UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA ERP Estudo para empresa Candido Tintas Ltda. Por: William Brandão de Oliveira Orientador Prof. Jorge Tadeu V.Lourenço Rio de Janeiro 2006 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA ERP Estudo para empresa Candido Tintas Ltda. Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Projetos Por: . William Brandão de Oliveira. 3 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer ao Professor Jorge Tadeu demonstrou V.Lourenço muita paciência que e dedicação na orientação de todo o projeto. 4 DEDICATÓRIA Este trabalho é dedicado aos meus familiares e amigos, que me apoiaram em todos os momentos, inclusive nos mais difíceis que passe na elaboração do projeto e minha esposa que tanto contribui para profissional. meu crescimento 5 RESUMO Esta monografia expõe sobre os sistemas integrados de gestão, ou ERP (Enterprise Resource Planning). Passaram a serem largamente utilizados pelas grandes empresas, em sua maioria, já adotaram uma solução de gestão empresarial integrada, ainda existe um grande numero de pequenas e médias empresa que está em processo de implantação, ou que irão adquirir um destes sistemas nos próximos anos. O objetivo final desta pesquisa é a implementação de um sistema de gestão empresarial desenvolvido no conceito ERP, unificando todo negócio em único sistema de gestão é estabelecer uma síntese de conhecimentos que possam auxiliar profissionais e gestores de processos de informatização baseados em sistemas ERP. 6 METODOLOGIA Para realização desta monografia, será realizada uma ampla pesquisa bibliográfica, além de diversas consultas em sites especializados no assunto, a fim de dar subsídios á implementação de tecnologia em estudo. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPITULO I - SURGIMENTO DO ERP 09 CAPÍTULO II - Natureza dos Sistemas ERP 12 CAPÍTULO III - Estrutura Típica dos Sistemas ERP 14 CAPÍTULO IV - Fatores Críticos de Sucesso em Implantação de Sistema Integrados ERP 22 CAPÍTULO V - Características Funcionais do ERP 31 CAPÍTULO VI - Situação Atual da Candido Tintas Ltda 42 CAPÍTULO VII – Tendências do Mercado ERP 47 CONCLUSÃO 51 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52 ÍNDICE 55 FOLHA DE AVALIAÇÃO 58 8 INTRODUÇÃO A motivação para realização deste trabalho visa atender as necessidades de gerenciamento de informações e informatização dos processos da empresa, levando em conta a análise dos processos já existentes, onde foram encontrados problemas como duplicação de dados, falhas no controle de estoque, falta de informatização de alguns processos, como controle de custos, emissão de notas fiscais e duplicatas etc. Os sistemas automatizados, anteriormente utilizados foram desenvolvidos originalmente para uso da Candido Tintas LTDA. Uma equipe composta por 4 pessoas. O ambiente computacional utilizado era o de equipamentos de grande porte (mainframe), sobre o qual foram desenvolvidos sistemas de forma isolada e não padronizada, utilizando uma linguagem de programação Cobol. Novos desenvolvimentos eram lentos, tendo em vista a baixa produtividade da plataforma tecnológica utilizada, em comparação com ferramentas de desenvolvimento mais modernas. O sistema anterior não era integrado. O novo sistema deveria estar integrado, facilitando a gestão da empresa, com orientação para processos e não mais para departamentos isolados. Além, disso muitos processos manuais e de conciliação de documentos ainda não haviam sido informatizados pelos sistemas anteriores, gerando etapas demoradas e desnecessárias, focando neste primeiro capitulo o surgimento do ERP. No segundo capitulo insere-se a natureza dos sistemas ERP e no terceiro capitulo a estrutura típica dos sistemas ERP, observando a forma de implementação do ERP o quarto capitulo vamos tratar dos fatores críticos de sucesso em implantação de sistema integrados ERP dentro das mais variadas empresas e seus níveis de negócios, sendo no quinto capitulo vamos abordar as características funcionais do ERP. No Sexto Capitulo vamos falar da situação atual da empresa Candido Tintas Ltda e a tendências do mercado ERP que será abordado no sétimo capitulo. 9 CAPÍTULO I SURGIMENTO DO ERP Os anos 90 assistiram ao surgimento e a um expressivo crescimento dos sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) no mercado de soluções de informática. Entre as explicações para esse fenômeno estão as pressões competitivas sofridas pelas empresas e que as obrigaram a buscar alternativas para a redução de custos e diferenciação de produtos e serviços. Em função desse novo processos e sua maneira de trabalhar. As empresas reconheceram a necessidade de coordenar melhores as suas atividades dentro de sua cadeia de valor para eliminar desperdícios de recursos, reduzindo o custo e melhorando o tempo de resposta ás mudanças das necessidades do mercado. Segundo Porter e Millar (1985), a TI (Tecnologia de Informação) é uma ferramenta poderosa para esta transformação, principalmente porque “a TI está aumentando muito a habilidade das empresas para explorar as ligações entre as suas atividades, tanto internas quanto externamente á empresa”. Segundo Alséne (1999), a idéia de sistemas de informação integrados existe desde o início da utilização dos computadores em empresas na década de 60, porém uma série de dificuldades de ordem prática e tecnológica não permitiram que esta visão fosse implementada em grande parte das empresas. Bancroft, Seip e Sprengel (1998) afirmam que “No passado os sistemas customizados eram desenvolvidos a pedido de um departamento da empresa. A visão destes departamentos era naturalmente limitada por suas responsabilidades operacional. Cada departamento definia seus dados de acordo com seus próprios objetivos e prioridades, isto refletia no software desenvolvido pelo departamento de informática das empresas”. Os sistemas ERP surgiram explorando a necessidade de rápido desenvolvimento de sistemas integrados, ao mesmo tempo em que as empresas eram (e ainda são) pressionadas para terceirizarem todas as 10 atividades que não pertençam ao seu foco principal de negócios. Contribuíram também para a expansão dos sistemas ERP o amadurecimento das opções disponíveis no mercado. A evolução da tecnologia utilizada por esses pacotes( bancos de dados relacionais, processamento Cliente/Servidor ) e algumas histórias de sucesso de empresas no inicio da década. Na percepção do usuário, o sistema ERP demonstra ser útil relação ao controle gerencial e de performance. Segundo Souza e Zwicker (2000, p.47) “os sistemas ERP podem ser definidos como sistemas de informação integrados, adquiridos na forma de pacotes comerciais de software, com a finalidade de dar suporte à maioria das operações de uma empresa”. Desta forma, percebe-se que o investimento em tecnologia tem aumentado significativamente, e o ponto alvo destes investimentos é um sistema que coloque em sincronia todos os processos de uma empresa. De acordo com Lozinsky (1996), um pacote de software é suficiente para melhorar os processos internos de uma empresa, desde que durante a implementação do sistema sejam revistos os processos atuais e eliminadas as ineficiências alojadas por anos ou décadas na cultura interna, bem como nos sistemas atuais, na forma de pensar dos executivos e em premissas que nunca foram contestadas. Para o autor, a desconsideração desta análise durante a implementação significa, na melhor das hipóteses, subutilizar o potencial que o pacote poderia proporcionar. Entretanto, cabe ressaltar que é necessária uma análise cuidadosa para avaliar a relevância do processo para a organização antes de serem alterados processos para a adequação ao pacote. É este o momento mais crítico de uma implantação de sistemas ERP, pois, conforme Lozinsky (1996), trata-se de um processo de mudança e é necessária a definição da nova estrutura da organização. Os sistemas ERP abrangem uma grande gama de funcionalidades e processos empresariais. Logicamente, de acordo com o fornecedor do 11 software ERP, existe variação em amplitude (número de atividades e processos contemplados pelo sistema) e em profundidade (grau de especificidade e flexibilidade com que trata um processo determinado). De forma geral, os sistemas ERP dão suporte às atividades administrativas (finanças, recursos humanos, contabilidade e tributário), comerciais (pedidos, faturamento, logística e distribuição) e produtivas (projeto, estoque, manufatura e custos). Davenport (1998) apresenta as funcionalidades dos sistemas ERP separando-as em funções de back-office, compostos por recursos humanos, manufatura e finanças, front-office, compostos por vendas e serviços, além da tecnologia e do chamado supply-chain management ou administração da cadeia de suprimentos. Este modelo poder ser visualizado na Figura 1. Figura 1: Funcionalidades de um Sistema ERP Fonte: Davenport (1998,pág 124.) 12 CAPÍTULO II NATUREZA DOS SISTEMAS ERP Os sistemas ERP podem ser definidos como sistemas de informação integrados, adquiridos na forma de pacotes comerciais de software, com a finalidade de dar suporte á maioria das operações de uma empresa (suprimentos, administração financeira, contabilidade, recursos humanos etc.) Exemplos de sistemas ERP existentes no mercado são o R/3 da empresa alemã SAP, o Oracle Financials da americana Oracle, o magnus da brasileira Datasul e o Microsiga da empresa brasileira do mesmo nome. Uma pesquisa da Deloitte (1998) os define como “um pacote de software de negócios que permite a uma companhia automatizar e integrar a maioria de seus processos de negócio, compartilhar práticas e dados comuns através de toda a empresa e produzir e acessar informações em tempo real”. Embora as empresas com estas características, o termo ERP está normalmente associado a pacotes comerciais. Embora existam diversas características e funcionalidades comuns aos diferentes pacotes a escolha do software adequado é fundamental para uma boa implementação. Foti (2003) explica que existem sistemas que trabalham melhor para certos tipos de organizações com foco em diferentes processos industriais, enquanto outros focalizam o relacionamento com pessoas e parceiros, sendo que a organização deve se conhecer inicialmente para depois conhecer o sistema. Outra preocupação é o escopo da implantação, ela pode ser feita rapidamente em diversas áreas ou gradualmente, dependendo da necessidade e cultura da organização. Souza e Zwicker (2000) destacam as seguintes características de um ERP: • Os ERPs são pacotes de software comerciais que visam resolver 2 problemas: o não cumprimento de prazos e de custos. 13 • Os ERPs incorporam modelos padrão de processos de negócio através de tarefas e procedimentos independentes que visam atingir determinado resultado empresarial. • Como os ERPs não são desenvolvidos especificamente para um cliente, são criados modelos de processos de negócios através de experiência em processo de implementação e benchmarking visando alavancar o negócio das organizações. Entretanto, a busca das ´melhores práticas´ nem sempre são válidas para o cliente. • Os ERPs integram as diversas áreas da empresa. Informações comuns são trocadas entre diversos módulos permitindo que o sistema seja alimentado somente uma vez e fornecendo informações instantâneas aos outros módulos. • Os ERPs utilizam um banco de dados corporativos – a utilização de um único banco de dados por todos os sistemas é um desafio, mas as vantagens são compensadores. • Os ERPs possuem grande abrangência funcional devido a uma ampla gama de funções empresariais abrangendo diferentes operações divididas em módulos aproximadamente correspondentes a uma divisão departamental. • Os ERPs requerem procedimentos de ajuste. Destacados os conceitos iniciais e a importância deste tipo de sistema serão expostos os participantes típicos de um projeto de implantação de um ERP e seus papéis no processo. 14 CAPÍTULO III ESTRUTURA TÍPICA DOS SISTEMAS ERP Os sistemas ERP são compostos por uma base de dados única e por módulos que suportam diversas atividades das empresas. Os dados utilizados por um módulo são armazenados na base de dados centrais para serem manipulados por outros módulos. Figura 2: Estrutura Típica de Funcionamento de um Sistema ERP. Fonte: Davenport (1998,pág 124.) Além deles, alguns sistemas de ERP possuem módulos acionais, tais como: Gerenciamento da Qualidade, Gerenciamento de Projetos, Gerenciamento de Manutenção entre outros. Essa abordagem integradora pode dar um grande retorno financeiro se as companhias instalarem o software adequadamente. 15 Pegue o pedido de um cliente como exemplo tipicamente, quando um cliente faz um pedido, aquele pedido começa uma jornada papel, de um lugar para outro na empresa, sendo digitado e redigitado em vários computadores ao longo do caminho. Toda essa jornada causa atrasos e perdas de pedidos, e cada digitação, em um diferente sistema, é convidativo a erros. Ao mesmo tempo, nenhuma companhia sabe realmente em que estágio um pedido se encontra em um determinado momento porque não há como o departamento financeiro, por exemplo, entrar no computador do deposito para ver se o item foi embarcado. "Terá que ligar para o depósito" é a resposta familiar dada aos frustrados consumidores você terá que liga. 3.1 O que se espera do ERP As empresas em geral, possuem alta expectativa em relação a um sistema ERP. Antecipa-se que o sistema impulsionara o desempenho das atividades do sistema da noite para o dia. As companhias querem um pacote de software entrelaçado que cubra todos os aspectos do negócio, o que é uma percepção distorcida do ERP. 16 3.2 O que realmente o ERP faz O ERP é a espinha dorsal do empreendimento. Permite que a padronize seu sistema de informações. Dependendo das aplicações, o ERP pode gerenciar um conjunto de atividades que permitam o acompanhamento dos níveis de fabricação em balanceamento com a carteira de pedidos ou previsão de vendas. O resultado é uma organização com um fluxo de dados consistente que flui entre as diferentes interfaces do negócio. Na essência, o ERP propicia a informação correta, passa para a pessoa correta e no momento correto. 3.3 A importância do ERP O paraíso da gestão corporativa, com a melhoria dos processos administrativos e de apoio á produção, começou a se materializar. É certo que há um grande número de projetos de ERP que não evoluem por uma série de problemas, muitos de ordem organizacional interna, mas outros acabam se mostrando eficientes e determinantes para a evolução dos negócios. Entre as mudanças mais palpáveis que um sistema de gestão empresarial propicia a uma corporação, sem dúvida, está a maior confiabilidade dos dados, agora monitorados em tempo real, é a diminuição do retrabalho. 17 Assim, as informações trafegam pelos módulos em tempo real, ou seja, uma ordem de vendas dispara o processo de fabricação com envio da informação para múltiplas bases, do estoque de insumos á logística do produto. Tudo realizado com dados orgânicos, integrados e não redundantes. Ao desfazer a complexidade do acompanhamento de todo o processo de produção, venda e faturamento, a empresa tem mais subsídios para se planejar, diminuir gastos e repensar a cadeia de produção. Um bom exemplo de como o ERP revoluciona uma companhia é que com uma melhor administração da produção, um investimento como nova infra-estrutura logística, pode ser repensado ou simplesmente abandonado. Neste caso, ao controlar e entender melhor todas as etapas que levam a um produto final, a companhia pode chegar a ponto de produzir de forma mais inteligente, rápida e melhor, o que, em outras palavras, reduz o tempo que o produto fica parado no estoque. A tomada de decisões também ganha uma outra dinâmica. Imagine uma empresa que por alguma razão, talvez uma mudança nas normas de segurança, precisa modificar aspectos da fabricação de um de seus produtos. Com o sistema de gestão empresarial, todas as áreas corporativas são informadas e se preparam de forma integrada para o evento, das compras á produção, passando pelo almoxarifado e chegando até mesmo á área de 18 marketing, que pode assim ter informações para mudar algo nas campanhas publicitárias de seus produtos. E tudo realizado em muito menos tempo do que seria possível sem a presença do sistema. É possível direcionar ou adaptar o ERP para outros objetivos, estabelecendo prioridades que podem tanto estar na cadeia de produção quanto no apoio ao departamento de vendas como na distribuição, entre outras. Com a capacidade de integração dos módulos, é possível diagnosticar as áreas mais o menos eficientes e focar em processo que possam ter o desempenho melhorado com a ajuda do pacote de sistemas. Outras vantagens do ERP: maior produtividade, melhoria do atendimento ao cliente, com menor tempo de resposta e maior assistência, adequação a processos, melhora de comunicação, transparência nas informações, rastreamento das informações, ganho financeiro, melhor gerenciamento de pedidos, aumento da receita/lucro, melhoria do planejamento operacional, manipulação de relatórios, integração, flexibilidade, rastreabilidade, posicionamento mais competitivo, melhor controle dos impostos, fechamento financeiro, acesso a informações tratadas mais rapidamente, cobrança de dívidas mais eficiente e maior controle de custos. Mas os sistemas também não são perfeitos, lendo apenas as vantagens têm-se esta impressão, porém, existam algumas desvantagens, a começar 19 pela resistência dos usuários envolvidos, onde alguns interpretam como um trabalho maior à tarefa de manter o sistema sempre atualizado, a falta disto ocasiona perdas à empresa e não justificaria um investimento em um sistema ERP, são necessários também investimentos para treinamento do pessoal ao sistema. O ERP quando não utilizado corretamente, e sem informações corretas não funciona. Ainda há a dependência do fornecedor e a preocupação quanto a um módulo não estar disponível, por qualquer motivo, comprometendo o funcionamento dos demais, ou até mesmo da empresa paralisar atividades. 3.4 Benefícios do sistema ERP Sistemas ERP funcionam com a utilização de uma base de dados comum. Assim, decisões que envolvem análise de custos, por exemplo, podem ser calculadas com o rateio de todos os custos na empresa com melhor performance do que levantamento parcial em cada unidade. Além de evitar a conciliação manual das informações obtidas entre as interfaces dos diferentes aplicativos. Um sistema integrado oferece a possibilidade melhoria de relatórios, fidelidade dados, consistência e comparação de dados devido á utilização de um critério único em todas as atividades da empresa. Impulsionado pelo processo de reengenharia do negócio, a implementação do ERP reduz redundância de atividades na organização. Com departamentos utilizando aplicativos integrados e compartilhando a mesma base de dados, 20 não existe a necessidade de repetição de atividades tais como reentrada de dados de um aplicativo para outro. Estatisticamente, em sistemas não integrado, uma informação em até 6 diferentes lugares John H. Sheridan, (1993). O sistema ERP Identifica o tempo como uma variável critica de restrição, e a informação que norteia a tecnologia dos negócios e a tecnologia da informação . A redução do tempo de ciclo é obtida via minimização na obtenção e disseminação das informações. Decisões ao longo dos processos da empresa também são possíveis graças ao ERP. Isto resulta em economia de tempo, domínio sobre as operações e também a eliminação daquelas supérfluas, as quais o cliente não paga. Elaine L..Appliton em seu livro “How to suvervive ERP” (1995), cita o caso das indústrias PAR na cidade de Moline (IIIionois) em um ano de implementação de ERP conseguiram reduzir o lead Time com o cliente de 6 para 2 semanas, as entregas na data da programação aumentaram 60% para 95%, os níveis de reserva de materiais e inventários caiu em quase 60% e a tramitação de documentos de uma ordem de produção ao chão de fábrica caiu de semanas para horas. Reconhecendo as necessidades das empresas em reduzir o tempo de resposta ao mercado de produtos e serviços, os sistemas ERP são desenvolvidos para responder instantaneamente o surgimento de novas necessidades não previstas. As operações podem facilmente mudar ou expandir sem romper com as atividades em curso. Daí, o tempo para desdobra reotimizar os processos é severamente reduzido. As empresas estão sempre buscando novos nichos de 21 mercado. Um negócio não envolvera necessariamente, sempre o mesmo produto. Internamente teremos novas necessidades de processos, então devemos estar preparados para tanto. 22 CAPÍTULO IV FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO EM IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INTEGRADOS ERP. O processo de implantação de um sistema de gestão ERP é árduo. Durante a nossa pesquisa, encontramos diversos casos de empresas que enfrentaram sérios problemas com o sistema ERP. Casos de projetos interrompidos durante o processo de implantação, benefícios nunca alcançados, prazos superiores aos previstos, custos que excederam em muito o orçamento e até, processos judiciais contra o fornecedor do software. Neste último caso, por exemplo, o problema envolveu as empresas Baan Brasil e ADP Systems, processadas judicialmente pelas empresas Otto Baumgart e Minolta, respectivamente. Furtado (2001). O gerenciamento de um projeto de implantação de um sistema ERP precisa constituir uma estável rede de relacionamento cliente-fornecedor. Ele tem de reconhecer e avaliar alguns elementos importantes que condicionam a adequada condução das atividades e etapas. Diante disso, Laudon e Laudon (2001) sugerem que o principal objetivo dos FCS na estratégia organizacional é proporcionar um direcionamento específico aos aspectos que condicionam a implantação de sistemas de informação. Em outras palavras, os FCS estimulam a especificação de prioridades estratégicas a serem delineadas nos projetos de sistemas e na definição dos propósitos empresariais. 4.1 Pesquisa As pesquisas, denominadas Chaos e Unfinished Voyages, em 1995, com executivos de informática realizada pelo Standish Group. Colangelo Filho (2001), apresentam uma lista com os dez principais fatores de sucesso em 23 projetos de implantação de sistemas de informação. Apesar desta pesquisa não se tratar especificamente dos sistemas ERP, os seus resultados são bem sugestivos. Os fatores identificados pela pesquisa são os apresentados na Tabela 1, a seguir, com destaque para os cinco principais. Os pontos referemse à importância dada ao fator e a soma dos pontos de todos os fatores é 100. Tabela 1 –Principais fatores de sucesso na implantação de sistemas de informação. Fator Pontos Desdobramento Os usuários participam? Os usuários estão envolvidos desde o início? O Envolvimento do usuário 19 relacionamento com os usuários é bom? A participação dos usuários é encorajada? Busca-se definir as necessidades dos usuários? Os executivos-chave estão envolvidos? O executivo-chave tem Apoio da direção 16 interesse nos resultados? O fracasso é tolerável? Há um plano de bem definido? O time do projeto tem interesse nos resultados? A visão é concisa? Há uma análise de Definição clara da necessidade 15 funcionalidades? Há uma avaliação de riscos? Há um estudo de viabilidade (business case)? O projeto pode ser medido? O escopo está bem definido? Há uma definição de problema? Há uma definição da solução? A equipe Planejamento Adequado 11 é adequada? Há especificação claras? Há marcos intermediários alcançáveis? 24 Há especificações claras? As necessidades estão priorizadas? Há Expectativas realistas 10 marcos intermediários? Pode-se gerenciar as mudanças? Pode-se prototipar? Marcos intermediários 9 Equipe competente 8 Comprometimento 6 Visão e objetivos claros 3 Equipe dedicada 3 Fonte: Adaptado de Colangelo Filho, 2001, p.40-41. Verificando a tabela 1, podemos notar os três fatores com as maiores pontuações, referem-se aos pressupostos de um bom projeto, com objetivos claros e bem definidos e o com o envolvimento das pessoas da organização, desde a alta direção até os funcionários operacionais. Uma segunda pesquisa, denominada de Second Wave e realizada pela Deloitte Consulting, foi orientada especificamente para implantações de sistemas ERP. Através dos seus resultados, foram identificadas correlações existentes entre práticas de implantação e sucesso em resultados com projetos dessa natureza. As considerações da pesquisa em relação às “melhores práticas” são descritas a seguir, através da tabela 2 : 25 Tabela 2 – Recomendações para o sucesso em implantação de Sistemas ERP: melhores práticas. Seqüência 01 Recomendações para o sucesso: melhores práticas Concentrar-se em habilidades e benefícios, não apenas no uso só do sistema. 02 Alinhar a organização ao destino, ou seja, aos objetivos da implantação 03 Promover mudanças equilibradas em pessoas, processo e tecnologia. 04 Aplicar técnicas de planejamento e gestão de projetos. 05 Usar o estudo de viabilidade como ferramenta gerencial. 06 Definir métricas e gerenciar com base nelas. 07 Estender as habilidades além do âmbito do sistema ERP. 08 Ensinar a organização a usar as novas capacitações. 09 Atribuir responsabilidades pelos benefícios. 10 Promover a transição da equipe de projeto da implantação para a pós –implantação, ou seja, não desmanchar a equipe logo após o sistema entrar em produção. 11 Alavancar o conhecimento de processos obtido com o projeto. 12 Promover homogeneização ( commonality) de processos pósinstalação. Fonte: Adaptado de Colangelo Filho, 2001, p.42. Analisando a tabela 2, podemos perceber que a maioria das recomendações (da seqüência 01 a 09) referem-se às fases de préimplantação e implantação, enquanto que as três últimas 14 recomendações (da seqüência 10 a 12) referem-se aos procedimentos a serem adotados na pós-implantação. Ao verificarmos os resultados das pesquisas apresentados, podemos notar a importância dada aos aspectos humanos e comportamentais no 26 processo de implantação e a sua relação com os diversos elementos inerentes ao projeto, como as estratégias e os processos de negócios. Podemos notar, ainda, a pequena relevância atribuída aos aspectos tecnológicos, quando nos referimos à importância do relacionamento entre os diversos agentes da organização, tanto operacionais e organizacionais, quanto estratégicos e ligados ao negócios. 4.2 Plano de Contingência Apesar de todos esforços e os cuidados com os fatores que norteiam um adequado gerenciamento da implantação de um sistema ERP, freqüentemente ocorrem problemas não previstos que acarretam prejuízos e, como conseqüência, um aumento significativo dos custos e prazos. Em alguns casos, os problemas são tão graves que podem paralisar todo o processo de implantação e até retrocedê-lo. Em um sistema ERP, é importante dispor de um plano de contingência estratégica. Ele se caracteriza por apresentar, por exemplo, o registro das principais atividades no papel, disponibilizando-o para reativar os sistemas antigos. Uma outra solução refere-se a desenvolver, durante um certo período de tempo, um controle paralelo para atividades não manuais ou aquelas consideradas de difícil recuperação. Colangelo Filho (2001). Assim, podemos inferir que o sucesso ou fracasso em uma implantação e utilização de sistema de gestão integrada e a sua conseqüentemente percepção de satisfação ou insatisfação na empresa, irá depender fundamentalmente da maneira como ela conseguirá atingir estes objetivos, com os custos relativos, o gerenciamento das mudanças e o conjunto de ferramentas tecnológicas utilizadas no processo. 27 4.3 Resultados obtidos com a implantação do ERP O trabalho de campo revelou que houve melhorias obtidas com a adoção de ERP. Essas melhorias podem ser agrupadas em: • Evolução da base tecnológica que permite: • Redução no tempo de processamento das informações; • Obtenção das informações em tempo real; • Agilidade nas tarefas da empresa, através da otimização e uniformização dos procedimentos internos. • Integração entre as diversas áreas da empresa: • Auxiliada pela adoção de um único sistema em toda empresa; • Auxilia o controle e integridade das informações, pois elimina redundância dos dados; • Permite a redução no fluxo de papéis. • Impacto no controle e gestão da empresa que pode ser percebido • Diminuição no retrabalho de tarefas administrativas; • Melhoria no desempenho da empresa; • Crescimento da empresa, possibilitado pelo controle em suas • Centralização das atividades administrativas; • Otimização da comunicação; • Tomada de decisões com informações obtidas em tempo real; • Maior comprometimento e responsabilidade do funcionário no por: tarefas; apontamento. • Impacto na administração de recursos humanos da empresa percebida por: • Redução de custos através da redução de mão-de-obra e de horas extras; • Racionalização de recursos; 28 • Melhoria do nível técnico dos funcionários em informática. Com relação à evolução da base tecnológica, muitas empresas estavam desatualizadas e a opção pelo ERP elevou o patamar tecnológico da empresa. O sistema facilitou a integração entre as várias áreas da empresa. Os usuários operam a mesma base de dados e utilizam a mesma informação. Após a implantação, aumentou o controle sobre as informações da empresa e melhorou a administração do negócio, pois há mais confiabilidade nas informações armazenadas. A adoção do sistema refletiu sobre os recursos humanos da empresa. O uso do sistema melhorou a capacitação técnica dos funcionários, pois sua operação exige treinamento. Após a implantação a empresa se tornou mais exigente na contratação de mão de obra. Alguns resultados encontrados na literatura, não foram citados pelos entrevistados, referem à documentação dos processos realizados pela empresa, regras de negócio definidas através do sistema, empresa orientada a processos, criação de base tecnológica para instalação de novos sistemas, redução dos custos na área de informática. 4.4 Barreiras e dificuldades Confrontando o referencial teórico com a prática empresarial percebeuse que a dificuldade mais citada pelas empresas é a resistência por parte dos funcionários, passa praticamente despercebida pelos os autores analisados. 4.4. 1 Planejamento do projeto inadequado • Insegurança dos funcionários em relação ao manuseio e utilização do sistema; • Participação do fornecedor na seleção do hardware mais adequado para o sistema; • Alto custo para customizar e desenvolver relatórios; 29 • Perda de foco resultando em estouro no custo e prazo de implantação. 4.4. 2 Contratação de uma equipe inexperiente • Dificuldade no atendimento pelo fornecedor: tempo de resposta do fornecedor é lento, o suporte técnico não é adequado, o consultor é despreparado. A consultoria externa é cara e o projeto tem que ser bem acompanhado, envolvendo pessoas com conhecimento técnico e de negócio; 4.4. 3 Resistência por parte dos funcionários • Adaptação às mudanças na rotina do trabalho, decorrente da introdução do sistema; • Resistência da alta administração e dos funcionários mais antigos por não terem conhecimentos básicos em informática; • Funcionários sem a qualificação técnica para dar suporte e utilizar o sistema; • Falta de confiabilidade nas informações extraídas do sistema. • Encarar a implantação de um ERP como um projeto de mudança organizacional é uma grande dificuldade que as empresas têm; nenhuma das entrevistadas mencionou ter esta visão. A seleção e implantação foram realizadas pela área de sistemas e encaradas como um projeto de informática. Contratar uma equipe experiente é uma dificuldade citada tanto pelos autores quanto pelas empresas entrevistadas. Ambos alertam sobre lentidão no suporte técnico, profissionais com baixa qualificação e o custo muito alto. A dificuldade para se realizar a análise dos processos não foi mencionada por nenhuma empresa. Pode-se supor que as empresas de médio porte não fazem a análise e adequação de seus processos para a adoção do sistema e se o fazem, trabalha de forma superficial, não dando a 30 devida importância a essa etapa, considerada por muitos autores como uma etapa crítica do processo de adoção de ERP. Segundo os autores o planejamento inadequado é um dos problemas mais enfrentados. No segmento das médias empresas percebe-se grande cautela no que se refere ao investimento necessário para um projeto dessa natureza. Muitas empresas são bem criteriosas na contratação de mão de obra para implantação, procurando envolver seus funcionários, reduzindo as modificações no sistema e buscando se adequar a ele. Essa adequação traz impactos ainda maiores para os usuários, além de terem de aprender a operar o sistema, precisam “reaprender” como irão realizar suas tarefas com o sistema. O custo da adequação do sistema à empresa é alto. 31 CAPÍTULO V CARACTERÍTICAS FUNCIONAIS DO ERP. São algumas características do sistema como um todo e que possibilitam ao mesmo atender a diversas necessidades empresariais. 5.1 Principais Funcionalidades ERP • Capacidade de processar várias empresas e filiais. • Realizar a consolidação das empresas e filiais. • Suporte a vários idiomas, interesse particular para empresa que tenha Operação em mais de um pais, a fim de utilizar o mesmo sistema ERP em todas as suas unidades. • Suporte a múltiplas moedas, ou seja, permite a implantação e liquidação dos títulos em outras moedas, oferece o armazenamento de valores e contabilização parametrizáveis por moeda, proporciona controle do saldo em outras moedas. • Em cada módulo, suporte aos relatórios exigidos legalmente nos países o qual o ERP está homologado. • Escalabilidade, ou seja, possibilidade se expandir o sistema suportando um grande número de usuários e processo simultâneos. • Portabilidade, ou seja, possibilidade de executar o sistema em várias plataformas tecnológicas seja de equipamentos quanto de sistemas operacionais, de forma que a empresa possa escolher aquela que melhor lhe convenha. Para uma melhor visualização das atividades atendidas dentro de um sistema ERP, apresento a seguir, alguns dos módulos geralmente contemplados e algumas de suas funcionalidades mais importantes. 32 5.2 Financeiro Deve dar suporte ás atividades financeiras em termos de recebimento e pagamento de contas, bem como no planejamento financeiro de fluxo caixa e orçamentos. 5.2. 1 Principais Funcionalidades • Controle de títulos a pagar – Controla as obrigações decorrentes fornecimento de utilidades e da prestação de serviços, tais como de energia elétrica, água, telefone, honorários profissionais de terceiros, aluguéis e todas as outras conta a pagar. • Controle de títulos a receber – Controla os valores a receber decorrentes de vendas a prazo de mercadorias e serviços a clientes. • Controle de Contas Bancárias – Tem por objetivo registrar os débitos e créditos das contas correntes, como depósitos e saques entre outros lançamentos para que se possa fazer um efetivo acompanhamento dos lançamentos feitos pelo banco e lançamentos feitos pela a empresa, a fim de se detectar alguma falha neste processo. Faz também o registro de talonários de cheques que estão em poder da empresa e suas emissões.. • Controle de fluxo de caixa – Seu objetivo é prover informações para o planejamento financeiro de curto e médio prazo, envolvendo os compromisso identificados pelas contas a pagar e contas a receber. 33 5.3 Contabilidade Este, módulo, integrado com todos os demais existentes e que realizam algum tipo de transação ou movimentação financeira, deve armazenar e acumular estes dados de forma a permitir a posterior consulta das informações contábeis da empresa. 5.3. 1 Principais Funcionalidades • Permitir a consolidação de empresas e filiais – Ou seja, poderá ser visualizado o balanço das empresas e filiais em apenas um balanço, sendo agrupado, portanto todos os resultados. • Controle por centro de custos – Centro de custo é o nome denominado para os setores produtivos da empresa, onde a mesma poderá ter uma visão descentralizada da empresa, podendo assim apurar as receitas e despesa de cada setor produtivo individualmente. • Emitir os relatórios exigidos legalmente para documentação das operações da empresa como razão, diário, balancete, balanço e demais demonstrativos. 5.4 Estoque Para empresas com atividades comerciais, este é um dos módulos mais importante. Deve permitir a análise dos saldos, necessidades de reposição 34 tendências de demanda e disponibilidade de produtos. A correta apuração dos custos permitira também a correta análise das margens de contribuição e lucratividades dos produtos. 5.4. 1 Principais Funcionalidades • Controle de estoque – Sua função é a de controlar o nível de estoque e o investimento financeiro envolvido. Os estoques podem ser de matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados. • Controle de produtos em poder de terceiros – Faz o registro de todo o item que está consignado, registrando sua saída, venda, devolução, quantidade e valor, registrando também seus respectivos consignatórios, visando o perfeito controle de estoque. • Controle da qualidade – Controla e registra os exames feitos nos processos de fabricação, reportes de produção e recebimento de matériaprima. • Cálculo de lote econômico – Seu objetivo é de verificar através de cálculos matemáticos, se é viável ou não manter em estoque um determinado item, sendo sua determinante o custo com a armazenagem do mesmo. • PCP – Planejamento e Controle da Produção: Para empresas de manufatura este modulo é responsável pelo controle de fluxo de trabalho, necessidades de materiais, acompanhamento dos pedidos e programação da produção. 35 • Controla data de validade dos componentes e materiais - Tem como objetivo dar segurança, qualidade, e bom desempenho aos itens a serem produzidos alertando assim aos usuários envolvidos com a operação, qual componente ou material deve ser utilizado primeiro, ou aqueles que tiveram prazo de validade expirados e devem ser descartados. • Integração com pedido de vendas – Sua importância é a de sincronizar a produção com os pedidos, para que assim, de acordo com o volume de vendas sejam determinados a aceleração ou a diminuição da produção. • Controle de linha de produção – Seu objetivo é determinar a quantidade a ser produzida e qual item deve ser produzido. 5.5 Compras Integrando aos módulos de estoques e produção, os quais devem indicar necessidades de compra, este módulo deve auxiliar os profissionais a realizar cotações e acompanhar os pedidos até o recebimento da mercadoria pela empresa . 5.5. 1 Principais Funcionalidades • Controle de cotações – Faz o registro dos fornecedores e seus respectivos preços para determinados pedidos de compras, para que assim o comprador possa analisar qual o fornecedor esta oferecendo as melhores condições e preços, para as possíveis compras. 36 • Classifica fornecedores a partir das entregas do controle de qualidade. Sua importância e de se estabelecer se determinado fornecedor é confiável do ponto de vista comercial, ou seja, se cumpre os prazos de entregas combinadas, se a quantidade solicitada é a quantidade recebida, se o material chega em perfeito estado ou não, com estas exigências cumpridas, terá assim preferência no momento da compra. 5.6 Faturamento Incorporado recursos para acompanhamento do pedido, este módulo origina as transações comerciais dos clientes com a empresa, devendo após o faturamento integrar-se com os módulos financeiro e fiscal, para que estes realizam respectivamente a cobrança e a correta escrituração da operação comercial. 5.6. 1 Principais Funcionalidades • Integração dos pedidos de vendas com a produção – Visa dar respaldo para a produção, pois assim poderão determinar com exatidão a quantidade a ser produzida. • Analise crédito – Proporciona a consulta no cadastro de clientes da empresa, aonde é extraída as informações sobre cliente, para que não seja dado credito a clientes inadimplentes. • Emissão de nota fiscal e/ou cupom fiscal de acordo com as exigências legais. 37 5.7 Fiscal Módulo responsável pela escrituração das operações de entrada e saída da empresa devendo, portanto estar integrado com o faturamento e compras. Este é o módulo de maior interesse para o governo dos países, uma vez que pode fornecer informações automatizadas para o processo de fiscalização. 5.7.1 Principais Funcionalidades • No caso brasileiro, suporte aos diversos registros legais exigidos pelo fisco. • Registro dos impostos ( icms, cofins, ir) entre outro. • Geração dos arquivos com dados fiscais, de acordo com lay-out (modelo) estabelecidos pelo fisco. 5.8 Ativo Fixo Módulo responsável pelo controle dos ativos da empresa, depreciações e saldos remanescentes. 5.8. 1 Principais Funcionalidades • Controle de bens – Visa registrar todos os bens que foram adquiridos pela empresa no decorrer dos anos, registrando assim, as datas de 38 aquisição e baixa de um determinado bem, bem como seu valor atual a ser contabilizado no balanço da empresa. • Contabilização de depreciação – Todo bem adquirido perde seu valor no decorrer de sua vida útil, esta perda no valor denomina-se depreciação, que assim será registrada pela empresa sem seu balanço patrimonial. • Controle de transferências – Faz o registro dos bens que foram transferidos entre filiais da empresa, para que assim tenha sua contabilização correta. 5.9 Recursos Humanos Deve suportar as atividades básicas desempenhadas pelo departamento de recursos humanos dentro da empresa. 5.9. 1 Principais Funcionalidades • Controle de folha de pagamento – Faz todo registro das informações necessárias para o cálculo dos salários a serem pagos np mês, tais como, horas extras, faltas, férias, 13º salário e outros, os quais compõe o valor do salário a ser pago. 39 • Controle de ponto – Registra os horários de entrada e saída dos funcionários da empresa, onde esta informações vão ser utilizadas para o cálculo da folha de pagamento. 5.10 Relacionamento com Clientes – Tele- Marketing CRM é uma estratégia de negócio voltada ao entendimento e à antecipação das necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma empresa. Do ponto de vista tecnológico, CRM envolve capturar dados do cliente ao longo de toda a empresa, consolidar todos os dados capturados interna e externamente em um banco de dados central, analisar os dados consolidados, distribuir os resultados dessa análise aos vários pontos de contato com o cliente e usar essa informação ao interagir com o cliente através de qualquer ponto de contato com a empresa. 5.10. 1 Principais Funcionalidades • Histórico de contatos mantidos com cada cliente • Histórico de sugestões e/ou reclamações dos clientes • A gendamento de contatos futuros por cliente e por data • A cesso instantâneo aos dados do cliente como: 1. Contatos realizados 2. Agendamento de contatos 3. Posição financeira do cliente 4. Dados cadastrais do cliente 5. Pedidos do cliente 40 6. Produtos que o cliente mais compra 7. Dados de controle de crédito do cliente 8. Movimento mês do cliente 5.11 Integração com Forca de Vendas ( PDA) 5.11. 1 Principais Funcionalidades • A gilidade na comunicação entre a força de venda e o sistema SIG. • A gilidade no processo de atendimento de pedidos. • Dispensa a digitação de pedidos de venda. Eliminando erros de digitação. • Recebimento dos pedidos, feitos pelos Palm’s, pela internet em qualquer hora do dia. • Corte automático de produtos sem estoque, do pedido de venda • Envio de dados do sistema de ERP para os Palm’s (Carga). • Controla o saldo da rentabilidade por cliente, controle do saldo de descontos concedidos ou não concedidos que pode ser usado para negociações futuras com o cliente. Devo ressaltar que as características acima são algumas das características mais encontradas em sistema ERP, que foram elaboradas com base bibliografia previamente apresentada, e que em função das diferenças entre empresas compradoras e fornecedoras, e o dinamismo dos sistemas ERP, que vem agregando mais funções e módulos com o advento de novas tecnologias, certamente haverá módulos aqui apresentados que não serão 41 encontrados em alguns ERP, e outros módulos não apresentados aqui, contemplados nestes sistemas. 42 CAPÍTULO VI SITUAÇÃO ATUAL DA CANDIDO TINTAS LTDA 6.1 Cenário A Empresa para qual o sistema será desenvolvido é a Candido Tintas Ltda. A adoção do sistema ERP ocorreu na matriz, que consolida todas as informações das filiais, centralizando as atividades de diversas funções administrativas: financeira, recursos humanos, informática, contabilidade e controladoria, marketing, estoques e gerência comercial. Fundada: 1995 Negócio: Tintas automotivas e imobiliárias. Área de atuação: 5 lojas no estado do Rio de Janeiro. 1 Matriz e 4 Filiais. 6.2 Descrição do problema A motivação para realização deste trabalho visa atender as necessidades de gerenciamento de informações e informatização dos processos da empresa, levando em conta a análise dos processos já existentes, onde foram encontrados problemas como duplicação de dados, falhas no controle de estoque, falta de informatização de alguns processos, como controle de custos, emissão de notas fiscais e duplicatas etc. Os sistemas automatizados, anteriormente utilizados foram desenvolvidos originalmente para uso da Candido Tintas LTDA. Uma equipe 43 composta por 4 pessoas, entre analistas de sistemas e programadores, mesmo estando lotados fisicamente na empresa, trabalhava exclusivamente para a Candido Tintas LTDA, com objetivo de prestar serviços de manutenção e novos desenvolvimento nos sistemas. O ambiente computacional utilizado era o de equipamentos de grande porte (mainframe), sobre o qual foram desenvolvidos sistemas de forma isolada e não padronizada, utilizando uma linguagem de programação Cobol. Novos desenvolvimentos eram lentos, tendo em vista a baixa produtividade da plataforma tecnológica utilizada, em comparação com ferramentas de desenvolvimento mais modernas. 6.3 Problemas apontados O sistema anterior não era integrado. O novo sistema deveria estar integrado, facilitando a gestão da empresa, com orientação para processos e não mais para departamentos isolados. Além, disso muitos processos manuais e de conciliação de documentos ainda não haviam sido informatizados pelos sistemas anteriores, gerando etapas demoradas e desnecessárias. 6.3. 1 Recursos Humanos • As lojas necessitam de muitos funcionários gerando: • Alto custo com folha de pagamento. • Dificuldade de controle em todas as unidades. 6.3. 2 Estoque • Dificuldade em controlar o estoque. • Problemas de espaço físico nas unidades. • Geração sobras / faltas (dificuldade de administração e planejamento) 44 6.3. 3 Compras • Falta de informação / informações erradas geram incerteza e fragilidade no planejamento do fluxo de caixa. • Processo descentralizado por unidade afeta aquisição de produtos com fornecedores, dificultando “bons gastos”. 6.3. 4 Gestão • Dificuldade de controle. • Falta de confiança e rapidez nas informações. 6.4 Estrutura Desejada Sistema de Base de Dados Centralizada: Figura3: Exemplo base de dados centralizada Matriz Fonte: www.shx.com.br . (Acesso: 14/09/2006) 45 6.4. 1 – Projeto de Interligação On Line. É como se existisse um link dedicado em cada uma das pontas, mas passando pela Internet. Isso significa uma redução de custo muito alta, em especial nas instalações que usam Linhas Privadas para comunicação Matriz<>Filial. Figura4: Exemplo Sistema On-Line Fonte: http://www.velocidadejusta.com.br/vpn/vpn2.htm (Acesso: 14/09/2006) 6.4. 2 Benefícios Com o uso da implementação de sistema On-line você ganha: • Segurança na comunicação entre os pontos de venda. • Confiabilidade nas informações e dados. • Racionalização dos processos (eliminação de tarefas que não agregam valor). Minimização dos erros. 46 • Aproveitamento da informação (disponibilidade em tempo real (real time)). • Agilidade na venda (consultar estoque da própria loja ou de outras lojas, reserva de mercadorias em outra filial). • Melhoria no atendimento junto ao cliente (exposição racional das mercadorias). • Agilidade na avaliação de risco de crédito, inadimplência, etc. • Permite a centralização de estoque e de máquinas de tintas (acesso remoto). • Unidades com operações independentes • Redução dos custos Administrativos 6.4. 3 Estratégia do novo negócio com tecnologia On-Line Foco do negócio: unidades com foco somente em vendas. Estruturas enxutas (lojas menores, menos colaboradores por loja, e estoque centralizado). Centralização Gerencial (estoque, compras, logística, e administrativo). Forte apoio logístico. 47 CAPÍTULO VII TENDÊNCIAS DO MERCARDO ERP. O Mercado de ERP se desenvolveu muito ao longo dos anos , mas hoje, um dos assuntos mais discutidos é a integração de sistemas e a venda de pacotes que também incluem soluções de BI, Datawarehouse e outras. As empresas já entendem que o ERP não é um custo e sim um investimento. Com isso, o mercado tende a crescer ainda mais. Por isso, é importante que o ERP acompanhe a evolução de gestão das empresas. Depois de décadas de desenvolvimento e de aplicações que agregam cada vez mais valor ao negócio, o ERP torna-se uma ferramenta essencial dentro das empresas. Uma pesquisa feita pela revista Information Week revela que 70% das grandes corporações colocam o ERP numa posição de prioridade nos seus investimentos. Em seguida, a preocupação é por soluções de Business Intelligence, com 68,18% das citações e, em seguida, o gerenciamento de banco de dados e o software de RH, com 54,55% das citações. Esse mercado ERP se desenvolveu muito ao longo dos anos, mas hoje, um dos assuntos mais discutidos em relação a ele é a integração de sistemas e a venda de pacotes fechados que não possuam apenas o ERP, mas soluções analíticas de BI, Datawarehouse, entre outras. Com essas ações, o cliente está cada vez mais exigente e demanda não apenas um produto completo e alinhado ao negócio de sua empresa, como também de baixo custo. 48 Esse mercado de ERP se desenvolveu muito ao longo dos anos, mas hoje, um dos assuntos mais discutidos em relação a ele é a integração de sistemas e a venda de pacotes fechados que não possuam apenas o ERP, mas soluções analíticas de BI, Datawarehouse, entre outras. Com essas ações, o cliente está cada vez mais exigente não apenas um produto completo e alinhado ao negócio de sua empresa, como também de baixo custo. Quando o cliente opta por comprar, por exemplo, uma solução de ERP e, separadamente, uma solução de BI, ele vai ter de pagar duas licenças, duas manutenções, além de não ter suas informações integradas. Nesse sentido, a onda de aquisições de empresas de tecnologia está cada vez mais forte, já as companhias criam um atendimento multifacetado, capaz de atender todas as necessidades do cliente com uma única solução. As organizações despertam agora para fato de que o ERP não é um custo e sim investimento que agrega valor. Porém, outro ponto a destacar é que o mercado pode crescer ainda mais, principalmente no que se refere á implementação da ferramenta porque as companhias ainda têm muitos processos a serem controlados e otimizados. É importante que o ERP acompanhe a serem controlados e otimizados. É importante que o ERP acompanhe constantemente a evolução da gestão de empresa, Por isso, o cliente dá cada vez mais importância a produtos que venham acompanhados de suporte e atendimento. 49 7.1 Business Intelligence Monitoração constante dos fatores-críticos do seu negócio, a qualquer hora e local, informações atualizadas em tempo real, relatórios totalmente personalizados e acesso remoto pela Internet (casa, viagens, visitas a clientes e fornecedores). Figura5: Exemplo Business Intelligence Fonte: http://www.shx.com.br (Acesso: 14/9/2006) 7.2 Supply Chain Management Expande a Inteligência Corporativa do seu negócio para sua rede de fornecedores, permite que seus fornecedores gerenciem seu estoque de forma eficiente a partir de objetivos e regras pré-definidas e reduz custos com estoque e recursos internos da sua empresa. 50 Figura6: Exemplo Supply Chain Management Fonte: http://www.shx.com.br (Acesso: 14/09/2006) 51 CONCLUSÃO Este trabalho analisou e descreveu o processo de implantação de uma solução ERP em uma empresa comercial. Apesar de analisar um caso específico, acreditamos que muitas semelhanças podem ser encontradas em processos de implantação de soluções ERP em outras empresas. Em geral, qualquer que seja a natureza e o porte da empresa envolvida e a qualidade do fornecedor e da solução ERP, o processo é sempre complexo, árduo e demorado, pois envolve muitas pessoas, tecnologia sofisticada e muitas atividades. A utilização de sistemas ERP otimiza o fluxo de informações e facilita o acesso aos dados operacionais, favorecendo a adoção de estruturas organizacionais mais achatadas e flexíveis. Além disso, as informações tornam-se a realidade da empresa. Um outro beneficio da implantação é a adoção de melhores práticas de negócio, suportadas pelas funcionalidades dos sistemas, que resultam em ganhos de produtividade e em maior velocidade de resposta da organização. 52 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ALSÉNE, Eric. The computer integration of the enterprise. IEEE Transactions on Engineering Management, Fev. 1999, vol.46, nº 1, p.26-35. BANCROFT, Nancy H., SEIP, Henning e SPRENGEL, Andrea. Implementig SAP R/3 : How to introduce a large system into a large organization. 2º ed. Greenwich: Manning, 1998. COLANGELO FILHO, Lúcio. Implantação de sistemas erp: um enfoque de longo prazo. São Paulo: Atlas, 2001. DAVENPORT, Thomas H. Putting the Enterprise into the Enterprise System. Harvard Business Review, Jul.-Ago. 1998, p.121-131. DELOITTE, ERP´S Second Wave: Maximizing the Value of ERP – Enabled Process. Relátorio de pesquisa publicado pela Delloitte Consulting disponível no site http:// www.dc.com/whatsnew/sencond.html, 1998. Appleton, Elaine L., “How to Suvervive ERP”, Datamation,1995, p. 50-53. 53 Foti,Ross. The essential ERP guide. Pmnetwork,Newton Square, p.28-34, jun/2003. FURTADO, Clarissa. Empresas vão á justiça contra programas de Gestão. Gezata Mercantil, 24 jan. 2001, p. A-11. LOZINSKY, Sérgio. Software: Tecnologia do negócio. São Paulo: Imago, 1996. LAUDON, Kenneth C. e LAUDON, Jane P. Gerenciamento de sistemas de informação . 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. PORTER, Michel e MILLAR, Victor. How information gives you competitive advantage. Harvard Business Review, Jul- Ago. 1985 p.149-160. Sistema Online. Desenvolvido por Gabriela Ferraz Catramby. [S.I.], 2000. Disponível em: < http://www.velocidadejusta.com.br/vpn/vpn2.htm >. Acesso em: 14 de Setembro 2006. Souza, César A.; ZWICKER, Ronaldo. Ciclo de vida de sistemas ERP. Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo, v.1, n.11, p.46-57, 1º trim. 2000. 54 Shx – Home Page da empresa, disponível em:http://www.shx.com.br/ . Acesso em: 14 de Setembro 2006. Sheridan, John H. Witch Patch to Follow? Industry Week, Vol.244. Iss 13, julho, 1993. 55 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I SURGIMENTO DO ERP 9 CAPÍTULO II NATUREZA DOS SISTEMAS ERP 12 CAPÍTULO III ESTRUTURA TÍPICA DOS SISTEMAS ERP 14 3.1 – O que se espera do ERP 15 3.2 – O que realmente o ERP faz 16 3.3 – A importância do ERP 16 3.4 – Benefícios do Sistema ERP 19 CAPÍTULO IV FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO EM IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS INTEGRADOS ERP 22 4.1 – Pesquisa 22 4.2 – Plano de Contingência 26 4.3 – Resultados obtidos com a implantação do ERP 27 4.4 – Barreiras e dificuldades 28 4.4.1 – Planejamento do Projeto inadequado 28 56 4.4.2 – Contratação de uma Equipe inexperiente 29 4.4.3 – Resistência por parte dos funcionários 29 CAPÍTULO V CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DO ERP 31 5.1 – Principais Funcionalidades ERP 31 5.2 – Financeiro 32 5.2.1 – Principais Funcionalidades 5.3 – Contabilidade 5.3.1 – Principais Funcionalidades 5.4 – Estoque 5.4.1 – Principais Funcionalidades 5.5 – Compras 5.5.1 – Principais Funcionalidades 5.6 – Faturamento 5.6.1 – Principais Funcionalidades 5.7 – Fiscal 5.7.1 – Principais Funcionalidades 5.8 – Ativo 5.8.1 – Principais Funcionalidades 5.9 – Recursos Humanos 5.9.1 – Principais Funcionalidades 5.10 – CRM 5.10.1 – Principais Funcionalidades 32 33 33 33 34 35 35 36 36 37 37 37 37 38 38 39 39 5.11 – Integração com a força de venda(PDA) 40 5.11.1 – Principais Funcionalidades 40 CAPÍTULO VI SITUAÇÃO ATUAL 42 6.1 – Cenário 42 6.2 – Descrição do problema 42 57 6.3 – Problemas apontados 43 6.3.1 – Recursos Humanos 43 6.3.2 – Estoque 43 6.3.3 – Compras 44 6.3.4 – Gestão 44 6.4 – Estrutura Desejada 44 6.4.1 – Projeto de interligação On-Line 45 6.4.2 – Benefícios 45 6.4.3 – Estrutura de novo negócio com Tec. On-Line 46 CAPÍTULO VII TENDÊNCIAS DO MERCADO ERP 47 7.1 – Business Intelligence 49 7.2 – Supply Chain Management 49 CONCLUSÃO 51 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52 ÍNDICE 55 58 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: