YAHWEH, TRANSGREDIR O MAJESTÁTICO Rafael Ribeiro A. de Souza II Concurso de Poesia Categoria Universitário 3º Lugar Desamparados pela batalha diária Travada contra a sanidade própria mente. Nos aprisiona, nos condiciona, nos amolece. Mais do que a percepção e a compreensão, São pálpebras que piscam. Por detrás da fechadura, atentos, Nos dão breve vislumbre das sombras do amanhã. Olhos, frágeis, atenuados pela sensação de que, Talvez, não vivamos às custas das sombras do Tal. Aquele, que um dia deu vida ao que vemos, se fora. Dera vida à vida, dera a vida à vida. Dissuadido por devaneios que incitam a paz, Acreditou no irracional. Partiu-se em dez, Ascendendo às premissas. Incertezas, falácias. Tenhamos fé. Esperança movida pelos tons da vida. Cores sórdidas, mostram, mais uma vez, O rumo da linha tênue entre o início E o fim de uma linhagem. São olhos, atentos aos brindes por detrás da fechadura. O cintilar da presença do Tal, alimenta e constrói, Dá folga aos conflitos protagonizados pela nossa mente, Ameniza a sensação do fervor interior. A íris, que reflete a forma do tetragrama, Incita as sinuosas linhas da vida A tornarem-se estradas só de ida. Aquele que cria, também destrói. Não há caminhos sem intervenções. São meros casos do acaso. Vá, destranque a fechadura. Atenha-se ao que te consola, ao que te sustenta. São nos tons da vida que hão de viver as respostas. Não nomeie caminhos, que sempre é outro você a passar, Movido pela fé que o empurra. Yahweh.