Redes Metro Ethernet Redes Metro-ethernet • Basicamente: – O conceito denominado “Metro-ethernet” é a aplicação da tecnologia Ethernet para o fornecimento de serviços em redes públicas. • Mas antes, vale a pena “revisar” dois conceitos importantes para entender as redes Metro-ethernet: – – O conceito de Classe de serviço em redes Ethernet: o protocolo 802.1P O conceito de VLANs- redes virtuais: o protocolo 802.1Q Os protocolos 802.1Q e 802.1P • Permitem a criação e manutenção de “redes virtuais” e o estabelecimento de um padrão de CoS • Podemos fazer uma analogia com PVCs ATM: – – dentro de um mesmo acesso físico, vários “canais” de comunicação separados podem ser criados esses canais virtuais compartilham esse meio físico mas são logicamente distintos Os protocolos 802.1Q e 802.1P • Como é implementada essa separação? – – – – A norma 802.1Q modifica o frame Ethernet padrão pela adição de quatro bytes Esses 4 bytes identificam uma particular “rede virtual” Uma switch que suporta o protocolo pode então identificar a qual rede virtual um particular frame pertence. Uma parte – 3 bits – desses quatro bytes adicionais é utilizada para atribuir uma escala de prioridade ao frame. Os detalhes operacionais desses três bits são definidos na norma 802.1P • Importante: – – O frame 802.1Q contém o campo 802.1P Assim, é necessário que uma rede suporte 802.1Q para que se possa utilizar as funcionalidades do protocolo 802.1P Os protocolos 802.1Q e 802.1P Fonte: http://www.convergedigest.com Os protocolos 802.1Q e 802.1P • Primeiros dois bytes (TPI) identificam o frame Ethernet como um frame 802.1Q. Esses bytes nunca mudam. • Segundo grupo de bytes (TAG) contém 3 campos: – campo 802.1P – define prioridade – campo CFI – Canonical Format Indicator – bit usado para compatibilidade entre redes Ethernet e Token ring. Tem sempre o valor zero (0) para switches Ethernet. – Campo VID – Identificador de VLAN: com 12 bits, permite identificar até 4096 VLANs distintas. Para redes corporativas, esse número não representa um problema, mas para redes metropolitanas públicas, sim (4096 é um nro pequeno demais para redes públicas) Fonte: http://www.convergedigest.com O protocolo 802.1Q permite: • Trunking: o tráfego de várias VLANs compartilham o mesmo meio físico • Tunneling: várias VLANs (um “trunk”) podem ser “envelopadas” dentro de outra VLAN VLAN 30 VLAN 40 O protocolo 802.1P: CoS versus QoS • QoS: – envolve garantia que a todos os elementos de rede vão tratar o tráfego de acordo com requisitos específicos (delay, jitter, etc). – Para isso ser possível, é necessário implementar algum procedimento de reserva de recurso – Elementos de rede podem recusar determinadas conexões se não há recursos disponíveis. • CoS – marcação de frame com nível de prioridade – não há reserva de recurso: para funcionar rede tem que ter capacidade “disponível” – possibilita que switches decidam prioridade frame a frame Fonte: http://www.convergedigest.com O protocolo 802.1P • 802.1P define uma estratégia de CoS. • A switch pode, de acordo com o estabelecido no campo de prioridade, decidir qual pacote será transmitido antes. Fonte: http://www.convergedigest.com Classe e Qualidade de Serviço • A norma não estabelece valores específicos para os bits de prioridade, mas recomenda um padrão a ser seguido: Campo prioridade 7 Serviço Serviços críticos de rede (OSPF) 6-5 Voz, vídeo 4-1 Streaming, aplicações críticas (ERP) 0 Melhor esforço (default) Voltando ao assunto redes Metro-ethernet • Desde a década de 70, a tecnologia Ethernet tem evoluído com uma força indiscutível (a mesma frase do início da aula sobre Gigabit......) • Uma vez que a tecnologia permitiu a implementação de infra-estruturas de comunicação baratas, flexíveis, e largamente padronizadas, acabou-se por estender o conceito das redes Ethernet para as redes metropolitanas. • Para isso, o padrão Ethernet teve que ser redefinido como um “serviço” e por atributos de qualidade como os outros produtos de redes WAN. A mesma tecnologia, apenas utilizada de outra maneira Fonte: Metroethernet Forum As redes Metro-ethernet • Os atributos de serviço definem as capacidades e características de um serviço – – – – – – interface física perfis de utilização de banda desempenho do serviço multiplexação formatos dos frames etc.. …. Os atributos de serviço definem as características importantes para a entrega ao cliente Fonte: Metroethernet Forum Benefícios do uso de Ethernet • Facilidade de uso – – Amplamente conhecida e disponível Sistemas de gerenciamento e de manutenção de rede conhecidos • Custo benefício favorável – – Economia de escala barateou muito os custos das interfaces Pode-se comprar apenas o que se vai usar • Flexibilidade – Uma mesma interface física pode conectar vários serviços (VLANs) – Internet, VPN, Extranet, rede de serviço de storage remoto – Banda pode ser incrementada facilmente Fonte: Metroethernet Forum Os serviços tradicionais • • • As faixas de banda são inflexíveis Aumentar a banda de um serviço não Ethernet requer: – A contratação de um novo “serviço” – T1T3, FRATM – Novo hardware – Novas interfaces ou equipamentos – Novo provisionamento – Protocolos e tecnologias diferentes Geralmente – Compra-se mais banda do que é necessário pois os “pulos” são grandes Fonte: Metroethernet Forum As tecnologias tradicionais “impõem” incrementos fixos OC-48 POS OC-12 OC-3 ATM T3 T1 Frame Relay 1.5M 45M 155M 622M 2.4G Os serviços tradicionais • Aumentar a banda de um serviço Ethernet: – – Requer apenas provisionamento (configuração de parâmetros de serviço) Pode-se alocar apenas a banda requerida • Pode-se usar o mesmo protocolo para LAN e MAN • Menor custo – – Custo 25-40% menor que TDM, Frame Relay e ATM Custo 10 vezes menor que interfaces SONET Ethernet fornece uma extensa faixa de capacidade usando a mesma tecnologia OC-48 1GbE POS OC-12 OC-3 10/100MbE ATM T3 T1 Ethernet Frame Relay 1.5M 45M 155M 622M Fonte: Network Strategy Partners, LLC e MetroEthernet Forum 2.4G O MetroEthernet Forum • Associação de empresas que definiu 1. O modelo de serviço Ethernet metropolitano – Ethernet Services Model – ESM 2. As especificações dos serviços Ethernet: Ethernet Services Definition - ESD – “Linha Ethernet” - E-Line – “Rede Ethernet” – E-LAN 3. Os mecanismos de gerência de tráfego – Ethernet Traffic Management - ETM Fonte: Network Strategy Partners, LLC e MetroEthernet Forum O MetroEthernet Forum • Relacionamento entre as normas Ethernet Service Definitions (ESD) MEF 1 - Ethernet Service Model (ESM) (Ratified Sept. 2003) Fonte: MetroEthernet Forum Ethernet Traffic Management (ETM) O modelo de serviço - ESM • Definida em Setembro 2003 – Especificação técnica MEF 1 • Define os blocos básicos (building blocks) para a criação de serviços • Esses blocos são atributos e parâmetros que especificam: – Interface de rede – UNI – User Network Interface – Circuito virtual Ethernet – EVC – Ethernet Virtual Circuit Fonte: MetroEthernet Forum O modelo de serviço básico – MEF 1 • • O equipamento do cliente (Customer Equipment- CE) faz a conexão com a UNI O CE pode ser – – • CE UNI A interface UNI (User Network Interface) – – • um roteador Um equipamento (switch) que suporta IEEE 802.1Q Suporta o padrão IEEE 802.3 Ethernet (camadas física e MAC) 10Mbps, 100Mbps, 1Gbps ou 10Gbps A rede metropolitana Metro Ethernet Network (MEN) – Pode usar diferentes tecnologias de transporte – SONET/SDH, WDM, RPR, MAC-in-MAC, Q-inQ, MPLS Fonte: MetroEthernet Forum Metro Ethernet Network (MEN) CE UNI CE O modelo de serviço básico – MEF 1 • • O circuito virtual Ethernet – EVC: é a associação de duas ou mais UNIs – ajudam a visualizar as conexões Ethernet – “equivalentes” aos PVCs FR ou ATM A norma definiu dois tipos de EVCs – Ponto-a-ponto – Multiponto EVC multiponto EVC ponto a ponto MEN UNI MEN UNI Fonte: MetroEthernet Forum Serviços Ethernet: Ethernet Services Definition - ESD • Baseados nos blocos (EVCs e UNIs), o Forum definiu dois tipos básicos de serviço: – Serviço Ethernet Line (E-Line) –provê conexão ponto a ponto – Serviço Ethernet LAN (E-LAN) –provê conectividade multiponto Fonte: MetroEthernet Forum Os serviços Ethernet EVC ponto a ponto • O serviço E-Line é usado para criar: – – – Serviços de linhas privadas Acesso à Internet VPNs ponto-a-ponto • O serviço E-LAN é usado para criar – – VPNs multiponto Serviço “LAN transparent” CE UNI MEN CE UNI Serviço E-Line EVC multiponto UNI UNI CE CE MEN CE UNI UNI CE Serviço E-LAN Fonte: MetroEthernet Forum Os serviços Ethernet • Ethernet Virtual Private Line – – Suporta multiplexação de serviços na mesma UNI (mais de um serviço por UNI) VPN ponto a ponto para interconexão de sites EVCs ponto a ponto Ethernet UNI PVCs FR FR UNI UNI FR UNI CE MEN CE CE Ethernet UNI Serviço de linha privativa usando E-lines Fonte: MetroEthernet Forum FR CPE FR CPE MEN FR CPE FR UNI Serviços Frame Relay equivalentes Os serviços Ethernet • Ethernet Private Line – Conexões ponto a ponto através de UNIs dedicadas Circuitos TDM dedicados Storage SP EVCs ponto a ponto com banda dedicada Ethernet UNI Ethernet UNI CE Ethernet UNI OC-3 DS1 CE MEN Ethernet UNI Storage SP CE MEN CE ISP POP Internet Linhas dedicadas usando serviço E-line Fonte: MetroEthernet Forum CE ISP POP DS3 OC-3 Linhas dedicadas tradicionais CE Internet Os serviços Ethernet • Serviço de LAN transparente – – Serviço LAN transparente VLANs Sales Customer Service Engineering Conectividade “intra-company” transparência completa dos protocolos de controle • Novas VLANs podem ser adicionadas nas redes do cliente sem intervenção do provedor UNI 1 Multipoint-toMultipoint EVC UNI 2 MEN VLANs Sales Customer Service UNI 4 VLANs Sales Fonte: MetroEthernet Forum UNI VLANs 3 Engineering Um exemplo brasileiro Fonte: MetroEthernet Forum