XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE AVALIAÇÃO DA ÁGUA DO ARROIO PORTÃO POR ANÁLISE DE MICRONÚCLEOS EM LINHAGEM V79 Cristina A. Matzenbacher 1; Patrícia F. Helena1; Clarice T. Lemos1 [email protected] (Fundação Estadual de Proteção Ambiental “Luis Henrique Roesler” – FEPAM, Porto Alegre, Rio Grande do Sul) 1 [email protected] (Fundação Estadual de Proteção Ambiental “Luis Henrique Roesler” – FEPAM, Porto Alegre, Rio Grande do Sul) 1 [email protected] (Fundação Estadual de Proteção Ambiental “Luis Henrique Roesler” – FEPAM, Porto Alegre, Rio Grande do Sul) 1 Ecossistemas aquáticos têm sido intensamente estudados para verificar os efeitos resultantes de descargas de efluentes industriais. A utilização de células em cultura, como a linhagem V79, vem se mostrando efetivamente vantajosa em estudos de mutagênese e carcinogênese provocadas por poluentes ambientais. O teste de Micronúcleo (MN) está entre os indicadores de danos no DNA mais sensíveis e tem sido aplicado a vários organismos e tecidos para a avaliação de ambientes contaminados. Este estudo teve como objetivo a avaliação genotóxica da água do Arroio Portão, RS, que recebe os efluentes industriais e domésticos dos municípios de Estância Velha e Portão, indo desaguar no rio dos Sinos. Para o trabalho foram selecionados três pontos: EV, em Estância Velha com influência de uma vila; PO, em Portão a jusante de indústrias e curtumes e FOZ, a jusante dos demais, junto ao rio dos Sinos. Foram realizadas duas coletas de água superficial e intersticial no inverno/11 e verão/12. Para a obtenção de água intersticial, o sedimento foi centrifugado. Todas as amostras foram filtradas em membrana de poro 0,22 micra. Para o teste foram inoculadas 5x104 células em 5 ml de meio essencial mínimo (MEM), com 200 microlitros de amostra e controles negativo (água bidestilada estéril) e positivo (bleomicina) e então incubadas a 37º C e 5 % de CO 2 e expostas por 24 h. Ao final da exposição, as culturas foram lavadas com PBS, tripsinizadas, fixadas em metanol e ácido acético (3:1) e corados em Giemsa 10 %. Foram analisadas 2000 células por amostra. A análise estatística foi realizada pela comparação de curvas de Poisson (teste Z), considerando a diferença em relação ao controle negativo de no mínimo P<0,05 como resposta positiva. As amostras de águas intersticiais dos três pontos apresentaram resposta positiva no verão e do ponto EV também em água superficial na coleta de inverno. Verificou-se maior número de respostas positivas no verão, em sedimentos, sugerindo a concentração de poluentes nesse compartimento ambiental. Os resultados sugerem ainda, que o sistema biológico empregado foi sensível na detecção de genotoxicidade, compatível com perda ou quebra cromossômica, induzida pelos poluentes resultantes das diferentes atividades antrópicas que impactam esse recurso hídrico. Palavras-chave: genotoxicidade, qualidade aquática, sedimentos Apoio: FDRH/ FEPAM Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 696