Rede Estadual Boletim informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo Sindiupes Tel.: 27 3421-2400 Secretaria de Comunicação e Divulgação E-mail: [email protected] Março/2014 Informa Magistério público se une em ato público e cobra posição do Legislativo O ato público conjunto, organizado pelo SINDIUPES no dia 18 de março mostrou a unidade e a insatisfação da categoria. Mais de cinco mil educadores/as e funcionários/ da Educação participaram da atividade em Vitória exigindo a aprovação do Plano Nacional de Educação e rechaçando o Projeto de Lei que pretende utilizar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para atualização do Piso Salarial Nacional do Magistério. O ato público foi o modo de participação do Espírito Santo na Greve Nacional, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que envolveu os trabalhadores em educação de todo o país nos dias 17, 18 e 19 de março. 5 mil trabalhadores/as da educação tomaram a frente da Assembleia Legislativa Sindicato vai discutir gestão escolar Uma comissão composta por diretores da entidade e representantes da base discutirá o formato sob o qual deverá se estruturar a eleição direta para diretores de escola da Rede Estadual. A decisão de criar a comissão foi tomada após duas audiências com o Governo onde SINDIUPES e SEDU não chegaram a nenhum acordo sobre este assunto. Está prevista, para a última semana de março, uma reunião na SEDU quando então será discutido, entre outros itens, a instituição do tempo do mandato para os diretores e coordenadores escolares e também um novo modelo para escolha dos gestores escolares. Corte de Ponto sem definição Encontra-se na Secretaria de Estado da Educação, no Grupo de Recursos Humanos, o processo referente à retificação do corte de pontos dos professores no governo de Paulo Hartung (PH), nos anos de 2007, 2008 e 2010. O SINDIUPES fez várias cobranças ao secretário de Educação Klinger Barbosa, durante as audiências realizadas em 2013 e na realizada neste ano de 2014, e até o momento não há nenhuma resposta, favorável ao magistério. Os diretores do SINDIUPES que representam a Rede Estadual continuam na luta, buscando solucionar este problema /sindiupes estado_a4.indd 1 www.sindiupes.org.br 25/03/2014 09:50:59 Março/2014 Boletim do Sindiupes Rede Estadual Veja a situação das devoluções do IPAJM Devolução referente aos anos de 1998 a 2003 Processo n° 024.010.186.856 – Este é um processo que se refere à devolução dos valores pelo Estado do Espírito Santo a título de contribuição previdenciária, durante o período das Emendas Constitucionais nº 20/98 e 41/03. A sentença favorável ao SINDIUPES foi concedida pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública. O SINDIUPES assinou contrato com o contador para que ele faça os cálculos dos valores de cada professor envolvido neste processo. O contador informou que o tempo para efetuar tais cálculos vai de quatro a cinco meses, a contar da data da entrega do processo pelos advogados do sindicato a ele. Nesse cálculo será identificado quem tem direito a receber. Os valores calculados serão encaminhados para a Justiça para contraposição com os valores calculados por parte do governo, e na observância de uma dispa- ridade muito grande entre os valores fornecidos pela parte, o juiz poderá solicitar um terceiro cálculo sendo este definitivo. É necessário tal cálculo pois, caso o IPAJM aceite os valores calculados pelo governo estará abrindo mão de qualquer recurso de valores, posterior ao encerramento do processo. “Tal esclarecimento se faz necessário”. Esta foi uma sugestão de uma professora aposentada participante da reunião dos aposentados realizada no dia 12 de março, na sede do SINDIUPES, ansiosa em receber o mais rápido possível o que lhe é de direito. É necessário compreensão de todos os envolvidos, que aguardem o cumprimento dos prazos solicitados pelo Contador, para que encerre este processo de forma que todos consigam reaver os seus direitos de forma integral. Devolução referente aos descontos na CHE A partir de outubro de 2013, o SINDIUPES conseguiu fazer com que os descontos do IPAJM sobre a CHE – Carga Horária Especial – fossem extintos. Após argumentação dos Diretores do SINDIUPES que os professores não se aposentam com estas horas a mais, a questão foi resolvida de forma pacífica e os representantes do governo presentes naquela audiência entenderam que este desconto era indevido. Agora o SIARHES está em processo de cálculo dos valores que cada professor terá direito como ressarcimento e, neste caso, já é fala do Presidente do IPAJM, José Elias do Nascimento Marçal, que atendeu aos Diretores Alex Menezes Pereira e Gean Carlos Nunes de Jesus numa audiência no dia 25 de fevereiro, que o IPAJM devolverá apenas os últimos cinco anos de descontos indevidos. No fim de março haverá nova audiência no IPAJM para reivindicar todo o retroativo e, não apenas, os últimos cinco anos. NÃO à PPP Em reuniões na SEGER, os diretores do SINDIUPES Gean, Rodrigo, Alex e Mary cobram atendimento às demandas da categoria Escola em tempo integral preocupa Sindicato Em 2014, 17 escolas de tempo integral começaram a funcionarna Rede Estadual, atendendo a meta do Plano Nacional da Educação (PNE) do qual o Sindiupes é favorável. Entretanto, o Sindicato estará vigilante sobre o funcionamento desse novo sistema, pois atualmente não há unidades escolares suficientes para atender a essa nova demanda. O SINDIUPES já manifestou sua preocupação ao Governo 2 estado_a4.indd 2 porque novas escolas deverão ser construídas para atender a essa nova demanda, considerando que em 2014, somente o 1º ano do segundo grau estará com ensino integral e, o restante, no modelo antigo. Já para 2015, essa turma inicial continuará com ensino integral e surgirá nova turma no 1º ano. A preocupação do Sindicato é onde estarão alojados os alunos que não estão estudando em horário integral. O SINDIUPES repudia a Parceria Público Privada (PPP) que vem sendo implementada pelo Governo do Estado na Educação. Com a PPP, o Governo está fugindo à sua responsabilidade de construir escolas e repassa a verba para empresas privadas construirem unidades escolares, sendo ao todo 20 escolas. O Sindicato é contra a PPP porque avalia que o dinheiro da Educação pública não deve ir para as mãos da iniciativa privada. Em audiência com o secretário de Educação, Klinger Barbosa, os diretores do Sindicato ouviram dele que há duas escolas-modelo em fase final de construção na Região Metropolitana de Vitória e que o ensino pedagógico continuará sob responsabilidade do Governo. /sindiupes www.sindiupes.org.br 25/03/2014 09:50:59 Março/2014 Boletim do Sindiupes Rede Estadual Correção do FGTS será objeto de ação no Sindiupes O Sindicato estuda a possibilidade de atuar em favor de associados/as sobre a correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS. O saldo do fundo de garantia é reajustado todo dia 10 de cada mês, respeitando a fórmula de 3% ao ano mais a TR - Taxa Referencial. Desde 1999 esse índice está abaixo da inflação registrada no ano, de acordo com o INPC, com exceção de 2005 e 2006. Esta diferença se tornou ainda maior em 2013, quando a Taxa Referencial (TR) teve o pior desempenho já registrado. Por meio de ações individuais ou coletivas, milhares de trabalhadores travam luta na Justiça para ter o direito ao FGTS de maior valor. O SINDIUPES identificará os/as profissionais da Educação que têm direito ao FGTS e também qual tipo de ação impetrará, se individual ou coletiva, e como proceder. No entanto, o Sindicato entende que não se trata de uma questão pacífica, haja vista que todas as decisões judiciais solicitando a correção do FGTS, solicitadas individual ou coletivamente em outros estados do país estavam sendo desfavoráveis. Fórum de capacitação dos professores do Ensino Médio O SINDIUPES fará parte do fórum que trata da capacitação dos/as professores/as do ensino médio, em horário de serviço. No Espírito Santo serão 6.500 vagas destinadas a educadores/as capixabas. A capacitação acontecerá neste ano de 2014, numa parceria entre o MEC, SEDU e UFES. 3 estado_a4.indd 3 Cálculo das perdas acumuladas desde 1994 Caso as ações sejam vitoriosas na Justiça, os reclamantes poderão quase dobrar seus rendimentos. Para quem entrou no mercado de trabalho a partir de janeiro de 1999, as correções podem atingir até 41%. Manobra impede o Reenquadramento devido O Governo, numa manobra para enganar a categoria mais uma vez, está pagando apenas os valores relativos aos cinco anos anteriores à data da publicação do Decreto. Ele alega que os direitos adquiridos, quando não reclamados há mais de cinco anos, prescrevem em instâncias judiciais. O Decreto nº 2053-S de 25/09/2013 concedeu o reenquadramento, conforme o parágrafo único do Art. 82 da Lei Complementar nº 115 publicado em 14/01/1998. No mês de outubro/2013, mais de 1200 professores receberam já em suas referências corretas e, no mês de novembro, receberam os valores devidos dos meses de janeiro a setembro de 2013. A partir de janeiro de 2014 e até o mês de maio, os professores deve- riam receber os valores retroativos, conforme o Decreto menciona: “retroagindo seus efeitos às datas constantes no Anexo Único”. Não foi isso que aconteceu. Esse fato foi diferente do que ocorreu em 2010, quando os profissionais do magistério contemplados pelo Decreto nº 1489-S, publicado em 29/11/2010, receberam de forma integral (em uma única parcela) todos os valores devidos desde o ano de 1998 até o ano de 2010. O SINDIUPES estudará uma forma para que, nem que seja judicialmente, o Governo trate todos os professores que têm direito a este reenquadramento da mesma maneira. A secretaria disse que definirá, agora em abril, o critério para que se publique o nome de mais servidores que tem direito a este reenquadramento. /sindiupes www.sindiupes.org.br 25/03/2014 09:50:59 Março/2014 Boletim do Sindiupes Rede Estadual Governo mente e diz que paga o piso O secretário de Estado da Educação Klinger Barbosa usa a imprensa para mentir sobre o piso salarial do magistério estadual. Diz que cumpre a lei nacional do Piso, mas a realidade é bem outra Durante todo o mandato do Governador Renato Casagrande o reajuste concedido ao magistério público, assim como às demais categorias, não tem atingido nem os Índices da Inflação, tanto para os profissionais que estão na modalidade Vencimento, estes com defasagem exorbitante, como os que estão na modalidade de Subsídio e recebem também abaixo do mínimo do PSPN. Os índices de reajustes são os mesmos concedidos às demais categorias como reajuste linear. Só no período do Governo de Renato Casagrande, até a presente data, acumula-se uma perda de resíduos inflacionários de 10,74% segundo o INPC/IBGE, sem contar com as perdas salariais históricas da categoria. Quando falamos da aplicação da Lei do Piso - Lei 11.738 de 16 de julho de 2008, publicada no DOU no dia 17 de julho de 2008 - no que diz respeito aos seus Artigos 2º e 5º o Governo apresenta uma forma de pagamento que só convence àquele que não está no magistério. Exemplos: Situação A – Um professor de nível I e referência 10 – aquele que tem o Curso Normal e 20 anos de trabalho – recebe, atualmente, de vencimento base, o valor de R$ 723,26. Situação B – Um professor de nível IV e referência 5 – aquele que tem um Curso Superior e 10 anos de trabalho – recebe, de vencimento base, atualmente o valor de R$ 948,86. De acordo com a Lei do Piso e com o Plano de Carreira vigente na Rede Estadual: Na Situação A – o professor de nível I e referência 10 deveria receber, desde o mês de janeiro, o valor de R$ 1.384,18 de acordo com o MEC e, R$ 2.145,71 de acordo com cálculos da CNTE e que é o que o nosso sindicato defende. Na Situação B – o professor de nível IV e referência 5 deveria estar recebendo, desde o mês 4 estado_a4.indd 4 de janeiro, o valor de R$ 1.815,92 de acordo com o MEC e, R$ 2.814,98 de acordo com cálculos da CNTE. Mas o governo tem outro entendimento para a aplicação da Lei do Piso. Veja como o Governo diz que paga o Piso: Situação A – O governo dá uma complementação de R$ 337,60 para que na soma com seu vencimento este professor receba R$ 1060,86 (piso para o professor nível I e referência 1 – de acordo com o MEC). Situação B – O governo dá uma complementação de R$ 112,00 para que na soma com seu vencimento este professor receba R$ 1060,86. Desta forma, se o vencimento base do profissional está abaixo do piso para o professor de nível I e referência 1, que é de R$ 1060,86 desde janeiro, ele recebe uma complementação para chegar a este valor, não importando qual seja sua formação ou tempo de trabalho prestado ao estado. Assim, o Governo descumpre o Artigo 2º da Lei do Piso e também a lei que institui o Plano de Carreira para o Magistério. Para se adequar à Lei do Piso, em relação ao vencimento base, o Governo teria que fazer a reposição das perdas salariais para o magistério, hoje, na ordem de 91,38% para atingir o valor determinado pelo MEC ou, de 196,67% baseado no que orienta a CNTE. Ação de Paridade Subsídio -Processo nº 024.090.070.749 O Sindicato pretende que o vencimento dos professores da Rede Estadual, que não optaram pelo subsídio, seja o mesmo dos que optaram. O processo, no momento, aguarda o cumprimento de prazo, ou seja, o SINDIUPES pagou as custas processuais devidas e, agora, aguarda julgamento. Ação do Piso Nacional - Processo nº 024.12.004304-7 Discute a aplicação correta do Piso Salarial Nacional que contempla os ativos e aposentados. O Estado já apresentou a contestação e a próxima fase é a apresentação de resposta este fato e, possivelmente, depois deverá ser remetido para apreciação do Juiz. /sindiupes www.sindiupes.org.br 25/03/2014 09:50:59