ANTÓNIO ALVES CAETANO A COMPANHIA FIDELIDADE e os Seguros na Lisboa Oitocentista (1835-1907) VOLUME I Da Fundação à Sede do Corpo Santo (1835-1863) Prefácio Prof.ã Doutora FÁTIMA SEQUEIRA DIAS ÍNDICE Dedicatórias Prefácio Abreviaturas Apresentação VII XI XV 1 CAPÍTULO I DA FUNDAÇÃO À AFIRMAÇÃO (1835-1849) 11 Emblema da Companhia Principais Accionistas Estatutos Condições das Apólices de Seguros Marítimos Condições das Apólices de Seguros de Incêndio Completa separação contabilística dos Ramos 13 14 1G 19 20 21 1.1 - Seguros Marítimos 1.1.1 - Produção Esboço dos primórdios do Seguro Marítimo Tarifação "O risco de uma viagem é coisa individua " Outras precisões de técnica de tarifação Degradação do comércio marítimo e das tarifas de prémios A Revolução Socialista em França e o Seguro Marítimo 23 26 29 29 30 33 1.1 - Seguros Marítimos 1.1.2-Sinistros Indemnizações pesadas nos dois primeiros Exercícios Primeiro sinistro fraudulento O ano de 1839 registou enorme sinistralidade Outro sinistro fraudulento Mais naufrágios Diferendo com Serzedello & C Importância da correcta regulação de sinistros Indemnização ao "Conselho de Administração da Marinha" Criadas condições para pagar indemnizações de 1843 Situações confortáveis a fechar o período 431 35 36 37 38 40 40 41 43 44 44 1.2 - Seguros Terrestres 1.2.1 - Produção Esboço dos primórdios do Seguro Terrestre Primeiras Apólices Logo em 1840 os prémios de Terrestre superam os de Marítimo Accionistas relutantes em fazer seguros Absorção da -«Companhia Lisboa» Novas condições na renovação de Seguros de Indústria Disposição contratual bizarra Luta com a concorrência: dificuldades da Crise de 1846 Problemas derivados do abaixamento do «pleno» 45 47 49 50 51 54 55 55 56 1.2 - Seguros Terrestres 1.2.2 - Sinistros Fixação de regras para a regulação de sinistros Prevenção de sinistros Sinistros em fábricas A Crise de 1846 e a diferença de espécies monetárias de prémios e indemnizações Sinistros em seguros de capital insuficiente Anos bonançosos: 1847 e 1848 Sinistralidade importante na rua da Boa Vista: restrições 59 61 62 63 64 64 65 1.3 - Seguros de Vida Esboço dos primórdios do Seguro de Vida Estudos iniciais sobre a implantação deste Seguro Novas diligências para o lançamento do Seguro de Vida Início do Seguro de Vida em 1845: pioneirismo da <• Fidelidade» Dificuldades conjunturais ao desenvolvimento deste Seguro 67 69 71 74 75 1.4 - Impostos: difíceis relações com o Estado Tributação lançada no final do primeiro Exercício Representação perante a Autoridade Fiscal Liquidação do imposto do primeiro Exercício, em 1841 Nova exposição feita à Administração Fiscal Recurso para o Conselho de distrito Agravamento da situação em 1846 Nova representação perante o Governo: décimas adicionais Assembleia Extraordinária sobre as Décimas adicionais Parecer de uma Comissão saída da Assembleia A Administração Fiscal continua a reclamar pagamentos Atenua-se o rigor fiscal 79 80 81 82 83 83 85 85 87 87 89 1.5 - Organização Interna. Despesas Os primórdios da Organização O Escritório da Companhia Entrada de capital dos Accionistas Venda de uma Acção não atribuída Recursos Hunianos Despesas do primeiro Exercício1 Peculiaridades dos tempos mais recuados Os Relatórios da Direcção não seriam impressos antes de 1863 Remunerações do Pessoal em 1839 91 92 92 92 93 93 94 95 96 Benefícios aos Segurados de Terrestre Dificuldades na cobrança de prémios e tentativas de solução Alteração de anos civis para anos financeiros O regresso ao respeito dos Estatutos A Crise de 1846 e o agravamento das cobranças de prémios Normas sobre espécies em que se receberiam os prémios Procura-se cobrar prémios em atraso A perseguição aos prémios em dívida continua em 1848 e 1849 Nova Sede da Companhia Preocupação de redução de Despesas Redução do número de Directores A reforma dos Estatutos em 1848/49 Regras de crise estabelecidas no fecho de 1848 97 98 99 100 101 102 102 103 104 105 105 107 110 1.6 - Agências Ilha de Madeira: a primeira Agência Há que estabelecer Agências Primeira Agência no Continente: Coimbra Tentativa, em 1840, para ter Agente no Porto Agência no Porto em 1841 A "convenção " estabelecida com o Agente do Porto Busca de novas representações Dificuldade em encontrar Agentes capazes Novos Agentes em várias Praças Novos incentivos à abertura de Agências Amplia-se a rede de Agentes Primeiro Agente no Brasil em 1848 113 114 114 116 116 118 120 120 121 122 123 123 1.7 - Acções que revertiam para a Companhia O que eram as "Épocas da Companhia " Estipulações estatutárias acerca de Acções de Sócios falecidos A Assembleia Geral chamada a definir doutrina Uma Assembleia Geral de 1837 ordena a venda das Acções Novas reg!'as estabelecidas por uma Assembleia Geral de 1838 Venda das Acções determinada pela Assembleia Geral de 1838 Dúvidas acerca de deliberação da Assembleia Geral de Fevereiro de 1839 Cálculos para a "I."Época" Mecânica da atribuição dos lucros aos Herdeiros e aos Novos Accionistas Fecho das "2."e 3."Épocas" Cálculo para as quatro "Épocas" de 1837 Fecho das duas "Épocas" de 1838 Arrumam-se contas com Herdeiros de Accionistas falecidos Diversidade de critérios para escolher Novos Accionistas Situação das Acções de Sócios falecidos, segundo os Estatutos de 1848/49 125 126 127 127 128 130 132 133 134 135 136 138 138 140 140 1.8 - Provisões Técnicas e Gestão Financeira Separação dos Devedores Duvidosos «Provisão para recibos de cobrança duvidosa» em 1845 oProvisão para Sinistros em Curso» em 1846 Rendimento com Desconto de Letras Compra de 25 Acções do «Banco de Lisboa» "Inscrições do juro de cinco porcento " 433 143 145 145 146 147 149 Conflito de critérios valorimétricos Importantes correcções introduzidas pela Direcção de 1848 149 150 1.9 - Resultados anuais. Dividendos Dividendo exorbitante no primeiro Exercício A prosperidade mantém-se em 1837 O dividendo volta a subir em 1838 Dois anos - 1839 e 1840 - ainda de bons dividendos Dividendo a menos de metade do primeiro, em 1841 Dividendo abaixo de Rs. 205000 até 1844 Em 1845 regresso ao dividendo de Rs. 20$000 Dividendo significativo, apesar da crise, em 1846 O mais baixo dividendo, em 1847 Em 1848 atinge-se o ponto mais baixo 151 153 154 154 155 157 158 158 160 160 CAPÍTULO II DA I N C O R P O R A Ç Ã O D A FIRMEZA A SEDE D O C O R P O S A N T O (1850-1863) 165 2.1 - Seguros Marítimos 2.1.1 - P r o d u ç ã o 171 Sociedade de Amarrações de Cabresteira com Bóia O Seguro Marítimo no início da Regeneração Importância crescente dos Agentes do Ultramar Aumento do «pleno» de Marítimo para África e alguns portos do Brasil O surto de febre-amarela em Lisboa, em 1857 e o seu reflexo nos Seguros Tentativa de contrariar a degradação das tarifas: a Associação dos Seguradores Situações de guerra e os cuidados no Seguro Marítimo Prémios de seguros marítimos em bom nível em 1861 e 1862 Proibição de seguros marítimos por prazo fixo 172 173 175 177 177 179 180 181 182 2.1 - Seguros Marítimos 2.1.2-Sinistros 183 Jurisprudência sobre derrogação de cláusulas das Apólices Anos bonançosos alternam com importantes Sinistros no Seguro Marítimo Grandes dificuldades nas outras Seguradoras Sinistralidade elevada em 1858 e atenuada em 1859 Mais dois anos maus: 1860 e 1861 Sinistralidade contida em 1862 e 1863 O Seguro marítimo não subsiste quando há alteração de viagem Acordo sobre a indemnização a pagar pela Escuna «Rainha dos Açores» Sinistro fraudulento liberta '.provisão» 184 186 189 190 191 193 194 195 195 2.2 - A Primeira Associação de Seguradores em Lisboa (1858-1860) Tentativa gorada em 1853 Sugestão de se constituir uma Associação de Seguradores de Marítimo Criação de uma Assiciação das Companhias do Porto, em 1857 Finalmente, um Acordo Geral, celebrado em Maio de 1858 Objectivos da Associação' 434 197 198 200 202 205 Nomeação dos Classificadores de Navios Mais reuniões da Associação Início da vigência do Acordo Primeiras dificuldades na aplicação do Acordo Diferendocom o Tribunal de Comércio Regulamento para a Classificação dos Navios - alguns problemas Mais dificuldades com as Companhias do Porto Novo problema com o Tribunal de Comércio A «La Aseguradora», de Barcelona, denuncia o Acordo Agudizam-se as dificuldades com as Companhias do Porto A Associação de Seguradores Portugueses chega ao fim As reacções nos Relatórios da «Bonança» e da «Fidelidade» As Companhias de Lisboa procedem à «liquidação» do Acordo 206 207 209 210 211 213 215 216 217 220 223 225 227 2.3 - Seguros Terrestres 2.3.1 - Produção Importância do «bónus» do 7." ano O efeito da incorporação da «Firmeza» Avanços e recuos entre 1851 e 1853 As Agências exteriores com importância, também, nos Terrestres «Pleno» para os géneros depositados na Alfândega de Lisboa Produção em muito bom nível a encerrar o período Confronto com as principais concorrentes 229 229 230 231 232 232 233 2.3 - Seguros Terrestres 2.3.2 - Sinistros Regulação de sinistro por acordo de todas as Entidades envolvidas Preocupações com o ataque aos incêndios Ainda os melhoramentos no ataque aos incêndios Baixa sinistralidade em 1851 O sistema de gratificações às «Bombas» e Aguadeiros entra em funcionamento Continuavam os favores da Providência - na opinião dos Directores Donativos a Câmaras para aquisição de «bombas» Ainda indemnizações baixas Louvor ao Inspector do Serviço Camarário de Incêndios A modicidade das indemnizações em terra atenua o descalabro marítimo Indemnizações acima de 20 contos de réis De novo. em 1861, incêndios de pouca monta Mais incêndios vultosos em 1862 Grande incêndio da Câmara Municipal de Lisboa, em Novembro de 1863 Outros incêndios de 1863, destacados no Relatório anual Questão judicial com a Câmara Municipal de Lisboa Sinistro fraudulento 235 236 237 238 240 241 241 242 242 243 243 244 245 246 248 249 250 2.4 - Seguros d e Vida 251 2.5 - Impostos: ainda difíceis relações com o Estado • A «Fidelidade» é notificada de Décimas em dívida Requerimento para a Junta do Lançamento da Décima do Bairro do Rocio Prossegue a luta em 1851 De 1854 a 1858. quase o silêncio 435 255 256 257 258 Finalmente, terminavam as prestações anuais dos retroactivos de 1846 O regresso à discrição 258 259 2.6 - Organização Interna. Despesas Remuneração do Pessoal em 1850 Aumento do trabalho administrativo com a incorporação da «Firmeza» Destaque a dois Sócios credores do reconhecimento da «Fidelidade» Estabelecimento de regras internas de cobrança de prémios Medidas para melhorar a cobrança de prémios e captar mais Clientes Nos prémios de Seguros Terrestres, oferta do 7." ano Sempre a preocupação de "sustentar o crédito da Companhia " Enunciado das Despesas A epidemia de fcbre-amarela e as Seguradoras Remuneração do Pessoal de Escritório em 1858 Gratificação especial para os Directores, a partir de 1858 Situação das remunerações e do Quadro de Pessoal na «Bonança», em 1858 Mais donativos e novos louvores ao Pessoal Exposição dos Empregados pedindo aumento de remuneração, no final de 1860 Deliberação corrigida, logo no início de 1861 Aumento da comissão dos Recebedores por causa do bónus do 7." ano Novos vencimentos para 1863 261 261 263 264 265 267 268 270 270 271 272 272 273 274 275 276 276 2.7 - Agências Mais Agentes no Continente e no Brasil Novos desenvolvimentos no Brasil Finalmente, Agência no Rio de Janeiro Continua a aumentar a importância dos Agentes Restrições à tomada de seguros marítimos no Ultramar O Governo Brasileiro promulga Lei restritiva, em 1860 Mudanças frequentes na Agência de Pernambuco Aumento do «pleno» dos seguros marítimos a partir de Loanda A «Bonança» era avessa a ter Agências "longínquas" 279 281 282 283 284 285 286 286 287 2.8 - Acções que revertiam para a Companhia e Acções Próprias Venda de Acções de Sócios falecidos Nova venda de Acções, em 1853 Compra de Acções Próprias para amortizar Compra de mais Acções, algumas de Sócios falecidos Entrega do produto da venda de Acções a Herdeiros e recusa de um novo Sócio Amortização de sessenta Acções Prossegue a compra de Acções Próprias, com nova amortização em 1861 Nova amortização de Acções em 1862 e recusa de dois novos Sócios 289 290 291 292 293 294 294 296 2.9 - Provisões Técnicas e Gestão Financeira Ajustamentos de valor em Prémios incobráveis e em Acções do «Banco de Portugal» Prosseguimento da política de deperecimento contabilístico do Activo Valores aplicados em Títulos da Dívida Pública Receios de falta de liquidez do «Banco de Portugal» Diligências do «Banco de Portugal» para atenuar o rigor de 1852 Em 1854 e 1855 subsiste o problema do depósito no «Banco de Portugal» Acaba o regime excepcional do «Banco de Portugal», em 1857 Constituição da «Provisão» do 7.° ano gratuito 436 299 301 301 302 304 305 305 306 «Provisão para Sinistros» Criação de uma "Reserva Especial" 307 309 2.10 - Resultados anuais. Dividendos Ainda bom dividendo em 1851 Mais de 30 contos de réis como lucros distribuídos em 1852 A Crise de 1853-1858 nos Seguros Novas entradas de Capital noutras Seguradoras Anos ainda difíceis: 1857 e 1858 Nos Seguros, a crise persiste nos anos sessenta 311 312 312 314 315 315 GRAVURAS 321 ANEXOS 359 A. QUADROS ESTATÍSTICOS Companhia Companhia Companhia Companhia Companhia Fidelidade * Prémios Totais e por Ramos Fidelidade * Prémios Totais * Correntes e Base 1914 Fidelidade * Dividendos distribuídos * Correntes e Base 1914 Fidelidade * Sinistros Totais e por Ramos Fidelidade* Sinistros Totais eTx. de Sinistr. * Correntes e Base 1914 363 364 365 366 367 B. ESTATUTOS BI. ESTATUTOS DE 1835 B2. ESTATUTOS REFORMADOS, DE 1848 369 379 C. RELAÇÃO DOS ACCIONISTAS FUNDADORES 391 D. RELAÇÃO DE DIRECTORES E MEMBROS DA COMISSÃO FISCAL 401 E. GLOSSÁRIO ELEMENTAR DE TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS 407 F. FONTES E BIBLIOGRAFIA 421 437