A Associação Social e Cultural de Serém é uma I.P.S.S. que sempre acolheu prioritariamente crianças em risco social e nunca baixou os braços para ajudar e apoiar crianças e famílias que a ela se dirigem pedindo apoio. Quando os responsáveis não têm capacidade de resposta há sempre uma orientação a essas famílias de como agir. Procuramos trabalhar em rede com o Centro Regional de Águeda nomeadamente o Dr. Pedro Técnico Social do terreno, Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Aveiro, Centro de Saúde de Águeda e Albergaria-a-Velha, onde as famílias estão inscritas, Hospital de Aveiro (...) Temos as nossas origens nos Grupos Comunitários e o sentido que despoletou este trabalho continua a fazer parte integrante do nosso presente. Contudo gostaríamos de deixar aqui um desabafo, as exigências e burocracias têm abalado estas nossas crenças e as nossas utopias têm sido bombardeadas desde 2005. Por vezes parece que o que “tem que ser” é mais forte do que o que “deve ser”. Vamos remando com muitas dificuldades porque os pedidos de ajuda são muitos e sentimo-nos impotentes para dar resposta a todos, não sentimos apoios legais de retaguarda para embarcar nas aventuras do coração. Aqui na Pequenada damos “vez e voz ás crianças”. São elas o alvo de toda a nossa acção e atenção. Não poupamos esforços para enriquecer cada uma das nossas crianças desde música, a ballet, natação, Inglês, Língua Gestual, passeios... Aceitamos qualquer desafio para tornar os nossos meninos e meninas melhores cidadãos no futuro. As condições económicas não são as mais favoráveis mas nem isso nos faz desistir, organizamos feiras, festas e tômbolas para obter o melhor para os projectos das nossas crianças. Não temos medo nem do trabalho nem da responsabilidade que ele acarreta. Sempre que possível os jornais Soberania do Povo e Região de Águeda têm sido testemunhas do trabalho e da Magia das crianças da Pequenada. Acreditamos num trabalho de equipa. O espaço educativo deve promover a colaboração e a interajuda. Deve ser motivador da Expressão Livre, do Tacteamento Experimental e da Intervenção do Meio. Neste espaço educativo deve reinar a negociação entre o grupo, o educador e todos os intervenientes na acção educativa. A vivência da solidariedade, da cooperação e a aprendizagem em democracia são indispensáveis. Neste espaço, o ritmo individual de cada um deve ser respeitado. É um espaço de acção e descoberta, de real e imaginário, de prazer, de criar, recriar, aprender e ensinar. Todas as actividades, tarefas e desejos manifestados em conselho, realizam-se sob a forma de projectos de trabalho que decorrem nos ateliers (cantinho de trabalho) por onde o educador circula em diálogo afectivo e estimulante. Acreditamos nos grupos verticais (integram preferencialmente as várias idades), para que seja assegurada a heterogeneidade geracional e cultural, a interajuda, a colaboração e desta forma haja um maior enriquecimento cognitivo sociocultural.