O Mundo [email protected] O ESTADO DO MARANHÃO - SÃO LUÍS, 22 de março de 2014 - sábado O líder sírio, Bashar Al-Assad, realizou ontem junto com sua esposa, Asma, uma rara aparição pública, por ocasião do Dia do Professor na Síria, segundo publicam os meios de comunicação oficiais. Após Senado ratificar, Putin assina anexação da Crimeia à Rússia Tratado assinado pelo presidente russo foi ratificado pelo Parlamento de forma unânime; ação desafia a comunidade internacional, que não reconhece integração M OSCOU - O presidente russo, Vladimir Putin, assinou ontem a lei que ratifica o tratado assinado por ele e pelas lideranças da Crimeia nesta semana, tornando a região autônoma no Mar Negro e a cidade de Sebastopol oficialmente parte da Rússia. A cerimônia foi realizada no Kremlin e transmitida ao vivo pela televisão russa. A assinatura, realizada após as duas câmaras do Parlamento russo ratificarem o tratado de adesão, desafia o Ocidente, que não reconhece a incorporação da Crimeia e diz que ela ainda é parte da Ucrânia. Ação desafia a comunidade internacional, que não reconhece integração. Mais cedo, ontem, o Conselho da Federação (Câmara Alta do Parlamento russo) ratificou o tratado de incorporação da Crimeia à Rússia, um dia depois da Câmara Baixa. Os senadores aprovaram de forma unânime este texto assinado na terça-feira (18) pelo presidente Vladimir Putin e os líderes da Crimeia e Sebastopol, através do qual é anexada à Rússia esta região que estava desde 1954 sob a jurisdição da Ucrânia. "Não somos testemunhas, somos os atores dos eventos históricos ocorridos nos últimos dias e cumprimos com nossa missão histórica com dignidade, com sentido de responsabilidade e patriotismo", declarou Valentina Matvienko, presidente do Conselho da Federação, ao fim da votação. A ratificação do tratado por parte das duas câmaras do Parlamento era uma simples formalidade. O Kremlin havia indicado na terça que o texto entrava em vigor imediatamente após sua assinatura por parte de Putin. Na quinta-feira (20), a Duma (câmara baixa do parlamento russo) ratificou o acordo por meio do qual a Crimeia e a cidade de Sebastopol foram anexadas à Rússia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta quinta que as in- RIA-Novosti, Alexei Druzhinin, Presidential Press Service/AP “ Quando se utilizam termos como anexação, considero que se ofende os cidadãos crimeanos e seu direito de expressar sua vontade" Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo O presidente Vladimir Putin fala sobre o tratado de adesão da Crimeia corporações da Crimeia e do porto de Sebastopol à Federação Russa serão formalizadas juridicamente esta semana. "O processo jurídico será terminado esta semana", disse o chanceler russo em reunião com delegados do Ministério das Relações Exteriores nas entidades da Federação Russa, segundo as agências locais. Uma vez que sejam terminados os trâmites no Legislativo, Putin poderá promulgar as leis, o último passo para completar o procedimento jurídico. O projeto de lei constitucional, que determina que a Crimeia e Sebastopol são parte da Rússia desde 18 de março, o dia da assinatura do tratado, foi apresentado ontem aos deputados por Lavrov. Militares - Segundo as autoridades da Crimeia, república autônoma ucraniana que na terça-feira assinou um tratado de incorporação à Rússia, 72 unidades militares da Ucrânia instaladas na península passaram para o con- trole e içaram a bandeira russa. Entre as unidades ucranianas que passaram para jurisdição da Rússia estão seis navios de guerra e 25 embarcações de apoio, indicaram fontes do governo crimeano à agência russa "Interfax". Segundo as autoridades da Crimeia, em todas as unidades foram realizadas cerimônias nas quais se içou a bandeira da Rússia e se entoou o hino nacional russo. Os oficiais destas unidades, acrescentou o governo local, decidiram continuar seu serviço nas forças armadas da Rússia. Putin ordenou quinta-feira o reconhecimento de militares e a formação acadêmica dos oficiais ucranianos que desejem servir nas forças armadas e outras instituições russas. "Isto dará a possibilidade de se incorporarem ao serviço, pelo menos por contrato, até quando sejam resolvidas outras formalidades, incluídas a obtenção da cidadania", disse Putin após mostrar sua assinatura na resolução. UE assina acordo com a Ucrânia BRUXELAS - Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) assinaram ontem com o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, os capítulos políticos do acordo de associação que foi oferecido ao governo anterior de Kiev, cuja rejeição em novembro do ano passado desencadeou os protestos no país. "A assinatura da parte política do acordo UE-Ucrânia simboliza a importância que damos às relações e que seguiremos em frente", disse o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. Esse apoio político à Ucrânia se junta à ajuda econômica de 1 bilhão de euros que a Comissão Europeia (CE) propôs e que consistirá de empréstimos a médio prazo para ajudar o país. Franceses ajudarão na busca por aeronave da Malásia que desapareceu Equipe trabalhou na localização dos destroços do avião da empresa Air France MALÁSIA - Membros da equipe francesa que localizou os destroços do voo da Air France irão ajudar nas buscas pelo avião da Malaysia Airlines que desapareceu no dia 8 de março, afirmou ontem o ministro interino dos Transportes malaio, Hishamuddin Hussein. O AF 447 caiu no oceano Atlântico quando viajava do Rio de Janeiro a Paris, em 2009. "Eles concordaram em nos ajudar com sua experiência e conhecimento consideráveis", afirmou Hussein. O anúncio de um acordo com o governo francês é o mais novo desdobramento das buscas pelo voo MH370, que já mobilizam pelo menos 26 países. O avião malaio ia de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim, na China, mas sumiu dos radares cerca de 40 minutos após o início do voo. Na manhã de ontem, o governo da Malásia informou que as buscas continuam sendo realizadas nos chamados corredores norte e sul. Foi próximo ao corredor sul que o governo da Austrália encontrou evidências de possíveis destroços do avião, com base em imagens de satélite -- a cerca de 2.500 km de Perth, na costa oeste australiana. O voo AF 447 caiu no Atlântico no dia 1º de junho de 2009, matando 228 pessoas. As equipes de resgate demoraram cinco dias para encontrar os primeiros corpos, mas as caixas-pretas só foram localizadas em 2011, quase dois anos depois do acidente. Também ontem, o governo australiano informou que as equipes de buscas não localizaram ainda os supostos destroços. O vicepremiê australiano, Warren Truss, disse que os objetos podem ter afundado. "Algo que estava flutuando no mar há tanto tempo pode não estar mais flutuando", disse ele a repórteres em Perth. "Podem ter ido para o fundo", completou. As imagens de satélite que apontaram os dois objetos eram do último domingo (16), mas foram divulgadas apenas na quinta-feira (20). A China, país de origem de 153 passageiros do voo MH370, enviou três navios militares para auxiliar nas buscas na região apontada pela Austrália. Participam ainda do esforço jatos e navios de EUA, Reino Unido, Nova Zelândia Desespero Os familiares das 239 pessoas a bordo do avião da Malaysia Airlines estão cada vez mais desesperados com a falta de respostas sobre o voo MH 370, desaparecido há duas semanas. Na quinta-feira, as autoridades australianas iniciaram as buscas por objetos vistos no Oceano Índico em imagens de satélite que poderiam estar ligados ao desaparecimento da aeronave. Porém, após dias de mensagens confusas, muitos receberam a notícia com descrença. A incerteza sobre o que aconteceu permanece, e as autoridades da Malásia continuam em constante contato com os familiares. e Noruega. O governo da Malásia informou ainda que solicitou mais recursos aos Estados Unidos prinicipalmente aviões de reabastecimento, para fazer com que as aeronaves que atuam na busca do voo fiquem mais tempo no ar. A zona em que a operação está concentrada é remota e alvo de fortes correntezas e mau tempo, o que compromete as chances de sucesso. Sem novidades - A equipe internacional que busca o avião da Malaysia Airlines no sul do oceano Índico terminou ontem sem novidades, e o vice-premiê da Austrália disse que supostos destroços avistados por satélite durante a semana podem ter afundado. Aviões e navios também retomaram as buscas no mar de Andaman, entre a Índia e a Tailândia, em áreas que já foram exaustivamente vasculhadas desde que o Boeing-777 desapareceu há quase duas semanas, na rota Kuala Lumpu entre Pequim, com 239 pessoas a bordo. Nenhuma peça do avião foi comprovadamente encontrada até agora, mas dois objetos que flutuavam numa remota área do sul do Índico foram consideradas uma pista factível pelo governo da Malásia, levando a uma frenética busca desde quinta-feira (20). Mas ontem as autoridades australianas disseram que a primeira aeronave a fazer busca na zona marítima onde os objetos foram avistados, cerca de 2.500 quilômetros a sudoeste de Perth, já estava voltando para a base sem nenhuma novidade.