Bacharelado em Engenharia Civil FENOMENOS DE TRANSPORTE Profa.: Drd. Mariana de F. G. Diniz ESTÁTICA DOS FLUÍDOS • O comportamento físico de uma partícula sólida pode ser representado e entendido facilmente porque ele constitui uma entidade única de tamanho suficiente e que podemos visualizar também o seu comportamento. Um sólido é uma substância rígida que conserva sua forma contra forças deformantes externas. Extensão das mesmas observações tornam-se mais complexas quando se trata com fluidos já que estamos, com efeito, tratando com uma coleção de partículas "virtuais" que não podem ser visualizadas. • O termo fluido é usado para descrever um objeto ou substância que deve estar em movimento para resistir forças aplicadas externamente. • Um fluido sempre escorre quando forças deformantes lhe são aplicadas. ALGUMAS DEFINIÇÕES..... PRESSÃO A pressão P é definida como uma força F atuando perpendicularmente a uma superfície de área A e é dada por: As unidades S.I. para pressão são Nm-2. Outras unidades são muito usadas na prática, a atmosfera (atm) e o milímetro de mercúrio (mmHg). Dois tipos específicos de pressão particularmente aplicável aos fluidos: • Pressão atmosférica • Pressão hidrostática PRESSÃO ATMOSFÉRICA Representa a pressão média exercida pela atmosfera terrestre ao nível do mar e é definida numericamente como: 1 atm = 1,01 x 10 5 Nm-2 = 1,01 x 105 Pa = 760 mmHg . PRESSÃO HIDROSTÁTICA - Phid É a pressão de um fluido exercida numa profundidade h num fluido de densidade ρ e é dada por: Phid = ρ g h g = aceleração da gravidade • Se uma pressão externa Pext é exercida no fluido, então a pressão total P é a soma da pressão externa e da pressão hidrostática. P = Pext + ρ g h onde a pressão atmosférica, na maioria dos casos, é considerada uma pressão externa. • PRINCÍPIO DE PASCAL O princípio de Pascal estabelece "uma pressão externa aplicada a um fluido confinado será transmitida igualmente a todos os pontos dentro do fluido". • Isto significa que a pressão transmitida não diminui à medida que se propaga pelo interior do fluido. • Este resultado torna possível uma grande multiplicação de forças, como se fosse uma alavanca fluida. • PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES O Princípio de Arquimedes estabelece "um corpo imerso inteiramente ou parcialmente num fluido está sujeito a um empuxo que é igual em magnitude o peso do fluido deslocado pelo corpo“. EMPUXO = peso do fluido deslocado Se o empuxo é igual ou maior que o peso do fluido deslocado, então o objeto permanece flutuando. Entretanto, se o empuxo é menor que o peso do fluido deslocado, então o objeto afunda. FORÇA DE CORPO E DE SUPERFÍCIE De maneira geral, as forças podem ser classificadas em duas categorias: 1. Forças de corpo ou de campo; 2. Forças de superfície ou de contato. • FORÇAS DE CORPO São aquelas que se manifestam através da interação com um campo e atuam sem a necessidade de um contato entre as superfícies dos corpos. Exemplos Peso, devido ao campo gravitacional; Força elétrica, devido a um campo elétrico; Força magnética, campo magnético. devido a um • Essas forças de corpo são proporcionais ao volume V dos corpos. Por exemplo, o peso de um corpo de massa m e volume V, com massa específica ρ, no campo gravitacional terrestre com aceleração g, é dado por: W = ∫∫∫ g dm = ∫∫∫ g ρ dV m V • FORÇAS DE SUPERFÍCIE São aquelas que atuam sobre um sistema por meio de contato com a fronteira do mesmo. Exemplos • Força de atrito; • Forças devidas a pressão; • Forças devidas às tensões cisalhantes nos escoamentos. • Essas forças de superfície são proporcionais à área da superfície sobre a qual atuam. TENSÃO • O conceito de tensão envolve uma força de contato e a área da superfície na qual atua. ΔFn ΔF ΔFt • As quantidades de ΔFn e ΔFt são chamadas de força normal e força cisalhamento, respectivamente. • Lembrando que TENSÃO é definida como força por unidade de área. Podemos considerar dois tipos de tensão atuando no elemento de fluido mostrado anteriormente. 1. TENSÃO NORMAL σn = ΔFn / ΔA 2. TENSÃO DE CISALHAMENTO σt = ΔFt / ΔA Mais especificamente uma tensão é identificada pela direção da força e pela orientação da área sob a qual ela atua. A seguir a figura mostra um elemento de volume na forma de um cubo, onde também são mostradas as nove possibilidades de tensões atuando nesse elemento.