ANFAJE - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE JANELAS EFICIENTES
1.º ENCONTRO NACIONAL DO SECTOR DAS JANELAS E FACHADAS
A REABILITAÇÃO URBANA: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO PARA PORTUGAL
A REABILITAÇÃO URBANA NA PERSPECTIVA DOS PROMOTORES IMOBILIÁRIOS
A reabilitação urbana é hoje a aposta de todos e é uma realidade que os
promotores imobiliários devem procurar estar atentos e encarar como
uma verdadeira janela de oportunidade.
Na verdade, esta tem sido uma aposta:
1. Da União Europeia, expressa no Portugal 2020, ou no Programa
Reabilitar para Arrendar do BEI (Banco Europeu de Investimento), que
disponibiliza € 50M para projectos de reabilitação/arrendamento;
2. Do Governo, com a aprovação do RERU (Regime Excepcional da
Reabilitação
Urbana),
do
novo
regime
do
arrendamento,
da
implementação de um quadro de incentivos fiscais e, mais
recentemente, com o, expectável, alargamento do regime de concessão
das ARIs (“Golden Visa”) aos projectos de reabilitação (uma proposta
concreta da APPII junto do Governo);
Faço aqui um parênteses para sublinhar a importância que tem
esta medida, que permitiu, em nosso entender, dar à reabilitação
o passo que faltava dar para tornar a reabilitação uma
verdadeira realidade: trazer o investimento à reabilitação
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3. Mas é também uma aposta dos próprios investidores, que, cada vez
mais, começam a procurar esta nova oportunidade de mercado;
4. E, finalmente e em consequência de todas as apostas anteriores, de
todo sector imobiliário, que não pode, obviamente, deixar de olhar para
a reabilitação como uma nova janela de oportunidade.
Mas a reabilitação, além de uma aposta de todos, é também uma
inevitabilidade: 1.ª da situação do nosso país e 2.º dos tempos
globalizados em que vivemos.
Repare-se nos centros das nossas cidades: desabitadas, velhas e em
muitos casos num estado avançado de ruína.
Portugal vive nesta situação, que se destaca da realidade dos restantes
Países Europeus
Com efeito,

Cerca de 27% das habitações em Portugal precisam de obras, com essa
taxa a subir para 43% nas principais cidades do País;

(Segundo números do último semestre do ano passado) são necessários 38
mil milhões de euros para reabilitar o parque habitacional em Portugal,
sendo que desse valor: Lisboa precisa de 9,3 mil milhões de euros e o
Porto 4,4 mil milhões de euros.
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Estes números revelam bem o estado em que as nossas cidades se
encontram e a urgência em promover-se uma profunda regeneração dos
centros urbanos.
Ninguém tem dúvida que o futuro da construção no nosso País passa,
hoje, pela reabilitação urbana e por um novo paradigma de regeneração
dos centros das cidades
E este novo paradigma tem por base, tão só, a melhoria das condições de
competitividade e eficiência do território e, no fim de dia, de uma
melhoria das condições de habitabilidade das pessoas que neles vivem.
Por outro lado, a reabilitação é uma inevitabilidade tendo em conta o
mundo globalizado em que vivemos.
As metrópoles são hoje a cara de uma nação ou de um Estado
desenvolvido.
A verdade é que as cidades substituíram-se aos países. Na Europa, 75%
da população vive nos centros urbanos
Esta é uma questão da máxima importância: São as pessoas que vivem
nas cidades e 75% da população vive nas cidades.
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A REABILITAÇÃO URBANA: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO PARA PORTUGAL
É por isso que insistimos: É vital procurarmos construir espaços urbanos
vivos e habitados, pois deles dependem a competitividade de uma nação e,
mais importante, a qualidade de vida das pessoas que neles habitam.
É com base nesta ideia e procurando chegar às cidades do futuro, que
temos defendido, a par da criação das designadas smart cities (que estão
tão em voga), a implementação da chamada:
 Smart Urban Regeneration, ou Reabilitação Urbana inteligente
Não é só a recuperação física do património que está em causa:

É a Sustentabilidade;

A Eficiência energética;

A inovação;

A incorporação de novas tecnologias.
Penso que 2015 vai ser um ano em que muito se vai falar da relação entre
reabilitação e eficiência energética, nomeadamente através da:

Sustentabilidade;

das designadas “smart cities” e das “smart grids”

das directivas “emissão de carbono zero”; e

dos sistemas de autoprodução de energia eléctrica em edifícios, cujo
regime legal foi recentemente alterado para favorecer a venda do
excedente à rede pública.
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Assim nos tem indicado e, por assim dizer, também vinculado, por
exemplo, as normas aplicáveis ao novo quadro comunitário do Portugal
2020:
 O Portugal 2020 indica claramente esta conexão, quase indissociável,
entre reabilitação e eficiência energética.
Ora, o conceito de Smart Urban Regeneration, que temos vindo a
defender, apela precisamente a esta grande conexão entre reabilitação e
eficiência energética.
Podemos, pois, concluir que uma metrópole dos tempos modernos, do
século
XXII,
tem
que
fazer,
obrigatoriamente,
a
ponte
entre
construção/reabilitação e eficiência energética, ou melhor dito, de uma
forma mais geral, EFICIÊNCIA AMBIENTAL, que inclua um melhoramento
ao nível da relação das cidades com:

Meio ambiente;

Mas, também com o ambiente das pessoas.
É isto que o que podemos chamar de centros urbanos eficientes.
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A REABILITAÇÃO URBANA: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO PARA PORTUGAL
Gostava, assim, que ficassem com esta nota:
 Que o conceito de Smart Urban Regeneration é a chave para que
as “cidades inteligentes” e a reabilitação urbana possam ser
uma realidade, não passageira ou de modas, mas uma realidade de
futuro, com continuidade.
E, julgamos que este é o conceito que os promotores imobiliários, assim
como todo a fileira da construção e do imobiliário, devem procurar
apostar na sua actividade ou nos seus negócios.
 Pois, neste momento, este é o conceito que atrairá habitantes e
investimento aos centros das cidades
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