ESTAT ÍSTICAS ESTATÍSTICAS em síntese Demografia de empresas e fluxos de emprego em Portugal 2007 A informação que se divulga tem como suporte o Sistema de Informação Longitudinal de Empresas, Estabelecimentos e Trabalhadores (SILEET), cuja fonte é a operação estatística anual “Quadros de Pessoal”. Este estudo que tem por âmbito geográfico, Portugal continental e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, apresenta uma síntese dos dados mais relevantes sobre a demografia de empresas (criações e encerramentos), e os consequentes fluxos de emprego (criações e extinções de emprego). A nível sectorial, estão abrangidas todas as pessoas singulares ou colectivas com trabalhadores ao seu serviço em todas as actividades da CAE – Rev.3, excepto as Actividades das Famílias Empregadoras de Pessoal Doméstico (secção T), os Organismos Internacionais (secção U) e a Administração Pública, Defesa e Segurança Social obrigatória (secção O). Ressalva-se, contudo, que nesta última actividade, bem como na Educação (secção P) e Actividades de Saúde Humana e Apoio Social (secção Q) estão incluídos os serviços da administração central, regional e local e os institutos públicos com trabalhadores em regime jurídico de contrato individual de trabalho. Quadro 1 – Evolução anual do stock de empresas Anos 1998 Stock inicial 213 589 Entradas Saídas Stock final Variação anual (%) 17 448 228 819 7,1 6,7 Total(1) Criações Total Encerramentos(2) 45 642 29 860 30 412 1999 228 819 46 711 30 983 31 289 18 833 244 241 2000 244 241 60 163 41 171 35 703 23 011 268 701 10,0 2001 268 701 62 029 38 597 46 724 32 159 284 006 5,7 2002 284 006 64 061 39 875 48 277 32 551 299 790 5,6 2003 299 790 51 875 32 930 45 098 30 012 306 567 2,3 2004 306 567 49 584 29 864 43 212 29 399 312 939 2,1 2005 312 939 65 314 38 200 37 471 30 295 340 782 8,9 2006 340 782 49 359 33 921 46 117 38 086 344 024 1,0 2007 344 024 52 639 36 348 41 736 n.d. 354 927 3,2 Notas : n.d. - Estimativa só disponível aquando da disponibilização dos resultados dos Quadros de Pessoal de 2008. 1 - No total de entradas além das criações de empresas, estão incluídas as reentradas e os restantes casos derivados da melhoria de cobertura dos Quadros de Pessoal. 2 - A estimativa do número de encerramentos no ano t, baseia-se nas ausências da base do SILEET, de empresas desde o ano t até 2007. Em 2007, o número de empresas com pelo menos uma pessoa ao serviço em Portugal, ascendeu a 354 927, correspondente a um acréscimo anual de 3,2 % face a 2006. Para este crescimento contribuiu não só o aumento de 7,2 % registado no número de criações de empresas, 36 348 em valores absolutos, como foi menor o número de ausências da base do SILEET (-9,5 %) quando comparado com 2006 . 1 Demografia de empresas e fluxos de emprego em Portugal 2007 Por outro lado, quando se comparam os ganhos de postos de trabalho decorrentes da criação e expansão de empresas com as perdas derivadas do encerramento e contracção das mesmas, constata-se uma pequena recuperação a partir de 2004 após o comportamento negativo da variação líquida de emprego evidenciado nos anos 2002 e 2003 (quadro 2) . Em 2006, embora o número de postos de trabalho nas empresas encerradas (136 571) tenha ultrapassado o das empresas recém-criadas (113 390) verificou-se, em termos líquidos, um pequeno acréscimo de emprego (+0,4 %) porque foi positiva a diferença entre as taxas de expansão ( 7,7 %) e contracção ( 6,6 %) registada no volume de emprego das empresas já existentes. Em relação a 2007, atendendo à ausência de informação sobre extinções de postos de trabalho resultantes de encerramentos, salienta-se, para já, que a proporção de empregos novos sobre o total, atingiu 12,3 %, nível mais alto desde 2002, enquanto que a perda de 5,8 % verificada nas empresas que reduziram a sua dimensão foi a mais baixa desde 1998. Quadro 2 – Evolução anual da criação e extinção de postos de trabalho Taxas de criação Nº de postos de trabalho Anos Empresas criadas Empresas extintas 1998 116 027 1999 Taxas de extinção Encerramentos Contracções Expansões Total (1) 4,4 (2) 8,8 13,2 (4) 3,3 (5) 6,3 (6) 9,6 (3)-(6) 86 249 116 077 88 138 4,2 8,8 13,0 3,2 6,5 9,7 3,3 2000 170 602 116 127 6,0 8,7 14,7 4,1 6,5 10,6 4,1 2001 170 213 151 276 5,6 10,0 15,7 5,0 6,2 11,2 4,4 2002 151 822 147 455 4,9 8,2 13,1 4,8 8,4 13,2 -0,1 2003 116 320 126 485 3,8 6,7 10,6 4,2 7,9 12,0 -1,5 7,2 10,7 3,9 6,8 10,7 0,0 (3) Total Variação líquida de emprego Nascimentos 3,6 2004 104 937 118 471 3,4 2005 136 902 114 913 4,4 7,0 11,4 3,7 6,4 10,1 1,4 2006 113 390 136 571 3,6 7,7 11,3 4,3 6,6 10,9 2007 124 637 n.d 3,9 8,4 12,3 n.d 5,8 n.d. 0,4 n.d. Nota: n.d. - valor não disponível Em 2007, as empresas recém-criadas representaram 10,2 % do total em actividade, tendo esta taxa sido mais elevada que a registada no ano 2006 (9,9 %) devido, sobretudo, à maior natalidade das empresas com 1 a 9 pessoas ao serviço (11,5 % em 2007 contra 11,0 % em 2006). Nos restantes escalões de dimensão, as taxas de natalidade de empresas só foram inferiores às de 2006, nas empresas com dimensão entre 50 e 249 pessoas ao serviço tendo diminuído ligeiramente de 1,9 % em 2006 para 1,6 % em 2007 (quadro 3). A taxa de criação de postos de trabalho associada ao nascimento de empresas no ano 2007 cifrou-se em 3,9 %, tendo sido maior o contributo das pequenas empresas (8,3 %), com menos de 10 pessoas ao serviço (quadro 4) . Por escalão de dimensão, o comportamento das taxas de criação de postos de trabalho foi semelhante ao das taxas de natalidade de empresas já que apenas as empresas dos dois escalões entre 50 e 249 pessoas ao serviço apresentaram níveis mais baixos que no ano 2006. 2 Informar Melhor Conhecer Melhor www.gep.mtss.gov.pt Quadro 3 – Taxas de natalidade, mortalidade e de natalidade líquida, por escalão de dimensão Total 1a9 10 a 19 20 a 49 50 a 99 100 a 249 250 a 499 500 ou mais Taxas de natalidade 10,9 12,3 4,1 Taxas de mortalidade Taxas de natalidade líquida 10,0 0,9 11,1 1,1 4,2 -0,1 2,8 1,9 2,0 1,7 1,7 3,5 -0,7 3,1 -1,3 2,7 -0,7 2,5 -0,7 1,8 -0,2 Taxas de natalidade 11,2 12,5 4,4 3,6 Taxas de mortalidade 8,9 9,9 3,5 3,1 2,4 2,6 2,1 1,9 2,7 2,2 1,6 1,9 Taxas de natalidade líquida 2,3 2,6 0,9 0,6 -0,3 0,3 0,5 0,0 Taxas de natalidade 9,9 11,0 Taxas de mortalidade Taxas de natalidade líquida 11,1 -1,2 12,3 -1,3 3,7 4,6 2,8 3,6 1,9 2,8 1,9 2,3 1,1 2,7 0,8 -0,9 -0,8 -0,9 -0,4 -1,6 1,9 -1,1 Taxas de natalidade 10,2 11,5 3,7 2,9 1,6 1,6 2,3 2,0 2002 - 2006 2005 2006 2007 Nota: Não se disponibilizam os valores relativos às taxas de mortalidade e de natalidade líquida de empresas em 2007 por não se dispor de estimativas relativas a encerramentos nesse ano. Estas estimativas só estarão disponíveis após o apuramento dos resultados dos Quadros de Pessoal de 2008. De referir ainda que no ano 2006 quer as taxas de natalidade líquida de empresas quer as de variação líquida de postos de trabalho foram negativas em todos os escalões de dimensão. Por outro lado, tendo em consideração o período de cinco anos, entre 2002 e 2006, verifica-se que os níveis médios de natalidade e de mortalidade de empresas foram próximos justificando-se, por isso, o baixo valor da natalidade líquida total de 0,8% ao qual correspondeu a variação líquida de emprego negativa de -0,1 %. É pertinente acrescentar que somente as empresas com menos de 10 pessoas ao serviço registaram variações positivas da natalidade líquida (1,1 %) e da criação líquida de emprego (1,0 %). Nas restantes, destacam-se as que empregaram 50 a 99 pessoas com variações negativas mais acentuadas tanto da natalidade líquida de empresas como da variação líquida de emprego, em ambos os casos de -1,3 % . Quadro 4 – Taxas de criação, extinção e de variação líquida de postos de trabalho, por escalão de dimensão Total 1a9 10 a 19 Taxas de criação 4,2 9,1 4,0 Taxas de extinção Taxas de variação líquida 4,4 -0,1 8,1 1,0 4,2 -0,2 Taxas de criação 4,4 8,6 Taxas de extinção 3,7 Taxas de variação líquida 20 a 49 50 a 99 100 a 249 250 a 499 500 ou mais 2,8 1,8 2,0 1,8 1,2 3,5 -0,7 3,1 -1,3 2,7 -0,7 2,5 -0,7 1,6 -0,3 4,3 3,5 2,3 2,3 2,1 1,3 6,9 3,3 3,0 2,6 2,1 1,5 1,5 0,7 1,7 1,0 0,5 -0,3 0,2 0,7 -0,2 Taxas de criação 3,7 Taxas de extinção 3,7 4,5 2,7 3,5 1,9 2,8 1,8 2,2 1,1 2,7 0,6 1,0 Taxas de variação líquida 4,4 -0,7 8,0 8,7 -0,8 -0,8 -0,8 -0,9 -0,4 -1,7 -0,4 Taxas de criação 3,9 8,3 3,7 2,9 1,6 1,5 2,4 1,3 2002 - 2006 2005 2006 2007 Notas: 1 - As taxas de criação e de expansão de postos de trabalho referem-se às das empresas criadas e encerradas. 2 - Devido a arredondamentos, a taxa de variação líquida pode não corresponder à diferença entre os valores das taxas de criação e de extinção de postos de trabalho constantes do quadro. 3 Demografia de empresas e fluxos de emprego em Portugal 2007 Os gráficos 1 e 2, ilustram o impacto dos níveis de natalidade e de mortalidade de empresas, nas taxas de criação e extinção dos respectivos postos de trabalho, nos sectores de actividade com maior peso no emprego e na estrutura empresarial. Gráfico 1 - Taxas médias de natalidade e de mortalidade de empresas (2004 - 2006) (%) 16,0 14,0 12,0 10,0 Taxas de natalidade 8,0 Taxas de mortalidade 6,0 4,0 2,0 0,0 Total C 10 14 F G 45 46 47 H I L M N Q Legendas: Indústrias transformadoras (C), indústrias alimentares (10), indústria do vestuário (14), construção (F), comércio por grosso e a retalho (G), comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis (45), comércio por grosso (46), comércio a retalho (47), transportes e armazenagem (H), alojamento e restauração (I), actividades imobiliárias (L), actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (M), actividades administrativas e dos serviços de apoio (N), actividades de saúde humana e de apoio social (Q). Em termos globais, a taxa média de natalidade das empresas entre 2004 e 2006 (10,2 %) foi ligeiramente superior à da mortalidade (9,8 %) . A nível intra-sectorial registaram-se valores mais elevados da natalidade líquida em sectores como o de Actividades Imobiliárias (6,9 %), Actividades Administrativas e dos Serviços de Apoio (6,1 %) e nas Actividades de Saúde Humana e de Apoio Social (3,7 %). Por outro lado, no extremo oposto, com níveis de mortalidade superiores aos da natalidade ou seja, com níveis negativos da natalidade líquida, salientam-se as Indústrias Transformadoras, em particular a indústria do Vestuário (-5,3 %), a Construção (-1,5 %) e o Comércio, Manutenção e Reparação de Veículos (-1,2 %). 4 Informar Melhor Conhecer Melhor www.gep.mtss.gov.pt Gráfico 2 - Taxas médias de criação e extinção de postos de trabalho relacionados com o nascimento e encerramento de empresas (2004 - 2006) (%) 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 Taxas de criação 5,0 Taxas de extinção 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Total C 10 14 F G 45 46 47 H I L M N Q Legendas: Indústrias transformadoras (C), indústrias alimentares (10), indústria do vestuário (14), construção (F), comércio por grosso e a retalho (G), comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis (45), comércio por grosso (46), comércio a retalho (47), transportes e armazenagem (H), alojamento e restauração (I), actividades imobiliárias (L), actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (M), actividades administrativas e dos serviços de apoio (N), actividades de saúde humana e de apoio social (Q). No que respeita à evolução de postos de trabalho no período 2004-2006, assinala-se que, em termos gerais, a taxa de extinção de postos de trabalho nas empresas encerradas superou a de criação em unidades empresariais recém-nascidas, excepto no Comércio a Retalho (47), Alojamento e Restauração (I), Actividades Administrativas e dos Serviços de Apoio (N), Actividades de Saúde humana e Apoio Social (Q) e Actividades Imobiliárias (L) tendo estas duas últimas registado ganhos líquidos mais elevados, respectivamente de 3,1 % e 4,2 % . Nas indústrias transformadoras, destaca-se a indústria do Vestuário (14) com a perda líquida de postos de trabalho mais acentuada de -3,4 %. Analisando o impacto, a nível intra-sectorial, do nascimento de unidades empresariais na criação de postos de trabalho, importa destacar o sector de Actividades Imobiliárias com taxas de natalidade líquida de empresas e de variação líquida de emprego mais altas, respectivamente de 6,9 % e 4,2 %. Por outro lado, cabe referir que à natalidade líquida de empresas de 6,1 % observada no sector de Actividades Administrativas e dos Serviços de Apoio (N) correspondeu um acréscimo líquido de postos de trabalho de apenas 0,1 %. 5 Demografia de empresas e fluxos de emprego em Portugal 2007 Quadro 5 – Número de empresas criadas e encerradas, por sector de actividade Em 2007, foram criadas 36 348 novas empresas, +7,2 % do que em 2006, justificando-se este aumento pelo maior número de nascimentos ocorridos em actividades com maior peso na estrutura empresarial como o Alojamento e Restauração (11,8 %), a Construção (+10,4 %), o Comércio por grosso e a retalho (+5,4 %) e outras Actividades de Serviços (18,4 %). O número de encerramentos em 2006 cresceu, face ao ano de 2005, na ordem de 25,7 % devendo ser referidos os contributos sectoriais do Comércio por Grosso e a Retalho (12,5 %), o Alojamento e Restauração (22,1 %) e a Construção (16,1 %). Em relação ao triénio 2004-2006, deduzindo o número total de nascimentos de empresas (101 985) ao de encerramentos (97 780), obtém-se um saldo positivo de 4205 unidades empresariais. Muito embora na generalidade das Indústrias Transformadoras e na Construção, o número de encerramentos tenha ultrapassado o de nascimentos de empresas, a evolução positiva da natalidade líquida total deveu-se essencialmente aos acréscimos observados no sector da Agricultura (A) e na maior parte das actividades terciárias, excepto o Comércio (G). Importa, contudo, acrescentar que o aumento de novas unidades no sector da Agricultura justificou-se, fundamentalmente, pelo alargamento da cobertura legal dos Quadros de Pessoal cujo impacto no crescimento da taxa de respostas foi mais significativo em 2005. 6 Informar Melhor Conhecer Melhor www.gep.mtss.gov.pt Quadro 6 – Ganhos e perdas de postos de trabalho, por sector de actividade De 2006 para 2007, o número total de postos de trabalho nas empresas recém-criadas aumentou 9,9 %. Por outro lado, também as perdas de postos de trabalho devidas a encerramentos aumentaram (18,8 %), em resultado principalmente das evoluções verificadas em sectores como a Construção (+21,6 %), Comércio por Grosso e a Retalho (+15 %) e na Agricultura (140,2 %). Em relação ao triénio 2004-2006, registou-se uma perda líquida total de postos de trabalho correspondente, em valores absolutos, a 14 726. A nível sectorial, destacam-se as indústrias transformadoras com o maior número líquido de postos de trabalho perdidos (39 376) na sequência do encerramento de empresas, devendo ser realçada a perda líquida de postos de trabalho na indústria do Vestuário (11 399) . 7 Demografia de empresas e fluxos de emprego em Portugal 2007 Por região NUT II e tendo em conta o período de cinco anos, entre 2002 e 2006, assinala-se a região autónoma da Madeira cujo nível de natalidade líquida de empresas foi o mais elevado (2,7 %) em contraste com a região de Lisboa que apresentou o nível mais baixo (0,2 %). Por outro lado, em termos de criação líquida de emprego no mesmo período de 2002 a 2006, cabe referir que as regiões Norte e de Lisboa foram as únicas que apresentaram variações negativas de -0,7 % e -0,5 %, respectivamente. O maior ganho líquido de emprego verificou-se no Algarve (1,2 %) seguido da região autónoma da Madeira (1,0 %). natalidade emortalidade de mortalidade empresas por NUTS II Quadro 7- Taxas de natalidade, e dede natalidade líquida de empresas, por NUT II (1) Taxas de natalidade 2002-2006 Taxas de mortalidade 2006 2007 2002-2006 2005 Natalidade líquida 2006 2002-2006 Total 10,9 9,9 10,2 10,0 8,9 11,1 0,9 Norte 11,7 10,2 10,7 10,5 8,9 12,1 1,2 Centro 10,0 8,9 9,0 9,1 8,1 10,1 0,8 Lisboa 10,1 9,9 10,5 10,0 9,3 10,6 0,2 Alentejo 12,1 9,2 9,6 10,6 8,8 11,6 1,5 Algarve 12,2 11,6 12,4 9,9 9,8 11,0 2,3 R.A.Açores 10,6 10,3 9,0 9,7 9,7 8,9 0,9 R.A.Madeira 12,6 11,4 10,2 9,9 8,8 10,0 2,7 Quadro 8 - Taxas de criação e de extinção de postos de trabalho, por NUT II Taxas de criação de emprego Taxas de extinção de emprego (1) Criação líquida de emprego 2002-2006 2006 2007 2002-2006 2005 2006 2002-2006 Total 4,2 3,7 3,9 4,4 3,7 4,4 -0,1 Norte 4,9 4,1 4,4 5,6 6,6 5,1 -0,7 Centro 4,3 3,4 3,4 4,2 3,3 4,5 0,1 Lisboa 3,2 3,0 3,3 3,7 3,4 3,6 -0,5 Alentejo 5,2 4,0 4,7 5,1 4,2 4,8 0,2 Algarve 6,2 5,9 6,1 5,0 4,7 5,3 1,2 R.A.Açores 4,4 3,9 3,5 3,6 4,0 3,1 0,8 R.A.Madeira 5,0 5,1 4,1 4,1 2,9 4,2 1,0 Nota: 1 - As estimativas referentes a 2007 estarão disponíveis aquando do apuramento dos resultados dos Quadros de Pessoal de 2008 No ano 2007, quer as taxas de natalidade quer as de criação de emprego, foram na generalidade das regiões NUTII inferiores às respectivas médias atingidas no período 2002-2006. Contudo, a região de Lisboa, apresentou níveis superiores às médias do referido quinquénio, quer relativamente ao nascimento de empresas (10,5 %) quer no que se refere à criação de emprego (3,3 %). No Algarve, por sua vez, registaram-se, no ano de 2007, proporções mais elevadas de nascimento de empresas (12,4 %) e de criação de postos de trabalho (6,1 %) a nível da NUT II. 8 Informar Melhor Conhecer Melhor www.gep.mtss.gov.pt A análise dos valores abaixo apresentados revela que, no triénio 2004 – 2006, as empresas criadas por empresários em nome individual representaram 33,2 % da totalidade de empresas criadas em Portugal e tiveram um peso relativo de 15,6 % no total de postos de trabalho criados nas mesmas. Relativamente a encerramentos, o peso relativo deste grupo de empresas foi de 41,0% correspondendo a 20,7% do total de postos de trabalho extintos. Quando se comparam os valores percentuais relativos a criações deste grupo de empresas em 2002 (18,9 %) e 2007 (29,3 %), depreende-se que o fenómeno do empreendedorismo tem vindo a crescer em Portugal. Constata-se, por outro lado, que as taxas de sobrevivência das empresas em análise são mais baixas que as médias obtidas para as restantes empresas nascidas em 2002, dado tratar-se predominantemente de micro-empresas (com menos de 10 pessoas ao serviço), menos resistentes às adversidades próprias do funcionamento do mercado e por conseguinte, com menor capacidade de sobrevivência. Quadro 9 – Alguns indicadores do empreendedorismo em Portugal 2002 2004 - 2006 2007 Demografia de empresas pertencentes a empresários em nome individual Percentagem no total de empresas criadas 18,9 33,2 29,3 Percentagem no total de empresas extintas 56,0 41,0 n.d. Postos de trabalho de empresas pertencentes a empresários em nome individual Percentagem no total de postos de trabalho criados 9,0 15,6 14,0 Percentagem no total de postos de trabalho extintos 34,8 20,7 n.d. Taxas de sobrevivência de empresas nascidas em 2002 1 ano 3 anos 5 anos Empresas criadas por empresários em nome individual 69,3 46,3 30,8 Restantes empresas criadas 88,2 72,7 59,8 9 Demografia de empresas e fluxos de emprego em Portugal 2007 Principais conceitos utilizados Criação de empresas no ano t – corresponde a empresas que entram pela primeira vez na base do SILEET no ano t e cujo ano de início de actividade é idêntico ao ano t. Encerramentos de empresas no ano t – correspondem a empresas cuja última presença na base do SILEET até 2006, foi no ano t-1. Stock final de empresas no ano t – obtém-se deduzindo ao total de entradas (criações, melhorias de cobertura e reentradas) o total de saídas (encerramentos e saídas temporárias) registadas no ano t. Posto de trabalho – conjunto de tarefas destinadas à concretização de um objectivo pré-determinado, com aptidões, exigências e responsabilidades específicas e inseridas numa dada unidade organizacional, as quais, em determinado momento, não podem ser exercidas por mais de uma pessoa. Stock inicial de empresas no ano t – é igual ao stock final das empresas no ano t-1. Taxa de criação de postos de trabalho, resultante da criação de empresas no ano t – obtém-se pelo quociente entre o número de postos de trabalho criados nas empresas recém-criadas no ano t e o número total de postos de trabalho existentes no mesmo período. Taxa de extinção de postos de trabalho, resultante do encerramento de empresas no ano t – obtém-se pelo quociente entre o número de postos de trabalho extintos pelo encerramento de empresas e o número total de postos de trabalho existentes no mesmo período. Taxa de mortalidade – obtém-se pelo quociente entre o número de empresas encerradas e o número de unidades no final do período t. Taxa de natalidade – equivale ao quociente entre as empresas criadas e o número de empresas no final do período t. Taxa de natalidade líquida – corresponde à diferença entre a taxa de natalidade e a de mortalidade. Total de entradas de empresas no ano t – corresponde à soma do número de empresas criadas, de reentradas na base e do número de casos de melhoria de cobertura; Total de saídas de empresas no ano t – equivale à soma do número de encerramentos e de saídas temporárias da base no ano t; Variação líquida de postos de trabalho, no ano t – corresponde à diferença entre a taxa de criação e a taxa de extinção de emprego. Informar Melhor Conhecer Melhor Informações complementares estão disponíveis no Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério Trabalho e da Solidariedade Social Rua Castilho, 24 1250 -069 Lisboa 21 310 87 23 - 21 310 87 55 [email protected] Internet: http://www.gep.mtss.gov.pt ISSN: 1647-175X 10 Lisboa, Julho de 2009