Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.57-69, 2000 ISSN: 1517-8595 157 ESTUDO SOBRE A CONSERVAÇÃO DE QUATRO VARIEDADES DE FEIJÃO MACASSAR VERDE (Vigna unguiculata L. Walp.) : SUBMETIDOS A TEMPERATURAS DE REFRIGERAÇÃO E CONGELAMENTO Nayara Lia Lima1, Clara Emanuelle1, Claudécia Leite da Silva 1, Maria do Carmo Diniz1, Márcia Roseane Targino de Oliveira2, Tatiane Santi Gadelha2 RESUMO O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar métodos de conservação do feijão macassar verde, armazenado por 30 e 35 dias, feijões in natura e por 40 e 50 dias, os feijões pré-cozidos e cozidos, sob baixas temperaturas ( refrigeração e congelamento), utilizando embalagens plásticas, respectivamente sacos e recipientes. As amostras do feijão foram adquiridas na forma de molhos e em feiras livres do Município de Campina Grande – PB e destinados à análise sensorial. As variedades adquiridas, debulhadas, foram submetidas a análise microbiológica não sendo identificadas bactérias e fungos patogênicos. O armazenamento foi realizado em oito de dezembro de 1998. As análises sensoriais foram feitas após 30, 35, 40 e 50 dias. Aos 30 e 35 dias a refrigeração diminuiu o tempo de cocção e o congelamento aumentou esse tempo, embora não tenha conservado muito bem, as características organolépticas. Aos 40 e 50 dias a refrigeração diminuiu o tempo de cocção dos pré-cozidos a exemplo do fígado de galinha. O congelamento manteve as características de sabor e textura ( fígado de galinha e corujinha ). Aos 50 dias não foi possível submeter os tratamentos refrigerados à analise sensorial, devido a deterioração. Os pré-cozidos congelados permaneceram reduzindo o seu tempo de cocção ( fígado de galinha ). A refrigeração e o congelamento modificaram a coloração dos grãos, sendo menos intensa no congelamento. Palavras - chaves: Feijão, armazenamento, refrigeração, congelamento. PRELIMINARY STUDY OF THE 4 VARIETIES OF "FEIJÃO MACASSAR" (Vigna unguiculata L. Walp) CONSERVATION WHICH HAVE BEEN SUBJECTED TO THE REFRIGERATION AND FREEZING TEMPERATURES ABSTRACT This present research has been the objective of evaluating some methods of Feijão Macassar Verde conservation of, which stored from 30 to 35 days (in natura) and from 40 to 50 days (precooked and cooked) at low temperatures (both cooling and freezing processes), with the use of plastic packing, both bags and containers. The samples of beans had been obtained in the gravy form in some fairs in Campina Grande - PB and they were assigned to some sensorial analysis. The obtained varieties had been thrashed and subjected to a microbiological analysis and, as a result, no bacteria or patliogenic fitngus was identified. The storage was held on Dec. 8, 1998 and the sensorial analysis was done after 30, 35, 40 and 50 days. On the 30th - 35th days, the refrigeration reduced the decoction time and the Freezing increased its time, even though some characteristics such as smell and taste were not observed. On the 40th - 50th days the refrigeration reduced the pre-cooked decoction time. The freezing process kept the characteristics of texture and taste (Fígado de galinha e Corujinha). On the 50th day it was not possible to submit them to a sensorial analysis because the deterioration was detected. The frozen pre-cooked kept on reducing the decoction time (Fígado de galinha). Both the refrigeration and the freezing processes changed the grains color, and it was less intense in the freezing process. Keywords: been, stock, refrigeration , freezing. Protocolo 21 2000 23 de 17/05/2000 1 Estudante de Pós-graduação, Departamento de Engenharia Agrícola, UFPB, CEP. 58.109-970 Campina Fone : (083) 321 - 8926, e-mail :[email protected]. Fax (083) 310 - 1185. 2 Professor do Departamento de Fitotecnia. UFPB / CCA - Campus III -Areia - PB. Grande - PB, 158 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. INTRODUÇÃO O feijão é um grão produzido para autoconsumo. Nos países desenvolvidos é relativamente pequena sua utilização devido ao hábito alimentar e à suposta baixa elasticidade-rendaconsumo. À medida que prevalecem níveis de renda mais altos, outros alimentos são incorporados à cesta do consumidor (Comissão De Financiamento da Produção, 1981) . Das regiões brasileiras, o Nordeste é a que emprega mais recursos financeiros da renda familiar com o feijão verde, destacando-se em produção e consumo, principalmente, na Zona Rural (Bezerra, 1988). De acordo com o IBGE (1996), na Paraíba ele é cultivado em todo o Estado, que detém 75% das suas áreas com o cultivo de feijão, alcançando referido ano, uma produção de 62.570t, sendo plantado, principalmente, pelos pequenos agricultores do Agreste e Sertão. O feijão macassar representa hoje 20% do total da produção brasileira de feijão. De modo geral, nos Estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba, o consumo de feijão macassar nas capitais é maior sob a forma de grãos verdes (Teixeira et al.,1988). O feijão macassar é mais encontrado no mercado durante a estação chuvosa. Um aspecto importante, do ponto de vista nutricional, é o aumento da qualidade protéica de dietas mistas, que contêm feijão e cereais, tais como, o arroz e o feijão, em decorrência do efeito complementar do alto conteúdo de lisina do feijão com aminoácidos sulfurados dos cereais ( Bressani, 1993). Nos últimos anos, principalmente com a formação dos blocos econômicos, como o Mercosul, pode ser notado um crescimento considerável das exigências de qualidade dos produtos agrícolas. A escolha de um produto pelo consumidor está baseada, principalmente, nos atributos visíveis e na presença e extensão de danos físicos. A qualidade dos produtos vegetais é o resultado da conjugação de diversos fatores, dentre os quais a conservação tem um papel fundamental Corrêa citado por Borem (1998). Grãos verdes, assim chamados por não terem atingido a maturação fisiológica, apresentam um alto percentual de água e, conseqüentemente, uma alta perecibilidade, necessitando do emprego de métodos de conservação dispendiosos, quando comparados com o grão seco. Considerando-se alto o consumo do feijão ver- de e a necessidade de sua disponibilidade no mercado, principalmente, por compor um dos pratos mais característicos da culinária nordestina, mais, especificamente a paraibana, necessário se faz o uso de métodos de processamento capazes de torná-lo disponível em todas as épocas do ano com o máximo do seu valor nutritivo e palatabilidade. Segundo Borem (1998), a qualidade dos produtos vegetais é o resultado da conjugação de diversos fatores, dentre os quais, a conservação tem um papel fundamental, principalmente, nos dias de hoje, onde o fator tempo é cada vez mais valorizado. O presente trabalho teve como objetivo estudar o comportamento de grãos de feijão macassar verde, conservados sob temperaturas baixas (refrigeração e congelamento), “in natura” e processados (pré-cozido e cozido). MATERIAL E MÉTODOS Local O presente trabalho foi desenvolvido nos Laboratórios de Tecnologia de Alimentos do Departamento de Solos e Engenharia Rural e Fitossanidade do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias, Campus III, da Universidade Federal da Paraíba, Areia – PB. Amostra As amostras (Fig. 1), num total de 4 variedades de feijão macassar verde, manteiguinha, vajão, fígado de galinha e corujinha, foram adquiridas nas feiras livres de Campina Grande, PB. Parte dos grãos verdes (“in natura”) foi acondicionada em sacos plásticos e submetida à refrigeração e a congelamento, e parte foi submetida ao tratamento de pré-cozimento e cozimento, sendo posteriormente acondicionadas em um recipiente plástico não tóxico, transparente (Fig. 2) e levadas, após um resfriamento rápido, à temperatura de refrigeração entre 6 e 7ºC e ao congelamento à mais ou menos -18ºC. O produto foi submetido a análise sensorial após a debulha e o armazenamento de 30 e 35, 40 e 50 dias sob congelação, refrigeração, respetivamente para os “in naturas”, précozidos e cozidos. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al . FÍGADO DE GALINHA CORUJINHA VAJÃO MANTEIGUINHA 159 Figura 1. Variedades de feijão macassar verde. Figura 2. Tipos de embalagens utilizadas para o armazenamento (Refrigeração e congelamento) do feijão macassar verde. Sacos herméticos do tipo Zip Bag e copos plásticos atóxicos resistentes ao freezer e Microondas. Análises desenvolvidas nos feijões Coloração Tempo de cocção As sementes foram submetidas ao calor até atingir o ponto de maciez aceitável numa proporção de 1:2 de feijão (130g) e água. Determinou-se assim, o tempo de cocção das variedades armazenadas e “in natura”. A avaliação da cor como índice de qualidade do produto, grão (macassar) “in natura”, pré-cozido e cozido foi realizada de forma subjetiva, utilizando-se tabelas de cores comerciais. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 160 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. A leitura foi diária, deixando apenas em evidência a graduação de mudança da cor. Análise sensorial A análise sensorial (Fig.3), foi realizada por dez painelistas não treinados, selecionados ao acaso, estudantes do Curso de Agronomia, Campus III . Foram avaliadas as quatro variedades de feijão (manteiguinha, corujinha, vajão e fígado de galinha) tanto “in natura” quanto os processados e acondicionados em temperaturas baixas. Os grão ``in natura`` foram submetidos a cocção como também os précozidos. Os cozidos foram aquecidos até fever. Com essas amostras, os painelistas submeteram-se aos testes sensoriais de preferência e textura, segundo Morais (1983) com algumas modificações. As análises sensoriais, tiveram como finalidade verificar a aceitação do produto após um certo período de armazenamento, tendo em vista que o feijão verde é um produto altamente perecível. ANÁLISE SENSORIAL ( 30 E 35 DIAS ) Refrigeração ( sacos plásticos) in natura ( sacos plásticos) Congelameto AMOSTRA - Cozido refrigerado - Pré-Cozido refrigerado ( Recipientes) in natura - Cozido Congelado - Pré-Cozido Congelado ( Recipientes ) ANÁLISE SENSORIAL ( 40 E 50 DIAS ) Figura 3. Esquema representativo do processamento, conservação e armazenamento do feijão macassar verde. Análises microbiológicas Foram testadas 4 variedades para a determinação da microflora associada às sementes de feijão macassar verde (Vigna unguiculata L Walp. ) O método utilizado foi o descrito por Neergard (1979), denominado o método de Agar (Agar method), em que as sementes prétratadas, são inoculadas em placas de Petri contendo meio de cultura BDA. O pré tratamento consistiu na imersão das sementes em uma solução de hipoclorito a 1% durante cinco minutos. A seguir, as sementes foram lavadas em água destilada estéril e colocadas em número de 6 nas 10 placas (repetições). Com relação ao uso do meio de cultura, este foi preparado na proporção de 200g de batata, 10g de dextrose e 20g de Ágar-Ágar. Em seguida, as placas foram foi esterilizadas a 120oC durante 30 minutos. As sementes foram distribuídas nas placas de Petri. Para cada variedade de feijão macassar utilizou-se dez repetições. Os plaqueamentos foram submetidos, durante oito dias, às condições naturais do laboratório, com iluminação natural durante o dia e obscuridade total à noite. Decorrido este período, fez-se a contagem e identificação de algumas bactérias e fungos presentes nas sementes. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. RESULTADOS E DISCUSSÃO A aplicação dos processos aos quais o feijão macassar verde foi submetido, teve como finalidade armazenar os grãos sob temperaturas baixas, de modo que, o tempo de preparo dos mesmos, facilite o cotidiano da população em geral. A Tabela 1 apresenta os tempos de précozimento e cozimento obtidos para as quatro variedades de feijão macassar verde. Como tempo de pré-cozimento, estabeleceu-se a metade do tempo de cozimento dos grãos. Observando-se a tabela, estes tempos variaram entre 20 a 30 minutos, nas variedades fígado de galinha e vajão, respectivamente. O pré-cozimento consiste num aquecimento rápido, aplicado aos vegetais, como tratamento prévio de alguns processos de conservação, principalmente congelamento (Camargo et al 1986). Tabela 1. Tempo de pré-cozimento e cozimento das quatro variedades de feijão macassar verde, logo após a debulha. Variedades Fígado de galinha Manteiguinha Corujinha Vajão Tempo de Tempo de Pré – cozimento Cozimento 20 min. 25 min. 20 min. 30 min. 48 min. 50 min. 44 min. 60 min. O pré-cozimento tem como principal função inativar as enzimas e pré-gelatinizar o amido e o seu tempo varia com o tipo de produto (Gava,1986) . Como tempo de cozimento foi estabelecido, aquele correspondente ao desenvolvimento da maciez e sabor característicos dos grãos. A análise revelou uma variação de 44 a 60 minutos para atingir a cocção. Ficando o menor tempo para a variedade corujinha e o maior para a vajão. O cozimento consiste num tratamento hidrotérmico que permite o desenvolvimento de características específicas como maciez, sabor e odor (Oliveira, 1999). De acordo com a referida tabela, os maiores tempos de cozimento e pré-cozimento foram obtidos pelo feijão macassar, variedade vajão. As Tabelas 2 e 3 apresentam a compilação dos dados obtidos nas determinações do tempo de cocção e análise sensorial, referente à textura e ao sabor das quatro variedades de feijão macassar verde acondicionadas em sacos 161 plásticos do tipo Zip Bag e submetidas às temperaturas de refrigeração e congelamento por um período de 30 e 35 dias respectivamente. Os dados sobre tempo de cocção do feijão macassar “in natura” foram colocados nas Tabelas, apenas para facilitar a visualização dos resultados, visto que serviram para as avaliações realizadas. Os resultados determinados revelaram uma tendência de aumento dos tempos de cocção para os grãos armazenados sob congelamento e de leve redução para grãos submetidos à refrigeração. Quanto à textura dos produtos armazenados sob refrigeração, houve uma variação de macia a regular, para os produtos com 30 dias, e de rígida a macia, para aqueles com 35 dias de refrigeração. Quando comparados aos grãos, cozidos recém-debulhados, só foi percebida uma leve mudança na textura dos grãos aos 35 dias de refrigeração, para a variedade vajão. O fator preferência, que se refere ao sabor dos grãos, variou entre “gostei e desgostei ”, mostrando uma propensão de perda do sabor com o aumento dos dias de armazenamento sob temperaturas de congelamento. Com base nos resultados expostos e em citações bibliográficas da EMBRAPA, nas Tabelas 2 e 3, podemos deduzir que os tempos de cocção são influenciados pela alta sensibilidade dos feijões às alterações pós-colheita, no que se refere à qualidade de cocção e palatabilidade ( EMBRAPA, 1997). Pode ter ocorrido, também, uma possível interferência dos diferentes graus de maturação dos grãos contidos nas vagens, pois foram observados durante a debulha, grãos muito pequenos e intensamente verdosos, juntamente com grãos em estágios mais avançados de maturação numa mesma vagem. Como também, vagens em diferentes estágios de tamanho e de coloração da casca num mesmo molho. A redução no tempo de cocção dos grãos refrigerado pode ter sofrido a interferência da embalagem em sacos plásticos, pois aos trinta dias, verificou-se a presença de água em seu interior, tornando-os grão amolecido, o que é referenciado por Brackman e Chitarra (1998) quando afirmam que, os alimentos frescos, embalados em filmes plásticos, podem criar meio de elevada umidade. Kader et al (1983), Weichmann (1987), Hardenburg et al (1990), também, trabalhando com hortaliças frescas, concluiram que, pelas mesmas apresentarem alto teor de umidade (65 a 95%) a qualidade é afe- Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 162 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. tada, originando um produto murcho, sem bri- lho e mole. Tabela 2. Tempo de cocção, análise sensorial e armazenamento de feijão macassar verde. Cocção (min.) Textura Armazenamento (dias) 30 35 Preferência 0 30 35 0 0 30 Refrigerado in natura Fígado de 48 42 42 Regular Regular Regular Indiferente Indiferente Galinha Manteiguinha 50 40 40 Macia Macia Macia Gostei Indiferente Corujinha 44 45 45 Regular Regular Regular Desgostei Gostei Vajão 60 42 40 Regular Regular Rígida Indiferente Indiferente Congelado in natura Fígado de 48 55 55 Regular Macia Regular Indiferente Indiferente galinha Manteiguinha 50 60 50 Macia Regular Regular Gostei Indiferente Corujinha 44 50 55 Regular Macia Regular Desgostei Desgostei Vajão 60 50 50 Regular Rígida Regular Indiferente Desgostei O acondicionamento Refrigerado e Congelado do feijão foi realizado em sacos plásticos fechados in natura = grão cru. 35 Indiferente Indiferente Indiferente Indiferente Indiferente Indiferente Indiferente Indiferente Tabela 3. Tempo de cocção, análise sensorial e armazenamento de feijão macassar verde. Cocção (min.) Preferência 0 40 50 48 37 - Regular Regular - Indiferente Desgostei - 50 44 60 60 50 45 - Macia Regular Regular Regular Macia Rígida - Gostei Desgostei Indiferente Indiferente Indiferente Desgostei - 48 - - Regular Regular - Indiferente Indiferente - 50 44 60 - - Macia Regular Regular Regular Macia Regular - Gostei Desgostei Indiferente Indiferente Indiferente Desgostei - 48 37 40 Regular Regular Regular Indiferente Indiferente Indiferente 50 60 65 Macia Rígida Rígida Gostei Indiferente Indiferente Corujinha 44 50 45 Regular Regular Macia Desgostei Desgostei Gostei Vajão Congelado cozido Fígado de galinha Manteiguinha Corujinha Vajão 60 45 55 Regular Regular Regular Indiferente Desgostei Indiferente Refrigerado Pré-cozido Fígado de Galinha Manteiguinha Corujinha Vajão Refrigerado cozido Fígado de galinha Manteiguinha Corujinha Vajão Congelado Pré-cozido Fígado de galinha Manteiguinha 0 Textura Armazenamento (dias) 40 50 0 40 50 48 - - Regular Macia Macia Indiferente Gostei Indiferente 50 44 60 - - Macia Regular Regular Macia Macia Macia Regular Macia Macia Gostei Desgostei Indiferente Indiferente Gostei Indiferente Desgostei Indiferente Indiferente O acondicionamento Refrigerado e Congelado do feijão foi realizado em sacos plásticos fechados in natura = grão cru. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. A textura dos grãos também foi alterada pelo tempo de armazenamento sob temperaturas baixas e uma das explicações encontra-se no alto conteúdo de água deles, pois de acordo com Cruz (s/d), vegetais que contêm muita água perdem a textura. O fator água, quando em excesso, também foi considerado por Lima (1981) como responsável por modificações profundas nas propriedades físicas dos alimentos, provocando endurecimento e pegajosidade, principalmente, quando embalados com materiais permeáveis. As modificações do sabor, expressas pela análise sensorial, sofreram influências do tipo de processo aplicado, talvez por não terem sido previamente aquecidos. Segundo Gava (1978), os feijões devem ser aquecidos para destruir as enzimas que, caso contrário, tornariam os produtos congelados inaceitáveis. Essas modificações, expressas nas tabelas com um número expressivo de rejeição do produto podem ser explicadas, pelo fato dos grãos terem sido preparados sem nenhum aditivo, quando, na realidade, o comum é consumir feijão com outros alimentos, tipo: arroz, verduras, ovos, carnes, farinha, cuscuz e outros. A Tabela 4 apresenta as informações referentes aos tempos de cocção, textura e preferência dos feijões macassar verde variedades Manteiguinha, Corujinha, Fígado de Galinha e Vajão, pré-cozidos e cozidos, fica sob tempo de refrigeração, durante 40 dias. O acondicionamento dos feijões précozidos e cozidos ( refrig. e congel.) foi realizado em copos plásticos não tóxicos, transparentes, fechados e resistentes à temperatura de freezer e microondas. in natura = grão crú Tendo como padrão comparativo os grãos “in natrura” recém debulhados, constatouse uma tendência de redução do tempo de cocção para os grãos pré-cozidos, variando de 37 a 60 min, com destaque para a variedade Fígado de Galinha, que atingiu o cozimento em 37 min. Em relação aos grãos pré-cozidos e congelados persistiu a tendência de redução do tempo de cocção variando de 37 a 60 min, e continuando o destaque para a variedade Fígado de Galinha. Isto comprova a ação da temperatura, como tratamento prévio, reduzindo o tempo de cocção dos grãos. A análise da textura dos grãos précozidos e cozidos refrigerados revelou, de uma forma geral, resultados semelhantes, variando de macia a regular, não apresentando alterações, quando comparados com os grãos “in 163 natura”, com exceção do feijão pré-cozido, variedade Vajão, apresentou textura rígida aos 40 dias de armazenamento refrigerado. Quanto aos pré-cozidos congelados, observaram-se modificações apenas na textura do feijão Manteiguinha, que de macia passou a rígida. Este mesmo parâmetro sofreu alterações para os grãos cozidos congelados, em todas as variedades, que foram consideradas macias pela equipe analisadora .Esse resultado se enquadra nas afirmações de Camargo (1986), quando aponta o feijão como uma das espécies vegetais que respondem satisfatoriamente ao congelamento. O sabor desses grãos, avaliados pelo teste de preferência, indicou para os feijões précozidos refrigerados uma clara tendência à perda da qualidade com o tempo de estocagem, o que não foi muito evidente nos grãos cozidos sob as mesmas condições. Quanto aos grãos pré-cozidos e cozidos congelados, foi observado, pelos resultados apresentados, um certo grau de incoerência, partindo-se do princípio que os grãos foram comparados aos cozidos recém debulhados (in natura). Não foi possível a obtenção de um resultado preciso. Esta avaliação vem ser respaldada pela citação de Gava (1986), que recomenda um aquecimento prévio dos feijões antes do congelamento como medida para controlar a perda de sabor dos grãos. Essa incoerência observada na avaliação do sabor, pode ser explicada pela ausência do sal, aditivo reconhecidamente importante na melhoria de sabor dos alimentos em geral e também, por constituir a qualidade sensorial dos alimentos, num conjunto de atributos dependentes do julgamento humano, os quais são percebidos pelos sentidos e enviados para o cérebro que registra a impressão da qualidade. Na Tabela 5, são visualizados os resultados referentes aos tempos de cocção textura e preferência dos grãos de quatro variedades (Vajão, Manteiguinha, Figado de Galinha e Corujinha) de feijão macassar verde, submetidos ao armazenamento sob refrigeração e congelamento após o processo de pré – cozimento, por um período de 50 dias. Foram observadas, em todos os grãos pré-cozidos e cozidos, submetidos à refrigeração, alterações na aparência dos grãos de todas as variedades, apresentando amolecimento, pegajosidade, formação de espumas, mudanças na coloração e (escurecimento) presença de odor desagradável, lembrando pescado. Diante desse quadro, o produto não foi submetido à Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 164 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. análise sensorial, possibilitando afirmar que os processos empregados não resistem a um período superior a 40 dias de armazenamento a frio. O acondicionamento dos feijões précozidos e cozidos (refrig. e congel.) foi realizado em copos plásticos não tóxicos, transparentes e fechados. Tabela 4. Coloração dos grãos de feijão macassar verde logo após a debulha e aos 30 e 35 dias de refrigeração e congelamento. Tempo de Coloração Inicial Armazenamento (dias) Fígado de galinha in natura Verde água / vinho / marfim. Corujinha in natura 0 Verde primavera/platina; marfim/camurça ou marrom Manteiguinha in natura Verde água / marrom; marfim / marrom. Vajão in natura Verde água / camurça; marfim / camurça. Mudança de Coloração Refrigerado Fígado de Galinha Mostarda*; camurça; verde água/ marrom . Corujinha 30 Mostarda / marrom; verde água / verde musgo. Manteiguinha Camurça / tabaco; marfim / marrom. Vajão. Mostarda*; camurça; amarelo canário; marfim. Fígado de Galinha Mostarda/marrom; camurça/marrom; marrom; verde água Corujinha 35 Mostarda/marrom; verde água/marrom; creme/marrom. Manteiguinha Mostarda/marrom; marfim/marrom; verde água/marrom. Vajão Mostarda; amarelo canário; marrom; tabaco. Mudança de Coloração Congelado Fígado de galinha Verde água/marrom; mostarda/marrom; marfim/marrom. Corujinha 30 Mostarda/marrom*; areia/camurça; verde água/verde escuro. Manteiguinha Verde água / marrom; marfim / marrom. Vajão Verde água / camurça; mostarda. Fígado de galinha Mostarda/marrom; areia/marrom; marfim/marrom Corujinha 35 Mostarda/marrom; verde água/platina; marfim/cinza. Manteiguinha Marfim/marrom; verde primavera. Vajão Mostarda; marrom; verde água; marfim. O acondicionamento do feijão foi realizado em sacos plásticos, transparentes, atóxicos e resistente à temperatura de freezer. * Predominância da cor Variedades /Tratamentos Os produtos pré-cozidos e cozidos congelados foram passíveis de avaliação. Quanto ao tempo de cozimento, os grãos pré-cozidos mantiveram a tendência da redução do tempo de cocção, com destaque para a variedade Fígado de Galinha que atingiu esse ponto aos 40 dias. Em se tratando da textura, a tendência observada foi da textura no sentido de enrijecimento para os grãos pré-cozidos, representada pela variedade Manteiguinha que, recém debulhada, foi considerada macia e aos 50 dias de refrigerados passou a rígida. Em relação ao sabor, não houve mudanças dos grãos anteriormente analisados, caracterizando uma análise subjetiva como demonstra a variedade Corujinha, que “in natura” recebeu o atributo “Gostei” e “ Desgostei” e após 50 dias sob congelamento recebeu o atributo “Gostei”. A partir dessas análises, pode-se indicar o feijão verde, variedade Corujinha, como aquele que melhor se comportou, quando précozido e armazenado sob congelamento por um período de 50 dias, pois apresentou o menor tempo de cocção e a melhor textura. Os produtos cozidos congelados foram em sua maioria classificados como de textura macia, apenas uma resalva para a variedade Manteiguinha que quando in natura e aos 40 dias de armazenamento foi considerada de textura macia aos 50 dias passou a regular. Com relação a preferência, notou-se uma perda de qualidade do sabor. A cor dos grãos é um dos principais parâmetros de caracterização dos feijões, inclusive, é determinante para identificação do ponto de colheita, como também o tempo de armazenamento. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. Nas tabelas 6, 7 e 8 estão expostas as cores predominantes nos grãos verdes de quatro variedades de feijão macassar na forma “in natura”, pré-cozido e cozido, como também as modificações desenvolvidas com o tempo de armazenamento sob refrigeração e congelamento. De um modo geral, foi observada uma intensa diversificação de cores, porém, nos grãos “in natura” houve predominância dos tons verdes, representando a cor básica e teores e tons 165 camurça e marrom a cor secundária. Essas observações estão coerentes com a citação de Vilhordo (1996), que registra a cor básica do tegumento dos feijões a de maior evidência e a secundária, como sendo as manchas, pontos e rajões. A refrigeração e o congelamento provocaram mudanças nas cores dos grãos in natura a partir de 30 dias, sendo menos intenso nos grãos congelados. Tabela 5. Coloração dos grãos de feijão macassar verde logo após o pré-cozimento e cozimento após 40 dias de armazenamento sob refrigeração e congelamento. Variedades/tratamentos Pré-cozido Fígado de galinha/ Corujinha/Pré-cozido Manteiguinha/Pré-cozido Vajão/Pré-cozido Cozido Fígado de galinha Corujinha/cozido Manteiguinha/cozido Vajão/cozido Coloração Inicial Concreto*; camurça Marfim/camurça; verde claro/camurça Verde água*; marfim*. Verde água*; concreto; marfim Camurça. Concreto/camurça*;marrom/camurça; concreto. Camurça. Camurça*; marrom. MUDANÇA DE COLORAÇÃO Tempo de ARMAZENAMENTO Pré-cozido Refrigerado Fígado de Galinha Corujinha 40 dias Concreto*. Concreto/platina; verde água/platina concreto/marrom. Concreto*; verde água. Concreto* 50 dias Tabaco; concreto; marrom. Mostarda/marrom Manteiguinha Concreto*/marrom; verde água/marrom. Vajão Marrom; camurça; tabaco; concreto Cozido Refrigerado Fígado de galinha Camurça/marrom; concreto/marrom Concreto/marrom; camurça/marrom Corujinha. Concreto/marrom; concreto/platina Mostarda/marrom Manteiguinha. Concreto/marrom. Concreto Vajão. Camurça; marrom. Concreto; marrom Pré-cozido Congelado Fígado de Galinha. ** Concreto/marrom; mostarda/marrom Corujinha. ** Concreto/platina Manteiguinha/ ** Concreto/marrom; verde água/marrom Vajão/Pré-cozido Cong. Concreto; verde água Concreto; marrom Cozido Congelado Fígado de galinha ** Concreto* Corujinha/Cozido Cong. ** Concreto* Manteiguinha/Cozido Cong. ** Concreto; camurça Vajão/Cozido Cong. Camurça Concreto; marrom O acondicionamento do feijão foi realizado em sacos plásticos, transparentes, atóxicos e resistente à temperatura de freezer. *Predominância da cor. **Não houve mudança na coloração. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 166 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. Tabela 6. Percentagem de grãos verdes recém debulhados de feijão macassar (Vigna unguiculata L. Walp.), afetados por bactérias e fungos. Microorganismos Variedades de Feijão Macassar Verde* Fígado de Galinha Manteiguinha Corujinha Bactérias Xanthomonas 56,00 31,66 Pseudomonas 00,00 00,00 Erwinia 00,00 10,00 Não Identificadas 00,00 5,00 Fungos Aspergillus 1,66 00,00 Penicillium 00,00 1,66 Rhizoctonia 10,00 38,03 Fusarium 00,00 00,00 Não identificados 1,66 00,00 *Material obtido na feira livre do Município de Campina Grande-PB. A temperatura de pré-cozimento e de cozimento também provocaram leve escurecimento nos grãos, com maior intensidade para os cozidos, como a tabela 7 e 8. Essas cores foram usadas como padrão comparativos para identificar as mudanças sofridas pelos grãos, assim armazenados, sobre refrigeração e congelamento, durante 40 e 50 dias. Nas duas condições de estocagem foram identificadas escurecimento gradual dos grãos, predominando os tons concreto para os 40 dias e os tons marrons para os 50 dias. Dentre os métodos de armazenamento, a refrigeração provocou modificações acentuadas. Diante dos resultados expostos, pode-se afirmar que, o congelamento preserva por um maior tempo, a cor dos grãos, por provocar uma paralização nas reações químicas e enzimáticas deles. As variações de cores observadas em todas as variedades estudadas podem ser explicadas através de Jonhson et al. (1974), quando afirma que, o controle da cor é difícil por ser esta determinada pela composição química dos grãos a qual depende dos fatores ambientais, genéticos, transporte e armazenamento. Dentre as quatro variedades cozidas e congeladas, o fígado de galinha conservou sua cor predominante (concreto), quando armazenado por um período de 40 e 50 dias. Nas feiras livres, o produto é comercializado erroneamente, não obedecendo aos padrões de higiene recomendados pela saúde pública. O feijão é manuseado pelos vendedores, consumidores, sem que haja nenhuma preocupação com o nível de contaminação por microorganismos. Há um engano por parte da população em geral, pois o produto submetido à ação Vajão 25,00 3,33 00,00 10,00 46,66 00,00 00,00 10,00 3,33 00,00 40,00 8,33 1,66 3,33 00,00 33,33 00,00 00,00 de altas temperaturas nem sempre elimina os microorganismos. Os gêneros de bactérias e fungos identificados nos grãos de feijão macassar verdes não representa importância para a saúde humana, pois são microoganismos comuns de qualquer substrato. Uma exceção, porém, deveria ser feita com relação a Aspergillus. Como não se fez identificação em nível de espécie, a espécie Aspergillus flavus, produz uma toxina denominada aflatoxina, que é letal, ou pelo menos provoca graves perturbações. Mesmo que os grãos sejam submetidos ao cozimento, como de fato os são, ainda há perigo. CONCLUSÕES Nas condições em que esse trabalho foi realizado conclui-se que: A variedade corujinha, dentre as quatro estudadas, recém debulhadas obteve o menor tempo de cocção. As variedades refrigeradas “in natura” obtiveram menor tempo de cocção e as congeladas maior tempo, quando armazenadas aos 30 e 35 dias em sacos plásticos herméticos. Dentre os grãos in natura, refrigerados e congelados por um período de 30 e 35 dias destacou-se a variedade vajão com menor tempo de cocção. O pré-cozimento reduziu o tempo de cocção dos grãos verdes. Grãos pré-cozidos da variedade fígado de galinha, armazenados durante 40 dias sob Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. refrigeração e congelamento, obtiveram o menor tempo de cocção. O armazenamento sob refrigeração dos grãos verdes in natura, pré-cozidos e cozidos, só foi satisfatório por um período de 35 dias. Sacos plásticos herméticos, acondicionando grãos verdes (feijão verde), contribuíram para uma má qualidade do produto. O feijão recém-debulhado, manteiguinha, foi a melhor em todos os sentidos, segundo análise sensorial. As variedades vajão e corujinha in natura tenderam a perder o sabor paulatinamente, expressando esta característica a partir dos 35 dias de armazenamento sob congelamento. O armazenamento sob congelamento, dos grãos verdes pré-cozidos e cozidos apresentou resultados satisfatórios até um período de 50 dias. O congelamento e principalmente a refrigeração provocam mudanças nos grãos verdes in natura, pré-cozidos e cozidos. O armazenamento recomendado para grãos de feijão macassar verde é temperatura de congelamento com grãos cozidos. Todos os feijões pré-cozidos e cozidos, não suportaram os cinquenta dias de refrigeração, sendo descartados da análise sensorial por motivo de deterioração. Em si tratando da textura dos grãos cozidos congelados por 50 dias não mudou sua textura, permanecendo macia. Fígado de galinha e, principalmente, a vajão pré-cozidas aos 40 dias de armazenamento, quanto à análise sensorial, classificam-se no pior desempenho. Os tons claros (cores básicas) predominam em todos os feijões in natura sendo as cores secundárias mais escuras. A refrigeração e o congelamento provocam mudanças nas cores dos grãos armazenados, com menor intensidade para grãos congelados. O pré-cozimento e o cozimento dos feijões macassar verde, provocaram escurecimento tornando-os mais intensos com o armazenamento. Os fungos e bactérias encontrados em feijões verdes debulhados nas feiras livres não representam importância para saúde humana. 167 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Aguiar, P.A.. Armazenamento e conservação de grãos. I noções básicas de conservação II armazenamento em propriedades agrícolas. Petrolina. EMBRAPA – CAPTSA. 1982. 31p. (Circular técnico n.10.) Andersen, M.H. Práticas de congelamento. Técnica em congelamento. São Paulo: Nobel. Campo e Cidade. 1989. 62p. Athié, I.; Castro, M.F.P.M, Gomes, R.; Valentini, S.R. de T. Conservação de grãos. Fundação Cargil. São Paulo, Campinas. ITAL. 1998. 236p. Balbach, A. As hortaliças na medicina doméstica. 20a ed. Edições "A Edificação do Lar". Editora. M.V.P. São Paulo. (s/d). 406p. Bezerra, F.F. In: Araújo, J.P.P. et al. O caupi no Brasil. Brasília: EMBRAPA/CNPAF. 1988, 721p. Borem, F.M.; Chitarra, A.B. Armazenamento e processamento de produtos agrícolas. Poços de Caldas-MG.: UFLA/SBEA. 1998. 274p. Brackmann, A.E Chitarra, A.B. Atmosfera controlada e atmosfera modificada. In: Borem, F. M.; Chitarra, A. Bosco. Armazenamento e processamento de produtos agrícolas. Poços de Caldas-MG: UFLA/SBEA, 1998. cap.4, p.134-169. Bressani, R. Grain quality of cammon beans. Food Reviews International, v.9, p.237-97, 1993. Camargo, R.; Fonseca, H.; Filho P., L.G.; Graner, M.; Cantarelli, P.R.; Tecnologia dos produtos agropecuários. Biblioteca Rural. Livraria Nobel S/A. Escola Superior de Agricultura "Luiz Queiroz Piracicaba-São Paulo. 1986. 298p. Cantarelli, P.R.; Fonseca, H.; Nogueira, J.N. VIII Processamento e conservação de alimentos de origem vegetal legumes e hortaliças. In: Camargo, R.; Fonseca, H.; Filho P.,L.G.; Graner, M.; Cantarelli, P.R. Tecnologia dos produtos agropecuários. Piracicaba/ESALQ : Livraria Nobel S/A. 1986. p.125-135. Caruso, J.G.B.; Camargo, R. Microbiologia de alimentos generalidades. alterações dos alimentos.. In: CAMARGO, R. et al. Tecnolo- Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 168 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. gia dos produtos agropecuários alimentos. Piracicaba :Livraria Nobel S/A. 1986. cap.3, p.35-49. calor e pelo frio. In: Camargo, R. et al. Tecnologia dos produtos agropecuários. Piracicaba : Livraria Nobel S/A. 1986. p.73-112. Carvalho, N.M.; Nakagawa, J. Embalagens In: Sementes, ciências, tecnologia e produção. Campinas São Paulo, Fundação CARGIL, 1980. p.318-23 Gava, A.J. Princípios de tecnologia de alimentos. São Paulo: Nobel, 1986. 284p. Castro, J.V. de; Park, K.J.; Honório, S.L. Armazenamento e processamento de produtos agrícolas. emprego de embalagens para conservação pós-colheita de uvas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Campina Grande, Paraíba: DEAg/UFPB. v.3, n.1, jan-abr., p.35-40, 1999. Chandra, P.K. Modelagem matemática aplicada ao armazenamento. In: Borem, F.M.; Chitarra, A.B. Armazenamento e processamento de produtos agrícolas. Poços de CaldasMG: UFLA/SBEA 1998. cap.5, p.172-217. Chitarra, M.I.F. Fisiologia e qualidade de produtos vegetais.. In: Borem, F.M.; Chitarra, A.B. Armazenamento e processamento de produtos agrícolas. Poços de Caldas-MG: UFLA/SBEA 1998. cap.1, p.53-57p Chitarra, M.I.F. Processamento mínimo de frutas e hortaliças. In: Tecnologia e treinamento agropecuário. a.2, n.9, p.1-7, jan., 1999. Comissão de financiamento da produção, Estudo do consumo de alimentos básicos no Brasil; feijão. Brasília, 1981. v.2. Corrêa, P.C. Avaliação destrutiva e não destrutiva de qualidade de produtos vegetais. In: Borem, F.M.; Chitarra, A. Bosco. Armazenamento e processamento de produtos agrícolas. Poços de Caldas-MG.: UFLA/SBEA. 1998. cap.2, p.60-81. Embrapa, A cultura do feijão em Mato Grosso do Sul. Dourados, UEPAC/EMBRAPA. 1990. 129p. (UEPAC /EMBRAPA - Circular Técnico nº17). Embrapa, Programa nacional de pesquisa de feijão. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. DTC. Departamento Teórico Científico. Brasília, 1981. 117p. Embrapa. Industrialização do feijão pode aumentar consumo per capita. CNFA/EMBRA-PA. Goiânia - GO. mar. 1997. 8p. Fonseca, A. Princípios e métodos gerais de conservação de alimentos. Conservação pelo Gava, A.J. Princípios de tecnologia de alimentos. Métodos de conservação de alimentos. 1978. cap.7, p.130-182. Germano, M.L.A.R. Emprego de produtos naturais no tratamento de sementes de feijão macassar (Vigna unguiculata (L.) Walp.) acondicionadas em três embalagens e em microrregiões do Estado da Paraíba. Areia: UFPB/CCA, 1997, 77p. (Dissertação de Mestrado). Graner, A. et al. Plantas alimentícias. ArrozFeijão. Piracicaba - São Paulo: Departamento de Agricultura e Horticultura / Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz". 1972. 28p. Gualberto, D.G. Avaliação nutricional e sensorial de misturas de feijão (Phaseolus vulgaris L.) e soja (Glicine max. L .) Processamento por extrusão .Viçosa, Universidade Federal de Viçosa 1981. 59p. (Dissertação em Ciências de Tecnologia de Alimentos). GUIA RURAL; Horta é saúde. São Paulo: Abril, s/d. 338 p. Hardenburg, R.E.; Watada, A.E.; Wang, C.Y. The commercial storage of fruits, vegetables and florist and nersery stocks. Washington: USA, 1990.130p. (USA. Agriculture Hanabbook, 66) IBGE. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola da Paraíba (LSPA-PB), da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-FIBGE-GCEA/PB, João PessoaPB, dez, 1996. Johnson, A.H.; Peterson, M. Encyclopedia of tecnology and food science series. 1974. v.2, 993p. Kader, A.A.; Kasmire, R.F.; Mitchell, F.G.; Reid, M.S.; Sommer, N.F.; Thompeon, J.F. Postharvest technology of horticultural crops. California:University of California, 1983. (não paginada). Khatounian, C.A. Produção de alimentos para o consumo doméstico no Paraná. Caracterização e culturas alternativas. Londri- Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 Conservação de quatro variedades de feijão macassar verde a temperaturas de refrigeração e congelamento Lima et al. 169 na. PR : IAPAR-Instituto Agronômico do Paraná. 192p. (IAPAR - Circular. n.81.) Brasileira para pesquisa da Potassa e do Fosfato 1996. 786p. Klamer. A.; Twigg, B.A. Quality control for the food industry. Fundamentals. Westport: Avi, 1970. v.1, 556p. Sathe, S.K.; Deshpande, S.S.; Salunkhe, D.K. Dry beans of Phaseolus. A review. Part. II Chemical composition: Carboydrates, fiber, minerals, vitamins, and lipids critical. Reviews in Food Science and Nutriton. Cleveland, v.21, p.41-91, 1974. Lima, A. W. O. Predição de vida de pratileira de banana (Musa cavendish, Lambert) liofilizada com base na análise da cinética de transferência do vapor d'água em filmes flexíveis. Lavras, ESAL-MG. 1981. 170p. Miya, E. E. Textura: sua definição, medida e relação a outros atributos de qualidade. Campinas: ITAL. 1972, p.71-83. (ITAL Boletim n.32). Moraes, M. A. C. Método para avaliação sensorial dos alimentos. 8a ed., Campinas. São Paulo: UNICAMP, 1993. 93p. Morais, Lucirene Florentino de. Comportamento de três cultivares de feijão caupi (Vigna unguiculata. (L .)Walp). Inoculadas com Bradyr hizobium sp. e submetidas à déficit. hídrico no solo. 1994 . Areia PB. Moura, R.A.; Banzato, J. Manual de movimentação de materiais. Acondicionamento, utilização e conteineirização. São Paulo: IMAN. v.3. 1990. Oliveira, M.R.T. de Grãos e cereais.. Areia, PB Centro de Ciências Agrárias/Universidade Federal da Paraíba 1999.(Anotações de aula). Onesiran, P.T. Effect of moisture content and temperature on the invasion of cawpea by storagi fungi. Seed Science and Tecnolology, Zurich, v.10, n.3, p.619-29, 1982. Paschoalino, J. E. Métodos de congelamento de climentos. Campinas, São Paulo: ITAL 1975. p.37-45. (ITAL Boletim n.43). Pelczar, M.; REID, R.; CHAN; F.C.S. Microbiologia. São Paulo: MC. Graw Hill. 1981. 1072p. Popinigis, F. Fisiologia da semente. Brasília DF: Edt. Pax. 1985, 289p. Sartori, M.R. Armazenamento. In: Araújo, R.S.; Rava, S.A.; Luiz, F.S. Cultura do feijoeiro comum no Brasil. Piracicaba: Associação Tavares, C.A.A. Agribusines. Mercados de hortaliças cresce e incentiva investimentos no Brasil. Agropecuária Catarinense, v.10, n.3, p.3, set., 1997. Teixeira, S.M.; Rocha, L.S.A. Análise sócioeconômica da produção. In: Zimmermann, M. J.O. et al.. Cultura do feijoeiro fatores que afetam a produtividade. Piracicaba. São Paulo: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato. 1988. p.3856. Vieira, C. Doenças e pragas do feijoeiro. Viçosa.: UFV. 1983. 231p. Vieira, E.H.N. Produção e tecnologia. In: Zimmermann, M.J. de O.; Rocha, M.; Yamada, T. Cultura do feijoeiro. Fatores que afetam a produtividade. Piracicaba - São Paulo: Associação Brasileira para Pesquisa do Potassa e do Fosfato. 1998. p.58-62. Vilhordo, B.W.; Mikusinski, F. Morfologia In: Araújo, R.S.; Rava, S.A.; Luiz, F.S. Cultura do Feijoeiro comum no Brasil. Piracicaba, SP: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato. 1996. p.72-99. Weichmann, J. Postharvest haysiologi of vegetables. New York: Marcel Dekker, 1987. 597p. Yokoyama, L.P.; Banno, K.; Kluthcouski, J. Aspectos sócios econômicos da cultura. In: Araújo, R.S.; Rava, S.A.; Luiz, F.S. Cultura do Feijoeiro comum no Brasil. Piracicaba, SP: Associação. Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato. 1996. p.1-56. Ysbert, M. F. G. Produccion y certificacion de semillas de cereales y leguminoses. In : Semillas de cereales y leguminoses. Madrid: Agricola Espanola. 1991. p.79-91. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.157-169, 2000 170 Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2, n.2, p.170, 2000