Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Mapeamento Internacional da Cadeia de Produtos e Serviços de TIC para REI SUMÁRIO EXECUTIVO 1 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Dilma Rousseff Presidenta MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR Mauro Borges Lemos Ministro AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL - ABDI Presidente Mauro Borges Lemos Diretora Maria Luisa Campos Machado Leal Diretor Otávio Silva Camargo Chefe de Gabinete Lúcia Maria Pereira Ervilha ©2014 – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) SUPERVISÃO Maria Luisa Campos Machado Leal Diretora EQUIPE DA ENTIDADE EXECUTORA - iAPTEL EQUIPE TÉCNICA DA ABDI Carla Maria Naves Ferreira Gerência de Projetos II José Gonçalves Vieira - Presidente do iAPTEL Equipe Técnica: Claudionel de Campos Leite Coordenação do Complexo Eletro Eletrônico Carlos Venicius Frees Especialista Líder do Projeto Isabela Mendes Gaya Lopes dos Santos Analista do Projeto Cláudio Ribeiro Lima (Coordenador Técnico) Adriano César Santana Augusto José Venâncio Neto Rafael Nielson Gustavo Batista de Castro e Souza Rafael Ribeiro de Carvalho Vaz Marcos Lajovic Carneiro Gerente de Comunicação Oswaldo Buarim Junior Coordenação de Comunicação Simone Zerbinato Capa Juliano Cappadocio Batalha Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) SUMÁRIO PREFÁCIO ........................................................................................................................................................................ 4 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................... 5 2. METODOLOGIA ...................................................................................................................................................... 5 3. MERCADO GLOBAL DE REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES ...................................................................................... 7 4. VISÃO INTEGRADA DAS TECNOLOGIAS DE REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES - TENDÊNCIAS MUNDIAIS .............. 8 5. INVESTIMENTOS E NÚMERO DE PROJETOS DE REI POR ÁREA DE APLICAÇÃO ..................................................... 9 6. DESAFIOS DAS REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES (REI) A NÍVEL MUNDIAL ............................................................ 9 7. O IMPORTANTE PAPEL DO CONSUMIDOR NO DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE REI ................ 11 8. A IMPORTÂNCIA DA COORDENAÇÃO DO GOVERNO NO PROCESSO .................................................................. 12 9. MOTIVADORES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES DOS PAÍSES SELECIONADOS .... 13 10. MAPEAMENTO DOS PROJETOS DE REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES DOS PAÍSES SELECIONADOS................ 15 10.1. PROJETOS DEMONSTRAÇÃO: CORRELAÇÃO DOS PROJETOS INTERNACIONAIS COM OS NACIONAIS............ 19 10.2. MODELOS EM IMPLANTAÇÃO: SIMILARIDADES E DIFERENÇAS COM OS MODELOS EM IMPLANTAÇÃO NO BRASIL DESTACANDO VANTAGENS COMPARATIVAS ................................................................................................... 39 11. MAPEAMENTO DAS EMPRESAS FORNECEDORAS INTERNACIONAIS .............................................................. 40 12. MAPEAMENTO DOS CPD&IS INTERNACIONAIS ............................................................................................... 54 13. CONCLUSÕES ................................................................................................................................................... 58 13.1. Principais Ações das Políticas Públicas de REI Adotadas nos Países ............................................................... 58 13.2. Projetos e Iniciativas de Redes Elétricas Inteligentes Adotados nos Países .................................................... 62 13.3. Empresas Fornecedoras e CPD&Is Internacionais Atuantes em REI ............................................................... 63 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................................... 64 15. ANEXOS (TABELAS COMPLEMENTARES) ......................................................................................................... 65 16. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................... 80 FIGURAS Figura 1 - Países Mapeados no Estudo da Cadeia Produtiva Internacional de REI.(fonte: Elaboração Própria) ......... 6 Figura 2 - Metodologia Utilizada no Mapeamento da Cadeia Produtiva Internacional de REI. .................................. 7 Figura 3 - Projeção de Crescimento do Mercado Global de REI (2012-2020) (fonte: GTM Research) ........................ 7 Figura 4 - Penetração Mundial de Medidores Inteligentes (fonte: IEA). ..................................................................... 8 Figura 5 - Visão Integrada da REI Mundial (fonte: IEA). ............................................................................................... 8 Figura 6 - Número de Projetos de REI por Área de Aplicação (em 8 dos 11 países selecionados) (fonte: IEA)........... 9 Figura 7 - Número de Projetos de REI por Área de Aplicação (inclui países complementares aos 11 selecionados) (fonte: IEA). .................................................................................................................................................................. 9 Figura 8 - Distribuição dos Tipos de Aplicação em Função do Nº de Projetos (%) . (Fonte: Elaboração Própria). .... 21 Figura 9 - Mapeamento das Empresas Internacionais de REI. . (Fonte: Elaboração Própria).................................... 52 Figura 10 - Representação das Empresas pelo Percentual de Participação do País. . (Fonte: Elaboração Própria) .. 52 Figura 11 - Distribuição de Produtos das Empresas Internacionais por Área de Aplicação Tecnológica de REI. ...... 53 Figura 12 - Projetos das Empresas Internacionais por Subárea de Geração Distribuída. . (Fonte: Elaboração Própria)....................................................................................................................................................................... 53 Figura 13 - Área de Atuação das Empresas Internacionais por Segmento Específico de REI. ................................... 54 Figura 14 - Gráfico de CPD&Is Identificados e Detalhados por País. . (Fonte: Elaboração Própria) .......................... 55 Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 3 Figura 15 - Mapeamento dos CPD&Is Internacionais com Projetos de REI que Foram Detalhados. ........................ 57 Figura 16 - Distribuição dos CPD&Is Internacionais por Área de Aplicação de REI. (Fonte: Elaboração Própria) ..... 57 TABELAS Tabela 1 - Resumo dos Motivadores do Desenvolvimento de REI Internacional. ..................................................... 15 Tabela 2 - Projetos Demonstração em REI dos Países Mapeados. ............................................................................. 16 Tabela 3 - Correlação entre Projetos Internacionais e Nacionais de REI. .................................................................. 19 Tabela 4 - Correlação e Avaliação Comparativa entre Projetos Internacionais e Nacionais de REI. ......................... 23 Tabela 5 - Lista das 150 Empresas Fornecedoras de REI Detalhadas neste Estudo, com Identificação do País de Origem, Grupo Controlador, Número de Funcionários e Filial no Brasil (Quando Aplicável).................................... 41 Tabela 6 - Mapeamento das 150 Empresas Internacionais por Subárea de Aplicação Tecnológica de REI. ............. 46 Tabela 7 - Mapeamento dos 28 CPD&Is Internacionais por Subárea de Aplicação Tecnológica de REI.................... 55 Tabela A.1 - Lista de Todas as Empresas Identificadas (491) com Atuantes em REI Agrupadas por País..................65 Tabela A.2 - Lista de Todos os CPD&Is Identificados (108) com Projetos em REI Mapeados por País......................76 PREFÁCIO Num contexto amplo da política industrial e dentro das diretrizes do Plano Brasil Maior (PBM), as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) são consideradas forças propulsoras para a indústria brasileira ocupar novos espaços competitivos em cadeias produtivas internacionalizadas e densas em conhecimento. Alinhado a este cenário, no âmbito do “Programa Brasileiro para Desenvolvimento da Indústria Fornecedora de TIC para Redes Elétricas Inteligentes (REI)”, a ABDI-Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial realizou um levantamento do Mapeamento Nacional e Internacional da Cadeia de Produtos e Serviços de TIC para Rede Elétrica Inteligente (TIC-REI) com o objetivo de identificar e analisar recomendações estratégicas, gerando subsídios para o aperfeiçoamento e a consolidação de medidas a serem incorporadas na “Agenda Setorial TIC” do PBM. O levantamento da cadeia produtiva nacional de TIC-REI foi realizado em agosto de 2014. Este relatório apresenta os resultados do Mapeamento Internacional da Cadeia de Fornecedores de TIC-REI, abrangendo mais de 10 países. Outras etapas foram previstas, incluindo o mapeamento de normas padrões e regulamentos, a análise de mercado, a identificação de modelos de negócio e a avaliação crítica de importações. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 4 1. INTRODUÇÃO O mapeamento das competências, experiências e implementações de ações, projetos, entidades (concessionárias, empresas fornecedoras e CPD&Is) e políticas públicas em Redes Elétricas Inteligentes (REI) nos países selecionados neste estudo é importante para se desenvolver um “benchmarking” internacional e compreender o contexto mundial sobre o assunto. Essas ações, projetos e políticas adotadas em cada país diferem nos aspectos e motivadores econômicos, sociais e ambientais de cada um deles. Apesar dessas divergências de motivadores e ações, no contexto geral, a implementação de REI prossegue dentro de modelos previsíveis por estar apoiada em pilares tecnológicos comuns a todos. Esses “pilares estruturantes”, que são os Sistemas Elétricos de Potência (SEP) e as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), dominam todas essas inciativas, sendo o TIC-REI a mais importante de todas elas por embasar o real conceito de “REI”, inserindo e gerenciando a “inteligência” no setor elétrico antes não contemplada. Esse trabalho visa ampliar o escopo desenvolvido no Mapeamento da Cadeia Produtiva Nacional de TIC/REI para abordar questões semelhantes no contexto internacional. Para isso, foram identificados, investigados e mapeados 11 (onze) países representativos da REI em nível internacional, sendo realizada uma análise detalhada de cada um deles em relação a: i) políticas públicas para REI, ii) projetos e iniciativas em RE| nas concessionárias e governos em nível Internacional, e iii) empresas fornecedoras e centros de pesquisas, desenvolvimento e inovação (CPD&Is) desses países. De forma a complementar informações consideradas relevantes foram também observados dados adicionais de outros países (al[em dos 11 identificados), quando pertinentes ao contexto avaliado neste estudo. Esse mapeamento internacional é importante para entender o contexto internacional e nortear as ações que possam moldar as decisões e iniciativas para a criação de Proposições de Políticas Públicas de Redes Elétricas Inteligentes no Brasil. 2. METODOLOGIA As informações contidas nesse documento foram identificadas, classificadas e analisadas por relevância do tópico para o mapeamento da cadeia produtiva de TIC/REI de cada país alvo, num total de 11 (onze) países selecionados para esse estudo. Estes países foram identificados pela ABDI, por se destacarem no cenário mundial com experimentos, pilotos e investimentos comerciais neste segmento. A Metodologia adotada nesse estudo contemplou as seguintes etapas: Informações recebidas das embaixadas e consulados dos países envolvidos por solicitação oficial da documentação por parte da ABDI com o apoio Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores -MRE); Pesquisa de documentos relevantes dos projetos e países, baseada na Internet; Questionários elaborados e enviados via Internet; Entrevistas com as principais entidades e organismos influenciadores de REI nos países alvos (em alguns casos); e Visitas técnicas e missões internacionais da equipe do projeto a alguns dos países selecionados. Os projetos e entidades desse levantamento foram classificados pelas principais Áreas Tecnológicas de REI, segundo a classificação da ANEEL/ABDI, sendo elas: MI - Medição Inteligente (ou IMA-Infraestrutura de Medição Avançada); AD - Automação da Distribuição (que também inclui Automação da Subestação - AS); GD - Geração Distribuída, Microgeração e Arranjos Técnicos e Comerciais; o GD Fotovoltaica (GD F), GD Eólica (GD E), GD Heliotérmica (GD H), GD Biogás (GD B) e GD Outros (GD O). Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 5 TELECOM - Telecomunicações; TI - Tecnologias de Informação; EI - Edifícios Inteligentes (Industrial, Comercial e Residencial); ARM - Sistemas de Armazenamento Distribuído e Baterias; VEH - Veículos Elétricos, Híbridos e Sistemas de Carga; CSM - Serviços ao Consumidor; OUTRO - Outros Correlatos / Áreas Transversais. A Figura 1 mostra os países mapeados em termos de políticas públicas, projetos e entidades (Empresas e CPD&Is) de REI. Os seguintes países foram mapeados nesse trabalho: EUA, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Portugal, Espanha, França, China, Coréia do Sul, Japão e Austrália. Um fato acorrido durante o levantamento de informações foi o interesse de participação de outros países que estabelecem relação com o Brasil, que não foram alvo do mapeamento inicial, identificados no decorrer deste mapeamento internacional (Citando: Itália, Dinamarca, Holanda, Irlanda, Suíça e Suécia). Informações destes países foram identificadas, quando o contexto demonstrava-se relevante para comparações com o Brasil, desta forma os indicadores apresentados nesta pesquisa poderão sofrer alterações. Figura 1 - Países Mapeados no Estudo da Cadeia Produtiva Internacional de REI.(fonte: Elaboração Própria) Os indicadores apresentados nesta pesquisa são dinâmicos e podem sofrer alterações futuras à medida que novas instituições dos países alvo são identificadas e categorizadas nas áreas tecnológicas apresentadas. A Figura 2 ilustra os passos da metodologia utilizada nesse relatório, onde primeiramente é abordado o contexto macro-estratégico das Políticas Públicas de REI dos países pesquisados. Em seguida, são identificados os principais projetos e iniciativas, segundo a área tecnológica de REI, de cada país. Por fim, são identificados e mapeados as Empresas Fornecedoras e os CPD&Is atuantes ou relevantes ao mapeamento de cada país. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 6 Figura 2 - Metodologia Utilizada no Mapeamento da Cadeia Produtiva Internacional de REI. (fonte: Elaboração Própria) 3. MERCADO GLOBAL DE REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES Projeta-se um Crescimento Médio Anual de 8.4% entre 2013-2020 no Mercado Global de Redes Elétricas Inteligentes (REI), com possibilidade de superar o valor acumulado de US$ 400 bilhões no ano de 2020. A Figura 3 mostra uma estimativa desse crescimento por região a nível mundial, incluindo os mercados de REI considerados “emergentes” (Ásia-Pacífico, China e América Latina). Destacam-se, nesta figura, a América do Norte e a Europa com grande participação no Investimento Médio Anual em REI nos próximos anos. Estima-se, para a América Latina, um investimento anual da ordem de US$ 5-18 bilhões em REI, entre os anos 2015 e 2020. Observa-se, por fim, que a curva de Investimento Global em REI começa a se acomodar a partir de 2020. Figura 3 - Projeção de Crescimento do Mercado Global de REI (2012-2020) (fonte: GTM Research) Estima-se que grande parte do Mercado Global de REI seja dominada pela área de aplicação Medição Inteligente (MI). A Figura 4 mostra a evolução projetada por continente em termos de “Instalação de Medidores Inteligentes”, na qual percebe-se a liderança acentuada de países Norte-Americanos e Europeus com penetrações superiores a 80% entre os anos de 2019 e 2022. Para a América Latina é esperado uma penetração média (liderada pelo Brasil) acima de 20%, a partir de 2019. É importante destacar que o Investimento Médio Anual em REI atingirá penetrações da ordem de 60% em 2021. Assim, o Modelo do REI centrado na área de aplicação Medição Inteligente, atua como principal “carrochefe” e tecnologia chave para o mercado. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 7 Figura 4 - Penetração Mundial de Medidores Inteligentes (fonte: IEA). 4. VISÃO INTEGRADA DAS TECNOLOGIAS DE REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES - TENDÊNCIAS MUNDIAIS Em uma visão simplificada, a Figura 5 ilustra as principais áreas de aplicação dos modernos Sistemas Elétricos de Potência (SEP) de próxima geração com foco em inteligência, automação e descentralização dos ativos energéticos, que podem ser subdivididos nas seguintes “Categorias Tecnológicas”: Fontes Centralizadas Tradicionais de Geração de Energia, Calor/Aquecimento - Geralmente utilizando combustível fóssil ou não (ex.: hidroelétricas ou térmicas); “Novas” Fontes de Energia Renovável (Eólica, Solar Fotovoltaica, Solar CSP, Biomassa/Biogás, etc.) - Novas fontes de energia alternativas consideradas; Sistemas Inteligentes de Transmissão e Distribuição, e Subestações - Controle de perdas técnicas e não técnicas, automação de redes e gestão energética; Sistemas de Armazenamento de Energia - Parte do RED (Recursos Energéticos Distribuídos); Eletrificação do Transporte - Veículos Elétricos e Híbridos/Plug-in (com diversas tecnologias); Recursos Energéticos Distribuídos (RED) - Geração Distribuída (solar, eólica, etc.), sistema de armazenamento de energia, dentre outros. Figura 5 - Visão Integrada da REI Mundial (fonte: IEA). Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 8 5. INVESTIMENTOS E NÚMERO DE PROJETOS DE REI POR ÁREA DE APLICAÇÃO As Figuras 6 e 7 apresentam o número de projetos de REI a nível mundial por área de aplicação e por país. Observa-se, nessas figuras, a liderança de países do Reino Unido lideram com 11 (onze) projetos, tendo como carro chefe a área “Integração de Renováveis”, seguido pela França, Estados Unidos e Alemanha. Nota-se também que a Alemanha é a mais prolífica em termos de projetos em diferentes áreas de aplicação de REI, em contraponto com a Espanha, que prioriza fortemente projetos de “Integração de Renováveis”. Figura 6 - Número de Projetos de REI por Área de Aplicação (em 8 dos 11 países selecionados) (fonte: IEA). Figura 7 - Número de Projetos de REI por Área de Aplicação (inclui países complementares aos 11 selecionados) (fonte: IEA). 6. DESAFIOS DAS REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES (REI) A NÍVEL MUNDIAL Vários projetos mundiais de REI (Smart Grid) estão sendo desenvolvidos e muitos já se encontram em operação com desempenho considerado adequado. Projetos de REI complexos, como por exemplo, os projetos das Ilhas Miyako e Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 9 Hachinohe, no Japão, e da Ilha de Jeju, na Coreia do Sul estão em plena operação e projetos semelhantes estão em andamento em outras regiões. É importante ressaltar que os blocos construtivos e as importantes aplicações de REI são desenvolvidos nesses projetos. Há um grande número de projetos que implementam diversas áreas de aplicações tecnológicas, incluindo as áreas “Medição Inteligente (MI)” e “Infraestrutura de Veículo Elétricos (VEH)”, assim como projetos explorando soluções mais avançadas de “Armazenamento de Energia” (ARM), tanto nas premissas do Consumidor como em Subestações do Reino Unido, do Japão e da Coreia do Sul. Por fim, sistemas de gestão de energia para casas e edifícios estão em desenvolvimento e diversas concessionárias estão implementando sistemas de controle de rede centralizados ou descentralizados. Ainda assim, há enormes desafios para o desenvolvimento da REI. Avanços tecnológicos estão sendo implementados de forma muito acelerada e superando os esforços envolvidos no desenvolvimento e atualização dos Padrões Técnicos e dos Marcos Regulatórios da REI. Portanto, há o risco de que as novas tecnologias inseridas em ritmo acelerado não atendam aos padrões de evolução ou regulamentação, impondo restrições relativas a questões de interoperabilidade entre sistemas, o que tem se mostrado um dos grandes desafios na implementação da REI a nível mundial. Consequentemente, regulamentos ou normas desenvolvidos para tratar de questões específicas da REI se posicionam à margem desses desenvolvimentos, correndo o risco de perderem a relevância e serem superados pelo avanço do desenvolvimento tecnológico. É importante destacar que muitos sistemas de energia projetados no passado foram baseados em padrões proprietários e que muitos ainda continuam utilizando esses padrões pela ausência de padrões abertos em determinadas áreas da REI. O aumento exponencial do número de dispositivos inteligentes interligados nas redes de distribuição e transmissão de energia da REI torna vantajoso a definição e o uso de Padrões de Interoperabilidade, similares aos desenvolvidos nas áreas de telecomunicações, informática e nas indústrias de eletrônica de consumo. Além disso, a introdução cada vez maior de sistemas eletrônicos e de Tecnologia de Informação (TI) nos sistemas eletromecânicos das tradicionais redes de energia elétrica aumenta consideravelmente o risco de intrusão e ataques ao sistema. Logo, uma política de caráter dinâmico na área de “Segurança Cibernética” (Cyber Security) se faz necessária para proteger os novos ativos de REI que estão sendo implementados. Neste contexto, um importante desafio é o engajamento do consumidor no processo de implementação de programas de REI. A informação incorreta e inadequada dos benefícios esperados de um projeto de REI para as partes interessadas (concessionárias e consumidores) foi citada como uma das razões para a impopularidade do Projeto “SmartGridCity”, em Boulder City, no Colorado-EUA. Existe risco das concessionárias serem excessivamente “tecnocráticas”, focadas apenas na inserção de novas tecnologias e de projetos pilotos. Em suas abordagens para projetos, frequentemente subestimando a participação do consumidor no processo, mesmo naqueles que visam modificar ou suportar certos comportamentos de consumo, pode haver consequências negativas, especialmente em um cenário de aumento dos preços da energia elétrica. As respostas dos consumidores com menos recursos nos pilotos na área de Medição Inteligente (MI) na Austrália e na Europa e a baixa participação dos consumidores em outros projetos de REI são exemplos. Fica claro que uma melhor comunicação com as partes interessadas, priorizando os benefícios centrados no consumidor, além das melhorias operacionais esperadas para a própria concessionária, deve ser enfatizada como estratégia a ser implementada em um projeto de REI (Smart Grid). Para mitigar alguns desses riscos é importante estabelecer um “Ambiente Regulatório” estável e favorável para a atração de investimentos de médio e longo prazo e desenvolver um “Modelo Econômico” de REI. Para que isso ocorra, Programas Governamentais de Redes Elétricas Inteligentes (REI - Smart Grid) precisam ser desenvolvidos de forma a criar uma visão e diretrizes básicas de um planejamento energético de médio e longo prazo, considerando os modernos conceitos de REI em todas as suas Áreas de Aplicação Tecnológica. Assim, pode-se estabelecer um melhor “Planejamento de Investimentos” para o setor, criar “Marcos Regulatórios” que apoiem e se adaptem constantemente ao desenvolvimento tecnológico e estabelecer uma “Política Industrial” para suportar a dinamização de uma nova economia que irá promover forças de trabalho especializadas, novos Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 10 produtos, serviços e, consequentemente, um novo “horizonte industrial”. Portanto, criar um arcabouço de políticas públicas em vários setores da economia, incluindo o setor científico e tecnológico, industrial e de meio ambiente vinculado a um Programa Governamental de Redes Elétricas Inteligentes é crucial para o sucesso dessa nova indústria. 7. O IMPORTANTE PAPEL DO CONSUMIDOR NO DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE REI O engajamento do consumidor, agente “pagador final” da conta de energia elétrica, é fundamental para o sucesso das REI e deve fazer parte da estratégia governamental e das concessionárias em qualquer país que deseje o sucesso dos investimentos neste setor. O engajamento voluntário do consumidor é o ideal e desejado, sobretudo levando-se em conta que a REI só pode existir com o apoio do governo e os governos dependem do apoio popular. A participação do consumidor no sistema de energia é relativamente nova como um “conceito popular”. Há movimentos de consumidores no sentido de se obter maior autonomia energética com a “geração própria” de energia através de fontes de micro e mini-geração distribuída via fontes de energia renovável (solar fotovoltaico, biogás, eólico, dentre outras), com a introdução do novo conceito de Geração Distribuída (GD), uma das aplicações mais importantes e promissoras da REI. Devido a motivação nem sempre ser um processo considerado “orgânico”, o estímulo externo pode se fazer necessário. Na sua maioria, países que estão implementando o conceito de REI já introduziram ou pretendem introduzir alguma forma de Tarifação por Tempo de Uso (TOU) com o propósito de induzir as mudanças comportamentais desejadas no hábito de consumo da população. Em projetos que visam a redução de consumo de energia, essas reduções podem atingir média entre 2,5% a 15% de redução com a introdução de Medidores Inteligentes. Alguns projetos, como por exemplo, o "EcoGrid” na União Europeia, experimentam novos incentivos financeiros adicionais, tornando os consumidores “vendedores” no mercado de energia elétrica, delegando aos mesmos a oportunidade de vender energia para a concessionária. De modo a permitir a participação do consumidor no sistema de energia, os mesmos devem ter acesso a informação para tomar as decisões corretas. Para isso, a tecnologia de Medição Inteligente, o AMI, e os sistemas de automação das residências (HAN: Home Area Network), de prédios comerciais (BAN: Building Area Network) e de estabelecimentos industriais (IAN: Industrial Area Network) são as infraestruturas básicas necessárias para permitir a participação dos consumidores de forma eficaz no sistema. O AMI atualiza constantemente, em curtos intervalos de tempo (ex.: 5 min), os dados de consumo de energia elétrica disponibilizando-os às concessionárias e aos clientes. Pode também informar o consumo de energia do cliente através de portais web, aparelho celular, televisão, Internet, dentre outros, incluindo as variações de preços (informações sobre preços na modalidade “TOU”), e prover melhores diagnósticos energéticos com perfis e hábitos de consumo. Com essas informações monitoradas em curtos intervalos de tempo, os consumidores podem atuar de forma proativa na redução do consumo de suas residências. Essas mesmas soluções também se aplicam aos consumidores comerciais e industriais. Equipando esses consumidores com sistemas de gestão de energia, incluindo as soluções de armazenamento de energia, capacita-os ainda mais, tornando-os independentes e ativos como vendedores no mercado de energia elétrica. Por outro lado, há também reações muito negativas de consumidores e relatos de resistência à projetos que incorporam versões do preço TOU e tecnologias de “Resposta a Demanda” (DM: Demand Response). Na Holanda, a implementação de Medição Inteligente foi interrompida em resposta aos protestos de consumo com base em preocupações relativas à privacidade. A implantação foi retomada, embora de forma modificada, permitindo que os clientes pudessem optar pelas instalações de Medidores Inteligentes. No estado Australiano de Victoria, a resistência do consumidor aos medidores inteligentes e à inserção obrigatória do esquema tarifário TOU foi extensivamente noticiada na imprensa. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 11 Ações coletivas nos estados da Califórnia e do Texas, nos Estados Unidos, alegando superfaturamento nas contas de energia dos consumidores, levantaram preocupações, além de alegações relacionadas com a saúde e privacidade. A má comunicação entre as partes interessadas contribuíram para a resposta negativa ao projeto “SmartGridCity”, em Boulder, Colorado-EUA. As preocupações dos consumidores também têm alimentado o debate na Grã-Bretanha colocando em pauta a obrigatoriedade da instalação de Medidores Inteligentes. A partir destes exemplos, observa-se que (a) a falta de sensibilidade nas questões centradas no consumo, como a privacidade e a segurança, pode comprometer um projeto de REI e (b) questões sobre o modelo de investimento em REI, principalmente sobre quem vai “pagar a conta” dos sistemas de Medição Inteligente, são bastante relevantes. Em geral, há necessidade de uma estratégia nacional de engajamento do consumidor. Em alguns projetos de REI as concessionárias envolvidas estão tentando montar campanhas de sensibilização dos consumidores que são, em essência, metas de políticas sociais. Essa inexperiência das concessionárias em tratar a questão do engajamento do consumidor na oferta de novos serviços é considerada comum, pois elas são tipicamente provedoras de monopólio, se abstendo do esforço de conquista de consumidores. No entanto, algumas concessionárias possuem departamentos de marketing orientados ao consumidor. Por fim, cabe ressaltar que o governo do Reino Unido lançou um projeto de estratégia de engajamento do consumidor visando a implantação planejada de sistemas de Medição Inteligente, algo inovador quando comparado à iniciativas de outros países nesta área das REI. 8. A IMPORTÂNCIA DA COORDENAÇÃO DO GOVERNO NO PROCESSO Investimentos governamentais significativos promovem a maioria das iniciativas dos países na implantação de programas de Medição Inteligente e de REI (Smart Grid), focados principalmente em gastos em projetos de P&D e, numa segunda fase, na implantação comercial dessas soluções. Em todos os países, a indústria de energia elétrica é normalmente dominada por “fornecedores de monopólio” em um mercado altamente regulado, onde o governo exerce o controle de preços através de Órgãos Reguladores. Os governos são, portanto, os agentes que definem um Programa e uma Política de REI para o setor de energia elétrica do país e também fornecem Modelos de Financiamento de seu desenvolvimento. Assim, devido ao controle que os governos exercem na implementação da REI, eles assumem responsabilidades significativas para o sucesso ou fracasso da mesma. Cabe aos governos estabelecer um ambiente estável, transparente e com horizontes de longo prazo (“Roadmaps”) para incentivar o investimento e facilitar a cooperação entre as autoridades reguladoras e a indústria do país. Por estas razões, o governo, em colaboração com a indústria, está, sem dúvida, na melhor posição para obter o que pode ser o fator crítico para o sucesso: o apoio do consumidor. Os governos têm adotado a REI como ferramenta fundamental para promover os objetivos políticos que são, em última instância, importantes para o indivíduo, mas a necessidade premente é, em muitos casos, percebida como não sendo de interesse do cidadão pela “falta de comunicação” dos benefícios e um melhor engajamento do consumidor, conforme discutido anteriormente. Portanto, para as iniciativas de REI obterem sucesso, os governos devem desempenhar um papel de liderança na mediação dessa relação, articular melhor a comunicação com os consumidores, protegendo e defendendo os interesses dos mesmos no desenvolvimento da REI. Atualmente, as empresas de energia, fornecedores e as nações já se deslocam do primeiro estágio de desenvolvimento das REI que é a articulação de uma visão do conceito para a implementação das primeiras fases de seus programas de governo. O que está se tornando cada vez mais evidente é que o desenvolvimento das REI a nível mundial não é tanto um destino mais um processo contínuo. Com isso, exige-se um contínuo acompanhamento por parte dos governos e das empresas para constantes atualizações de implementações e desenvolvimentos de políticas públicas. Assim, é importante para o desenvolvimento das REI a criação de um organismo ou instituição responsável pelas ações de governo, que possa Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 12 coordenar e atualizar esse processo constantemente. Há, contudo, os componentes de arquitetura, hardware e processos comuns que serão implantados em todas as Redes Elétricas Inteligentes a nível mundial. No entanto, cada solução irá evoluir de forma diferente dependendo dos pilotos locais, requisitos e desenvolvimentos tecnológicos das bases instaladas, motivadores (“drivers”) e particularidades de cada país. Cabe observar que a “Política Pública Industrial” de REI é apenas uma das várias políticas adotadas por cada país dentro de um arcabouço de opções, incluindo investimentos e fomento, ciência e tecnologia, tributos e incentivos, sendo, portanto, a mais importante para direcionar as ações governamentais nas áreas de tecnologia, fomento à inovação e competitividade do país no setor. Contudo, antes de alcançar esse nível, “Mandatos e Políticas Governamentais” que criam Programas Governamentais de REI precisam ser implementados como “carros-chefes” de toda e qualquer inserção dessas políticas no ambiente de REI num país. Isto é evidenciado nas análises deste documento onde alguns países já adotam um “Roadmap” Governamental Estratégico de REI de Médio-Longo Prazo para que as demais políticas possam ser inseridas dentro desse arcabouço. Esse é, portanto, o tópico mais relevante entre todos os demais mapeados como “principais entraves” ao desenvolvimento do REI no Brasil. 9. MOTIVADORES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES DOS PAÍSES SELECIONADOS Nos últimos anos, o conceito de REI (Rede Elétrica Inteligente), ou Smart Grid, tem sido apresentado como a principal solução para a modernização da infraestrutura do setor elétrico, provendo eficiência e segurança energética e proporcionando crescimento baseado na economia de “baixo carbono” pela incorporação de fontes alternativas de energia na matriz energética, que são objetivos fundamentais de uma Política Pública Nacional para cada nação desenvolvida ou em desenvolvimento. Para as nações, o termo "segurança energética" compreende disponibilizar recursos energéticos suficientes para satisfazer às necessidades presentes e futuras de seus cidadãos, suportando os serviços a eles disponibilizados e os processos industriais. Os combustíveis fósseis atendem a maioria das necessidades de energia do mundo, mas são considerados, nos tempos atuais, um recurso limitado. Com o aumento do custo dos combustíveis fósseis, a instabilidade nos principais países exportadores e as preocupações com a aproximação do "pico do petróleo", além das mudanças climáticas que têm alterado de forma significativa a disponibilidade de recursos de muitas dessas fontes geradoras, os governos estão tentando diversificar as suas fontes de energia para reforçar as suas independências, com o aumento de fontes de energia renovável em sua matriz energética. É importante destacar que a energia elétrica gerada por fontes de energia fotovoltaica e eólica é intermitente em sua natureza, e as redes de energia elétrica existentes não estão equipadas para lidar com o modo de operação não contínuo dessas fontes sem a inserção de tecnologias oriundas do conceito de REI. As REI também permitem a gestão mais eficiente do uso da energia elétrica, controlando picos de demanda e incentivando comportamentos de uso de energia mais racionais e eficientes por parte dos consumidores, através de procedimentos conhecidos de “modulação de carga”. Assim, uma consequência da implantação do conceito e de tecnologias de REI é a promoção do crescimento econômico, auxiliando as demandas de fornecimento de energia elétrica com qualidade para a indústria. Para alguns países, o investimento em REI pode auxiliar no gerenciamento de custos de energia elétrica a longo prazo. O governo do Reino Unido, por exemplo, acredita que a reforma do setor elétrico vai reduzir o preço da energia com a inserção da energia verde no “mix” energético do país, proporcionando menores custos ao longo dos anos. As REI também podem ser consideradas uma indústria em si, que possibilita aos governos a oportunidade de investir e apoiar iniciativas que promovam a (a) inovação tecnológica e intelectual, (b) o desenvolvimento econômico através da criação de novos produtos e serviços, e novas habilidades e (c) o crescimento de um novo mercado de emprego focado nessas novas tecnologias, d) além de tratar questões de segurança energética. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 13 Alguns governos, como os dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão estão considerando a REI como uma grande oportunidade para as suas economias se tornarem líderes mundiais em indústrias em transformação - no caso, o setor das “novas tecnologias” de energia, focado em energias renováveis e em Tecnologia da Comunicação e Informação (TIC) para REI. Além disso, a REI pode capacitar empresas e concessionárias à obtenção de lucro nesse novo sistema de maneira inovadora. Isso será possível com a introdução de novos “Modelos de Negócios” que muitos desses países já estão considerando e implementando para diversificar as receitas de suas concessionárias, gerando oportunidades de negócios para as empresas fornecedoras através da introdução das novas tecnologias e serviços baseados em REI. Por estas razões, particularmente em tempos de austeridade global, onde governos procuram sustentar níveis de desenvolvimento econômico por meio de medidas fiscais, a REI se torna uma importante opção de investimento para o desenvolvimento de uma nova economia de energia. A maioria dos países têm objetivos de “descarbonização” da sua economia, seja através de instrumento internacional ou legislação nacional, fato observado em todos os países investigados nesse estudo. O Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor no ano de 2005, vincula juridicamente os signatários às suas metas declaradas de “descarbonização”. Assim, os países desenvolvidos ficaram de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 5% entre os anos 2008 e 2012, enquanto os países em desenvolvimento não foram obrigados a reduzir as suas emissões. Em 2007, a União Europeia determinou que os seus membros a atingirem metas climáticas e energéticas no ano de 2020, com uma redução de 20% nas emissões de gases de efeito estufa (GHG: GreenHouse Gas), aumento de 20% na eficiência energética, e aumento de 20% do consumo de energia a partir de energias renováveis. Através de diretrizes, a União Europeia impôs obrigações adicionais aos seus membros relacionadas ao Smart Grid. As REI promovem esses objetivos com a integração de fontes de energia renováveis e eletro-mobilidade no sistema de energia existente, além de tornar o sistema de energia elétrica mais eficiente através da modernização da rede. A conversão de energia por meio de painéis fotovoltaicos, bem como através dos ventos são, de fato, as principais segmentos de renováveis incentivados pelos governos. Alguns casos bastante promissores como o da China e da União Europeia têm-se mostrado Políticas Públicas de sucesso para o setor. Em sua grande maioria, os governos têm trabalhado com tarifas “feed-in” visando aplicar modelos sustentáveis e de geração para o autoconsumo. Todavia, alguns casos negativos merecem destaque como os da Espanha e Alemanha onde as políticas de incentivo ao setor tiveram de serem revistas. A eletrificação do transporte, por vezes referida como "eletro-mobilidade", apresenta tanto um desafio como uma oportunidade para a indústria de energia ao proporcionar mudanças econômicas fundamentais para o setor de energia elétrica fora do escopo da indústria do petróleo. Utilizando infraestruturas existentes, as concessionárias podem atender às necessidades de energia dos veículos elétricos (EVs: Electrical Vehicles) durante os períodos de baixa demanda, proporcionando aos usuários de EVs uma alternativa de baixo custo para combustíveis fósseis (ex.: gasolina), aumentando assim a produtividade dos ativos e as receitas das concessionárias. Para aproveitar essa oportunidade, importantes investimentos em REI devem ser realizados. Este estudo revelou que no âmbito específico dos VEH os países levantados não se encontram em estágios semelhantes e em conformidade de Políticas Públicas como nos demais setores avaliados. Enquanto países como: EUA, Japão, Holanda e Inglaterra têm políticas sólidas e ambiciosas para a popularização dos VEH, outros países da própria União Europeia e também a Austrália enfrentam dificuldades principalmente relacionadas a infraestrutura de carregamento para suportar o setor. É evidente que a REI pode trazer benefícios significativos e atender às necessidades urgentes das concessionárias e da sociedade, contudo é importante ressaltar que há ainda diversos desafios a serem vencidos e barreiras a serem transpostas. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 14 Outro fato que foi observado como motivador da implantação das REI é a eminente necessidade de redução da dependência de países como o Japão, França e Alemanha das fontes de Energia Nuclear. Neste contexto, o segmento de renováveis é, novamente, bastante favorecido. Os incentivos ao setor vão desde tarifas “feed-in” para os consumidores até subsídios específicos para a indústria. A China tem uma política de crescimento econômico sem redução do consumo de energia, mas considera a integração maciça de renováveis em sua planta energética que hoje é baseada na queima de carvão. O governo Japão, após acidente de Fukushima, tem como meta a desativação de suas usinas nucleares, apoiando o uso de renováveis com tarifas “feed-in”, embora a participação dessas fontes no Japão ainda seja baixa. A tabela 1 traz um resumo dos motivadores do desenvolvimento de REI internacional. Tabela 1 - Resumo dos Motivadores do Desenvolvimento de REI Internacional. País Mandatos Politica Integração de Incentivos e /Politica Ambiental do Integração de Confiabilidade Veículos Investimentos Governament Ponto de Vista Renovaveis da Energia Elétricos em Smart Grid al do Smart Grid Politica de eficiência Energética Competitivida de Econômica Segurança do Redução de Desenvolvime Suprimento Perdas nto Industrial de Energia comerciais Brasil Canadá ? EUA Japão Coreia do Sul China Alemanha Dinamarca Holanda Reino Unido Portugal Espanha Italia França Por fim, este estudo revelou que as principais formas de incentivo da implantação das REI são voltadas para o aprimoramento da infraestrutura, de subsídios financeiros e de desonerações tributárias e de taxas administrativas. 10. MAPEAMENTO DOS PROJETOS DE REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES DOS PAÍSES SELECIONADOS Analogamente ao mapeamento do mercado brasileiro, esta etapa busca identificar a Cadeia de Fornecedores Internacionais de Produtos e Serviços de TIC para REI, classificados nas suas categorias funcionais. Este mapeamento considera a cadeia nos principais países que vêm implantando projetos de REI e desenvolvendo fornecedores de tecnologia. Assim, foram selecionados casos relevantes dentre os projetos desenvolvidos nesses países. Os estudos buscam abranger um número suficiente de países para traçar um panorama mundial das Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 15 tendências de desenvolvimento de REI a nível internacional. Os levantamentos pretendem também identificar as políticas industriais aplicadas nesses países de forma a permitir a elaboração de um quadro de políticas industriais comparativas. Os critérios para a seleção dos estudos de caso foram definidos conjuntamente com a ABDI e levaram em consideração a relevância dos projetos, dos fornecedores (ex.: escala, internacionalização, etc.), a influência das empresas e dos grupos econômicos no mercado Brasileiro, os projetos desenvolvidos com foco similar aos do Brasil, os projetos de destaque no cenário internacional, as empresas instaladas nesses países e que fornecem produtos para o Brasil, as Instituições de PD&I internacionais com parcerias com instituições de PD&I no Brasil e as políticas governamentais de apoio à difusão tecnológica. Para cada país foi identificado no mínimo a cadeia relacionada a 01 (um) Projeto Demonstração relevante, de grande porte, identificando as empresas fornecedoras e os CPD&Is que atuam no ramo de energia e TIC, seus produtos e serviços. A relação mostrada na Tabela 2 apresenta os principais Projetos Demonstração dos países alvo, com investimentos relevantes em REI (total de 13 países) destacando suas áreas de aplicação de REI. Procurou-se, neste levantamento, identificar os principais Projetos Demonstração internacionais caracterizando os modelos em implantação, buscando indicar as similaridades e diferenças com os modelos em implantação no Brasil, destacando, ao final, vantagens comparativas. As tipologias de aplicação (subáreas) de REI utilizadas são as mesmas utilizadas no relatório do Mapeamento Nacional da Cadeia Fornecedora de TIC/REI, tendo por objetivo manter a forma e consistência para efeito da análise comparativa. 4 MoMa 5 RegModHarz 6 Smart Watts Alemanha x xx x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x xxx x x x x x x x xxx x x x x x x xx x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x UAT x DEMO MeRegio x CSM 3 x VEH E-DeMa x F E H B O ARM 2 EWE Aktiengesellschaft, energy &meteo systemsGmbH RWE Deutschland AG, Stadtwerke Krefeld AG EnBW Energie BadenWürttemberg AG MVV Energie AG, DREWAG - Stadtwerke Dresden GmbH E.ON Avacon, Cube Engineering, Mitnetz Strom, 50Hertz Transmission, Stadtwerke Blankenburg, Stadtwerke Wernigerode, Stadtwerke Quedlinburg, Halberstadtwerke, in.power, HSN Magdeburg, Harz Regenerativ Druiberg Utilicount GmbH & Co. EI eTelligence TI 1 Concessionária TELCOM Projeto AD Nº MI País GD OUTROS Tabela 2 - Projetos Demonstração em REI dos Países Mapeados. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 16 1 SmartGrid Canada 1 Strong and Smart Grid 2 Pesquisa Tecnológica Nacional de Energia para Redes Elétricas 1 Projeto Power IT ICEPCO (KEPCO) China Coreia do Sul 1 2 Japão 3 4 1 EUA 2 3 Projeto Cidade Inteligente Yokohama Smart Melit Projeto de Verificação de Baixo Nível de Carbono Cidade Eco Keihanna a Próxima Geração de Sistemas Sociais e de Energia Projeto Comunidade Inteligente Kitakyushu Smart Grid Investment Grant Smart Grid Demonstration Program - SGDP Integração de Sistemas China Southern Power Grid - CSG THE KANSAI ELECTRIC POWER CO.,INC 228 distribuidoras de energia elétrica] San Diego Gas & Electric (Borrego Springs OUTROS x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x F E H B O ARM UAT Canadá DEMO Smart City Trial CSM 1 VEH Austrália EI KG, PSI Energy Markets GmbH, Soptim AG, Stadtwerke Aachen AG Energy Austrália Elletrica, Bchydro, Power Stream, Manitoba Hydro, Torontho Hydro, ENMAX, Hydro one, Hydro Québec State Grid Corporation of China, China Southern Power Grid Corporation, Wenzhou CHINT Group Corporation TI Concessionária TELCOM Projeto AD Nº MI País GD Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 17 2 França 3 4 Portugal Reino Unido 5 1 1 2 3 Itália 1 Dinamarca 1 x xxx x x x x x x x x x x x x x x x xx x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x ARM x F E H B O x x x x x OUTROS x UAT 5 6 7 1 x DEMO 4 x CSM 3 x VEH Espanha Red Electrica de España (T), Iberdrola Renovables Twenties Project (D), EDF (França), Dong Energy (Dinamarca) Projeto Cidades Endesa, Enel Energy Inteligentes Europe Projeto STAR e Iberdrola distribuición BIDELEK Eléctrica, S.A. Iberdrola distribuición Eléctrica; Gas Natural PRICE Fenosa; RED Electrica de Espanã ENERGOS Gas Natural Fenosa Thinking Energy E.ON España InvoGrid - EDP EDP HC Energia PREMIO EDF ERDF - Électricité Réseau Greenlys Distribuition France L’Agence de l’Environnementet de la Venteea Maîtrise de l’Energie, ADEME, EDF R&D, Enel Green Power MYRTE ERDF GRIDTEAMS REFLEXE InovGRID EDP Inovação SmartGrid GB EDF Energy Arqiva Cryogenic Storage Smart MV ENEL Networks Cell Controller ENERGINET.DK Pilot Project EI 2 Duke Energy Florida Power & Light Oncor Electric Delivery Company TI 1 Distribuídos e Renováveis (RDSI) Desenvolviment o e TSmart Gridnamento de Força de Trabalho para SMART GRID (SGWTD) Concessionária TELCOM 4 Projeto AD Nº MI País GD x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x xxx x x x x x xx xx x x x x x x x x x x x xxx x x x Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 18 OUTROS UAT DEMO CSM VEH F E H B O ARM EI TI Concessionária TELCOM Projeto AD Nº MI País GD (CCPP) 10.1. PROJETOS DEMONSTRAÇÃO: CORRELAÇÃO DOS PROJETOS INTERNACIONAIS COM OS NACIONAIS Em uma boa parte dos países analisados, as iniciativas de desenvolvimento de Projetos Demonstração implicam em programas de grande abrangência com a realização de múltiplos projetos em regiões diferentes, de natureza nacional e de cooperação internacional, fruto de interesses mútuos, e explorando as várias aplicações de REI. Os projetos levantados por país tiveram seus respectivos modelos de implantação caracterizados dentro do contexto dos grupos e ou concessionárias de energia envolvidas, quando este fosse o caso. A tabela 3 apresenta a correlação dos projetos nacionais com os projetos internacionais. Tabela 3 - Correlação entre Projetos Internacionais e Nacionais de REI. Concessioná ria Projeto Demonstração Ano de Início / Ano Previsto para Conclusão Volume de Investimento (Milhões de Reais) CEMIG Projeto “Cidades do Futuro” 2010 / Dez2013 215 CPD&I (Centro de Pesquisa, Desenvolviment o e Inovação) Fornecedoras de Soluções Tecnológicas CPqD, FITec, Landis+Gyr, FAPEMIG, UNIFEI Cemig Telecom, Concessionária s Internacionais Projetos Internacionai s Correlatos N/A Ativas Data Center, Axxiom, Concert, Solaria (empresa espanhola), COPEL Projeto “Paraná Smart Grid” 2010 / 2015 350 UTFPR, UFPR, PUC-PR Arteche, Cooper, ABB, Siemens, Exalt, Ecyl, Lupa, FIAT, GE, Itron, Landis+Gyr. Chantex, CP Eletrônica, Emera, Smartgreen CPFL Projeto “Smart Grid” 2012 / 2014 215 (Obs: sem CPD&I’s) IBM, Silver Spring (*) AES ELETROPAUL Projeto “ELETROPAULO Jan-2013 / 89 (18 P&D ANEEL + 72 FITec, USP Synapsis Brasil N/A AES Corporation - Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 19 Concessioná ria O Projeto Demonstração Digital” Ano de Início / Ano Previsto para Conclusão Volume de Investimento (Milhões de Reais) CPD&I (Centro de Pesquisa, Desenvolviment o e Inovação) Fornecedoras de Soluções Tecnológicas Concessionária s Internacionais dez-2017 ELETROPLAUL O) (ENERQ), CPqD Ltda. (*) Grupo AES Brasil COPPETEC, UFF, UFRJ, LACTEC, UERJ Landis+Gyr (*) ENDESA (Espanha), ENEL (Itália) Projetos Internacionai s Correlatos AMPLA Projeto “Cidade Inteligente de Búzios” 2010 / 2015 41 (18 P&D ANEEL + 22 AMPLA) LIGHT, CEMIG Projeto “Smart Grid Light” 2010 / Dez2014 35 CPqD, Lactec, Inmetro e Universidades Axxiom Soluções Tecnológicas, CAS Tecnologia S.A. Projeto “Parintins” 2010 / Dez2013 21 CPqD, UFF, UFMA, CETEL (UFRN) Elo (*) N/A Projeto “Arquipélago Fernando de Noronha” 2010 / 2015 18 CPqD, UFPE, UPE (POLI) RAD Data Communication s (fornecedor internacional) (*) IBERDROLA Projetos STAR e BIDELEK (Cidades de Castellón e região de Bilbao, Portugalete e Lea-Artibai) Projeto “Inovcity” 2012 / Dez2015 10 USP, FUSP ECIL Energia (*) EDP Évora InovCity COELCE Projeto “Cidade Inteligente Aquiraz” 2010 / Dez2013 1,66 UFC, IFCE, UNIFOR, Synapsis Brasil Ltda. (*) ENDESA (Espanha), ENEL (Itália) Somente nas partes dos projetos de AD (self healing) ELEKTRO Projeto “Cidade Inteligente Elektro” Ago/2014 - 18 UNESP, USP São Carlos, PUC Rio, FITec Siemens, Beckhoff, Elipse, Advantech IBERDROLA (Espanha) Projetos STAR e BIDELEK (Cidades de Castellón e ELETROBRÁS (Amazonas Energia, Acre, Alagoas, Piauí, Rondônia, Roraima) CELPE EDP BANDEIRAN TE Smart City Málaga, Smart City Barcelona, Smart City Santiago Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 20 Concessioná ria Projeto Demonstração Ano de Início / Ano Previsto para Conclusão Volume de Investimento (Milhões de Reais) CPD&I (Centro de Pesquisa, Desenvolviment o e Inovação) Fornecedoras de Soluções Tecnológicas Concessionária s Internacionais Projetos Internacionai s Correlatos região de Bilbao, Portugalete e Lea-Artibai) A Figura 8 apresenta a relação entre a quantidade de projetos mapeados e os tipos de aplicação que cada um deles está executando em seus respectivos países. Figura 8 - Distribuição dos Tipos de Aplicação em Função do Nº de Projetos (%) . (Fonte: Elaboração Própria). Observa-se, nesta figura, que 97,44% dos projetos mapeados são Projetos Demonstração (DEMO) e que a área de Medição Inteligente (MI) tem presença em 100% dos projetos analisados. Destaca-se também que a área Serviços ao Consumidor (CSM) apresenta incidência acima de 95%, mostrando a tendência internacional de investimentos neste tipo de aplicação dentro do contexto geral de seus projetos, mesmo que a temática principal não seja neste tipo de aplicação A áreas de AD, TELCOM e TI, com percentuais pouco acima de 92%, vêm em seguida: as áreas de TELCOM e TI mostram-se essenciais do ponto de vista estruturante, uma vez que toda infraestrutura básica para atendimento às subáreas de MI e CSM dependem diretamente destas para estarem integradas entre si e ao sistema de distribuição de energia. As áreas de REI restantes indicam tópicos de grande especificidade no tratamento e implementação, exigindo igualmente grandes esforços das áreas de AD, TELCOM e TI para sua integração e interoperabilidade, ou seja, suas Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 21 funcionalidades dependem diretamente destas três áreas. Na área de Geração Distribuída (GD) a aplicação de maior evidência é a fotovoltaica, com 82,05%. Em segundo lugar, a geração eólica contribui com 69,23% de presença nos projetos levantados. Essas tendências acompanham as observadas nos Projetos Nacionais de P&D de REI analisados no (mapeamento nacional). A identificação das competências das empresas fornecedoras e Centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (CPD&Is), bem como das instituições envolvidas com a REI nestes países permitem que sejam avaliadas as possibilidades de formação de parcerias institucionais entre o Brasil e países alvo, de forma a suprir os “gaps” tecnológicos identificados previamente no mapeamento nacional deste estudo, bem como o potencial do Brasil para a participação de projetos internacionais. Vários Projetos identificados nos países pesquisados tem correlação direta com Projetos Demonstração executados ou em execução no Brasil, como pode ser observado na Tabela 3. As concessionárias destes países que têm ativos de geração, transmissão e ou de distribuição no Brasil têm estendido os projetos iniciados em seus respectivos países de origem buscando adaptá-los à realidade brasileira. A partir das correlações indicadas nas Tabelas 3 e 4 é possível perceber que a grande diferença entre projetos de REI internacionais (realizados em seus respectivos países de origem) e nacionais está no arcabouço de políticas e regulamentações que os sustentam. No primeiro caso existem, na maioria dos casos, políticas governamentais, planejamentos em escala nacional, incentivos e, portanto, metas específicas a serem cumpridas, a exemplo do Projeto 20-20-20 da União Europeia, visando a sustentabilidade do negócio. No caso Brasileiro, o planejamento das REI dá seus primeiros passos pelas atividades de integração promovidas pela ABDI no GT de Governo (composta pelas seguintes instituições governamentais: ABDI, MME, MDIC, MCTI, MC, ANEEL, ANATEL, FINEP, BNDES, APEX-BRASIL, ONS, EPE e CEPEL). As diretrizes estratégicas promovidas por este GT foram definidas com a proposição do “Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Indústria fornecedora de Redes Elétricas Inteligentes”. Porem, ainda requer uma visão mais abrangente de médio e/ou longo prazo, incluindo um marco regulatório com metas específicas a serem atingidas, principalmente em nível nacional. De forma mais abrangente, percebe-se a necessidade urgente de alinhamento das políticas energética e industrial, calcadas em bases de sustentabilidade, inclusive ambiental, o que pode ser observado claramente nas estratégias adotadas em países tais como Estados Unidos, União Europeia, assim como na China, Coreia do Sul e no Japão. Em alguns dos Projetos Demonstração desenvolvidos no Brasil, conforme mostrado na Tabela 3, encontram-se similaridades em suas respectivas filosofias de implantação com aquelas aplicadas em projetos desenvolvidos em outros países, através dos grupos internacionais que detêm e ou participam do o controle acionário de concessionárias de distribuição que atuam no Brasil, a exemplo do Projeto Demonstração “Cidade Inteligente de Búzios” da Ampla/Endesa; do Projeto Demonstração do “Arquipélago de Fernando de Noronha” da CELPE/Iberdrola; do Projeto Demonstração da “Cidade Inteligente de Aquiraz” da COELCE/Endesa; do Projeto Demonstração “Cidade Inteligente ELEKTRO” da ELEKTRO/Iberdrola; e do Projeto Demonstração “InovCity” da EDP brasil/EDP Portugal. Estes modelos de implantação buscam demonstrar a aplicabilidade de soluções de TIC para REI (Smart Grid) em qualquer região do planeta, mesmo diante dos regionalismos, condições climáticas diferentes e culturas totalmente diferenciadas. Outros Projetos Demonstração que estão sendo desenvolvidos sem o arcabouço dos modelos internacionais sofrem, mesmo assim, a influência das soluções aplicadas mundialmente. Isto ocorre devido os fornecedores de equipamentos e soluções tecnológicas serem praticamente os mesmos que atuam nas parcerias que implementam os Projetos Demonstração em outros países. Tal fato tem origem na atuação de grupos internacionais que atuam no Setor Elétrico em diversos países simultaneamente, a exemplo do Grupo Europeu ENEL (italiano) e do Grupo AES (Norte Americano), levando as experiências de sucesso para suas subsidiárias nos mais diversos locais do planeta. Estes grupos possuem o controle acionário ou participação no capital de diversas empresas concessionárias do Setor Elétrico Brasileiro (Enel: Ampla e Coelce; AES: AES Eletropaulo e AES Sul, Iberdrola (Grupo Neoenergia): Celpe e Coelba, etc.). Outra forma de influência ocorre através dos Centros de Pesquisa Tecnológicos (CPD&Is) que estabelecem conexões Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 22 com a rede de pesquisa internacional através da implementação de programas de mestrados e doutorados em coparticipação, na busca do aprimoramento do conhecimento e agregação de valor à cadeia de desenvolvimento de soluções que se adequem à realidade brasileira, ou seja, a tropicalização ou mesmo o desenvolvimento das soluções de hardware e software de TIC aplicáveis a REI. Ao se observar a Tabela 3 verifica-se que as empresas de soluções de TIC, tais como a Landis+Gyr (presente na “Cidade Inteligente de Búzios-AMPLA” e “Smart City Málaga-ENDESA”) e a Siemens (presente na “Cidade Inteligente Elektro-ELEKTRO” e “Projetos STAR e BIDELEK-IBERDROLA”), têm participação tanto em projetos de outros países quanto naqueles sendo executados no Brasil, principalmente onde a concessionária nacional tem participação acionária de grupos internacionais com origem em outros países, a exemplo dos Grupos ENEL e AES. O levantamento mostrou que existe uma forte presença de empresas fornecedoras de TIC para REI com atuação em muitos países, trazendo tecnologia e soluções desenvolvidas em Centros mais avançados e influenciando diretamente os projetos em demonstração implantados ou em implantação no Brasil. Esta tendência, aliada ao porte de capital destas empresas, pode levar a um direcionamento de soluções e mesmo a retração da criação de desenvolvimento de empresas nacionais, que ainda não possuem maturidade na pesquisa e desenvolvimento de soluções de TIC para REI. Assim, faz-se necessário o suporte governamental voltado à pesquisa e implantação de parques de teste de soluções, que sejam de origem internacional ou fruto do pioneirismo de empresas nacionais que se arriscam no mercado dominado por soluções prontas, mas nem sempre tão amigáveis face à realidade regional brasileira. Neste sentido, várias concessionárias têm buscado incentivar, através de seus projetos de pesquisa, a parceria com empresas nacionais no sentido de alavancar o desenvolvimento de soluções locais ou regionalizadas, permitindo maior controle e customização dentro da realidade brasileira. Esta é uma forma saudável de se viabilizar a indústria nacional e estabelecer um mercado nacional competitivo, inclusive com a diminuição da dependência de tecnologias externas que demandam o pagamento de royalties e reduzem a criação de emprego e renda dentro do país. Tabela 4 - Correlação e Avaliação Comparativa entre Projetos Internacionais e Nacionais de REI. PAÍS Alemanh a N º 1 Projeto eTelligence Modelo em Implantação Áreas de Atuação Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas Tecnologia de comunicação de ponta é a chave, com um novo mercado inteiro para desenvolver a energia e em torno de Cuxhaven. Os produtores e os consumidores não só podem usar esse mercado para comprar e vender energia elétrica, mas também podem oferecer serviços de sistema e de energia ociosa, e ajudar a reduzir a carga sobre a rede elétrica. Com o mínimo de esforço, até mesmo particulares podem colocar quantidades de eletricidade no mercado em minutos usando aparelhos plug-and-play quase totalmente automatizados que operam automaticamente no mercado de acordo com as instruções pré-programadas dos proprietários do aparelho. O mercado do E-Energy em Cuxhaven consiste principalmente dos muitos armazéns refrigerados e spa na cidade. A água das piscinas é aquecida a partir da eletricidade de usinas de cogeração quando necessário. O armazém frigorífico é resfriado mais do que o habitual quando a eletricidade é barata, com controles desenvolvidos no âmbito do E-Energy garantir que o peixe congelado não estrague no processo. • Eficiência energética: utilização de tarifas dinâmicas e sistemas de medição transparente; • Segurança de alimentação: equilíbrio regional entre a geração e consumo pode contribuir para uma maior segurança no abastecimento; • Expansão das energias renováveis: energias renováveis e centrais descentralizadas de cogeração podem ser melhor integradas na energia existente no sistema; • A transparência do mercado e da concorrência: pequenos sistemas de geração podem ser utilizados de forma econômica e integrada através do mecanismos de mercado definido pelos regulamentos do governo, através do Lei Alemã de O Brasil ainda não possui ainda um modelo para aplicação do conceito de “usina virtual” como o que está sendo aplicado em Cuxhaven. A gestão da energia disponibilizada, porém ociosa, ainda não tem o devido suporte nos sistemas de distribuição brasileiros, necessitando de regulamentação específica, agentes locais preparados para exercer este papel e, é claro, uma plataforma de REI bem estruturada e operante em termos de AMI e AD, principalmente. Uma das principais mudanças é da cultura de utilização da energia por parte dos consumidores que alçaram a condição de prosumidores, até mesmo por uma questão simples de sobrevivência. Outro aspecto que ainda não é abordado no Brasil é a sinergia entre projetos de REI e soluções de eficiência energética, que vem somar ao processo de redução de perdas elétricas, tanto técnicas quanto comerciais. Outra característica que não se vê Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 23 PAÍS N º 2 3 Projeto E-DeMa MeRegio Modelo em Implantação Fontes de Energia com densidade altamente heterogênea é a característica principal da região do projeto E Dema, que compreende áreas rurais e urbanas, com duas redes de distribuição diferentes na área de Rhine-Ruhr. Isso resulta em desafios técnicos particulares, que são superados pela criação de uma infraestrutura de TIC inteligente. O projeto de pesquisa tem por base a distribuição de medidores inteligentes (smartmeters) digitais para impulsionar a eficiência energética em casas integradas (nova "porta de entrada das TIC"). O foco do projeto inclui o desenvolvimento de um sistema de controle de consumo de energia inteligente e a coleta em tempo real e disponibilização de dados de consumo. Além disso, o projeto também tem como objetivo otimizar a gestão de operação de redes de distribuição descentralizadas. A casa modelo E-Energy MeRegio gera energia no telhado ou usando um mini produção combinada de calor e energia (mini-CHP, “Combined Heat and Power plant”) no porão. Os eletrodomésticos estão interligados via tecnologia de comunicação e conectado a uma plataforma de sistema inteligente. O veículo elétrico está estacionado na garagem: a bateria do veículo é carregada quando o mini-CHP produz mais eletricidade do que a rede necessita. Se necessário, a eletricidade da bateria também pode ser introduzida na rede. Como parceiro do fornecedor de eletricidade, o consumidor pode ver os processos no sistema através de um portal na Internet e desempenhar um papel ativo nas atividades de mercado. Áreas de Atuação Energia Renovável (German Renewable Energy Act [EEG]) ou a Lei de Proteção à Cogeração alemã (German Cogeneration Protection [KWKG]); • Análise de cenários: eTelligence examina como a flexibilidade pode ser aumentada na Alemanha, em uma gama de diferentes cenários futuros no que diz respeito à integração de energias renováveis para reduzir custos e reduzir as emissões de CO2. • Políticas de recomendação: diálogo com cientistas e políticos para analisar o cenário jurídico e político atual, destacando quaisquer obstáculos ou áreas de melhoria potencial e sugere abordagens potenciais para a formulação de políticas futuras. • Medição inteligente • Redes de distribuição descentralizadas • Eficiência energética • Medição inteligente • Redes de distribuição descentralizadas • Eficiência energética • Veículos elétricos Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas abordada nos projetos brasileiros é a visibilidade dos projetos e aplicabilidade dos mesmos dentro do contexto nacional, apontando modelos, possibilidades e diretivas a serem seguidas no processo de otimização do uso racional e inteligente da energia elétrica. Não se extrai também no Brasil o aprendizado trazido pela experiência obtida, ficando esta restrita às concessionárias que os implementam. Os projetos brasileiros têm seguido a mesma linha de implementação inicial de soluções de AMI, como também de soluções de AD. Outras funcionalidades têm sido também trabalhadas, com foco específico na redução da inadimplência e fraudes. O aspecto da eficiência energética é abordado de forma transversal, não tendo metas específicas nos objetivos estabelecidos, nem resultados passíveis de mensuração, o que necessariamente reduz as possiblidades de se agregar um maior valor aos projetos. No Brasil a aplicação do conceito de Redes de distribuição descentralizadas ainda não atingiu relevância, mesmo nos projetos demonstração atualmente em execução. Neste projeto encontramos também uma similaridade com o modelo de implementação brasileiro quanto a abordagem através de AMI. No entanto, quanto ao nível de penetração deste projeto alemão nas residências os projetos brasileiros em execução ainda não atingiram este nível, pois exige a aplicação dos conceitos voltados à “internet das coisas” e à sistemas e ou dispositivos com tecnologia do tipo machine-to-machine, necessitando de apoio dos fabricantes de soluções que ainda não estão diretamente disponíveis no Brasil, até mesmo por uma questão de custos. O veículo elétrico tem sido estudado em alguns projetos brasileiros mas sem a Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 24 PAÍS N º 4 5 Projeto Modelo em Implantação O modelo de cidade do projeto de Mannheim se concentra em uma aglomeração urbana com uma elevada taxa de penetração de fontes de energia renováveis e descentralizadas em que elas são usadas largamente. No âmbito do projeto EEnergy, um projeto piloto em grande escala está sendo realizado, tanto em Mannheim como em Dresden para demonstrar que o projeto pode ser aplicado em outras regiões. O piloto utiliza novos métodos para melhorar a eficiência energética, qualidade da rede e a integração de fontes de energia renováveis e descentralizadas na rede de distribuição urbana. O foco está no desenvolvimento de uma abordagem intersetorial (envolvendo eletricidade, aquecimento, gás e água) para interligar os componentes de consumo, com uma infraestrutura de comunicação banda larga através da rede elétrica (“powerline communication”). MoMa A eletricidade é oferecida aos clientes perto do ponto de geração e diretamente quando a energia é gerada. Isto evita transportar a alimentação (e as perdas associadas), e inclui a utilização de unidades de armazenamento de energia descentralizadas. Usuários proativos no mercado de energia ("prosumers") podem orientar o consumo de energia e sua geração em relação às estruturas de preços variáveis. Além disso, a informação em tempo real e os componentes de gerenciamento de energia também têm como objetivo ajudar o cliente a contribuir para uma maior eficiência energética. O projeto “MoMa” instalou em 200 residências na cidade de Manheim aparelhos que transmitem informações em tempo real sobre o consumo e preço da energia elétrica e permitem o controle automático do consumo de eletricidade, possibilitando aos consumidores maior economia no uso da energia elétrica residencial. Com o E-Energy, a sala de controle da usina de Ciclo Combinado de Energia Renovável na região de Harz recebe informações em tempo real sobre a situação energética. Com uma visão completa da geração de energia, armazenamento e consumo, é possível fazer previsões, e uma melhor utilização pode ser feita das fontes de energias renováveis. A região de Harz possui RegModHarz grande quantidade de fontes de energia renovável, que vão desde parques eólicos, sistemas de energia solar e usinas hidrelétricas. O projeto “RegModHarz” teve como objetivo criar um mercado virtual de energia elétrica que permita aos consumidores comprar energia de diversos produtores regionais de energias renováveis, levando em conta a flutuação desse tipo de geração de energia, por meio de um Áreas de Atuação • Medição inteligente • Redes de distribuição descentralizadas • Eficiência energética • Geração distribuída, microgeração e microredes • Medição inteligente • Redes de distribuição descentralizadas • Eficiência energética • Geração distribuída, microgeração e microredes Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas devida estruturação de postos de reabastecimento em maior escala, como também sem incentivos governamentais para financiamento e redução de custos de aquisição dos veículos e de suas infraestruturas in-dor para recarga. Este projeto tem características muito específicas, relativas a problemas advindos da grande concentração de fontes de energia renovável. Portanto, este modelo ainda não é aplicável à realidade brasileira face a inexistência, ainda, deste tipo de aglomeração próximo a áreas de aglomeração urbana. Outro aspecto que é pouco explorado nos projetos brasileiros é a abordagem intersetorial, com a interligação e gestão dos diversos componentes de consumo, através de uma infra-estrutura única de comunicação. Uma grande diferença de aplicação tecnológica é que este projeto, assim como outros através do mundo, vêm experimentando grande sucesso na utilização da tecnologia PLC, que no Brasil tem apresentado resultados nada promissores nos pilotos já realizados. Os projetos demonstração mais recentes no Brasil vem utilizando soluções de medição inteligente com a aplicação de PLC como meio de comunicação, em conjunto com outras tecnologias de comunicação wireless. O modelo de mercado virtual ainda não foi testado no Brasil, até mesmo por não possuir áreas com grande concentração de fontes de geração renováveis e distribuídas. Outra questão são os modelos tarifários adotados no Brasil que ainda não permitem a compra de energia de fontes diferentes por parte dos consumidores. Isto exigiria um sistema de gestão em tempo real em nível de distribuição, com elevado nível de integração de informações tanto das fontes geradoras como também dos dados de consumo de energia instantâneos em toda a região envolvida. Neste ponto o conceito de “microredes” aplica-se de forma direta. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 25 PAÍS N º Projeto Modelo em Implantação Áreas de Atuação sistema de gestão inteligente de energia e de aparelhos domésticos inteligentes. 6 Austrália Canadá 1 1 Smart Watts Smart City Trial SmartGrid Canada O projeto “Smart Watts” pretende construir uma espécie de “Internet da energia” que conecta produtores de energias renováveis, distribuidores e consumidores finais de energia elétrica, com o objetivo de integrar os hábitos de consumo da população às oscilações na geração de energia renovável. Ela está desenvolvendo novas abordagens para o mercado de energia, gerenciamento de portfólio, medição e análise do consumo de energia e sistemas de cobrança. Os clientes recebem um quilowatt-hora inteligente e pode ver onde foi produzida a eletricidade, como ela foi transportada e quanto a energia custa atualmente. Inteligente Watts define a Internet da energia em três níveis: no nível de sistema, os equipamentos de geração de energia, consumo e controle se comunicam um com o outro. No nível de negócios, as partes interessadas podem em planejar, controlar, monitorar e otimizar o uso eficiente de plantas e condições do contrato dependendo do seu papel particular no mercado. No nível de informação é a peça central do E Energy, que liga os outros dois níveis e permite que as partes interessadas e os sistemas do "Web energia" se comuniquem de forma segura em tempo real. Gerenciado pela Ausgrid e implementado principalmente pela EnergyAustralia, o projeto tem como objetivo aplicar os princípios do smartgrid em cinco regiões em New South Wales com parceiros como IBM, GridNet e GE Energy. Esse smart grid é baseado em comunicações com WiMAX dando suporte a aplicações de automação de subestações e veículos elétricos híbridos plug-in, além de dar suporte a 50 mil medidores inteligentes e 15 mil dispositivos residenciais. SmartGrid Canadá é uma organização nacional dedicada a promover uma rede elétrica mais moderna e eficiente para o benefício de todos os canadenses. A associação SmartGrid Canadá não possui fins lucrativos, é composta por organizações públicas e privadas, incluindo serviços públicos, fornecedores de tecnologia e prestadores de serviços, universidades e outras associações da indústria. Através desta sociedade diversificada, ela se dedica a oferecer inovação e liderança para avançar a infraestrutura de rede inteligente do Canadá. Ela também promove a indústria do smart grid canadense internacionalmente. Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas O sistema brasileiro ainda é de característica essencialmente radial e os modelos aplicáveis, face a quase inexistência de difusão de medição inteligente, não encontram o suporte necessário. • Medição inteligente • Redes de distribuição descentralizadas • Eficiência energética • Geração distribuída, microgeração e microredes • Serviços ao consumidor O Brasil não conta com projetos com esta característica de integração de hábitos de consumo, diante das oscilações na geração de energia renovável, até mesmo por não experimentar ainda este tipo de realidade. Neste caso, dado a característica do mercado brasileiro é uma vantagem operacional não dependermos totalmente de fontes renováveis que não garantam o suprimento todo o tempo, como é caso descrito no projeto alemão. Um sistema de geração híbrido: fontes de suprimento de grande porte, combinadas com geração renovável de característica distribuída, pode ser a resposta para uma base de fornecimento de energia confiável. • Medição inteligente • Eficiência energética • Serviços ao consumidor • Geração distribuída • Suporte à veículos elétricos • Detecção de faltas de isolação e restauração autônoma (self-healing) Alguns projetos brasileiros têm aplicado a tecnologia de comunicação WiMax, como solução para as dificuldades encontradas na disponibilização de canais seguros e confiáveis de comunicação. Outra semelhança, que, aliás, é encontrada de forma recorrente na maioria dos projetos através do globo, é a aplicação de medição inteligente, como solução básica e até indispensável. • Medição inteligente: Análise da acurácia dos medidores inteligentes • Eficiência energética • Serviços ao consumidor • Geração distribuída: microgrid inteligente, energia alternativa • Suporte à veículos elétricos • Detecção de faltas de isolação e restauração autônoma (self-healing) O Brasil não possui uma associação nos moldes da instituição canadense que busque unificar os esforços para implantação das REI, inclusive levando incentivos a indústria canadense mesmo em nível internacional. Ela aborda a grande maioria das sub-áreas de REI, envolvendo agentes ao longo de toda a cadeia de estudo, desenvolvimento e implementação de soluções, até o estágio final de utilização das soluções para REI. Esta seria uma grande vantagem caso o Brasil conseguisse estabelecer uma entidade nestes moldes, no intuito de Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 26 PAÍS N º Projeto Modelo em Implantação Áreas de Atuação Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas alavancar a implementação segura e profícua das REI. China 1 2 Strong and Smart Grid Pesquisa Tecnológica Nacional de Energia para Redes Elétricas O projeto Strong and Smart Grid é baseado em uma rede de potência UHV (Ultra-alta Tensão). Ele corresponde ao desenvolvimento coordenado em todos os níveis de uma rede robusta de potência com alto grau de integração com as redes inteligentes (REI). A rede UHV corresponde a uma rede de transmissão de 1000KV AC e 800kV DC. Incluiu 100 MW de energia eólica, 40 MW de energia solar fotovoltaica e 14 MW de armazenamento de energia. Incluiu 65 subestações inteligentes novas e reformadas. O projeto realizou programas pilotos de distribuição automatizada em 23 centros urbanos, coletou dados de consumo de energia em 25 províncias e construiu e colocou em operação 243 estações de carregamento. Nos últimos anos, a empresa apoiou ativamente o desenvolvimento de novas energias, solar e outras, unificou os fluxos de trabalho, definiu especificações técnicas e padrões de serviço e fortaleceu toda a gestão do processo de interligação da rede, operação e alojamento. Sob a orientação unificada, todas as unidades afiliadas acelerarão a construção das redes auxiliares de acordo com as condições locais, e um serviço melhorado e aprimorado a capacidade de apoio técnico promoveu fortemente o desenvolvimento de energia FV. A CSG tem conduzido pesquisas em REI de uma forma pragmática e realista, e apresenta seu próprio entendimento e interpretações para as autoridades competentes. CSG prioriza o aperfeiçoamento da distribuição inteligente de energia na rede e dispositivos do usuário final e tem recebido amplo reconhecimento. A CSG foi nomeada como uma Empresa Inovadora pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo SASAC. Foi confiado ao Centro Tecnológico de Pesquisa da CSG o estabelecimento do Centro de Desenvolvimento e Pesquisa Tecnológica Nacional de Energia para Redes Elétricas. Projeto de transmissão DC UHV de Yunnan-Guangdong, Base de Testes Kunming UHV no Laboratório Nacional de Engenharia. Operação de bases de carregamento de veículos elétricos em Shenzhen, incluindo duas estações de carregamento e 134 polos de carregamento (com capacidade total para 2480kVA). • Geração de energia limpa e sustentável, fontes renováveis. • Medição inteligente • Eficiência energética • Redução da emissão de carbono e combate à mudança climática • Geração distribuída: microgrid inteligente, energia alternativa • Suporte à veículos elétricos • Detecção de faltas de isolação e restauração autônoma (self-healing) O Brasil não possui uma preocupação direta em nível de metas e resultados quanto às questões relativas à redução de emissão de carbono e combate à mudança climática. Não há políticas definidas e regulamentadas quanto a este aspecto e que estejam devidamente citadas nos documentos que envolvem o desenvolvimento de REI no Brasil. Projetos iniciais de redes UHV se iniciam no Brasil, servindo os cases da China como modelos para implantação no Brasil. • Geração de energia limpa e sustentável, fontes renováveis. • Tecnologia de transmissão e transformação de energia. • Carregamento de Veículos Elétricos • Medição inteligente: • Eficiência energética O Brasil ainda não tem priorização quanto ao aperfeiçoamento de soluções e dispositivos voltados ao usuário final. O mercado chinês de energia, quanto à geração, transmissão e distribuição tem características muito específicas denotando soluções integradas ao longo da cadeia de produção e distribuição da energia. O Brasil pode utilizar os casos para aprendizagem nos modelos desenvolvidos na China dados a visão sistêmica com os desafios são encarados do ponto de vista da aplicação das REI como vetor de desenvolvimento e redução de emissões de carbono. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 27 PAÍS Coréia do Sul N º 1 Projeto Projeto Power IT Modelo em Implantação Áreas de Atuação O programa Korea Smart Grid Institute (KSGI) foi lançado em agosto de 2009 como o núcleo da iniciativa e projetos de REI na Coréia com um total de 64.5 bilhões injetados entre 2009-2013 e com a participação no consórcio das seguintes empresas: ICEPCO, HYUNDAI, SK telecom, Alleh kt, LG Electronics, GS Caltex, KPX, Posco ICT. Essa. A iniciativa de REI visa, principalmente, a modernização dos sistemas de energia elétrica. Para implementar esta visão, a KSGI foi estabelecida para gerenciar de forma abrangente o roteiro de implantação da REI do Governo e operar o teste piloto de REI na Ilha Jeju. O plano mais perceptível no projeto Smart Grid da Coréia é a construção de uma rede inteligente na ilha Jeju. O governo coreano selecionou Jeju em junho de 2009 como o local para seu projeto piloto de Smart Grid. A Smart Grid de Jeju tem como objetivo se tornar a maior comunidade Smart Grid do mundo com a possibilidade de testar as mais avançadas tecnologias de Smart Grid e resultados de I&D, bem como o desenvolvimento de modelos de negócios. Um total de ₩ 64.500.000.000 foi investido entre 2009 e 2013 e cerca de 10 consórcios em cinco áreas participam nos testes de tecnologias e desenvolvimento de modelos de negócios. A ilha Jeju está localizada no extremo sul da Coréia do Sul, conhecida como um destino turístico. A ilha era um local ideal para realizar o projeto piloto nacional, porque tem seu próprio sistema de rede de energia é independente da rede nacional e possui abundantes recursos energéticos renováveis, como eólica e solar, e um governo autônomo que foi capaz de tomar uma decisão rápida para sediar o projeto. Esta demonstração foi concebida para ser dividida em uma primeira etapa, com a instalação do sistema entre dezembro de 2009 e maio de 2011, e um período de funcionamento integrado entre junho de 2011 e maio de 2013, com um total de 168 empresas e instituições de P&D participantes para o ensaio de 153 das mais avançadas tecnologias de redes inteligentes e para desenvolver modelos de negócios. Dentre estes, 6 itens de negócios foram selecionados após a conclusão do projeto, tais como aparelhos inteligentes, serviço de aluguel de EVs, construção de sistema de Gestão de Energia (BEMS), Demanda de resposta (DR), Fábrica de Serviços de Gestão de Energia (FEMS), e serviço e empréstimo de Scooter. • Desenvolvimento do sistema de controle de energia Koreano: • Sistema de controle baseado em tecnologia da informação para transmissão de potência • Desenvolvimento de uma rede de monitoramento inteligente da rede de transmissão e sistemas de operação • Desenvolvimento de um sistema de subestações de última geração baseadas em tecnologia digital • Desenvolvimento de um sistema inteligente de controle da distribuição • Desenvolvimento de um sistema de telemetria ativa de potência para o monitoramento das instalações • Desenvolvimento de um sistema de controle de recursos integrados para o consumidor para serviços de potência com alto valor agregado • Desenvolvimento de uma tecnologia de comunicação através da rede elétrica de forma universal • Desenvolvimento de tecnologia de semicondutores de potência para geração distribuída e suas aplicações em inversores industriais • Desenvolvimento de EMS de integração para micro redes Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas A aplicação de recursos massivos no desenvolvimento das REI na Coreia do Sul é uma vantagem estratégica, que poderia ser melhor estudada pelo governo brasileiro. O modelo aplicado buscou uma região isolada do ponto de vista do sistema elétrico, facilitando a implementação de soluções específicas com uma maior facilidade do ponto de vista da medição e estudo de resultados. O ponto brasileiro que se assemelha ao projeto coreando é aquele aplicado na ilha de Fernando de Noronha que constitui um sistema isolado e com características únicas por ser reserva natural, constituindo local ideal para aplicação de sistemas inteligentes de gestão energética e aplicação de fontes renováveis de geração de energia. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 28 PAÍS Japão N º 1 2 Projeto Projeto Cidade Inteligente Yokohama Smart Melit – Projeto de Verificação de Baixo Nível de Carbono Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas Modelo em Implantação Áreas de Atuação O Projeto de Cidade Inteligente de Yokohama (YSCP) é um esforço no sentido de desenvolver um modelo para cidades inteligentes por meio da cooperação entre os cidadãos, empresas privadas, e do município, e para exportar um modelo bem-sucedido para o Japão e o resto do mundo. Experiências operacionais em larga escala estão sendo realizadas em Yokohama, uma cidade grande, avançada e com uma topografia diversificada. O agrupamento hierárquico de sistemas de gestão de energia (EMS) permite o gerenciamento de energia no nível da EMS individual e do sistema como um todo. Cada um dos EMS gerencia e torna visível o uso da energia. Existem diferentes tipos de EMS: HEMS para casas, HEMS para complexos residenciais, HEMS para apartamentos, BEMS e FEMS integrados para otimizar a operação de fábricas. Além destes, o CEMS monitora elementos como carga e descarga de veículos elétricos (EV) em estações de carregamento, utiliza baterias de armazenamento SCADA para estabilizar o sistema. Os EMS também facilitam a introdução em larga escala de fontes renováveis de energia no sistema, compensando sua instabilidade e sensibilidade com relação ao tempo. Este projeto faz uma projeção do ambiente residencial em um período de 10 anos, tempo em que haverá a introdução de energias renováveis e uso mais extensivo de vários dispositivos de economia e de armazenamento de energia. O padrão de transferência de energia para dispositivos variados, incluindo os veículos da próxima geração, serão integrados e controlados por HEMS, permitindo aos usuários desfrutar de um estilo de vida agradável e com baixa produção de carbono, sem resíduos e sem esforço. O objetivo do projeto é tornar a cidade um ambiente harmônico entre carros e pessoas através das novas opções de modalidade e a infraestrutura de transporte público. Será integrado o controle e o uso de fontes de energia diversificadas como gás, biomassa, calor e eletricidade. Será oferecida uma variedade de incentivos para encorajar os cidadãos a se envolverem em suas próprias atividades de redução de emissões de carbono, tornando visível o consumo de energia, promovendo suporte à ação, e permitindo o controle do uso de energia através de dispositivos terminais familiares com um mínimo de esforço. Incidindo sobre o setor doméstico (residências e transporte), o projeto busca identificar problemas tecnológicos de médio prazo com base em uma imagem da casa dentro de dez anos, quando, por exemplo, a geração de energia fotovoltaica (FV) será generalizada e a paridade de rede terá sido estabelecida. Sem pressa para elevar o custo social, serão desenvolvidos sistemas de baixo carbono que apresentam o ótimo global em nível da comunidade como um todo. Em termos concretos, serão oferecidos incentivos altamente • Geração de energia limpa e sustentável, fontes renováveis • Serviços ao usuário • Carregamento de Veículos Elétricos • Medição inteligente • Eficiência energética Os projetos demonstração em implementação no Brasil não obstante buscarem abranger diversas subáreas de aplicação das REI, não atigiram o nível de sofisticação do projeto de Cidade Inteligente de Yokohama. A filosofia descentralizada de sistemas de gestão de energia ainda não foi aplicada no Brasil em termos concretos, de forma semelhante ao de Yokohama, como também não os sistemas de armazenamento SCADA para estabilização do sistema de distribuição. Estas tecnologias dependem diretamente de um sistema de REI solidamente constituído, onde a interoperabilidade é uma realidade e o consumidor encontrase plenamente integrado. Nesta mesma linha os serviços aos usuários são de grande importância para o sucesso da introdução do conceito de REI e consequente obtenção de resultados paupáveis no uso eficiente da energia. • Geração de energia limpa e sustentável, fontes renováveis • Serviços ao usuário • Carregamento de Veículos Elétricos • Medição inteligente • Eficiência energética • Integração entre diferentes fontes de energia • Redução da emissão de carbono O Brasil não tem projetos cujo objetivo principal seja o de reduzir a emissão de carbono para a atmosfera, muito menos de verificação do nível destas emissões. Por ter um sistema que é considerado de baixa emissão a preocupação com esta questão ainda não foi agregada ao roll de necessidades dos projetos em execução no Brasil. Neste caso, os baixos níveis de emissão constituem uma grande vantagem sobre a maior parte dos outros países. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 29 PAÍS N º Projeto Modelo em Implantação Áreas de Atuação Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas convenientes e satisfatórios (como "ecopontos") para as atividades desenvolvidas pelos cidadãos que contribuírem para a redução de carbono (economia de energia, reduzindo a carga sobre o sistema de energia, fazendo uso eficaz de energia verde, etc.), a fim de estudar a mudança no comportamento dos cidadãos e da magnitude do seu impacto. Em termos de design eficaz de incentivo, além de introduzir vários dispositivos e sistemas para a cidade, será estabelecido um sistema em que os cidadãos obtém dados sobre o consumo de energia pessoal e comportamento para que possa ser reduzido o carbono e assegurar a satisfação dos cidadãos. 3 4 Cidade Eco Keihanna a Próxima Geração de Sistemas Sociais e de Energia Projeto Comunidade Inteligente Kitakyushu O objetivo do projeto é a otimização da oferta e da demanda de energia em uma escala global. Esta meta envolve o desenvolvimento de sistemas de controle para a energia da comunidade (CEMS), para energia de casas (HEMS) e para a energia de edifícios (BEMS). Além destes, o desenvolvimento de sistemas de grande porte de resposta à demanda de energia (DR) e sistemas de controle de carregamento de veículos elétricos (EV). Todos esses ligados com a rede elétrica e à centros de controle para verificação da economia de energia e redução CO2. • Serviços ao usuário • Carregamento de Veículos Elétricos • Medição inteligente • Eficiência energética • Redução da emissão de carbono Esboçando uma visão da forma ideal de gestão de energia da comunidade, o projeto vai procurar criar as estruturas sociais adequadas para uma sociedade de baixo carbono por estilos de vida inovadores, estilos de negócios e estilos de planejamento urbano. Por meio da criação e funcionamento de um sistema de gestão de energia do cliente chamado Smart Community Center ou a Comunidade "Setsuden-sho", o objetivo é estabelecer mecanismos para os cidadãos e as empresas pensarem e participarem do processo de distribuição de energia. Acreditase que a utilização de energia visível pode incentivar a mudança no estilo de vida e estilos de negócios. Além disso, outras iniciativas incluem a preparação para a introdução em larga escala de veículos de última geração e sua ligação com o transporte público. Os resultados das experiências operacionais na área de Higashida serão estendidos para outras áreas da cidade de • Serviços ao usuário • Carregamento de Veículos Elétricos • Medição inteligente • Eficiência energética • Redução da emissão de carbono Assim como os outros projetos do Japão o foco deste tem um grande apelo popular, voltado a otimização da oferta e da demanda de energia em grande escala. Infelizmente o Brasil ainda não estabeleceu políticas neste sentido, limitando-se ainda à verificação das funcionalidades das diversas implementações possíveis dentro da filosofia das REI. Novamente aqui verificamos a preocupação com a redução de emissão do CO2, situação esta que ainda não se tornou crítica para o Brasil. As implementações brasileiras estão voltadas à solução de problemas operacionais tais como perdas técnicas e comerciais, englobando soluções de AMI e AD, TI e Telecom. O Brasil neste caso, não tem ainda, pelos mesmos motivos já relatados, uma preocupação com a estruturação de uma cultura de baixo carbono. O sistema brasileiro ainda demonstra baixa emissão de carbono, o que o torna ecologicamente correto diante as entidades e comunidades internacionais respectivamente. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 30 PAÍS N º Projeto Modelo em Implantação Áreas de Atuação Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas Kitakyushu, por exemplo, o distrito de Jono em Kokurakita ala (cerca de 20 km2 de área), que está sendo desenvolvido recentemente, e de lá para o resto do Japão e do mundo. O propósito dos programas SGIG é de acelerar a modernização do sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica e promover investimentos em tecnologias de REI e técnicas para aumentar a flexibilidade, funcionalidade, interoperabilidade, segurança digital e eficiência. Existem 99 projetos SGIG com um total de 8 bilhões de dólares sendo que a fatia federal é de 3,4 bilhões. Estados Unidos 1 2 3 Smart Grid Investment Grant O objetivo é testar e demonstrar novas e mais eficientes tecnologias de REI, ferramentas, técnicas e configurações de sistemas. Os projetos SGDP foram selecionados baseados no mérito no qual o Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos financiou 50% do custo. Os projetos SGDP são acordos de cooperação, enquanto que os projetos SGIG são subsídios e concessões. Dois tipos de projetos de REI foram selecionados para o SGDP, demonstrações regionais para Smart Grid verificar a viabilidade da rede, quantificar os Demonstrati custos e benefícios e validar novos modelos de on Program negócios, e projetos que incluem armazenamento SGDP de energia como baterias, flywheels, ar comprimido, serviços de regulação de frequência, aplicações distribuídas e integração das REI com fontes renováveis de energia como a fotovoltaica e a eólica. O programa consiste em 32 projetos em duas áreas: 16 projetos demonstração regional e 16 projetos de armazenamento de energia. O orçamento total para os 32 projetos é de 1,6 bilhões, sendo que a parcela federal é de 600 milhões. O Programa de Integração de Sistemas Distribuídos e Renováveis (RDSI) visa desenvolver Integração e demonstrar novas configurações do sistema de de Sistemas distribuição integrados com recursos distribuídos. Distribuídos Os projetos são voltados especificamente para e Renováveis demonstrar microgrids ou seus elementos, como (RDSI) estratégias de controle e comunicação para a resposta à demanda, os sistemas de geração • Serviços ao usuário • Infraestrutura inteligente de medição • Sistemas de distribuição e de transmissão • Armazenamento de energia • Tarifação • Sincronização de fase • Manufatura de equipamentos • Veículos Elétricos • Eficiência energética • Sensoriamento inteligente do sistema de energia • Sistemas de comunicação, análise e fluxo de potência • Integração da rede com sistemas distribuídos renováveis • Sistemas de análise de demanda • Sistemas de distribuição automatizados • Veículos elétricos plug-in • Armazenamento de energia • Controle da qualidade da energia • Sensoriamento inteligente do sistema de energia • Sistemas de comunicação, análise e fluxo de potência • Integração da rede com sistemas distribuídos renováveis • Sistemas de análise de O Brasil não possui um programa específico para desenvolvimento das REI, com a amplitude e profundidade apresentada por este programa Norte Americano. Há iniciativas como o programa de P&D da ANEEL nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, e eficiência energética tem cunho geral, focando em diversas áreas de aplicação e o mapeamento de TIC para REI da ABDI, com o intuito de direcionar e incentivar políticas públicas e outros programas e projetos do governo da nacional quanto estadualOutra característica do projeto norte americano é a presença de capital privado em percentuais significativos, o que não acontece no Brasil. As áreas de atuação sitadas também são desenvolvidas no Brasil a menos do incentivo à manufatura de equipamentos especificamente voltada às REI. O Brasil similarmente vem desenvolvendo projetos demonstração das tecnologias de REI, cuja verba, em sua maioria advem dos recursos de P&D da ANEEL. No modelo do projeto SGDP apenas 50% do custo é financiado pelo governo, sendo que o restante vem da iniciativa privada. Projetos na área de armazenamento de energia tem se tornado cada vez mais presentes em todas as regiões do mundo, face a inconstância das fontes renováveis. No Brasil esta pesquisa ainda não demonstrou esforços significativos, permanecendo ainda no campo da pesquisa básica, sem aplicações nos projetos demonstração em execução. A filosofia de microredes para o controle de subsistemas ainda não foi tema de projetos demonstração no Brasil. A característica radial das redes brasileiras dificultam a implementação deste tipo de solução, inviabilizando a melhoria da eficácia dos sistemas de controle e implantação de filosofias de proteção e Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 31 PAÍS N º Projeto Modelo em Implantação distribuída renováveis, tecnologias de armazenamento, sensores avançados e subsistemas eficientes. As microredes demonstradas são capazes de operar tanto paralelas à rede quanto isoladas. 4 Espanha 1 Áreas de Atuação demanda • Sistemas de distribuição automatizados • Veículos elétricos plug-in • Armazenamento de energia • Controle da qualidade da energia Além dos 4,5 bilhões de dólares para as REIs pela • Desenvolvimento e Lei de Recuperação, US $ 100 milhões, foram Otimização de programas de designados para o treinamento da força de treinamento de mão-de-obra trabalho (mão-de-obra). O Departamento de para o setor elétrico Energia dos EUA (DOE) divulgou o Anúncio do • Educação e treinamento Financiamento de Oportunidades para o estratégico para sistemas de treinamento da força de trabalho em setembro potência de 2009 e anunciou a seleção de 52 programas de • Treinamento de mão-detreinamento de força de trabalho para REI em obra para REI abril de 2010. Localizado em 32 estados e no Distrito de Columbia, os programas de formação Desenvolvim também recorreram a mais de US $ 95 milhões ento e em financiamento de faculdades comunitárias, Treinamento universidades, serviços públicos e fabricantes. Os de Força de programas irão treinar cerca de 30.000 Trabalho trabalhadores norte-americanos em tecnologias para REI de REI. (SGWTD) Projetos no âmbito deste programa facilitaram o desenvolvimento de uma força de trabalho treinada e qualificada capaz de implementar uma rede nacional inteligente de energia limpa e proporcionando próxima geração de técnicos qualificados, engenheiros e gestores para o setor de energia elétrica. O programa também aumenta a consciência e o interesse em carreiras no setor de energia elétrica, contribuindo para resolver deficiências trabalhistas previstos como força de trabalho útil caminhando em direção à aposentadoria devido à idade. O objetivo do projeto TWENTIES é avançar no • Potencial de regulação da desenvolvimento e na implantação de novas energia eólica no sistema tecnologias para facilitar a integração de geração • Integração da energia eólica de energia eólica (offshore) ao grid. em um contexto de REI TWENTIES é uma dos maiores projetos • Redes de alta tensão DC em dedemonstração de energias renováveis ambiente marítimo financiados pela Comissão Europeia, com um • Medição, monitoramento e orçamento total de mais de € 56.800.000 e uma controle inteligente contribuição da Comissão Europeia de cerca de € 32 milhões. O projeto TWENTIES traz operadores de rede e operadores de energia eólica juntos Twenties pela primeira vez. Project TWENTIES está organizada em torno de seis projetos em grande escala de demonstração , agrupados em três Grupos de Trabalho, que têm por objetivo demonstrar os benefícios das novas tecnologias. No escopo do projeto, prevê-se a avaliação de barreiras não-tecnologia para o desenvolvimento de uma rede offshore real, e a replicabilidade e escalabilidade a nível da UE dos resultados dos projeto des demonstração, com base n o seu impacto individual, bem como as potenciais sinergias entre eles. Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas controle inteligentes. O treinamento de mão-de-obra especializada que envolve conhecimentos de SEP, Tecnologia da Informação e Telecomunicação, ainda não evoluiu nos centros acadêmicos e de treinamento no Brasil. Este mercado ainda não se mostrou suficiente incentivado através de políticas e ações governamentais, tão pouco estabeleceu marcos dentro do mercado nacional que sinalizassem a necessidade e profissionais especializados em REI. O Brasil não tem experiência em projetos cooperativos entre diferentes países. Também não possui experiência em sistemas de geração heólica off-shore. Tão pouco tem desenvolvido experiências em replicabilidade e escalabilidade a nível nacional dos resultados dos projetos demonstração, com base sobre o seu impacto individual, bem como as potenciais sinergias entre eles. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 32 PAÍS N º 2 3 4 Projeto Projeto Cidades Inteligentes Modelo em Implantação Áreas de Atuação Cidades inteligentes é o projeto que a Endesa está desenvolvendo no sentido de criar um novo modelo de gestão de energia nas cidades. O objetivo é aumentar a eficiência energética, reduzir as emissões de CO2 e aumentar do uso da energia renovável. O projeto está sendo implantado nas cidades de Málaga e Barcelona (Espanha), Búzios (Brasil) e Santiago (Chile). O projeto procura integrar de forma otimizada a energia renovável na rede, testando sistemas de armazenamento de energia e promovendo o uso de veículos elétricos. Mas acima de tudo, deseja envolver o usuário final durante todo o processo. Os clientes envolvidos no projeto terão os novos medidores inteligentes desenvolvidos no âmbito da gestão remota para permitir um consumo de energia mais sustentável. Além disso, a instalação de sistemas telecomunicações avançados podem agir em tempo real e automaticamente na rede de distribuição, possibilitando uma nova gestão da energia e melhora na qualidade do serviço. • Armazenamento de energia • Energias alternativas • Medição inteligente • Serviços ao usuário • Distribuição inteligente • Veículos elétricos O Projeto STAR (Sistemas de Telegestão e Automatização da Rede) está implementando a REI em primeiro lugar na cidade de Castellón e, em sequência o BIDELEK que implementa a REI nos distritos de Bilbao, Portugalete e Lea-Artibai. • Automação da rede • Medição inteligente • Serviços ao cliente • Eficiência energética O projeto PRICE é uma iniciativa que visa dar respostas aos desafios tecnológicos de forma global para a nova geração de sistemas elétricos. Alguns dos mais importantes desafios a serem encarados nos anos vindouros são o envelhecimento dos sistemas e infraestruturas elétricas; o crescimento da demanda por suprimento de energia; a crescente presença de fonte de energia alternativa; a integração de veículos elétricos à rede elétrica e a necessidade de melhoria da segurança das fontes de energia e redução da dependência de fontes de energia não renováveis. Esta iniciativa cobre diferentes áreas de forma a atender as necessidades identificadas para o desenvolvimento das Redes Elétricas Inteligentes dentro do contexto da eficiência, segurança e sustentabilidade. O Projeto PRICE está baseado nos seguintes subprojetos: PRICERED: Monitoramento e Automação; PRICE-GEN: Gestão da energia; PRICE-GDI: Geração distribuída; PRICE-GDE: Gestão da demanda. • Automação da rede • Medição inteligente • Serviços ao cliente • Eficiência energética • Veículos elétricos Projeto STAR e BIDELEK PRICE Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas Os projetos de Cidades Inteligentes vêm sendo desenvolvidos no Brasil por diversas concessionárias quer seja através de modelos adotados internacionalmente por grupos internacionais com ativos de geração, transmissão e distribuição no Brasil São vários projetos com as mesmas características e objetivos semelhantes, criando a figura de Cidades Inteligentes cujo modelo é a princípio replicável em qualquer parte do mundo. O envolvimento do consumidor é peça chave no sucesso da implementação deste tipo de projeto, levando a uma mudança de cultura quanto a utilização e mesmo a geração da energia elétrica. Esta similaridade com projetos de Cidades Inteligentes sendo desenvolvidos em outros países não é por acaso. Uma vez que o modelo é desenvolvido para posterior aplicação em larga escala. A cidade de Buzios no Brasil [e o modelo replicado de espanha, com adequa;’oes regionais. Projetos da automação da rede têm sido realizados dentro do contexto de projetos demonstração no Brasil, assim como dentro da iniciativa específica de algumas concessionárias principalmente privadas que tem investido na melhoria operacional de suas redes de distribuição. A automação é uma ferramenta eficiente para redução de interrupções e seus respectivos tempos de recuperação. No entanto não há um programa de nível nacional com incentivos públicos ou legislação específica, no Brasil, para realização desta melhoria nas redes de distribuição brasileiras. A regulamentação brasileira que vem incentivando a introdução de geração distribuída não tem se preocupado com os impactos sobre as redes elétricas de distribuição, deixando por conta das concessionárias de energia do setor elétrico brasileiro as providências necessárias para as modificações, melhorias e atualizações dos sistemas de operação e proteção necessárias para manter a qualidade do serviço. Neste contexto não há ainda um programa e ou projeto voltados a cobrir diferentes áreas de forma a atender as necessidades identificadas para o desenvolvimento das Redes Elétricas Inteligentes dentro do contexto da eficiência, segurança e sustentabilidade, o que pode levar a consequências não desejáveis, principalmente junto aos consumidores. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 33 PAÍS N º 5 6 Projeto Modelo em Implantação Áreas de Atuação Energos é um projeto de pesquisa para o desenvolvimento de conhecimentos e tecnologias para o avanço da implantação de redes inteligentes de distribuição de energia (SmartGrid). Este projeto faz parte do Consórcio Estratégico Nacional de Pesquisa Técnica (CENIT) para impulsionar a inovação e desenvolvimento tecnológico em áreas-chave da sociedade. O Centro de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (CDTI) subsidia metade do orçamento, no montante de € 24,3 milhões de euros. O consórcio formado no projeto conta com a participação de grandes empresas nacionais com domínio nas redes inteligentes e é liderada pela Gas Natural Fenosa com grande participação da empresa Indra. • Implementação de Algoritmos de última geração para a gestão de REI • Métodos de geoposicionamento de veículos elétricos multiprovedor, integrando de forma inteligente diferentes sistemas de posicionamento (GNSS, Id GSM celular, IEEE 802.11 balizas ou Bluetooth, TV, GPS, etc.). • Aplicação de Realidade Virtual e ambientes colaborativos para ambientes operacionais. • Emprego da tecnologia OTDM para monitorar cabos enterrados de alta tensão. • Implementar protocolos bidirecionais e comunicações abertas, voltadas para uso em aplicações de telemetria, gerenciamento remoto e controle de dispositivos de gestão de energia relacionados. • Estudo sobre a integração de baixa latência middleware (DDS, RT Java, ICE, etc.) e sua integração em SOA e ESB. • Estudo das várias alternativas para técnicas de processamento de informações (grid computing) e computação em nuvem. • Estudar a possibilidade de integração de motores CEP / ESP para os processos de eventos complexos. • Controle de frequência através de Microgrids. • Modelagem do comportamento dos ativos e otimização de sua exigibilidade. • Nanotecnologias aplicadas a manutenção preditiva. • Automação da rede • Medição inteligente • Serviços ao cliente • Eficiência energética • Veículos elétricos • Iluminação pública com LEDs ENERGOS Thinking Energy A E-ON opera nos mercados de geração, distribuição e comercialização de energia elétrica. A empresa está envolvida em diversos projetos tecnológicos como o Thinking Energy que se preocupa com a redução das emissões de carbono e integra tecnologias de microgeração, veículos elétricos, gestão da energia ativa, iluminação pública com LED. A empresa também conta com o programa E-mobility em Munich no campo dos veículos elétricos, o programa CABLED na Inglaterra e o programa de cidade sustentável em Malmo na Suécia. Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas Não há ainda no Brasil a preocupação por parte de grandes fabricantes na introdução da filosofia de desenvolvimento de conhecimentos e tecnologias voltadas a REI. Esta preocupação tem sido observada nas ações do governo federal brasileiro na tentativa de buscar a nacionalização de produtos importados através de incentivos tributários, com a consequente instalação de indústrias em território nacional. Falta ainda maior incentivo a pesquisa, com participação da indústria nacional e entrosamento como as universidades e centros de pesquisa, inclusive na formação de mão-de-obra especializada. O Brasil não possui projetos nesta linha onde a preocupação com a redução de emissão de gases de efeito estufa se faz presente. A diversidade de aplicações em diferentes locais também é uma característica não muito presente nos projetos brasileiros. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 34 PAÍS N º 7 França 1 2 Projeto InvoGrid EDP PREMIO Greenlys Modelo em Implantação Áreas de Atuação Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas Projeto inovador que fornece os equipamentos de rede inteligente permitindo o cliente ter um papel mais ativo na gestão do seu próprio consumo e a empresa de distribuição passa a enfrentar melhor novos desafios em termos de qualidade de serviço e integração de geração distribuída e veículos elétricos. O projeto InovGrid começou com a instalação de medidores inteligentes. A obrigação de substituir os medidores até 15 kW de potência contratada é regulada pela ITC/3860/2007 de 28 de Dezembro, e os planos de substituição aprovado pelas Comunidades Autónomas. A EDP HC Energia é membro do PRIME Alliance que reúne outras empresas, fabricantes de equipamentos e fóruns de tecnologia para desenvolver um modelo de comunicação de caráter público e um padrão aberto para gerenciamento de novos medidores inteligentes (www.prime-alliance.org). PREMIO é uma sigla em francês para “Production Répartie, Energie et MDE, Intégrées et Optimisées”, o termo é usado em referência ao projeto e consórcio de trabalho, bem como a Usina Virtual. A Electricité de France (EDF) apoia o projeto piloto no sul da França. PREMIO combina o monitoramento dos recursos de energia distribuída instalados (DER) para uso otimizado com uma campanha de conscientização para Promover a Gestão da Demanda (DSM). O projeto inclui uma Usina Virtual (VPP), que integra aproximadamente cinquenta fontes de energia distribuídas, tecnologias de armazenamento e cargas controladas por uma única unidade de controle. • Automação da rede • Medição inteligente • Serviços ao cliente • Eficiência energética • Veículos elétricos Não há no Brasil, até o momento, a definição de um protocolo aberto e de caráter público para a padronização do gerenciamento de medidores inteligentes. Esta indefinição parte do posicionamento dos diversos setores envolvidos: governo, entidades regulamentadoras, certificadoras e de padronização, fabricantes de equipamentos em sua maoria estrangeiros, etc. Falta estabelecer, portanto, um consenso sobre as características destes padrões e características mínimas a serem contempladas, dentro da realidade brasileira, para alavancar a indústria nacional de medidores inteligentes e, consequentemente a implantação das REI, quanto a subárea de AMI. • Automação da rede • Medição inteligente • Serviços ao cliente • Eficiência energética • Armazenamento de energia • Controle de demanda A principal qualidade da GreenLys está no consórcio entre parceiros detentores de habilidades complementares, representantes do sistema elétrico. A GreenLys reúne assim a experiência de gestores da rede de distribuição (ERDF, GEG), fornecedores e produtores de energia (GDF, SUEZ), e fornecedores de equipamentos (SCHNEIDER ELECTRIC), tudo isso enriquecido pelo conhecimento científico da Grenoble-INP. Sua atuação concentra-se em dimensões sociológicas, REIs ambientais, economia e tecnologia. O programa GreenLys testa soluções completas para: • Criar uma rede de auto-cura (auto-manutenção, self-healing), mais automatizada, inteligente e mais comunicativa; • Geração distribuída, principalmente, utilização de energias renováveis como a fotovoltaica para veículos elétricos, para o armazenamento de energia descentralizada e co-geração; • Desenvolver e testar os equipamentos e serviços do futuro com os consumidores que procuram ter uma participação ativa, e entender • Casas ecológicas e redução da emissão de carbono • Automação e controle da rede • Serviços ao consumidor e monitoramento da carga • Auto-diagnóstico e automanutenção (self-healing) • Medição inteligente • Economia de energia O conceito de Recursos energéticos distribuídos (DER em inglês) ainda não foi devidamente divulgado e reconhecido no Brasil, o que vem dificultando a introdução de outros conceitos tais como aquele da Usina Virtual e também a Gestão de Demanda. Tais conceitos necessitam de uma Rede de distribuição automatizada e com recursos inteligentes desde o consumidor até as unidades geradoras, de forma integrada e com acesso a informação em tempo real. A legislação brasileira também não atende ainda estes conceitos dificultando a implantação dos mesmos a benefício da qualidade e continuidade dos serviços de fornecimento de energia do país. Este tipo de consórcio ainda não é comum no Brasil, sendo que este tipo de iniciativa ainda enfrenta dificuldades em sua implementação. Os esforços no Brasil ainda estão bastante concentrados nas iniciativas governamentais, através de programas como o de P&D da ANEEL. Sendo que os fabricantes tentam oferecer soluções importadas e de custo ainda alto para a realidade brasileira. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 35 PAÍS N º Projeto Modelo em Implantação Áreas de Atuação Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas melhor a sua relação com a eletricidade (custo, impacto ambiental); • Previsão do modelo econômico e regulamentar do futuro; • Contribuir para o controle de energia, reduzir as contas dos consumidores e desenvolver serviços de telemetria. 3 4 Venteea MYRTE GRIDTEAMS Os objetivos do projeto piloto Venteea são melhorar a eficiência da rede e a integração da energia eólica, além de otimizar os custos da conexão. O desafio é fornecer novas ferramentas para monitoramento e controle. As ferramentas e testes no Venteea fornecem soluções para reduzir as perturbações da rede e suavizar as flutuações na geração de energia. • Monitoramento e controle de REI • Controle e adaptação da energia eólica à rede • Eficiência energética • Otimização dos custos de ligação • Armazenamento de energia Ele implementa o acoplamento entre energia solar com o armazenamento de energia na forma do hidrogênio. Destina-se a estudar a implantação de armazenamento de energia solar através de hidrogênio. • Armazenamento de energia • Fontes alternativas de energia • Redes elétricas inteligentes O objetivo deste projeto é ajudar as pessoas a lidar com a sua própria curva de carga. Com a instalação de um medidor inteligente em casa pela WIT inc., a plataforma web oferecida pela Gridpocket utiliza uma análise de energia (feita por cientistas da Mines ParisTech) e uma análise comportamental (feita por sociólogos da Telecom ParisTech) para proporcionar um escopo de consumo. As informações de consumo apresentam a medida atual do consumido e o objetivo para economia de energia. O projeto Reflexe possui um orçamento de 9 milhões de euros financiados pela ADEME e tem como objetivo testar a viabilidade da agregação de energia gerenciada em lugares que produzem e consomem energia elétrica (indústria, energia renovável terciário, etc.) para avaliar: • Medição inteligente • Serviços ao consumidor • Redução de emissões de CO2 • Agregação da geração distribuída • Fontes alternativas de energia • Redes elétricas inteligentes Este tipo de projeto está diretamente ligado aos problemas advindos das flutuações de tensão causadas pela integração da geração distribuída que não consegue manter um fornecimento firme de energia, causando problemas indesejáveis para a operação do sistema de distribuição. Estas situações ainda não foram vivenciadas juntas às redes que recebem a energia gerada por estas fontes alternativas. Não há projeto similar no Brasil em fase de demonstração Este tipo de experiência junto ao consumidor encontra-se ainda de forma incipiente no Brasil. Alguns dos projetos demonstração que se encontram em execução no presente momento tentam estabelecer este tipo de serviço ao consumidor, mas sem uma grande preocupação em desenvolver o conceito e implementar metas de reduão/otimização do consumo, como objetivo primário dos projetos. A abordagem sistêmica ainda não foi tema de projetos demonstração no Brasil, tendo em vista que a introdução de geração distribuída no setor elétrico brasileiro é bastante recente e não apresenta ainda os desafios que já estão sendo vivenciados por outros países. • viabilidade técnica; • os modelos econômicos mais apropriados e os benefícios associados para várias partes interessadas; • os benefícios ambientais para sites individuais e regiões. 5 REFLEXE O que distingue o projeto Reflexe dos outros experimentos é a sua abordagem "sistêmica", que tem como objetivo colocar todas as partes interessadas e as fontes de energia elétrica juntas sob uma única estrutura operacional, cujo papel é coordenar os vários componentes do sistema em tempo real, a fim de manter e equilibrar na rede elétrica. Para conseguir esse objetivo, o consórcio liderado pela Veolia Environnement Research & Innovation uniu forças com três parceiros, cada um líder em seu campo: Alstom Grid, as energias alternativas franceses e da Comissão de Energia Atômica (CEA - INES), e da escola de engenharia Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 36 PAÍS N º Projeto Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas Modelo em Implantação Áreas de Atuação O InovGrid é um projeto inovador que visa dotar a rede elétrica de informação e de equipamentos capazes de automatizar a gestão das redes, melhorar a qualidade de serviço, diminuir os custos de operação, promover a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental, potenciar a penetração das energias renováveis e do veículo elétrico. Vai ser possível controlar e gerir, instantaneamente o estado de toda a rede de distribuição elétrica, e permitir que os comercializadores e empresas de serviços energéticos disponibilizem, sobre esta plataforma tecnológica, informação, produtos e serviços energéticos de valor acrescentado para os consumidores. SmartGrid GB (SGGB) é um grupo formado por partes independentes relacionadas com a indústria e detentor de experiência no desenvolvimento de redes inteligentes no Reino Unido. A visão e os objetivos da SGGB são revistos todos os anos para garantir que eles continuem a responder às prioridades da sociedade, e para assegurar que a SGGB continua a responder ao clima de mudança política. Em 2014, a visão existente do grupo e objetivos foram em grande parte mantidas, mas com algumas simplificações aos objetivos. Visão: o Tornar a Grã-Bretanha um líder mundial no desenvolvimento de REI e implementar um mercado que atenda ao cronograma de desenvolvimento econômico e redução da emissão de carbono. Objetivos: o Realizar a transição para uma sociedade com menos emissão de carbono, criar empregos e aumentar as exportações. o Criar um ambiente político e regulatório que estimule o crescimento de REI. o Garantir que os consumidores se beneficiem do desenvolvimento de REI. o Reunir grupos de valor econômico e social para enfrentar os desafios do desenvolvimento das REI. A Arqiva é uma empresa de infraestrutura de comunicações e serviços de mídia, operando no coração dos mercados de radiodifusão, satélite e de comunicações móveis do Reino Unido. O projeto Smart Grid Demonstration System visa a implementação de sistemas de comunicações para medições inteligentes, foco na redução de custos e do consumo de energia elétrica, automação da rede e oferta de serviços ao consumidor. • Medição inteligente • Serviços ao consumidor • Carros elétricos • Detecção e solução de faltas na rede de distribuição • Eficiência energética Este projeto também está sendo implementado no Brasil em uma versão voltada a realidade brasileira, por subsidiárias de empresa multinacional com atuação no Brasil. Tem por característica a modelagem internacional da solução visando demonstrar a aplicabilidade e repetibilidade na maior parte das regiões do mundo. • Redução da emissão de carbono • Serviços ao consumidor • Regulamentação e legislação para REI • Medição inteligente A visão deste projeto quanto a sustentabilidade do desenvolvimento econômico e redução de emissão de carbono, através do fomento das REI, tem características intrínsecas à realidade britânica. O mesmo não é observado no Brasil, até mesmo devido ao fato da não existência de uma entidade com as características da SGGB em território nacional. • Medição inteligente • Automação da rede • Telemetria • Aumeto de eficiência • Serviços ao consumidor • Internet das “coisas” (IoT), objetos, comunicação entre máquinas (machine-tomachine (m2m)) As empresas de infraestrutura de comunicação no Brasil tem buscado atender os projetos demonstração desenvolvidos pelas concessionárias brasileiras, em caráter de parceria, mas sem a iniciativa como do projeto Arqiva. SUPELEC. Portugal Reino Unido 1 1 2 InovGRID SmartGrid GB Arqiva Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 37 PAÍS N º 3 Itália Dinamar ca 1 1 Projeto Cryogenic Storage Smart MV Networks Cell Controller Pilot Project (CCPP) Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas Modelo em Implantação Áreas de Atuação Highview está trabalhando com parceiros comerciais e usuários finais para desenvolver projetos multi-MW para o Reino Unido e os mercados internacionais. As plantas Bespoke Liquid Air Energy Storage (LAES) podem ser projetadas pela Highview, que pode entregar em torno 5MW/15MWh – até muito mais do que 50MW/200MWh. As plantas irão apoiar uma série de aplicações, incluindo, energias renováveis intermitentes, os serviços auxiliares, e entregando a segurança do fornecimento para grandes consumidores industriais. o programa conhecido como os "Smart MV Networks", está sendo desenvolvido no sul da Itália. Este programa é dividido em quatro projetos, cada um com tarefas e objetivos específicos. O programa foi financiado com 77 milhões do Governo italiano, que foi originalmente concedido pela Comissão Europeia (CE) em 2007. Os principais objetivos deste programa podem ser resumidos a seguir: • Testar e melhorar a geração distribuída juntamente com o gerenciamento de redes de energia ativa / passiva. Isto deixará as redes de energia MV prontas para serem conectadas com plantas fotovoltaicas com tamanhos 0,1-1 MW. • O controle de tensão, a fim de permitir a desconexão segura e limpa de geração principal, no caso de perda de alimentação primária. • Entrega distribuída, a fim de permitir o religamento (controlados remotamente) dos produtores MV, dependendo das condições da rede e em conformidade com regras estabelecidas pelo regulamento italiano. • Possibilidade de uma configuração de rede em malha, a fim de aumentar o poder de redistribuição de curto-circuito. O projeto CCPP durou um período de sete anos, de 2005 a 2011. Durante os três primeiros anos, os recursos de ativos de campo foram avaliados, monitorados e equipamentos de comunicações foram distribuídos ao longo de uma parte da região de estudo-piloto; o objetivo foi compreender melhor as demandas de geração e de carga, e para aproveitar o máximo de recursos em situ quanto possível. Ao mesmo tempo, uma estratégia de controle geral foi desenvolver um protótipo e em uma plataforma de hardware distribuída, com a provas de conceitos realizadas utilizando-extensas técnicas de modelagem e simulação e testes ao vivo no Laboratório InteGrid. Durante 2008 e 2009, a primeira versão totalmente funcional do controlador celular foi implantado em uma parte da região piloto. Vários testes de campo foram realizados, incluindo o ilhamento bem sucedido, operação autônoma e ressincronização da rede controlada pela rede de transmissão principal. Além disso, as capacidades de comunicação e de monitoramento foram expandidas para o resto da região de piloto. • Armazenamento de energia • Apoia a fontes renováveis de energia intermitentes • Redes elétrica inteligentes No Brasil não foram estabelecidos projetos de criogenia com foco em armazenamento de energia. • Medição inteligente • Fontes renováveis de energia – Produção distribuída • Veículos elétricos • Automação da rede elétrica • Edifícios inteligentes • Iluminação pública inteligente Os objetivos traçados no projeto italiano ainda não foram objeto de projetos brasileiros, pois exigem um estado mais avançado de implementação de REI. Por exemplo, a reconfiguração das redes em malha ainda não estão devidamente contempladas nas redes de distribuição brasileiras face a característica radial das mesmas. • Medição inteligente • Fontes renováveis de energia – Produção distribuída • Veículos elétricos • Automação da rede elétrica • Armazenamento de energia Dado ao curto tempo de implementação da geração distribuída e também da pouca disseminação de redes elétrica inteligentes no Brasil a implementação da filosofia de controle de células ainda deverá sofrer solução de continuidade, ensejando maiores estudos e experiência dos players envolvidos. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 38 PAÍS N º Projeto Modelo em Implantação Áreas de Atuação Similaridades, Diferenças e Vantagens Comparativas A partir de 2010 até 2011, os recursos do controlador de célula foram expandidos e capacidades foram adicionadas para permitir que vários olders stakeh (o operador do sistema de transmissão, os operadores de rede de distribuição, e as partes de balanceamento de potência) realizassem operações simultâneas. Cada novo recurso foi desenvolvido e testado tanto na simulação e no Laboratório InteGrid antes de finalmente ser demonstrado com sucesso em campo no outono de 2010 e Primavera de 2011. A partir das informações contidas nas Tabelas 3 e 4 estabelecem-se correlações existentes entre projetos desenvolvidos e em desenvolvimento no Brasil com aqueles sendo desenvolvidos em outros países, envolvendo as tecnologias de TIC para REI. 10.2. MODELOS EM IMPLANTAÇÃO: SIMILARIDADES E DIFERENÇAS COM OS MODELOS EM IMPLANTAÇÃO NO BRASIL DESTACANDO VANTAGENS COMPARATIVAS Os modelos em implantação dos diversos países pesquisados apresentam, em sua maioria, correlação direta com os Projetos Demonstração implantados no Brasil, quando se observa determinadas subáreas de aplicação tecnológica. A principal delas é a subárea de Medição Inteligente (MI) onde, invariavelmente, concentra-se grande esforço, o que leva necessariamente à implementação de soluções de TIC a partir das subáreas TI e TELCOM. Estas áreas são básicas para a implementação de qualquer solução que envolva o conceito de REI e são fundamentais quando se fala em envolvimento direto do cliente. Portanto, os projetos Brasileiros passam também por este caminho, do qual dependem também as implementações de Geração Distribuída (GD) fotovoltaica, eólica, etc. As subáreas CSM, EI ou mesmo de Veículos Elétricos (VEH) necessitam de um suporte maciço de soluções TIC, sendo as subáreas de TI e TELCOM bastante solicitadas. Há também projetos como o da empresa Arqiva, no Reino Unido, cujo desenvolvimento é empreendido inteiramente por empresas da área de infraestrutura de comunicações sem o envolvimento direto de concessionárias do setor elétrico, cujos objetivos visam demonstrar aplicações de alto desempenho para as REI voltadas principalmente ao consumidor, através de serviços tais como Internet das “coisas” (IoT: Internet of Things) e implementação de comunicação entre dispositivos (Machine-To-Machine: M2M). O Brasil ainda não está implementando projetos neste nível, voltados à IoT ou M2M, em escala significativa, centrando suas atenções em MI, AD, TELCOM e TI até mesmo pela necessidade de atualização do parque de medição para redução de perdas e de inadimplência e também de modernização das redes de distribuição para permitir um melhor controle operativo dos aspectos relativos a proteção das redes, com inequívoca redução do número de interrupções e ou tempos de reparo. Há também esforços voltados a introdução do carro elétrico no Mercado Brasileiro, esforços estes restritos a alguns projetos e localidades específicas e não como um plano nacional focado neste tipo de serviço. Há ainda a necessidade de se estabelecer protocolos de nível nacional para regulamentar adequadamente este tipo de implementação do ponto de vista das redes elétricas, que devem estar em condições de operar de forma inteligente para garantir o nível mínimo de qualidade de serviço em limites satisfatórios à operação de pontos de reabastecimento deste tipo de veículo, sem causar perturbações e ou queda da qualidade da energia para outros consumidores. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 39 Por outro lado, na busca para criar condições para a introdução da Geração Distribuída, o país tem mostrado esforço através da aplicação de políticas públicas, regulamentações para o setor elétrico e abertura de linhas de crédito para incentivar o crescimento do mercado. Estas medidas têm por objetivo permitir a oferta de energia limpa e sustentável, em substituição a outras fontes de natureza não sustentável, objetivo este perseguido por diversos países. A aplicação de TIC em REI mostra-se imprescindível para o sucesso da implementação do GD no Brasil, onde a experiência de outros países traz um forte aprendizado, principalmente nos erros que devem ser evitados. A utilização de fontes de energia alternativas próximas às cargas reduz custos de transporte da energia, embora apresente problemas relativos ao armazenamento e disponibilidade. Uma solução que está sendo estudada em diversos países é a criação de “clusters” com a formação de “usinas virtuais”, com base em diversos empreendimentos de geração sustentável, coordenadas através de sistemas automatizados de despacho de carga, sincronizadas com a demanda de energia por parte de indústrias e pela comunidade em geral. A filosofia de criação de nichos ou clusters pode ser mais bem entendida quando é analisado o desenvolvimento de “microredes”, que reduz impactos operacionais e de manutenção, o que permite o aumento da confiabilidade do sistema de distribuição, assim como sua segurança e eficiência, levando a um melhor aproveitamento da energia gerada e disponibilizada nos processos produtivos e de consumo da população. A Tabela 4 mostra em detalhes os Modelos de Implantação dos Projetos Demonstração dos Países Pesquisados, assim com as Áreas de Atuação específicas de cada um deles, revelando também similaridades, diferenças e vantagens comparativas em relação às iniciativas Brasileiras. 11. MAPEAMENTO DAS EMPRESAS FORNECEDORAS INTERNACIONAIS Analogamente ao mapeamento do mercado nacional, esta etapa busca identificar a cadeia de fornecedores internacionais de produtos e serviços de TIC para REI classificados nas categorias funcionais descritas anteriormente (áreas tecnológicas segundo classificação ABDI/ANEEL). Foi realizado o mapeamento dos fornecedores ligados a REI a nível internacional, identificando se esses são do mesmo grupo econômico do Brasil (no caso das empresas) e as vantagens competitivas que eles possuem. Também foram identificadas as empresas instaladas no Brasil especificando a forma com que atuam os projetos em curso no país, as parcerias com as instituições de ensino e os CPD&Is, as filiais instaladas no Brasil para fabricação, comercialização e revenda, assim como a aquisição de ações dessas empresas no Brasil (parcial ou total). Ao todo, foram identificadas 491 (quatrocentos e noventa e uma) Empresas Fornecedoras atuantes no mercado mundial, no entanto para este mapeamento foram consideradas um subconjunto composto de 150 (cento e cinquenta) Empresas Fornecedoras para avaliação das áreas tecnológicas de REI. A Tabela A.1 (ANEXO) lista as 491 empresas fornecedoras identificados. A Tabela 5 apresenta a relação de empresas fornecedoras que foram detalhadas neste mapeamento, por participação nos países (150 empresas). Atuam no Brasil empresas multinacionais como: IBM; ABB; Siemens; Itron; Ericsson; GE Energy; Schneider Electric; 3M; Cisco; Landis+Gyr; SAP; Sensus; Silver Spring Networks; Telefônica; Toshiba; Alcatel; Lucent; Alstom; Arteche; Bonfiglioli; Bosch; Cegasa; Cooper; Deif; Elster; Furukawa; Gamesa; Gestamp Renewables; Guascor; Huawei; Johnson Controls; Nec; Oracle; Qualcomm; S&C Electric; Schweitzer Engineering; Solaria; Teradata; Texas Instruments; T-System; Whirlpool e Logica, a grande maioria delas com sede regional/representação localizada em São Paulo-SP. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 40 Tabela 5 - Lista das 150 Empresas Fornecedoras de REI Detalhadas neste Estudo, com Identificação do País de Origem, Grupo Controlador, Número de Funcionários e Filial no Brasil (Quando Aplicável). Nome da Empresa País Grupo Controlador Faturamento (*) Bosch Alemanha Bosch F5 BTC AG Alemanha Número de Filial no Funcionários Brasil (**) (Localização) E5 Santa Catarina E3 Elster Group F4 E4 Rio Grande do Sul Alemanha SAP F5 E4 São Paulo Siemens Ltda SMA Solar Technology Alemanha Siemens E5 E5 São Paulo F4 E4 Tavrida Alemanha T-System Alemanha F5 E5 Acciona Austrália F4 E5 Altus Group Canadá Altus Group F1 E2 Awesense Aztech Associates Inc Canadá Awesense Aztech Associates Inc. Canadian Solar Canadá Certicom Canadá Clevest Corinex Communications Corp. Canadá Corvus Energy Digital Engineering, Inc. dTechs Energy Profile Management Canadá Elster Papendorf Software Engineering Power PLUS Communications Alemanha Prosyst Software Alemanha SAP Alemanha Alemanha Alemanha Canadá Canadá Deutsche Telekom São Paulo E1 F1 E1 F4 E2 Certicon Corp F1 E1 Clevest Corinex Communications Corp. F4 E3 F1 E1 F1 E1 Canadá Digital Engineering, Inc. F1 E1 Canadá dTechs F1 E1 Electrovaya Inc. Enbala Power Networks. Canadá Electrovaya Inc F1 E1 Canadá ENBALA Inc F1 E1 Energent Inc. Canadá F1 E1 e-Radio Inc. Fuseforward Solutions Group Canadá F1 E1 Canadá e-Radio Group Fuseforward Solutions Group F1 E1 Hatch Ltd Canadá Hatch Ltd F4 E3 São Paulo Minas Gerais Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 41 Heliene Photovoltaic Modules Canadá Heliene Group Hydrogenics Corporation Intellimeter Canada Inc. Hydrogenics Intellimeter Canada Inc. Canadá Kinects N-Dimension Solutions Inc. Norcan Hydraulic Turbine Inc. Canadá Canadá IBEC GRID2020 N-Dimension Solutions Inc. Norcan Hydraulic Turbine Inc. Positron In. Canadá Positron Inc Pulse Energy. Redline Communications Inc. Canadá Canadá Canadá F1 E1 E1 F1 E1 F1 E1 F1 E1 F1 E1 Canadá Redline Communications group. F1 E1 RocTest Ltd. Canadá RocTest Group F1 E1 Sierra Wireless Skywave Mobile Communications. Canadá Sierra Wireless F2 E2 Canadá Skywave Group SNC-Lavalin Survalent Technology Temporal Power Ltd. Canadá SNC-Lavalin Inc Survalent Technology Canadá Canadá E1 F1 E1 F1 E1 F1 E1 possui representação Teradata Canadá Teradata F5 E2 Trioniq Inc. Canadá TRIONIQ Inc F1 E1 VibroSystM Canadá VibroSystM F1 E1 Virelec Ltd. Canadá F1 E1 Vizimax Wind Simplicity Inc. Canadá Huawei China Huawei NARI Technology China NARI Group Corp Satcon China Coreia do Sul Coreia do Sul Coreia do Sul Coreia do Sul Satcon F2 E1 LG Group F5 E5 São Paulo E3 São Paulo E5 São Paulo LG Electronics POSCO ICT Samsung Electronics Sejin Electron Hyosung Power & Industrial Systems Performance Group DEIF Vizimax Canadá São Paulo F1 E1 F5 E4 São Paulo E4 São Paulo POSCO Group Samsung Group São Paulo F5 E2 Coreia do Sul Hyosung Dinamarca DEIF F5 E3 São Paulo E2 São Paulo Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 42 Arteche CEGASA Motion Energy Espanha Arteche Espanha CEGASA Group Gamesa Gestamp Renewables GreenPower Tech Espanha GamesaCorp Corporación Gestamp F4 Indra F4 Espanha F2 E3 Paraná São Paulo E4 Bahia São Paulo Espanha Indra Espanha E3 São Paulo Ingeteam T&D Espanha E3 São Paulo Isotrol Espanha E1 Ormazábal Espanha Ormazábal Group Solaria Espanha Solaria Telefonica Espanha Telefonica F5 E5 São Paulo 3M EUA 3M F5 E5 São Paulo A123 Systems EUA Wanxiang Group F2 Amber Kinetics EUA Amber Kinetics E1 Aquion Energy EUA Aquion Energy E1 Beacon Power EUA EUA Rockland Capital E1 BPL Global CA Technologies Inc EUA Echelon EUA eMeter Ervin Cable Construction General Eletric G&E EUA Gridpoint Guascor Honeywell International Inc. Hydro-Star Energy, LLC EUA EUA EUA EUA EUA São Paulo F4 E3 F5 E5 São Paulo Distrito Federal F5 E5 São Paulo F5 E3 Siemens Ervin Cable Construction, LLC F1 E1 General Eletric F5 E5 Cisco Eaton Corporation Inc Echelon Corporation Rio de Janeiro E1 Dresser-Rand São Paulo Honeywell Group Hydro-Star Energy, LLC F5 E5 F1 E1 EUA EUA IBM F5 E5 São Paulo Intel EUA Intel F5 E5 São Paulo Itron Inc. EUA Itron Inc F4 E4 São Paulo Johnson Controls EUA F5 E5 Landis+Gyr EUA Johnson Controls Toshiba Corporation F4 E5 IBM iControl EUA São Paulo E1 EUA Cisco Cooper Industries E3 EUA Paraná Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 43 Motorola Solutions EUA Google F4 E3 São Paulo Oracle EUA Oracle F5 E5 São Paulo Orange EUA F1 E1 Panduit EUA F3 E3 São Paulo Qaulcomm EUA EUA F5 E5 São Paulo F5 E5 São Paulo Rockwell Automation S&C Electric Company Schweitzer Engineering Laboratories EUA EUA Panduit Qualcomm Incorporated Rockwell Automation & the PartnerNetwork™ S&C Electric Company Schweitzer Engineering Laboratories, Inc Seeo EUA Seeo Sensus EUA EUA Sensus Silver Spring Smartergrid Solutions SPX Transformers Solutions EUA EUA Silver Spring SustainX, Inc Talisen Technologies Tantalus Systems Inc Sequentric Tendril Texas Instruments Trilliant Networks Inc. Verdiem Verizon Communications Inc. Whirlpool Paraná F4 E4 São Paulo E1 São Paulo F1 E1 São Paulo E1 EUA Waukesha Group F4 E5 EUA EUA SustainX Inc F2 E1 EUA EUA Tantalus E1 E1 Texas Instruments F5 E3 EUA EUA Trilliant Inc F1 E1 EUA Verizon F5 E5 EUA EUA Whirlpool Crompton Greaves F5 E4 Santa Catarina F5 E5 São Paulo EUA Ziv São Paulo Alcatel Lucent França Alcatel Lucent F5 E5 São Paulo Alstom França Alston F5 E4 Rio de Janeiro São Paulo Atos França F5 E5 Delta Dore França F2 E3 Saft França F4 E3 São Paulo Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 44 Sagemcom Schneider Electric França WATTECO França DNV GL KEMA Holanda Heliox BV Holanda Metsens Holanda Plugwise Holanda ProxEnergy Holanda Elspec Holanda Accenture plc. Irlanda Accenture F5 E5 Eaton F5 França F4 E3 Schneider Electric F5 E5 São Paulo DNV GL F4 E5 São Paulo E1 E1 Eaton Irlanda E5 São Paulo Santa Catarina Bonfiglioli Itália E3 São Paulo Finder Itália E1 São Paulo Prysmian Itália Prysmian Group F4 E3 São Paulo Furukawa Japão Furukawa F4 E4 Paraná Hitachi Kinden Corporation Mitsubishi Electric Japão F5 E5 São Paulo F5 E4 Japão Hitachi Group Kinden Corporation Mitisubishi Corporation F5 E5 São Paulo NEC NTT Data Corporation Japão Grupo Sumitomo F1 E5 São Paulo Japão F4 E5 São Paulo Panasonic Japão NTT Data Panasonic Corporation F5 E5 São Paulo Toshiba Yokogawa Electric Corporation Japão Toshiba F5 E5 Minas Gerais Japão Yokogawa F4 E3 São Paulo EFACEC EFACEC KiWi Power E1 Lucy Switchgear Portugal Reino Unido Reino Unido Reino Unido W Lucy & Co. Ltd E1 Ericsson Suécia Ericsson F4 E5 São Paulo ABB Ltd Suiça ABB Group F5 E4 São Paulo AMTSybex KiWi Power Japão Pernambuco Capta plc A Tabela 6 mostra as empresas fornecedoras internacionais mapeadas por subárea de REI. As empresas listadas atuam no mercado internacional e estão agrupadas por países. Considera-se que quanto mais áreas desenvolvidas, maior é o alcance de mercado da empresa. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 45 Empresa Fornecedora Nome País Bosch BTC AG Elster Papendorf Software Engineering Power PLUS Communications Prosyst Software SAP Siemens Ltda SMA Solar Technology Tavrida T-System Acciona Altus Group Awesense Aztech Associates Inc. Canadian Solar Certicom Clevest Alem anha Alem anha Alem anha Alem anha Alem anha Alem anha Alem anha Alem anha Alem anha Alem anha Alem anha Austr ália Cana dá Cana dá Cana dá Cana dá Cana dá Cana Grupo TEL A V C DE OU MA T E G ECO R E S M TR F E H B O I D I I D M M H M O O Bosch x Elster Group x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Altus Group x x x x x x x x x x x x x x x x x Certicon Corp Clevest x x x x x x x x Awesense Aztech Associates Inc. x x x Deutsche Telekom x x x x Siemens x x x x SAP GD - Fotovoltaico GD - Eolico GD - Heliotermico GD- Biogas GD - Outros Medição Inteligente Automação da Distribuição Telecomunicações Tecnologias de Informação Distribuída, Geração Edificios Inteligentes Microgeração de e Sistemas Microredes Armazenamento Veículos Elétricos, e baterias Distribuído de Híbridos e Sistemas ao Serviços Carga Consumidor Projeto Piloto/ Demonstração Outros Correlatos Tabela 6 - Mapeamento das 150 Empresas Internacionais por Subárea de Aplicação Tecnológica de REI. x x x Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 46 dá Corinex Communications Corp. Cana dá Cana Corvus Energy dá Cana Digital Engineering, Inc. dá dTechs Energy Profile Cana Management dá Cana Electrovaya Inc. dá Cana Enbala Power Networks. dá Cana Energent Inc. dá Cana e-Radio Inc. dá Fuseforward Solutions Cana Group dá Cana Hatch Ltd dá Heliene Photovoltaic Cana Modules dá Cana Hydrogenics dá Cana Intellimeter Canada Inc. dá Cana Kinects dá Cana N-Dimension Solutions Inc. dá Norcan Hydraulic Turbine Cana Inc. dá Cana Positron In. dá Cana Pulse Energy. dá Redline Communications Inc. RocTest Ltd. Sierra Wireless Skywave Mobile Communications. SNC-Lavalin Cana dá Cana dá Cana dá Cana dá Cana dá Corinex Communications Corp. x Digital Engineering, Inc. x x x x x x x x x x x x x dTechs x Electrovaya Inc. ENBALA Inc. x x e-Radio Group Fuseforward Solutions Group x x Hatch Ltd Heliene Group Hydrogenics Corporation Intellimeter Canada Inc. x x x x x x x x x IBEC GRID2020 N-Dimension Solutions Inc. Norcan Hydraulic Turbine Inc. Positron Inc x x x x x x x x x x x x Redline Communications group. x RocTest Group x x x Sierra Wireless x x Skywave Group x x SNC-Lavalin Inc x x x x Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 47 Survalent Technology Temporal Power Ltd. Teradata Trioniq Inc. VibroSystM Virelec Ltd. Vizimax Wind Simplicity Inc. Huawei NARI Technology Satcon LG Electronics POSCO ICT Samsung Electronics Sejin Electron Hyosung Power & Industrial Systems Performance Group DEIF Arteche CEGASA Motion Energy Gamesa Gestamp Renewables GreenPower Tech Indra Cana dá Cana dá Cana dá Cana dá Cana dá Cana dá Cana dá Cana dá China China China Corei a do Sul Corei a do Sul Corei a do Sul Corei a do Sul Corei a do Sul Dina marc a Espan ha Espan ha Espan ha Espan ha Espan ha Espan ha Survalent Technology x x x Teradata TRIONIQ Inc x x VibroSystM x x x x x Vizimax x Huawei NARI Group Corp Satcon x x x x x x x LG Group x POSCO Group x x x Samsung Group x x x x x x Hyosung x DEIF x Arteche x CEGASA Group x GamesaCorp Corporación Gestamp Indra x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 48 x Ingeteam T&D Isotrol Ormazábal Solaria Telefonica Ziv BPL Global Gridpoint Guascor iControl Espan ha Espan ha Espan ha Espan ha Espan ha Espan ha EUA EUA EUA EUA Rockwell Automation Sequentric Smartergrid Solutions SPX Transformers Solutions Talisen Technologies Tendril Verdiem 3M A123 Systems Amber Kinetics Aquion Energy Beacon Power CA Technologies, Inc Cisco EUA EUA EUA Cooper Industries Echelon eMeter EUA EUA EUA Ervin Cable Construction General Eletric - G&E Honeywell International Inc. EUA EUA Hydro-Star Energy, LLC IBM Intel EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA x x x Ormazábal Group x x x x x x x Solaria x Telefonica x Crompton Greaves x x x x x Dresser-Rand x x x x x x x x x Rockwell Automation & the PartnerNetwork™ x Waukesha Group x x x x x x x x x x x x x x x x x x 3M Wanxiang Group Amber Kinetics Aquion Energy Rockland Capital Cisco Eaton Corporation Inc Echelon Corporation Siemens Ervin Cable Construction, LLC General Eletric Honeywell Group Hydro-Star Energy, LLC IBM Intel x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 49 x x Itron Inc. Johnson Controls Landis+Gyr Motorola Solutions Oracle Orange Panduit EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA Qaulcomm EUA S&C Electric Company EUA Schweitzer Engineering Laboratories Seeo Sensus Silver Spring SustainX, Inc Tantalus Systems Inc Texas Instruments Trilliant Networks Inc. Verizon Communications Inc. Whirlpool Alstom Atos Delta Dore Saft Sagemcom Schneider Electric WATTECO Alcatel Lucent DNV GL KEMA Heliox BV Metsens Plugwise EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA EUA Franç a Franç a Franç a Franç a Franç a Franç a Franç a Franç a Holan da Holan da Holan da Holan Itron Inc. Johnson Controls Toshiba Corporation Google Oracle x x x x x x x x x x x x x Panduit Qualcomm Incorporated S&C Electric Company Schweitzer Engineering Laboratories, Inc Seeo Sensus Silver Spring SustainX Inc Tantalus Texas Instruments Trilliant Inc x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Verizon Whirlpool x x x x x x x Alston x x x x x x x x x x x x Schneider Electric x x x x x x x x x x x x x x x Alcatel Lucent x x x DNV GL x x x x x x Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 50 x Eaton Bonfiglioli Finder Prysmian Furukawa Hitachi Kinden Corporation da Holan da Holan da Irland a Irland a Itália Itália Itália Japão Japão Japão Mitsubishi Electric NEC NTT Data Corporation Japão Japão Japão Panasonic Toshiba Yokogawa Electric Corporation Japão Japão ProxEnergy Elspec Accenture plc. EFACEC AMTSybex KiWi Power Lucy Switchgear Ericsson ABB Ltd Japão Portu gal Reino Unido Reino Unido Reino Unido Suéci a Suiça x x x x Accenture x Eaton x x x x Prysmian Group Furukawa Hitachi Group Kinden Corporation Mitisubishi Corporation Grupo Sumitomo NTT Data Panasonic Corporation Toshiba x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Yokogawa x x x x x EFACEC x Capta plc x x KiWi Power x x W Lucy & Co. Ltd Ericsson ABB Group x x x x x x x x x x x x x x x x A Figura 9, construída a partir da Tabela 6, mostra o mapa global das empresas fornecedoras agrupadas pelos seus respectivos países de origem, identificando o número de empresas atuando em cada país. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 51 Figura 9 - Mapeamento das Empresas Internacionais de REI. . (Fonte: Elaboração Própria) A Figura 10 mostra a representação das empresas fornecedoras internacionais pelo percentual de participação dos países pesquisados. Empresas por Países EUA 211111 3 3 1% 1% 1% 1% 1% 1% 5 32% 2% 6 3%2% 84% 5% 9 6% 11 7% 46 31% Canadá Espanha Alemanha Japão França 12 8% 37 25% Holanda Coreia Figura 10 - Representação das Empresas pelo Percentual de Participação do País. . (Fonte: Elaboração Própria) A Figura 11 apresenta a distribuição de produtos das 150 empresas por subárea de TIC-REI. O grande destaque é a área de Tecnologia da Informação (TI). Cerca de 20% dos produtos mencionados pelas empresas estão diretamente relacionados a TI, conforme também evidenciado nos estudos da cadeia nacional de TIC-REI, onde se tem buscado a integração desses sistemas com o desenvolvimento de tecnologias inovadoras aplicadas aos Sistemas Elétricos de Potência (SEP). As áreas de Medição Inteligente (MI) e Automação da Distribuição (AD) também possuem relevância nas subáreas mapeadas dos principais produtos presentes no portfólio de REI das empresas. São áreas cruciais para o processo de modernização das redes elétricas e o grande número de produtos nesses setores demonstra o estágio avançado em que se encontram o REI em todo o mundo. Por fim, observa-se uma boa representatividade também em produtos relacionados à Geração Distribuída (GD) (com 12% das 150 empresas pesquisadas) devido ao fato desta ser a subárea de REI que tem ganhado mais impulso nos últimos anos com as políticas de energia renovável adotadas nos países se tornando de estratégico para redução de custos, segurança energética, redução de emissões, entre outros. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 52 Por outro lado, ainda investigando os dados da Tabela 6, nota-se que empresas como a Hitachi (8 áreas), a Schneider Eletric (7), a BTC AG (6), a Siemens (6), a Toshiba (6) e ABB (6) (Tabela 6.2) apresentaram maior diversidade em Áreas de Aplicação Tecnológica de REI, indicando a forte presença de empresas que estão realmente inseridas no setor a nível internacional. Empresas Internacionais por área de Atuação 18 11 19 5% 3% 19 5% 6% 23 7% TI MI 71 20% AD GD 50 14% 24 7% EI ARM CSM 27 8% 42 12% 45 13% TELECOM DEMO Figura 11 - Distribuição de Produtos das Empresas Internacionais por Área de Aplicação Tecnológica de REI. (Fonte: Elaboração Própria) A Figura 12 apresenta as subdivisões dos produtos diretamente relacionados à Geração Distribuída (GD). A grande oferta se dá por produtos em geração solar fotovoltaica, uma tendência mundial também verificada para o Brasil com as empresas nacionais. Produtos de Geração Distribuída 5 2 6% 3% 15 19% Fotovoltaica 33 43% Eólica Outros Biomassa 22 29% Heliotermica Figura 12 - Projetos das Empresas Internacionais por Subárea de Geração Distribuída. . (Fonte: Elaboração Própria) A Figura 13 apresenta uma distribuição de áreas de atuação das Empresas Fornecedoras Internacionais por “Segmento Específico” de REI. Essa “nova” classificação (distinta da classificação ABDI/ANEEL) se propõe a apresentar Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 53 e comparar segmentos específicos de produtos e serviços de REI, podendo melhor orientar a indústria local. Os destaques são as áreas de “Infraestrutura de Medição Avançada” (27%) e “Automação da Distribuição e Automação da Subestação” (22%). Além de constituírem o grande foco das Redes Elétricas Inteligentes, essas duas áreas estão diretamente ligadas aos produtos de Tecnologia da Informação (TI). Figura 13 - Área de Atuação das Empresas Internacionais por Segmento Específico de REI. (Fonte: Elaboração Própria) 12. MAPEAMENTO DOS CPD&IS INTERNACIONAIS Foi realizado um mapeamento dos principais CPD&Is (Centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) atuantes no segmento de REI dos países selecionados. Ao todo foram identificados 108 (cento e oito) CPD&Is, sendo que 28 (vinte e oito) destes fizeram parte de análises detalhadas com geração de “ficha” (Figura 14), apresentando, portanto, uma média de mais de 02 (duas) fichas por país selecionado. A Tabela 7 lista os 28 CPD&Is detalhados neste estudo por país, informando suas áreas de aplicação tecnológica de REI. A Tabela A.2 (ANEXO) lista os 108 CPD&Is identificados. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 54 Portugal França Reino Unido Austrália Alemanha Identificadas Espanha Detalhadas Coréia do Sul Japão China Canadá Estados Unidos 0 5 10 15 20 Figura 14 - Gráfico de CPD&Is Identificados e Detalhados por País. . (Fonte: Elaboração Própria) x x x x Alemanha x x x x x x IFEU Alemanha x x x x x x IWES RUB (RuhrUniversität Bochum) Universidade James Cook Universidade da Austrália do Sul Alemanha x x x x Alemanha x x x x Austrália x Austrália x CSIRO University of British Columbia Austrália x Canadá Centre for Urban Canadá x x x x x x x x x x x x x x x x F E H B O x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x GD - Outros Alemanha x GD- Biogas x GD - Heliotermico x GD - Eolico x x ARM VEH CSM DEMO OUTRO GD - Fotovoltaico x OFFIS FIR na Universidade RWTH Aachen Fraunhofer Aliança de Energia GD Outros Correlatos Alemanha País Projeto Piloto/ Demonstração EI Nome Serviços ao Consumidor Geração Distribuída, Microgeração e Microredes Sistemas de Armazenamento Distribuído e baterias Veículos Elétricos, Híbridos e Sistemas de Carga Edificios Inteligentes TI CPD&I Telecomunicações MI AD TELECOM Medição Inteligente Tecnologias de Informação Automação da Distribuição Tabela 7 - Mapeamento dos 28 CPD&Is Internacionais por Subárea de Aplicação Tecnológica de REI. x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 55 Energy - CUE Ryverson University NSERC Canadá x x x x CEPRI China x x x x SGEPRI China Coreia do Sul x x x x x x x x x x KERI Instituto de Pesquisa de Engenharia Universidade Nacional de Seul Tokyo Intitute of Technology x x x x x x x x x x x x x x x x Coreia do Sul x Japão x NEDO Japão x APERC The Edison Foundation Power Systems Engineering Research Center Universidad Pontificia Comillas EUA x x x x EUA x x x x x EUA x x x x x Espanha x x x x x AICIA Espanha x x x x x EDF R&D França x x x x x IFSTTAR França x x x x EDP Scottish and Southern Energy Power Distribution Imperial College London – Faculdade de engenharia Portugal x x x x Reino Unido x x x Reino Unido x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x X x x x A Figura 15 mostra o mapeamento global com indicação de quantitativo dos CPD&Is pesquisados em seus respectivos países. Observa-se, nessa figura, uma hegemonia de CPD&Is na Europa, América do Norte e na região do “Pacific Rim” (Japão, China e Coréia do Sul). Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 56 Figura 15 - Mapeamento dos CPD&Is Internacionais com Projetos de REI que Foram Detalhados. (Fonte: Elaboração Própria) A distribuição dos CPD&Is por área de aplicação tecnológica de REI (classificação ABDI/ANEEL), considerando o universo de 108 CPD&Is, é mostrada na Figura 16, construída a partir da Tabela 7 Apesar de alguns CPD&Is estarem mais focados em uma área específica, observa-se, nessa figura, um equilíbrio de projetos em todas essas áreas em um aspecto global, com pequeno destaque para a área de Medição Inteligente (MI). Figura 16 - Distribuição dos CPD&Is Internacionais por Área de Aplicação de REI. (Fonte: Elaboração Própria) Foram identificadas diversas Instituições de Ensino Internacionais com oferta de cursos para capacitação profissional na área de REI. Abaixo é apresentada uma relação dessas entidades. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 57 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Instituto de Gestão Industrial Universidade de Aachen (FIR na Universidade RWTH Aachen) (ALEMANHA). Universidade James Cook, Faculdade de Ciências e Engenharia (AUSTRÁLIA). Universidade Nacional de Seoul (SNU) (COREIA DO SUL). Instituto de Tecnologia de Tokyo (JAPÃO). Universidade Pontifícia de Comillas - Instituto de Pesquisa em Tecnologia (IIT) (ESPANHA). Grenoble INP (FRANÇA). Universidade Zhejiang - Instituto de Pesquisa Smart Grid (CHINA). Universidade da Columbia Britânica (CANADÁ). Universidade West Virginia (ESTADOS UNIDOS). Universidade de Lisboa - Faculdade de Ciências e Tecnologia FCT (PORTUGAL). University College London e Universidade de East Anglia (REINO UNIDO). Destacam-se, nessas instituições, o curso de Graduação “Bacharelado em Engenharia de Energia com Controle Ambiental”, na Universidade de East Anglia (Reino Unido), e os cursos de Pós-Graduação “Mestrado em Engenharia de Energias Limpas” (Canadá - Universidade da Columbia Britânica), “Engenharia de Sistemas de Energia” (Estados Unidos - Universidade West Virginia) e “Mestrado em energia e administração de recursos” (Reino Unido - University College London). 13. CONCLUSÕES Este Sumário Executivo apresentou de forma sucinta os resultados obtidos no “MAPEAMENTO DE FORNECEDORES INTERNACIONAIS, SEUS PRODUTOS E SERVIÇOS EM CASOS SELECIONADOS” da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), fruto da realização de um levantamento abrangente envolvendo, principalmente, os 11 (onze) países mais relevantes (EUA, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Portugal, Espanha, França, China, Coréia do Sul, Japão e Austrália) que estão implementando políticas públicas, projetos, produtos e serviços em Redes Elétricas Inteligentes (REI). Em complemento a estes 11 (onze) países, este trabalho levantou e analisou dados de outros 06 (seis países) que mantém relação com o Brasil e que não foram inicialmente previstos no escopo, sendo considerados, no decorrer dos estudos, “relevantes” no cenário atual de REI a nível mundial: Suécia, Suíça, Dinamarca, Itália, Holanda e Irlanda. UNIVERSO DA PESQUISA: Nesse estudo foram analisados em detalhes 38 (trinta e oito) Projetos Demonstração de REI identificados nos 11 países selecionados, juntamente com a Itália e Dinamarca (TOTAL DE 13 PAÍSES), e foram realizadas 06 (seis) Correlações entre Projetos Internacionais e Nacionais de REI (dados informados no Relatório Parcial 3.1); Foram identificadas 491 (quatrocentos e noventa e uma) Empresas Fornecedoras que desenvolvem produtos e serviços para REI nos países mapeados, sendo que, dessas, 150 (cento e cinquenta) fizeram parte das análises mais detalhadas com geração de “ficha” considerando os 11 países selecionados, juntamente com a Itália, Dinamarca, Suécia, Suíça, Holanda e Irlanda (TOTAL DE 17 PAÍSES) (dados informados no Relatório Parcial 3.2 e 3.3); Foram identificados 108 (cento e oito) CPD&Is mais relevantes e atuantes em REI, sendo que destes 28 (vinte e oito) fizeram parte das análises mais detalhadas com geração de “ficha” considerando apenas os 11 países selecionados (portanto, TOTAL DE 11 PAÍSES) (dados informados no Relatório Parcial 3.4), apresentando uma média de mais de 02 (dois) CPD&Is por país selecionado. O estudo visou subsidiar as próximas ações de Proposição de Políticas Públicas Industriais do Setor de REI no Brasil através do Mapeamento da Cadeia Produtiva Internacional, incluindo as Políticas Públicas de Smart Grid, Projetos e Iniciativas e Empresas e CPD&Is envolvidos em desenvolvimentos de REI a nível internacional. As principais conclusões obtidas neste estudo são apresentadas a seguir. 13.1. Principais Ações das Políticas Públicas de REI Adotadas nos Países Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 58 Nesta seção são apresentadas as principais ações que os governos de diversos países têm adotado em relação ao desenvolvimento e fortalecimento de seus mercados em atendimento ao conceito de Rede Elétrica Inteligente (REI). Foram abordados nessa sessão os países: Estados Unidos, Canadá, China, Japão, Coreia do Sul, Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Portugal e Austrália, além de Itália, Dinamarca, Holanda e Irlanda que, apesar de não figurarem inicialmente nas pesquisas, foram julgados como relevantes no contexto internacional de REI devido às suas políticas de incentivo específicas e estudos de caso que servem de apoio para as análises. PRINCIPAIS PONTOS OBSERVADOS NO ESTUDO: 1. Envolvimento Direto do Governo nos Programas de REI dos Países - Alguns governos dos países analisados se envolvem diretamente com a formulação de programas de incentivos, subsídios, benefícios, investimentos, desoneração fiscal, dentre outros, para estimular as diversas áreas de aplicação tecnológica de REI em seus países. Em algumas situações, o poder legislativo aprova “Planos de Desenvolvimento do Smart Grid” e em outras situações estabelecem-se “Mandatos Governamentais” que movem essas ações nos países. Nesses casos, percebe-se claramente a intensa participação do governo nos programas com o nível de envolvimento variando em cada país devido aos seus motivadores, geografia, demografia e economia entre outros parâmetros peculiares de cada país. Em outros casos têm-se os seguintes status: i) a legislação atual não está alinhada com a ambição declarada do governo de promover determinadas áreas do setor, apenas algumas específicas e ii) o envolvimento do governo é limitado apenas a algumas áreas, não se envolvendo com as demais. Portanto, esse envolvimento direto do governo no processo não pode ser generalizado. Um ponto importante que merece ser destacado é que investimentos governamentais significativos promovem quase todas as iniciativas dos países na implantação de programas de REI, focados principalmente em gastos de projetos de P&D e numa segunda fase na implantação comercial dessas soluções. 2. Criação de Programas Governamentais de REI de Médio-Longo Prazo - Geralmente, o arcabouço de soluções (benefícios, diretrizes, metas, incentivos e investimentos) é construído sob Políticas Governamentais de médio-longo prazo, desenvolvidas de forma específica para o setor e com resultados diversos, para serem alcançados em 2020, 2030 ou 2050, principalmente quando se refere as quotas de inserção de energia renovável, aumento de eficiência energética, redução das emissões de CO2 e redução do consumo de energia. Esses programas governamentais criam a visão e as diretrizes básicas de um planejamento energético focado nas REI de médio e longo prazo para dar estabilidade e segurança aos investidores e ao setor com um “Roadmap” estratégico delineando as fases e metas a serem alcançadas. 3. REI como Política de Desenvolvimento Econômico e Industrial Sustentável - Países como Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul adotam a REI como forma de crescimento econômico sustentável por meio de mecanismos de apoio ao desenvolvimento industrial do país via desenvolvimento energético. Esses países estimulam a inovação (e exportação de produtos) da tecnologia verde como um dos pilares da estratégia econômica do país. A Coreia do Sul, por exemplo, destina 2% do Produto Interno Bruto para estimular negócios e projetos verdes com a redução das emissões de gases de efeito estufa. Nesses casos, o desenvolvimento das REI representa uma opção estratégica alinhada às necessidades de desenvolvimento para impulsionar uma transição para uma economia de energia de baixo carbono e estimular o desenvolvimento industrial para atingir as metas de: i) redução dos gastos energéticos na indústria de manufatura dos produtos e bens de consumo - diminuindo custos de produção e aumentando a competitividade do país, ii) estimulo de exportações não só de produtos mais competitivos e com menor custo de fabricação devido ao baixo custo da energia para essa produção (aumento das margens dos produtos), mas também de produtos com “selos verdes e sustentáveis” que serão sem dúvidas o diferencial competitivo numa economia verde e sustentável e valorizado pelos consumidores num futuro bem próximo, e iii) exportação da tecnologia e inovação inerentes ao processo de desenvolvimento da REI, criando uma nova fonte de divisas para o país, uma cadeia de suprimento nacional para as tecnologias de Smart Grid e formando mão-de-obra qualificada nas novas tecnologias de energias renováveis e automação industrial de Redes Elétricas Inteligentes. No Japão, por exemplo, existe uma necessidade de exportação de produtos com Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 59 “selos verdes” que mais adiante irá criar barreiras de entrada competitivas focadas em produtos sustentáveis. 4. Desenvolvimento de Projetos de REI com Análise de Custo-Benefício Favoráveis - Apesar de todos esses apoios e incentivos de programas governamentais identificados nos países, não basta apenas ampliar a participação das fontes renováveis na matriz energética, inserir programas de implementação de medidores inteligentes e políticas de incentivo a veículos elétricos, é preciso também que todos estes esforços sejam feitos em condições de disponibilidade e de custo da energia, permitindo a manutenção das atividades econômicas dos países nos padrões competitivos atuais. Ou seja, todo o desenvolvimento e cada projeto de REI tem que passar por um estudo de viabilidade técnica-econômica-financeira com análise de custobenefício (que também inclui os ganhos sociais e ambientais) com retornos positivos e favoráveis para essas implementações. 5. Principais Ações e Objetivos das Políticas Energéticas dos Países - As principais ações das políticas energéticas dos países analisados, sejam elas de cunho público ou operacional (intrínseco ao “modus operandis” das concessionárias), são listadas abaixo: a. b. c. d. e. f. g. h. i. Segurança do suprimento energético - Independência energética; Modernização e renovação do sistema elétrico com novas tecnologias; Gestão do lado da demanda; Redução do custo da energia; Inserção e aumento de renováveis; Redução de Emissões de CO2; Redução no consumo da energia; Melhoria da gestão dos ativos de rede; e Aumento da eficiência da operação e retorno do investimento com redução das perdas. Sendo que alguns desses objetivos estão inter-relacionados. Por exemplo, o objetivo e) está relacionado ao a), b), c), d) e f), e o objetivo h) aos objetivos b), d), i). 6. Desregulamentação e Aumento da Competitividade no Setor Elétrico – Nas analises realizadas nos setores de energia elétrica dos países selecionados observa-se que algumas concessionárias de energia elétrica são verticalmente integradas e em geral são concessionárias públicas. Nesse caso, observa-se também uma tendência dessas entidades estatais serem privatizadas e desreguladas com o tempo (separação dos segmentos da geração, transmissão e distribuição), permitindo uma maior flexibilização dos modelos para adequar aos conceitos e aplicações de REI esperados. Nos demais casos, as concessões são privadas (sendo integradas ou não). Nota-se, também, uma grande penetração de provedores e geradores independentes de energia (IPP: Independent Power Providers) atuando nesses mercados, principalmente usando fontes de energia renováveis. A desregulamentação do setor elétrico, principalmente na distribuição, é importante para estimular a competitividade no setor em benefício dos consumidores e torná-lo mais dinâmico através de um varejo competitivo, e por possibilitar a inserção de novos modelos de negócios com ofertas de serviços de valor agregado ao consumidor. Em alguns países como nos Estados Unidos observa-se os dois extremos. De um lado o Estado da Califórnia, com modelos de concessões integrados/verticais, e do outro o Estado do Texas, com um dos modelos mais desregulados do mundo onde a competição livre no mercado de varejo (retailer) permite a oferta de soluções competitivas e inovadoras ao consumidor. Serviços em “mercado desregulados” remetem à possibilidade do consumidor poder comprar “pacotes de serviços” ofertados por diversos “provedores de serviços de energia”, onde a escolha pode ser por tempo de duração do contrato (6 meses, 1 ano ou 2 anos), tipo da fonte de energia (eólica, biomassa, solar, etc.), e preço do kWh que é estabelecidos nesses pacotes, ou uma combinação de cada. Portanto, esses pacotes de “serviços de energia” são muito análogos aos serviços oferecidos nos “bundles” (pacotes) ofertados pelas operadoras de telefonia móvel celular e empresas de serviços de Banda Larga ou TC a Cabo. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 60 Portanto, a introdução de novos modelos de negócios e uma maior desregulamentação no setor de distribuição de energia poderia incentivar mais investimentos, promovendo a concorrência, o que, teoricamente, aumentaria a escolha por novos serviços e reduziria os custos para os consumidores, minimizando ou evitando aumentos na conta da energia elétrica. 7. Áreas Prioritárias das Políticas Públicas de REI dos Países - Quando se fala em políticas públicas, principalmente políticas industriais, o que se nota claramente é que algumas áreas da REI se destacam mais do que outras. Por exemplo, há muitas ações principalmente em: Medição Inteligente (MI). Energia Renovável (inclui Geração Distribuída) (GD). Veículos Elétricos (VEH). Eficiência Energética (OUTRO). Percebe-se, portanto, que o foco das políticas públicas nos países diz respeito as áreas e tecnologias que “tocam o consumidor”, como é o caso do veículo elétrico, da geração distribuída (inserção de renováveis), da medição inteligente e da eficiência energética, acima listados. As demais áreas de aplicação tecnológica das REI, como por exemplo, a Automação da Distribuição (AD) e a Automação da Subestação (AS), áreas relacionadas à Transmissão (que empregam Sincrofasores), dentre outras, são pouco mencionadas pois estão relacionadas às estratégias operacionais intrínsecas ao processo operativo das concessionárias. Outras áreas, tais como armazenamento de energia e automação nas residências dos consumidores (EI, envolvendo HAN Home Area Network), entre outras tecnologias e aplicações mais recentes, ainda estão sendo consideradas, de maneira geral e com as devidas exceções, promissoras com o tempo de maturação das tecnologias. 8. Geração de Energia Elétrica e Térmica a Partir de Fontes Renováveis - Dentre as principais áreas acima mencionadas, destacam-se as políticas de inserção de energia renováveis como sendo um dos carros-chefes de todas as possíveis aplicações da REI. Em alguns desses países, a geração de energia elétrica das fontes renováveis está também associada à geração de processos de aquecimento/resfriamento (energia térmica) ou seja, geração de energia térmica necessária as residências e industrias, através de processos conhecidos como ciclo combinado calor (energia térmica)/energia elétrica (CHP - Combined Heat-Power). 9. Motivadores para a Implantação da Medição Inteligente - A implantação de medidores inteligentes possui diferentes motivadores para cada país. Esses motivadores são: i) redução dos custos da energia, ii) redução das perdas comerciais, iii) introdução de serviços de resposta à demanda - corte do pico de consumo no verão (peak shaving), por exemplo, através do controle/modulação de cargas criticas no consumidor, iv) automação dos processos das concessionárias, dentre outros. Cada motivador deve ser justificado por uma análise de viabilidade de custo-benefício. Países adotam a medição inteligente como componente fundamental de suas políticas energéticas pelo fato dessa tecnologia ser o “carro-chefe” das REI. 10. Políticas Públicas para a Implantação da Medição Inteligente - A implantação de medidores inteligentes envolve, em alguns casos, consultas públicas. Em algumas dessas, a implementação é determinada por politicas mandatórias de instalação de medidores inteligentes em consumidores residenciais, e em outros o governo se abstém de promover a inserção de medidores como política mandatória. Por fim, em outros casos, a implantação é voluntária, onde o consumidor opta por esse tipo de serviço/tecnologia. Portanto, cada caso é particular para cada país. O caso de Portugal é relevante. Apesar das diretrizes da União Europeia recomendarem a implantação de medidores inteligentes, o país decidiu que a mesma seria prematura visto que as análises de custo-benefício se mostraram desfavoráveis. Esta situação já foi vivenciada pela Espanha, onde apesar da União Europeia ter recomendado a implementação e uma análise de custo-benefício interna no país não ter sido conclusiva, um Mandato Real ordenou a sua implementação e, atualmente, encontra-se em fase acelerada com metas de implantação bem definidas. 11. Análise de Custo-benefício para a Instalação de Medidores e Outros Serviços/Aplicações de REI - Percebese uma orientação para que todos os projetos de implementação em escala comercial de REI, principalmente os relacionados à medição inteligente, devem passar por uma análise de custo-benefício com foco no retorno econômico e ganhos sociais e ambientais do projeto. Para possibilitar a viabilidade econômica, os resultados Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 61 das análises, têm de ser favoráveis e positivas para implementações de larga escala comercial e devem ocorre de forma condicional, deixando claro quais são os custos e de quem é a responsabilidade para o pagamento deste custo do processo. 12. Modelos de Tarifação Variável no Tempo, de Venda e Compensação da Geração Distribuída - O modelo mais comum de tarifação de medidores inteligentes nos países analisados é o TOU (Time-of-Use) que é a tarifação variável no tempo. O modelo de compensação da GD renovável mais adotado é o “feed-in” que é a “venda da energia” pelo lado do consumidor em um preço atrativo para o mesmo, seguido pelo “net metering” que é a compensação da energia excedente gerada do lado do consumidor (ou prosumidor). Essas tarifações/vendas/compensações são reguladas pelas autoridades locais de cada país. 13. Modelos de Custeio dos Investimentos em Medição Inteligente - Na sua maioria, todos os custos associados às instalações dos medidores inteligentes são repassados para os consumidores, incluindo o custo do próprio medidor inteligente. Grande parte do custo dessas implementações será recuperada nas tarifas de consumo de energia pagas pelos consumidores ao longo dos anos. 14. Modelos de Desincentivo Gradual nas Políticas Públicas de REI - Na maioria dos casos, essas políticas de incentivo e benefícios do governo são políticas com prazo determinado onde os benefícios são diminuídos ou retirados quando se atinge determinadas metas especificadas pelo mesmo. Um bom exemplo é o incentivo gradual destinado aos veículos elétricos com políticas de 5 anos, dependendo do tipo, peso e capacidade de emissão de CO2 dos mesmos, e em seguida a retirada gradual desses incentivos a medida que o país atinge níveis adequados de penetração do mercado. 15. Envolvimento do Consumidor no Processo - O consenso geral é que o envolvimento do consumidor no processo é importante para a aceitação da REI, principalmente nas instalações de medidores inteligentes. Há a necessidade de uma estratégia nacional de engajamento do consumidor no desenvolvimento da REI, que em geral só é exposto às áreas descritas no item 7 (acima), principalmente nas instalações de medidores inteligentes onde tem sido o tema mais controverso até o momento. Nos Estados Unidos, por exemplo, houve um redirecionamento da estratégia inicial de desenvolvimento de Pilotos/Demos/P&Ds e implantação comercial, onde nas fases iniciais o consumidor não foi engajado no processo. Atualmente, esta questão passa por uma revisão criteriosa, com o objetivo de considerar o consumidor como importante elemento dos futuros desenvolvimentos de REI no país. A estratégia mais recomendada é, portanto, educar e engajar o consumidor no início do processo, utilizando inclusive abordagens de marketing. 16. Políticas de Privacidade em Medição Inteligente - A instalação de medidores inteligentes levantou muitas dúvidas e reclamações por parte dos consumidores em relação às questões de privacidade da informação. Muitos projetos foram suspensos e outros atrasados devido a esses questionamentos. 17. Programas de Certificação e Treinamento de REI - Programas de certificações de instalações de energia renovável e treinamento de mão-de-obra qualificada têm sido reportados como importante política para estimular o desenvolvimento das cadeias produtivas no setor. 13.2. Projetos e Iniciativas de Redes Elétricas Inteligentes Adotados nos Países A comparação entre os projetos demonstrativos e em implementação realizados em diversos países e aqueles desenvolvidos pelas concessionárias do setor elétrico brasileiro reside em aspectos de abrangência do planejamento e também em ações, definição clara das metas e prazos a serem atendidos e, principalmente, definição das necessidades e, portanto, objetivos a serem alcançados em médio e longo prazo. Nesse aspecto, apenas a modernização das redes com a introdução de novas tecnologias de telecomunicação da informação (TIC) não é suficiente para chamá-las de “inteligentes”, nem mesmo significa o aumento da qualidade do serviço prestado em alguns casos. A necessidade de ter uma legislação que acompanhe, na mesma velocidade, o desenvolvimento das tecnologias e sua implantação é reconhecida pela comunidade internacional como fundamental para o sucesso das Redes Elétricas Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 62 Inteligentes em qualquer país. Pode-se citar o “ACT - 2009” dos Estados Unidos, além dos trabalhos da JRC na Europa, que vêm direcionando os trabalhos e projetos na busca da implantação das Redes Elétricas Inteligentes de forma coordenada e em diversas frentes de aplicação, buscando conferir aspectos de confiabilidade, abrangência e segurança necessários para atingir os objetivos planejados. Também é necessário sincronizar políticas públicas, ações de agentes de regulação e as demandas dos consumidores a fim de adaptar as novas tecnologias à realidade do país. Para isso, os principais passos para a implantação da REI incluem, além dos padrões de interoperabilidade, a segurança do sistema e a distinção entre expectativa e realidade, já que a maior parte da sociedade espera grandes resultados em pouco tempo. Esses requisitos devem ser observados em um roteiro de criação da REI (Smart Grid) que passa por definição de objetivos e estratégias, estudos, projetos pilotos, definição de padrões e captação de recursos, para só então implantar a REI no Brasil. Outro aspecto de grande vulto e que pode ser percebido nos projetos realizados em outros países é o “envolvimento das entidades do sistema elétrico e da sociedade em geral” no desenvolvimento das discussões e busca das soluções mais adequadas para a migração para a REI que venham a atender os diversos aspectos de progresso social, desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente. O envolvimento citado é ainda um passo a ser dado pela sociedade brasileira, devendo ser coordenado pelas entidades e pelo governo através de uma ação conjunta em um processo de engajamento da sociedade a partir dos consumidores e das entidades de classe e organismos reguladores e representativos dos vários segmentos da indústria e do comércio. Os aspectos de confiabilidade e segurança também são cruciais para o bom desenvolvimento da REI no país, uma vez que estas redes irão introduzir pontos de acesso a informações que podem estar fora do ambiente controlado pelas concessionárias, resultando em vulnerabilidade no sistema. Uma situação clara que pode servir de exemplo é a introdução de geração distribuída no SEP sem a devida utilização de sistemas de Medição Inteligente com capacidade de acesso remoto por parte da concessionária, o que pode levar a situações inesperadas do ponto de vista da operação e manutenção do sistema. Os Projetos Demonstração em execução no Brasil realizados pelas concessionárias do setor elétrico têm, em sua maioria, uma relação direta com aqueles executados em outros países pelos grupos controladores destas concessionárias brasileiras. Desta forma, o aproveitamento destas experiências, assim como a transferência de tecnologia já testada e aprovada mostram-se recomendáveis, com os devidos cuidados para “tropicalização” e ou adequação às condições regionais, econômicas e culturais. 13.3. Empresas Fornecedoras e CPD&Is Internacionais Atuantes em REI A partir dos dados coletados das empresas fornecedoras atuantes em REI, levando em consideração à amostra da pesquisa, percebe-se que: Os países que mais se destacaram neste estudo foram aqueles com tradição tecnológica no setor (ex.: Alemanha e Estados Unidos). Em especial, a Espanha também obteve destaque devido ao alto número de empresas que fornecem produtos e serviços voltados à geração de energia por fontes de energia alternativas, com maior ênfase para a energia solar fotovoltaica. Empresas como a Hitachi (8 áreas), a Schneider Eletric (7), a BTC AG (6), a Siemens (6), a Toshiba (6) e ABB (6) apresentaram maior diversidade em Áreas de Aplicação Tecnológica de REI (classificação ABDI/ANEEL), indicando a forte presença de empresas que estão realmente inseridas no setor a nível internacional. Dentre todas as empresas pesquisadas em detalhe neste trabalho, a área TIC-REI “Tecnologia da Informação” obteve a maior frequência (20%) em projetos, seguida de “Medição Inteligente” (14%), “Automação da Distribuição” (13%) e “Geração Distribuída” (12%). As áreas mais desenvolvidas indicam um forte indício de alta produtividade no setor de Redes Elétricas Inteligentes em todo o mundo, pois são justamente aquelas que fundamentam o novo paradigma de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Considerando a área temática “Geração Distribuída”, observou-se que a maior parte das empresas concentra esforços em projetos de “sistemas fotovoltaicos” (43%) devido a alta demanda de produtos e serviços neste Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 63 segmento em todo o mundo, seguida por sistemas “eólicos” (26%) representando ambos os principais sistemas de produção de energia alternativa no mundo. Quanto à análise dos dados coletados dos CPD&I, identifica-se que: As grandes potências situadas na Europa e América do Norte (ex.: Alemanha e Estados Unidos) continuam sendo a grande fonte de inovação a nível internacional abrigando os principais CPD&Is com enfoque em REI. Considerando os dois países pesquisados neste estudo com mais CPD&Is (Alemanha e Estados Unidos), observou-se uma diferença de abordagem: enquanto na Alemanha o programa de desenvolvimento organiza os CPD&Is de forma mais coesa em projetos bem especificados, os Estados Unidos tem seu programa mais pulverizado pelo seu território nacional. Na região do “Pacific RIM” destacam-se o Japão, a China e a Coreia do Sul, sendo identificados, neste estudo, 11, 8 e 6 CPD&Is atuantes em projetos de REI, respectivamente (dentre os 108 CPD&Is identificados). Há uma grande lacuna no mundo ainda a ser preenchida nas seguintes regiões: América Latina, América Central, África, Oriente Médio, Europa Oriental e Ásia (exceção para a região do “Pacific RIM”). Além da Alemanha, a Espanha também se destacou no continente Europeu com um número expressivo de CPD&Is, principalmente com projetos de REI focados em Geração Distribuída (em especial relacionados à energia solar “Fotovoltaica”). Apesar de alguns CPD&Is estarem mais focados em uma área específica, observou-se um “equilíbrio” de projetos em todas as áreas de aplicação tecnológica de REI (Classificação ABDI/ANEEL), com um pequeno destaque para a área de Medição Inteligente (MI). A subárea de Geração Distribuída “Fotovoltaica”, dentro da área de aplicação tecnológica de GD, é a que mais está sendo pesquisada pelos CPD&Is internacionais, enquanto a subárea de Geração Distribuída “Heliotérmica” obteve a menor incidência nos CPD&Is pesquisados. 02 (dois) CPD&Is pesquisados dentro do grupo de 28 CPD&Is atuam na totalidade das áreas de aplicação tecnológica de REI: CSIRO (Austrália) e Centre for Urban Energy (CUE) Ryverson University (Reino Unido). Embora tenham sido identificados cursos de graduação ou pós-graduação específicos em REI, os cursos de formação mais encontrados com enfoque em REI são variações do curso de Engenharia Elétrica. 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse estudo possibilitou um Mapeamento da Cadeia Produtiva Internacional, incluindo as políticas públicas de REI, Projetos, Iniciativas, empresas e CPD&Is envolvidos em desenvolvimento de REI internacional. Este conteúdo do mapeamento internacional, bem como o mapeamento nacional, visam criar subsídios para as próximas etapas do projeto que irão analisar as tend~encais de modelos de negócios e tendências tecnológicas avaliando o rebatimento no brasil, bem como a análise comparativa dos projetos, produtos e serviços nacionais e internacionais para com as importações no Brasil. Por fim esse estudo visa subsidiar as próximas ações de Proposição de Políticas Públicas Industriais do Setor de Redes Elétricas Inteligentes no Brasil. Observa-se que novas versões deste documento podem ser geradas a medida que os detalhes de novos projetos, da cadeia fornecedora e de CPD&Is são identificados, avaliados e incorporados ao estudo. Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 64 15. ANEXOS (TABELAS COMPLEMENTARES) Este capítulo contém as Tabelas e Figuras referenciadas neste Relatório Consolidado, apresentando informações complementares ao conteúdo do mesmo. Tabela A.1 - Lista de Todas as Empresas Identificadas (491) com Atuantes em REI Agrupadas por País.. País Nome da Empresa SMA Solar Technology Tavrida ABB AG Bosch BTC AG Elster IBM Deutschland Krebs und Aulich Alemanha (17) Miele & Cie. KG Papendorf Software Engineering Power Plus Communication AG Prosyst Software SAP SAP AG Siemens AG Siemens Ltda Systemplan Austrália [1] Acciona Alpha technology Ltd Altus Group ASAT Solutions Awesense Wireless AZTECH Associates Inc Bit Stew Systems Inc Canadian Solar CanmetENERGY Canadá (57) Certicon Clevest Corinex Communications Corp. Corvus Energy Dependable Turbines Digital Engineering, Inc dTechs Energy Profile Management eCamion Inc Ecobee Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 65 Electrovaya Inc. Enbala Power Networks Endurance Wind Power Energent Inc. Energy Aware Technology e-Radio Inc Fuseforward Solutions Group Green Link Power (Canadá) HATCH Ltd Heliene Photovoltaic Modules Hydrogenics Intellimeter Canada Inc Kinects Solutions Inc. (Kinectrics) N-Dimension Solutions Inc Norcan Hydraulic Turbine Inc Positron In. Positron Power Pulse Energy Rainforest Automation Inc Redline Communications Inc Regen Energy RocTest Ltd RugggedCom SCHNEIDER ELETRIC Sierra Wireless Skywave Mobile Communications SNC Lavalin Subnet Solutions Survalent Technology Tantalus systems Temporal Power Ltd Teradata TRIONIQ inc Util-Assist Utilismart Corp VibroSystM Virelec Ltd Vizimax Wind Simplicity Inc Wire IE Huawei China (3) Satcon Nari Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 66 Acecontrol AID Anygate AO system AtlasBX BMT Botari Energy BS Power C&U Globa Comtech Korea Daekyung Engineering Daelim Daemyung Enterprise Destin Power Digital Ocean Dingeiecos DoArm Engineering Dongbu Daewoo Electronics ECO Soft Ecobrain Ecosian Coreia do Sul (137) Entech Eon World Ericsson LG ETH Ewha Ezex Feelingk Fine Tech FLK GD Elex GE Energy Korea GIMC Global Electricity Green IT system Greenpower Gridwiz GS Caltex GS E&C GS Neotech GS H2 Haba Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 67 Hanbit EDS Hyosung Hyundai AutoEver Hyundai Heavy Industries Hyundai Motors Hyundai SG Hyuosung IBM Korea Iljin Incell Innovid Intel Korea IPlug IPT Jeju EV Service KapJin KD Power KEPCO KDN KEPCOIS KMdnc KML KMW KODIS Kokam Komsco Korea Electrical Safety Korea Electrics Korea Internet Billing Korea Land & Housing KPEID KPMG KT Co Kumho E&G Kyungdong Kyungshin LG Chemical LG CNS LG Electronics LG Uplus Loenk Lotte Data Communication LS Cable LS Industrial System Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 68 LS Sauter LSIS MCT Misum Namjeon Nestfield Nexcon Nexus Nuri Telecom OMNISYSTEM.CO.LTD OSIsoft ouho Pmgrow PnC PNE Solution Posco ICT Power Champ Power21 Procom PStech Renault Samsung Revo Samin System Samsung Electro Mechanics Samsung Electronics Samsung SDI Sanion SAP Korea Schneider Electric SDE Sebang Batteries Sehong Sejin Electron Seochang Electric Communication SK C&C SK Innovation SK Telecom SND Power Songam Syscom STB TecNCO TIS TUV Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 69 UISN ULC Vitzro Tech, Y Wooam Woojin Industrial Systems Xeno Energy YPP Yura DEIF Energinet Dinamarca (5) IBM Landis+Gyr Oestkraft CEGASA Motion Energy Gamesa Gestamp Renewables Espanha (8) Solaria Arteche Indra Tecnalia Telefonica BPL Global Guascor iControl Sequentric A123 Systems Align Communications Inc Amber Kinetics APC Aquion Energy Beacon Power EUA (67) CA technology Cisco Systems, Inc Cooper Industries East Penn Manufacturing Co Echelon Emerson Electric Co Emerson Eletric Avocent Corporation Emerson Network Power Aperture Technologies Global HQ Emerson Network Power Avocent HQ Emerson Network Power Systems Latin America HQ eMeter Ervin Cable Construction Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 70 General Eletric - G&E Hewlett - Packard Latin America Honeywell International Inc Hydro-Star Energy, LLC IBM IHS International Business Machines Corp Itron Inc Johnson Controls Joule X (Cisco) kilojolts Consultong Group Ktech Corp Lakeside Software, Inc Landis+Gyr Mniyte Software Modius Oracle Corporation OSIsoft World headquarters Pandult Pecan Street Project Inc Qualcomm Rackwise Raritan americas, Inc S&C Electric Company Schweitzer Engineering Laboratories SCI Energy Seeo Inc Sensus Sentilla Corporation Server Technology Corporation Silver Spring Silver Spring Networks Solar Winds Inc SPX Transformer Solutions SustainX, Inc SynapSense Corportaion Talisen Technologies, Inc Tantalus Systems Inc Texas Instruments Trilliant Networks Inc. Verdiem Corporation Verizon Communications Inc Vigilent Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 71 Viridity Energy Waukesha Electric Systems Inc Whirlpool ABB France Alcatel ALSTOM GRID ALSTOM POWER AUTOMATISMES Bouygues Telecom CROUZET DELTA DORE EATON INDUSTRIES France INVENSYS SYSTEMS France SAS ITRON France LANGLADE 7 PICARD França (25) LEGRAND MECALECTRO OMRON ELETRONICS SAS Orange PILZ France ELETRONIC ROCKWELL AUTOMATION SAFT SAGEMCOM ENERGY & TELECOM SCHINEIDER ELECTRIC SFR/Numericable SIEMENS France VINCI ENERGIES Alcatel Lucent ABB Accenture BV Alfen BV Alliander NV Almende BV Atos BeNext Holanda (68) Betronic Capgemini CE Delft BV CGI cimpro Cisco Systems Nederland Cofely Smart Grid Solutions datawatt Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 72 D-Cisionn BV Deerns Consulting Engineers Delta Netwerkgroep DNV KEMA Eaton Elspec Energiemanager Online EnerGQ BV Enexis BV Femtogrid - energy Solutions BV Fitthplay Flexixontrol GEN Greenchoice Heliox BV HOMA BV Honeywell BV IBM Nederland BV ICT Automatisering Nederland BV Imtech INRG - energizing People Interxion Itron KPN Laborelec NL Locamation Mastervolt Metsens - energy Monitoring Systems Nedap Energy Systems Phase to Phase BV Plugwise Priva BV ProxEnergy Prysmian Quby Qurrent Royal SMIT transformes BV Schleifenbauer Products BV Siemens Nederland NV Smart Dutch Stedin Netbeheer BV Tebodin technolution BV Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 73 Tenergy group TKF Ucpartners Única UPC Business Valstar Simonis BV Wattcher BV Westland Infra Xemex NV Irlanda (2) Accenture Eaton 3M ABB Ansaldo Breda Eni ericsson Gewiss IBM Itália (16) motorola Prysmian Group Siemens Sorgenia telecom italia Terna toshiba Bonfiglioli Finder EDMI Japan Co. Ltd - OSAKI ELECTRIC - CO. Ltd Fujikura Ltda furukawa Electric Co.Ltda Hitaschi Ltda Japan facility Solution Kinden Corporation Mitsubishi Electric Corporation] Japão (21) NEC NGK insulators Ltd Nihon Unisys Ltd NTT Data Corporation Oi Electric Co. Ltd Panasonic Corporation(Aliança com Itron americana) Shimizy Corporation Solar frontier K.K. Sumitomo Electric Industries Ltda Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 74 Takaoka toko Co. Ltda Tomoko Suzuki Toshiba Corporation - (Obs: adquiriu a Landis+Gyr) Toshiba Toko Meter Systems Co. Ltd Yokogawa Electric Corporation C/Side (Portugal) Critical Software EFACEC Intelli Portugal (10) Janz - Contadores de Energia, SA LOGICA (Edinfor) MISColde (Portugal) Novabase, Silver spring Networks SPI (Portugal) AMTSybex aquashear Arqiva Smart Metering Limited BT Global Services Burntisland Fabrications Limited BVG Associates CCSTLM CGI IT UK Ltd (UK) Chiltern Power Dulas DYRHOFF ltd Dytecna Ltda Echelon Corporation Reino Unido (51) Element Energy Elexon Entrust Enviko Ltda Erre Due UK Limited eTec Flexitricity freeflow Hydro Funky renewables ltd GE Digital Energy GE Energy (Kelman Limited) Gemserv Limited itron James Walker Jilanda Secure Smart Ltd Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 75 Kiwi Powered (UK) Lucy Switchgear Lyndon Energy Manuplas Newills Engineering Ltda Npower Open Energi Oswald Consultancy Ltd Parsons Brinckerhoff Phoenix Commodities Limited PNDC - Power Networks Demonstration Centre Pure Energy Centre RAMBOLL UK Renewable Advice Ricardo - AEA Sasie Ltd Sensus Siemens Smart DCC Ltd SMARTER GRID SOLUTIONS Telefonica UK TNEI Utiligence Limited Suécia (1) Ericsson Suiça (1) ABB Ltd Tabela A.2 - Lista de Todos os CPD&Is Identificados (108) com Projetos em REI Mapeados por País. País CPD&Is Mapeados Alemanha (14) OFFIS - (Institut für Informatik Oldenburg) Fachhochschule Dortmund Instituto de Gestão Industrial (FIR) - (Forschungsinstitut für Rationalisierung (FIR)) Fraunhofer Aliança de Energia - (Fraunhofer Energy Alliance) Instituto Fraunhofer de Energia Eólica e Sistema de Tecnologia em Energia IWES (Fraunhofer Institut für Windenergie und Energiesystemtechnik IWES) Instituto Fraunhofer de Operação Fábrica e Automação (IFF) - (Fraunhofer-Institut für Fabrikbetrieb und-automatisierung (IFF)) IFEU Heidelberg GmbH ISET - Clube da Universidade de Kassel e.V. - (ISET - VeSmart Gridn an der Universität Kassel e.V.) Karlsruhe Instituto de Tecnologia (KIT) - (Karlsruhe Institute für Technologie - KIT) Öko-Institut Otto-von-Guericke-Universidade de Magdeburg - (Otto-von-Guericke-Universität Magdeburg) Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 76 Ruhr-Universidade Bochum - (Ruhr-Universität Bochum) Universidade Técnica de Dortmund - (Technische Universität Dortmund) Universidade de Duisburg-Essen - (Universität Duisburg-Essen) Austrália (7) Curtin University James Cook University University of South Australia Canberra Institute of Technology Swinburne University of Technology Queensland University of Technology Commonwealth Scientific & Industrial Research Organisation (CSIRO) Canadá (12) University of British Columbia BCIT Enmax Burlington Hydro SaskPower BC Hydro Toronto Hydro Ryerson University - Centre for Urban Energy Ontario Power Authority Centro de inovação Grid IQ Smart Zone Espanha (14) Powershift Atlantic Red Electrica de España Iberdrola Renovables Insituto de Investigação Tecnológica - ITT Comillas - Universidade Pontifícia de Madrid GAMESA ABB S.A. AICIA CIRCE Fundación Universidad de Oviedo Labein-Tecnalia Universidad Politécnica de Madrid Universidad de Mondragón Ciemat Fidetia Universidad de Malaga China (8) China Electric Power Research Institute (CEPRI) State Grid Electric Power Research Institute (SGEPRI) - NARI Group Corporation State Grid Energy Research Institute (SGERI) State Grid Information & Telecommunication Co., Ltd. (SGIT) Electric Power Research Institute of CSG (China Southern Grid) Institute of Electrical Engineering, Chinese Academy of Science (IEE, CAS) State Energy Smart Grid R&D Center (Shanghai) Zhejiang University Smart Grid Research Institute Coreia do Sul (6) Korea Electrotechnology Research Institute (KERI) Seoul National University Engineering Research Institute Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 77 ASRI - Instituto de Pesquisa de Sistemas e Automação Instituto de pesquisa de energia e recursos - Universidade Nacional de Seoul KAIST EEWS Research Center Japão (11) Kansai Research Institite Yokoyama Laboratory Tokyo Institute of Technology Solutions Research Organization New Energy and Industrial technology Development Organization Tokyo Institute of Technology Integrated Research Institute Frontier Research Center Shimizu Corporation Toshiba Corporation Sharp Corporation Meidensha Corporation EUA (15) National Energy Technology Laboratory Advanced Power and Electricity Research Center American Public Power Association California Energy Commission Consortium for Electric Reliability Technology Solutions Demand Response and Advanced Metering Coalition The Edison Foundation - Institute for Electric Innovation EPRI Intelligrid of the Future Intelligent Power Infrastructure Consortium National Electric Energy Testing Research and Applications Center National Institute of Standards and Technology National Rural Electric Cooperative Association New York State Energy Research and Development Authority Power Systems Engineering Research Center Software Engineering Institute França (10) EDF R&D Toulon Var Technologies Centre Internationale de Recherche sur l’Environnement et le Développement Agence Nationale de la Recherche Grenoble INP - Label Carnot - Energies du futur Centre national de recherche scientifique (CNRS) Commissariat à l’énergie atomique et aux énergies alternatives (CEA) l’Institut français de pétrole et des énergies nouvelles (IFPEN) l’Institut National de l’Environnement Industriel et des Risques (INERIS) l’Institut Français des Sciences et Technologies des Transports, de l’Aménagement et des Réseaux (IFSTTAR) Portugal (5) EDP - I&D + Inovação Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores EFACEC - Projeto QREN Universidade de Lisboa - Faculdade de ciências e tecnologia FCT Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 78 Reino Unido (6) Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia - Departamento de engenharia eletrotécnica e de computadores Scottish and Southern Energy Power Distribution DNV-GL IBM - SMART ENERGY Imperial College London Engineering and Physical Sciences Research Council - EPSRC University College London Sumário Executivo do Mapeamento da Cadeia Fornecedora de TIC e de seus Produtos e Serviços para Redes Elétricas Inteligentes (REI) Página: 79 16. 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