos da serra de São Mamede majestosa A Sé Catedral de Portalegre é de visita incontornável distintos Os equídios da Coudelaria Alter-Real, cuja origem remonta a 1748 Cx a re v i s ta d a c a i xa 45 v viagem Guia de Viagem Ir O melhor e mais rápido modo para chegar a Elvas, onde se inicia esta viagem pelo Alto Alentejo, é pela A6, que liga Marateca à fronteira com Espanha. Ficar Monte do Vale Simplicidade e autenticidade são as palavras que melhor definem o conceito do Monte do Vale, uma acolhedora unidade de turismo rural situada a poucos quilómetros da aldeia de Terrugem, no concelho de Elvas. (montedovale.org) Casa da Ermida de Santa Catarina Situada numa península rodeada pela Albufeira do Caia, entre Elvas e Campo Maior, foi considerado o «melhor turismo rural do Alentejo em 2011». Com um enorme pé direito, é uma casa pensada para que de qualquer ponto se aviste a água. Conta com seis quartos e uma suíte de 100 m2 no piso superior, com vista panorâmica para a barragem. (casadaermidadesantacatarina. com) Hotel São João de Deus O único hotel de quatro estrelas no centro histórico de Elvas é o local ideal para sentir toda a atmosfera da cidade património mundial, pois está instalado no antigo Convento de S. João de Deus, cujos limites incluem parte da muralha seiscentista. (hotelsaojoaodeus.net) Quinta do Barrieiro Envolvida pela paisagem protegida da serra de S. Mamede, esta singular unidade de turismo rural mistura, de forma perfeita, a tradição com a contemporaneidade e serve de sala de exposições permanente para as esculturas da sua proprietária. Encontram-se espalhadas por toda a propriedade, dentro e fora de portas, surpreendendo o visitante nos recantos mais inesperados. (quintadobarrieiro.com) Monte Filipe Hotel e Spa Situado em Alpalhão, uma vila fundada pelos Templários, o Monte Filipe Hotel é uma moderna unidade de design contemporâneo e equipada com um moderno SPA. (montefilipehotel.com) Comer A Bolota Situado na aldeia de Terrugem, no concelho de Elvas, este restaurante continua a reinventar a gastronomia alentejana, com pratos como a sopa de perdiz com hortelã, javali com molho de ameixa e puré de castanhas ou costeletas de borrego com puré de frutas e esparregado. (acebook.com/abolota) Pompílio Após herdarem dos pais uma pequena casa de petiscos, os irmãos Manuel e Rui Pompílio transformaram este restaurante numa das referências gastronómicas da região, onde é possível saborear sabores de antigamente, como as sopas de tomate, cação e da panela (com galinha e hortelã), os ovos com espargos ou com rins e mioleira, as migas de espargos, os pezinhos de coentrada ou diversos pratos de caça. (facebook.com/restaurante. pompilio) Taberna do Adro Em Vila Fernando, uma das freguesias rurais do concelho de Elvas, esta pequena casa é muito conhecida pelos seus petiscos tradicionais alentejanos. O ambiente recria a atmosfera das tradicionais tabernas alentejanas e a ementa recupera os pratos mais típicos da região, como pezinhos de porco de coentrada, galinha frita ou de tomatada, borrego no forno ou carne de alguidar, tudo acompanhado de migas de batata, tomate e couve-flor. Uma experiência a não perder. (facebook.com/pages/ Restaurante-Taberna-doAdro/191348860910232) Sever Situado numa das margens do rio que lhe dá o nome, com vista para as muralhas de Marvão, este restaurante reúne o melhor da gastronomia desta região, servindo as típicas migas com carne de porco ou a alhada de cação, bem como ensopado de veado, arroz de pombo-bravo ou javali estufado. (wonderfulland.com/sever) Taverna da Vila Fica situada numa antiga adega, que manteve todo o seu ambiente original, com talhas de vinho e mesas corridas, bem a condizer com o espírito da casa, onde a comida serve de mote a prolongados convívios, animados pelo bom vinho alentejano. Para entrada, há bacalhauzinhos do rio (bordalos da ribeira escalados e fritos), papa-ratos (massa de farinheira fresca frita) ou feijões das festas (um prato típico dos casamentos), podendo seguir-se uns secretos de carpa fritos com migas de ovas ou uma carne de alguidar grelhada e lombete com molho de azeite e coentros acompanhado de migas de cogumelos. (facebook.com/ataverna.davila) O Túlio O peixe do rio é um dos ingredientes principais da gastronomia do concelho de Nisa, conforme se pode provar nesta simpática casa de pasto, na aldeia de Monte do Arneiro, que tem como especialidades as sopas de peixe (com ovas de carpa, pão, poejos e postas de barbo), as migas de peixe com postas fritas, o ensopado de enguias e a lampreia à casa. (facebook.com/pages/Casa-dePasto-O Túlio/276582879085104) Informação na Net prepare-se para ir para fora... cá dentro. Sites que não deve deixar de consultar: www.visitalentejo.pt; www.visitportugal.com; rotasdeportugal.pt/alto-alentejo.htm O CARTÃO CAIXADRIVE (1) É O SEU PARCEIRO DE VIAGEM, POIS PERMITE-LHE BENEFICIAR DE DESCONTOS SEMPRE QUE ABASTECE O AUTOMÓVEL. USUFRUA DE DESCONTOS DE 3%, NUM MÁXIMO DE 20 EUROS MENSAIS, NAS COMPRAS E ABASTECIMENTOS EFETUADOS COM O CAIXADRIVE NAS ESTAÇÕES DE SERVIÇO DA REPSOL EM PORTUGAL. SE EFETUAR COMPRAS DE VALOR SUPERIOR A 250 EUROS (POR CADA CICLO DE EXTRATO) FORA DAS ESTAÇÕES DE SERVIÇO DA REPSOL, BENEFICIARÁ DE UM DESCONTO SUPLEMENTAR DE MAIS 3% SOBRE TODAS AS COMPRAS E ABASTECIMENTOS, EFETUADOS NAS ESTAÇÕES DE SERVIÇO DA REPSOL, COM LIMITE DE TRÊS EUROS MENSAIS. OS ABASTECIMENTOS PAGOS COM ESTE CARTÃO ESTÃO ISENTOS DA COMISSÃO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL. OS BENEFÍCIOS DOS CARTÕES CAIXADRIVE SÃO CUMULATIVOS COM OUTROS DESCONTOS EM VIGOR (EX. DESCONTO CAIXADRIVE + DESCONTO FIM DE SEMANA + DESCONTO CARTÃO DE SÓCIO DO S.L. BENFICA). COM UMA GESTÃO EFICAZ DOS VÁRIOS DESCONTOS, OS TITULARES DO CAIXADRIVE PODERÃO USUFRUIR DE PREÇOS BASTANTE COMPETITIVOS FACE AO MERCADO. ALÉM DISSO, OS TITULARES DO CAIXADRIVE BENEFICIAM DE UM PACOTE DE SEGUROS E DE VANTAGENS EM PARCEIROS ASSOCIADOS AO CARTÃO. (1) 46 TAEG DE 20,1%, PARA UM MONTANTE DE 1500 EUROS, COM REEMBOLSO A 12 MESES, À TAN DE 18,15%. Cx a re v i s ta d a c a i xa Cx a re v i s ta d a c a i xa 47 f fugas M’AR DE AR AQUEDUTO Design e tradição no coração alentejano «O Alentejo é um mar de planícies, mas o m’ar que aqui se respira e nos hipnotiza é um m’ar de céu, um m’ar de estrelas, um m’ar de ar.» É este o cartão de visita do M’AR De AR Aqueduto, em pleno centro de Évora Texto Helena Estevens Fotografia D. R. rgue-se junto ao Aqueduto de Évora, em pleno coração da zona classificada Património da Humanidade pela UNESCO, o mais jovem hotel de cinco estrelas da emblemática cidade alentejana. Situado no edifício quinhentista outrora Palácio dos Sepúlveda, recuperado e restaurado, este hotel-butique conserva ainda muitos dos traços originais, evidentes nos tetos altos em abóboda, nas janelas manuelinas da fachada principal, que iluminam atualmente as três salas de reuniões do M’AR De AR Aqueduto – Historic Design Hotel & Spa, e também na capela, palco já de vários concertos de música clássica, abertos aos hóspedes e à população local. Conjugando, em perfeita sintonia, o traçado histórico com os mais modernos E 48 Cx a rev i s ta d a ca i xa conceitos de arquitetura e design, procurando destacar sempre que possível o aqueduto que lhe dá o nome – para o qual contribuem as várias paredes em vidro e janelas espalhadas pelo edifício, o M’AR De AR Aqueduto oferece aos seus hóspedes um total de 64 quartos elegantemente decorados, divididos em várias tipologias. Os quartos Clássico têm vista para o aqueduto e jardins do hotel, banheira e chuveiro separados e casa de banho com luz natural, através de um vidro que a separa da zona de dormir. Já os Superior distinguem-se pela varanda voltada para o centro histórico de Évora ou pelo terraço no jardim, com confortável mobiliário de exterior e piso em deck, ideal para desfrutar de toda a envolvência do hotel, com vista privilegiada para espaço exterior e aqueduto. A casa de banho, também aqui iluminada O M’AR DE AR AQUEDUTO COMPROMETE-SE A OFERECER AOS TITULARES DE ALGUNS DOS CARTÕES DA CGD 15% DE DESCONTO SOBRE A MELHOR TARIFA DISPONÍVEL NO SITE DOS HOTÉIS M’AR DE AR, BEM COMO UP-GRADE PARA QUARTO SUPERIOR DE ACORDO COM A DISPONIBILIDADE NO MOMENTO DA RESERVA. SAIBA QUAIS OS CARTÕES EM WWW.VANTAGENSCAIXA.PT, NUMA OFERTA NÃO ACUMULÁVEL COM OUTRAS PROMOÇÕES OU PROGRAMAS EM VIGOR. com luz natural através de um vidro que a separa da zona de dormir, tem banheira e chuveiro separados. Existem, ainda, as Suítes, com uma sala com cerca de 20 m2, sofá, maple individual e camas de dossel, e, para os hóspedes que queiram desfrutar de toda a experiência do SPA sem saírem do quarto, o M’AR De AR Aqueduto coloca à sua disposição dois quartos SPA, concebidos de forma a usufruir, com o maior conforto e comodidade, de todos os tratamentos a dois aqui oferecidos. Dispõem ambos de chuveiro e banheira circular de hidromassagem, assim como de um amplo terraço, aberto para um jardim de laranjeiras. Todos os quartos, sem exceção, encontram-se decorados num estilo moderno, com mobiliário original, cores suaves e apontamentos vários de design, da autoria do atelier Branco sobre Branco. Todos 1 2 3 1 azul O convidativo azul da piscina permite perceber a proximidade do aqueduto que dá nome ao hotel 2 integrado O hotel encaixa perfeitamente na arquitetura do centro histórico de Évora 3 vidro As várias janelas garantem a ligação direta à cidade Cx a rev i s ta d a ca i xa 49 f fugas eles dispõem de ar condicionado, telefone com ligação direta, Internet, televisão LCD HD, cofre, minibar, roupões, chinelos de quarto, secador de cabelo e amenities de marca, além de pastilhas Nespresso, que podem usar nas várias máquinas disponíveis nos espaços comuns. O hotel conta, ainda, com serviço de lavandaria e limpeza a seco, estacionamento interior e serviços de transfers de e para o aeroporto. Para os hóspedes que o desejarem, há também passeios temáticos, aluguer de bicicletas e serviço de transporte, dentro das muralhas, em carrinhos elétricos. Experiências memoráveis e imperdíveis No piso térreo do M’AR De AR Aqueduto – Historic Design Hotel & Spa, o restaurante Degust’AR, com a assinatura gastronómica do chef António Nobre, promete deixar deliciado o mais exigente dos paladares. O ambiente confortável e intimista é o palco ideal para o desfile das propostas diariamente apresentadas por este especialista, que, partindo da cozinha alentejana, explora, de forma original e criativa, os sabores mediterrânicos. Uma 50 Cx a rev i s ta d a ca i xa O TRAÇADO HISTÓRICO SURGE EM PERFEITA SINTONIA COM OS MAIS MODERNOS CONCEITOS DE ARQUITETURA E DE DESIGN escolha difícil, dado o gabarito do menu apresentado. Fica, no entanto, a sugestão do peito de pato braseado na sertã com molho de citrinos e gengibre, o lombo de bacalhau grelhado com migada de grão-de-bico e grelos salteados ou a tradicional sopa de cação à alentejana, acompanhados de um dos excelentes vinhos expostos na garrafeira, com referências de todas as regiões de Portugal e alguns nomes estrangeiros. Aqui, se quiser, pode sempre aprender com o chef António Nobre alguns dos segredos da sua cozinha. Só tem de se informar sobre as aulas oferecidas. Também no piso térreo, os apreciadores encontram no Sushi B`AR, com a assinatura do chef Kenzo, uma referência da moderna gastronomia japonesa em Évora. Já no primeiro piso, irá descobrir o B’AR Aqueduto, com uma ampla zona de estar que conduz a um terraço com vista privilegiada para o aqueduto e zonas exteriores, com destaque para a piscina e respetivo bar de serviço, aberto no verão, e para o pequeno laranjal, sobre o SPA. 3 1 2 4 1 moderno As cores suaves e os apontamentos de design são imagem de marca 2 de autor No restaurante Degust’AR, a cozinha alentejana reinventa-se 3 64 quartos elegantes e confortáveis 4 spa 220 m2 de bem-estar Guia de Viagem Como ir Depois de atravessar uma das pontes sobre o rio Tejo – 25 de Abril ou Vasco da Gama –, siga pela A2 até encontrar a ramificação que faz a ligação à A6, em direção a Évora. Caso o seu ponto de partida seja o Sul do País, a opção mais rápida passa, também, por apanhar a A2 e, depois, a A6, até Évora. O hotel fica junto ao centro histórico. Ficar Exemplo da união entre o histórico e o contemporâneo, o hotel M’AR De Ar Aqueduto é um cinco estrelas localizado junto ao centenário aqueduto que lhe dá o nome. Poderia muito bem representar igualmente a modernidade e os novos ventos que chegam ao Alentejo. É também por isso que a designação Historic Design Hotel & Spa acaba por assentar bem neste local. Quarto single a partir de 126 euros e suítes a partir de 218 euros (preço por noite). Fazer E para que não falte nada, existe uma sala de leitura, com obras várias, computadores e acesso à Internet, e o SPA com uma área total de 220 m2. Ali, tem à disposição cinco cabines de tratamentos, sauna, banho turco, banho Vichy e zonas de relaxamento, além de um vasto leque de programas especialmente dedicados ao bem-estar. Os tratamentos de estética corporal e facial, as terapias variadas e as massagens do tipo ayurvédica, pedras quentes, shantala, tibetana, especial gravidez – New Life e New Mum, shiatsu, tui-na e thai são algumas das hipóteses possíveis neste ambiente envolvente e único. Destaque, ainda, para os rituais de massagem: Oriental, que se propõe perfumar a alma; Mediterrânico, vibrante como o mar; Indiano, para elevar o espírito; e Arábico, para libertar a fadiga da viagem. O M’AR De AR Aqueduto oferece, ainda, vários espaços ideais para reuniões, integrados no conjunto patrimonial do antigo Palácio dos Sepúlveda e Colégio de São Manços, todos com abundante luz natural. Algumas delas, caso da Capela e Donzelas, têm acesso direto ao exterior ou ao pátio interior, podendo servir de zona de acolhimento. O SPA, de 220 m2, e o restaurante Degust`AR, onde pode descobrir uma gastronomia mediterrânica com a assinatura do chef António Nobre, são motivos mais do que suficientes para ficar no hotel. E a piscina, claro, obrigatória em dias de sol e calor. Mas, estando em pleno centro histórico de Évora, há que percorrer aquela que é uma cidade considerada Património Mundial da UNESCO. A Praça do Giraldo, a Catedral de Santa Maria, o Largo da Porta de Moura, o Aqueduto da Água de Prata, o Castelo Velho, o Templo Romano, entre vários outros monumentos, são incontornáveis. M’AR De AR Aqueduto Rua Cândido dos Reis, 72 Évora Tel.: 266 740 700 E-mail: [email protected] Website: www.mardearhotels.com Cx a rev i s ta d a ca i xa 51 f fugas CASAS DO MOINHO NOVO Um paraíso às portas de Lisboa Na confluência entre a Estremadura, o Ribatejo e o Alentejo, esta unidade de agroturismo reúne o melhor de vários mundos, num casamento perfeito entre tradição e modernidade, que tem no respeito pelo ambiente o seu ponto de honra Por Miguel Judas Fotografia Filipe Pombo JÁ LÁ VÃO 17 ANOS desde que José Carlos Inácio aqui chegou. Após muita procura por entre as lezírias ribatejanas e as planícies alentejanas, foi aqui, na freguesia de Canha, concelho do Montijo, que este engenheiro lisboeta encontrou o seu pedaço de paraíso. «Pouco mais havia do que umas ruínas e tive de construir quase tudo de raiz, mas tinha tudo aquilo que eu procurava, para além de estar bastante próximo de Lisboa», recorda José Carlos, enquanto nos encaminha pela Herdade do Moinho Novo, perante a indiferença dos galos e pavões que debicam o chão à sua passagem. Começou por criar avestruzes e, em 2004, reconverteu toda a produção da propriedade ao modo de agricultura biológica. As avestruzes ainda lá estão, tal como algumas emas, burros, cabras, patos e porcos – que, 52 Cx a re v i s ta d a c a i xa por esta altura do ano, se escapam das suas cercas para ir comer as bolotas dos campos circundantes. Mais ou menos na mesma altura, começou também a abrir a quinta aos visitantes, em especial aos mais novos, com diversas atividades agrícolas que, hoje, fazem as delícias dos hóspedes, miúdos e graúdos. «Costumo dizer que isto não é uma quinta pedagógica, mas sim uma propriedade agrícola verdadeira que pode ser visitada e experimentada», afirma com humor. E foi esta vontade de partilhar com os outros que o levou a apostar numa moderna unidade de agroturismo, onde conforto e glamour não fossem um impedimento para se sentir a Natureza em toda a sua plenitude, mas que, pelo contrário, antes potenciassem essa vivência. A zona de alojamento, inaugurada no verão passado, é composta Guia de viagem Como ir Vindo de Lisboa, através da Ponte Vasco da Gama, o melhor caminho é seguir pela A12 e depois pelo IC3 e EN10, em direção à localidade de Canha. Aí chegados, é só seguir as placas indicativas das Casas do Moinho Novo. Ficar Situado numa propriedade com 60 hectares, a unidade de agroturismo das Casas do Moinho conta com oito casas modulares de madeira independentes, equipadas com kitchenette, casa de banho e varanda com vista sobre o montado, o lago e a piscina. Os preços variam entre 90 euros (durante a semana) e 120 euros (ao fim de semana), valor que sobe a 150 euros durante a época alta, e inclui sempre o pequeno-almoço. Fazer por oito casas modulares de madeira, de linhas contemporâneas e literalmente suspensas numa encosta de sobro, com vista panorâmica para um vale onde se passeiam cavalos e gamos, num contraste tão surpreendente quanto encantador. A mesma sensação, aliás, que se experimenta mal se cruzam as portas, ao entrar nestas verdadeiras suítes de luxo, onde nada foi deixado ao acaso. Completamente integradas na paisagem, verdadeiro agroturismo Nas Casas do Moinho Novo, o conforto e o glamour não são um impedimento ao objetivo de se sentir a Natureza em toda a sua plenitude. Bem pelo contrário, potenciam essa vivência onde quase passam despercebidas, cada uma das casas é totalmente diferente das outras, com ambientes temáticos e decorações únicas. São elas a Casa da Floresta (com mobiliário de madeira maciça), a Casa do Futuro (com peças de design), a Casa Belle Époque (com pormenores de extravagante requinte), a Casa Vintage (com peças do século passado), a Casa Industrial (com materiais como cimento, inox ou cabedal), a Casa Colonial (com um ambiente africano) ou a Casa Sem Nome, assim chamada devido à singularidade do mobiliário e que cada um, «depois de experimentar, pode batizar como bem entender», como explica José Carlos. Sobra, ainda, a Casa Central, que funciona como zona comum, onde, atualmente, são também servidos os pequenos-almoços e restantes refeições, São várias as atividades gratuitas ao dispor dos hóspedes: passeios a pé, de bicicleta, a cavalo, de jipe, ou até de trator, bem como a participação nos afazeres da quinta, sendo a alimentação dos animais, pela manhã e ao final da tarde, um dos mais populares. Existem, também, diversas zonas ajardinadas, com hortas biológicas, e canteiros de plantas aromáticas, onde os clientes se podem servir para confecionar as refeições. Mediante reserva antecipada, é ainda possível marcar uma noite de fados, um passeio de barco no Tejo ou conhecer a rota dos vinhos da região. Casas do Moinho Novo Herdade do Moinho Novo Canha Tel.: 918 783 590 E-mail: [email protected] Website: www.moinhonovo.com enquanto não é construído o restaurante, cujas obras vão começar em breve. Quanto ao resto, é Natureza no seu estado mais puro que os hóspedes podem não só apreciar mas também sentir, tocar e viver… Cx a re v i s ta d a c a i xa 53 i institucional NETCAIXA Simples, rápido e seguro Com o netcaixa contactless, os seus pagamentos são ainda mais fáceis A NOVA TECNOLOGIA contactless permite que os pagamentos até 20 euros sejam realizados pela simples aproximação do cartão ao terminal de pagamento automático (TPA), sem necessidade de digitar o PIN. Assim, os pagamentos são mais rápidos, diminuindo filas de espera e a necessidade de numerário na caixa registadora. Este sistema torna-se, por isso, vantajoso para os comerciantes, mas também para os clientes, sendo seguro pois apenas permite compras até 20 euros sem PIN, até ao valor total de 60 euros. Para tal, basta: 1.º Inserir o valor da operação no TPA; 2.º O Cliente aproxima o cartão do TPA; 3.º É impresso, automaticamente, um comprovativo da operação para si. Esta operação é possível com qualquer cartão contactless, identificado pelo símbolo ao lado. E para transações de valor superior a 20 euros ou no caso dos cartões sem tecnologia contactless, a aceitação dos pagamentos é feita de forma habitual, através da introdução do PIN. Informe-se na sua Agência ou Gabinete Caixa Empresas, veja em www.cgd.pt ou ligue 707 29 70 70, 24 horas por dia, todos os dias do ano. CARTÕE S DE CR É DI TO Campanha de inverno de pagamentos fracionados Para gerir com maior conveniência o orçamento mensal, as despesas deste inverno poderão ser pagas só na primavera GERIR O DIA A DIA pode ser um desafio. Por isso, os cartões de crédito de particulares da Caixa oferecem o acesso automático a uma linha de crédito suplementar, correspondente a 100% do limite de crédito dos cartões da Caixa, para pagamentos em prestações fixas e a uma taxa de juro vantajosa(1). De 1 de dezembro de 2014 a 28 de fevereiro 2015, todas as compras, cash-advance, pagamentos de serviços e os pagamentos ao Estado, com valor mínimo de 50 euros, transferidos para esta modalidade, começam a ser pagos apenas 54 Cx a re v i s ta d a c a i xa a partir do extrato de abril de 2015, sem encargos adicionais. Os 1.000 clientes com maior volume de faturação (superior a 500 euros), durante o período da campanha, transferido para pagamentos fracionados, recebem um vale oferta no valor de 100 euros, para utilização em viagens e estadias. Esta campanha é válida para todas as transferências para a Linha de Pagamentos Fracionados, assim como para as compras com recurso aos Fracionamentos Automáticos, ativados diretamente nos Terminais de Pagamento Automático (TPA) netcaixa, disponíveis nos comerciantes aderentes. Atualmente, esta solução está disponível em diversos comerciantes, nomeadamente na Giovanni Galli, Lanidor, Loja das Meias, Sacoor, Stefanel, Stone by Stone e Wall Street English, entre outros. Para conhecer as condições desta campanha e a rede de comerciantes aderentes aos Fracionamentos Automáticos, visite www.cgd.pt ou www.vantagenscaixa.pt. (1) TAEG de 18,8% na linha de crédito suplementar de pagamentos fracionados, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 15,0%. NA CAIXA. COM CERTEZA Somar vantagens Receba o seu ordenado pela Caixa e faça-o render ainda mais SABE QUE SER CLIENTE da Caixa significa somar vantagens. E tendo o seu vencimento domiciliado na Caixa, essas vantagens são ainda maiores, nomeadamente: • Isenção da comissão de manutenção da conta à ordem(1); • Acesso ao serviço Caixa Família Mais, com melhor remuneração, extensiva aos familiares aderentes. Para ter acesso ao serviço Caixa Família Mais, basta que seja titular de uma conta de poupança e que, pelo menos, um dos titulares de cada conta possua rendimento (ordenado, pensão ou outro crédito regular igual ou maior do que 500 euros) domiciliado na Caixa ou CaixaOrdenado/Mesada Certa, à exceção de clientes com menos de 18 anos ou residentes no estrangeiro. • Descontos(2) na Galp nos contratos de eletricidade e gás natural. Some ainda mais vantagens Ao tornar-se Cliente Mais, soma ainda mais vantagens em poupanças, em financiamentos e em seguros: • Acesso a produtos de investimento e de poupança exclusivos; • Acesso a Depósitos Mais com taxas de juro majoradas; • Benefícios em novas operações de crédito pessoal ou de crédito à habitação; • Descontos e outros benefícios em seguros; • Descontos, promoções e novidades em diversos parceiros, através dos cartões da Caixa, que poderá consultar em www.vantagenscaixa.pt. E para ser Cliente Mais e ter mais vantagens, basta domiciliar o seu ordenado, pensão ou outro rendimento regular na Caixa, ter Caixadirecta, cartão de débito e de crédito. E se teve um imprevisto ou um mês complicado, pode optar por antecipar até cem por cento do ordenado, sem juros, para uma utilização até 250 euros durante EXEMPLO DE POUPANÇA COM O SERVIÇO CAIXA FAMÍLIA MAIS NO 1.º ANO Conta Caixa Poupança Caixa Família Mais Montante individual aplicado TANB Imposto* Juros líquidos (1.º ano)* 50.000,01€ 0,625% 28% 226,25€ 50.000€ 1,100% 28% 398,20€ Poupança adicional com o Caixa Família Mais *Para clientes com domicílio fiscal em Portugal Continental 171,95€ quatro dias(3). Para mais informações, consulte www.cgd.pt, dirija-se a uma Agência da Caixa ou ligue 707 24 24 24, 24 horas por dia, todos os dias do ano. Para ordenados de valor d 500 euros ou com o cartão ativo associado à conta de depósito à ordem. (2) Eletricidade: válido para as tarifas simples e bi-horária e potências contratadas entre 3,45 e 20,7 kVA em Portugal Continental. Gás natural: o desconto é válido para o escalão 1 a 4 (consumos até 10.000 m3/ano), exceto quarto escalão da área geográfica servida pelo operador de rede EDP-Gás. Ofertas válidas para novas adesões até 31 de janeiro de 2015. (3) Caixaordenado - TAEG de 18,0% para uma utilização de crédito de 1500 euros pelo prazo de três meses à TAN de 16,0%, contratado separadamente. (1) Cx a re v i s ta d a c a i xa 55 f finanças P O U PA N ÇA Como poupar nas viagens de avião Se viaja frequentemente de avião, conheça algumas dicas para diminuir a respetiva fatura A GRANDE DISTÂNCIA e o custo das viagens são alguns dos fatores que impedem os portugueses que vivem no estrangeiro de visitarem mais vezes o nosso País. Por isso a planificação atempada é fundamental e permitirá poupar na compra dos bilhetes de avião. do Momondo e do Air Asia – este último eventualmente mais interessante para quem pretende viajar para os países asiáticos. Planeie a viagem com antecedência Não deixe para a última hora a marcação da sua viagem. Se o fizer, o mais provável é que o número de lugares disponíveis seja reduzido e os preços das tarifas aéreas disparem. Algumas estatísticas referem que se comprar o seu bilhete com dois meses de antecedência, pode poupar entre 18% e 61%, comparando com uma reserva mais em cima da data de partida. Seja flexível nas datas e nas horas Os preços dos bilhetes seguem a lei da oferta e da procura. Assim, se evitar viajar nos dias de maior movimento (sextas-feiras e domingos), poderá sentir um alívio dos encargos com a compra dos bilhetes de avião. Da mesma forma, se não se importar de viajar muito cedo ou mais ao final do dia, também deverá obter uma tarifa mais reduzida. Recorra aos sites comparadores de preços Uma ferramenta que deverá ter presente são os sites comparadores de preços. Um dos mais conhecidos é o Skyscanner. Este site permite-lhe pesquisar as ofertas disponíveis em centenas de companhias áreas em todo o mundo e identificar o voo pretendido. Mais, o site reencaminha-o para o operador que tem a tarifa escolhida por si para efetuar a reserva da sua viagem. Existem, ainda, outros sites comparadores de preços a que poderá recorrer. É o caso Analise as transportadoras low cost Outra alternativa poderá passar por viajar numa companhia low cost. Recorde-se que, regra geral, estas transportadoras não oferecem os mesmos serviços que as ditas tradicionais (ex.: não oferecem bebidas, refeições e jornais a bordo) e viajam para aeroportos secundários. Isto permite-lhes ter uma estrutura de custos mais reduzida, o que se reflete em preços mais simpáticos. No entanto, terá de ter algum cuidado, já que, ao comprar um bilhete numa transportadora aérea low cost, estará a pagar apenas a deslocação. Tudo o resto é taxado. Por isso, além do preço indicado, terá ainda de contar com as taxas adicionais, como, por exemplo, levar bagagem de porão, se quiser escolher o lugar no avião, se quiser comer qualquer coisa ou se fizer o check in ao balcão, em vez de o fazer pela Internet. Saiba mais sobre literacia financeira em http://saldopositivo.cgd.pt e descubra também as vantagens de alguns dos cartões da Caixa (ver rodapé), destinados a quem viaja com frequência de avião, com os quais ganha mais milhas e benefícios. CARTÃO MILES & MORE A CAIXA, EM PARCERIA COM O PROGRAMA MILES & MORE DA LUFTHANSA, CRIOU O CARTÃO DE CRÉDITO(1) QUE O DEIXA MAIS PERTO DA SUA PRÓXIMA VIAGEM, AO PERMITIR-LHE ACUMULAR MILHAS DA MILES & MORE, TANTO NO CÉU COMO NA TERRA. CONHEÇA TODAS AS CARACTERÍSTICAS DO CARTÃO MILES & MORE DA CAIXA EM WWW.CGD.PT. (1) MILES & MORE GOLD: TAEG DE 20,4%, PARA UM MONTANTE DE 10 MIL EUROS, COM REEMBOLSO A 12 MESES, À TAN DE 19,05%. MILES & MORE CLASSIC: TAEG DE 20,4%, PARA UM MONTANTE DE 4250 EUROS, COM REEMBOLSO A 12 MESES, À TAN DE 19,05%. 56 Cx a re v i s ta d a c a i xa Serviços Internacionais RECEBA E PAGUE COMO SE ESTIVESSE EM PORTUGAL. Com a Caixa, as operações financeiras nos 34 países da zona SEPA são simples e rápidas. Viver fora de Portugal não tem que ser uma grande mudança. Agora, para além de poder realizar transferências internacionais e receber o ordenado em euros, já pode fazer a gestão dos seus pagamentos frequentes através do sistema de débitos diretos, sem necessitar de abrir conta no país onde reside*. Tudo através da sua conta bancária da Caixa. Saiba mais em http://residentesnoestrangeiro.cgd.pt ou ligue (+351) 707 24 24 24, disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano. *Válido nos países aderentes à SEPA (Área Única de Pagamentos em Euros): União Europeia, Islândia, Liechtenstein, Mónaco, Noruega, San Marino e Suíça. HÁ UM BANCO QUE O APROXIMA DE PORTUGAL. A CAIXA. COM CERTEZA. Informe-se na Caixa. s sustentabilidade CADIN Vontade de fazer bem Instituição de pessoas para pessoas, o CADIn visa, acima de tudo, a plena integração das pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento na sociedade Texto Helena Estevens DAR UM FINAL FELIZ à história de todos aqueles que passam pelo CADIn, crianças, jovens e adultos e famílias, que ali encontram uma equipa empenhada em dar sempre o seu melhor. Para que este futuro risonho seja possível, é preciso unir esforços e arregaçar diariamente as mangas. Só assim será possível acompanhar pessoas com alterações do neurodesenvolvimento, problemas comportamentais e emocionais para que possam superar dificuldades com que se defrontam na aprendizagem, na comunicação ou na interação social, por exemplo. «Centro de referência, [o CADIn] conta com uma equipa multidisciplinar que trabalha em conjunto e onde é patente o cuidado em acompanhar cada caso, cada pessoa», orgulha-se Andreia Craveiro, do CADIn, destacando o facto de se envolver, sempre que necessário, a escola e a família. Até hoje, foram 19 mil os utentes que procuraram o CADIn desde a sua fundação, em 2003, na altura apenas em Cascais, e mais tarde, em 2011, também em Setúbal. 58 Cx a re v i s ta d a c a i xa Trata-se de um esforço que envolve não só o CADIn, mas, também, os vários elementos da família, instituições de ensino, empregados e amigos, num processo de aprendizagem e partilha conjunta de experiências para ajudar estas pessoas a explorarem todo o seu potencial. De portas abertas a todos, o CADIn assume-se como um «projeto de responsabilidade social inovador, orientado pela vontade de fazer bem o bem […], um centro de excelência que vive cada dia na busca incessante de fazer melhor, sem deixar ninguém para trás», respondendo às necessidades de cada pessoa como um ser único, com uma história e um diagnóstico individual. «Todos têm o seu lugar, o seu valor e as suas capacidades», frisa Andreia Craveiro.Talvez por isso mesmo os mais velhos não estejam esquecidos. O CADIn pôs recentemente em marcha um serviço, dirigido à população sénior, para avaliação neuropsicológica para pessoas com problemas de demência e de Alzheimer. Projetos para o futuro Para complementar a componente clínica, o CADIn desenvolve regularmente ações de formação de natureza variada e dirigidas a diferentes alvos, entre as quais se contam workshops, conferências, congressos, seminários ou ações de sensibilização, gratuitas para escolas, por exemplo. No horizonte estão planos de expansão, à semelhança do que aconteceu com a Unidade de Setúbal, e também novas parcerias, já em desenvolvimento. Para concretizar este objetivo são necessários fundos, angariados através de donativos para a Bolsa Social, «um fundo criado para comparticipar nos custos de acompanhamento dos utentes que careçam dos meios económicos suficientes, garantindo-lhes a mesma oportunidade ESPECIALIDADES Neuropediatria Pedopsiquiatria Psiquiatria Educação especial e reabilitação Neuropsicologia Psicologia clínica/educacional Reabilitação psicomotora Terapia da fala Terapia ocupacional de desenvolverem as suas capacidades e autonomia com vista à sua futura integração na sociedade». Pode ajudar através da linha de apoio 760 10 14 15, de transferência bancária para a conta do CADIn (ver NIB em www.cadin.net/como-ajudar), seguida de e-mail para [email protected] com o respetivo comprovativo e os seus dados (nome, morada e NIF), necessários para a emissão do recibo. Pode, também, tornar-se amigo da Bolsa Social, comprometendo-se a fazer um donativo regular – a partir de um euro por mês – e, assim, assegurar que o CADIn pode dar o apoio continuado às famílias que o procuram. Informações através do e-mail em cima referido ou do telefone 214 858 240. Tem, também, a oportunidade de ajudar sem qualquer custo, consignando 0,5 por cento do seu IRS liquidado para a instituição. Basta indicar o NIPC 506 285 871 no anexo H, no quadro 9, da sua declaração de IRS. Se preferir, pode optar pela doação de bens e serviços, como papel de fotocópia, lápis e canetas para escrever e pintar, pastas de arquivo, fotocopiadora ou central telefónica, AJUDE Calendário CADIn solicitando-se um contacto prévio para o e-mail [email protected]. Outra hipótese é a participação nas várias campanhas e eventos solidários, como espetáculos ou provas desportivas, cujas receitas de bilheteira revertam para o CADIn, que, desde já, deixa um sentido agradecimento. Anualmente, é publicado o calendário escolar CADIn, distribuído com o Expresso e patrocinado pelo Caixa Geral de Depósitos e por este semanário, que tem como principal objetivo promover a inclusão na sociedade das pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento, bem como dar a conhecer o CADIn e divulgar o seu trabalho. Fotografado nos estúdios da Impresa Publishing, é um acontecimento aguardado sempre com enorme expectativa. Este ano, o tema foram os super-heróis, empenhados em superar os seus limites e tornar o mundo melhor através dos seus superpoderes. A começar logo pela autoestima de quem diariamente se vê confrontado com dificuldades. O facto de entrarem no calendário é muito positivo, afirma Andreia Craveiro, explicando que «aparecerem no calendário e levarem para a escola aumenta-lhes imenso a autoestima». Positiva é também a parceria com a CGD, que já vem de longe, contribuindo para o desenvolvimento de projetos como o do calendário escolar. Ou num outro desenvolvido para a inclusão de pessoas com síndrome de Asperger, centrado na formação de competências para o local de trabalho, em simultâneo com a formação de colaboradores das várias empresas envolvidas e acompanhamento de todos, ao longo dos nove meses que durou o estágio, uma iniciativa com resultados francamente positivos. LIGUE 760 10 14 15 E CONTRIBUA COM A SUA GENEROSIDADE PARA APOIAR O CADIN A AJUDAR MAIS PESSOAS Cx a re v i s ta d a c a i xa 59 s sustentabilidade AÇÃO SOLIDÁRIA Dar mais ao mundo Foram mais de duas dezenas as instituições apoiadas pela ação Dá Mais ao Mundo no Rock in Rio, levada a cabo por alunos de todo o País, numa iniciativa inserida no âmbito do programa Young VolunTeam DESDE HÁ DOIS ANOS que o programa Young VolunTeam se tem revelado um sucesso. Desenvolvido pela CGD, em parceria com a ENTRAJUDA e a Sair da Casca e com o apoio da Direção-Geral da Educação e do Programa Juventude em Ação da Comissão Europeia, a iniciativa visa promover o voluntariado junto das gerações mais novas, incentivando o reconhecimento de competências para o futuro profissional dos alunos (ver coluna). Numa das muitas iniciativas desenvolvidas no âmbito do programa, as equipas foram desafiadas a aderir à ação Dá Mais ao Mundo no Rock in Rio, que contava, ainda, com outros dois parceiros: o próprio Rock in Rio Lisboa e a SIC Esperança. O objetivo passava por uma recolha de fundos, através da venda de pulseiras, cujo montante reverteria a favor de um conjunto de IPSS, tendo em vista a aquisição de equipamento e beneficiação de infraestruturas que permitissem melhores condições de estudo para as crianças que as frequentam. A este desafio responderam 23 escolas e, assim, entre 2 de abril e 30 de junho, várias dezenas de jovens arregaçaram as mangas por esta causa. Pelo meio, as dez equipas com melhores resultados até meados de maio foram convidadas a prosseguir a sua angariação no Rock in Rio, onde puderam assistir aos concertos e demais espetáculos. Além disso, foi também criada uma conta solidária, para que os colaboradores da CGD e toda a comunidade pudessem contribuir. No final, o valor angariado cifrou-se nos 51.544,61 euros, um montante que excedeu as expectativas iniciais, tendo em conta o enquadramento da iniciativa, totalmente realizada por jovens voluntários. A verba foi, posteriormente, distribuída por 23 IPSS, num processo de seleção levado a cabo pela ENTRAJUDA. Marta Vinhas, responsável pelos Projectos Solidários na ENTRAJUDA, explica que foi selecionada uma instituição na área de cada uma das escolas aderentes, de forma a promover laços com a comunidade. Para isso, «cada uma das instituições beneficiadas teve a oportunidade de apresentar uma candidatura ao projeto Dá Mais ao Mundo no Rock in Rio, indicando as necessidades específicas para as salas de estudo que pretendiam criar ou equipar». 60 Cx a re v i s ta d a c a i xa A vontade de fazer (o) bem Nesta primeira fase, os protagonistas foram efetivamente os jovens. «Foi muito gratificante ver o empenho colocado», refere Marta Vinhas, acrescentando que, «em nosso entender, os valores da dádiva e da partilha, veiculados no programa, foram aqui tangibilizados». Isto numa ação que fez os jovens pensar na realidade de crianças que não têm o mesmo acesso à educação, permitindo, simultaneamente, participarem num festival de música. Ou seja, foi «juntar o útil ao agradável», explica sorrindo. Opinião na mesma linha tem Jofre Pereira, diretor-geral do Centro Solidariedade e Cultura de Peniche (CSCP), uma das IPSS apoiadas, neste caso pertencente à Paróquia de Peniche. Para o responsável, estas iniciativas são determinantes para o desenvolvimento cívico e solidário de jovens e adultos, pois «promovem o desenvolvimento cognitivo, social e educacional dos jovens, fomentam o voluntariado entre os adultos e criam No C.A.T.L do Centro Social de Pindelo, aprender vai ser muito mais divertido (em cima, à direita) parcerias entre as instituições, que ajudam a otimizar recursos que são escassos». Assim, refere, é possível dar uma resposta mais eficaz localmente para criar igualdade de oportunidades, diminuindo as desigualdades entre as pessoas, algo que considera «um fator de desenvolvimento das comunidades». A iniciativa tem, precisamente, este outro mérito: o de mostrar como o voluntariado pode ser trabalhado pelas empresas e em parcerias entre instituições, junto da comunidade e em prol de causas sociais. Marta Vinhas aponta a importância deste envolvimento, dado que muitas IPSS «não dispõem de recursos, financeiros ou humanos que lhes permitam realizar projetos mais ambiciosos e inclusivos». O impacto destas instituições na comunidade é visível, por exemplo, no caso do CSCP, cuja missão passa por educar, acolher e integrar crianças, jovens e famílias, cuidando e promovendo a pessoa idosa, segundo os valores da Doutrina Social da Igreja. Para isso, esta IPSS dispõe de um conjunto de atividades e valências abrangente, que chega, diariamente, a mais de 200 pessoas – ou a muitas mais, se considerarmos o que isso representa nas famílias dos seus utentes. Jofre Pereira adianta que a atividade da instituição «abrange um grande tecido do nosso concelho». Os números ajudam a perceber: além dos 200 utentes diários, o CSCP envolve cerca de 90 colaboradores, 30 voluntários e mais de 700 pessoas beneficiadas com a distribuição de alimentos e bens de primeira necessidade. A Obra D. Josefina da Fonseca de Protecção à Criança e Formação Doméstica (OJF) foi outra das entidades apoiadas. Isabel Almeida, diretora técnica da instituição, é da opinião que esta «é uma maneira de a sociedade civil se envolver com as instituições YOUNG VOLUNTEAM Um programa de voluntariado jovem que veio para ficar O Young VolunTeam é um programa dirigido aos alunos do ensino secundário, desenvolvido pela CGD, em parceria com a ENTRAJUDA e a Sair da Casca, contando, ainda, com o apoio da Direção-Geral da Educação (DGE) e do Programa Juventude em Ação da Comissão Europeia. Tem como objetivo promover o voluntariado junto dos jovens e, simultaneamente, incentivar o reconhecimento de competências essenciais para o seu futuro profissional e para a competitividade do País, nos mais variados aspetos sociais: inclusão, empreendedorismo, educação, cidadania, emprego e criação de valor para o futuro. Os resultados estão à vista. Se na edição 2012/2013 o saldo tinha sido já muito satisfatório, em 2013/2014 os resultados foram verdadeiramente impressionantes. Das 90 escolas participantes, 1080 alunos dos grupos de embaixadores espalharam a semente do voluntariado junto de 60.984 colegas do ensino secundário, aos quais se somaram 2396 alunos no ensino básico. Uma evolução que legitima o programa Young VolunTeam e ilustra a proficuidade de uma parceria que vem desde de 2005, «existindo já uma relação de confiança recíproca», explica Marta Vinhas. «A CGD não se limita a entregar donativos, mas tem uma real preocupação de sustentabilidade que faz com que defina uma verdadeira estratégia de responsabilidade social.» Cx a re v i s ta d a c a i xa 61 s sustentabilidade de modo mais ativo, mais concertado e responsável.» No caso da OJF, em causa está um «peso valioso na economia local», traduzido em 39 postos de trabalho, suporte social a 182 famílias, disponibilizando-as para o mercado de trabalho, e a dinamização económica local fruto da aquisição de produtos e matérias-primas. As salas de estudo Não admira, por isso, que toda a ajuda seja bem-vinda. Neste caso, para dotar as salas de estudo de melhores condições para as crianças. Segundo Marta Vinhas, «este projeto foi muito importante para as instituições apoiadas e a avaliação foi muito positiva. Recebemos numerosos testemunhos, que relatam esta constatação, o que reforça a certeza da bondade da iniciativa.» Com os dois mil euros que cada uma das IPSS recebeu, houve quem optasse pela aquisição de computadores e outro material informático, mas também por máquinas fotográficas, rádios e leitores de MP3. Ou, ainda, por enciclopédias e manuais escolares, jogos didáticos e outros materiais de apoio diversificado ou até armários, mesas e cadeiras de trabalho. As necessidades foram, de facto, várias, mas o objetivo comum. O diretor do CSCP afirma que a verba disponibilizada foi «crucial para que pudéssemos dar outro modelo e dinâmica de funcionamento da sala de estudo». E explica porquê, acrescentando que este contributo permitiu «dar uma resposta mais alargada e integral à população estudantil», colmatando dificuldades existentes no seio de muitas famílias. Assim, a sala de estudo, em colaboração com a família e a escola, «procura completar e colmatar essa lacuna». Isabel Almeida corrobora a avaliação positiva. «São do conhecimento geral as dificuldades económicas com que se debate o setor social.» Por isso, garante, apoios desta natureza traduzem-se numa «mais-valia incalculável, dado que, e no caso concreto, foi possível equipar mais uma nova sala de estudo e completar outra já existente». Uma realidade que permitiu o apoio a mais crianças e melhorar as condições físicas e de aprendizagem. Já para Helena Estima, diretora técnica da Abarca, este projeto possibilitou a criação de uma «sala de estudos interativa, moderna e motivadora para as crianças, de forma a que desenvolvam todo o seu potencial e se tornem futuros adultos de sucesso». Para a responsável, a própria utilização dos meios tecnológicos veio trazer maior autonomia e capacidade de pesquisa, dando aos «menos favorecidos a oportunidade de acesso à informação e a possibilidade de atualizarem os seus conhecimentos». E, acrescenta, deslumbram-se já evoluções no desenvolvimento das crianças, apesar de só recentemente terem beneficiado deste material, principalmente na leitura, na escrita e no raciocínio matemático. Além disso, «é também uma mais-valia no trabalho com crianças com dificuldades de aprendizagem, permitindo a exploração de inúmeras atividades lúdico-didáticas». Por tudo isto, Helena Estima considera este «projeto de grande relevância no desenvolvimento cognitivo, psíquico e social das crianças que beneficiam dele». 62 Cx a re v i s ta d a c a i xa peniche O Centro Social e Cultural de Peniche foi um dos beneficiados com o projeto INSTITUIÇÕES APOIADAS > Abarca - Associação Barroense, Águeda; > Associação dos Amigos da Encosta Nascente, Amadora; > Associação Mutualista - A Benéfica e Previdente, Porto; > ADSCS - Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário, Santarém; > APEPI - Associação Pais e Educadores para a Infância, Pombal; > Casa do Menino Jesus, Covilhã; > Centro de Bem Estar Social da Amadora; > Centro de Solidariedade e Cultural de Peniche; > Centro Social Cultural e Recreativo de Pindelo, Oliveira de Azeméis; > Centro Social de Soutelo, São Pedro da Cova; > Centro Social do Souto, Santa Maria da Feira; > CSP S. José, Viseu; > CSP da Benedita; > CSP de Landim, Vila Nova de Famalicão; > CSP de São Romão de Carnaxide, Oeiras; > Fundação ADFP, Miranda do Corvo; > Fundação Manuel Gerardo de Sousa e Castro, Beja; > Irmãs Hospitaleiras de Assumar, Elvas; > Lar Santo António da Cidade de Santarém; > Obra D. Josefina Fonseca de Protecção à Criança e Formação Doméstica, Tábua; > Posto de Assistência Social da Malveira; > S.C.M. Cantanhede; > S.C.M. de Peso da Régua. E são muitas, efetivamente, as crianças que dele beneficiam. Como a Maria João, do Centro Social de Pindelo, que escreveu uma carta de agradecimento pelos presentes, publicada na edição de novembro do jornal Pinhãozinho. Ou as do Centro Social do Souto, em Santa Maria da Feira, que fizeram questão de agradecer aos promotores da iniciativa com um conjunto de desenhos sobre o valor da solidariedade. A NOSSA POLÍTICA AMBIENTAL PROTEGE ATÉ OS QUE NUNCA SERÃO NOSSOS CLIENTES. A Caixa foi reconhecida, pelo quarto ano consecutivo, pela sua transparência face às alterações climáticas, pelo Carbon Disclosure Project (CDP), organização internacional que analisa e detém o maior repositório de informações sobre emissões de gases de efeito estufa do setor empresarial mundial. Com projetos criados para reduzir as emissões de carbono, otimizar a gestão de recursos e diminuir riscos ambientais, a Caixa é o banco ibérico com pontuação máxima no Carbon Disclosure Leadership Index, no “Iberia 125 Climate Report 2014”. CGD – BEST NON LISTED COMPANY PORTUGAL Única empresa do setor financeiro com uma classificação de 100 pontos no Carbon Disclosure Leadership Index JUNTOS, INVESTINDO NO FUTURO. COM CERTEZA. http://sustentabilidade.cgd.pt | www.cdp.net s saúde NUTRIÇÃO A importância dos cereais Desde sempre que o Homem ingere cereais como alimento energético essencial ao seu desgaste físico e intelectual. Saiba porquê Por Rita Calha (dietista clínica) AO CONTRÁRIO do que a maioria acredita, o papel dos cereais é fundamental. Eles são os principais fornecedores de polissacarídeos (glícidos de cadeia complexa em que a unidade básica é a glicose), sobretudo hidratos de carbono (o amido, amilopectina, dextrinas), pectina e fibra (solúvel e insolúvel). São, também, fonte importante de vitaminas (complexo B) e minerais (potássio, magnésio, fosforo, cálcio, enxofre). A digestão dos hidratos de carbono origina glicose, que é transformada no organismo para produzir energia, sendo a principal fonte de energia para as células do cérebro. Esta é a razão pela qual os cereais devem, obrigatoriamente, ser incluídos na Cereais, mas quais? Provenientes das sementes das gramíneas (espécie vegetal), ricas em amido e celulose, são exemplo de cereais o arroz, o trigo, o centeio, a cevada, o milho, a aveia e outros menos conhecidos, como o amaranto 100 g de alimento Prot. (g) Trigo (farinha 55) 14 74 3 132 26 Bulgur (grão) 12 76 18 410 35 Quinoa (grão) 15 64 7 563 5 Kamutt 15 70 9 446 24 Millet 11 73 7 224 14 Esquema de um grão/ semente integral GÉRMEN É o alimento para a semente, rico em antioxidantes, vitaminas E e complexo B Gl. (g) alimentação. Estudos comprovam que os glícidos fornecem 50 a 60 por cento do valor energético necessário por dia. A fibra, por sua vez, é um polissacarídeo que não fornece energia, pois o nosso organismo não a consegue digerir. Mas apresenta uma função reguladora, aumenta a saciedade e representa a chave essencial na manutenção do equilíbrio da flora intestinal. Fib. (g) K (mg) FARELO Película exterior protetora da semente, contém fibra, vitaminas do complexo B e oligoelementos ENDOSPERMA Providencia energia (a partir dos glúcidos) e proteínas Ca (mg) e a espelta. A variedade de cereais e de subprodutos disponíveis é, de facto, muito grande. Hoje, além dos produtos habituais (arroz, massas, farinhas), podemos encontrar muitos outros, sejam frescos ou secos, seja em flocos ou em pó. Conheça alguns destes cereais e as suas principais características: • A quinoa (também conhecida como grão de ouro) é reconhecida pela O.N.U. como um alimento de excelência para o desenvolvimento sustentável da agricultura. É proveniente da região andina (Bolívia, Peru, Colômbia e Equador), sendo cultivada há mais de 3000 anos. É cada vez mais utilizada como substituto do trigo e do arroz, apresentando como mais-valia nutricional a sua riqueza em todos os nutrientes, além de ser isenta de glúten; • O bulgur ou triguilho tem origem árabe e é muito utilizado na culinária exótica e mediterrânica. É uma variedade de trigo seco, habitualmente utilizada salteada, em sopas, em pastelaria ou cozida, só com leite e açúcar. A nível nutricional, apresenta características similares à do trigo; • O millet é produzido, sobretudo, na África e Sudoeste Asiático, tendo inúmeras utilizações e apresentações. Pode ser usado em grão, em farinha ou fermentado para produção de bebidas destiladas (rakshi, tongba ou boza) e é também isento em glúten, sendo, por isso, uma mais-valia para os doentes celíacos; • O kamutt é uma variedade do trigo, mas contém, por 100 g, uma maior quantidade de proteínas, lípidos, vitaminas e minerais, apresentando um baixo índice glicémico, sendo, assim, uma opção nutricional vantajosa para o doente diabético. «Kamutt» significa cereal, farinha ou pão de cereal, sendo proveniente do Egito, local onde se encontraram as primeiras sementes, e está registado como marca de modo a preservar a integridade original do grão. Conforme ingeridos em cru ou cozinhado, mais difícil ou fácil será a digestão dos amidos nestes alimentos. Mas dê largas à sua imaginação: varie, cozinhe ou coma em cru! Não deixe de os incluir no seu dia a dia alimentar! PARCERIA COM LUSÍADAS SAÚDE Conheça as várias vantagens que os cartões da Caixa lhe proporcionam nas Unidades Lusíadas Saúde, nomeadamente 15% de desconto no atendimento urgente sobre a tabela de particulares. Saiba as condições em www.vantagenscaixa.pt/parceiros/lusiadas. 64 Cx a rev i s ta d a ca i xa e educação LINKEDIN Nem todas as redes sociais são iguais Ao contrário do famoso Facebook, existe uma rede social que foi criada a pensar em profissionais e onde, todos os meses, é possível encontrar dezenas de milhar de possibilidades de emprego Texto Pedro Guilherme Lopes NA SOCIEDADE ATUAL, não faz sentido procurar emprego sem recorrer à Internet e, sobretudo, às redes sociais. Esta ideia é sublinhada, por exemplo, por Anabela Possidónio, diretora executiva do Lisbon MBA, que, em declarações ao jornal Público, afirmou que «procurar emprego é um trabalho a tempo inteiro e as redes sociais tornam as oportunidades mais reais». Na mesma entrevista, a especialista sublinhou a importância desta presença on-line face ao elevado número de anúncios publicados na Internet e à rapidez de resposta a ela inerente. Mas, tal como acontece noutras ferramentas para procurar emprego, existem pequenos truques que permitem otimizar a utilização do LinkedIn. Uma rede com regras próprias Sendo uma rede para profissionais, o LinkedIn exige um comportamento bem diferente do que temos, por exemplo, no Facebook. Se o objetivo passa por estabelecer relacionamentos profissionais, é de evitar partilhar fotografias de momentos de lazer ou fazer comentários pouco relevantes para o seu perfil. A fotografia e a pegada digital Vários estudos demonstram que as empresas preferem perfis aos quais surja associada uma fotografia. Escolha uma fotografia de rosto ou de meio corpo, não demasiado informal. E, já que falamos em fotografias e em credibilidade, tenha em atenção a exposição nas redes sociais. É prática comum quem está a recrutar um profissional fazer uma ronda por outras redes sociais, de forma a conhecer um pouco mais sobre a pessoa em questão. área que lhe interessa cheguem mais rapidamente ao seu currículo. Seguir empresas Seguir as empresas de referência no setor onde deseja trabalhar permite-lhe estar atualizado sobre as novidades e perceber quais os perfis associados a essa empresa que podem ser potenciais recrutadores. Percebendo essas presenças, poderá, por exemplo, aderir a grupos dos quais eles façam parte e, dessa forma, aumentar a possibilidade de repararem em si. CGD NO LINKEDIN LANÇADA NO INÍCIO DE 2014, a página oficial da CGD no LinkedIn já ultrapassou 13 mil seguidores e continua a captar a atenção do segmento empresarial, que recorre, cada vez mais, a esta rede social. Por isso, a Caixa procura ir ao encontro das necessidades específicas de empresários e demais profissionais nela presentes, dando a conhecer informação relevante para o desempenho da sua atividade. Visite e torne-se seguidor em www.linkedin.com/company/cgd. Currículo sempre atualizado e com palavras-chave É fundamental. E, quando o fizer, tenha em atenção que uma experiência profissional ou de formação que, em seu entender, é pouco relevante pode fazer a diferença para quem está a selecionar. Não se esqueça, igualmente, de associar palavras-chave ao seu perfil, permitindo que os recrutadores da Aderir a grupos Custa muito pouco e pode trazer enormes benefícios. Antes de aderir a um grupo, deve ter em conta três aspetos: selecionar grupos relevantes para a área na qual procura emprego; escolher grupos onde exista um elevado número de membros que pertençam ao país onde pretende trabalhar; selecionar grupos onde possam estar potenciais recrutadores (ver dica «Seguir empresas»). Ao entrar nas discussões temáticas, estará a dar visibilidade ao seu perfil e a trabalhar no sentido de ampliar a sua rede de contactos. E não se esqueça de que, para lá dos grupos temáticos, existem grupos dedicados à procura de emprego. A importância das recomendações Acredite que vale a pena pedir recomendações. A opinião positiva de alguém que o avalia como profissional valorizará o seu perfil e dará boa imagem junto dos recrutadores. E, num universo que funciona em rede, não é de excluir que a opinião de quem o recomenda seja verdadeiramente relevante para quem está a recrutar. Cx a rev i s ta d a ca i xa 65 s sustentabilidade KIDZANIA Aprendizagem e brincadeiras Verdadeira revolução no conceito de entretenimento – e educação, talvez mais até do que a componente lúdica –, a KidZania permite às crianças brincar, a sério, aos adultos num ambiente extremamente realista Texto Helena Estevens PARQUE TEMÁTICO dirigido a famílias com crianças dos três aos 15 anos, a KidZania apresenta-se como uma grande cidade à escala dos mais pequenos, que aqui podem escolher entre mais de 60 profissões diferentes, em réplicas dos estabelecimentos mais representativos de uma cidade real. Com a CGD como Banco oficial desde o início, a KidZania contempla ainda um aeroporto, esquadra de polícia, bombeiros, imprensa, estúdio de TV, teatro, fábricas, lojas, circuito automóvel, estádio desportivo, entre vários outros, com inúmeras profissões associadas. O objetivo é que as crianças experimentem o mundo do trabalho através de role play, com supervisores adultos que não os pais, lições sobre responsabilidade, tomada de decisões e trabalho em equipa. Os conteúdos acompanham os programas escolares e procuram ensinar às crianças valores e regras de cidadania, ajudando-as a viver de forma saudável em sociedade através de atividades divertidas e, simultaneamente, pedagógicas. Fruto da imaginação de Xavier López Ancona, empresário mexicano movido pela dupla paixão de educar e entreter crianças, desde a abertura do primeiro parque temático, mais de 35 milhões de crianças visitaram já, pelo menos, umas das KidZanias espalhadas um pouco pelo mundo. Tudo começou em Santa Fé, no México, em 1999, sob o nome de Cidade das Crianças, seguindo-se muitas outras cidades, como Tóquio ou Dubai, passando por Lisboa, Cairo ou Santiago do Chile. E, para breve, estão previstas aberturas nos EUA, São Paulo e Moscovo, entre outras. Sistema económico próprio Uma vez que um dos objetivos da KidZania é dar a conhecer o mundo do trabalho, é natural que este seja recompensado. Isso acontece através de kidZos, a moeda oficial, com a qual se pode aceder aos mais variados serviços dentro da cidade (supermercado, cabeleireiro, alugar um carro, etc.) ou pagar as compras feitas na loja de kidZos. Cabe às crianças fazerem a gestão do seu próprio dinheiro, havendo a possibilidade de guardarem os kidZos na sua conta bancária da Kidzania e levantá-los nas caixas ATM na próxima visita. 66 Cx a re v i s ta d a c a i xa O BANCO OFICIAL? A CAIXA. COM CERTEZA Desde o início como Banco oficial da KidZania, a Caixa assume aqui um papel fundamental na educação financeira dos mais novos, não só no que respeita à aprendizagem de vocabulário, mas também na promoção de hábitos de poupança, essencial para a realização dos mais variados objetivos. Para isso, tem promovido várias iniciativas na KidZania, como a Semana da Poupança ou a comemoração de dias especiais, como os do Pai, da Mãe ou dos Avós, por exemplo. DIRIGIDA A FAMÍLIAS COM CRIANÇAS DOS TRÊS AOS 15 ANOS, A KIDZANIA APRESENTA-SE COMO UMA GRANDE CIDADE À ESCALA DOS MAIS PEQUENOS, QUE AQUI PODEM ESCOLHER ENTRE MAIS DE 60 PROFISSÕES NA CAIXA, HÁ CARTÕES QUE ENSINAM A POUPAR Sabia que a Caixa ajuda a gerir a mesada dos jovens, transferindo para a poupança o montante não utilizado durante o mês? É isso que acontece com os cartões LOL. O LOL Júnior (10-15 anos) e o LOL (15-18 anos) são cartões pré-pagos que funcionam com base num valor previamente carregado, que pode ser pontual ou agendado. O nível de segurança na utilização é muito elevado, já que todas as operações requerem o número de identificação pessoal e os gastos são limitados ao saldo existente. No caso do LOL Júnior, existe, mesmo, um limite diário de utilização, atualmente de 50 euros, conferindo, ainda, maior proteção e controlo dos gastos. A vertente didática destes cartões é, também, um fator muito importante, já que é o jovem que gere e se responsabiliza pelo dinheiro, avaliando as opções de compra de acordo com o saldo de que dispõe. E essa gestão passa também pela poupança. Esta opção funciona de um modo muito simples: no final de cada mês, o que sobrar no saldo do cartão é guardado e, sempre que atinja um euro ou mais, é transferido automaticamente para a conta de poupança CaixaProjecto, onde fica a render juros. Cx a re v i s ta d a c a i xa 67 c cultura ORQUESTRA DAS BEIRAS Espalhar a música Levar a música sinfónica às pessoas que estão mais afastadas dos grandes centros e formar públicos precisamente com os mesmos objetivos de todas as orquestras regionais, ou seja, «levar a música sinfónica às pessoas que estão mais afastadas dos grandes centros. Levam o reportório sinfónico, essencialmente na região onde estão inseridas, ainda que, naturalmente, atuem também noutras regiões e no estrangeiro», adianta o maestro. das diversas faixas etárias é uma das razões de ser da Orquestra Filarmonia das Beiras. Mas não a única Texto Helena Estevens NASCIDA HÁ 17 ANOS, a Orquestra Filarmonia das Beiras faz parte da rede nacional de orquestras, que, além das duas nacionais (Orquestra Sinfónica da Casa da Música, no Porto, e Orquestra Sinfónica Portuguesa, em Lisboa), prevê a existência de orquestras regionais, um projeto lançado no princípio dos anos 90. Trata-se de uma «iniciativa governamental que previa que as regiões tivessem uma orquestra, parcialmente sustentada pelo Estado e pelas próprias 68 Cx a rev i s ta d a ca i xa autarquias e outras instituições da região e privadas», explica o maestro António Vassalo Lourenço, diretor artístico da Orquestra Filarmonia das Beiras. A primeira a nascer deste projeto foi a Orquestra do Norte, em 1992. Seguir-se-lhe-ia a Orquestra Filarmonia das Beiras, na Região Centro, e mais tarde, em 2002, a Orquestra do Algarve, atualmente Orquestra Clássica do Sul. A história da Filarmonia das Beiras começa, assim, integrada nesta rede de orquestras, Chegar mais longe Formar e fidelizar públicos é outra das prioridades desta orquestra, daí a conceção e desenvolvimento de programas específicos para crianças, desde as do 1.º ciclo, a óperas infantis, em português (todos os anos há uma produção de ópera para públicos jovens). «Tem, também, uma programação orquestral que tenta fazer chegar a música a outros públicos e, por isso, atua com regularidade com conceituados artistas do nosso panorama musical, não forçosamente de música chamada erudita», frisa Vassalo Lourenço, não perdendo nunca de vista um trabalho musical de qualidade e altos padrões de execução musical que, como a Escola de Música de Lisboa, orquestra profissional que é, entre outras instituições com tem necessariamente de ter. as quais tem protocolos. Isto Na área do jazz, por exemplo, permite realizar concertos em a Orquestra contou já com que se integram estudantes a colaboração de Maria João na Orquestra ou coros de e Mário Laginha. Bernardo instituições ou localidades Sassetti foi outra das presenças onde atua, num esforço habituais, tal como muitos conjunto de «aproximar, cada dos «principais fadistas que vez mais, a Orquestra das estão em atividade». Para pessoas, sem estar à espera que dar a conhecer a orquestra e elas venham ter connosco», captar públicos que «às vezes refere o maestro. responsável O maestro não se interessariam muito», António Vassalo Lourenço sublinha a importância Mais e melhor a Filarmonia das Beiras até de aproximar a orquestra Feitas as contas, o balanço trabalhou algumas vezes com das pessoas ao longo destes 17 anos, tem outras linguagens musicais sido mais do que positivo. «Nos locais onde «mais dentro do pop e do rock». vamos com regularidade, em municípios Ciente de que o reportório é o elemento com os quais temos protocolos, temos fundamental que permite atuar junto das observado que o público vai aumentando», pessoas e conquistar públicos diferentes, a inclusive nos casos em que se passou a Filarmonia das Beiras, além de participar nos cobrar entrada, refere Vassalo Lourenço, principais festivais de música erudita do País, sublinhando, no entanto, tratar-se de um tem procurado fazer, regularmente, concertos trabalho «só possível com apoios». Daí a virados para públicos menos convencionais. importância da Caixa, com o programa É o caso dos concertos de fim de ano, em que de apoio às orquestras, um caso único no convida «um artista que traz outro tipo de nosso País. «Trata-se de um parceiro muito público e que tem a oportunidade de tocar importante e o facto de a CGD ter apoiado, com orquestra», ou do trabalho direcionado pela primeira vez, a Orquestra é muito para públicos mais jovens, onde há «a significativo. É a garantia de que vamos preocupação de fazer um reportório que seja conseguir fazer programas melhores e chegar mais acessível, ainda que dentro da música a mais pessoas, o que é francamente bom.» erudita», que é explicado e comentado. E é, precisamente, no âmbito desta A Orquestra colabora, ainda, com as parceria que a Orquestra Filarmonia escolas de música de nível secundário, como das Beiras está a levar a efeito o ciclo de os conservatórios e academias, ou de nível concertos Caixa Brahms 2014-2016. superior, como a Universidade de Aveiro ou ORQUESTRAS NA CAIXA A política de responsabilidade social da CGD reflete-se, entre outras vertentes, no apoio à música. É neste contexto que surge o Projeto Orquestras, ligando a Caixa a várias orquestras de norte a sul do País, visando levar mais e melhor música a cada vez mais pessoas. A Orquestra do Norte iniciou a relação com a Caixa em 2000, tendo realizado já dezenas de concertos, dirigidos a diferentes faixas etárias, abrangendo um vasto número de géneros musicais, de compositores e de intérpretes. É o caso do ciclo Música com a Caixa, bem como do apoio genérico ao programa educativo desenvolvido pela orquestra que chega a milhares de crianças. Na zona centro, além da Filarmonia das Beiras, outro caso de sucesso é o apoio à Orquestra Clássica do Centro, que vem de 2006. São de destacar os Encontros Internacionais de Guitarra Portuguesa, realizados anualmente para promoção dos valores culturais nacionais. Mais a sul, a parceria da Caixa com a Orquestra Metropolitana de Lisboa remonta a 2001, somando inúmeras iniciativas. Umas promovendo novos valores, como o Atelier de Ópera da Metropolitana, iniciado em 2014; outras com o objetivo da promoção de novos públicos, como o Caixa da Música. A sul, a CGD apoia desde 2005, como Mecenas Extraordinário, a Orquestra do Algarve, que, entretanto, deu origem à atual Orquestra Clássica do Sul. O Festival Caixa Geral de Depósitos, agora designado Festival Caixa a Sul, é um dos expoentes máximos da programação cultural do Alentejo e Algarve no âmbito da música erudita e de fusão, este ano com a presença do jazz e também do fado, com Gisela João. De realçar, ainda, os Concertos Promenade, a pensar nas famílias e pautados pela busca de interação com o público. caixa brahms O ciclo de concertos resulta de uma parceria entre a Orquestra Filarmonia das Beiras e a CGD Cx a rev i s ta d a ca i xa 69 c cultura 1. RECOMEÇAR 2. O HOMEMDA AREIA 3. UMAVIÃO SEM ELA As escolhas de... María Dueñas Lars Kepler Michel Bussi Júlio Porto Editora Dom Quixote Bertrand Resende Três anos depois da publicação de O Tempo entre Costuras, Dueñas volta a bater à porta dos leitores com a história e a voz de uma mulher. Uma mulher contemporânea, cuja estabilidade, aparentemente invulnerável, se desvaneceu no ar. Chama-se Blanca Perea e decidiu fugir. Este é o quartolivro da série que tem como protagonista o comissário Joona Linna, desta vez enfrentando Jurek Walter, um dos assassinos em série mais perigosos e mortais do mundo. Um psicopata tão sinistro e tão inteligente como Hannibal Lector. Na sequência de um trágico acidente de avião, as equipas de salvamento encontram apenas um sobrevivente: um bebé de três meses. Mas iam dois bebés de três meses no avião, duas meninas, ambas louras, de olhos azuis. As duas famílias disputam a custódia numa época anterior aos testes de ADN. Músico (€17,70 na Bulhosa) (€18,80 na Bulhosa) Um dos mais importantes nomes do jazz nacional desvenda o que mais gosta de ler, ver e ouvir. (€18,80 na Bulhosa) 2 1 3 4 5 NÃO É DE ADMIRAR que a escolha cinematográfica de Júlio Resende recaia sobre Pina, de Wim Wenders, homenagem à bailarina e coreógrafa alemã Pina Bausch. Para ler, a sugestão é Histórias Falsas, de Gonçalo M. Tavares, e o disco recomendado é The Koln Concert, de Keith Jarrett. «Sentem-se, relaxem, ponham a tocar e vivam um pouco» é o convite que o músico nos deixa. 4. A CULPA É DAS ESTRELAS John Green Edições Asa A obra mais ambiciosa e comovente deste autor premiado, explorando a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado. 7 6 (€17,50 na Bulhosa) António Zambujo 7. THE LONDON SESSIONS 6. THEENDLESS RIVER 5. MONDRAGÓ- A GRANDE PROVA Universal Music Mary J. Blige Pink Floyd Ana Galán Já com o Disco de Ouro conquistado, Rua da Emenda é-nos apresentado como uma verdadeira avenida do mundo, onde coabitam as sonoridades do Brasil, da França, do Uruguai e do continente africano. Universal Music Warner Music Everest Uma coleção de canções feitas lado a lado com os talentos britânicos mais atuais: Sam Smith, Disclosure, Emeli Sandé, Naughty Boy ou Disclosure, entre outros. Após um interregno de 20 anos, a banda de David Gilmour regressa com uma homenagem ao rock, que tem como ponto de partida as sessões de gravação do álbum The Division Bell. Destinado a crianças a partir dos oito anos, este é o primeiro capítulo de uma saga que tem como protagonista o jovem Cale e o seu dragão, Mondragó. Com a ajuda de amigos, enfrentarão fantásticas aventuras. (€11,19 na FNAC on-line) (€15,99 na FNAC on-line) (€21,59 na FNAC on-line) (€8,95 na Bulhosa) 8. RUA DA EMENDA Já conhece o Vantagens Caixa? Visite o Vantagens Caixa (www.vantagenscaixa.pt), onde pode descobrir todos os parceiros e benefícios associados ao seu cartão da Caixa. Nele encontrará, também, a Loja Vantagens, que se afigura um modo fácil, seguro e cómodo para fazer as suas compras. Saiba mais em www.pmelink.pt/vantagenscaixa, através do número 707 208 820 ou do e-mail [email protected] 70 Cx a re v i s ta d a c a i xa Foto: D. R. 8 Oferta Global OFERTA MY BABY OFERTA JOVEM OFERTA CAIXA WOMAN DO PRIMEIRO PASSO AO SALTO NA CARREIRA. Consigo em todas as fases da sua vida. A vida de uma mulher tem muitas fases - e todas se cruzam na Caixa. Desde o primeiro passo, passando pela primeira mesada até à gestão do dia a dia, em casa e no trabalho, a Caixa está consigo em todas as fases da sua vida. É por isso que, para milhões de portuguesas, a Caixa é mais do que um Banco: é um Banco para a vida. A CAIXA. COM CERTEZA. www.cgd.pt | 707 24 24 24 | 24h todos os dias do ano AN_Sapatos_230x275.indd 1 Untitled-2 1 Informe-se na Caixa. 26/11/1415:20:34 14:10 20-01-2015 agenda Dança Música Danza 220V Yuri Daniel Quartet 07.03 Fundação CGD – Culturgest, Lisboa 19.02 Fundação CGD – Culturgest, Lisboa Valeriano Paños passou, entre outras, pela Compañia Andaluza de Danza e pelo Ballet Nacional de España. Antonio Ruz tem um currículo impressionante, onde encontramos as melhores companhias de ballet, de dança contemporânea ou de flamenco, além de também ser coreógrafo. E David Coria dançou com reputadas companhias de dança, trabalhando, atualmente, com o Ballet Flamenco de Andalucía. Estes três andaluzes, todos premiados e habituados a trabalhar em conjunto, interpretam Danza 220V, criado por Rafael Estevez e que conta com a música eletrónica de Artomatico e a voz castiça de uma cantora de primeiro plano, Sandra Carrasco. Misturam tradicional com contemporâneo, carne como máquina, barroco com neoclássico, onde, por vezes, surgem lampejos do mais antigo folclore espanhol. CONDIÇÕES PARA CLIENTES DA CGD 40% DE DESCONTO NA AQUISIÇÃO DE ATÉ 2 BILHETES POR ESPETÁCULO AOS TITULARES DOS CARTÕES CAIXA ITIC, ISIC, CAIXA IU E CAIXA ACTIVA. 30% DE DESCONTO NA AQUISIÇÃO DE ATÉ 2 BILHETES POR ESPETÁCULO AOS TITULARES DOS CARTÕES CAIXA GOLD, CAIXA WOMAN, VISABEIRA EXCLUSIVE E CAIXADRIVE. 72 Cx a re v i s ta d a c a i xa a ilustre compositora francesa octogenária, reconhecida mundialmente pelo seu trabalho pioneiro no campo da música eletrónica minimalista. Yuri Daniel é um dos mais reconhecidos contrabaixistas da nova geração do jazz, integrando várias bandas de prestígio, entre as quais se destaca a de Jan Garbarek (Jan Garbarek Group), uma das maiores referências do saxofone mundial. Ritual Dance é o título do mais recente trabalho do Yuri Daniel Quartet, integrando composições originais de Yuri Daniel, Filipe Raposo e Johannes Krieger. Fortemente inspirado no livro Império à Deriva – A Corte Portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821, de Patrick Wilcken, este novo trabalho discográfico percorre, de forma calma e serena, mas simultaneamente inquieta e irrequieta, os deslumbrantes e luxuriantes caminhos da profusão rítmica brasileira e dos vestígios da herança lusitana na miscigenação cultural em «Terras de Vera Cruz». Pântano Exposição Teatro Pinceladas de Celulóide Eurovision + Israel +Tear Gas 07.02 a 24.04 Fundação CGD – Culturgest, Porto 13 a 15.02 Fundação CGD – Culturgest, Lisboa 27 e 28.03 Fundação CGD – Culturgest, Lisboa Os peregrinos são pessoas que resolvem fazer uma profunda reflexão sobre si mesmo em movimento. Há uma postura de solidão e de sacrifício, numa procura de um pensamento para o Homem de hoje. São espaços criados pelo peregrino em movimento. Surge, deste modo, a possibilidade de um encontro entre estas pessoas e, assim, constroem um pensamento solidário e coletivo. Este é um espetáculo dirigido por Miguel Moreira, fundador e diretor de Útero, integrado no projeto Guimarães 2012-2016. Orq. Clássica do Sul 13.02 e 06.03 Salão Nobre da Santa Casa da Misericórdia de Faro Em paralelo, e como contraponto, à exposição Honey, I rearranged the collection... by artist, a Culturgest reativa uma exposição muito sui generis. Compõe-se de cartazes que foram encomendados a cerca de 70 artistas e que tomam como inspiração e referência os mais diversos filmes acerca da vida e da obra de artistas famosos ou fictícios. Música Nate Wooley 26.03 Fundação CGD – Culturgest, Porto Nate Wooley (Clatskanie, Oregon, 1974) é um dos mais requisitados músicos nas comunidades de jazz, improvisada e contemporânea. Nesta singular ocasião, Wooley interpretará uma nova peça da sua lavra, da série Syllables, e OCCAM X, da autoria de Eliane Radigue, Apoiado pela Santa Casa da Misericórdia de Faro e com o patrocínio da Caixa, este ciclo de 11 concertos apresenta, na próxima data, um espetáculo em torno das obras de Mozart, Wailly, Auric e Ibert, intitulado Mozart e os Franceses. Já em março, é a vez do público algarvio assistir a um quarteto de cordas, num concerto dedicado a Mozart e Glazunov.Saiba mais sobre este ciclo de concertos na página 8. Na apresentação desta trilogia, Pedro Zegre Penim explica que «só quando já estava em ensaios do que viria a ser a terceira parte é que as três peças trocaram energia e momento. Decidi chamar-lhe, de modo oficioso, I Am Europe, título de uma canção de Chilly Gonzales. Ela consegue aquilo que tento em cada um destes espetáculos: forjar e expor uma identidade a meio caminho entre a reflexão sobre uma herança cultural judaico-cristã e a minha biografia, material sempre presente no teatro que faço». Fotos: Remedios Malvarez (Danza 220V), Helena Gonçalves (Pântano), Ângelo Fernandes (Eurovision). a vintage v A ARTE NAMBAN Encontro de civilizações Mais do que um biombo, é a representação pictórica de um momento marcante da história portuguesa, vista de um modo singular FACTOS históricos 1593 a 1602 Pormenores que marcam a História mundial. A Inglaterra era atingida pela peste (1593). 1. 2. Em 1596, reconhecia-se a invenção do termómetro ao físico e astrónomo italiano Galileu Galilei. Nascimento do filósofo e matemático francês René Descartes (1596). 3. Na era dos Descobrimentos, quando os portugueses se aventuraram pelo mundo, o impacto foi incomensurável. Intensificado o intercâmbio económico e cultural entre civilizações, iniciavase, assim, o protótipo de uma globalização, que precedia a passagem para a Idade Moderna. Os primeiros contactos com o Extremo Oriente deram-se em 1543, quando os portugueses desembarcaram no Japão, motivados, sobretudo, pelas trocas comerciais. O legado foi intenso e os vestígios deixados pelo intercâmbio entre os dois países perpetuam-se, através dos vocábulos que entraram na língua japonesa – como, por exemplo, «pan» (pão) e «koppu» (copo) –, através da arte e da cultura. O biombo aqui ilustrado é representativo da Arte Namban, pertencendo ao espólio oriundo do ex-Banco Nacional Ultramarino e integrado na CGD através da fusão ocorrida em 2001. É uma réplica do original que se encontra no Museu Nacional de Arte Antiga, atribuído ao japonês Kano Domi, da escola de Kano (1593-1602), do período Momoyama. O biombo é composto por seis folhas articuladas, em madeira coberta por pequenas folhas de ouro e pintura a têmpera fraca com pincelada brilhante. O acontecimento histórico do desembarque dos portugueses no Japão é aqui retratado pelos artistas japoneses. Narram, através da pintura Namban, o primeiro contacto com o ocidente, testemunhando os costumes, os objetos, os trajes e até as feições e expressões dos portugueses, a quem apelidavam de «namban jin» ou «bárbaros do sul», por parecermos pouco sofisticados e pouco civilizados. As cenas representam a chegada do «Navio Negro» e da sua tripulação, cuja perícia nos mastros, vergas e gáveas, tanta admiração causaram. As mercadorias vindas do comércio com a China, tão cobiçadas pelos japoneses, eram ali descarregadas e desembarcadas pelos batéis na praia. Identificam-se, por exemplo, as sedas, peças de mobiliário, porcelanas, entre outras curiosidades daquela época. É deste encontro de civilizações, com intercâmbio cultural e comercial, que desde sempre nos identificamos como um povo de espírito aventureiro, presente em todo o mundo. Em 1597, os corsários de Robert Devereux atacam a vila da Calheta, na lha de São Jorge, mas a população consegue repelir o ataque. 4. Inicia-se a construção da Sé Nova de Coimbra (1598). 5. 6. 7. No Brasil, é fundada a cidade de Natal (1599). Em 1599, a ilha Terceira serviu de palco à aclamação de Filipe II de Portugal (Filipe III de Espanha). A batalha de Sekigahara permite ao Japão encerrar um longo período de guerras (1600). 8. No Peru, dá-se a explosão do vulcão Huaynaputina, lançando uma nuvem de partículas ácidas que atingiu grande parte do globo (1600). 9. Kepler publica o livro Sobre os Fundamentos mais Seguros da Astrologia (1602). 10. O Grupo CGD está, também, presente na Ásia, nomeadamente na China, Timor-Leste e Índia, apoiando as empresas portuguesas na exportação e sua internacionalização. Veja em www.cgd.pt e conheça toda a plataforma internacional do Grupo Caixa Geral de Depósitos, presente em 23 países e quatro continentes. Cx a rev i s ta d a ca i xa 73 f fecho RESIDENTES NO ESTRANGEIRO Receba e pague como se estivesse em Portugal Com a Caixa, as operações financeiras nos 34 países da zona SEPA são simples e rápidas VIVER FORA DE PORTUGAL não tem de ser uma grande mudança. Agora, além de receber o seu ordenado e efetuar transferências internacionais em euros, já pode fazer a gestão dos seus pagamentos frequentes, como a água e a luz, através do sistema de débitos diretos1. Tudo com a maior comodidade, através da sua conta bancária da Caixa. Transferências internacionais SEPA Para transferências de fundos de forma segura e à distância a partir da sua conta da Caixa em Portugal, utilize o serviço Caixadirecta através do telefone ou Internet. E para transferir fundos para a Caixa, em Portugal, poderá utilizar várias opções: • Realizar uma transferência internacional. Para tal, deverá possuir: > O Código BIC SWIFT (código internacional de identificação do banco beneficiário, que, no caso da Caixa, é CGDIPTPL); > O IBAN (número internacional de identificação da conta); > O nome e a morada do beneficiário da transferência; > O montante a transferir; > O regime exclusivo de despesas partilhadas SHA (o ordenante e o beneficiário pagam apenas as despesas indicadas pelos respetivos bancos). • A partir das Sucursais em França e no Luxemburgo e do Banco Caixa Geral em Espanha, pode efetuar transferências em tempo real para contas da Caixa em Portugal; • Se vive na Suíça, a Caixa tem um acordo com os Correios Suíços que permite a realização de transferências gratuitas para as contas em Portugal. Para facilitar esta 74 Cx a rev i s ta d a ca i xa forma de transferência, peça, gratuitamente, talões pré-preenchidos diretamente junto do Escritório de Representação da Caixa, na Suíça, ou numa Agência em Portugal; • A Caixa tem, ainda, um acordo de transferências que permite aos clientes residentes no Reino Unido enviarem fundos, de forma gratuita, para as suas contas da Caixa em Portugal, através de ordens de transferências permanentes (standing orders) ou transferências on-line ocasionais. Para informação detalhada sobre este acordo, contacte a Área de Particulares da Sucursal de Londres, através do e-mail [email protected] ou pelo telefone 0044 2072 800 250. Débitos diretos SEPA São uma forma mais simples e eficaz de assegurar o pagamento das suas despesas regulares (água, luz, telefone, etc.) por débito em conta. Com a adesão ao sistema de débitos diretos, que pode ser feita em qualquer caixa automático Multibanco, os pagamentos que necessita de efetuar periodicamente são debitados diretamente na sua conta à ordem na Caixa. Agora, já é possível realizar estes pagamentos em euros, a partir da sua conta bancária da Caixa em Portugal, sem necessitar de abrir conta no seu país de residência1. Conheça, ainda, os cartões da Caixa para residentes no estrangeiro na página 37 desta edição. Para mais informações, visite uma Agência ou representação da Caixa, veja em http://residentesnoestrangeiro.cgd.pt ou ligue (+351) 707 24 24 24, 24 horas por dia, todos os dias do ano. 1 Válido para pagamentos nos países aderentes à SEPA (Área Única de Pagamentos em Euros): União Europeia, Islândia, Liechtenstein, Mónaco, Noruega, San Marino e Suíça. Cartões de Crédito FAÇA CHUVA OU FAÇA SOL, SÓ PAGA AS SUAS COMPRAS EM ABRIL. Beneficie das condições de fracionamento e dos prémios que temos para oferecer. Porque o queremos ajudar na gestão do dia a dia, o seu cartão de crédito de particulares dá-lhe acesso automático a uma linha de crédito suplementar, que corresponde a 100% do limite de crédito do cartão, para pagamentos em prestações constantes, a uma taxa de juro vantajosa. Para facilitar o seu orçamento durante o inverno, de 1 de dezembro de 2014 até 28 de fevereiro de 2015, transfira as suas compras para esta linha e comece a pagá-las a partir do extrato de abril. E se for um dos 1.000 clientes com o maior volume de faturação transferida para pagamentos fracionados (superior a 500 €), entre 1 de dezembro de 2014 e 28 de fevereiro de 2015, recebe 1 vale de oferta no valor de 100 € para utilizar em viagens e/ou estadias. TAEG de 18,8%, na linha de crédito suplementar de pagamentos fracionados, para um montante de 1.500 €, com reembolso a 12 meses, à TAN de 15,00%. A CAIXA. COM CERTEZA. www.cgd.pt | 707 24 24 24 | 24h todos os dias do ano Informe-se na Caixa. Domiciliação de Ordenado RECEBA O SEU ORDENADO PELA CAIXA E FAÇA-O RENDER MAIS. Ao receber o seu ordenado pela Caixa recebe também: - Isenção de comissão de manutenção da conta à ordem1; - Acesso ao serviço Caixa Família Mais2 com melhor remuneração, extensiva a todos os familiares aderentes; - Descontos3 na eletricidade e gás natural em novos contratos celebrados com a Galp Energia. 1) Para ordenados de valor até 500 º ou com cartão ativo associado à conta à ordem. 2) Para ter acesso ao serviço Caixa Família, basta que seja titular de uma conta de poupança e que pelo menos um dos titulares de cada conta possua rendimento (ordenado, pensão ou outro crédito regular igual ou maior que 500 º) domiciliado na Caixa ou CaixaOrdenado / Mesada Certa. Exceção: clientes com menos de 18 anos e clientes residentes no estrangeiro. 3) Eletricidade: válido para as tarifas simples e bi-horária e potências contratadas entre 3,45 e 20,7 KVA em Portugal Continental. Gás natural: o desconto é válido para o escalão 1 a 4 (consumos até 10.000 m3/ano), exceto 4º escalão da área geográfica servida pelo operador de rede EDP-Gás. TEVE UM IMPREVISTO OU UM MÊS MAIS COMPLICADO? Pode optar por antecipar até 100% do ordenado, sem juros para uma utilização até 250 º durante 4 dias.4 4) Caixaordenado - TAEG de 18,0% para uma utilização de crédito de 1.500 º pelo prazo de 3 meses à TAN de 16,0%, contratado separadamente. A CAIXA. COM CERTEZA. www.cgd.pt | 707 24 24 24 | 24h todos os dias do ano Informe-se na Caixa.