EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO 0 – Principais grandezas da luminotecnia 1 - Importância da iluminação na factura energética Metodologia para a obtenção de uma boa eficiência energética da instalação de iluminação: A – Utilização de lâmpadas de elevado rendimento luminoso B – Poupança de energia com lâmpadas fluorescentes C – Classes de eficiência energética das lâmpadas D – Utilização de balastros electrónicos E – Utilização de armaduras de iluminação adequadas F – Verificação do índice de eficiência energética da iluminação G - Escolha de um sistema de gestão da iluminação adequado H – Aproveitamento da luz natural disponível DEEC - Arminio Teixeira 1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO 0 – Principais grandezas da luminotecnia DEEC - Arminio Teixeira 2 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO GL01 Em luminotecnia consideram-se basicamente 4 grandezas: - fluxo luminoso; - intensidade luminosa; - iluminação ou iluminância; - luminância; Em relação a esta última grandeza, as fontes luminosas designam-se por fontes primárias e os corpos iluminados por fontes secundárias. DEEC - Arminio Teixeira 3 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO GL02 Fluxo luminoso (F ou Φ ) – luz emitida ou observada num segundo. Unidade: lm (lumen) Quantidade de luz: Q = F.t Unidade: lm.s ou lm.h ou klm.h OBS. DEEC - Arminio Teixeira 4 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO GL03 Esfera de Ulbricht Utilizada para a medida do fluxo luminoso de uma lâmpada. A fonte luminosa a medir é colocada no seu interior. DEEC - Arminio Teixeira 5 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO GL04 Ângulo sólido: quociente entre a superfície abraçada sobre uma esfera com centro no vértice do ângulo e o quadrado do raio dessa esfera: ω= S r2 O conjunto de ângulos sólidos numa esfera representa: 4πr 2 = 4π 2 r A unidade de ângulo sólido é o esterradiano (sr). DEEC - Arminio Teixeira 6 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO GL05 Intensidade luminosa (I) : fluxo luminoso compreendido na unidade de ângulo sólido no qual é emitido, pressupondo-se que a fonte luminosa é pontual φ I= ω DEEC - Arminio Teixeira Unidade: candela (cd) Sexagésima parte da intensidade luminosa de 1 cm2 do corpo negro. 7 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO GL06 O corpo negro é realizado por um vaso fechado contendo platina fundida e com uma abertura de 1 cm2. A intensidade emitida vale então 60 cd. A fusão da platina consegue-se por meio de correntes de indução de alta frequência. A observação do orifício faz-se durante a solidificação para se evitar o inconveniente da desigual distribuição de temperatura que acompanha a fusão. DEEC - Arminio Teixeira 8 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO GL07 Iluminação ou iluminância: fluxo luminoso recebido por unidade de área iluminada. E= φr S Unidade (no sistema internacional): lux (lx). Um lux é a iluminância produzida por um fluxo de 1 lm, distribuído de modo uniforme sobre uma superfície de 1 m2. Unidade inglesa: footcandle (fc). 1 fc = 1lm / ft 2 = 10.764lux Por exemplo, um campo de futebol cuja iluminância horizontal média seja de 300 lux, sobre uma área de 105 m por 65 m, ou seja 6825 m2, recebe um fluxo luminoso de 300 x 6825 = 2 047 500 lm. DEEC - Arminio Teixeira 9 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO O fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas que iluminam o campo deve ser superior a esse valor, para ter em atenção o fluxo perdido no interior do projector e o fluxo que incide no exterior da área de jogo. A iluminância é uma unidade base da luminotecnia, à qual fazem referência todas as recomendações e tabelas relativas ao nível de iluminação recomendado, que deve ser assegurado nas diversas aplicações. A iluminância natural varia desde 0 até cerca de 100 000 lux, num dia com sol limpo. A iluminação artificial necessária varia de 5 a 30 lux, para a iluminação pública, até a centenas ou milhares de lux para iluminação interior, em função das tarefas visuais que é necessário realizar. DEEC - Arminio Teixeira 10 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO GL08 A medida do nível de iluminância realiza-se por meio de um aparelho especial chamado luxímetro, o qual consiste numa célula fotoeléctrica, sobre a qual se faz incidir o fluxo luminoso, que gera uma fraca corrente eléctrica, a qual aumenta em função do fluxo incidente. Essa corrente mede-se com um miliamperímetro, de forma analógica ou digital, calibrado directamente em lux. DEEC - Arminio Teixeira 11 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO GL09 Luminância: quociente entre a intensidade I emitida por uma fonte luminosa ou por uma superfície reflectora e a sua área aparente. I L= Sa A área aparente é a área projectada num plano perpendicular à direcção de observação. Unidade: cd/m2 DEEC - Arminio Teixeira 12 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Se considerarmos uma armadura de iluminação constituída por uma esfera opalina, com a considerada na figura (ver figura), com um diâmetro de 30 cm, emitindo em todas as direcções uma intensidade luminosa de 100 cd, a sua luminância em qualquer direcção é dada por: I 100 L= = = 1415 cd / m 2 S a π × 0,32 4 Verifica-se que, neste caso, a luminância permanece constante qualquer que seja a direcção considerada. A luminância é uma grandeza fundamental para a visão, dado que é a luminância dos objectos que nos dá a sensação visual. DEEC - Arminio Teixeira 13 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 14 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Do mesmo modo, a luminância Lγ de uma armadura de iluminação, com uma área luminosa horizontal de 4500 cm2, numa dada direcção (ver figura), que faça um ângulo γ com a vertical e que emite nessa direcção uma intensidade de 2000 cd, pode ser calculada da seguinte forma: Iγ Iγ 2000 Lγ = = = = 6285,4 cd / m 2 Sγ S × cos γ 0,45 × cos 45º em que: Iγ = intensidade emitida na direcção considerada; Sγ = área aparente da armadura vista da direcção considerada DEEC - Arminio Teixeira 15 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO GL10 A medida da luminância realiza-se por meio de um aparelho especial chamado luminâncimetro. Baseia-se em dois sistemas ópticos: um de direcção e outro de medição. Em relação à direcção, o aparelho orienta-se de forma a que a imagem coincida com o ponto a medir. Uma vez orientado, a luz que lhe chega é convertida em corrente eléctrica medida de forma analógica ou digital, sendo os valores dados em cd/m2. DEEC - Arminio Teixeira 16 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Indicam-se de seguida alguns valores de luminância de vários tipos de fontes luminosas: Superfície do sol 1 650 x 106 cd /m2 O céu na direcção sul 16 000 cd /m2 O céu na direcção norte 8 000 cd / m2 Uma folha branca bem iluminada artificialm. 100 cd / m2 Uma estrada bem iluminada artificialmente 2 cd / m2 DEEC - Arminio Teixeira 17 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO 1 - Importância da iluminação na factura energética DEEC - Arminio Teixeira 18 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO A partir de um estudo efectuado pela EDF em 1999 verificou-se que o custo de electricidade destinado à iluminação representa entre 10 a 50% do consumo total. Esse estudo indica os seguintes valores: Sector considerado Peso médio na factura global de electricidade Residencial 11% Industria 15% Colectividades locais 50% Comércio 23% Escritórios 30% Saúde 50% Ensino, desporto 39% Este estudo mostra o impacto do consumo em iluminação na factura global de electricidade e a importância do projecto de iluminação e dos sistemas de comando e de gestão, que permitem reduzir este impacto na factura de energia. DEEC - Arminio Teixeira 19 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Edifício de Escritórios 8% 3% 24% 11% 54% Iluminação Ventilação Climatização Informática Outros DEEC - Arminio Teixeira 20 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Supermercado 6% 7% 32% 28% 9% 18% Iluminação Ventilação Climatização Refigeração Cozinhas Outros DEEC - Arminio Teixeira 21 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO A – Utilização de lâmpadas de elevado rendimento luminoso DEEC - Arminio Teixeira 22 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Do ponto de vista luminotécnico podemos considerar as seguintes características das lâmpadas: -rendimento luminoso: indica o quociente entre o fluxo luminoso emitido pela lâmpada e a potência eléctrica absorvida. Exprime-se em lm/W (lumen/Watt); O rendimento luminoso varia entre 8 lm/W no caso de algumas lâmpadas de incandescência e os cerca de 200 lm/W nas lâmpadas de vapor de sódio de baixa pressão. -temperatura de cor: indica a cor aparente da luz emitida. Vem quantificada em [K] (graus Kelvin); ao aumentar a temperatura de cor, a cor da luz emitida passa de uma tonalidade quente a uma tonalidade mais fria (do avermelhado para o azulado); A tabela seguinte indica a classificação da tonalidade de cor da luz emitida por uma lâmpada: DEEC - Arminio Teixeira 23 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO -restituição de cores: indica a capacidade de uma fonte luminosa restituir fielmente as cores de um objecto ou de uma superfície iluminada. É expressa por um índice chamado “índice de restituição de cores” (IRC). Este índice vem expresso por um número compreendido entre 0 e 100. A tabela seguinte indica a classificação do índice de restituição de cores em vários grupos: DEEC - Arminio Teixeira 24 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 25 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO -luminância: exprime a luminância ou brilho da fonte luminosa em função das suas dimensões: L = I/A em que I exprime a intensidade luminosa na direcção dos olhos do observador e A a área visível da fonte luminosa (vista do ponto de observação). Uma fonte luminosa com uma pequena superfície emissora de luz deverá ter uma maior luminância do que uma fonte luminosa que tenha uma maior superfície emissora. DEEC - Arminio Teixeira 26 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Se estiverem presentes fontes luminosas de elevada luminância no campo visual, aumenta o risco de cansaço visual e encandeamento. -duração de vida média: dada pelo fabricante, indica o número de horas após as quais 50% de um lote significativo de lâmpadas acesas deixa de emitir fluxo luminoso. A duração de vida média varia entre as 1 000 horas, nas lâmpadas de incandescência, até às cerca de 60 000 horas, no caso das lâmpadas de indução. Se considerarmos os LED, de luz branca, na classificação dos tipos de lâmpadas, os quais têm sido cada vez mais aperfeiçoados no sentido de substituição das lâmpadas de incandescência, podemos atingir uma duração de vida média entre as 60 000 e as 100 000 horas. DEEC - Arminio Teixeira 27 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 28 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 29 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LÂMPADAS DE INCANDESCÊNCIA De utilização cada vez menos frequente. -rendimento baixo: 10 lm/W; -muito boa restituição de cores; -reduzida duração de vida média: 1000 horas; -temperatura de cor: 2700 ºK; -com ligação directa à rede; -preço baixo; -com ampola de vidro de várias formas, e cores; -principais tipos: -de vidro soprado; -de vidro prensado; -reflectoras; DEEC - Arminio Teixeira 30 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 31 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO No ano de 2007 uma empresa internacional (GE) procurou desenvolver lâmpadas incandescentes mais eficientes, tendo na altura anunciado o desenvolvimento da HEI (high efficiency incandescent), uma lâmpada que poderia atingir um rendimento de 30 lm/W (o dobro das lâmpadas incandescentes actuais). No entanto o seu programa de desenvolvimento foi cancelado para realizar investimentos focados no desenvolvimento de lâmpadas baseadas em leds, ficando assim de lado o desenvolvimento das convencionais. Com a proibição das lâmpadas incandescentes a União Europeia espera reduzir as emissões de dióxido de carbono em 32 milhões de toneladas por ano, ou seja um décimo das emissões anuais de gases com efeito de estufa no mundo. DEEC - Arminio Teixeira 32 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 33 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO VIDRO SOPRADO DEEC - Arminio Teixeira VIDRO PRENSADO (PAR) 34 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LÂMPADAS DE HALOGÉNEO Baseiam-se no ciclo de halogéneo regenerativo. Menor tamanho que as incandescentes para a mesma potência; Gás de enchimento: fluor, bromo, iodo; -rendimento: cerca de 25 lm/W; -muito boa restituição de cores; -duração de vida média: 2000 a 4000 horas; -temperatura de cor: 3000 ºK; -ligação directa à rede ou alimentação por tensão reduzida; -sem duplo invólucro → necessitam de cuidados no manuseamento; -ciclo de funcionamento a alta temperatura (cerca de 2000 ºC) → emissão de valores mais elevados de UV e radiação azul que as lâmpadas normais; -principais tipos: -normais; -de duplo invólucro; -de tensão reduzida; DEEC - Arminio Teixeira -com reflector interno (normais e dicroicas); 35 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 36 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 37 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LÂMPADAS DE LUZ MISTA Combinação de lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão e incandescente. -rendimento: 26 lm/W; -restituição de cores média; -duração de vida média: 2000 horas; -com ligação directa à rede; -com ampola de vidro de várias formas, e cores; -usadas em iluminação de estabelecimentos comerciais (principalmente de montras); DEEC - Arminio Teixeira 38 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 39 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LÂMPADAS DE VAPOR DE MERCÚRIO DE ALTA PRESSÃO Emitem luz de aparência branca-azulada. -rendimento: 36 a 60 lm/W; -índice de restituição de cores: 40 a 57; -duração de vida média: 10 000 a 12 000 horas; -tempo de arranque e de re-arranque: 4 e 6 minutos; -necessitam de aparelhagem auxiliar: balastro e condensador; -usadas em iluminação pública e em iluminação industrial; -têm vindo a ser substituídas por lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão, de maior rendimento luminoso; DEEC - Arminio Teixeira 40 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 41 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 42 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LÂMPADAS DE VAPOR DE SÓDIO DE ALTA PRESSÃO Emitem luz de aparência amarelo-alaranjada. -rendimento: até 120 lm/W; -índice de restituição de cores: 25 a 60; vapor de sódio de luz branca: IRC = 80; -temperatura de cor: 1900 a 2500 ºK; -duração de vida média: 12 000 horas; -tempo de arranque e de re-arranque: 5 minutos e 1 minuto; -necessitam de aparelhagem auxiliar: balastro, ignitor e condensador; -a iluminação com estas lâmpadas causa uma impressão mais agradável do que com as de vapor de mercúrio de alta pressão; -preço mais elevado do que as de mercúrio mas com maior rendimento luminoso; -usadas em iluminação pública e em iluminação industrial; DEEC - Arminio Teixeira 43 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 44 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 45 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 46 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LÂMPADAS DE VAPOR DE MERCÚRIO DE IODETOS Emitem radiação nas três cores primárias: vermelho, verde e azul → bom IRC. -rendimento: até 80 lm/W; -índice de restituição de cores: 85 a 95; -temperatura de cor: 3000 a 7000 ºK; -duração de vida média: 3 000 a 9 000 horas; -tempo de arranque e de re-arranque: 4 minutos e 10 minutos; -necessitam de aparelhagem auxiliar: balastro, ignitor e condensador; -usadas quando a restituição de cores tem uma importância primordial, em interiores e em exteriores; -de emissores atómicos (iodetos de sódio, indio e tálio) → espectro de riscas; -de emissores moleculares (mistura de cloreto e iodeto de estanho) → espectro contínuo; -preço elevado; DEEC - Arminio Teixeira 47 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 48 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 49 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 50 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LÂMPADAS FLUORESCENTES A lâmpada fluorescente é uma lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão. A descarga emite radiação ultravioleta que é transformada em radiação visível na camada fluorescente que reveste o interior do tubo de descarga. -rendimento: até 100 lm/W; -índice de restituição de cores: 85 a 95; -temperatura de cor: 2700 a 5000 ºK; -duração de vida média: 7 500 a 10 000 horas; a duração de vida diminui com a maior frequência de acendimentos; -com balastro electrónico a duração de vida média aumenta em 50%; -tempo de arranque e de re-arranque: balastro magnético → instantâneo com cintilação; balastro electrónico → instantâneo; -necessitam de aparelhagem auxiliar: balastro magnético → balastro e condensador; balastro electrónico → não necessita de condensador (cos ϕ = 0,95); -são as lâmpadas mais utilizadas em iluminação interior, com uma larga gama de temperatura de cor; DEEC - Arminio Teixeira 51 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 52 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 53 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 54 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 55 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Primeiras lâmpadas fluorescentes → tubo de descarga com 38 mm de diâmetro (tipo T12); Utilizavam um pó fluorescente comum. Lâmpadas fluorescentes actuais → tubo de descarga com 26 mm de diâmetro (tipo T8); São tri-fosfóricas e têm apenas 3 mg de mercúrio. Lâmpadas fluorescentes de última geração → tubo de descarga com 16 mm de diâmetro (tipo T5); Um novo pó tri-fosforo garante um melhor rendimento e uma melhor restituição de cores. Proporcionam o seu fluxo nominal a uma temperatura ambiente de 35ºC enquanto as T8 o fazem a 25ºC. Funcionam apenas balastros electrónicos. DEEC - Arminio Teixeira 56 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO As lâmpadas fluorescentes são a forma clássica para uma iluminação económica. O seu alto rendimento e longa duração de vida garantem a sua aplicação nas mais diversas áreas residenciais, comerciais e industriais. As primeiras lâmpadas fluorescentes desenvolvidas apresentavam um diâmetro do tubo de 38 mm (designadas por T10 / T12) e utilizavam no seu revestimento interno um pó fluorescente comum. A grande evolução das lâmpadas fluorescentes ao longo dos anos tem a haver com a redução do seu diâmetro e a melhoria da qualidade da luz. Apareceram posteriormente as lâmpadas TL-D, com um diâmetro do tubo de 26 mm (T26), trifosfóricas, e que são actualmente usadas em quase todos os campos de aplicação, com um fluxo luminoso quase constante ao longo da vida útil e com uma mortalidade muito reduzida. Além disso estas lâmpadas têm apenas 3 mg de mercúrio, ou seja um valor muito inferior às lâmpadas fluorescentes iniciais. DEEC - Arminio Teixeira 57 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Actualmente existem também lâmpadas fluorescentes do tipo T5, com uma considerável redução do diâmetro do tubo, que passa a ser de 16 mm em vez dos 26 mm. Os benefícios associados a estas características são uma redução extraordinária do tamanho das armaduras, um melhor controlo do feixe luminoso e um aumento do rendimento luminoso. Um novo pó trifósforo garante um melhor rendimento e uma melhor restituição de cores. Além disso as lâmpadas T5 proporcionam o seu fluxo nominal a uma temperatura ambiente de 35ºC enquanto que as T8 o fazem a 25ºC. As lâmpadas T5 utilizam sempre balastros electrónicos, beneficiando das vantagens próprias deste sistema. Estas lâmpadas têm o recorde de rendimento nas lâmpadas fluorescentes, ultrapassando a mítica barreira dos 100 lm/W. DEEC - Arminio Teixeira 58 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Existem lâmpadas T5 de alto rendimento (tipo HE – high eficiency) e de elevado fluxo (tipo HO – high output). A figura seguinte mostra uma lâmpada fluorescente T8 e uma lâmpada fluorescente T5. DEEC - Arminio Teixeira 59 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO As lâmpadas fluorescentes T5 representam 20% de economia em relação ao sistema T8 e 40% em relação às lâmpadas T10/T12. Além disso, apresentam apenas 8% de depreciação do fluxo luminoso no final de sua vida útil. São, portanto, as lâmpadas ideais para aplicações com pé-direito elevado ou com iluminação indirecta. Com a sua leveza e elegância estas lâmpadas permitem a criação de sistemas de iluminação eficientes e altamente decorativos. Um gráfico da página seguinte mostra claramente que a lâmpada T5 dá o seu fluxo máximo a uma temperatura de 35ºC enquanto que a lâmpada T8 o atinge a 25ºC. Outro gráfico da página seguinte mostra a variação da duração de vida das lâmpadas T5 e das lâmpadas T8, em função do número de horas de funcionamento por acendimento. DEEC - Arminio Teixeira 60 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 61 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ECO-TUBOS Um eco-tubo permite modernizar uma armadura com lâmpada fluorescente T8, rapidamente, mediante a substituição da lâmpada T8 por um eco-tubo constituído por uma base com um balastro electrónico do tipo A2 e com uma lâmpada fluorescente do tipo T5. O eco-tubo encaixa nos suporte de uma lâmpada T8, bastando retirar o arrancador para desactivar o balastro convencional. Na página seguinte indicam-se numa tabela as principais características dos eco-tubos. DEEC - Arminio Teixeira 62 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 63 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS A lâmpada fluorescente compacta é considerada uma lâmpada de baixo consumo e de baixa emissão térmica. O seu principio de funcionamento é idêntico ao das fluorescentes normais, mas tem um ou mais tubos de descarga em forma de U, para tornar a lâmpada mais compacta. -rendimento: de 40 a 60 lm/W; o seu rendimento luminoso é relativamente limitado devido ao tamanho do tubo de descarga; -índice de restituição de cores: 85 a 95; -temperatura de cor: 2700 a 5400 ºK; -duração de vida média: 7 500 a 10 000 horas; a duração de vida diminui com a maior frequência de acendimentos; -existem com casquilho E27 ou E14 para substituição directa das lâmpadas de incandescência e com reflector interno para substituição das lâmpadas de halogéneo com reflector interno; DEEC - Arminio Teixeira 64 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Existem lâmpadas fluorescentes compactas com arrancador incorporado e com casquilho Edison para ligação directa à rede e substituição das lâmpadas incandescentes. Outro tipo necessita de balastro externo, convencional ou electrónico. Um outro tipo tem um casquilho de 4 contactos, para utilização com balastro electrónico, permitindo uma regulação contínua do fluxo luminoso, também utilizável em armaduras de iluminação de emergência. DEEC - Arminio Teixeira 65 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 66 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 67 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LÂMPADAS DE VAPOR DE SÓDIO DE BAIXA PRESSÃO São as lâmpadas de maior rendimento luminoso, atingindo os 200 lm/W. -índice de restituição de cores: praticamente nula; -temperatura de cor: 1700 ºK; -duração de vida média: 12 000 horas; -tempo de arranque e de re-arranque: 10 minutos e instantâneo; -necessitam de aparelhagem auxiliar: balastro, ignitor (alguns tipos) e condensador; -a luz emitida é monocromática amarela; -devido ao seu carácter monocromático garantem uma elevada acuidade visual; -usadas principalmente em iluminação pública e em iluminação de vigilância; DEEC - Arminio Teixeira 68 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 69 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LÂMPADAS DE INDUÇÃO São lâmpadas que não têm eléctrodos mas sim um núcleo de ferrite, que cria um campo magnético induzindo uma corrente eléctrica no gás, provocando a sua ionização e a emissão de radiação luminosa visível. Funcionam a alta frequência, o que permite obter uma luz confortável e sem oscilações. -rendimento luminoso: de 60 a 80 lm/W; -índice de restituição de cores = 80; -temperatura de cor: 2700 ºK a 4000 ºK; -duração de vida média: 60 000 horas; -tempo de arranque e de re-arranque: rápido e sem cintilação; -necessitam de aparelhagem auxiliar: gerador de alta frequência externo; -usadas principalmente em iluminação de túneis, iluminação de naves industriais muito altas com manutenção difícil (difícil acesso às armaduras de iluminação); DEEC - Arminio Teixeira 70 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Philips QL 55, 85 and 165 Watt; 100 000 h IRC = 80; várias temperaturas de cor DEEC - Arminio Teixeira 71 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 72 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LEDS (LIGHT-EMITTING DIODES) Um LED é um diodo semiconductor, que emite luz por electro-luminescência. É normalmente uma fonte de luz com uma pequena área, à qual se adiciona normalmente uma lente para incrementar a luz emitida. A cor da luz emitida depende da composição do material semicondutor utilizado, e pode ser infravermelha, visivel ou ultravioleta. Uma combinação de LEDS vermelhos, verdes e azuis pode produzir a impressão de luz branca, embora actualmente os LEDS brancos raramente utilizem este principio. Se o material emissor de um LED for um composto orgânico, é conhecido como um OLED (Organic Light Emitting Diode). O melhor rendimento luminoso obtido com um OLED, até agora, é de cerca de 10% do máximo teórico de 683 para a luz branca, ou seja cerca de 68 lm/W. DEEC - Arminio Teixeira 73 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Em relação às fontes de luz mais usuais os LEDS têm muitas vantagens: -os LEDs têm maior rendimento do que as lâmpadas de incandescência; -podem emitir luz de uma determinada cor, sem o uso de filtros; -um LED pode ser desenhado de modo a focar a luz emitida, sem o uso de reflectores externos; -quando são usados com regulação de fluxo não modificam a tonalidade da cor da luz emitida, com a variação da corrente que os atravessa; -são bastante robustos em comparação com os restantes tipos de lâmpadas; -têm uma duração de vida útil bastante elevada: 35 000 a 50 000 horas, embora a duração de vida total seja superior; -os LEDS atingem o seu fluxo nominal muito rapidamente (menos de 100 ns); -os LEDS podem ter dimensões muito reduzidas; -os LEDS não contêm mercúrio ao contrário de todos os tipos de lâmpadas de vapor de mercúrio; DEEC - Arminio Teixeira 74 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO LEDS – LIGHT EMITTING DIODES DEEC - Arminio Teixeira 75 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO AMPOLAS COM LED LÍQUIDO O chamado led liquido, muito recente (ano de 2009), possui numerosas vantagens em comparação com as lâmpadas tradicionais mas também em relação aos outros tipos de leds. Estes leds são imersos num liquido dissipador de calor, solução esta que tem a vantagem de aumentar o seu rendimento luminoso resolvendo simultaneamente o delicado problema da dissipação térmica. A temperatura da ampola anda à volta dos 20ºC em utilização intensiva, contrariamente às temperaturas bem mais elevadas dos leds mais potentes tradicionais (pondo em perigo o utilizador, principalmente as crianças). Actualmente existem com a potência de 4W apenas, com um fluxo luminoso de 200 lm, prevendo-se no próximo ano aparecerem com potências de 8W, 12 W e 16 W. DEEC - Arminio Teixeira 76 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 77 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO É utilizada uma alimentação em CA, à frequência de 50Hz ou de 60 Hz, o que além de aumentar a duração de vida do led permite a sua utilização com alimentação à tensão nominal da rede. Estes leds têm uma duração de vida de 30 000 horas (10 anos para uma base de 8 horas por dia). Graças ao processo de dissipação térmica através de um líquido o aumento importante de calor ao nível das junções é absorvido e eliminado. Este processo de gestão do calor por líquido, com alhetas de dissipação térmica é inovador. Permite resolver os problemas da dissipação e das perdas de luminosidade que se encontram com uma utilização prolongada dos leds. Permite resolver os problemas da dissipação e das perdas de luminosidade que se encontram com uma utilização prolongada dos leds. DEEC - Arminio Teixeira 78 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO O quadro seguinte permite efectuar uma comparação com outros tipos de lâmpadas tradicionais. O quadro seguinte indica as vantagens dos leds líquidos em relação aos leds convencionais. DEEC - Arminio Teixeira 79 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO A gama actualmente é constituída por 3 modelos: - tipo globo, tipo tubular et tipo cogumelo; - com os casquilhos standard E14, E27, B22; - Potencia consumida: 4W; - Temperatura de cor: 6000°K (branco frio). DEEC - Arminio Teixeira 80 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO FIBRAS ÓPTICAS DEEC - Arminio Teixeira 81 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 82 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Lâmpada SLS (Sulphur lighting system) DEEC - Arminio Teixeira 83 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 84 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 85 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 86 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 87 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO As lâmpadas incandescentes começaram no início do mês de Setembro a ser retirados do mercado. Ne Europa estas lâmpadas estão a ser substituídas por outras que oferecem maior eficiência energética com o objectivo de poupar energia e o ambiente. Uma directiva comunitária em vigor proíbe a venda de lâmpadas de 100 W em todos os países da União Europeia. Quem importar o produto a partir de agora incorre numa multa que pode ultrapassar os 5000 euros. Esta interdição será progressivamente alargada a lâmpadas de potência inferior até à abolição total prevista para 2012. Os stocks existentes podem ser esgotados mas os fabricantes ficam proibidos de encomendar mais material. No quadro seguinte indicam-se os patamares previstos para o fim da utilização das lâmpadas incandescentes. DEEC - Arminio Teixeira 88 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 89 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Uma das vantagens dos leds consiste em não conterem mercúrio, o qual não se degrada no meio ambiente e é extremamente prejudicial para a saúde humana. No gráfico seguinte mostra-se o esforço que tem sido feito ao longo dos anos no sentido de reduzir o mais possível o conteúdo de mercúrio das lâmpadas fluorescentes. Em quase 30 anos o conteúdo de mercúrio foi reduzido cerca de 90%, pensando os fabricantes conseguir reduzi-lo em mais 40% até 2012. DEEC - Arminio Teixeira 90 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO MANUSEAMENTO DE LÂMPADAS NOVAS E GASTAS DEEC - Arminio Teixeira 91 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 92 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 93 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 94 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 95 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 96 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 97 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO C – Classes de eficiência energética das lâmpadas DEEC - Arminio Teixeira 98 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Em virtude da directiva 98/11/CE1 as lâmpadas destinadas a um uso doméstico devem ser munidas de uma etiqueta ‘energia’ (energy label). Esta estqueta classifica as lâmpadas de uso doméstico em sete categorias de eficácia energética. Esta classificação vai de A para “muito eficaz” a G para “pouco eficaz”. As lâmpadas fluorescentes e as lâmpadas fluorescentes compactas pertencem normalmente às categorias A e B. As lâmpadas de halogéneo pertencem normalmente à categoria D. As lâmpadas de incandescência pertencem normalmente às categorias E e F. O cálculo relativo à categoria de eficiência energética faz-se de acordo com a Directiva acima mencionada, a partir dos valores do fluxo luminoso e da potência medidas. DEEC - Arminio Teixeira 99 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO O consumo de uma lâmpada depende da sua potência e do seu tipo. Nestas etiquetas indica-se: - a categoria de eficiência energética (de A a G); - o fluxo luminoso da lâmpada em lumen (emissão luminosa); - a potência eléctrica absorvida pela lâmpada em W ; - a duração de vida média em horas; Nesta Directiva são apenas incluidas as lâmpadas que produzem luz visível (de 400 a 800 nm). São excluidas as lâmpadas que produzam um fluxo luminoso superior a 6500 lumen, as lâmpadas cuja potência absorvida é inferior a 4 W e as lâmpadas reflectoras. DEEC - Arminio Teixeira 100 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO A etiqueta utilizada deve ser idêntica à indicada nas figuras seguintes: DEEC - Arminio Teixeira 101 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO A classe de eficiência energética de uma lâmpada deve ser determinada da forma indicada a seguir. As lâmpadas são classificadas na classe A se: - se forem do tipo fluorescente sem balastro integrado: W ≤ 0,15 φ + 0,0097 × φ - para outras lâmpadas: W ≤ 0,24 φ + 0,0103 × φ em que: φ é o fluxo luminoso da lâmpada; W é a potência absorvida pela lâmpada em W; DEEC - Arminio Teixeira 102 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Se uma lâmpada não for classificada na classe A, deve ser calculada uma potência de referência WR da forma seguinte: WR ≤ 0,88 φ + 0,049 × φ WR = 0,2 × φ para φ > 34 lumen para φ ≤ 34 lumen em que φ é o fluxo luminoso da lâmpada. Calcula-se então o índice de eficiência energética EI pela expressão: EI = W WR em que W é o potência absorvida pela lâmpada em W. A categoria ou classe de eficiência energética é então determinada de acordo com a tabela seguinte: DEEC - Arminio Teixeira 103 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 104 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO B – Poupança de energia com lâmpadas fluorescentes DEEC - Arminio Teixeira 105 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO As lâmpadas fluorescentes devem ser desligadas quando se está fora do local de trabalho por mais de 15-20 minutos. Há muitos factores que levam a que muitas pessoas mantenham a iluminação ligada para poupar energia. O primeiro factor é a crença de que se consome mais energia para efectuar o arranque da iluminação fluorescente do que para a manter ligada. O segundo factor consiste na crença de que ao ligar uma lâmpada fluorescente se provoca um grande desgaste dos eléctrodos. Como todos os mitos sobre energia, há um pouco de verdade nestas crenças. DEEC - Arminio Teixeira 106 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO De facto, quando se liga uma lâmpada fluorescente, há um breve impulso de corrente quando o balastro provoca uma sobretensão para permitir o arranque da lâmpada. Esta corrente pode ser várias vezes superior à corrente normal de funcionamento da lâmpada. No entanto, o pico de corrente não dura normalmente mais do que 1/10 de segundo, e consome o equivalente a 5 segundos de funcionamento normal. Portanto, se comutarmos (ligar/desligar) as lâmpadas fluorescentes com intervalos inferiores a 5 segundos, será gasta mais energia do que no seu funcionamento normal. As lâmpadas fluorescente, tal como todas os restantes tipos de lâmpadas, têm uma duração de vida média determinada. As lâmpadas fluorescentes têm uma duração de vida média baseada na quantidade de horas em que são deixadas ligadas por cada acendimento. Este período de tempo é , para as lâmpadas fluorescentes, de cerca de 3 horas. DEEC - Arminio Teixeira 107 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO De cada vez que uma lâmpada fluorescente é ligada, é desgastada uma pequena quantidade do revestimento dos eléctrodos. Eventualmente, quando é gasta uma determinada quantidade do revestimento as lâmpadas falham no arranque. A maior parte das lâmpadas fluorescentes, de potências normais, têm uma duração de vida de 20 000 horas, quando são deixadas ligadas por cerca de 3 horas de cada vez que são acesas. Isto significa que a lâmpada tem cerca de 6 667 arranques disponíveis (20 000/3 = 6 667). Maiores períodos de acendimento prolongam a duração de vida. Se deixarmos as lâmpadas fluorescentes acesas por períodos inferiores a 3 horas, estamos a utilizar o número de potenciais arranques mais rapidamente. Se este período for inferior estamos a utiliza-los mais lentamente. DEEC - Arminio Teixeira 108 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO No entanto, estamos a pagar o custo da energia pelo tempo de funcionamento. As lâmpadas mais eficientes são as que podem ser desligadas quando não são necessárias. Na tabela seguinte mostra-se o efeito da duração de cada acendimento na duração de vida das lâmpadas. 3 horas 6 horas 12 horas 24 horas 20 000 24 000 28 000 34 000 Mas acendimentos longos gastam mais energia Manter uma lâmpada ligada quando não é necessária resulta em despender dinheiro sem qualquer finalidade. Actualmente o aumento crescente das tarifas de energia eléctrica implicam um cuidado crescente no consumo energético dos edifícios. DEEC - Arminio Teixeira 109 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Se considerarmos o custo de energia durante uma ano para uma armadura com 3 lâmpadas fluorescente com balastro electrónico, para vários períodos de acendimento teremos: Período de acendimento por dia Horas anuais Custo anual 3 horas 1095 5.15€ 6 horas 2190 10.29€ 12 horas 4380 20.59€ 24 horas 8760 41.17€ Existe um ponto para o qual o custo da energia que se poupa ao desligar a iluminação fluorescente excede o custo de reduzir a duração de vida das lâmpadas através de arranques mais frequentes. Se considerarmos um custo da energia de 0.05€ por kWh, chegamos a um valor de 15 a 20 minutos para esse ponto. Quanto maior for o custo da energia mais reduzido será esse período. Se o custo da energia baixar esse período será mais longo. DEEC - Arminio Teixeira 110 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO D – Utilização de balastros electrónicos DEEC - Arminio Teixeira 111 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF01 As funções dos balastros de lâmpadas fluorescentes são as seguintes: - pré-aquecer os eléctrodos para provocar a emissão de electrões; - produzir a tensão de arranque para iniciar a descarga; - limitar a corrente de funcionamento a um valor correcto; Há vários tipos de balastros magnéticos disponíveis: os mais usuais são apropriados para o funcionamento com arrancadores; menos vulgares são os destinados ao funcionamento com lâmpadas de arranque rápido, com eléctrodos pré-aquecidos e com circuito semi-ressonante. Em relação às perdas os balastros magnéticos podem ser classificados em 3 Classes: B (baixas perdas), C (standard), e D (altas perdas). DEEC - Arminio Teixeira 112 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF02 A tabela seguinte indica a potência máxima absorvida pelo conjunto lâmpada +balastro para cada uma das classes de balastros: Tipo de lâmpada Potência da lâmpada B1 B2 C D 18 W <= 24 W <=26 W <=28 W >28 W Fluorescente lineares 36 W <= 41 W <=43 W <=45 W >45 W (casquilho G13) 58 W <=64 W <=67 W <=70 W >70 W 13 W <=17 W <=19 W <=21 W >21 W Fluorescentes compactas 18 W <=24 W <=26 W <=28 W >28 W (casquilho 2G11) 26 W <=32 W <=34 W <=36 W >36 W 18 W <=24 W <=26 W <=28 W >28 W Fluorescentes compactas 24 W <=32 W <=30 W <=34 W >34 W (casquilho G24) 36 W <=41 W <=43 W <=45 W >45 W DEEC - Arminio Teixeira 113 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF03 Como consequência directa do protocolo de Kyoto, uma directiva da União Europeia veio estabelecer as disposições aplicáveis à eficiência energética dos balastros das fontes de iluminação fluorescentes. Os balastros da classe D, de maior consumo energético, deixaram de poder ser utilizados a partir de 20 de Maio de 2002 (Dec. Lei 327/2001). A partir de Novembro de 2005 passará a ser proibida a venda dos balastros da classe C (magnéticos standard). A partir de Dezembro de 2005 está prevista a possibilidade dos balastros das classes B1 (muito baixas perdas) e B2 (perdas reduzidas) serem igualmente proibidos. DEEC - Arminio Teixeira 114 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF04 Os balastros electrónicos estão disponíveis desde o início da década de 80. Melhorias nas performances destes balastros e o custo cada vez maior da energia resultaram num aumento da utilização dos mesmos a partir do início da década de 90. Os balastros electrónicos melhoram o rendimento das lâmpadas convertendo a frequência standard de 50 Hz em alta frequência , geralmente em 25 kHz a 40 kHz. O funcionamento das lâmpadas a estes elevadas frequências produz a mesma quantidade de luz, com um consumo de 12 a 25 % mais baixo. A utilização de balastros electrónicos tem portanto uma série de vantagens: DEEC - Arminio Teixeira 115 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF05 - aumento do rendimento luminoso: as lâmpadas podem produzir cerca de mais 10% de luz para a mesma potência absorvida; alternativamente a potência absorvida pode ser reduzida, para a mesma saída de luz; DEEC - Arminio Teixeira 116 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF06 - eliminação do flicker: numa lâmpada funcionando a 50 Hz a luz extingue-se duas vezes por ciclo na passagem da corrente por zero. Isto produz o flicker, o qual provoca cansaço visual. Produz também o efeito estroboscópico, com efeitos potencialmente perigosos no caso de existirem máquinas rotativas. Com o funcionamento da lâmpada a alta frequência a emissão de luz é contínua, eliminando-se portanto o flicker. - eliminação do ruído audível: como os balastros electrónicos funcionam acima da gama audível de frequências, o problema do ruído é eliminado. O familiar ruído dos balastros convencionais é provocado pelas vibrações mecânicas das chapas laminadas do seu núcleo, e possivelmente também pela bobine, vibrações estas que se propagam à armadura e à superfície na qual está fixada, ampliando ainda mais o ruído. DEEC - Arminio Teixeira 117 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF07 -menor potência absorvida: um balastro electrónico consome menos potência e portanto dissipa menos calor do que um balastro magnético convencional. Esta redução de potência é possível porque: a alta frequência, a lâmpada pode funcionar a uma potência mais baixa, com a mesma emissão de fluxo; as perdas num balastro electrónico são muito menores do que as perdas num balastro magnético. Podem conseguir-se reduções de custo da energia de 20 a 25%. -aumento da duração de vida da lâmpada: um balastro electrónico efectua um pré-aquecimento dos eléctrodos antes de aplicar um impulso controlado de tensão, diminuindo o desgaste do material emissor de electrões dos eléctrodos. Isto aumenta a duração de vida da lâmpada. DEEC - Arminio Teixeira 118 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO IFL08 -controlo versátil do fluxo luminoso: existem balastros electrónicos que permitem a regulação do fluxo luminoso. Isto permite uma poupança considerável de energia nas situações em que a iluminação está ligada a um sistema de controlo automático, detectando níveis de iluminação e ajustando o fluxo da lâmpada, de forma a manter um nível constante. A iluminação pode também ser programada para uma diminuição do fluxo luminoso quando determinadas áreas não estão a ser usadas. Os balastros electrónicos podem incorporar feddback para detectar as condições de funcionamento das lâmpadas, de forma a que as lâmpadas sejam desligadas no caso de anomalias de funcionamento. O seu funcionamento pode ser em AC , quer em DC, no caso da iluminação de emergência. DEEC - Arminio Teixeira 119 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO IFL09 -diminuição de peso e de tamanho: devido à elevada frequência de funcionamento, os componentes magnéticos num balastro electrónico são compactos e leves (núcleos de ferrite), em vez dos enrolamentos e núcleo de aço laminado dos balastros magnéticos. Um balastro electrónico tem o seguinte diagrama de blocos indicado na figura seguinte, na qual cada bloco tem as seguintes funções: A – bloco de filtragem: filtra interferências de rádio-frequência; B – rectificador: converte AC para DC; C – pré-conversor: reduz os harmónicos e estabiliza a tensão para o oscilador de alta frequência; DEEC - Arminio Teixeira 120 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO D – oscilador de alta frequência: converte DC para AC (alta frequência) e alimenta a lâmpada com tensão AC; E – carga: a lâmpada; DEEC - Arminio Teixeira 121 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO F – circuito de controlo: - controla o processo de arranque; - comuta o balastro para standby se necessário; - controla o oscilador de HF; G – interface de controlo: isola o circuito de controlo de tensão reduzida da tensão normal do balastro; DEEC - Arminio Teixeira 122 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF10 Os balastros electrónicos podem ser classificados nas seguintes classes: A1: balastros electrónicos com regulação; A2: balastros electrónicos com baixas perdas; A3: balastros electrónicos standard; Os balastros electrónicos que permitem a regulação do fluxo luminoso da lâmpada possuem uma entrada específica para o sinal de regulação, a qual pode ser de dois tipos: - regulação analógica 1-10 V; - regulação digital; DEEC - Arminio Teixeira 123 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF11 Sistema de regulação analógico 1-10 V Neste sistema é aplicada uma tensão DC variável entre 1 V e 10 V, sendo o fluxo luminoso da lâmpada proporcional à tensão de regulação. Existem controladores específicos para este tipo de regulação, sendo os mais comuns os do tipo potenciómetro. O dispositivo a regular cria uma tensão contínua nos terminais de controlo, sendo ligado a esses terminais um potenciómetro. A variação de resistência do potenciómetro serve para ajustar o fluxo luminoso emitido pela lâmpada: 10 volt (máximo brilho; linha de controlo aberta); 1 volt (brilho mínimo; linha de controlo curto-circuitada). DEEC - Arminio Teixeira 124 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 125 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF13 Sistema de regulação digital A regulação é efectuada por um sinal digital produzido pelo sistema de controlo. A tecnologia digital abre novas opções desde a transmissão isenta de erros até ao endereçamento individual de componentes. Para a transmissão isenta de erros usa-se o código Manchester: como o bus de dados tem 2 condutores (2 linhas de transmissão), para cada bit enviado numa linha é também enviado o seu inverso na outra linha, sendo estes bits comparados no destino. Como o sistema está constantemente a comparar os sinais das duas linhas (bus) quando detecta inconsistência a informação é ignorada e é enviado novo bit. Desta forma o sistema digital garante uma maior fiabilidade. DEEC - Arminio Teixeira 126 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF14 Protecção contra perturbações no sinal de transmissão durante a operação de regulação Há actualmente 2 standards no mercado que diferem ligeiramente no que diz respeito ao protocolo de transmissão digital: - DSI: digital serial interface; - DALI: digital adressable lighting interface; DEEC - Arminio Teixeira 127 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 128 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF15 Simples botões de pressão podem ser usados para comandar, regular e mesmo programar instalações. Com o conceito de sistema aberto e flexível não há limites: - controlo por infravermelhos; - controlo por sensores de luz constante; - controlo por detectores de presença; - utilização com sistemas de gestão integrada (DALI, EIB, LONWORKS); Quando se der a utilização conjunta de balastros electrónicos, sensores de luz e detectores de presença podem ser atingidas reduções de 70% no consumo de energia. DEEC - Arminio Teixeira 129 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Na figura seguinte indicam-se as poupanças de energia que se podem obter com a utilização de balastros electrónicos simples ou associados a outros dispositivos de poupança de energia. DEEC - Arminio Teixeira 130 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO AII16 DEEC - Arminio Teixeira 131 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF17 DEEC - Arminio Teixeira 132 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF18 Interface bastante compacta incorporando um sensor do tipo luz constante, um detector de presença e um receptor de infravermelhos: DEEC - Arminio Teixeira 133 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF19 Podemos enumerar as seguintes vantagens do sistema DALI: - cablagem simples das linhas de comando (sem polaridade); - controlo individual de cada dispositivo ou circuito (endereçamento); - possibilidade de controlo simultâneo de todos os dispositivos; - protecção de interferências, por se tratar de um sinal digital; - controlo do estado dos equipamentos (falha de lâmpada, etc.); - procura automática de todos os dispositivos; - regulação por curva logarítmica; - sistema inteligente ( cada dispositivo guarda endereço individual, circuito, etc.) - custo mais baixo e mais funcionalidade quando comparado com sistemas analógicos 1-10 Volt; DEEC - Arminio Teixeira 134 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO ILF20 Os balastros electrónicos oferecem um conjunto de vantagens em relação aos balastros convencionais, de entre os quais se podem citar os seguintes: - poupança de energia entre 20% e 30%; - ausencia de cintilação durante o funcionamento, devido à alta frequência; - desliga automaticamente as lâmpadas em caso de anomalia; - religação automatica das lâmpadas após correcção da anomalia; - baixo campo magnético; - alto factor de potência (>0,95); - baixa temperatura de funcionamento; - fluxo constante independente da tensão de alimentação; - vida útil da lâmpada aumenta cerca de 50%; - funcionamento em CC; DEEC - Arminio Teixeira 135 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO E – Utilização de armaduras de iluminação adequadas DEEC - Arminio Teixeira 136 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO TIPOS BÁSICOS DE ARMADURAS As armaduras podem ser divididas em três grupos conforme o tipo de lâmpada utilizada: - armaduras para lâmpadas fluorescentes; - armaduras para lâmpadas de descarga de alta pressão; - armaduras para lâmpadas de halogéneo; - armaduras para lâmpadas fluorescentes compactas; No que diz respeito à tipo de aplicação, podemos considerar: -as armaduras funcionais; -as armaduras decorativas; As armaduras funcionais são armaduras convenientemente estudadas sob o ponto de vista luminotécnico, de forma a obter a distribuição luminosa adequada ao Teixeira fim em vista, com o melhor rendimento possível. DEEC - Arminio 137 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Os fabricantes deste tipo de armaduras fornecem, em regra, os respectivos dados fotométricos de forma a possibilitar o cálculo luminotécnico de uma instalação. As armaduras decorativas são armaduras com um estudo mais cuidadoso do ponto de vista estético, mas sem grandes preocupações de optimização no que diz respeito à distribuição fotométrica e ao rendimento luminoso. Normalmente não estão disponíveis os respectivos dados fotométricos. No que diz respeito ao tipo de montagem podemos classificar as armaduras nos seguintes tipos: -para montagem saliente; -para montagem encastrada; -para montagem em calha electrificada; DEEC - Arminio Teixeira 138 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO No que diz respeito à luminância podemos classificar as armaduras nos seguintes tipos: Baixa luminância As curvas limite de luminância da armadura estão à esquerda da curva limite da classe de qualidade B, correspondente a 1000 lux. Para os ângulos compreendidos entre os 75º e os 85º, as luminâncias são inferiores a 300 cd/m2. Os ângulos de cut-off , nos 2 planos considerados, são inferiores a 65º. Muito baixa luminância, categoria 2 As curvas limite de luminância da armadura estão à esquerda da curva limite da classe de qualidade A, correspondente a 1000 lux. Para os ângulos compreendidos entre os 75º e os 85º, as luminâncias são inferiores a 200 cd/m2. DEEC - Arminio Teixeira 139 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Os ângulos de cut-off , nos 2 planos considerados, são inferiores a 60º. Muito baixa luminância, categoria 1 As curvas limite de luminância da armadura estão à esquerda da curva limite da classe de qualidade A, correspondente a 2000 lux. Para os ângulos compreendidos entre os 55º e os 85º, as luminâncias são inferiores a 200 cd/m2. Os ângulos de cut-off , nos 2 planos considerados, são inferiores a 55º. ARMADURAS PARA LÂMPADAS FLUORESCENTES Tipos básicos de armaduras As armaduras com uma ou mais lâmpadas fluorescentes são as mais utilizadas em aplicações comerciais, isto é, em escritórios, armazéns, estabelecimentos comerciais, etc. DEEC - Arminio Teixeira 140 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO BZ02 Constituem também o tipo preferido em muitas aplicações industriais, quando a altura de montagem for inferior a cerca de seis metros. A gama de armaduras deste tipo é extensa. Na sua forma mais simples uma armadura com lâmpada fluorescente consiste numa régua de montagem, onde está alojado o balastro, com a lâmpada à vista. No extremo da gama estão as armaduras com várias lâmpadas, ventiladas, com reflectores (espelhos ou outros) e com grelha ou difusor prismático. O que distingue os diferentes tipos de armaduras é o tipo de controle de luz utilizado, o número de lâmpadas e o método de montagem (montagem no tecto ou montagem encastrada). O controle de luz consiste em dirigir a luz nas direcções necessárias, reduzindo a intensidade luminosa em direcções nas quais possa produzir encandeamento. DEEC - Arminio Teixeira 141 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO 4Z03 A única armadura utilizada sem qualquer tipo de controle de luz é a régua de montagem com lâmpadas fluorescentes. Régua montagem No entanto, a maioria das armaduras incorporam reflectores (pintados ou espelhados), grelha, lâminas, chapas prismáticas ou difusores opalinos. Reflector industrial Difusor opalino DEEC - Arminio Teixeira Difusor prismático 142 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Nas armaduras do tipo reflector industrial, o encobrimento transversal das fontes é dado, neste caso, pelos paineis laterais da armadura ou por reflectores, os quais são muitas vezes utilizados com este tipo de armadura. A luminância de uma armadura com difusor opalino é praticamente uniforme em todas as direcções. Tais armaduras não produzem portanto o controlo direccional da luz necessário para eficientes instalações de elevado nível de iluminância. Estas armaduras de iluminação não devem ser utilizadas para níveis de iluminância superiores a 250 lux. Um difusor prismático dá à luz um carácter direccional, reduzindo ao mesmo tempo a luminância da armadura em direcções nas quais poderia haver encandeamento. DEEC - Arminio Teixeira 143 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Em alguns casos o próprio reflector é desenhado para providenciar um certo ângulo de cut-off, mas nos casos em que há necessidade de um efectivo encobrimento das fontes são necessárias grelhas. A grelha, ocultando as lâmpadas do olhar, serve também para reduzir a luminância da armadura em direcções nas quais poderia haver encandeamento. A utilização de lâminas dá apenas um encobrimento longitudinal. Armad. com grelha Armad. com lâminas DEEC - Arminio Teixeira Armad. óptica parab.+lâminas 144 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Armaduras utilizadas em áreas especiais As armaduras para utilização em locais poeirentos ou húmidos são de dois tipos. Num dele a lâmpada ou lâmpadas estão expostas, mas as ligações entre as lâmpadas e os suportes são estanques. Régua de montagem com um IP 65 DEEC - Arminio Teixeira 145 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO No outro tipo a lâmpada, ou lâmpadas, são protegidas por um difusor em material plástico, tornando a armadura estanque. Em cada caso, o tipo de vedação determina o grau de resistência das armaduras à penetração de água e pó. Armadura fechada estanque com um IP 67 DEEC - Arminio Teixeira 146 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Há dois tipos de armaduras utilizadas em áreas com risco de incêndio ou de explosão. Num dos casos, a armadura é construída para resistir à pressão causada por uma explosão interna, prevenindo qualquer risco de incêndio ou de explosão como consequência da presença de gases inflamáveis ou explosivos envolvendo a armadura. Isto significa que a armadura deve ser de construção robusta: o corpo da armadura deve ser de aço e o vidro do tipo duro. DEEC - Arminio Teixeira 147 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO No outro tipo de armaduras utiliza-se o principio da vedação entre o corpo da armadura e o difusor, eliminando-se praticamente a possibilidade da entrada de gases explosivos para o seu interior. Se, não obstante esta precaução, penetrarem substâncias explosivas no seu interior, dispositivos especiais de segurança no circuito evitam a possibilidade de explosão. As lâmpadas fluorescentes utilizadas, nestes casos, são lâmpadas TLX. Neste tipo de lâmpadas os terminais são longos e de grande diâmetro, construídos de forma a assegurar o máximo de contacto com os suportes. Isto destina-se a evitar a ocorrência de arcos eléctricos durante o arranque. Não utilizam arrancador, o que reduz também a possibilidade da formação de arco nos contactos do arrancador. DEEC - Arminio Teixeira 148 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO A directiva ATEX (directiva 94/9/EC) é a nova lei Europeia para os equipamentos a instalar em ambientes com risco de explosão, e foi transcrita para a legislação portuguesa pelos Decretos-Lei 112/96 e 262/2003. As armaduras de iluminação para locais com riscos de explosão devem satisfazer a esta directiva. Alguns exemplos de locais deste tipo são os seguintes: industria química e petroquímica, industria farmaceutica, distribuição de carburantes, industria alimentar (armazenamento de cereais, farinha e açucar), laboração da madeira, centrais térmicas a gás, etc. Mostram-se de seguida dois exemplos de marcação deste tipo de armaduras. DEEC - Arminio Teixeira 149 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Indicamos a seguir, a titulo de exemplo, as perdas obtidas com diferentes tipos de armaduras de iluminação, encontrados frequentemente em instalações de iluminação com mais de 15 anos. C – balastros pouco eficientes Os balastros tradicionais ou electromagnéticos têm um consumo equivalente a 20% do consumo da lâmpada fluorescente. Este consumo é de 14% para os balastros electromagnéticos de baixas perdas. DEEC - Arminio Teixeira 150 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Quanto aos balastros electrónicos, eles têm perdas fracas, da ordem de 10% da potência da lâmpada, e mesmo com algumas lâmpadas fluorescentes conseguem diminuir a potência das mesmas melhorando a sua eficácia energética. Finalmente, os balastros com regulação de fluxo, do tipo A1, integrados num sistema com regulação de fluxo, podem contribuir para reduzir ainda mais as perdas, dependendo da percentagem de regulação do fluxo luminoso. Na tabela da página seguinte indicam-se as perdas obtidas com os diferentes tipos de balastros. Podemos verificar na tabela, por exemplo, que uma lâmpada de 58 W equipada com um balastro electrónico consome apenas 55 W, o que significa que, para o mesmo fluxo luminoso, uma lâmpada de 58 W consome na realidade 50 W, sendo as perdas do balastro de 5 W. DEEC - Arminio Teixeira 151 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 152 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO A tabela seguinte indica a potência máxima absorvida pelo conjunto lâmpada +balastro para cada uma das classes de balastros: DEEC - Arminio Teixeira 153 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Os balastros electrónicos estão disponíveis desde o início da década de 80. Melhorias nas performances destes balastros e o custo cada vez maior da energia resultaram num aumento da utilização dos mesmos a partir do início da década de 90. Os balastros electrónicos melhoram o rendimento das lâmpadas convertendo a frequência standard de 50 Hz em alta frequência , geralmente em 25 kHz a 40 kHz. O funcionamento das lâmpadas a estes elevadas frequências produz a mesma quantidade de luz, com um consumo de 12 a 25 % mais baixo. A utilização de balastros electrónicos tem portanto uma série de vantagens: DEEC - Arminio Teixeira 154 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO - permitem uma poupança de energia entre 20% e 30%; - ausencia de cintilação durante o funcionamento, devido à alta frequência; - desligam automaticamente as lâmpadas em caso de anomalia; - efectuam a religação automatica das lâmpadas após correcção da anomalia; - têm um baixo campo magnético; - têm um alto factor de potência (>0,95); - têm uma baixa temperatura de funcionamento; - permitem um fluxo constante da lâmpada, independente da tensão de alimentação; - a vida útil da lâmpada aumenta cerca de 50%; - permitem um funcionamento em CC; DEEC - Arminio Teixeira 155 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Os balastros electrónicos podem ser classificados nas seguintes classes: A1: balastros electrónicos com regulação; A2: balastros electrónicos com baixas perdas; A3: balastros electrónicos standard; Na tabela seguinte indica-se o consumo absorvida pelo conjunto balastro electrónico + lâmpada dos tipos A1, A2 e A3: DEEC - Arminio Teixeira 156 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 157 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Armaduras para lâmpadas de descarga de alta pressão Em instalações industriais, para alturas de montagem superiores a 6 metros, devem ser utilizadas armaduras com lâmpada de descarga de alta pressão. Estas armaduras são normalmente constituídas por duas partes, para uma fácil manutenção. DEEC - Arminio Teixeira 158 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 159 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Uma parte, à qual está ligado o reflector, contém o suporte da lâmpada. A parte superior contém o balastro, o eventual ignitor, o condensador para compensação do factor de potência e as ligações eléctricas. As duas partes são facilmente separáveis, quando da manutenção da armadura. Existem reflectores facetados, com desenho estudado por computador, que oferecem simultâneamente um elevado rendimento e uma baixa luminância. Por outro lado o seu revestimento por vidro de silica pura sobre chapa de alumínio (ALGLAS) permite obter uma elevadissima resistência à corrosão. DEEC - Arminio Teixeira 160 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Armaduras para lâmpadas de halogéneo A grande maioria das armaduras para lâmpadas de halogéneo são desenhadas para uso doméstico, ou para instalações comerciais ou de serviços. Os projectores, orientáveis ou não, são muito utilizados em iluminação interior em geral, para se obter um efeito direccional da luz. São geralmente armaduras do tipo “downlight”, salientes ou encastráveis, fixos ou orientáveis. DEEC - Arminio Teixeira 161 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Armaduras para lâmpadas fluorescentes compactas A grande maioria das armaduras para lâmpadas fluorescentes compactas são geralmente armaduras do tipo “downlight”, salientes ou encastráveis. DEEC - Arminio Teixeira 162 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Os downlights providos de óptica fabricam-se a partir de um disco de alumínio de alta pureza, o qual é repuxado para se obter o formato desejado, ou então são construídos em plásticos técnicos injectados. Os acabamentos podem ser anodizados electroliticamente e posteriormente polidos, ou metalizados sob vácuo. Em qualquer dos casos, a nível fotométrico os reflectores incorporam a técnica “darklight”, que relaciona o ângulo de cut-off da lâmpada e do reflector, para cada lâmpada e diâmetro do reflector. Esta técnica proporciona um elevado conforto visual, ao atenuar-se o efeito produzido pelo encandeamento directo nas instalações, aproveitando-se ao máximo o rendimento da armadura. Conseguimos desta forma ver o resultado da iluminação sem ver o elemento que a produz. DEEC - Arminio Teixeira 163 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO O ângulo de cut-off é o ângulo formado entre a horizontal do tecto e uma recta imaginaria que, sendo tangente à lâmpada, passe pelo extremo do reflector. Se o nosso campo visual estiver situado dentro deste ângulo não podemos ver a lâmpada directamente. Devemos portanto escolher o “downlight” adequado para cada tipo de local. Normalmente fabricam-se “downlights” com três ângulos de cut-off: 30º, 40º e 50º. Ângulo de cut-off de 30º Com estes downlights obtém-se uma boa uniformidade para locais baixos e uma limitação reduzida do encandeamento directo. Ângulo de cut-off de 40º Com estes downlights obtém-se uma boa uniformidade para locais de altura media e -uma limitação do encandeamento directo. DEEC Arminioboa Teixeira 164 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Ângulo de cut-off de 50º Com estes downlights obtém-se uma boa uniformidade para locais altos, e uma excelente limitação do encandeamento directo. A utilização de downlights providos de grelha em forma de lâminas antiencandeantes minimiza da mesma forma os efeitos do encandeamento directo. O grande aumento do conforto visual resultante torna-as inprescindiveis nos locais de trabalho que requerem um uso intensivo de terminais de vídeo, com o objectivo de atenuar ao máximo os reflexos sobre os mesmos. Existem vários tipos de downlights: Downlights standard, providos de óptica incorporada Utilizam-se para a iluminação de planos horizontais, com uma determinada distribuição da intensidade luminosa. DEEC - Arminio Teixeira 165 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Downlights destinados à iluminação de planos verticais (wallwashers) São utilizados para a iluminação combinada de superfícies horizontais e verticais. Estas armaduras, de reflector assimétrico, utilizam parte do reflector para proporcionar uma iluminação vertical. DEEC - Arminio Teixeira 166 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO F – Verificação do índice de eficiência energética da instalação de iluminação DEEC - Arminio Teixeira 167 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Para avaliar a eficiência energética de uma instalação de iluminação deve calcular-se em primeiro lugar a sua potência expressa em W/m2/100 lux. Actualmente uma instalação de iluminação com boa eficiência energética, para um nível de iluminância médio de 500 lux, tem uma potência instalada, incluindo a potência dos balastros, de 10 a 13 W/m2. No entanto, não é raro encontrar instalações antigas com potências superiores a 25 W/m2, para um nível de iluminância idêntico. Actualmente, os valores recomendados são, resumidamente, os seguintes: DEEC - Arminio Teixeira 168 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO À falta de legislação nacional neste sentido, são dados na tabela a seguir indicada outros valores indicativos máximos recomendados em França, para um cálculo global e para um Cálculo global Tipo de local Comércio e escritórios Ensino Salas de espectáculos Industria Instalações sanitárias Hotelaria Restauração Outros locais Estabelecimentos desportivos Armazéns Transporte Pot. (W/m 2) 16 15 12 12 10 cálculo detalhado, em função do tipo de local. DEEC - Arminio Teixeira Cálculo detalhado Tipo de local Pot. (W/m 2) Armazenamento e arquivos 6 Halls e corredores 12 2 Outros locais com área >30 m 15 2 Outros locais com área <=30 m 18 Locais que requerem uma iluminância média de exploração de mais de 600 lux ou local no qual a iluminação geral não é suficiente para assegurar o conforto visual - local com menos de 30 m2 4 W/m2, por 100 lux - local com mais de 30 m2 3 W/m2, por 100 lux 169 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Indicador numérico da energia gasta em iluminação A norma europeia EN15193 (Energy Requirements for Lighting) especifica um indicador numérico da energia gasta em iluminação (LENI – lighting energy numeric indicator) dado por: LENI = W/A [kWh / (m2xano)] em que: W – energia total gasta em iluminação [kWh/ano] A – área útil total do edifício [m2] Nessa norma os diferentes tipos de instalações são divididos em 3 classes dependentes das classe de critérios usadas no desenho da iluminação. O quadro seguinte indica os seguintes valores para uma instalação do tipo escritórios: DEEC - Arminio Teixeira 170 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO - classe do critério de desenho da iluminação; - potência da iluminação em W/m2; - horas diurnas de funcionamento da iluminação durante o ano; - horas nocturnas de funcionamento da iluminação durante o ano; - valores limite de LENI em kWh/ (m2/ano) para situações de comando manual da iluminação e comando automático; DEEC - Arminio Teixeira 171 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO √ - de acordo com o especificado nas tabelas da norma EN 12464-1 √ - de acordo com o especificado na norma EN 12464-1 Nota - a atenção especial aos cuidados coma saúde podem requerer valores muito superiores de iluminância e portanto maiores valores em W/m2 DEEC - Arminio Teixeira 172 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO G - Escolha de um sistema de gestão da iluminação adequado DEEC - Arminio Teixeira 173 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO A zonagem da instalação de iluminação acompanhada de comandos manuais tem apenas vantagens se for obtida a colaboração dos utilizadores. Em caso contrário, devemos recorrer a dispositivos de comando automático. DEEC - Arminio Teixeira 174 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Gestão horária Para efectuar uma gestão horária podemos utilizar dois tipos de aparelhos: automáticos de escada e interruptores horários. O uso de automáticos de escada, que assegura a extinção automática da iluminação, é utilizado há muito tempo nas zonas de circulação (corredores, escadas, etc.) onde a presença contínua de utilizadores é menos frequente. A iluminação, comandada por botões de pressão, apaga-se após um tempo regulável, determinado pelo tempo máximo que os utilizadores demoram a percorrer a zona. DEEC - Arminio Teixeira 175 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO No que diz respeito aos interruptores horários, podemos usar o simples interruptor multi-posições até ao interruptor horário com display de cristais líquidos. Os comandos transmitidos aos circuitos de iluminação podem também ser provenientes de sistemas de gestão centralizada. Quando se encara a utilização de um interruptor horário num circuito de iluminação devem ter-se em atenção os seguintes factores: -é preferível com frequência comandar apenas a extinção da iluminação, deixando aos ocupantes a liberdade do acendimento; -é importante incluir comandos locais para se poder restabelecer a iluminação se for necessário; -a possibilidade referida no ponto anterior não deve impedir um retorno ao modo automático, por exemplo após um tempo definido; DEEC - Arminio Teixeira 176 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO -a extinção automática não pode colocar os ocupantes na obscuridade completa. Deve ser mantida uma iluminação mínima para lhes permitir encontrar o percurso para o botão de acendimento; Por exemplo, o comando de extinção pode ser realizado em dois patamares: uma extinção de metade das armaduras para alertar para a extinção completa após um período de tempo determinado; -os horários de extinção podem também incluir o período do almoço se existir uma paragem significativa das actividades; Interruptor horário programável DEEC - Arminio Teixeira Automático de escada 177 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Detecção de presença Os detectores de presença são correntemente designados de detectores volumétricos. Dividem-se em três categorias: -os detectores volumétricos de infravermelhos passivos (PIR) que reagem ao movimento da energia infravermelha (ou ao calor) desenvolvida pelo corpo humano. Detectam o movimento de corpos de volume importante; -os detectores volumétricos de ultra-sons que reagem à variação das ondas sonoras reflectidas no interior de um local e causadas pelo movimento de um corpo que pode ser de pequena dimensão; -os detectores bi-volumétricos que aliam as tecnologias de ultra-sons e de infravermelhos passivos; DEEC - Arminio Teixeira 178 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Em iluminação, o detector de presença liga as armaduras de iluminação quando entra um ocupante no local e apaga-as algum tempo após a saída. É necessária uma temporização à extinção para não reduzir a duração de vida das lâmpadas devido a ciclos de acendimento e extinção demasiado frequentes. Por exemplo, uma ausência de 1 ou 2 minutos não pode implicar a extinção das lâmpadas. DEEC - Arminio Teixeira 179 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Detectores volumétricos de infravermelhos passivos Os detectores de infravermelhos passivos (PIR – passive infrared) são os mais vulgarmente utilizados. Detectam o movimento do corpo humano pela medida da radiação infravermelha (calor) emitida pelo corpo. Chamam-se passivos porque não emitem radiação, contrariamente aos detectores de infravermelhos activos do tipo “barreira”. Medem a radiação infravermelha emitida pelas superfícies quentes. Fornecem uma indicação de mudança de ocupação do local: ausência ou presença. Os detectores de infravermelhos têm um certo número de faces sensíveis. DEEC - Arminio Teixeira 180 ILUMINAÇÃO INTERIORDAS - O INSTALAÇÕES PROJECTO LUMINOTÉCNICO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 181 ILUMINAÇÃO INTERIORDAS - O INSTALAÇÕES PROJECTO LUMINOTÉCNICO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE ILUMINAÇÃO Zonas de detecção de um detector de presença DEEC - Arminio Teixeira 182 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO O seu raio de acção está assim cortado numa série de segmentos. É a passagem de um corpo (e portanto calor) do raio de visão de uma faceta para a outra que permite detectar o movimento. A sensibilidade de um detector depende portanto do número de segmentos sensíveis. Por exemplo, um detector cujo raio de acção é cortado por poucos segmentos pode não detectar uma pessoa que se dirige na sua direcção. Em alguns modelos aperfeiçoados esta sensibilidade é regulável. A regulação será diferente conforme o tipo de local: num escritório por exemplo, os movimentos são por vezes mínimos (trabalho em computador, por exemplo) e efectua-se uma regulação para alta sensibilidade, enquanto num local sujeito a correntes de ar regular-se-á para uma sensibilidade mais fraca. Um detector colocado numa parede é caracterizado por: DEEC - Arminio Teixeira 183 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO -um ângulo de detecção horizontal (120º por exemplo); -um alcance lateral; -um alcance frontal; Um detector colocado no tecto é caracterizado por: -um raio de acção de 360º; -um diâmetro de detecção máxima para uma altura máxima; -um alcance frontal; DEEC - Arminio Teixeira 184 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Quando se diminui a altura de montagem, a zona de cobertura diminui mas a sensibilidade aumenta. Por outro lado, para valores superiores à altura máxima a sensibilidade não é suficiente. Além disso, é necessário ter em atenção que o detector não funciona através de paredes, mesmo que sejam de vidro. Se forem instalados vários detectores num mesmo local, pode ser interessante considerar um deles com um mecanismo “master” e outro ou mais do tipo “slave”. Um detector do tipo “master” é mais caro, mas os do tipo “slave” são muito mais económicos, o que torna o conjunto economicamente interessante. Os detectores usados em iluminação não possuem temporização à ligação mas possuem temporização após o último movimento, que pode atingir nos modelos mais aperfeiçoados os 30 minutos. DEEC - Arminio Teixeira 185 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Além disso, integram geralmente um detector de luminosidade: em geral, o detector incorpora um interruptor crepuscular cujo limiar de luminosidade pode ser regulado(por exemplo, de 5 a 1000 lux). Para iluminação existem dois tipos de mecanismos: -um mecanismo com um triac que permite comandar lâmpadas de incandescência e de halogéneo de 230 Volt; -um mecanismo com relé que permite comandar igualmente as lâmpadas fluorescentes; Existem dois tipos de detectores: -detectores com poder de corte (que podem cortar a alimentação de lâmpadas); -detectores que permitem efectuar regulação (actuam sob o comando 1-10 Volt de balastros reguláveis); DEEC - Arminio Teixeira 186 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Detectores com poder de corte Este tipo de detectores pode ainda dividir-se nas seguintes categorias: -detectores destinados a substituir interruptores São utilizados em zonas de circulação, sanitários, pequenos escritórios, etc. Aproveita-se a cablagem existente do interruptor para comandar a iluminação. DEEC - Arminio Teixeira 187 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Alguns modelos possuem, além da detecção automática, um botão de comando manual. O comando pode, neste caso, efectuar-se automaticamente ou manualmente, podendo ser encravado o comando manual. Detectores montados na parede Existem detectores que permitem apenas uma detecção horizontal e outros que permitem uma detecção horizontal e vertical (vigilância em zona baixa) e que são utilizados para a detecção de presença em escadas por exemplo (ver figura). DEEC - Arminio Teixeira 188 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Para locais com pouco movimento, por exemplo corredores, existem actualmente balastros electrónicos, que associados a detectores de movimento, permitem efectuar com eficiência grandes poupanças de energia neste tipo de locais. Em vez de se desligar completamente a iluminação, na ausência de pessoas, é efectuada uma regulação de fluxo luminoso para cerca de 10%. Desde o momento em que alguém entre no local, o fluxo luminoso é novamente regulado para 100%. A temporização para a diminuição de fluxo luminoso pode ser regulada pelo detector de movimento. A velocidade de diminuição do fluxo luminoso é uma função do balastro electrónico. Esta função é designada por “corridor function” e requer sempre a associação de balastros electrónicos com regulação de fluxo a detectores de movimento. DEEC - Arminio Teixeira 189 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 190 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO DEEC - Arminio Teixeira 191 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Detectores montados no tecto Em armazéns de grande volume ou em locais de trabalho com divisórias a meia altura ou biombos, um detector de infravermelhos de 90º pode não funcionar correctamente. Neste caso, é recomendado utilizar detectores panorâmicos cujo ângulo de abertura é de 360º. São também utilizados em locais de grandes dimensões de forma a cobrir o conjunto do local. DEEC - Arminio Teixeira 192 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Detectores integrados na armadura Este tipi de detector comanda directamente e individualmente a armadura na qual está montado. Na norma recente EN 12464-1 a iluminação individual tem relevância pelo facto de zona de trabalho ser precisa e poder ser móvel. Por este facto, o detector na armadura permite melhorar a gestão de presença individualmente. Detectores que permitem regulação de fluxo Estes detectores de presença actuam sobre o comando 1-10 Volt do balastro com regulação de fluxo. DEEC - Arminio Teixeira 193 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Encontram-se dois tipos de balastros deste tipo: -analógico: ligado ao balastro electrónico analógico com regulação de fluxo (tipo A1) actuam sobre o balastro fazendo variar a tensão de comando de 1 a 10 Volt; -digital: ligado a um balastro do tipo DALI ou a uma rede desse tipo, este tipo de detector pode actuar sobre um ou mais grupos de armaduras; DEEC - Arminio Teixeira 194 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Multidetectores Actualmente, os detectores combinam várias funções de forma a comandar, regular e gerir um ou vários grupos de armaduras: -a detecção de presença; -a regulação em função do nível de iluminação natural; -a recepção IR de um sinal de comando à distância (telecomando); Instalação dos detectores O espaço coberto por um detector determina a localização dos restantes. Os detectores devem ser colocados de maneira a cobrir todo o espaço a detectar. Exemplo Pretende-se colocar detectores de presença para comandar a iluminação de um átrio, representado na figura seguinte. DEEC - Arminio Teixeira 195 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Características do detector: -ângulo de detecção: 180º; -alcance lateral: 2x6 m; -alcance frontal: 12 m; Com estas características serão instalados 3 detectores para cobrir toda a área. DEEC - Arminio Teixeira 196 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO A escolha da localização do detector tem uma grande importância para o seu bom funcionamento. Não deve ser influenciado por uma fonte luminosa permanente ou ainda por um movimento fora da zona que se pretende controlar. Pode-se pretender realizar uma zonagem num dado local. Em certos casos, a zonagem pode ser realizada unicamente escolhendo bem a localização dos detectores; noutros casos será necessário colocar peças de encobrimento no detector de forma a que apenas possa ver a zona desejada. DEEC - Arminio Teixeira 197 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Esquemas de ligação Situação 1: existe apenas um detector Conforme o tipo de mecanismo a ligação realiza-se com 2 ou 3 condutores: -um mecanismo com triac (para lâmpadas de incandescência ou de halogéneo 230 Volt) deve ser ligado à fase, saindo um condutor para as lâmpadas; -um mecanismo com relé (para lâmpadas incandescentes, de halogéneo e fluorescentes) deve ser ligado à fase e ao neutro, saindo um condutor para as lâmpadas (ligação com 3 condutores); DEEC - Arminio Teixeira 198 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Situação 2: existem vários detectores Se houver vários pontos de detecção no mesmo local, os detectores são ligados em paralelo, ou instala-se um detector com mecanismo “master” e um ou vários detectores com mecanismo “slave”. As figuras seguintes exemplificam as montagens a 2 e a 3 condutores, de detectores ligados em paralelo. DEEC - Arminio Teixeira 199 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Estimativa da poupança energética obtida Para efectuar uma estimativa da poupança de energia obtida, em relação à utilização de balastros convencionais, com a escolha de um dado modo de gestão da iluminação são dados alguns valores indicados por fabricantes de sistemas de gestão de iluminação: DEEC - Arminio Teixeira 200 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO H – Aproveitamento da luz natural disponível DEEC - Arminio Teixeira 201 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Gestão em função da quantidade de luz natural Com muita frequência, nas zonas próximas das janelas, a iluminação artificial não é necessária para assegurar o conforto visual. Assim, podemos ter em atenção a luz natural adoptando uma das soluções a seguir mencionadas: -quer com comutação on/off, quer por regulação contínua do fluxo luminoso; -quer em função da iluminação exterior, quer em função da iluminação interior; -quer individualmente em cada armadura, quer por grupos de armaduras; DEEC - Arminio Teixeira 202 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Comutação on/off manual para possibilidade de ajustar a iluminação artificial à quantidade de luz natural disponível DEEC - Arminio Teixeira 203 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO De forma a visualizar as possibilidades de regulação em função da iluminação natural, vamos comparar os seguintes sistemas e mostrar as suas vantagens e inconvenientes: -comando on/off em função da iluminação exterior; -regulação contínua do fluxo luminoso em função da iluminação interior: -quer individualmente em cada armadura, quer por grupos de armaduras, com: -medida da luminância na janela; -medida da luminância num ponto do local; -medida da luminância ao nível de cada armadura; DEEC - Arminio Teixeira 204 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Comando on/off em função da iluminação exterior Nos locais caracterizados por uma iluminação natural muito importante é suficiente utilizar um comando on/off em função da iluminação exterior. A iluminação artificial apenas será utilizada no início e no fim do dia e durante a noite. Para afinar a regulação é possível prever uma regulação passo a passo, quer desligando progressivamente filas de armaduras a partir das janelas, quer jogando com o número de lâmpadas ligadas em armaduras com mais do que uma lâmpada. Um comando on/off deve ser acompanhado de uma temporização para evitar que uma variação brusca da luminosidade exterior (pela passagem de uma núvem, por exemplo)modifique a iluminação artificial. DEEC - Arminio Teixeira 205 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO De facto, as variações bruscas da iluminação artificial são frequntemente mal aceites pelos ocupantes, o que não se passa para as variações igualmente correntes da iluminação natural. Vantagens -custo moderado, dado o número limitado de sensores, tratando-se todos os locais da mesma fachada da mesma forma. Inconvenientes -não é fácil de regular porque depende da configuração do local a gerir (tipos e tamanhos das janelas) e deve ser regulado de forma diferente conforme o afastamento das armaduras em relação à fachada; DEEC - Arminio Teixeira 206 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO -é um sistema de comando sem retroacção, ou seja o equipamento regulador não sabe o que se passa no local; -é difícil de implementar se a fachada for sombreada por edifícios vizinhos; -é um sistema pouco ergonómico dado que pode provocar variações bruscas da iluminação interior; Regulação contínua do fluxo luminoso em função da iluminação interior De forma inversa, nos locais com um fraco nível de iluminação natural a iluminação artificial desempenha um papel importante. Uma regulação fina, contínua, do fluxo luminoso (“dimming”) pode neste caso traduzir-se por grandes economias de energia. DEEC - Arminio Teixeira 207 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Neste caso, é o nível de iluminância interior que serve de grandeza representativa para a regulação. A regulação do fluxo luminoso obriga a utilizar balastros electrónicas com regulação de fluxo (do tipo A1). O limiar mínimo abaixo do qual se pode descer depende do tipo de balastro utilizado. Alguns balastros electrónicos permitem uma redução do fluxo luminoso de uma forma contínua até aos 0%. No entanto, a potência do conjunto formada pela lâmpada e pelo balastro permanece sempre superior a 5% da potência total porque o consumo do balastro é independente da potência da lâmpada. DEEC - Arminio Teixeira 208 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Para evitar este consumo residual quando a lâmpada tem a redução de fluxo luminoso no máximo, é importante que o sistema desligue automaticamente a alimentação dos balastros. Para ser totalmente eficaz, uma simples regulação de fluxo deve ser completada com algumas funções complementares. Quando o ocupante deixa o local enquanto há luz natural, pode facilmente esquecer-se de desligar a iluminação e assim as lâmpadas ligar-se-ão durante a noite. Para evitar esta situação é necessário que: -o acendimento esteja ligado a um detector de presença ou a um interruptor horário; -só a extinção seja comandada pelo regulador, permanecendo o acendimento manual (on/off). DEEC - Arminio Teixeira 209 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Medida da luminância na janela Um sensor mede continuamente a luminância da janela (proporcional à quantidade de luz natural). No sensor é estabelecida uma correspondência entre o nível medido e a regulação do balastro para manter-se o nível de iluminância pretendido. DEEC - Arminio Teixeira 210 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Nos locais com pouca profundidade, as necessidades de iluminação artificial podem ser diferentes em função do afastamento da fachada. Pode-se então, com este tipo de material, regular cada fila de armaduras segundo uma lei de correspondencia diferente. Note-se que na parte mais interior é por vezes necessária alguma iluminação artificial, quaisquer que sejam as condições atmosféricas. Nestes casos a regulação de fluxo não se justifica para as filas de armaduras mais afastadas das janelas. DEEC - Arminio Teixeira 211 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Medida da luminância num ponto do local Um sensor mede a luminância num ponto do local e adapta a potência das armaduras de acordo com o valor medido. Este sistema tem como desvantagem modificar o nível de iluminância em função da modificação da cor da zona observada pelo sensor (papel colorido ou preto sobre o plano de trabalho por exemplo). DEEC - Arminio Teixeira 212 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO No entanto, esta influência local será mínima se a superfívie vista pelo sensor for grande (raio de vários metros). Por outro lado, existem sistemas que permitem uma regulação diferente por linha de armaduras em função do afastamento das janelas. Neste caso, o sensor deve ser colocado ao nível da fila de armaduras mais próxima das janelas. O dispositivo regula a potência desta fila e acrescenta uma constante para a regulação das restantes filas. DEEC - Arminio Teixeira 213 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO A regulação é menos fina do que no primeiro sistema, representado por rectas a ponteado no gráfico seguinte: ilumina-se sempre um pouco mais do que necessário as zonas mais afastadas das janelas em relação às necessidades reais. Com efeito, para um fluxo luminoso máximo de 100% da fila mais próxima da janela (sem iluminação natural) as outras filas devem também fornecer 100% do seu fluxo luminoso. DEEC - Arminio Teixeira 214 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Quando a iluminação natural aumenta, a proporção necessária de fluxo luminoso diminui tanto mais quanto mais próximas estiverem as filas de armaduras das janelas. A potência aumentada da armadura em relação à necessidade real é dada pela diferença de ordenadas entre a recta a cheio e a recta a ponteado (ver gráfico). Se colocarmos o sensor entre as filas de armaduras, apenas é possível uma regulação idêntica de cada fila. Medida da luminância ao nível de cada armadura Este modo de regulação consiste em equipar cada armadura com um sensor de luz constante que mede a iluminação sob a armadura e actua directamente no balastro da mesma para manter a iluminância recomendada. DEEC - Arminio Teixeira 215 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Contrariamente aos sistemas de regulação central, este sistema é muito simples e económico. Não requer nenhuma cablagem especial, nem equipamento de regulação central (o equipamento de cada armadura é independente). Aplica-se portanto facilmente às renovações e além disso a regulação de cada armadura efectua-se em função das condições particulares de cada posto de trabalho ou zona do local. O inconveniente deste sistema é o seu modo de regulação puramente proporcional. DEEC - Arminio Teixeira 216 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Para funcionar, o sistema deve manter um afastamento em relação ao valor regulado. É portanto necessário aumentar o valor regulado (por exemplo, 650 lux) para obter a iluminância desejada (por exemplo, 500 lux) na ausencia de luz natural. Assim, resulta sempre uma sobre-iluminação em relação às necessidades quando aparece a iluminação natural. A regulação nunca é óptima. Além disso, uma diminuição máxima do fluxo da lâmpada não implica a sua extinção automática, não eliminando portanto o consumo residual do balastro. DEEC - Arminio Teixeira 217 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Disposição das armaduras de iluminação As armaduras de iluminação, nos locais de trabalho, devem ser dispostas de acordo com o indicado na figura seguinte. DEEC - Arminio Teixeira 218 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Na figura anterior, no primeiro caso as armaduras estão dispostas de forma adequada (paralelamente às janelas), mas as secretárias não estão colocadas de forma adequada pelo facto de poderem aparecer reflexos nos monitores de video. No segundo caso, quer a disposição das armaduras de iluminação, quer a disposição do mobiliário, são as mais adequadas. DEEC - Arminio Teixeira 219 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO Aproveitamento da luz natural com tubos de luz DEEC - Arminio Teixeira Tubo de luz Sunlux 220