Recanto CAPÍTULO 31 das Letras O BEM DO MAL © (Copyright - 2012 - Direitos reservados de acordo com a política do site) E-MAIL PARA CONTATO: [email protected] Capítulo 31 novela de LUCAS VINÍCIUS escrita por: LUCAS VINÍCIUS PARTICIPARAM DESTE CAPÍTULO: AMÁLIA BIANCA CLÓVIS FILINTA JOÃO JULIANE KATHLEEN LÉO MARILDA ROCHANE WELLINGTON CENA 1. CIRCO DO RIO DE JANEIRO. ATRÁS DO CIRCO. NOITE. CONTINUIDADE DO CAP. ANTERIOR. AMÁLIA: (apavorada, para Léo) E agora, Léo? Você entende, meus pais tavam lá dentro, meus pais! LÉO: Eu entendo, Amália, até porque perdi os meus muito cedo. Mas temos uma suspeita de quem seja. AMÁLIA: Ah, eu não acho que possa ter sido a Bianca, ela é minha amiga-LÉO: Amália! Veja bem, ela veio junto com a Juliane, porém só vimos a Juliane lá dentro. Que mais a Bianca podia estar fazendo? AMÁLIA: (confusa) Eu não sei de mais nada! Eu quero ver meus pais! LÉO: O melhor que temos a fazer é esperar. Até que ligue o sequestrador ou a sequestradora... Mas tá muito na cara que foi um conhecido seu, Amália. Pra saber tudo, quem sabia que íamos nos encontrar aqui atrás? Alguém da mansão! Que deve ter ouvido atrás da porta, só pode! Amália para um pouco e tudo começa a fazer sentido em sua cabeça. AMÁLIA: (assustada) Ai, meu Deus, agora que tudo tá fazendo sentido. LÉO: Se for a Bianca, não precisa esperar porque ela não vai pedir dinheiro. Afinal, ela já te roubou tudo! Tudo, Amália! Você deu confiança demais pra uma estranha! AMÁLIA: Estranha? Léo, ela era minha amiga na época, a gente virou sócia! LÉO: Você devia ter pesquisado mais sobre ela. Quem são os pais, a vida amorosa, a mãe, a tia, o irmã, o cachorro! Eu não quero me desentender com você, Amália, mas nesse caso você foi a burra! AMÁLIA: (irritada) Não me chame de burra! Não sou burra! LÉO: Mas pareceu diante disso tudo! Demorou anos pra abrir seus olhos e descobrir que essa mulher é uma cretina, uma ladra e perigosa! AMÁLIA: Ninguém tem poderes pra adivinhar algo. As coisas se revelaram aos poucos depois que Kathleen e a Aline entraram na mansão. LÉO: Então devemos agradecê-las, ou agradecer somente a Kathleen porque a Aline faleceu. Elas ajudaram-nos a perceber quem é essa mulher. AMÁLIA: Meu Deus, eu tô em choque! LÉO: Ela consegue nos jogar um contra o outro até quando não está aqui. Eu não queria te chamar de “burra”, me desculpe. AMÁLIA: Não, tudo bem. Precisamos achar meus pais, só quero isso no momento. LÉO: Eu tenho uma ideia! E se ela der certo, a Bianca vai direto pra cadeia! AMÁLIA: Que ideia? Conta! LÉO: Vamos fazer a Juliane abrir o bico, ela era aliada da Bianca, ela tem que nos contar tudo. Prometemos a ela a liberdade, não entregamos ela à polícia. AMÁLIA: Mas ela roubou joias lá de casa. LÉO: Amália, isso nem a polícia conseguiu provar de tão lerda que é essa polícia. Sabemos que ela roubou, mas enquanto a justiça não der um veredicto, a Juliane é livre e solta. Escuta, vamos pra casa e tente arrastar a Juliane conosco. É muito importante! AMÁLIA: Tá, eu vou tentar, apesar dela não querer, ela tá vendo aquele palhaço sem graça! LÉO: Ela vai ter que vir conosco e nos explicar tudo, tudo! Vamos! Amália dá a mão para Léo e os dois saem apressados. corta para: CENA 2. AVENIDAS E AVENIDAS DO RIO. INT/CARRO DE BIANCA. NOITE. O carro de Bianca anda descontroladamente pela avenida, e quem está dirigindo é João (pai de Amália). O som altíssimo com a música (E.T. Katy Perry) e Bianca com a arma na mão parece sacudir-se e dançar, quanto se apavoram João e Marilda. BIANCA: (sacudindo diz bem alto para João) Tá gostando? Esqueci que velho só gosta de Roberto Carlos, Martinha, Sérgio Reis e blá-blá-blá! Quê que é? Tá gostando, não, meu filho? Bota um rock! (ri) MARILDA: (assustada, diz alto) Por favor, moça, deixe-nos ir. Por favor! BIANCA: (aponta a arma) Ih, cala a boca, dona Marilda! Ó... A partir de agora me chame de... (pensativa) hum... Gioconda, esse é meu nome! JOÃO: (dirigindo com a atenção para Bianca) Dona Gioconda, deixa a gente abaixar o som para conversar. BIANCA: Hum, velho ranzinza. Tá! Abaixa essa porcaria. Anda! João abaixa o som com a mão direita e conduz o carro com a esquerda. Enquanto Bianca aponta a arma para Marilda. BIANCA: Sabe quem causou tudo isso? Foi o xodó de vocês, a Amália! MARILDA: Você não fez nada com a nossa filha, né, moça? BIANCA: Não fiz ainda! Mas que raiva daquela songamonga! Quando eu puder eu acabo com a raça dela... assim como (docemente) fiz com a Aline e o noivinho da Amália, o Fafá! Marilda e João ficam em choque pois Rafa era noivo de Amália e eles o conheciam. JOÃO: Como é? Você matou o noivo da nossa filha? BIANCA: (rindo) Ah-hã! Não importa, vocês não gostavam dele mesmo, afinal, a Amália saiu da cidade de vocês por causa dele e vocês não gostaram. Tá vendo, não é culpa minha. É culpa do falecido, que tirou a Amália da cidade dela e a trouxe pra essa cidade. MARILDA: Moça, pra que tanto ódio no coração? O que a minha filha fez pra você? BIANCA: (irritada) O que ela fez...? Essa cretina tem dinheiro, foi isso que ela fez! Eu trabalhava feito uma cavala na empresa “Papper” e a infeliz nunca me promovia, eu tive que me aproximar e virar amiga da cachorra pra eu entrar com capital e virar sócia dela! Sua filha é uma mão de vaca, dona Marilda! Uma cachorra suja! Se faz de boa moça, mas é uma mão-fechada! JOÃO: Nossa filha não tem culpa de que venceu na vida e você tava lá pra tirar tudo dela! BIANCA: (aponta a arma) Alguém pediu tua opinião? Velho gagá! E anda logo com esse carro, antes que um guarda para a gente. E se parar pode ter certeza que eu estouro os miolos de vocês dois na frente dele! Eu morro na cadeira mas mato vocês! CAM mostra a tensão de Marilda e João. corta para: CENA 3. MANSÃO DE AMÁLIA. INT. QUARTO JULIANE. NOITE. CONTINUIDADE. Kathleen está lendo a primeira carta que está por cima e já está horrorizada. KATHLEEN: (p/si) Meu Deus... essas são as cartas que os pais da Amália enviaram há anos pra ela. Mas nenhuma chegou nas mãos da Amália. E por que estavam no quarto da Juliane? (rapidamente se dá conta) Ah! Claro... a cobra pede pra empregada esconder no quarto dela, que além de inabitável é escondido praticamente. Essas cartas vão chegar nas mãos da Amalia e é hoje. Tá na hora dela descobrir a verdade. corta para: CENA 4. MANSÃO DE AMÁLIA. INT. SALA. NOITE. Kathleen vem descendo a escada com o bolo de envelopes na mão. Quando termina de descer a porta abre-se e vem entrando na mansão Amália, Léo e acompanhados de Juliane (que veio à força). Kathleen os vê e diz. KATHLEEN: Amália, Léo...? LÉO: Deu tudo errado! JULIANE: (confusa) Gente, por que eu tô aqui? AMÁLIA: (vira-se séria) Porque é hoje que você vai me dizer toda a verdade! JULIANE: Verdade? Que verdade?! KATHLEEN: (se aproxima, para Juliane) E é melhor começar por isso aqui! Veja você mesmo, Amália. Quando kathleen entrega os envelopes na mão de Amália, Juliane se assusta pois sabe do que se trata. AMÁLIA: (para Kath) O que é isso? KATHLEEN: Lê! AMÁLIA: (lê o remetente) “Para Amália...”? Mas é de... “João de Bitencourt”. AMÁLIA: (surpresa e assustada) É a carta que meu pai enviou! Mas eu nunca as vi. KATHLEEN: Aí que tá o “x” da questão! E é melhor que a empregada nos explique! OS três, Léo, Amália e Kathleen encaram Juliane, que fica encolhida e assustada. JULIANE: (com medo) O que vocês querem que eu explique? AMÁLIA: (séria) Você vai iniciar pelo começo. Eu não tô brincando, Juliane, é melhor você contar tudo! LÉO: Enfim, a verdade. Pode começar. Kathleen, Léo e Amália ficam encarando Juliane e esperando pela resposta. corta para: CENA 4. SÍTIO DE FILINTA. INT. COZINHA. NOITE. Filinta está sentada sozinha à mesa, tomando uma xícara de chá e lendo uma revista toda rasgada. Dali segundos, ouve-se BATIDAS À PORTA do sítio. Filinta rapidamente se assusta. FILINTA: (assustada) Uia! Quem “havera” de ser? (se levanta) Vou pegar a garrucha! CLÓVIS: (lá de fora, diz bem alto) Filinta! Sou eu, Clóvis! Abre! (dá mais batidas) FILINTA: (desconfiada) “Cróvis”? “Mái” a “zuma” hora dessa? Não! Vou pegar o “revórvi”! CLÓVIS: (implorando, lá de fora) Filinta! Abre! Filinta, desconfiadérrima caminha lentamente até a porta, porém pega uma vassoura que está encostada na parede ao lado. Nisso, Filinta aponta a vassoura e abre com tudo a porta e dá de cara com Clóvis, com uma armadura de ferro, se protegendo e um capacete de futebol americano. FILINTA: (surpresa) “Cróvis”? É o “cê” “memo”? CLÓVIS: Sou eu, Filinta. FILINTA: Que isso que “cê” tá “usano”? CLÓVIS: É uma roupa à prova de tapa, chute, soco... Por conta de você! FILINTA: (braba) É a prova de “çavoura” “tomém”? Quero dizer, vassoura?! CLÓVIS: Filinta, para! Eu vim pra conversar sem brigas. Poxa, você foi a minha primeira namorada, não quero que haja mágoas entre a gente. FILINTA: (desconfiada) Hum... Num sei não. “Cê” fica lá, com a “Natiela” e eu fico sozinha, sô! CLÓVIS: É “Natiele” o nome dela, com “e”. E segundo que não tem nada disso. A 'véia' cascuda tá aí? FILINTA: (braba) “Cê” chama a vó de eu de “cascuda” e ainda num quer umas vassouradas? CLÓVIS: Podemos conversar ou tá difícil? A 'véia' ´tá aí? FILINTA: Não. Ela foi na dona Jesuíta pedir uns “brócolis” emprestado. Pra mode nós “fazer” sopa de brócolis. CLÓVIS: (cara de nojo) Uh! Eca! Sopa de “brócolis”? Por isso que você tem esses “bração” aí, né? FILINTA: “Cê” veio aqui pra ofender eu? Porque se foi eu “rebento” esse cabo da vassoura nu cê! CLÓVIS: Não, não, foi pra isso não. Posso entrar? FILINTA: (desconfiada) Cê pode. Só um pouco! “Nóis” proseia, e “despois” cê vaza. Minha vó tá pra chegar e ela tem tireoide, num pode se “anervosar” à toa, não! CLÓVIS: Tudo bem. Eu vou ser breve. Filinta dá as devidas licenças à Clóvis, que entra e caminha até a mesa. Enquanto Clóvis tira as armaduras que veio (de brinquedo) Filinta fecha a porta. corta para: CENA 5. CASA DE ANTÔNIA E CAÍQUE. INT. COZINHA. NOITE. CONTINUIDADE DO CAP.ANTERIOR. Rochane ainda está deprimida à mesa, as fotos também estão em cima da mesa. Porém ela não está chorando. Depois de segundos, vem chegando Wellington na maior cara de pau, ele caminha e quando chega, vê Rochane sentada e faz cara de riso. WELLINGTON: (se aproxima) E aí, delícia?! ROCHANE: (olha pra ele possessa e vingativa) Você não devia ter feito isso? WELLINGTON: (debochando) isso o quê? Ah! Sim, te beijar? Foi passado, eu não pego a mesma porcaria duas vezes! ROCHANE: (se levanta e esbraveja) Você cala essa boca! Você não tem o direito de me chamar de porcaria, seu cretino, imundo! WELLINGTON: (sorrindo) Ah, não? Aquele seu noivinho, namoradinho, era um banana, um babaca! Fiz um favor pra você, que só queria o dinheiro dele! ROCHANE: Eu não queria o dinheiro dele porque eu não sou mais assim, eu realmente amava o Felipe. Já você, Wellington, é um canalha, só tá com aquela mulher porque ela deve ter muito dinheiro. Ou será que vocês dois têm muito dinheiro? Porque devem ser dois criminosos! WELLINGTON: Não, pelo que sei, eu e a Bianca somos apenas namorados. Comum, e você já acabou com a nossa relação uma vez, eu só dei o troco. Aqui se faz-ROCHANE: (séria, completa) Aqui se paga! Eu vou contar pra todo mundo, Wellington. Todo mundo, com quem você namora. Pros seus pais, pra sua irmã...! Pra ela eu já contei, tinha me esquecido. Você e a madame lá vão se ferrar. WELLINGTON: Você não tem coragem. A Natiele é uma barata, vive correndo atrás do vagabundo do Clóvis... ROCHANE: Vagabundo falando de vagabundo, então. Porque que eu me lembre, você não trabalha, quer tudo na mão. Já o Clóvis começou a trabalhar. WELLINGTON: Novidade. E você trabalha, por acaso? ROCHANE: Isso é da minha conta! Você é homem, fica feio pro seu lado. WELLINGTON: Eu vim pra tomar uma água, posso? ROCHANE: Não enquanto não ligar pro Felipe e desmentir tudo! Tudo! WELLINGTON: (começa a rir) Brincou, né? Nem que fosse a última coisa que eu teria de fazer na Terra eu faria. Nunca, nunca! ROCHANE: Pois bem... amanhã Vila Matilde inteira vai ficar sabendo que o filhinho do Caíque, Wellington namora com a tal Bianca, dona de uma empresa. WELLINGTON: Ela é sócia-ROCHANE: Dane-se! Você vai se ferrar, porque os seus pais, meus tios, vão querer conhecê-la! Você teria coragem de trazer a dona de nariz em pé numa vila de pobre feito a Vila Matilde? WELLINGTON: Não teria problema algum. A Bianca não tem nojo de pobre. ROCHANE: Claro, porque provavelmente assim como eu, ela deve ter nascido pobre. Deu o golpe em alguém, enricou-se, e agora taí...! WELLINGTON: Rochane, Rochane-- Fala o que quiser, eu não tô nem aí pra você! Conta, pode contar. ROCHANE: Pois bem. É isso que eu vou fazer. Agora vai lá, toma sua água, seu cretino! WELLINGTON: Quer saber... Perdi a sede, depois de ver um espantalho na minha frente! Wellington vira-se e sai da cozinha zarpando para a sala. Rochane fica histérica. ROCHANE: Filho da mãe! Droga... (se senta preocupada) corta para: CENA 6. MANSÃO DE AMÁLIA. INT. SALA. NOITE. CONTINUIDADE. Juliane ainda está paralisada e não abriu o bico. Enquanto Kathleen, Amália e Léo encaram ela. KATHLEEN: Anda, Juliane! Conta! Conta tudo que você sabe! AMÁLIA: (se aproxima e calmamente diz) Olha, Juliane, por favor. (carinhosamente segura a mão de Juliane) Nos ajuda. Meus pais acabaram de ser sequestrados, e nós temos a suspeita de que seja a Bianca. Apenas uma suspeita. Não vai te acontecer nada. Conta, conta tudo que você sabe, por favor. LÉO: Não vamos te prender, Juliane, muito menos entregá-la à polícia. JULIANE: (indecisa morde o lábio e diz) Ai, gente, se eu fizer isso, eu vou estar traindo a Bianca. KATHLEEN: (irritada) Pelo amor de Deus, Juliane, abre o olho! Aquilo lá não é sua amiga! AMÁLIA: Calma! Calma, gente. Calma, Kathleen! Vamos deixar a Juliane decidir. JULIANE: (indecisa) Ai... (sob pressão) Ai, tá bom, eu conto! Melhor vocês... melhor vocês sentarem porque muita bomba vem aí. A Bianca não foi nada boa nessa vida. AMÁLIA: (angustiada) Era o que eu temia. Pode começar, eu aguento o impacto. CAM se aproxima de Juliane, que dirá toda a verdade. Enquanto Kathleen com apresso e Léo a olham. JULIANE: Vamos lá! Seguinte... Desde que você, Amália, chegou aqui, eu já morava aqui. Tinha saído da minha querida Magalhães Barata... eu morava de favor lavando pratos pra um senhor, o nome dele era Fernando. KATHLEEN: Ora, ora, Juliane! Não estamos interessados nas suas aventuras! Vamos ao que interessa, os pais da Amalia estão em risco! AMÁLIA: Ela tem razão, Juliane. JULIANE: Ok. Vou pular a parte que eu cheguei aqui. Continuando: eu conheci a Bianca na rua, ela tinha acabado de fugir da família dela, depois de roubar dinheiro da avó, que precisava dos remédios. Não sei, a uma hora dessas a velha já deve ter partido duma dessa pra melhor. AMÁLIA: (boquiaberta) Ela roubou a própria família? JULIANE: Isso não é nem o começo! Deixa eu continuar: nos conhecemos, e logo depois de um tempo vocês se conheceram, não preciso ficar explicando. A Bianca me veio com um papo de que tinha conhecido uma mulher rica, chamada Amália, era você. Ela pedia pra mim ser cúmplice dela na marmada, ela ia roubar tudo de você. Bandida do jeito que é não desiste enquanto não consegue. AMÁLIA: Eu já podia imaginar. (angustiada) Então ela nunca foi minha amiga! JULIANE: (irônica) Amiga? Meu bem, ela te odiava! Aí, me apresentou a você como empregada. Tenho uma confissão... não sou empregada coisa nenhuma. KATHLEEN: Isso era de se imaginar, você foi cúmplice da Bianca, só por isso se infiltrou aqui! JULIANE: Então... mas dona Amália, eu nunca fui contra a senhora, sempre te achei linda-- A Bianca, a Bianca sempre tentava me jogar contra a senhora. Perto dela, eu tinha que te odiar com todo meu coração! Mas enfim... ela entrou aqui na mansão, aí vocês viraram sócias, tinha o seu noivo aqui também. AMÁLIA: (com lágrimas) O Fafá...! JULIANE: Isso! Aí, lembra do baile da faculdade? Dos formandos? O Fafá, me desculpa a intimidade, morreu envenenado? AMÁLIA: Sim. Mas isso foi alguns inimigos deles, o tal do J.J. JULIANE: (muxoxa e tranquila diz) Se engana! Não tem J.J. nenhum. Quem fez a marmada toda foi a Bianca. Ela matou seu noivo, dona Amália! Amália fica paralisada, horrorizada, impressionada, surpresa tudo! Kathleen e Léo ficam espantados também. JULIANE: Eu me lembro de tudo, tudo. Ela me pediste ajuda, mas não. Não topei, tive que assistir. Flash-Back! JULIANE LEMBRANDO a cena faz parte do passado, e não pertence à nenhum dos capítulos. CAMPUS DE FACULDADES DO RIO. INT. NOITE. Enquanto vemos o campus repleto de estudantes comemorando, bebendo. Há uma enorme mesa com taças de suco e champanhe. Vem vindo até a mesa Rafael (noivo de Amália) e Amália, todos felizes. RAFAEL: E aí, meu amor, o que vai beber? AMÁLIA: Hum... Quero um champanhe. E o senhor? RAFAEL: (radiante) Bom... Como é a minha formatura, eu vou querer um suco. Champanhe é pra depois da meia-noite. Amália pega uma taça de champanhe e Rafael pega uma taça de suco. Eles dão um gole cada um, até que Amália diz. AMÁLIA: E aí, meu bem, que tal dançarmos? Noite especial, ocasiões especiais. RAFAEL: (apaixonado) Com você eu vou à lua, seja dançando, sapateando, rodando ou até mesmo flutuando. Claro, vamos dançar! AMÁLIA: Bobinho! Coloca a taça ali. Rafael coloca sua taça de suco onde é visível por ele. Amália coloca a sua junto das outras. Apaixonados eles dão-se os braços e caminham em meio ao povo. Nisso, sai de baixo da mesa Bianca, vestida discretamente, mas com um sachezinho com um pó dentro. Ela assustada, se levanta e começa a ficar confusa em meio tantas taças. BIANCA: Droga, qual seria? Wellington, que estava vendo tudo, se aproxima discretamente de Bianca, que está confusa e diz. WELLINGTON: (sussurrando, para Bianca) E aí? BIANCA: E aí nada, eu não sei qual é a taça do mauricinho! WELLINGTON: Pois eu vi, é essa. (ele pega a taça que mais estava isolada de todas, a de Rafael e empurra pra perto de Bianca, que apavorada rasga o sachezinho e despeja o pó veneno lá dentro) BIANCA: Pronto, missão cumprida! E agora, como vamos fazer com que o mauricinho tome esse suco? WELLINGTON: Eu não sei, mas vaza pra debaixo da mesa que eu cuido disso! Anda, eles estão vindo! Rapidamente e apavorada, Bianca corre e se esconde debaixo da mesa de sucos e champanhe mas fica observando tudo. Vem vindo feliz da vida Amália e Rafael. Rapidamente Wellington afasta todas as taças de suco de perto da de Rafael, para ele perceber que pertence a ele. Depois disso, Wellington passa despercebido do casal e some de vista. Amália e Rafael chegam até a mesa e Amália pega uma taça nova, já Rrafael fica confuso em achar a sua. RAFAEL: Ué, cadê a taça que deixei aqui. Ah, tá aqui! Ele pega sua taça de suco, com veneno e Amália e ele ficam de frente, para fazerem um brinde, AMÁLIA: Um brinde... RAFAEL: A nós... A nós e a um futuro maravilhoso que nos espera. Os dois aproximam as taças e brindam, fazendo “tintim”. Aos goles Amália vai bebendo seu champanhe. Rafael vai virando sua taça aos poucos. Ele bebe tudo, mas quando termina, meio zonzo ele põe a taça em cima da mesa e diz pra Amália. RAFAEL: (abalado) Que mal-estar. AMÁLIA: Mal-estar? Como assim, meu amor? Você tá se sentindo bem? RAFAEL: Não sei, eu... Rafael, ainda zonzo tenta andar uns passos a frente, mas começa a virar os olhos e rapidamente despenca pra frente, Amália se assusta, mas consegue amparar Rafael nos braços, que cai desacordado, morto. AMÁLIA: (horrorizada) Ai, meu Deus... Rafa?! Rafa?! Os curiosos começam a olhar e se aproximar, enquanto Amália já em estado de choque, chorando começa a dar tapinhas no seu rosto e chamando pelo seu nome. AMÁLIA: Rafael... Rafael... (Chorando) Rafael... Socorro!!!! Rafael... Enquanto mais curiosos se aproximam, câmera foca embaixo da mesa, onde está Bianca dando sorrisos sutis e maliciosos. BIANCA: Puh... E a casa caiu! Câmera foca em Amália chorando com seu amado nos braços, enquanro curiosos olham. Sem som, com um instrumental triste, câmera se afasta em anglo reto de cima, mostrando o campus todo. FADE OUT///ENCERRA LEMBRANÇA DE JULIANE/// corta para: REALIDADE/PRESENTE AMÁLIA: (chorando) Como ela teve coragem? JULIANE: Como, eu não sei, mas que teve, teve! LÉO: Oh, Amália... calma. (se aproxima e a abraça) JULIANE: Calma que vem muito mais, vocês pediram e vão ter! KATHLEEN: (p/si) Bianca... sua cretina! corta para: CENA 7. MATAGAL QUALQUER DO RIO. EXT. NOITE. Numa imensidão e escuridão, repleta de mato... A frente tem uma casa toda velha e abandonada. Vem estacionando o carro que João está conduzindo, a mando de Bianca. Lá dentro, assustados Marilda e João, enquanto Bianca aponta a arma para os dois. BIANCA: (sorrindo) isso mesmo, seu João. Parou direitinho onde eu mandei. Parabéns, vai ganhar um doce. Agora vamos descer todo mundo. Não acharam que eu ia queimar o carro com vocês dentro não é mesmo? Eu vou fazer isso, mas é só com o carro, essa porcaria tem GPS que eu sei! JOÃO: Por favor, deixe a gente ir. Não vamos contar pra ninguém! MARILDA: É, moça, por favor! BIANCA: (muxoxa) De jeito nenhum! (irritada) Desçam e calam essa boca! Vamos, seu João, desce logo desse carro! Seu João, com muito medo destrava a porta e sob a mira da arma, ele sai do carro aos poucos. Depois Marilda faz o mesmo, pela porta de trás ela sai e Bianca rapidamente com a arma na mão sai dentro do carro. Enquanto Marilda e João se junta Bianca fica atrás deles com a arma apontada. BIANCA: Acho bom ficarem juntos mesmo. Caso um morra, o outro vai junto! Agora façam o que eu mandar. Seu João, abre o porta-malas e pega o litro de gasolina e o isqueiro pra mim. Rápido antes que eu alguém rastreie a gente! Vai, lesma! Seu João caminha junto de Marilda até a parte de trás do carro, Bianca os acompanha e sempre com a arma neles. Seu João força e consegue abrir o porta-malas onde tem várias coisas além de um galão de gasolina com um isqueiro em cima. BIANCA: Esse mesmo, vai. Pega! João alcança e pega o galão com uma mão e o isqueiro com a outra, virando-se pra Bianca. Quando ele vai entregar o galão, Bianca diz: BIANCA: De jeito nenhum! Você acha que eu vou fazer isso, pra vocês fugirem? Não, vocês vão jogar a gasopa e botar o fogo. Andem, anda dona Marilda, só faz tricô as pernas tão duras já? MARILDA: Mal educada! BIANCA: Quer levar bala? Então fica quieta! Todos se afastam e João abre o galão de Gasolina. Depois ele começa a jogar por cima do carro toda a gasolina, que se espalha e mostrada com detalhe pela CAM. Seu João olha pra Bianca, que balança a cabeça dando sinal para ele acender o isqueiro. Seu João se afasta, acende isqueiro e joga-o. O isqueiro é mostrado em CAM LENTA enquanto sobrevoa. Até que ele cai em cima do carro e as chamas começam a consumir todo o veículo. Nisso, Bianca começa a abrir um sorriso imenso. BIANCA: Adoro isso. Vamos afastar antes que exploda. Eu quero que vocês morram, mas eu tenho que matar! Vamos! Bianca e os dois se afastam bastante e o fogo continua. Cam alterna e mostra o fogo consumindo o carro e o sorriso maléfico de Bianca. corta para: FIM DO CAPÍTULO!