TÍTULO: ANÁLISE DE DEGRADABILIDADE DE SACOLAS PLÁSTICAS. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE ENGENHARIA DE SOROCABA AUTOR(ES): FELIPE JOAQUIM MENDES ORIENTADOR(ES): SANDRA BIZARRIA LOPES VILLANUEVA SUMÁRIO 1. RESUMO .......................................................................................................................................... 1 2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1 3. OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 2 4. METODOLOGIA................................................................................................................................ 2 5. DESENVOLVIMENTO........................................................................................................................ 3 6. RESULTADOS PRELIMINARES .......................................................................................................... 4 7. FONTES CONSULTADAS ................................................................................................................... 5 1 1. RESUMO O presente projeto tem por objetivos caracterizar sacolas plásticas – dando ênfase em sacolas biodegradáveis - quanto à sua composição por meio de análise espectroscópica em espectrômetro de infravermelho e aferir o grau de biodegradabilidade destas. Utilizou-se como principal guia metodológico a norma ASTM D 5338 - 98, que descreve a construção de um respirômetro, aparato empregado na medição de carbono evoluído pela amostra em terra na forma de gás carbônico, produto do processo de biodegradação. Para a caracterização das amostras utilizou-se um aparelho de espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier, disponível no laboratório da instituição. As amostras permanecerão em análise por um período de 30 dias, após o qual medir-se-á a quantidade de CO2 produzido e reagido com hidróxido de bário por meio de titulação com solução de ácido clorídrico. 2. INTRODUÇÃO Sustentabilidade é uma das principais preocupações da Engenharia atualmente. Utilizar os recursos naturais com inteligência, com a menor geração de resíduos possível são metas onipresentes aos Engenheiros. Um problema que recentemente recebeu ampla atenção foi a questão do impacto ambiental do descarte das sacolas plásticas. Segundo o instituto Akatu, cada brasileiro consome em média 880 sacolas pláticas por ano. A medida adotada, a de proibir completamente a distribuição das sacolas nos mercados, foi considerada drástica demais por alguns setores. Tendo sido proposta, em seguida, a adoção de sacolas biodegradáveis como alternativa, levantaram-se outras questões, como a eficiência destas, e se seu emprego seria viável, mesmo com o custo mais elevado. 2 Levando em consideração as questões apresentadas, esse trabalho de iniciação científica visa analisar a composição química das sacolas plásticas distribuídas nos mercados, comuns e biodegradáveis, bem como observar a degradabilidade delas, considerando a relação custo x benefício de seu emprego. 3. OBJETIVOS Analisar a composição química de sacolas plásticas comerciais Testar o seu caráter biodegradável 4. METODOLOGIA O procedimento adotado para avaliação de grau de biodegradabilidade foi o de biodegradação aeróbia por compostagem controlada, descrito na norma ASTM D 5338 – 98. O processo, que tem lugar em um respirômetro (figura 1), consiste em injetar ar úmido livre de gás carbônico no sistema, de modo a proporcionar as condições de umidade propícias ao desenvolvimento das bactérias biodigestoras presentes na terra na qual está inserida amostra, simulando as condições de biodegradação de um aterro sanitário ou qualquer ambiente no qual são descartadas sacolas plásticas. O gás carbônico gerado pela biodegradação é borbulhado em uma solução de hidróxido de bário, gerando como produto da reação precipitado insolúvel. A titulação do hidróxido de bário não reagido com ácido clorídrico permitirá conhecer o número de mols de CO2 gerados pela degradação da amostra. 3 Figura 1 - Respirômetro utilizado na avaliação de biodegradabilidade 5. DESENVOLVIMENTO Até a data de submissão do presente documento encontravam-se concluídas as etapas de pesquisa bibliográfica – estando as referência consultadas listadas na seção 7 – e a de construção do respirômetro, que é mostrado a seguir: Figura 2 – Respirômetro para avaliação de biodegradabilidade 4 O procedimento para análise das amostras consiste das seguintes etapas: a. Escolha da amostra – Serão coletadas duas sacolas plásticas, uma de polietileno, tradicional de supermercados, e uma classificada como biodegradável. b. Coleta de terra para a compostagem – A terra na qual será inserida a amostra será coletada do terreno da instituição e peneirada, utilizando o passante em -10 mm. c. Preparação da amostra – Serão recortadas lâminas de 2 mm x 2 mm das sacolas para inserção no compartimento de compostagem. d. Compostagem – Acontecerá durante um período de 30 dias por amostra. e. Titulação – A titulação com hidróxido de bário indicará quantos mols de CO2 foram gerados, permitindo medir o teor de degradabilidade da amostra. 6. RESULTADOS PRELIMINARES Estando o projeto em fase preliminar de desenvolvimento, optou-se por referenciar um dos trabalhos que motivou o presente, a pesquisa conduzida pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, que analisou a biodegradabilidade de amostras de diferentes tipos de sacolas plásticas oferecidas em supermercados. Os resultados obtidos pelo Centro Tecnológico de Processos e Produtos do IPT estão dispostos na tabela 1. Tabela 1 – Resultados do teste de biodegradabilidade realizado pelo IPT [6] Tipo de sacola Teor de degradabilidade papel 40% plástico comum 30% amido de milho 15% oxidegradável 2% 5 7. FONTES CONSULTADAS 1. LOKENSGARD, E. Plásticos industriais: teoria e aplicações. 5.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013. 2. CANAVEROLO JR, S. V. Ciência dos polímeros: um texto básico para tecnólogos e engenheiros. São Paulo: Artliber Editora, 2002. 3. LISBÃO, A. S. Estrutura e propriedade dos polímeros. São Carlos: Edufscar, 2012. 4. MCMURRY, J. Química Orgânica Combo. 7 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. 5. CALLISTER Jr., W. D. Ciência e Engenharia de Materiais: uma introdução. Editora LTC, 7ª edição, 2008 6. IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas – Biodegradação das sacolinhas. 2012. Disponível em <http://www.ipt.br/noticia/513.htm>. Acesso em: 7 abr. 2015