ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DESPORTO
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
D E S PE RTA R PA R A A
D E S C OBE RTA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Responsáveis
Data
Ricardo Jorge Marques Sampaio Padrão
Fevereiro 2011
Refª
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Animação Sociocultural
1
Despertar para a Descoberta
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Instituto Politécnico da Guarda
Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
Relatório de Estágio em Animação Sociocultural
Câmara Municipal da Trofa
Ricardo Jorge Marques Sampaio Padrão
Fevereiro de 2011
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Ficha Técnica
Estagiário: Ricardo Jorge Marques Sampaio Padrão
Número de aluno: 5006587
Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda
Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
Obtenção de licenciatura: Animação Sociocultural
Docente orientador: Professor Victor Amaral
Organização: Câmara Municipal da Trofa – Sector de Desporto
Morada: Rua das Indústrias, 393 Apartado 65, 4786-909 Trofa
Tutor de estágio: Professora Filipa Gabriela Bezerra
Início do estágio: 1 de Setembro de 2010
Termo do estágio: 1 de Dezembro de 2010
Duração: Três meses
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Agradecimentos
Chegar até ao cimo da montanha e contemplar o imenso vazio do cume pode ser
gratificante. Mas nada é superior à árdua caminhada desde o baixo terreno e às dificuldades
percorridas nessa viagem, para superar os percalços da subida.
Esta podia ser uma frase retirada de um qualquer livro ou referência de um outro
qualquer autor, mas não, achei pertinente escrevê-la para elucidar todo o caminho até aqui
percorrido. Só foi possível percorrê-lo, com a presença de pessoas, que muito ou pouco e de
forma directa ou indirecta, me ajudaram na construção deste para que conseguisse alcançar
aquele que seria o meu principal objectivo, oferecendo compreensão, amizade, alegria e
conselhos, tornando mais agradável a minha caminhada.
Primeiramente, os meus agradecimentos recaem sobre o Instituto Politécnico da
Guarda, concretamente à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, que me
acolheu durante o percurso académico que agora estou prestes a concluir.
Ao meu orientador de estágio, pela compreensão, pelos comentários e sugestões na
elaboração deste relatório.
Ao Vereador da Câmara Municipal da Trofa, Assis Serra Neves, por ter permitido a
realização do meu estágio nesta instituição. Ao Sector de Desporto e Juventude, por me ter
acolhido e encaminhado para as diferentes instituições onde estagiei. À minha tutora por me
ter acompanhado e pela ajuda prestada ao longo do estágio.
Aos responsáveis e funcionários das instituições onde estagiei, que me auxiliaram na
execução das minhas tarefas.
A todos os professores que fizeram parte do meu percurso e me transmitiram os seus
conhecimentos tão preciosos para superar os obstáculos encontrados ao longo da vida.
A todos os meus colegas e amigos, um obrigado pela companhia e disponibilidade.
À minha namorada, que sempre esteve presente em todos os momentos, pelo seu
apoio, compreensão e carinho demonstrado.
Por fim, e não menos importante, agradeço aos melhores Pais do mundo, ou seja, aos
meus, por tudo o que me ensinaram, pelos valores transmitidos, pelo amor, pelo apoio
incondicional, no fundo por tudo o que sou hoje.
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Índice geral
Introdução ................................................................................................................................... 8
I- Enquadramento teórico: a Animação Sociocultural ............................................................. 10
1.1. Território, comunidade e cultura na prática da Animação Sociocultural .......................... 11
1.2. O papel do Animador Sociocultural .................................................................................. 13
1.3. Âmbitos da Animação Sociocultural ................................................................................. 14
1.3.1. A Animação Sociocultural na vertente de animação infantil ......................................... 15
1.3.2. A Animação Sociocultural na terceira idade .................................................................. 16
1.3.3. A Animação desportiva .................................................................................................. 18
1.3.4. A Animação Sociocultural e os tempos livres ................................................................ 20
1.3.5. A Animação Sociocultural nas autarquias ...................................................................... 22
1.3.6. A Animação urbana ........................................................................................................ 23
II – Contextualização do meio .................................................................................................. 25
2.1. Breve história do concelho da Trofa.................................................................................. 26
2.2. Caracterização geográfica e demográfica do Concelho .................................................... 27
2.3. Caracterização sumária da Câmara Municipal da Trofa ................................................... 28
2.4. Caracterização das instituições .......................................................................................... 32
III – O Estágio .......................................................................................................................... 35
3.1. Objectivos .......................................................................................................................... 36
3.2. Intervenção por sector e contexto institucional ................................................................. 38
3.2.1. Actividades desenvolvidas na Câmara Municipal da Trofa ........................................... 38
3.2.2. Actividades desenvolvidas no Muro de Abrigo ............................................................. 40
3.2.3. Propostas......................................................................................................................... 51
3.2.4. Actividades desenvolvidas no Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado – Lar
Padre Joaquim Ribeiro ............................................................................................................. 52
3.2.5. Propostas......................................................................................................................... 61
3.2.6. Actividades desenvolvidas na Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa ...... 61
3.2.7. Actividades desenvolvidas na Escola Básica de Bairros ................................................ 70
3.2.8. Actividades desenvolvidas na Escola Básica de Finzes ................................................. 71
Reflexão final ........................................................................................................................... 73
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Bibliografia ............................................................................................................................... 74
Bibliografia Principal ............................................................................................................... 74
Bibliografia Secundária ............................................................................................................ 75
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Índice de Imagens
Figura 1 - Freguesias do concelho da Trofa ............................................................................. 27
Figura 2 - Localização geográfica do concelho da Trofa ......................................................... 27
Figura 3 - Pólo II da Câmara Municipal da Trofa ................................................................... 28
Figura 4 – Pólo I da Câmara Municipal da Trofa .................................................................... 28
Figura 5 - Futuro local para a construção do Paços do Concelho ............................................ 29
Figura 6 - Organograma da Câmara Municipal da Trofa ........................................................ 30
Figura 7 - Zona de computadores ............................................................................................ 32
Figura 8 - Sala de espera e de pequenas reuniões .................................................................... 32
Figura 9 - Gabinete do chefe de divisão do Desporto e Juventude ......................................... 32
Figura 10 - Material utilizado: alvo e as respectivas bolas ...................................................... 45
Figura 11 - Dvd do filme “O Pai Tirano”. ............................................................................... 46
Figura 12 - Grupo participante na actividade .......................................................................... 47
Figura 13 - Cartões com profissões ilustradas ......................................................................... 47
Figura 14 - Alguns dos utentes na elaboração dos postais de Natal ........................................ 50
Figura 15 - Alguns dos utentes e dos trabalhos realizados ...................................................... 50
Figura 16 - Alguns dos trabalhos efectuados ........................................................................... 54
Figura 17 - Grupo de trabalho ................................................................................................. 58
Figura 18 - Alguns trabalhos terminados ................................................................................ 58
Figura 19 - Flores elaboradas pelos utentes ............................................................................. 63
Figura 20 - Grupo a realizar a actividade ................................................................................ 63
Figura 21 - Decorrer da actividade .......................................................................................... 65
Figura 22 - Objectos do exercício ............................................................................................ 65
Figura 23 - Algumas das letras do abecedário coloridas pelos utentes ................................... 65
Índice de Gráficos
Gráfico 1 – Evolução e previsão da população idosa e jovem em Portugal, em % ................. 16
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Despertar para a Descoberta
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Introdução
Vivemos numa sociedade que se encontra em constante transformação devido a acções
realizadas por vários agentes, entre eles sociais, culturais e económicos.
Esta transformação impulsiona-nos para uma nova era, onde somos constantemente
confrontados com acontecimentos, cada vez mais complexos, que se criam e desenvolvem
entre o ser humano e a sociedade. Perante isto, e sem darmos conta, a Animação Sociocultural
adquire um protagonismo sem precedentes, onde é possível constatar nos dias de hoje
inúmeras associações e organizações que realizam tarefas de animação, onde a criatividade e
a participação estão patentes. Apesar disso, a Animação Sociocultural, é mais do que as suas
tarefas, esta implica uma filosofia de vida, uma concepção de ser humano e de sociedade e, ao
mesmo tempo, uma forma de fazer e de viver caracterizada por um projecto de pessoa e de
sociedade na qual cada indivíduo constrói o seu próprio objectivo, com os outros, no contexto
do desenvolvimento da sua comunidade. A Animação Sociocultural assume uma acção
comunitária que tem por propósito principal a promoção nas pessoas e nos grupos de uma
atitude de participação activa no processo do seu próprio desenvolvimento. Este obriga a ter
em conta, não a realidade que existe, mas aquela que os cidadãos desejam que exista.
A Animação Sociocultural tem vindo a adquirir cada vez mais vertentes, todas interrelacionadas. Ao longo do estágio que desenvolvi, pude aplicar algumas dessas vertentes (a
Animação na terceira idade, a Animação infantil, a Animação desportiva, a Animação e os
tempos livres, a Animação nas autarquias e a Animação urbana) ao meio onde me encontrava.
O presente relatório foi elaborado aquando a realização de um estágio curricular, na
Câmara Municipal da Trofa – Sector de Desporto e Juventude, durante três meses, cujo
objectivo se incidiu essencialmente em colocar em prática tudo o que aprendi ao longo do
meu percurso académico, através da realização de algumas actividades, cuja caracterização se
encontra no Plano de Estágio presente no anexo I. Tal como se pode constatar neste plano, o
meu estágio abrangeu diversas faixas etárias em diferentes instituições, o que me levou a
abordar diferentes temas que foram pertinentes para a elaboração do relatório, fazendo com
que este fosse mais extenso do que o permitido no regulamento de estágio.
Este trabalho tem como título “Despertar para a Descoberta”, uma vez que a realização
deste estágio, foi uma pequena janela que se abriu para que pudesse, de certo modo, despertar
e estar em contacto com a população, agindo sobre esta. Para além disso o Animador, na
maioria das vezes, não tem conhecimento das características de um determinado território ou
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de uma comunidade onde irá actuar, tendo por isso, de partir à descoberta dos traços
principais destes, para que assim possa desenvolver as suas potencialidades.
Este trabalho encontra-se estruturado em três capítulos. O primeiro, de carácter
introdutório, permite enquadrar e contextualizar a área onde a temática se incidiu,
relacionando a Animação Sociocultural com alguns dos seus âmbitos, bem como realçar o
papel do Animador Sociocultural na sociedade. No segundo capítulo é feita a
contextualização do meio onde realizei o estágio, bem como a instituição que me acolheu. Em
apêndice encontram-se informações pormenorizadas de outras instituições onde realizei
algumas actividades. Esta contextualização é importante, uma vez que é essencial para o
Animador conhecer as características do meio onde vai intervir, bem como o tipo de
população que nele está inserida.
No terceiro capítulo, são enunciados os objectivos estabelecidos para a realização
deste estágio, bem como para cada uma das instituições onde coloquei em prática os meus
conhecimentos. Neste encontram-se também descritas as actividades desenvolvidas, nas
diferentes instituições. Esta descrição é complementada com os planos de todas as
actividades, que se encontram nos apêndices. A alguns destes planos foi dado o nome de
“Seniores em Movimento”, uma vez que parte da população com quem trabalhei era idosa e,
dado que este tipo de população tem tendência a viver no sedentarismo, tentei proporcionar
em todas as actividades a execução de movimentos por parte desta.
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Capítulo I
Enquadramento teórico: a Animação Sociocultural
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I- Enquadramento teórico: a Animação Sociocultural
Ao longo destes últimos anos de estudo, verifiquei que existem diversas definições
sobre Animação Sociocultural, tornando-se assim difícil centrar todas elas numa só frase, e
por isso na minha opinião é impossível defini-la. Esta variedade conceptual joga com a
diferente ênfase que é colocada através de uma tríade composta por três termos, Animação +
Sócio + Cultural, associado a noções e aos sentidos de animar, de sociedade e de cultura.
Assim, julgo que esta variedade conceptual é representativa da complexidade e da riqueza do
termo de Animação Sociocultural, por isso concordo com Melo (1980: 4) quando afirma que
odeia as definições. São tentativas de meter em frasquinhos conceituais a torrente imparável
da vida, de paralisar no retrato uma realidade que é história, que é movimento, uma vez que a
Animação Sociocultural é na sua essência, vida e acção, pelo que se torna difícil expressar
este constante movimento através de um discurso escrito. Mais uma vez, e através de Garcia
(1976) cit. por Lopes (2008: 143), é possível constatar o que foi mencionado anteriormente,
isto é, falar de Animação Sociocultural através da escrita, constitui uma tarefa cheia de
perigos. Como transmitir, através de um texto, aquilo que é movimento, por definição? Como
testemunhar uma realidade através dum discurso teorizado, mesmo que este se queira
enraizado na prática?
A Animação Sociocultural, na minha opinião e, acrescentando às inúmeras definições
já existentes, é uma estratégia de intervenção que pretende transformar uma comunidade e
tem como finalidade promover a participação e dinamização social dos indivíduos na gestão e
direcção dos seus próprios recursos. Esta é um instrumento decisivo para um
desenvolvimento multidisciplinar integrado (social, económico, cultural, educacional, entre
outros) dos indivíduos e dos grupos.
No fundo, a Animação Sociocultural é uma maneira de olhar, de ver as coisas, de estar
atento, de tentar trabalhar, muito mais do que uma finalidade.
1.1.
Território, comunidade e cultura na prática da Animação
Sociocultural
A Animação Sociocultural para ser bem sucedida terá de ter em conta o território, a
comunidade, a sua cultura onde irá actuar para que seja mais fácil implementar o que se
pretende atingir. É necessário que seja realizada uma análise prévia partindo da base para o
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topo. Sendo assim, o território tem uma grande importância para a realização de um trabalho
social, porque neste existem uma série de realidades que determinam, em parte, e em
determinados casos em grande parte, as condições de vida e de trabalho da comunidade. Um
território, assim entendido, constitui um espaço, seja ele rural ou urbano, mas sempre um
espaço humanizado que importa conhecer, estudar, registar, como forma de potenciar a
vivência da interacção humana. Recorrendo às palavras de Marco Marchioni (1997) citado em
Lopes (2008: 373), o território é uma entidade física e social, não somente urbanística na qual
vêm a encontrar-se e às vezes confrontar-se as contradições, conflitos, relações sociais, e, ao
mesmo tempo, nele actuam as instituições e a população. No território vive e trabalha a
população, a gente. Eles vivem entre estas contradições e relações, vivem aqueles problemas e
podem também actuar para solucioná-los: a nível individual, de grupo, espontaneamente, de
maneira organizada, como forças sociais, políticas, sindicais… O território, portanto, deixa de
ser uma dimensão urbanística e adquire uma nova espessura, algo corpóreo, físico e real.
As festividades e rituais, os jogos populares e/ou tradicionais, a gastronomia
tradicional e/ou de base tradicional, entre outros, permitem actualmente o surgimento de
actividades culturais, cuja implicação em termos territoriais é extremamente importante,
permitindo e incentivando o conhecimento do território como um todo – lugar, gente,
vivências e mundividências. Os territórios deixam de ser meros locais de passagem para
serem entendidos como lugares de retorno e de conhecimento.
Sendo a Animação uma estratégia que quando incide no território, nunca acaba,
adaptando-se em cada momento, às diferentes conjunturas, deve ter sempre disponibilidade e
flexibilidade suficientes para criar condições de desenvolvimento, utilizando estratégias
específicas de modo a transformar as desvantagens do território em vantagens.
A Animação pressupõe diagnosticar, compreender e agir de modo estruturado e eficaz
sobre o território como um todo – do espaço às pessoas e às instituições. Tem como fim
último integrar, desenvolver e atenuar assimetrias modificando as estruturas locais de cariz
económico mas também não económico, o que pode implicar simultaneamente a destruição de
estruturas e práticas ancestrais e ultrapassadas e a construção de novas formas de capacitação
para a acção e solidariedades sociais.
Estes objectivos, contudo, só podem ser atingidos com a cooperação da comunidade
como um todo, integrando de modo coerente um amplo conjunto de factos e fenómenos da
realidade, tal como diz Ware (1986) cit. por Lopes (2008: 373) a comunidade é mais que uma
localidade: é uma aglomeração de pessoas relacionadas entre si que contam com recursos
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físicos, pessoas, de conhecimento, de vontade, de instituições, de tradições, etc. É como uma
totalidade orgânica que se desenvolve eternamente.
Uma comunidade deve ter como referência um conjunto de pessoas que habitam no
mesmo território, com certos laços e certos interesses em comum, ligados sempre pela
dimensão educativa e pela pertença a um mesmo sistema cultural.
Outro aspecto a ter em conta é a cultura que não é mais do que conjunto de traços
distintivos espirituais, materiais, intelectuais e afectivos que caracterizam uma sociedade e um
grupo social. Ela engloba, além das artes e das letras, os modos de vida, os direitos
fundamentais do ser humano, os sistemas de valores, as tradições e as crenças. Cada cultura
representa um conjunto de valores único e insubstituível, a sua identidade, já que as tradições
e as formas de expressão de cada povo constituem a sua maneira mais acabada de estar
presente no mundo. Esta identidade cultural é uma riqueza que dinamiza as possibilidades de
realização da espécie humana ao mobilizar cada povo e cada grupo a nutrir-se do seu passado
e a colher as contribuições externas compatíveis com a sua especificidade e continuar, assim,
o processo de sua própria criação. Todas as culturas fazem parte do património comum da
humanidade e a educação é o meio por excelência para transmitir os valores culturais
nacionais e universais, e deve procurar a assimilação dos conhecimentos científicos e técnicos
sem detrimento das capacidades e valores dos povos.
1.2.
O papel do Animador Sociocultural
Para que as práticas da Animação Sociocultural sejam bem sucedidas, terá de existir
um profissional que tenha formação específica na área e que intervenha nesta.
Um Animador Sociocultural é aquele que realiza tarefas e actividades de animação,
que é capaz de estimular os outros para uma determinada acção. O Animador Sociocultural é
todo aquele que, sendo possuidor de uma formação adequada, é capaz de elaborar e/ou
executar um plano de intervenção, numa comunidade, instituição ou organismo, utilizando
técnicas culturais, sociais, educativas, desportivas, recreativas e lúdicas (ANASC, 1999 in
Lopes (2008: 526-528). Este actua como catalisador da sua vontade, ou de terceiros, junto de
um grupo ou de uma pessoa. O Animador não pode ser um homem só, ele trabalha em e para
o grupo. Este é um mediador, um intermediário, um provocador, um gestor, um companheiro
e um agente de ligação, entre um objectivo e um grupo – alvo. Segundo a Equipa Nacional de
Animadores do FAOJ, de 1977, citada em Lopes (2008: 526-528), o animador é o «agente
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Animação Sociocultural
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directo» da Animação, sendo o seu trabalho norteado no sentido da consciencialização
participante
e
criadora
das
populações,
estimulando
as
pessoas
e
grupos,
a
autodesenvolverem-se, activando todas as suas faculdades criativas e intelectuais no sentido
da resolução de todos os seus problemas reais e colectivos. Assim ao animador compete criar
movimento, vida e actividades. É necessário que apresente propostas e sugestões, que seduza,
que imagine, que desperte, que suscite e que influencie, sem exercer qualquer tipo de
obrigação ou criar um sentimento de obrigatoriedade. O animador deve ser vivo, activo,
comunicador, encorajante e destemido, entusiasta e optimista. Todas estas características, e
outras, podem ser utilizadas nos diferentes âmbitos da Animação Sociocultural.
1.3.
Âmbitos da Animação Sociocultural
Falar em âmbitos de Animação Sociocultural significa ter presente a perspectiva
tridimensional respeitante às suas estratégias de intervenção (Lopes, 2008: 315):

dimensão etária: infantil, juvenil, adultos e terceira idade;

espaço de intervenção: animação urbana, animação rural;

pluralidades de âmbitos ligados a sectores de áreas temáticas, como sejam: a
educação, o teatro, os tempos livres, a saúde, o ambiente, a autarquia, o turismo, a
comunidade, o comércio, o desporto, o trabalho, entre outros.
Todos estes âmbitos implicam o recurso a um vasto conjunto de termos compostos,
para designar as suas múltiplas actualizações e formas concretas de actuação. Ao longo do
meu trabalho realizado em contexto de estágio, no que diz respeito à dimensão etária, executei
actividades com todas as faixas etárias, apesar disso houve uma maior predominância com o
público infantil e com a terceira idade, onde as actividades se relacionam com as seguintes
áreas temáticas: Animação infantil, a Animação na terceira idade, a Animação desportiva, a
Animação de tempos livres e a Animação na autarquia. Estas áreas temáticas foram colocadas
em prática em instituições pertencentes ao concelho da Trofa.
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Animação Sociocultural
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1.3.1. A Animação Sociocultural na vertente de animação infantil
A Animação Sociocultural estende-se a diferentes âmbitos que emergem da relação de
determinadas áreas assentes em técnicas que devem possuir um núcleo base de dimensão
social, cultural, educativa. Tanto no trabalho social como na prática educativa, recorre-se à
Animação como motivação.
Assim, torna-se essencial abordar a Animação socioeducativa numa das suas
principais formas de actuação – a animação infantil. A Animação infantil existe na tríade
educacional Formal – Não Formal – Informal, porque constante e inconscientemente estamos
sempre a aprender. A educação formal remete-nos para a existência de um currículo, é uma
actividade organizada e sistemática que acontece em instituições educativas formais (escolas,
universidades); a educação não-formal é toda a actividade organizada, sistemática, que
acontece fora do sistema formal; a educação informal é um processo educativo não
organizado que decorre ao longo da vida da pessoa proveniente das influências educativas da
vida diária e do meio ambiente. Segundo Lopes (2008: 315), o desenvolvimento da Animação
infantil surgiu com o Portugal democrático, ganhando expressão como forma de Animação
socioeducativa. Teve como objectivo central complementar as funções atribuídas
tradicionalmente à escola, pela via da Educação Não Formal.
No fundo, a Animação infantil é essencialmente Educar através de actividades lúdicas,
recorrendo à criatividade, participação, envolvência e satisfação da criança.
No que diz respeito à Animação no campo da educação, destaca-se o carácter
voluntário dos participantes e o ambiente recreativo em que se desenvolvem as actividades,
que por sua vez complementam os processos educativos para a adaptação e integração social,
ao mesmo tempo que propiciam condições mais favoráveis para as actividades produtivas ou
de aprendizagem escolar. A Animação socioeducativa não é exclusivamente pertencente às
instituições escolares, pertencendo também a múltiplas instituições públicas e privadas.
Destacam-se os princípios da criatividade, componente lúdica, actividade, socialização,
liberdade e participação.
A Animação infantil através da sua acção educativa pretende promover, encorajar,
despertar inquietações, motivar para a acção, desabrochar potencialidades latentes nos
indivíduos, grupos e comunidades. Segundo Pereira et al (2008) citado em Canto (s/d: 5), a
Animação socioeducativa assenta a sua estratégia na promoção de uma educação em contexto
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Animação Sociocultural
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não formal e tende a uma educação global e permanente de carácter lúdica, criativa e
participativa.
1.3.2. A Animação Sociocultural na terceira idade
Um dos aspectos sociais mais importantes dos últimos tempos é o envelhecimento da
população. Este tem vindo a aumentar, como se pode constatar no gráfico 1, e,
consequentemente, tem vindo a crescer a necessidade de se programarem acções relacionadas
com a Animação Sociocultural para a terceira idade.
Gráfico 1 – Evolução e previsão da população idosa e jovem em Portugal, em %.
(JACOB, 2007: 15)
O envelhecimento da sociedade portuguesa é comprovado, quer pelo considerável
aumento de lares públicos e privados para idosos que se verificou na última década, quer pelo
incremento de acções formativas, de carácter técnico profissional e até superior, no âmbito da
Animação Sociocultural para a terceira idade. A Animação na terceira idade visa auxiliar os
idosos a programar a evolução natural do seu envelhecimento, a promover-lhes novos
interesses e novas actividades, que conduzam à manutenção da sua vitalidade física e mental,
de perspectivar a Animação do seu tempo, que é, predominantemente, livre. Segundo Elizasu
(2001: 13), através da noção da Animação Sociocultural no âmbito da terceira idade, a
aparição da Animação Sociocultural no campo da terceira idade surge em resposta a uma
ausência ou diminuição da sua actividade e das suas relações sociais. Para preencher esse
vazio, a Animação Sociocultural trata de favorecer a emergência de uma vida centrada à volta
do indivíduo ou do grupo. A Animação Sociocultural concebe a ideia de progresso das
pessoas idosas através da sua integração e participação voluntária em tarefas colectivas nas
quais a cultura joga um papel estimulante. Entre as finalidades e os objectivos de animação
podem destacar-se os seguintes: promover o bem-estar individual, de grupo e comunitário das
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Animação Sociocultural
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pessoas idosas; melhorar a sua qualidade de vida e de saúde integral; fornecer os meios para
que continuem a viver muitos anos repletos de vida, de ilusão, sentido, dignidade e felicidade;
potenciar e desenvolver capacidades, habilidades e destreza das pessoas; motivá-las para que
continuem activas, participativas, solidárias, críticas e úteis no meio social (Limón
Mendizabal, M. R. (2004) cit. por Pereira et al 2008: 211).
Uma das funções chave da Animação Sociocultural consiste no facto de as pessoas e
os colectivos se transformarem em agentes e protagonistas do seu próprio desenvolvimento. O
que, particularmente, interessa nos processos de animação é gerar processos de participação,
criando espaços para a comunicação dos grupos e das pessoas, tendo em vista estimular os
diferentes colectivos a empreenderem processos de desenvolvimento social (resposta às suas
necessidades num espaço, tempo, situações determinadas) e cultural (construindo a sua
própria identidade colectiva, criando e participando nos diferentes projectos e actividades
culturais).
No caso concreto da terceira idade, encontramo-nos perante um colectivo que tem
características muito específicas: idade, aposentação e que, portanto, está liberto de um
trabalho determinado de forma sistemática; diferentes situações de convivência (em casal,
viuvez, solidão…); situações de saúde geral e condições físicas muito diferenciadas; contexto
residencial de acordo com situações particulares (em habitação própria, com familiares, em
instituições especificas: lares da terceira idade, centros de dia); uma maior disponibilidade dos
tempos livres, etc. A velhice, para a maioria das pessoas, é vista como a etapa da aposentação
voltada para o passado e sujeito passivo de um descanso obrigatório e de um tempo de ócio
imposto pela situação. As pessoas na terceira idade não podem ser vistas como pessoas em
descida na linha da vida, mas sim encaradas como indivíduos com uma experiência de vida e
sabedoria, capazes de transmitir os saberes e vivências pessoais e sociais; com capacidades de
aprendizagem educativas, culturais, físicas e sociais, tendo como principal característica a
motivação para a aprendizagem e pela melhoria da qualidade de vida, a nível social, afectivo,
educativo e físico-motor.
Por tudo isto, os programas de Animação Sociocultural devem ser muito diferentes e
adaptados às situações do grupo e respectivas necessidades. Com um carácter geral, podem
estabelecer-se como objectivos gerais os seguintes: possibilitar a esse colectivo a realização
pessoal, a compreensão do meio circundante e a participação na vida comunitária; conseguir
uma maior integração na sociedade a fim de que se oiça e dê valor à sua voz e se tenham em
conta as suas opiniões; estimular a educação e a formação permanente; oferecer a
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possibilidade de desfrutar da cultura; estabelecer as bases para que os conhecimentos sejam
partilhados de maneira flexível, enriquecedora e amena; desenvolver atitudes críticas perante
a vida, mediante a animação de grupos de reflexão e debate: possibilitar a abertura a outros
grupos etários; propiciar e criar atitudes e meios para gozar a vida plenamente (Garcia, 1992
cit. por Trilla, 2004: 256-257).
O Animador Sociocultural pode ter um papel bastante importante, pois pode ajudar as
pessoas adultas a planificarem as estratégias para o envelhecimento, pode promover novos
interesses e novas actividades, estimular e treinar a vitalidade física e mental e ocupar,
utilmente, os grandes tempos livres disponíveis. Os objectivos do Animador para com a
população da terceira idade são, promover o bem-estar pessoal, de grupo e comunitário das
pessoas idosas; melhorar a sua qualidade de vida e de saúde integral (física, mental, e social);
favorecer para um envelhecimento “normal” frente a um envelhecimento “patológico”;
promover o ânimo para que se esforcem e continuem a ser cidadãos com todos os seus
direitos e, principalmente, pessoas; aproveitar o seu nível cultural, experiencial e humano em
relação à sua participação e presença nas instituições democráticas e na dinâmica social.
Com isto, o envelhecimento não tem de se caracterizar pela perda e a deterioração
intelectual, nestas idades o importante é proporcionar experiências de aprendizagem às
pessoas idosas e manter um ambiente rico e estimulante.
A Animação na terceira idade é muito importante, quer no aspecto social, quer
humano, ao nível da atenção, disponibilidade e carinho, sendo fundamental uma afinidade e
cumplicidade entre o grupo e o Animador. Este constitui, assim, um recurso importante para
impulsionar um trabalho sustentável ao nível quantitativo e qualitativo, proporcionando o
desenvolvimento para uma Animação adequada a todos os níveis: social, cultural, desportivo
e educativo.
1.3.3. A Animação desportiva
A Animação desportiva é o resultado da vinculação entre a actividade e recreação
desportiva com as técnicas da animação, uma vez que estas se apoiam em pedagogias e
actividades participativas.
Numa primeira fase a Animação desportiva focalizava-se no campo da recreação e era
destinada a indivíduos que procuravam uma prática não formal. No entanto, actualmente esta
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vertente da Animação procura objectivos mais abrangentes, sendo estes, o bem-estar físico,
mental, social, a recreação, o prazer de participar, estando todos estes propósitos interligados,
pois constituem formas de intervenção sócio-desportiva no preenchimento dos tempos livres.
Esta vertente está voltada para o trabalho em equipa, fomentando no indivíduo um
sentimento de pertença a um grupo, para que o lazer se transforme num campo de realização
pessoal. Assim, a actividade desportiva foi-se tornando numa opção aquando a ocupação dos
tempos livres, uma vez que com a divulgação que tem tido, as comunidades sensibilizaram-se
para o facto de esta proporcionar uma melhoria da saúde, uma vez que é indispensável para o
crescimento e o desenvolvimento harmonioso do corpo e da personalidade de cada indivíduo.
A prática desportiva alargou-se assim, a todas as classes sociais e faixas etárias, através de
programas destinados a fomentar um actividade física e desportiva regulares. Segundo Alves
(2010: 1-2), a actividade desportiva tem vindo a assumir, cada vez mais, um papel importante
na sociedade, que levou à divisão da prática desportiva em três campos: 1) As práticas
desportivas formais, ou seja, o sector federado, caracterizado por normas ou regulamentos
definidos; 2) As práticas desportivas não formais, que se diferenciam pela descontinuidade,
apesar de pressuporem também a prática regular; e 3) As práticas desportivas informais,
caracterizadas pela auto-suficiência e a auto-gestão.
Como afirma Neto (1997: 34) os clubes desportivos, as autarquias e as escolas terão de
repensar e, quem sabe, reinventar uma nova ordem de valores quanto ao desporto, tendo em
linha de conta as alterações e as mudanças em curso a nível das estruturas sociais.
O facto de vivermos numa sociedade em que o stress e as pressões são uma constante,
a prática desportiva surge como uma actividade benéfica no combate às dificuldades criadas e
existentes, transmitindo uma sensação de bem-estar e aumentando a capacidade das pessoas a
nível físico, mental e social. Os benefícios de uma actividade física frequente são visíveis em
todas as idades. Nas crianças incute-se o hábito e o prazer pela prática desportiva e de um
estilo de vida saudável, e nos idosos, a necessidade de manter o corpo activo e combater o
sedentarismo. A actividade física assume um papel importante no combate às mais variadas
doenças, ajudando a combater e a retardar os seus efeitos e consequências.
No fundo, a Animação desportiva vai buscar muitas das suas características ao
denominado «Desporto para todos», à disciplina de educação física e a outras áreas da
educação. No desenvolvimento das suas actividades há que ter em conta um leque abrangente
de modalidades, não só desportivas mas também jogos educativos que englobam conteúdos
tradicionais, de lazer ou pré-desportivos.
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A aplicação da Animação na área do desporto pode ser um bom recurso utilizado pelo
Animador para abranger todos os sectores da população, devendo também para isso ter em
atenção ao local das actividades potencialmente pensadas por este, à incidência e às idades. O
local, uma vez que as actividades realizam-se em territórios diversos, podendo ocorrer em
aldeias, bairros ou cidades e em espaços diferentes (pavilhões, piscinas, ginásios e na
natureza). Quanto à incidência, esta encontra-se centrada em três ênfases: a desportiva, a
educativa e a social. Por fim, a idade assume um papel preponderante, uma vez que as
actividades devem ser adaptadas consoante o nível de destreza e capacidade físico-motora dos
participantes.
A contribuição da Animação desportiva para a formação e desenvolvimento dos
participantes deve ir mais além do que a componente física, deve contribuir para o
desenvolvimento psíquico e servir como exemplo de espírito e ética desportivos. O Animador,
como responsável pela actividade e o seu conteúdo deve guiar o participante para que este
tenha um comportamento e atitudes que se enquadrem dentro do espírito desportivo e da
saudável competição. Ao surgir como uma alternativa às competições desportivas, a
Animação desportiva assume um papel mais social, que se adapta ao público-alvo e à
realidade em que se encontra inserida, em que o mais importante é a satisfação do participante
e não resultado obtido. A Animação desportiva é o resultado da ligação da actividade e
recreação desportiva com as técnicas da Animação, uma vez que se baseiam e se apoiam em
pedagogias e actividades participativas.
1.3.4. A Animação Sociocultural e os tempos livres
São vários os factores que influenciam directamente na organização e vivência do
tempo e do dia-a-dia. Desde o trabalho laboral até às tarefas familiares, tudo isto faz parte da
rotina diária e dos afazeres de cada indivíduo e, para além destes, também a faixa etária
pertencente às crianças e aos seniores é afectada nesta questão, devido à falta de actividades
que ocupem o tempo que passam entre as actividades escolares e após darem término às suas
vidas profissionais, respectivamente.
Na sociedade em que vivemos, vão surgindo novos fenómenos, dando origem à
necessidade de ocupação do tempo desocupado. Ao mesmo tempo, esta ocupação vai-se
modificando e, crescem também, diferentes condições e novas modalidades de utilização do
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tempo livre. Alguns autores acreditam que o tempo desocupado está ligado ao bem-estar do
ser humano, à qualidade de vida e à liberdade de cada um.
Na minha perspectiva, e de acordo com a pesquisa efectuada para o presente trabalho,
o tempo livre pode ser um tempo de desenvolvimento pessoal (e o ócio será a melhor forma
para o conseguir), através da participação independente e autónoma de cada um em diversas
acções (realizadas com prazer e satisfação). Estas podem propiciar uma experiência de
participação, criação, diversão e aprendizagem para todos os indivíduos. Com isto, na minha
opinião, penso que a Animação Sociocultural e o Animador têm um papel activo e bastante
importante relativamente a esta temática, às actividades que se podem desenvolver e às
vantagens que estas podem trazer para cada pessoa que nelas participe. As actividades podem
ser de vários tipos, entre as quais de descanso, de diversão, de desenvolvimento, e de
conhecimento pessoal. Para a animação sócio-cultural, é de suma importância criar os âmbitos
apropriados e as propostas adequadas para que o ócio/consumo/passivo (de ordinário unido à
comercialização do mesmo), seja substituído por um ócio/cultura/actividade (Ander –
Egg:1999: 55).
O ócio é uma maneira de fazer e de estar durante um determinado tempo e depende da
atitude da pessoa que o realiza, ou seja, esta deve estar motivada e concentrada no que está a
fazer, a sua atitude é muito importante, uma vez que a sua postura deve ser completamente
voluntária e motivada. Contudo as actividades proporcionadas devem, de acordo com as
diversas situações, proporcionar descanso, diversão e desenvolvimento.
Em termos gerais, o tempo livre é todo o tempo liberto de ocupações profissionais
remuneradas, ou seja, o oposto ao trabalho. Aquele tempo em que cada um está isento das
ocupações diárias. Por outro lado, o ócio remete para uma ausência da rotina diária (das
tarefas, obrigações familiares e pessoais) e do trabalho laboral. Está relacionado com a
disponibilidade pessoal, ou seja, o tempo em que a pessoa escolhe livremente as actividades
que quer desenvolver, satisfazendo as suas necessidades pessoais, podendo optar por
descansar, divertir-se ou aumentar os seus conhecimentos, podendo trazer vantagens a quatro
níveis: a nível biológico (repouso e diminuição do cansaço), nível psicológico, a nível
espiritual (estimular a criatividade e a imaginação) e a nível social (participação na vida em
sociedade).
Nesta perspectiva este pode trazer vantagens no desenvolvimento do ser humano e na
sua qualidade de vida. É assim, um factor essencial à criança e ao sénior, devendo ser
estimulado pelo Animador, de forma a proporcionar bem-estar e ao mesmo tempo o
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desenvolvimento das capacidades da criança e do idoso, uma vez que no meu entender, uma
actividade pode ser considerada de ócio desde que esta esteja fora das obrigações da pessoa e
se esta desfrutar da actividade.
Numa perspectiva de Animador, acredito que todas as pessoas, de todas as idades,
precisam desfrutar do seu tempo livre, de usufruir da aquisição de certos hábitos culturais, de
conhecer actividades de interior e de ar livre, de manter um elevado nível em relação à sua
auto-estima, de adquirir afectos através das quais se sintam realizados e de realizar
actividades de ócio.
1.3.5. A Animação Sociocultural nas autarquias
As autarquias têm um desafio importante nas áreas sociais, socioculturais e turísticas.
O turismo, a cultura, a educação, a acção social, o associativismo, a problemática juvenil, a
terceira idade, a protecção de crianças e jovens, a promoção das novas tecnologias, a
formação de adultos, o desporto entre outras, são o universo onde se movem as novas
atribuições municipais. Ora, para que toda esta panóplia de actividades funcione, é necessário
ter um corpo técnico especializado nessas diferentes áreas. É aqui que entra o trabalho dos
Animadores Socioculturais. O Animador deve considerar-se ao serviço da comunidade e estar
implicado no processo de consciencialização. Neste sentido, terá de, permanentemente, se pôr
em causa, aceitar a crítica, respeitar a dinâmica do grupo e ser elemento de estímulo e de
criatividade. A Animação sócio-cultural implica uma consideração profunda por cada
comunidade e uma atenção cuidada à evolução necessária com suas etapas, crises,
estrangulamentos e superações (Guia do Animador, 1986, cit. por Lopes (2008: 272). Com as
atribuições e competências das autarquias nas áreas sociais, culturais, desportivas e
educativas, abre-se uma nova etapa no campo da Animação. Estas (Câmaras Municipais)
passam a encarar a acção sócio-cultural e o associativismo como alavancas essenciais de um
desenvolvimento territorial local, incidindo em matérias como o desenvolvimento
comunitário, a promoção de políticas locais de emprego, a dinamização turística, a ocupação
dos tempos livres e a acção formativo - profissional - educativa (Santos, 1998: 259-260).
As autarquias começam a constituir grupos de técnicos da área da Animação,
promovem acções e eventos, dinamizam as associações e grupos locais, abrem novos espaços
de cultura e de animação, entre outras coisas. Novas oportunidades, novas necessidades e
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novas profissões começam a fazer parte do programa de acção de cada Município. Estes
órgãos, segundo Garcia (1982: 12), têm a seu cargo a resolução, ou a redução, de problemas
muito concretos de uma população (relativamente restrita) num território específico. É o tal
território que nos é próximo, onde vivemos, e muitas vezes onde trabalhamos. É o território
coincidente com o dia-a-dia de cada um. O pequeno universo palpável onde a globalização é
possível. A mesma ideia de território que temos na Animação.
Satisfeitas as necessidades básicas das populações é necessário preparar o território
para a qualidade de vida, para a educação de excelência, a vida social e cultural como espaço
de referência da diversidade e da interculturalidade. Numa era dominada simultaneamente
pelos princípios da subsidiariedade e da globalização, o desenvolvimento das sociedades e dos
territórios requer a existência de organizações autárquicas cada vez mais eficazes e eficientes,
prestadoras de serviços qualificados, capazes de responder adequadamente às exigências e
expectativas dos cidadãos do século XXI.
Contudo, nas autarquias, a Animação Sociocultural já não se confina a espaços e
eventos tradicionais e a grupos de actividade cultural e social. A Animação Sociocultural nas
autarquias começa alargar-se para os espaços de natureza, dos jardins, das áreas protegidas,
das quintas pedagógicas, da ligação do Homem com a Natureza e da necessidade urgente da
sua preservação. Segundo Garcia (1982: 12) a Animação Sociocultural nas autarquias existe
enquanto prática social: - acção de base: instrumento de comunicação que favoreça a
comunicação “ao vivo”; - acção profundamente ligada ao quotidiano em todos os seus
aspectos; - olhar global sobre um determinado território. Esta nova dinâmica de retorno à
natureza é também uma oportunidade social onde várias gerações têm um espaço de
convivência, de aprendizagem e de troca de experiências, cruzando os saberes de uma
comunidade completa.
1.3.6. A Animação urbana
A origem na Animação Sociocultural no meio urbano é consequência da formação da
sociedade industrial e urbana. Segundo Coulon (1971) cit. por Lopes (2008: 338), a Animação
Sociocultural surge quando se tornaram evidentes as dificuldades sociais geradas pelas
diferentes mutações sociais, económicas e culturais das sociedades modernas: (…),
urbanização galopante, despersonalização e massificação, nascimento de uma patologia
social. Assim, a Animação Sociocultural aparece no espaço urbano e está ligada aos males da
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civilização moderna, mais concretamente, aos problemas de vida das grandes aglomerações
humanas, de que resultam problemas de delinquência, violência, diferença social, problemas
de convivência.” A sociedade urbana é caracterizada pela instabilidade relacional, onde a
família é reduzida e por vezes instável, onde o espaço urbano é pouco humanizado e onde o
Homem é um ser solitário no meio da multidão, rostos sem identidade.
Neste contexto social as pessoas tendem a viver em estado de stress permanente,
devido à frustração, à insegurança e à dificuldade em equilibrar o trabalho com a existência. O
Homem é muitas vezes considerado um cidadão sem cidadania, sem qualidade de vida, sem
hábitos e práticas culturais, porque o tempo não o permite. O tempo livre, o que não é
ocupado pelo tempo de trabalho, é, normalmente, consumido a percorrer o caminho do
trabalho para casa e vice-versa, e raramente é animado no espaço familiar, em actividades
culturais, lúdicas e desportivas de modo eficaz e harmonioso.
O Animador tem assim um papel fulcral neste tipo de sociedade, uma vez que pode
promover acções que valorizem a dimensão humana, como compensação do isolamento a que
as pessoas estão sujeitas assim como facilitar-lhes o acesso a bens culturais e o diálogo interrelacional e inter-geracional, de modo a provocar e promover a participação; este visa também
dotar o meio urbano com infra-estruturas e equipamento cultural que vá ao encontro das
necessidades da população.
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Capítulo II
Contextualização do meio
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II – Contextualização do meio
Como anteriormente mencionei, conhecer o território é um factor importante para que
seja possível conhecer as condições de vida da comunidade e o tipo de trabalho nele existente,
no fundo é essencial conhecer a sua realidade. Neste capítulo irei de uma forma geral,
caracterizar o concelho da Trofa e a instituição que me acolheu ao longo destes três meses de
estágio, a Câmara Municipal da Trofa. Para além de ter estagiado na Câmara, também
desenvolvi diversas actividades noutras instituições apoiadas por este Município. Estas
pertencem a três das oito freguesias do concelho da Trofa, que por sua vez se encontram
caracterizadas no apêndice 1. Com isto ajudar-nos-á a conhecer o território onde estão
inseridas e as raízes da população com quem trabalhei.
2.1. Breve história do concelho da Trofa
O concelho da Trofa foi constituído em 1998 através de um desmembramento de parte
do território de Santo Tirso. De acordo com Pinto (2007: 7-13) em termos de caracterização
geográfica nem seria necessária essa separação, mas tal foi dada, devido ao constante
“esquecimento” por parte do anterior município. Este “esquecimento” foi sentido pelo povo
trofense, uma vez que a Trofa não tinha autonomia administrativa, não tinha possibilidade de
gerir o seu próprio destino e de escolher qual o caminho a seguir assim como de investir
maciçamente numa população e numa área geográfica que contribuía para a riqueza da região,
e por fim também não recebia as contrapartidas justas, que lhe permitissem um
desenvolvimento efectivo e sustentado em bases concretas. Segundo Pinto, a Trofa estava
assim num emaranho de problemas, todos eles decorrentes dos anos e anos em que foi votada
ao abandono pelos poderes municipais e pelos poderes centrais. Se é verdade que, na
generalidade, os concelhos têm “olhos” apenas para a freguesia - sede, esquecendo todas as
outras, no caso de Santo Tirso essa realidade assumiu contornos ainda mais vincados. Com
todos estes factores e outros de carácter menos vinculativo, levaram a que os trofenses se
revoltassem, lutando pela sua independência e levando à criação de um concelho, o concelho
da Trofa. Este facto foi conseguido a 19 de Novembro de 1998, por deliberação da
Assembleia da República, onde a Trofa passou a ser governada por si própria,
autonomizando-se. Na sua constituição passaram a fazer parte oito freguesias, Alvarelhos, S.
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Martinho de Bougado, Santiago de Bougado, S. Mamede do Coronado, S. Romão do
Coronado, Covelas, Guidões e Muro, como demonstra a figura 1.
Figura 1 - Freguesias do concelho da Trofa
(Fonte: http://www.muntrofa.pt/Site/Frontoffice/default.aspx?module=Article/Article&ID=29)
2.2. Caracterização geográfica e demográfica do Concelho
O concelho da Trofa1 encontra-se, geograficamente, a norte do distrito do Porto e no
seu limite com o de Braga. Este localiza-se na Região Norte de Portugal Continental,
pertencente à sub-região estatística (NUT II) e à sub-região estatística do Ave (NUT III).
Delimita a sul e a poente com os municípios da Maia e de Vila do Conde, pertencentes à Área
Metropolitana do Porto (AMP), e a norte e a nascente com os concelhos de Vila Nova de
Famalicão e Santo Tirso, que integram o agrupamento do Vale do Ave (figura 2).
Figura 2 - Localização geográfica do concelho da Trofa
(Fonte: http://www.mun-trofa.pt/Site/Frontoffice/default.aspx?module=Article/Article&ID=29
1
Informação recolhida e organizada a partir da consulta – 3 de Setembro de 2010 - do site da Câmara Municipal da Trofa
(www.mun-trofa.pt.)
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Este concelho é habitado por cerca de 37 581 pessoas (INE, 2001), onde se verifica
uma maior predominância da população envelhecida no sector agrícola, mas uma menor
incidência desta nas freguesias mais industrializadas, onde os jovens e adultos se encontram
em maior número. O município tem uma área total de 72.5 km2 e pode ser visto como um
espaço com uma base económica fortemente marcada pela indústria – em especial pelos
têxteis, confecção e vestuário -, mas também por uma agricultura de subsistência, embora
com uma forte vertente ligada à produção de leite, representando o sector terciário mais de
50% (56%, segundo os dados fornecidos pelo INE) da totalidade do universo empresarial do
concelho. Apesar de distintas características, todos trabalham em prol de um desenvolvimento
sustentado do concelho.
2.3.
Caracterização sumária da Câmara Municipal da Trofa
O Concelho da Trofa é um concelho recente, uma vez que data de 1998, o que faz dele
o concelho mais novo do país. Por esse e por outros motivos, ainda não possui divisões
próprias, no entanto este contém dois pólos de referência onde a oferta de serviços aos
munícipes é maior, um deles designado por Pólo I (figura 3) situado junto à Estrada Nacional
14 que liga Porto a Braga, e o outro por Pólo II localizado na parte inferior de um Edifício,
que na sua parte superior serve de habitação (figura 4).
Figura 4 – Pólo I da Câmara Municipal da
Trofa (Fonte: Própria)
Figura 3 - Pólo II da Câmara Municipal da
Trofa (Fonte: Própria)
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Nestes dois pólos municipais, são prestados aos munícipes a maioria dos serviços, no
entanto existem outros dispersos por toda a cidade. Nas tabelas presentes no apêndice 2, estão
enunciados todos os serviços prestados pelas diferentes divisões.
Todos os serviços mencionados anteriormente servem para que a Câmara Municipal
possa dar resposta às necessidades da população, no entanto actualmente encontra-se em
marcha o lançamento do Concurso Público, para a construção dos Paços do Concelho da
Trofa. Este será o local (figura 5) onde irá nascer um edifício que irá receber todos os serviços
da autarquia, com o intuito de servir melhor o concelho e todos os trofenses. Este será um
novo ciclo de reestruturação e requalificação urbana e de melhoria da qualidade de vida de
todos os que vivem na Trofa.
Pode-se assim dizer que actualmente é um município solidário que trabalha pela
modernização, pela defesa do património natural e histórico-cultural e pela preservação da sua
identidade.
Figura 5 - Futuro local para a construção do Paços do Concelho
(Fonte: CÂMARA MUNICIPAL DA TROFA, 2010: 10)
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No que se refere à organização interna da autarquia, esta encontra-se composta da
seguinte forma (figura 6):
Figura 6 - Organograma da Câmara Municipal da Trofa (Fonte: http://www.mun-trofa.pt/)
O meu estágio foi realizado nesta autarquia, mais concretamente no Departamento
Sócio-Cultural na Divisão de Desporto e Juventude, localizada no Pólo II. Esta divisão tem
como objectivos gerais, organizar e operacionalizar a execução das actividades dos seus
sectores, isto é, do sector do desporto e do sector da juventude, bem como coordenar,
organizar e operacionalizar a gestão das instalações municipais afectivas às áreas dos
referidos sectores. No entanto, cada um destes dois sectores possui objectivos específicos, dos
quais apenas enumerarei alguns. No sector do desporto, e tal como o seu nome indica, os
objectivos estão relacionados com a actividade física, promovendo assim projectos e
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actividades de ocupação dos tempos livres nas mais diversas faixas etárias, definindo,
propondo e operacionalizando projectos de promoção da prática desportiva, de acordo com os
programas no âmbito do desporto para todos os grupos populacionais e de provas desportivas
no âmbito local, regional, nacional e internacional que incrementem a prática desportiva e
promovam turística e economicamente o concelho. No sector da juventude, são tratadas
situações relacionadas com os mais jovens, aqui pretende-se efectuar o levantamento e o
estudo dos principais problemas, necessidades e expectativas do referido público-alvo e, com
base neste estudo, este sector visa definir estratégias de acção que promovam o
desenvolvimento na área da juventude, assim como prevenir o aparecimento de
comportamentos desviantes ou de risco, através de acções de prevenção e informação.
Todos os objectivos mencionados estão relacionados com o papel do Animador nas
áreas referidas, no desporto e na juventude, pois este, de acordo com as necessidades da
população, tem de realizar planos, acções ou estratégias de modo a que consiga promover o
desenvolvimento da comunidade.
Uma vez que estes sectores assumem objectivos importantes para a população, estes
só poderão ser conseguidos com uma equipa multidisciplinar, onde o Animador se pode
enquadrar perfeitamente, tanto como um profissional “de secretária” como um profissional
que actue no campo de acção. No apêndice 3 encontra-se o organograma da Divisão de
Desporto e Juventude de onde fazem parte cerca de trinta pessoas.
Parte desta equipa, isto é, cerca de nove elementos, exercem as suas funções no pólo
II, na Secção do Desporto e Juventude. Este local é relativamente pequeno, como se pode
constatar nas figuras abaixo, mas agradável no que diz respeito ao ambiente de trabalho. A
figura 7 mostra a sala de espera e de pequenas reuniões, um local acolhedor e com boa
decoração; na figura 8 encontram-se os computadores que servem de auxílio para a realização
das mais diversas tarefas do sector, e que por sua vez se situa ao lado do gabinete do chefe de
divisão, presente na figura 9.
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Os restantes elementos da equipa, na sua maioria técnicos, exercem as suas funções no
campo de intervenção.
Figura 8 - Sala de espera e de pequenas
reuniões (Fonte: Própria)
Figura 7 - Zona de computadores
(Fonte: Própria)
Figura 9 - Gabinete do chefe de divisão do Desporto e
Juventude (Fonte: Própria)
2.4.
Caracterização das instituições
Durante a realização do meu estágio efectuei diversas actividades em instituições de
terceira idade e de educação, sendo estas, respectivamente, a Associação Solidariedade Social
do Muro – Muro de Abrigo, o Centro Social e Paroquial de S. Martinho de Bougado – Lar
Padre Joaquim Ribeiro, a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, a Escola Básica de
Finzes e a Escola Básica de Bairros.
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Todas estas instituições encontram-se caracterizadas no apêndice 4. As duas primeiras
constituem estruturas destinadas a promover, junto da terceira idade, um conjunto de
actividades e de acções de cariz cultural, recreativo, social e educativo. Estas acolhem pessoas
idosas que dispõem de muitos períodos de ócio, permanecendo demasiado tempo
desocupadas, o que acaba por ser um factor de tensão na velhice, com a consequente
repercussão sobre a saúde e o bem-estar; a depressão e os estados depressivos são fomentados
pelo tempo vazio excessivo e sem sentido que conduz ao tédio e à apatia, com perda
progressiva de identidade, baixa auto-estima e um conceito pessoal negativo; a possibilidade
de lutar, sistematicamente, contra os sentimentos de inutilidade e incapacidade tão enraizados
na vida destas pessoas; a limitação das perspectivas do futuro; a falta de objectividade e
razões para continuar a viver uma vida digna e com sentido, facto que exige uma rápida e
ajustada intervenção, onde os programas de Animação Sociocultural nos lares e centros de dia
são um factor importante, por isso estou de acordo quando Rocha afirma que os Lares de
idosos devem oferecer aos seus utentes actividades de Animação sócio-cultural recreativa e
ocupacional (Rocha, 1998, cit. por Lopes, 2008: 333) isto para que alguns dos idosos não se
auto-excluam de viver, devido às ideias pré-concebidas de que já não prestam para nada e que
apenas lhes resta a morte.
Por outro lado, uma Escola Básica é um tipo de estabelecimento de ensino onde é
realizado o ensino básico ou o ensino primário. Esta é constituída por um conjunto de pessoas
qualificadas nas mais diversas áreas curriculares, com o intuito de transmitir conhecimentos e
valores às crianças, para que estas possam usufruir desse mesmo conhecimento como uma
ferramenta para o seu futuro. Algumas destas instituições oferecem às crianças, não só
actividades curriculares, mas também actividades extra curriculares, que servem como
complemento às anteriores.
Este tipo de actividades estão a ser, cada vez mais, tidas em conta pelas Câmaras
Municipais, que muitas das vezes solicitam a colaboração de um Animador para as realizar,
onde este centra a sua acção no campo da formação permanente, no campo da juventude,
como complemento da educação escolar, designando-se como Animação Socioeducativa.
Esta, segundo Rogers, Read, Stern e Freire, rege-se por princípios como: não deixar de ser o
que somos. É na experiência que me aproximo da verdade, a vida flui, tudo se altera, nada é
fixo. O ensino deve ser realizado em função da experiência do aluno, não em função do aluno,
não em função de teorias e princípios estranhos a essa experiência. O aluno deve ser o centro
do processo educativo. A não directividade não é sinónimo de deixar andar ou de indiferença,
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ou até mesmo de desprezo. Segundo Rogers (1978: 6) a relação pedagógica é qualquer coisa
que se vive e não qualquer coisa que se observa.
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Capítulo III
O Estágio
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III – O Estágio
3.1. Objectivos
Inicialmente estabeleci alguns objectivos de carácter geral relacionados com a
actividade física, isto porque fui informado que iria realizar o meu estágio no sector de
Desporto. Apesar de não conhecer, nessa altura, o público-alvo com quem iria trabalhar,
estabeleci as seguintes linhas orientadoras:

Promover a iniciação desportiva;

Promover a prática regular e organizada de actividades físicas e desportivas;

Desenvolver o gosto e o hábito da prática desportiva;

Favorecer o desenvolvimento global das suas capacidades;

Contribuir para a formação global, equilibrada e harmoniosa dos participantes;

Contribuir para o processo de sociabilização.
Após reunião com os órgãos superiores da Divisão de Desporto e Juventude, o Dr. Rui
Borges e o Dr. Jorge Antunes, chegámos à conclusão que seria interessante, ao longo do
estágio, trabalhar com um público-alvo diversificado (dos mais novos aos mais velhos), e,
com isso foi-me proposto trabalhar nas instituições anteriormente referenciadas.
Posteriormente à reunião, fui conhecer as instalações de cada instituição, acompanhado pela
Professora Filipa Bezerra, onde me reuni com os responsáveis de cada uma. Com isto,
formulei novos objectivos, de carácter mais específico, para cada instituição, que são:
- Associação de Solidariedade Social do Muro – Muro de Abrigo

Favorecer as relações pessoais e o convívio;

Estimular a criatividade e as capacidades cognitivas (a memória, a
atenção, o pensamento e a concentração).
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- Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado
– Lar Padre Joaquim
Ribeiro

Promover o convívio e o bem-estar;

Desenvolver as aptidões técnico-manuais;

Fomentar o espírito de grupo através do Boccia.
- Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa

Promover a coesão grupal e o bem-estar;

Promover, através do teatro, a participação, a relação, a criatividade e a
expressividade;

Estimular a actividade física, a coordenação motora e consequentemente
a mobilidade.
- Escola EB 1/JI de Bairros

Contribuir para que os alunos adquiram as aprendizagens básicas
fundamentais, facilitando e promovendo o seu desenvolvimento físico e a
sua adaptação e integração social;

Fomentar o espírito desportivo e do fair-play, no respeito pelas regras das
actividades e por todos os intervenientes.
- Escola EB 1/JI de Finzes

Desenvolver, junto da criança, movimentos adequados às suas
necessidades especiais (psicomotora).
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Despertar para a Descoberta
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3.2. Intervenção por sector e contexto institucional
3.2.1. Actividades desenvolvidas na Câmara Municipal da Trofa
No meu primeiro dia de estágio, dirigi-me ao pólo II da Câmara Municipal da Trofa
onde me reuni com a minha tutora que me explicou o funcionamento do sector, mostrou-me
as instalações deste e apresentou-me aos seus colegas de trabalho. Após esta primeira
abordagem, foi-me mostrado o Programa de Actividades para 2010/2011, que estava dividido
em secções, consoante o público-alvo, onde cada uma tinha as actividades previstas para
serem efectuadas durante o ano lectivo. Como este ainda não tinha começado, o meu trabalho
durante as primeiras semanas cingiu-se na Câmara Municipal, onde poderia assistir às
reuniões que pudessem existir. Posteriormente e aquando o início do ano lectivo, foi-me
entregue o horário de trabalho, presente no Anexo II.
Já conhecido o funcionamento do sector de Desporto e Juventude, foi-me solicitada
uma tarefa, que consistia em colocar centenas de fichas de inscrição para todos os idosos do
concelho, em envelopes. Esta ficha de inscrição tinha como finalidade permitir que os
seniores se pudessem inscrever no Programa Sénior + Ginástica Manutenção, que por sua vez
consistia em promover aulas de ginástica a esta faixa etária do concelho. Na minha opinião é
uma boa iniciativa e bastante importante para este tipo de população, pois leva o idoso à
prática de exercício físico, fazendo com que o tempo que permanece parado diminua e por
consequência aumente a sua flexibilidade, a sua mobilidade e o convívio entre todos os que
participem. A capacidade funcional que aumenta com a execução de exercício físico serve
como mecanismo protector a problemas ósseos, musculares e a doenças.
Para além desta tarefa, também estive presente em reuniões com os movimentos
associativos e com algumas bandas do concelho, cujo tema se incidiu sobre um evento que
iria ser realizado e que serviu para mostrar a proposta que a Câmara tinha para as várias
associações e bandas. Inicialmente este evento iria ser realizado nos dias 24, 25 e 26 de
Setembro, como mostra a proposta de trabalho presente no anexo III, mas após reunião, a
proposta foi alterada. Este evento, organizado pelos pelouros da Juventude e Desporto,
Cultura e Educação, foi realizado nos dias 1, 2 e 3 do mês de Outubro de 2010 teve como
slogan “VIVER TROFA”, onde houve a hipótese de participar em algumas actividades, como
na modelagem de balões, em pinturas faciais, entre outros, mas que posteriormente não se
veio a concretizar.
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Este evento teve lugar no Parque Nossa Senhora das Dores, no centro da cidade, e
consistiu em homenagear o movimento associativo desportivo e juvenil do concelho,
divulgando o trabalho de sucesso realizado pelas associações trofenses, onde o desporto e a
animação tiveram presentes, promovendo assim a interacção entre a população. Cada
associação tinha um stand onde expunham os seus trabalhos que foram mostrados à
população.
O primeiro dia do evento2 foi de carácter mais protocolar, onde se destacou a
Recepção ao Professor e a Entrega Solene dos Prémios de Mérito Escolar, bem como a
Apresentação pública do Regulamento de Apoio ao Associativismo. O segundo dia do evento
estreou-se com um Passeio em Charrete para Crianças e Jovens, onde houve também a
realização de um Raid/Peddy Paper Urbano e de uma caminhada, que com isto serviu para
promover a prática de desporto ao ar livre e em família. Este contou também com a
apresentação da equipa 2010, do Tetracampeão nacional de voleibol feminino, Clube
Académico da Trofa, com desportos radicais, com actividades de animação, com o Concerto
de Bandas de Garagem, que deu a conhecer ao público os grupos musicais existentes no
concelho, terminando o dia com uma festa temática no M18 Bar e no Café da Passagem.
Já no último dia do Viver Trofa, o programa contou com uma figura de peso, o
Presidente do Instituto de Desporto de Portugal, Luís Sardinha, que também se associou ao
Evento e esteve presente na festa do 80º Aniversário do Clube Desportivo Trofense e na
homenagem do Município da Trofa à Equipa Sénior de Voleibol Feminino do Clube
Académico da Trofa.
Penso que a ideia e a criação deste evento foram boas, mas apesar disso na minha
opinião, não correu muito bem, principalmente no último dia, devido ao mau tempo que se
instalou, levando ao cancelamento de algumas actividades que iriam decorrer no exterior, e tal
como aprendi na disciplina de Gestão de Eventos, é necessário ter em conta alguns factores
externos, tais como o clima, a segurança, entre outros na organização de eventos.
Tal como o nome indica, um evento é um acontecimento, uma ocorrência que cause
impacto e que seja razão para notícia, devendo ser recordado como um acontecimento
positivo e não como um acontecimento negativo e que tenha corrido mal, o que em certa parte
aconteceu com o evento Viver Trofa, uma vez que algumas pessoas e alguns órgãos de
comunicação, mencionaram que apesar da ideia, tal como referido anteriormente, ter sido
pertinente, o factor clima condicionou a participação destes no evento. Afim deste factor
2
Programa do evento presente no Anexo IV.
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penso que um evento com estas características poderá ser realizado todos os anos e talvez no
inicio do mês de Setembro para assim precaver este tipo situações. Um evento para também
ser bem sucedido, deve-se valer da sua criatividade não só durante a sua realização, como
antes, através de uma promoção e divulgação adequadas, como são exemplo os outdors do
Viver Trofa colocados pela cidade, bem como do programa do evento. Algumas das
fotografias do evento poderão ser vistas no apêndice 5.
Apesar de ter estado pouco tempo a realizar tarefas neste sector, gostaria de ter
permanecido mais tempo, uma vez que o Desporto é um âmbito da Animação que sempre tive
interesse em aprofundar.
Uma vez a estagiar na Câmara Municipal, gostaria de ter estado em contacto com
outros sectores, para além do que estive, como o Sector da Cultura, Educação, Ambiente entre
outros, para com isso estar mais próximo dos projectos que a Câmara Municipal tem para
servir a população trofense, e poder de alguma forma contribuir com o que aprendi no meu
percurso académico.
3.2.2. Actividades desenvolvidas no Muro de Abrigo
Nesta instituição, durante o período de estágio, realizei actividades no Centro de
Convívio do Idoso às segundas-feiras e durante cerca de uma hora, das 14h30 as 15h30 (como
indicado no horário presente no Anexo II).
Antes de iniciar o meu trabalho, fui conhecer as instalações deste centro, as suas
condições e os materiais que dispunham e, reuni-me com a responsável para obter
informações acerca da instituição e dos utentes.
Apesar de todos estes utentes frequentarem o mesmo espaço, nem sempre significa
que se conheçam todos uns aos outros, pois existem pessoas que têm mais afinidade com
outras, conversam mais e passam mais tempo com estas, formando assim pequenos grupos
dentro da instituição. Como um grupo é um conjunto de duas ou mais pessoas que interagem
entre si, com interesses e objectivos comuns, e se reúnem para alcançar um determinado fim,
com a minha presença nesta instituição tentei que os pequenos grupos que nela existiam,
acabassem por trabalhar como um todo.
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Antes de realizar qualquer tipo de actividade mais específica, importa conhecer as
pessoas que pertencem à instituição, e para isso fiz alguns exercícios3 de apresentação, que
consistia em apresentar-me ao grupo e conhecê-los melhor. Para estes exercícios foi utilizada
a sala de actividades, por ser um local espaçoso, onde os utentes se encontravam sentados em
círculo; em relação ao material utilizei um novelo de lã no primeiro exercício, onde me
apresentei e o passei para um dos elementos do grupo, pedindo para que este se apresenta-se,
dizendo o seu nome, a sua idade e qual a profissão que teve, e assim sucessivamente,
formando uma teia. As respostas encontram-se no apêndice 6. Com a teia que se formou,
achei pertinente mostrar ao grupo que apesar das nossas diferenças e das dificuldades que por
vezes possamos ter, estávamos todos ligados e que era assim que pretendia que o grupo
continua-se. Terminado o primeiro exercício, dei início ao segundo, onde coloquei sete folhas,
com as palavras voltadas para baixo em cima da mesa, e pedi a um elemento de cada vez que
retirasse uma das folhas e a mostra-se ao grupo. Depois de exibida, enunciei-a e expliquei o
que pretendia que dissessem, pois nem todos eles sabiam ler, repetindo o mesmo para as
restantes cinco folhas. Com isto pretendi que dissessem uma característica, sua, relacionada
com a palavra que saía.4
Após estas actividades, ainda restava uma para fazer, mas devido à falta de tempo não
foi possível realizá-la, no entanto esta encontra-se no apêndice 6, designada por “Se eu
fosse…”. Penso que o objectivo foi conseguido, uma vez que todos nos ficamos a conhecer
um pouco melhor, como pude constatar através de alguns comentários, onde os utentes
disseram que “já cá estamos há algum tempo e não sabíamos de metade das coisas dos nossos
companheiros”, ao que um outro utente respondeu, em tom de brincadeira e admirado com os
jogos que fiz, que “sem me aperceber estava a dizer a minha vida toda”.
Este percepção acerca dos utentes permitiu-me também conhecê-los melhor e fazer
com que as minhas próximas abordagens fossem ao encontro deles.
Para a actividade5 que resolvi fazer na semana seguinte, decidi comprar vários vasos
pequenos de barro e propus ao grupo que os decorassem e para isso perguntei qual a forma
como queriam fazê-lo, ao que este decidiu decorá-los, pintando-os com guaches. Antes de
iniciar a actividade, alguns elementos do grupo pediram para que desenhasse algo no vaso,
3
Plano dos exercícios, presente no apêndice 6 bem como o nome, idade e profissão de cada utente.
No apêndice 6 encontram-se as sete folhas utilizadas bem como as respostas dadas por cada utente.
5
Plano da actividade presente no apêndice 7.
4
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para que fosse mais fácil decorá-lo, pelo que optei e com o consenso do grupo, desenhar
imagens relacionadas com plantas. Depois de preparadas as tintas, o grupo pôs mãos à obra, e
o resultado obtido encontra-se no apêndice 7.
Penso que a actividade correu relativamente bem, apesar de alguns elementos do
grupo terem sentido alguma dificuldade, pelo que sugeri que pintassem o vaso todo, para
facilitar. Durante a actividade auxiliei o grupo na escolha das cores e por vezes, pintando um
pouco com eles, ajudando também na escrita dos seus nomes.
Este exercício foi preparado desta maneira, pois o meu objectivo final seria que cada
um plantasse uma flor no seu vaso, o que foi conseguido na semana seguinte. Nesta sessão 6, o
número de elementos no grupo era maior, pelo que alguns deles me pediram vasos para pintar,
mas por só ter levado o material para semearem, sugeri que ajudassem os outros elementos a
semear, e assim o fizeram. A flor escolhida para ser plantada foi a tulipa.
Apesar do material disponível, alguns elementos do grupo optaram por utilizar as
mãos para semear, dizendo que gostavam de tocar na terra, isto porque muitas delas
trabalharam no campo. Depois de plantados e regados os bolbos, colocaram-se os vasos ao pé
da janela. As imagens que ilustram a realização desta actividade encontram-se no apêndice 7.
No fim da actividade o grupo reuniu-se e conversamos um pouco acerca do que foi
feito, onde aproveitei para perguntar que outras formas existem para semear e qual foi, para
eles, a finalidade desta actividade. No fundo, e explicando aos elementos do grupo, que era
importante, estabelecer metas, objectivos, ao longo da vida, e nunca se estar parado, e que
apesar das idades que têm, alguns já mais avançada, devem sempre começar algo, não
importando se irão terminar ou não, uma vez que o mais importante não é aquilo que irá ser
colhido, mas sim o que foi semeado.
Na quarta semana, no dia em que me dirigi ao Centro de Convívio do Muro de Abrigo,
comemorava-se o Dia Mundial do Animal, e para que este dia fosse lembrado pelos utentes,
decidi realizar uma actividade relacionada com este tema. Para esta actividade7 foram
utilizadas duas cartolinas que foram agrafadas de forma a tornarem-se numa só e que por sua
vez serviu de suporte às imagens dos animais e aos pequenos papéis que continham os
direitos dos animais. Estas imagens foram coloridas ao gosto de cada um.
6
7
Descrição da sessão no plano presente no apêndice 7.
Plano da actividade presente no apêndice 8.
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Durante a realização da actividade, algumas pessoas do grupo, enquanto pintavam as
imagens, cantavam, sendo que uma delas recitou também um poema. Esta actividade teve não
só como objectivo comemorar o Dia Mundial do Animal, mas também dar a conhecer os
catorze direitos que eles têm, bem como explicá-los. No apêndice 8 encontram-se as imagens
desta actividade bem como os direitos dos animais. Senti, com a realização deste exercício,
que em parte foi útil para o grupo, pois grande parte deste não tinha conhecimento acerca
destes direitos. Esta ideia surgiu de um trabalho realizado na disciplina de Cidadania e
Educação Social, e visa evidenciar a importância destes na sociedade em que vivemos,
salientando o respeito que devemos ter por eles.
Já na quinta semana, e por nesta se destacar o Dia Mundial da Alimentação, resolvi
realizar vários exercícios relacionados com este tema. Inicialmente a minha ideia para este dia
seria levar uma nutricionista ao Centro e complementar com algumas actividades criadas por
mim, mas devido à incompatibilidade de horários por parte da médica, não foi possível
realizar a sessão pensada.
Assim, e como referido anteriormente, elaborei algumas actividades 8 para serem
realizadas neste dia, começando por me reunir com o grupo onde expliquei o primeiro
exercício, que consistiu em cada um dos elementos dizer um nome de um alimento e o que
faria com esse, de seguida o elemento seguinte teria de fazer o mesmo e caso algum dos
utentes quisesse participar, dizendo o que faria com o alimento referido pelo colega poderia
fazê-lo, o que acabou por acontecer várias vezes. Um dos elementos do grupo referiu o tomate
e mencionou que com ele faria um doce, já o seu colega do lado interveio e mencionou que
com o tomate preferia fazer uma salada.
No segundo exercício proposto ao grupo coloquei vários produtos alimentares de
plástico e, não só (ver imagens apêndice 9), em cima da mesa onde nos encontrávamos
reunidos, e pedi a todos os elementos que os observassem com atenção pois iria ser necessário
para a realização do exercício. Depois de observados, coloquei um pano em cima dos
produtos de forma a cobri-los por completo e pedi ao grupo que me dissesse quais os que
observaram. Ainda no mesmo exercício, resolvi retirar alguns dos objectos que se
encontravam tapados, e depois de destapar os restantes, perguntei ao grupo quais os que
faltavam. Para além de fazer parte da comemoração do Dia da Alimentação, tentei que esta
actividade permitisse trabalhar algumas das capacidades cognitivas do grupo, entre elas a
8
Plano das actividades, presente no apêndice 9.
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visão, a memória e a concentração, que tendem a ser esquecidas e a declinar a partir de
determinada idade.
De seguida, formaram-se grupos de dois elementos e a cada um dos grupos distribui
uma folha que ilustrava um labirinto, onde o que propus a cada foi que encontrassem os
caminhos dos animais para os produtos que estes davam, como se pode verificar no apêndice
9. As espigas de milho teriam de ser ligadas ao pão, a vaca ao leite e a azeitona ao azeite.
Devido ao facto de estarem presentes neste labirinto algumas linhas entrelaçadas fez com que
a actividade não corresse como esperava, uma vez que estas causaram confusão e cansaço aos
idosos, que por sua vez não conseguiam fazer as ligações. Para eles a actividade estava a ser
complicada, e ao notar isso, decidi terminá-la, colocando de imediato um outro exercício.
Este exercício consistia em completar um crucigrama (ver apêndice 9), começando por
adivinhar as palavras na horizontal, para no fim e com a ajuda de todas as letras reunidas,
completar a palavra na vertical. Para que pudessem adivinhar as horizontais, fui dizendo
algumas frases, que constam no crucigrama, o que para o grupo foi fácil, à excepção da
última, que se referia à obesidade, e onde sentiram mais dificuldades em adivinhar. Também
este exercício, permitiu estimular as capacidades cognitivas, anteriormente mencionadas.
No último exercício, os utentes formaram grupos para numa cartolina montarem um
pequeno puzzle de uma roda dos alimentos, o objectivo para além de montá-lo foi colá-lo à
referida cartolina. Ao mesmo tempo que iam montando e colando o puzzle, implementei um
pequeno exercício, onde proferi parte de alguns provérbios relacionados com o tema para que
o grupo os completasse, para além destes os utentes também diziam alguns provérbios da sua
sabedoria, o que os permitiu avivar as memória e recordações. Depois de afixada a roda dos
alimentos na cartolina, cada grupo recortou alguns provérbios, que colaram também na
mesma.
Por último, deixei alguns folhetos na instituição, para que através da informação contida
neste, todos os que o lessem pudessem ter uma melhor noção dos alimentos que devem comer
em maior quantidade e aqueles que devem evitar. Alguns utentes perguntaram se podiam
levar o folheto para casa, ao que respondi que podiam. Este folheto encontra-se presente no
apêndice 9. No fim desta actividade, a auxiliar do Centro informou-me que tinha gostado da
actividade realizada na semana anterior (a actividade referente à Comemoração do Dia do
Animal). No já referido apêndice 9, encontram-se algumas imagens da realização desta
actividade.
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Uma vez realizadas actividades que promoviam as capacidades cognitivas e mentais
do grupo, decidi proporcionar nesta sexta semana, uma actividade onde fosse possível
desenvolver a coordenação óculo-manual, a concentração, mas sobretudo proporcionar
momentos de distracção e diversão. No fundo pretendi que o grupo se divertisse.
A actividade9 realizada tem como nome bola ao alvo. Para a realização desta, pendurei
o alvo na parede, a uma pequena distância do grupo. Expliquei então que cada deles teriam
algumas tentativas para acertar com a bola no alvo (que por conter velcro prendia a bola) e
que quanto mais próxima ficasse do centro, mais pontos teriam (figura 10). No decorrer do
jogo fui anotando as pontuações que faziam, consoante o valor onde a bola ficava presa.
Terminada a actividade, divulguei as pontuações finais ao grupo, que por sua vez se
encontram no apêndice 10.
Durante a realização deste exercício, alguns elementos do grupo (sobretudo
masculinos) estavam entusiasmados e chamavam os colegas, que não se encontravam no
grupo, para participarem. Contudo notei que os elementos femininos do grupo estavam
pessimistas, uma vez que afirmavam não serem capazes de acertar no alvo, no entanto tentei
mostrar que seriam capazes, incentivando-as.
Figura 10 - Material utilizado: alvo e as
respectivas bolas (Fonte: Própria)
Na sétima semana de estágio nesta instituição, decidi proporcionar ao grupo de utentes
uma sessão de cinema, onde foi visualizado o filme “O Pai Tirano” (figura 11).10
Neste dia cheguei relativamente mais cedo, para que houvesse tempo para visualizar
todo o filme, sem que fosse necessário interferir com a hora de lanche dos utentes. Para dar
9
Presente no apêndice 10.
Plano da actividade e sinopse do filme, presentes no apêndice 11.
10
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inicio à actividade, todos os elementos encontravam-se sentados nas cadeiras e sofás da sala
de convívio, em frente à televisão, onde visualizaram o filme durante cerca de duas horas.
Com a visualização deste filme, tentei proporcionar ao grupo uma actividade que os
permitisse relaxar, através do riso e da diversão causada pela história do filme, pois, na minha
opinião estes sentimentos são muito importantes quando sentidos por pessoas da faixa etária
do grupo do Muro de Abrigo e, como tal, concordo com Solomon (1996) citado em Lima
(2004: 54-55), quando afirma que rir e dar uma boa gargalhada relaxa, aumenta a
produtividade e a satisfação.
Figura 11 - Dvd do filme “O Pai Tirano”.
(Fonte: Própria)
Para o encontro com o grupo do Centro de Convívio do Muro de Abrigo na oitava
semana do meu estágio, preparei uma actividade11 relacionada com a mímica. Com esta
pretendi estimular o desenvolvimento motor e o relacionamento em grupo (figura 12), para tal
preparei vários cartões (figura 13) que continham nomes e imagens de diferentes profissões
(estes encontram-se no apêndice 12); foram colocadas imagens, porque existem pessoas na
instituição que não sabem ler. Estes cartões foram colocados num saco, e cada elemento do
grupo retirava, aleatoriamente, um cartão, visualizava a profissão que lhe saía e através da
mímica tentava demonstrar essa mesma profissão, para que os restantes elementos a
conseguissem adivinhar.
Apesar da ajuda que dei durante a actividade, na minha opinião os gestos que foram
feitos não eram suficientemente expressivos para o grupo, de tal modo que penso que esta
actividade não correu como tinha planeado. De seguida, iniciei um diálogo com o grupo
11
Ver plano da actividade no apêndice 12.
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relacionado com o tema do exercício anterior, onde perguntei quais as profissões que
achavam mais importantes, quais foram as mais rentáveis no passado e quais a de hoje. As
respostas variaram consoante a experiência de vida de cada um.
Antes da hora do lanche dos utentes, estive a conversar e a jogar dominó com dois
deles na sala de convívio, durante algum tempo.
Figura 12 - Grupo participante na
actividade (Fonte: Própria)
Figura 13 - Cartões com profissões
ilustradas (Fonte: Própria)
Na nona semana em que me dirigi ao Centro de Convívio do Idoso na Associação
Muro de Abrigo, comemorava-se o 12º aniversário da criação do concelho da Trofa. Perante
este facto, não quis deixar passar esta em vão, por essa razão decidi que as actividades 12, que
iriam realizar, seriam alusivas a esse tema.
Como primeiro exercício, coloquei no centro da mesa onde eu e o grupo nos
encontrávamos, uma folha com a palavra Trofa na vertical (apêndice 13) e pedi a cada
elemento do grupo que dissesse uma palavra que se lembrasse quando o nome da cidade era
mencionado. As palavras mais proferidas foram: “família”, “bonita”, “feira”, “trofense”,
“Nossa Senhora das Dores”, “procissão”, “feira das sementes”, “fogo-de-artifício”,
“concelho”, tristeza e “trânsito”.
Para cada uma das escolhas pedi que o grupo justificasse a sua opção, ao que
responderam família, devido ao facto família de muitos deles viver no concelho da Trofa;
bonita, porque assim a acham; feira, por esta se realizar semanalmente aos sábados e por
alguns dos elementos se deslocarem até lá para fazerem algumas compras; trofense por ser o
nome dado a cada habitante da cidade e por ser o clube de futebol mais conhecido na mesma;
12
Plano da actividade presente no apêndice 13.
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Nossa Senhora das Dores por ser a padroeira da Trofa e por se realizar anualmente uma festa
em sua honra, frequentada por habitantes da terra, de fora e por vários emigrantes, e onde a
procissão, o fogo-de-artifício e a feira das sementes, que também foram referidos, fazem parte
e concelho por esta o ser. No entanto o grupo referiu duas palavras negativas relacionadas
com a cidade, uma delas foi “tristeza”, mencionado por uma senhora do grupo, devido ao
facto de ter perdido um familiar próximo no centro da cidade, referindo por isso que sempre
que por lá passa sente “um grande sentimento de tristeza”; trânsito também foi proferido, isto
porque o concelho, em várias alturas do dia, apresenta grandes filas de trânsito.
Posteriormente, perguntei a todos os elementos quais eram, para eles, as principais
diferenças que notavam na cidade, antes e depois de esta ser concelho, assim como o que não
existia e o que passou a existir com tal acontecimento, e o que lhes faz falta e que mais
precisam. Em maioria, o grupo respondeu que o hospital, a polícia municipal, o aumento de
saneamento, de transportes públicos, de farmácias e de lares, a Associação Muro de Abrigo
bem como a existência de convívios de seniores organizados pela Câmara foram as grandes
diferenças que notaram na cidade; a estação de comboios que está inactiva actualmente na
freguesia do muro, foi referida massivamente como o grande factor que mudou em toda a
cidade e aquele que mais comodidade lhes oferecia para se deslocarem no passado; quanto ao
que lhes faz falta actualmente, alguns dos elementos do grupo mencionaram em tom de
brincadeira que “fazia falta animar a malta”, dando o exemplo dos arraiais que antigamente
existiam com frequência e que actualmente são praticamente extintos, outros elementos
acrescentaram ainda que fazia falta um metro a passar por toda a cidade e um edifício onde
todos os serviços da Câmara Municipal se concentrassem.
Após esta conversa, que me permitiu ficar com uma ideia da perspectiva que os
utentes tinham em relação à cidade onde vivem, mostrei a todos eles um vídeo acerca do dia
em que a Trofa foi elevada a concelho, para que pudessem recordar tal dia. Ao fim da
visualização, perguntei ao grupo se tinham conhecimento da existência de um hino da Trofa e
se o sabiam cantar, ao que todos responderam que conheciam, mas que não sabiam toda a
letra da música. Com isto distribuí uma folha com a letra da canção (apêndice 13) por cada
elemento do grupo, para que acompanhados com música, pudéssemos cantar.
Por fim, pedi a todos os utentes que fizessem um poema sobre o concelho, onde dei
uma ajuda, sempre que era necessário. Este poema encontra-se no apêndice 13.
Concluídas as actividades, estive durante algum tempo a conversar e a jogar dominó
com alguns dos utentes.
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Dada a insegurança que se tem sentido nos últimos tempos e que tem vindo a
aumentar, afectando todas as faixas etárias e todo o tipo de negócios, achei pertinente realizar
uma sessão de esclarecimentos13, sobre este tema, aos utentes do Muro de Abrigo, onde contei
com a colaboração da presidente da instituição, Dra. Fátima Silva. Elaborei assim, a pedido
desta, uma carta14 para solicitar a presença da Guarda Nacional Republicana, que depois foi
entregue à directora que a remeteu, posteriormente, para a Guarda Nacional Republicana para
a realização da sessão, foi correspondida positivamente. Depois de aceite, o agente destacado
deslocou-se à instituição para conhecer as suas instalações. A apresentação do tema “Idosos
em Segurança”, foi elaborada pelo Núcleo de Programas especiais do Posto Territorial da
Trofa e apresentada pelo Sr. Agente Dias da Guarda Nacional Republicana. A esta sessão
assistiram cerca de vinte utentes e cujas imagens se encontram no apêndice 14.
No inicio da palestra o Sr. Agente começou por transmitir aos utentes que a segurança
começa em cada um de nós, pois devemos estar sempre atentos aos perigos existentes na
sociedade; posteriormente abordou o tema da segurança em diversos contextos, ou seja, a
segurança que os idosos devem ter em diferentes locais, tais como em casa, na via pública,
alertando-os para os perigos que existem nestes e em casos de burlas, bem como os
procedimentos a ter em conta nestes tipos de situações.
Durante a sessão, alguns dos utentes intervinham para, consoante as situações
abordadas, contarem casos que se tinham passado com eles. No fim da sessão, foram
colocadas algumas questões ao Agente.
Na última semana de estágio, e como se aproximava a época Natalícia, optei por
efectuar uma actividade15 prática relacionada a mesma. Decidi então propor ao grupo que
fizemos postais de Natal, uma vez que muitos dos utentes tinham netos e bisnetos, e por isso
achei que seria interessante oferecerem algo feito por eles. O material necessário para esta
actividade foi colocado em cima da mesa, à disposição de todos os utentes, que à sua escolha
e com a minha ajuda, decoraram os seus postais, fazendo-o através de várias técnicas, como o
recorte, a pintura de desenhos16 alusivos à época, e a colagem, o que os permitiu que estes se
exprimissem através do trabalho manual e que desenvolvessem alguma destreza manual e o
gosto por actividades plásticas (figura 14). Alguns dos utentes fizeram mais do que um postal,
13
Plano da sessão presente no apêndice 14.
Ver apêndice 14.
15
Plano da actividade presente no apêndice 15.
16
Encontram-se no apêndice 15.
14
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e ao longo da actividade cantaram músicas natalícias, o que me fez pensar que estavam a
viver o espírito natalício (figura 15).
Algumas das auxiliares da instituição, durante a actividade, dirigiam-se ao espaço para
verem os postais que estavam a ser feitos, dizendo que estavam “bonitos” e que acharam a
actividade “muito interessante”; os utentes por sua vez diziam que achavam engraçado a
barba do pai natal feita de algodão.
Figura 14 - Alguns dos utentes na elaboração dos postais de
Natal (Fonte: Própria)
´
Figura 15 - Alguns dos utentes e dos trabalhos realizados (Fonte: Própria)
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Ao longo dos três meses que aqui estive presente, tentei diversificar as minhas
actividades, sempre com objectivos concretos, como se pode verificar nos planos das
actividades em anexo. Para algumas destas actividades, tive em atenção as datas
comemorativas que poderiam existir, como foi o caso do Dia Mundial do Animal, do Dia
Mundial da Alimentação e do 12º Aniversário do Concelho da Trofa, e penso que estas
permitiram aos utentes da instituição recordar o dia comemorado, aprendendo um pouco mais.
No decorrer das actividades, o grupo mostrou sempre boa disposição, e, apesar de uma
ou outra não ter corrido como teria planeado, penso que fui criativo nas actividades
apresentadas e que estas correram bem e foram enriquecedoras para o grupo do Centro de
Convívio do Idoso.
Talvez por ter sido estabelecida uma ligação entre mim e o grupo, no último mês de
estágio, alguns dos utentes convidavam-me a lanchar com eles na instituição, o que nunca
chegou a acontecer, acontecendo sim, momentos em que jogava dominó com eles e se
passava algum tempo a conversar sobre os mais diversos assuntos. Por tudo isto, penso que a
minha passagem pela instituição foi positiva.
3.2.3. Propostas
Para além das actividades realizadas e mencionadas, caso a duração do estágio fosse
maior e se houvesse possibilidade, haveriam outras actividades que poderiam vir a ser
implementadas nesta instituição, nomeadamente algumas horas semanais, dedicadas aos
utentes que não sabem ler nem escrever, dado que existe esta carência neste centro. Assim,
penso que com a minha ajuda e com a dos restantes utentes, poderíamos minimizar essa
dificuldade.
Para além disso, seria também interessante, a criação de um grupo de cantares,
constituído por todos os utentes do Centro de Convívio do Idoso, uma vez que, ao longo
destes três meses, pude constatar que este grupo é bastante animado e bem-disposto e através
das conversas que estabelecíamos, alguns deles confidenciaram-me o seu gosto pela música.
Com a formação deste grupo, seria importante divulgá-lo, mostrando assim o seu trabalho,
através da presença deste noutras instituições e em festas do concelho, envolvendo assim a
comunidade.
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3.2.4. Actividades desenvolvidas no Centro Social e Paroquial S.
Martinho de Bougado – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Antes de iniciar o meu trabalho no Centro de Dia desta instituição, fui conhecer as
suas instalações, bem como o material existente e fui apresentado pela minha tutora a uma
funcionária do centro, que, após conversarmos, me informou que poderia ajudar na realização
de trabalhos manuais alusivos ao Natal, isto porque, a instituição todos os anos e por esta
época, costuma efectuar uma exposição para mostrar e vender os trabalhos realizados pelos
utentes e, informou-me também de algumas dificuldades que os utentes tinham, muitos deles
devido à doença de Alzheimer.
Neste centro, durante o período de estágio, estive presente às terças-feiras durante
cerca de uma hora, das 11h00 as 12h00, posteriormente, e já durante o estágio, fui informado
que iria acompanhar, no último mês, as aulas de ginástica e de Boccia (como indica o horário
presente no Anexo II).
Tal como referido na instituição anterior, era importante conhecer o grupo com quem
iria trabalhar, para que fosse mais fácil a minha interacção com este. Assim, optei por utilizar
a mesma técnica que foi efectuada na apresentação do grupo do Muro de Abrigo, ou seja, a
actividade com o novelo de lã e a do “enigma das folhas”, como primeira actividade na
primeira semana17. Esta actividade foi realizada no pátio da instituição, onde cerca de trinta
utentes se encontravam sentados virados uns para os outros; estavam mais cinco utentes
presentes do que o normal, por ser a primeira vez que me encontrava no centro, o que suscitou
curiosidade por parte destes. Durante a actividade estiveram presentes dois voluntários, para
me auxiliar sempre que fosse necessário, o que por vezes acontecia, para me informarem
acerca das dificuldades sentidas por cada utente.
Dado que o grupo era extenso e que alguns utentes tinham dificuldades auditivas, para
realizar esta actividade optei por ir ao encontro de cada um, com o novelo, e fazer as
perguntas junto deste, e ao fazê-lo reparei que alguns deles tinham dificuldade em lembrar-se
da idade e da profissão que tiveram no passado. Ao longo da actividade, notei que, conforme
as respostas que ia tendo, a maior parte das senhoras tinham sido domésticas ou tinham
trabalhado na agricultura, já os senhores tinham trabalhado maioritariamente no ramo
industrial.
17
Plano da actividade presente no apêndice 6.
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Por fim, terminada a actividade, estive à conversa com alguns dos utentes e apresentei
a minha proposta18 da actividade que pretendia realizar na semana seguinte, bem como o
material que iria precisar, à funcionária responsável. Esta, por sua vez, sugeriu que trouxesse
algumas vezes, desenhos para colorir, dado que os utentes do centro de dia gostavam muito de
pintar.
Pensei que estas duas actividades de apresentação que realizei não iriam correr muito
bem, devido às dificuldades dos utentes que me foram apresentadas no primeiro dia, mas
curiosamente correu bem e senti-me bastante à vontade com o grupo. Estas permitiram
desenvolver o autoconhecimento de cada utente, bem como a interacção deste com o grupo.
Na segunda semana, quando me dirigi às instalações do centro de dia, os utentes
encontravam-se sentados no pátio, por a sala de actividades estar ocupada e por isso acharam
que seria a melhor maneira de efectuar a actividade, mas para que esta pudesse ser feita, eram
necessárias algumas mesas, pelo que tive de colocá-las ao pé dos utentes, juntamente com a
ajuda de alguns voluntários. Apesar disso, e dadas as condições que na minha opinião não
eram as mais favoráveis, deu-se inicio à actividade19 que tinha proposto à responsável na
semana anterior, ou seja, a realização de uma capa arquivadora. Ao longo da actividade,
apercebi-me que a elaboração desta estava a ser um pouco complexa para o grupo, visto que,
alguns deles estavam a sentir dificuldades no recorte das cartolinas, e como não conseguia
auxiliá-los todos ao mesmo tempo, optei então por distribuir alguns desenhos a alguns
elementos do grupo para colorirem, terminando as capas arquivadoras com os restantes.
Os utentes ficaram agradados pela solução que lhes apresentei e por estarem a pintar.
Um facto que achei curioso foi que alguns elementos gostavam de ter a minha opinião sobre
qual a cor que deviam utilizar, não pintado outras partes do desenho sem me consultarem, ao
que eu dizia que podiam pintar com as cores que mais lhes agradassem, porque o mais
importante era que estivessem a gostar do que estavam a fazer e que lhes permitia desenvolver
a criatividade e a destreza manual. Alguns dos trabalhos realizados encontram-se ilustrados na
figura 16.
18
19
Proposta presente no apêndice 16.
Plano da actividade presente no apêndice 17.
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Figura 16 - Alguns dos trabalhos efectuados
(Fonte: Própria)
Ao longo das actividades os utentes estavam, um pouco, descontentes por sentirem
frio. Penso que esta actividade, devido ao que mencionei anteriormente e ao que tinha
previsto, não correu da melhor forma, mas apesar disso achei que, perante as dificuldades
sentidas pelo grupo no inicio, tive a capacidade de apresentar uma alternativa, que foi ter
levado os desenhos para coloriram.
No fim, e tal como na semana anterior, entreguei a proposta20 da actividade seguinte,
juntamente com o material necessário, à funcionária responsável, que me informou que não
iria conseguir arranjar todo aquele que precisava, informando-me também que na semana
seguinte, por ser feriado dia 5 de Outubro de 2010, não iria ser necessária a minha presença na
instituição.
Chegada a terceira semana de estágio, a minha actividade21 foi realizada nas sala de
actividades com todas as condições necessárias à mesma, e onde os utentes se encontravam
sentados e dispostos ao longo de algumas mesas. De seguida, coloquei o material necessário
ao pé de cada utente, expliquei em que consistia a actividade, e tal como nas actividades
anteriores, mostrei qual seria o resultado final. Importa referir que as actividades efectuadas
pelos utentes, eram previamente elaboradas por mim, para que no dia pudesse mostrar qual o
resultado final.
Durante a realização desta actividade, dirigi-me a cada um dos utentes, perguntado se
precisavam da minha ajuda, ao que alguns respondiam que sim. As dificuldades incidiram-se
maioritariamente no inicio, quando foi necessário colocar água nos frascos, pois alguns
20
21
Ver proposta no apêndice 17.
Plano da actividade presente no apêndice 18.
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utentes tremiam, e no fim, quando foi para colocar um fio de ráfia em torno da tampa deste,
devido à falta de força.
A actividade não foi totalmente terminada, como mostram as figuras presentes no
apêndice 18, porque estava na hora da refeição dos utentes, onde ficaram por colocar as
pétalas no cimo dos frascos, o que foi efectuado na semana seguinte.
Chegada a quarta semana, e como referido anteriormente, o grupo juntou-se na sala de
actividades onde terminaram a actividade anterior, para tal dispus as pétalas junto de todos os
elementos, onde o objectivo era colar uma no topo de cada frasco. No decorrer deste
exercício22, estive sempre à conversa com os utentes e reparei por sinal que alguns deles eram
um pouco “preguiçosos”, pois estavam sempre a dizer que não eram capazes de concluir a
actividade. Nesta situação dirigi-me a cada um, pedindo para este fazer a actividade e dizendo
que seria capaz, o que na minha opinião, me fez pensar que estes precisavam de um pouco de
atenção.
Apesar disso, de uma forma geral, a actividade correu bem e os utentes gostaram de
ver as bolas de gelatina a crescer no interior de cada frasco. Permitiu assim que estes
desenvolvessem a sua habilidade manual. As figuras presentes no apêndice 19 demonstram o
resultado final da actividade.
Esta actividade terminou mais cedo do que a hora normal, como tal perguntei ao grupo
se pretendia começar a actividade seguinte, já preparada, ao que responderam que não valia a
pena, optei então por ocupar o restante tempo para conhecer melhor os utentes, perguntando
sobre o que gostavam mais de fazer, se tinham netos, entre outras questões.
No fim, alguns utentes ajudaram-me a arrumar o material que restava da actividade e
estivemos um pouco à conversa, onde depois me dirigi à funcionária responsável pelo sector,
para entregar a proposta23 para a actividade da semana seguinte.
Nesta semana, e a quinta do meu estágio, aquando a chegada à instituição, alguns dos
utentes perguntaram-me se sempre iriam fazer saquinhos perfumados24, uma vez que lhes
tinha informado sobre tal na semana anterior. Depois de lhes confirmar, coloquei o material
(algum fornecido pela instituição e o restante por mim) junto de cada elemento do grupo, e
22
Plano do exercício presente no apêndice 19.
Proposta presente no apêndice 19.
24
Plano da actividade presente no apêndice 20.
23
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individualmente elaboraram os saquinhos. Durante a actividade ajudei o grupo em todas as
etapas, onde pude constatar que na última, em que era necessário fazer um nó ao fio que
fechava o saquinho, alguns dos utentes sentiram dificuldades, pelo que os incentivei e os
tentei animar, fazendo com que concluíssem os saquinhos. Esta actividade permitiu, para além
de cada um superar o pessimismo e a falta de capacidade, desenvolver a habilidade e a técnica
manual do grupo.
Para que esta se tornasse mais animada, desafiei alguns dos utentes a cantar músicas
conhecidas e do seu tempo, ao que alguns participaram de forma animada. Esta actividade foi
realizada em duas semanas (na quinta e na sexta semana), pois na primeira, a funcionária
responsável visualizou o desenvolvimento e o resultado da actividade realizada e sugeriu que
fossem feitos mais saquinhos, uma vez que são produtos que iriam agradar os visitantes da
exposição. Sendo assim, a proposta apresentada para realizar uma outra actividade, ficou
válida para a sétima semana. O resultado final das duas semanas encontra-se no apêndice 20.
Na sétima semana de estágio, que me dirigi ao centro de Dia do Lar Padre Joaquim
Ribeiro, comemorava-se o dia de S. Martinho, e como tal, decidi levar alguns desenhos
alusivos a este dia e ao Outono25, para que os utentes pudessem colorir, uma vez que a
responsável me tinha informado que esta era uma das actividades que o grupo mais gostava de
fazer.
Durante a actividade os utentes pediam a minha ajuda para saberem quais as cores que
utilizavam para colorir os desenhos, ao que lhes dizia para pintarem conforme queriam.
Também auxiliei uma senhora de 92 anos a pintar o seu desenho, pois encontrava-se triste e
afirmava que não conseguia pintar. Alguns utentes pintaram mais do que um desenho, no
entanto houve outros que não conseguiram acabar de pintar o seu, terminando-o depois do
almoço, o que aconteceu com um senhor, que me informou que iria terminar o seu desenho
assim que terminasse de almoçar e me avisou antes da aula de ginástica, que já o tinha
concluído. Ao fim da actividade, entreguei a minha proposta26 para a semana seguinte, à
funcionária responsável, para que tivesse conhecimento e para que pudesse arranjar e
disponibilizar os materiais necessários. Algumas imagens desta actividade bem como alguns
exemplos dos desenhos coloridos encontram-se no apêndice 21.
25
26
Plano da actividade no apêndice 21.
Proposta da actividade presente no apêndice 21.
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Na oitava semana de estágio, a actividade foi realizada no bar do Lar, uma vez que a
sala de actividades se encontrava ocupada. Foram colocadas as cadeiras e as mesas, de forma
a que o grupo estivesse junto para realizar a actividade, e os materiais em cima das mesas.
Devido ao facto deste local se encontrar no piso de baixo, apenas participaram os utentes com
mais mobilidade o que levou a que participasse um menor número do que o habitual.
Iniciada a actividade27, esta consistia em elaborar postais de Natal. Para isso, comecei
por “dividir” o grupo, organizando-o consoante as suas capacidades, isto é, os que melhor
recortavam, os que melhor dobravam, que eram na sua maioria do sexo masculino; os
restantes, na sua maioria mulheres, pintavam. À medida que os desenhos ficavam terminados,
estes eram colados nas cartolinas previamente cortadas e dobradas, que assumiam diferentes
formas e cores. Esta actividade permitiu que o grupo trabalhasse em conjunto e que
desenvolvesse algumas das suas capacidades, entre elas a criatividade e a imaginação, uma
vez que os postais eram decorados consoante o gosto de cada um dos utentes. O resultado
final pode ser visto no apêndice 22.
Por fim, foi entregue da minha parte à funcionária, a proposta28 para a actividade da
semana seguinte.
Na penúltima semana, em que estive no Centro de Dia, realizei mais uma actividade29
para ser exposta, juntamente com as outras já efectuadas, na exposição que viria a ser
realizada. Esta consistia em elaborar pequenos blocos de notas, onde cada um continha uma
letra do abecedário, que era feita a partir de materiais como o feijão. Esta suscitou algumas
dificuldades ao grupo, devido ao facto de a cola líquida se colar aos dedos e de o feijão
utilizado ser pequeno. Apesar disso, a execução desta actividade proporcionou ao grupo o
desenvolvimento da precisão manual e das suas aptidões técnico-manuais, assim como o
convívio entre todos os elementos, uma vez que a boa disposição se instalou ao longo de toda
a actividade, onde alguns dos elementos cantaram.
Ao fim, uma das senhoras do grupo, informou-me que ainda não tinha terminado o
postal que tinha começado a fazer na semana anterior, ao que disse para não se preocupar e na
próxima semana, tanto os postais como os blocos de notas seriam terminados.
27
Plano da actividade presente no apêndice 22.
Proposta presente no apêndice 22.
29
Plano da actividade realizada presente no apêndice 23.
28
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Tal como referido anteriormente, a última semana de estágio, permitiu ao grupo
concluir os trabalhos que anteriormente não foram terminados30 (figura 17). O grupo reuniuse no bar da instituição, uma vez que não foi possível abrir a sala de actividades, o que levou a
que o número de elementos fosse menor, uma vez que só alguns deles é que tinham
mobilidade para se dirigir para este lugar (figura 18).
Ao grupo juntou-se um novo elemento, tinha chegado no dia anterior à instituição e
estava sempre aborrecido, o que, na minha opinião, era devido ao facto de ainda não estar
familiarizado às pessoas nem à instituição. Durante a actividade, como este falava muito alto,
alguns dos elementos do grupo não gostava, o que os levava a fazer comentários
depreciativos. Ao ver a situação, expliquei ao grupo que o novo colega precisava de apoio e
de ajuda para se integrar. Neste dia, dei um pouco mais de atenção ao novo elemento do grupo
para tentar integrá-lo no mesmo, o que foi um pouco difícil ao início, uma vez que este não
queria participar nas actividades. Depois de alguma insistência, consegui que colocasse as
barbas numa imagem do pai natal de um postal, o que achou engraçado, mostrando vontade
de fazer mais.
Figura 18 - Grupo de trabalho
(Fonte: Própria)
Figura 17 - Alguns trabalhos
terminados (Fonte. Própria)
Nesta instituição, penso que todos os utentes ficaram satisfeitos com o meu trabalho,
isto porque todos eles puderam participar das mais diversas formas, achando-se úteis de
30
Plano da actividade presente no apêndice 24.
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alguma forma. Isto deveu-se talvez ao facto de ter planeado actividades simples, onde tive em
atenção as capacidades do grupo, e por isso penso que qualquer pessoa as poderia fazer.
No último mês, e como referido anteriormente, estive a acompanhar as aulas de
ginástica, realizadas com a Professora Neusa com os utentes do Centro de Dia. Estas tinham
lugar num espaço dedicado à ginástica, no Lar Padre Joaquim Ribeiro, às terças-feiras, das
15h às 16h31.
Estas aulas de ginástica assumem um papel bastante importante, em todos os utentes,
mas para que estes possam desfrutar de uma vida saudável, é necessário que tenham
independência, e é na actividade física que realizam no Centro de Dia, que a encontram, é esta
que lhes permite participar num processo social de convivência de modo a que mantenham
boas condições físicas, para uma melhor qualidade de vida.
A prática de exercício físico neste grupo, não só é importante para melhorar a
condição física deste, mas também é um bem necessário para fugir à depressão e conviver
socialmente. Sempre que respeitado nas suas condições e nos seus limites, este reage de uma
forma muito positiva e participativa à actividade física, o que acontecia aquando a realização
destas actividades, onde era iniciada por mim e pela Professora Neusa, na maioria das vezes
na sala de convívio, uma conversa com todo o grupo de utentes, para que o pudéssemos
motivar à prática de exercício e para que estes participassem nas actividades que iriam ser
realizadas. Eram dadas também algumas informações acerca do corpo e das capacidades de
cada um para que este tivesse essa noção e aprendesse a lidar com a mudança do mesmo,
tirando proveito de sua condição física e com isso, prevenindo e mantendo a sua autonomia
plena, pois, e como cita Jacob (2007: 54), com a idade estas capacidades vão-se perdendo,
chegando ao ponto de se perder o próprio esquema corporal. É possível ajudar o idoso a
readquirir estas competências e a prevenir o seu declínio, com exercícios psicomotores, assim
como com actividades de estimulação sensorial.
Para o desenvolvimento das capacidades perdidas pelos utentes, aplica-se um esquema
de exercícios a serem realizados por estes, o que foi efectuado no Centro de Dia e que se
encontram presentes no apêndice 25, de forma detalhada. Todos estes exercícios são
importante para cada elemento do grupo, uma vez que, e como menciona Jacob (2007: 54) o
exercício físico regular pode aumentar a força muscular e a resistência muscular, aumentar a
flexibilidade, aumentar o fluxo sanguíneo para os músculos, diminuir lesões musculares,
melhorar a coordenação e promover o convívio.
31
Horário no anexo II.
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Apesar de participarem nas actividades físicas propostas, reparei que o grupo de
utentes preferia ficar acomodado nos sofás e cadeiras, sendo poucos os elementos que se
dirigiam ao espaço da actividade, por vontade própria. Por este motivo, e como já referido, eu
e a Professora, iniciávamos um diálogo para que estes se motivassem. A música, por vezes
também estava presente na realização das actividades, para que os utentes se divertissem e
fizessem com maior facilidade os exercícios propostos. Neste centro de dia, participei nos
exercícios, ajudei a Professora na realização dos mesmos e na exemplificação destes, na
movimentação dos utentes, auxiliando-os também a fazer os exercícios propostos. Estes
tinham como objectivo trabalhar os membros superiores, inferiores e o tronco, como
demonstram as imagens presentes no apêndice 25. Para a realização destes exercícios, muitas
das vezes eram utilizados diversos materiais, entre eles bolas de borracha.
Para além das dificuldades físicas que estes utentes têm, reparei que estes realizavam
os exercícios com muita roupa, o que dificultava alguns movimentos ao longo da actividade.
Nesta, também se tentava que os utentes com menor dificuldade ajudassem os de maior,
fazendo com que estes interagissem e convivessem.
Após as actividades físicas que os utentes realizavam e que foram já referidas, estes
dirigiam-se ao espaço das refeições para lancharem. Enquanto decorria o lanche, aproveitava
para preparar o recinto onde iria ser realizada a sessão de Boccia, posicionando as cadeiras e o
material nos devidos lugares, bem como as cadeiras para as pessoas da instituição que
assistiam. Ao fim, por volta das 16h20, e enquanto o Professor Cândido, que iria realizar a
actividade, não se encontrava no local, reencaminhava os utentes para o espaço, ajudando-os a
prepararem-se para o jogo. Neste eram formados pequenos grupos, onde jogavam seis
elementos de cada e durava cerca de uma hora.
Na primeira semana, e antes de ser dado inicio ao primeiro jogo, o Professor explicou
ao grupo como funcionava o jogo e quais os seus objectivos (apêndice 26), seguindo para a
prática, onde nas semanas seguintes coordenei o jogo, juntamente com o Professor. Este,
inicialmente, era apenas direccionado para pessoas com paralisia cerebral, mas,
posteriormente, foi adaptado para pessoas de terceira idade, sob forma de lhes proporcionar
um misto de desporto e de convívio, permitindo-lhes deste modo um envelhecimento activo.
Para este jogo, além de boa disposição, são também necessárias a habilidade e a inteligência,
para executar boas jogadas.
Durante as quatro semanas em que acompanhei a realização deste jogo, pude verificar
que alguns dos utentes não tinham força necessária para atirar as bolas, mas apesar disso todo
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o grupo se mostravam entusiasmado. Alguns dos elementos do grupo, mostravam já algumas
jogadas eficazes, quando participavam.32
3.2.5. Propostas
Sendo o Boccia uma actividade realizada nesta instituição, seria interessante poder
implementá-la em algumas das instituições seniores do concelho, para posteriormente serem
organizados torneios entre elas. Com a realização destes iria promover-se uma competição
saudável e o convívio entre todos os utentes.
Seria também interessante organizar uma hora de conto, onde os utentes desta
instituição recitariam algumas histórias às crianças das escolas do concelho, e com isto
proporcionar um encontro intergeracional.
3.2.6. Actividades desenvolvidas na Irmandade da Santa Casa da
Misericórdia da Trofa
Antes de iniciar o meu estágio nesta instituição, dirigi-me à mesma com a minha
tutora, onde fui apresentado à Doutora Ana Isabel, responsável pelo Centro de Dia e onde me
foram apresentadas as instalações deste Centro. Posteriormente, reunimo-nos no gabinete da
Doutora, onde me questionou se tinha alguma proposta para realizar, ao que respondi
negativamente, uma vez que era necessário conhecer o tipo de população do Centro e as suas
capacidades, e onde foi abordado o meu horário, sendo este às quintas-feiras, das 15h às 16h
no Centro de Dia, e posteriormente em acompanhamento de aulas de ginásticas, às segundasfeiras, das 10h às 11h (anexo II). Após esta abordagem, a Directora esclareceu-me acerca do
tipo de utentes que frequentavam o Centro de Dia, bem como as suas capacidades e as suas
maiores dificuldades.
Na semana seguinte, e chegado ao Centro de Dia da Irmandade da Santa Casa da
Misericórdia, entreguei a minha proposta, com a devida calendarização, à responsável pelo
centro (esta encontra-se no apêndice 27). Esta proposta consistia em realizar uma peça de
teatro alusiva ao dia de S. Martinho, que seria posteriormente apresentada no dia 11 de
32
No apêndice 26 encontram-se algumas imagens dos utentes a jogar Boccia.
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Novembro de 2010, altura em que se comemoraria esta data. Achei interessante que
assistissem à peça de teatro, algumas crianças das escolas do concelho, sob de forma de reunir
duas gerações distintas, e por fim realizar um lanche convívio com todos os presentes. A
proposta foi inicialmente aceite pela responsável, que mencionou ser interessante. Fazer a
peça de teatro proposta, seria trabalhar por etapas, desde a elaboração do guião, à criação do
cenário até ao dia de estreia, onde todas elas implicam a participação de todos os utentes e
responsáveis do centro, isto porque na minha opinião fazer teatro é mais importante que o ver,
isto é, o processo de criação do espectáculo é mais importante do que o espectáculo em si.
O principal objectivo que me levou a propor este tipo de actividade, para além de
proporcionar um encontro e convívio intergeracional, seria promover a participação, a
relação, a criatividade, a expressividade e outras dimensões ligadas ao desenvolvimento social
e pessoal.
Após dar a conhecer a minha proposta, informei a Doutora Ana Isabel, de que tinha
preparado uma actividade33 para realizar nessa tarde com o grupo de utentes do Centro. Esta
tinha como objectivo fazer a apresentação de todos os elementos do grupo, através de alguns
jogos, no entanto tal não foi possível, uma vez que a responsável me informou que alguns
elementos do grupo estavam a realizar uma actividade para o dia do idoso (figura 19). Afim
disso, solicitou-me que participasse também nesta actividade, pesquisando na internet frases
de carácter positivo sobre o idoso. Terminada a pesquisa, imprimi todas as frases e dirigi-me
para o espaço onde parte do grupo se encontrava a fazer flores de papel. Neste espaço, a
Doutora Ana Isabel, apresentou-me aos utentes, onde os informou que iriam estar comigo,
durante cerca de uma hora nas restantes semanas, a fim de realizarmos algumas actividades.
Com as frases que tinha imprimido, recortei-as em pequenos quadrados e agrafei-as às
flores que estavam a ser feitas e que posteriormente seriam distribuídas no Dia Internacional
do Idoso (1 de Outubro de 2010) (figura 20). No decorrer da actividade, questionei a
responsável do Centro se seria possível fotografar os utentes e a instituição, ao que me
informou que para tal teria de elaborar um requerimento à direcção da instituição, para obter a
devida autorização, assim como a cada um dos utentes.
Ao longo desta aproveitei também para ir conversando e conhecendo os utentes que se
encontravam no mesmo espaço que eu, uma vez que outros se encontravam nas proximidades
a jogar cartas e outros a ver televisão. Ao longo da conversa que estabeleci, questionei-os
acerca dos seus nomes, idades, profissão que tinham, se gostavam de estar no Centro de Dia
33
Presente no apêndice 6.
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da Irmandade e há quanto tempo estavam. Este diálogo permitiu colmatar a não realização da
actividade destinada a esta semana, cujo objectivo seria a apresentação de todos.
Neste dia permaneci cerca de duas horas na instituição, das 15h às 17h, uma vez que
achei que seria necessário ficar mais tempo do que o estabelecido, para auxiliar os utentes na
elaboração das flores34. Por fim, antes de sair da instituição, fiz algumas questões acerca da
instituição à Directora, para assim ficar a conhecer melhor o local onde estaria a estagiar.
Estas questões encontram-se num inquérito elaborado por mim e presente no apêndice 27.
Figura 20 - Grupo a realizar a actividade
(Fonte: Própria)
Figura 19 - Flores elaboradas pelos
utentes (Fonte: Própria)
Na segunda semana, e como mencionado na proposta entregue à responsável, iria
apresentar a ideia da realização de uma peça de teatro aos utentes do Centro de Dia, ouvir os
seus testemunhos e opiniões, bem como questionar-lhes se conheciam a história “A Lenda de
S. Martinho” e elaborar o guião da peça, mas tal não aconteceu uma vez que a Doutora Ana
Isabel solicitou a minha ajuda para a realização de um powerpoint alusivo ao Dia
Internacional do Idoso35. Este teria como objectivo reunir todas as fotografias tiradas às
actividades e saídas dos idosos, bem como algumas frases de incentivo a estes, numa
apresentação em powerpoint. No fim da actividade, entreguei a autorização36 efectuada por
mim, para que pudesse posteriormente tirar fotografias aos idosos e à instituição.
34
O plano da actividade encontra-se no apêndice 27.
Descrição da elaboração do powerpoint presente no apêndice 28.
36
Ver apêndice 28.
35
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Chegada a terceira semana, iria pôr em prática a primeira etapa para a realização da
peça de teatro, o que não se concretizou, uma vez que fui informado de que não iria ser
possível efectuar a peça de teatro, dado que eram poucos os idosos que iriam poder participar
e por não se poderem juntar à mesma hora para ensaiar e participar nos preparativos. Com
isto, conversei com a Doutora Ana Isabel, sobre algumas capacidades dos utentes, e ao fim,
sugeri que poderia ser interessante, levá-los a visitar algum local, como um museu, a Casa da
Música, a Casa de José Régio e a Casa de Camilo Castelo Branco, ao que me alertou para ter
em atenção a distância entre a instituição e o local que viria a ser visitado.
Depois desta reunião, como ainda restava algum tempo até terminar o meu horário e
dado que não pus em prática o que tinha preparado, a responsável informou-me que iria
realizar um jogo com os utentes, descreveu-o e sugeriu-me que a acompanhasse. Após ter
conhecimento deste jogo, propus que fosse realizada uma actividade em que se pudesse
desenvolver a memória do grupo, expliquei-lhe em que consistia e, com agrado e sem
conhecer a actividade, informou-me que iria pôr então em prática esta, em vez da que ela
tinha sugerido.
Esta actividade37 é semelhante à realizada na quinta semana, no Centro de Convívio do
Muro de Abrigo, diferenciando apenas no tipo de objecto utilizados, uma vez que foram
usados nesta instituição diversos objectos que se encontravam disponíveis aquando a
actividade (figura 21), ao contrário do que aconteceu no Muro de Abrigo.
Esta decorreu com boa disposição, como ilustra a figura 22, e teve como principal
objectivo treinar a memória visual de todos os utentes que participaram. Durante a actividade,
fui conversando com a responsável, que me informou que costumava realizar vários
exercícios com as letras do alfabeto, mas que fazia falta ter um abecedário grande para os
utentes que têm mais dificuldade em ler. Com isto, propus elaborar um abecedário grande,
mas ilustrado, isto é, com objectos que permitissem aos idosos aprender mais facilmente,
associando as letras aos objectos que vêem e usam no dia-a-dia. Estes poderiam ser coloridos
por eles e posteriormente recortados e colocados num suporte rígido. Esta sugestão foi aceite
pela responsável.
Ao fim, eu e a responsável conversámos, onde me confidenciou que tinha gostado da
actividade de memória que fora realizada. Informou-me também que caso colocasse, no
relatório, as fotografias que iria tirar, teria de elaborar uma autorização, para que cada utente
assinasse, autorizando que lhes desse uso.
37
Plano presente no apêndice 29.
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Figura 22 - Objectos do exercício
(Fonte: Própria)
Figura 21 - Decorrer da actividade
(Fonte: Própria)
Pela quarta semana, e como combinado na semana anterior, mostrei as letras do
abecedário ilustrado à responsável, que apreciou o trabalho efectuado por mim. Estas
encontram-se no apêndice 30. De seguida distribui as folhas pelos utentes e questionei-os
acerca da forma como gostariam de decorar o abecedário, explicando também qual o
objectivo pretendido com o mesmo. Estes optaram por colorir as letras com lápis de cor, como
mostra a figura 23, no entanto não conseguiram concluir a actividade38, o que seria feito na
semana seguinte. Na minha opinião esta actividade veio fomentar a capacidade do grupo em
conhecer as letras e assim colmatar as suas dificuldades em ler e mencionar os nomes do que
viam no dia-a-dia.
Figura 23 - Algumas das letras do abecedário
coloridas pelos utentes (Fonte: Própria)
38
Plano da actividade presente no apêndice 30.
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Ao fim da actividade, entreguei a autorização39 à responsável, para que os utentes a
pudessem assinar e informei-a que perto do fim do estágio mostraria as fotografias dos utentes
que iriam ser colocadas no relatório, para que pudesse saber a quem entregar a autorização.
Uma vez não que não iria ser possível efectuar a peça de teatro alusiva ao dia de S. Martinho,
sugeri à Doutora Ana Isabel que fosse realizado um arraial para comemorar a data, explicando
em que iria consistir e quais os seus objectivos, esta por sua vez concordou, dizendo que seria
uma boa ideia e perguntando quais os materiais que iriam ser necessários para o dia.
Já na quinta semana em que me dirigi ao Centro de Dia da Irmandade da Santa Casa
da Misericórdia, o objectivo seria concluir a actividade realizada na semana anterior, isto é, o
abecedário. No entanto, o que tinha previsto não foi realizado, uma vez que nesse dia estava a
decorrer uma palestra40 sobre as burlas aos idosos, com a presença de dois polícias, e onde fui
convidado pela responsável a assistir.
Durante a apresentação, foram abordadas diversas situações de burla, bem como os
seus tipos, como o conto do vigário; foi também mostrada a forma como os idosos se devem
comportar perante este tipo de situação, quer na via público ou em casa e como preveni-las.
Ao longo da palestra o grupo mostrou-se interessado e atento. Achei esta iniciativa
bastante interessante, uma vez que permitiu alertar e informar todos os utentes sobre as burlas
que muitos deles sofrem, prevenindo de alguma forma para a diminuição destes casos.
Ao fim da palestra, foram mostrados vídeos animados, para que o grupo descontraísse
e dançasse, proporcionando um momento de animação para todos, bem como o powerpoint
por mim elaborado na segunda semana de estágio. Ao visualizarem a apresentação, reparei
que os utentes gostaram de se ver nas fotografias e de terem recordado as actividades que
tinham realizado na instituição.
Por fim, apresentei à responsável, a minha proposta de actividade para a semana
seguinte, que seria o “Jogo dos pinos”, bem como de uma possível saída a realizar no dia 25
de Novembro de 2010 à Casa do Professor, na Trofa, onde expliquei os objectivos
pretendidos, ao que me informou que iria dar a conhecer a ideia à Direcção da instituição,
dando-me o seu parecer na semana seguinte. Esta ideia surgiu, porque estive em contacto com
uma antiga professora minha do ensino básico.
39
40
Consta no apêndice 30.
Plano da palestra e suas imagens presentes no apêndice 31.
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Nesta semana, iria propor o “Jogo dos pinos”, anteriormente mencionado, no entanto a
recepção da instituição informou-me que estava dispensado, uma vez que a Doutora Ana
Isabel e alguns dos utentes, não se encontravam na instituição.
Chegada a sétima semana de estágio no Centro de Dia, pus em prática o “Jogo dos
pinos”, cujo plano e imagens se encontram no apêndice 32. Com o grupo distribuído em
cadeiras num espaço de actividades, comecei por colocar os pinos numa mesa e por explicar
ao grupo o funcionamento do jogo. No início deste, cada utente fez uma tentativa,
experimentando assim o exercício, posteriormente o grupo foi dividido em duas partes, numa
delas encontravam-se os utentes com mais mobilidade, na outra os utentes que se
encontravam sentados e não tinham mobilidade suficiente para se deslocarem e atirarem a
bola aos pinos, ao que eu levava a mesa com os pinos até eles, para que pudessem jogar.
Esta actividade teve vários objectivos, entre eles desenvolver a motricidade do grupo,
a percepção visual bem como a concentração. Na minha opinião foi uma actividade divertida,
proporcionando momentos de animação e de convívio entre o grupo.
Na oitava semana, semana em que se comemorava o Dia de S. Martinho, cheguei à
instituição mais cedo do que o normal, para que desse tempo a preparar o espaço interior e
exterior, o fogareiro e a transportar os utentes para o local da actividade. Esta tinha como
principal objectivo proporcionar momentos de convívio entre todos os utentes e os
funcionários, bem como animar a tarde destes, garantindo uma tarde diferente 41. Estes
objectivos bem como o plano desta actividade encontra-se presente no apêndice 33.
Com os utentes e os funcionários da instituição, já no espaço, deu-se inicio ao
magusto, acendendo a fogueira onde foram assadas as castanhas. Durante a actividade a boa
disposição reinou no espaço, onde a música tradicional portuguesa fez relembrar os antigos
arraiais que os utentes frequentavam42. Alguns deles dançaram à volta da fogueira, enquanto
os outros se encontravam dentro da instituição a observar.
Depois de assadas as castanhas, estas foram distribuídas aos utentes e durante a
distribuição, em jeito de brincadeira, o grupo passava as mãos no carvão para depois sujar o
rosto de cada um. No fim da actividade, estive à conversa com alguns dos utentes, que me
deram os parabéns pela tarde animada que passaram e pela realização do magusto.
41
42
Imagens do Dia de S. Martinho presentes no apêndice 33.
No apêndice 33 encontra-se a lista de músicas.
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Na penúltima semana de estágio estive reunido com a Doutora Ana Isabel na
instituição, onde o assunto abordado foi a visita43 dos utentes à Casa do Professor na semana
seguinte. Aqui, foram discutidos pormenores e apresentadas as minhas ideias e objectivos.
Esta visita tem como principal objectivo proporcionar um intercâmbio sócio-cultural
aos idosos, bem como favorecer o convívio e a troca de experiências e vivências. Para além
disso, irá permitir ao grupo conhecer as instalações e o funcionamento de um espaço que foi
construído para juntar professores de ensino dos 1º, 2º e 3ºciclos, do secundário e
universitários, bem como promover um lanche convívio e a recitação de poemas por parte dos
utentes do Centro de Dia da instituição. Para tal, no fim da reunião, dirigi-me ao espaço onde
estes se encontravam, para dar a conhecer a visita que iria ser realizada bem como informar
aos que estivessem interessados em participar que poderiam elaborar um poema, para
recitarem no dia da visita na Casa do Professor. Três dos utentes disponibilizaram-se de
imediato para escreverem cada um poema, pelo que decidi auxiliá-los e escreverem e a
passarem dois deles para suporte informático, para que posteriormente fossem impressos e
recitados.
Chegada a última semana de estágio, realizou-se a visita à Casa do Professor, na
Trofa. Dirigi-me à instituição, onde ajudei a encaminhar os utentes para o veículo que os iria
transportar, no total eram seis, o número de utentes. O grupo não pôde ser maior, devido à
capacidade do transporte. Também no veículo se encontrava, para além de mim, a Doutora
Ana Isabel. Para o lanche convívio que se iria realizar, os utentes da instituição decidiram
fazer um bolo.
Chegados à Casa do Professor, os utentes assinaram uma dedicatória no livro que
pertence à Casa, onde ajudei os que não sabiam escrever e os que tinham mais dificuldade em
fazê-lo. De seguida, procedeu-se à recitação dos poemas elaborados por três dos utentes, uma
vez que os restantes não sabiam ler nem escrever. Estes poemas encontram-se anexo V.
Reparei que os utentes estavam orgulhosos com os elogios que receberam aos seus
poemas, pelos professores que encontravam na Casa. Após a recitação deu-se inicio ao lanche
de convívio entre todos os presentes, onde constatei que o grupo estava bastante satisfeito e
animado.
43
Plano da visita presente no apêndice 34.
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Terminado o lanche, a direcção da Casa do Professor deu a conhecer aos utentes as
instalações do edifício. Verifiquei que o grupo prestou atenção às descrições que eram feitas e
viu com entusiasmo cada espaço onde os professores se reuniam para as mais diversas acções.
Por fim, os utentes e alguns dos professores que se encontravam nas instalações, juntaram-se
para que fosse tirada uma fotografia de grupo, que posteriormente permitiria a ambos
recordarem aquela visita.
Na minha opinião, a realização desta actividade foi bastante útil para o grupo de
utentes, permitiu-lhes estabelecer contacto com professores e sensibilizá-los para a partilha de
experiências, com os diferentes grupos sociais, além disso, as visitas a qualquer que seja a
instituição tende sempre a proporcionar momentos de descontracção aos idosos. Algumas
imagens desta visita poderão ser consultadas no apêndice 34.
Tal como na instituição anterior, também na Irmandade da Santa Casa da Misericórdia
da Trofa acompanhei as aulas de ginástica realizadas pela Professora Neusa com os utentes.
Estas aulas tinham lugar à segunda-feira, das 10h às 11h, como consta no horário presente no
anexo II.
Dado o tempo livre que o grupo possuía, eram desenvolvidas actividades físicas que
visavam trabalhar os membros superiores, inferiores e o tronco, como se pode constatar nas
imagens presentes no apêndice 35 e, com isto, preparar o grupo para enfrentar dificuldades do
dia-a-dia, pois os exercícios proporcionados ajudam a fortalecer os músculos e os ossos, no
fundo a favorecer o desenvolvimento psico-motor. Os planos dos exercícios realizados
encontram-se no apêndice 35, onde muitas das vezes se constata a utilização de alguns
materiais, entre eles bolas de borracha. Estes exercícios eram efectuados num espaço, que na
minha opinião era pequeno, o que condicionava muitas das vezes estes exercícios.
Alguns dos utentes que se encontravam na instituição não tinham muita vontade de
praticar estes exercícios, apesar disso eu e a Professora tentávamos motivá-los, fazendo com
que estes os fizessem aos poucos. Penso que esta desmotivação por parte dos utentes se devia
à sua baixa auto-estima, alguns destes transmitiam através do olhar uma certa tristeza.
Como referido nas actividades que realizei nesta instituição, a realização de uma peça
de teatro seria uma proposta interessante para ser implementada nesta instituição, isto porque
este tipo de actividade, permitiria promover nos utentes o desenvolvimento de vários tipos de
capacidades, nomeadamente a criatividade, a expressividade, entre outras. Esta peça teria o
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seu ponto alto, aquando a sua divulgação ao público, sensibilizando-o para o interesse do
teatro e formando assim novos públicos.
Outro tipo de proposta que poderia ser colocada em prática seria a criação de uma
horta biológica, isto porque reparei que esta instituição possui um terreno que poderia ser
utilizado para o cultivo de alguns alimentos. A realização desta proposta iria proporcionar aos
utentes, com mais mobilidade, um contacto com a natureza e incutir neles o sentido de
responsabilidade, pois ao criarem a sua horta teriam de ter alguns cuidados com esta, como
regar, entre outros.
3.2.7. Actividades desenvolvidas na Escola Básica de Bairros
Nesta escola, estive no último mês de estágio, a acompanhar as aulas de ginástica,
efectuadas pelo Professor Henrique, com os alunos do 3º e 4º ano. Estas aulas decorriam à
quinta-feira, das 9h às 10h30 (anexo II) e eram divididas em dois blocos de 45 minutos, onde
o primeiro bloco era destinado à turma do 3º ano e o segundo bloco à turma do 4º ano.
As aulas que acompanhei ao longo do mês de Novembro eram de carácter físico e
proporcionavam o desenvolvimento motor, afectivo e psicológico de cada aluno, através das
actividades desportivas que eram realizadas. Pude constatar que estas, por meio de jogos e de
actividades lúdicas, promoviam a socialização e a interacção entre os alunos, para além disso,
contribuem para o sucesso educativo de cada um.
Os exercícios eram efectuados no polivalente ou no pátio da escola, dependendo das
condições climatéricas existentes. Era do agrado dos alunos quando estas decorriam no pátio,
pois aqui tinham mais espaço para poderem realizar certos exercícios e sentiam mais
liberdade naquilo que faziam. Quando decorriam no polivalente, os alunos do 3º ano
arrumavam as mesas e cadeias, para que o espaço fosse maior, e no fim da aula, os alunos do
4º ano, colocavam as mesmas nos lugares que estavam inicialmente.
No geral, os exercícios que acompanhei cingiam-se à prática de atletismo, onde eram
efectuados jogos de corrida com predominância aeróbica, corrida de estafetas, velocidade,
lançamento da bola, salto em comprimento, entre outros. Estes tinham como principal
objectivo o aperfeiçoamento e coordenação de habilidades e de capacidades condicionais e
coordenativas nas diferentes provas. No apêndice 36 encontram-se presentes os planos das
aulas que foram realizadas bem como imagens relativas ao espaço e aos materiais utilizados.
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Antes da prática dos exercícios, os alunos dirigiam-se para uma sala de aula onde era
efectuada a chamada de cada aluno, marcando a sua presença ou ausência, e posteriormente,
em cada semana, cerca de três ou quatro alunos eram responsáveis pelo material, levando-o
para a aula e guardando-o no fim, num armário disponibilizado para tal. O decorrer das aulas,
de uma forma geral, era normal, apesar disso e, por algumas vezes, os alunos faziam muito
barulho, pelo que era aplicado um castigo do qual os alunos não gostavam. Este consistia em
efectuar cerca de trinta saltos de canguru (agachados junto ao solo, teriam de saltar, esticando
o corpo, voltando depois à posição inicial).
Durante as três semanas em que acompanhei as aulas, verifiquei que os alunos
gostavam da minha presença nestas, onde por vezes me perguntavam, entusiasmados, se iria
ser professor deles. Apesar de apenas ter auxiliado, e não ter realizado uma actividade, criei
empatia com todos os alunos, que muitas das vezes vinham ter comigo, ao longo das aulas,
para conversarem e pedirem para que fizesse os exercícios com eles.
3.2.8. Actividades desenvolvidas na Escola Básica de Finzes
Também no último mês acompanhei as actividades44 de psicomotricidade, realizadas
às quartas-feiras, das 9h às 10h30, como se constata no horário presente no anexo II. Tal
como na escola anteriormente mencionada, também nesta a aula era dividida em dois blocos,
onde no primeiro eram realizadas actividades com um aluno do jardim-de-infância, durante
cerca de 45 minutos, sendo que no segundo e com a mesma duração, com uma aluna do 1º
ciclo que se encontrava numa cadeira de rodas.
Os exercícios eram realizados no interior da escola, num pequeno pátio à entrada do
jardim-de-infância da escola, e com diversos materiais, alguns apropriados às necessidades
dos dois alunos (ver imagens no apêndice 37).
Estes materiais foram utilizados nos exercícios de psicomotricidade realizados com
cada um dos dois alunos. Ambos tinham carências em algumas capacidades, no caso do aluno
este tinha algumas carências cognitivas, já com a aluna, esta apresentava algumas carências
físico-motoras. Antes das actividades, era estabelecida uma conversa com cada um dos
alunos.
44
Planos das actividades de psicomotricidade no apêndice 37.
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A psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do
esquema corporal, esta abrange a relação entre o atraso no desenvolvimento motor e o
intelecto da criança. A aplicação de exercícios através da psicomotricidade visa colmatar
essas carências e proporcionar o desenvolvimento psicomotor de cada criança.
No caso do menino do jardim-de-infância com quem foi realizado alguns exercícios,
estes tinham como objectivo orientar o aluno, explicando-lhe e distinguindo-lhe qual o lado
direito e qual o lado esquerdo, bem como ajudar-lhe na distinção das cores, não por ser
daltónico, mas sim por não ter uma noção de qual seria, por exemplo, a cor azul ou verde de
um determinado objecto. Com este, também se aplicou exercícios de psicomotricidade de
carácter físico-motor, para que o aluno pudesse desenvolver a capacidade e driblar, de atirar a
bola, entre outras. No decorrer das actividades, pude constatar que este menino não conseguia
executar o que era pedido, uma vez que quando era pedido que driblasse uma das bolas de
borracha, este chutava-a, não tendo a noção de quais os movimentos que eram pedidos para
este realizar.
Em relação à aluna, foram realizados exercícios para que desenvolvesse algumas
capacidades motoras, no que se refere aos membros superiores, nomeadamente às mãos, visto
que apresentava dificuldades em articular os dedos. Durante os exercícios, reparei que apesar
das dificuldades motoras, a aluna era inteligente e encontrava-se sempre bem-disposta e
empenhada na realização das actividades, cumprindo todos os exercícios com esforço.
Na segunda semana, pude realizar alguns exercícios com a aluna, dado que o professor
se ausentou por alguns momentos, onde aproveitei para fazer uma actividade em que a aluna
pudesse entrelaçar os dedos em fios, tentado assim movimentá-los.
Na última semana não foram realizadas actividades, uma vez que devido à greve da
função pública a escola se encontrava encerrada.
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Reflexão final
A realização deste estágio foi uma experiência enriquecedora, pois permitiu-me estar
em contacto com uma população de diversas faixas etárias e com características distintas. A
complexidade destas características foi para mim um desafio, desde logo porque me motivou
a realizar uma pesquisa bibliográfica, a avaliar criticamente diferentes perspectivas e, acima
de tudo, para além de reter diversos conhecimentos, permitiu-me procurar integrar conteúdos
de várias disciplinas no desenvolvimento do meu estágio. O facto de ter realizado uma
pesquisa bibliográfica no início do estágio, permitiu-me ter sido bem sucedido na passagem
por todas as instituições e nas actividades desenvolvidas nestas. Ao realizar estas actividades,
tive em atenção o facto de estas serem fáceis de executar pelo público-alvo e que o recurso
aos materiais para as realizar fosse reduzido. No início do estágio nem sempre foi fácil, uma
vez que na elaboração das actividades para os seniores senti algumas dificuldades, por ser um
grupo etário com o qual não estava familiarizado e porque, na minha opinião, ao longo do
meu percurso académico, este tipo de população nem sempre era abordado.
Contudo, consegui ultrapassar este factor menos positivo, adaptando-me às
características dos idosos, bem como superar a minha timidez, que se fez sentir no primeiro
mês de estágio. Estes proporcionaram-me experiências, que até então não tinha tido, através
das suas histórias e modos de pensar. Pude mostrar a todo o grupo que são pessoas que têm
valor e que sabem muito: no fundo fui eu que aprendi com elas e não elas comigo.
Penso que a duração deste estágio foi curta, o que fez com que dificilmente me
pudesse integrar num projecto global da Câmara Municipal da Trofa, tendo condicionado
também a execução de algumas propostas que pensara para cada uma das instituições onde
trabalhei. Um aspecto que deveria ser considerado é o reduzido número de páginas permitido
na elaboração de um relatório de estágio, imposto pela Escola no Regulamento de
Estágio/Projecto. Isto faz com que o estagiário se sinta limitado na abordagem de alguns
conteúdos que seriam importantes para o enriquecimento do seu relatório.
Por fim, e de uma forma global, foi um estágio com aspectos positivos, que me
permitiu perceber o modo de organização e funcionamento institucional, as suas fraquezas e
potencialidades, para assegurar a satisfação das necessidades da população com quem
trabalhei.
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Pergaminho
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Apêndices
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Listagem de apêndices
Apêndice 1 – Caracterização das freguesias
Apêndice 2 – Serviços Municipais
Apêndice 3 – Organigrama do sector de Desporto e Juventude
Apêndice 4 – Caracterização das instituições
Apêndice 5 – Evento “Viver Trofa”
Apêndice 6 – Actividades de Apresentação
Apêndice 7 - Actividade do vaso colorido – Muro de Abrigo
Apêndice 8 – Comemoração do Dia Mundial do Animal – Muro de Abrigo
Apêndice 9 – Comemoração do Dia Mundial da Alimentação – Muro de Abrigo
Apêndice 10 – Actividade “Bola ao Alvo” – Muro de Abrigo
Apêndice 11 – Visualização do filme “O Pai Tirano” – Muro de Abrigo
Apêndice 12 – Actividade “As profissões” – Muro de Abrigo
Apêndice 13 – Comemoração do 12º Aniversário do Concelho da Trofa – Muro de Abrigo
Apêndice 14 – Sessão de esclarecimento sobre a segurança na terceira idade – Muro de
Abrigo
Apêndice 15 – Actividade “Postais de Natal” – Muro de Abrigo
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Apêndice 16 – Proposta da actividade “Pasta arquivadora” – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Apêndice 17 – Actividade “Pasta arquivadora” e “Colorir o Natal” – Lar Padre Joaquim
Ribeiro
Apêndice 18 – Actividade “Frascos coloridos” – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Apêndice 19 – Continuação da actividade “Frascos coloridos” – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Apêndice 20 – Actividade “Saquinhos perfumados” – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Apêndice 21 – Actividade “Colorir o Outono” – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Apêndice 22 – Actividade “Postais de Natal” – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Apêndice 23 – Actividade “Bloco de Notas” – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Apêndice 24 – Conclusão de alguns trabalhos já realizados – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Apêndice 25 – Actividades físico – motoras para a terceira idade – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Apêndice 26 – Boccia – Lar Padre Joaquim Ribeiro
Apêndice 27 – Actividade “Frases e flores” – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da
Trofa
Apêndice 28 – Actividade “O Dia do Idoso em imagens” – Irmandade da Santa Casa da
Misericórdia da Trofa
Apêndice 29 – Actividade “Descobrir o objecto” – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia
da Trofa
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 30 – Actividade “O alfabeto” – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
Apêndice 31 – Sessão de esclarecimento sobre a segurança na terceira idade – Irmandade da
Santa Casa da Misericórdia da Trofa
Apêndice 32 – Actividade “Jogo dos pinos” – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da
Trofa
Apêndice 33 – Magusto – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
Apêndice 34 – Visita à Casa do Professor da Trofa – Irmandade da Santa Casa da
Misericórdia da Trofa
Apêndice 35 – Actividades físico – motoras na terceira idade – Irmandade da Santa Casa de
Misericórdia da Trofa
Apêndice 36 – Actividades físicas e desportivas – EB 1 / JI de Bairros
Apêndice 37 – Actividades de Psicomotricidade – EB1 / JI Finzes
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Apêndice 1
Caracterização das freguesias
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Despertar para a Descoberta
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Freguesia S. Martinho de Bougado
A freguesia de S. Martinho de Bougado é a que contém mais população das restantes,
contendo cerca de 13 933 de habitantes e tem uma área de 12.96 km2 (INE, 2001).
Em termos de economia, a maioria da população trabalha no meio industrial, desde o
comércio à construção civil, tendo assim esta freguesia um carácter urbano e moderno, como
se verifica na figura abaixo indicada, em relação às restantes. Com estas características, S.
Martinho de Bougado recebe todos os dias milhares de meios de transporte que se dirigem
para os concelhos vizinhos, tais como Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão, Maia e Vila do
Conde, devido há falta de alternativas, fazendo com que o trânsito, durante o dia, seja caótico.
Como lugares de maior interesse, podemos destacar a actual Igreja Paroquial e a antiga
Igreja Paroquial, a Capela da Nossa Senhora das Dores e os painéis de azulejo, na frontaria da
casa da Lagoa que retratam a antiga e já demolida ponte Pênsil da Trofa. É importante referir
que nesta freguesia, no mês de Agosto, se dá a realização da grandiosa festa da N. S. das
Dores, no Parque com o mesmo nome, que atrai inúmeros visitantes, entre eles, alguns
emigrantes.
A moderna estação de comboios da Trofa
(Fonte: Própria)
Trânsito no centro da Trofa
(Fonte: Própria)
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Freguesia Santiago de Bougado
Esta freguesia, também chamada de Vale de Bougado e outrora intitulado por
“Terras do Porto”, é a segunda mais extensa e uma das freguesias mais populosas que o
concelho da Trofa tem. Situa-se a poente de S. Martinho de Bougado na margem esquerda do
Rio Ave. Tem cerca de 6759 habitantes e 15.86 km2 de área (INE, 2001).
Nesta, a agricultura tem um papel importante, que constatando de uma forma
presente, é facilmente visível numerosos campos agrícolas, onde laboram na sua maioria, a
população mais envelhecida. Contudo, são poucos os jovens que seguem as pisadas dos seus
familiares ligados ao campo, optando assim pelos ramos da indústria, sobretudo a têxtil, da
electrónica, da construção de máquinas agrícolas e outras metalomecânicas e do comércio
(tradicional e comércio grossista) que se têm implantado significativamente nesta freguesia.
Alguns dos pontos mais importantes desta freguesia são: a Casa da Cultura da Trofa,
a Capela da Nossa Senhora do Desterro, a moderna Capela de S. Gens de Cidai e a Igreja
Matriz, construída por Nicolau Nasoni no ano de 1754.
Casa da Cultura da Trofa
(Fonte: Própria)
Igreja Matriz de Santiago de Bougado, construída por
Nicolau Nasoni (Fonte: http://www.muntrofa.pt/Site/Frontoffice/default.aspx?module=Article/
Article&ID=115)
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Freguesia do Muro
A freguesia de S. Cristóvão do Muro é atravessada pela Estrada Nacional (EN) 14 e
está localizada entre Alvarelhos (noroeste), Santiago de Bougado (norte), Covelas (leste) e S.
Mamede do Coronado (sudeste), confrontando-se com o Concelho da Maia a sudoeste. Tem
cerca de 1972 habitantes e de área cerca de 5.81 km2 (INE, 2001). Apesar de ser uma
freguesia eminentemente rural, a indústria de metalurgia ligeira e a indústria têxtil são as
actividades que mais promovem a região. A Igreja Matriz, o Cruzeiro de Cantaria no largo, a
Capela de S. Pantaleão, o Relógio do Sol e as antigas mercearias são locais de atracção
turística nesta pequena freguesia pertencente ao concelho da Trofa.
Relógio do Sol instalado na
freguesia do Muro (Fonte: Pinto,
2007:40)
Mercearia típica do Muro (uma das mais antigas do
concelho do Muro) (Fonte: Pinto, 2007:53)
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Apêndice 2
Serviços Municipais
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Serviços Municipais da Trofa (Fonte: Própria)
Serviços
Pólo I
Pólo II

Presidência | Vereação;
 Atendimento;

Gabinete de Apoio à
 Aprovisionamento;
Presidência;
 Ambiente e Protecção Civil;

Atendimento Geral;
 Contabilidade;

Divisão Jurídica;
 Desporto e Juventude;

Taxas e Licenças;
 Educação / GMAPP;

Tesouraria;
 Gabinete de Apoio à Assembleia

Obras Particulares;

Gabinete de Imprensa,
Imagem e Relações
Públicas.
Municipal;
 Higiene e Segurança no
Trabalho;
 Informática;
 Obras Municipais;
 Património;
 Recursos Humanos;
 Planeamento e Urbanismo.
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Outros serviços municipais presentes no concelho da Trofa (Fonte: Própria)
Outros serviços municipais
 Casa da cultura
 Gabinete de património
cultural;
 Gabinete de Animação
Cultural;
 CCMT – Centro
Comunitário Municipal da
Trofa
 Biblioteca;
 Ludoteca;
 Arquivo Municipal;
 Bar;
 Turismo;
 Divisão de Acção Social;
 Biblioteca Municipal.
 Saúde e Habitação;
 FIJE – Fórum Inovação e
Jovens Empreendedores
 Gabinete de Turismo;
 Espaço Internet;
 Trofáguas – Serviços
Ambientais, EM.
 PAC – Posto de Atendimento
ao Cidadão
 Centro Municipal de
 Gabinete para a Igualdade;
 Posto de atendimento ao
Cidadão Deficiente;
 Comissão de Protecção de
Crianças e Jovens (CPCJ);
 Loja Social;
 Gabinete de Apoio à
Família;
 Gabinete de Apoio ao
Emigrante.
Informação ao Consumidor;
 Gabinete de Apoio e
 Entre outros…
Prevenção ao Sobreendividamento dos
Consumidores.
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Apêndice 3
Organograma do Sector de Desporto e Juventude
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Organograma da Divisão de Desporto e Juventude (Fonte: Própria)
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Apêndice 4
Caracterização das instituições
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Associação de Solidariedade Social do Muro – Muro de Abrigo
A Associação de Solidariedade Social do Muro – Muro de Abrigo, é uma instituição
Particular de Solidariedade Social, inscrita como tal, desde o dia 23 de Março de 2005.
A sua existência deveu-se à vontade de um grupo de pessoas da comunidade da
freguesia do Muro, com o objectivo de implementar acções de desenvolvimento social local,
que contribuem para o bem-estar geral de todos os seus utentes. Para além do seu objectivo de
criação, esta instituição tem também uma missão importante, uma vez que visa promover o
bem-estar social dos idosos e da população em situação de carência social e económica,
através de apoio psicológico, social e actividades de ocupação de tempos livres, contribuindo
para um envelhecimento saudável e para a integração da população local em situação de
exclusão social. A figura abaixo indicada mostra o edifício da instituição.
Entrada da instituição Muro de Abrigo (Fonte: Própria)
Esta associação tem duas vertentes sociais, no entanto encontra-se em situação de
espera devido à falta de apoio financeiro, uma terceira vertente, um projecto já há muito
desejado pela presidente da instituição, e que se trata da criação de um piso para receber
doentes com a doença de Alzheimer, visto que a presidente considera que na Região Norte
não existem muitas instituições capazes de responder às necessidades das pessoas com esta
doença.
Uma das vertentes é o serviço de Apoio Domiciliário, que consiste na prestação de
cuidados individualizados e personalizados ao domicilio, à população idosa e a outro tipo de
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população que, por motivo de doença, deficiência ou qualquer outro impedimento, não
possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades básicas
e/ou actividades da vida diária. Para que este serviço seja realizado de forma eficaz, a
instituição dispõe de dois meios de transporte, onde um deles se encontra na figura abaixo
indicada. Neste apoio feito ao domicílio as refeições são servidas entre as 11 e as 13 horas,
podendo também ser servido o jantar, ambos apenas em dias úteis, e para além destas existem
outros serviços que são prestados junto dos que têm mais dificuldade e de forma adequada a
cada um. Estes são:
 Cuidados de higiene e conforto pessoal;
 Limpeza e arrumação da habitação;
 Tratamento e distribuição de roupa;
 Actividades socioculturais e de animação;
 Apoio Psicossocial;
 Administração de medicação prescrita pelo médico;
 Articulação com o Serviço de Saúde ao nível da prestação de cuidados de saúde;
 Informações e encaminhamento para os recursos da comunidade.
Transporte utilizado para o Apoio Domiciliário (Fonte: Própria)
Por outro lado tem também a vertente Centro de Convívio do Idoso, que visa o apoio a
actividades sócio-recreativas e culturais, organizadas e dinamizadas com participação activa
das pessoas idosas da comunidade da freguesia do Muro e das freguesias circunvizinhas. Os
utentes deste centro dispõem das seguintes instalações: hall de entrada, sala de actividades,
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sala de reza, cozinha, sala de convívio, casas de banho e gabinete de apoio. Algumas destas
encontram-se ilustradas nas seguintes figuras:
Hall de entrada (Fonte: Própria)
Sala de refeições (Fonte: Própria)
Sala de actividades (Fonte: Própria)
Sala de convívio (Fonte: Própria)
Este centro de convívio encontra-se disponível a toda a comunidade, actualmente é
frequentado por trinta utentes (tabela) com idades compreendidas entre os 64 e os 92 anos,
como se verifica no anexo VI. Para que esta instituição preste os serviços da melhor forma à
comunidade, nela encontram-se a presidente da associação, a assistente social e três
voluntárias com diversas funções.
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Utentes do Convívio do Idoso (Fonte: Própria)
Centro do Idoso
Homens
10
Mulheres
20
Os trinta utentes que frequentam o Centro de Convívio do Idoso são pessoas, que na
sua maioria, estiveram ligadas à actividade agrícola, as suas origens são provenientes de uma
freguesia com carácter rural, a freguesia do Muro. Estas são pessoas com pouca escolaridade,
onde algumas delas não sabem ler ou escrever e as que sabem, sentem algumas dificuldades,
mas apesar disso e do facto de no passado as suas vidas não terem sido fáceis, mostram
sempre boa disposição; ao nível físico, são utentes com alguma mobilidade.
Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado – Lar Padre
Joaquim Ribeiro
O Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado – Lar Padre Joaquim Ribeiro é
uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e foi inaugurado a 2 de Junho de
2007 (ver figuras). Foi constituída sem fins lucrativos e por iniciativa de particulares, com o
objectivo de dar expressão organizada ao dever moral de solidariedade e de justiça a todos os
indivíduos e para dar maior ênfase, entre outros objectivos, à protecção dos cidadãos na
velhice, mediante a concessão de bens e prestação de serviços, tais como alojamento,
alimentação, assistência médica, enfermagem e ajuda genérica. O âmbito de acção desta
instituição abrange toda a população do concelho da Trofa e sua área de influência. Como
âmbito da Animação Sociocultural, o centro tem diversos objectivos, entre eles fomentar a
intergeracionalidade e, para isso, são programadas actividades de carácter lúdico,
sociocultural, educativo e religioso.
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Parte da frente do Lar Padre Joaquim
Ribeiro (Fonte: Própria)
Parte de trás do Lar Padre Joaquim
Ribeiro (Fonte: Própria)
Este centro tem três vertentes, isto é, funciona como Lar de Idosos, Centro de Dia e
Apoio Domiciliário.
Como Lar (ver figura), o Centro Social tem como objectivo proporcionar, aos idosos
que se encontram em situação de maior risco de perda de independência e/ou autonomia, um
alojamento colectivo e de utilização temporária ou permanente com todos os equipamentos de
carácter essencial e imprescindível, assim como fornecimento de alimentação, cuidados de
saúde, higiene e conforto, fomentando o convívio e propiciando a Animação social e a
ocupação de tempos livres dos utentes. Todos estes serviços são permanentes e adequados à
problemática biopsicossocial das pessoas idosas, contribuindo para a estabilização ou o
retardamento do envelhecimento, e criam condições que permitem preservar e incentivar a
relação inter-familiar e potenciar a integração social. O Lar está associado a todas as pessoas
com 65 anos ou mais, cuja situação social, familiar, económica e/ou de saúde não lhes permita
permanecer no seu meio habitual de vida.
Parte de alojamento do Lar Padre Joaquim
Ribeiro (Fonte: Própria)
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Por outro lado, o Centro de Dia (ver figura) a funcionar nesta instituição e onde
realizei algumas actividades ao longo do período de estágio, é uma resposta social que foi
desenvolvida para prestar um conjunto de serviços de forma a contribuir para a manutenção
dos idosos no seu meio sócio-familiar. Este é constituído por uma directora técnica, um
médico, uma enfermeira, uma psicóloga, uma animadora sociocultural, dois administrativos,
um motorista, um vigilante, treze ajudantes de acção directa, cinco trabalhadoras auxiliares e
um trabalhador de serviços gerais. Para além de toda esta equipa, a instituição conta também
com algumas viaturas, que fazem o transporte dos utentes para o Centro de Dia e deste para as
suas habitações.
Centro de Dia do Lar Padre Joaquim Ribeiro
(Fonte: Própria)
Este Centro tem como objectivos prestar serviços que satisfaçam as necessidades
básicas do idoso e promover o intercâmbio de gerações. Destina-se às pessoas idosas cujas
necessidades possam encontrar resposta, no âmbito das actividades desenvolvidas e às
pessoas ou outros grupos etários, sempre que se justifique. O seu interior é constituído por:
 Recepção;
 Vários gabinetes de apoio;
 Sala de convívio;
 Sala de refeições;
 Cozinha;
 Bar;
 Sala de ginástica;
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 Sala de actividades;
 Várias casas de banho;
 Capela.
Alguns dos utentes deste centro são pessoas com doenças graves, nomeadamente com
Alzheimer, e com pouca mobilidade o que os leva a não querer realizar determinadas
actividades que impliquem algum esforço da sua parte, como se deslocarem para alguma
divisão da instituição ou praticar exercício físico. Este centro tem cerca de cinquenta utentes
com idades compreendidas entre os 45 e os 95 anos, onde na sua maioria predomina o género
feminino. Na sua generalidade são pessoas que viviam da agricultura.
Por último, o Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado, presta serviços de
apoio domiciliário (ver figura), apoio este que consiste na prestação de cuidados
individualizados e personalizados, ao domicílio, a idosos, adultos ou outras famílias quando,
por motivo de doença, deficiência ou outros impedimentos, não possam assegurar temporária
ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades básicas e/ou actividades de vida
diária. Este apoio tem como objectivos assegurar às pessoas e famílias formas diversas de
satisfação das necessidades básicas, contribuir para retardar ou evitar a institucionalização dos
indivíduos, prestar cuidados de ordem física e apoio social aos indivíduos e famílias, de modo
a contribuir para o seu equilíbrio e bem-estar e por fim apelar à colaboração dos familiares,
dos vizinhos e do voluntariado social.
Veículo de Apoio ao Domicílio (Fonte: Própria)
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Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
Esta instituição45 surgiu em 1999, com a criação do concelho da Trofa. Erecta na
ordem jurídica canónica por provisão de 8 de Setembro de 1999 da Sua Excelência
Reverendíssima o Senhor Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, na sequência de uma
petição nesse sentido subscrita e formulada por setenta e seis irmãos fundadores, a
Misericórdia ficou organicamente constituída a 5 de Dezembro do mesmo ano com a tomada
de posse dos seus primeiros órgãos sociais.
Possui duas valências, o Lar Imaculada Conceição e o Lar Alfredo Carriço (ver
figuras) com diversos serviços e actividades, tais como o serviço de apoio domiciliário, o
serviço de apoio alimentar a carenciados, serviço de formação profissional e centro de dia.
Lar Imaculada Conceição
(Fonte: Própria)
Lar Alfredo Carriço
(Fonte: Própria)
O Lar Imaculada Conceição, inaugurado a 23 de Julho de 2002, e o Lar Alfredo
Carriço, inaugurado em Julho de 2005, actualmente são frequentados por cerca 59 homens e
75 mulheres que estão divididos da seguinte maneira (tabela):
45
Informação recolhida e organizada a partir da consulta – 3 de Setembro de 2010 – do boletim MISERICÓRDIA DA
TROFA (2005), Sancta Del Genetrix – Boletim, n.º 1, Abril, Trofa. p. 2
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Divisão etária dos utentes do Lar Imaculada Conceição e do Lar Alfredo Carriço (Fonte: própria)
Idades
35-49
50-59
60-64
65-69
70-74
75-79
80-84
85-89
Total
Homens
3
4
4
6
6
15
10
11
59
Mulheres
-
1
1
5
10
25
17
16
75
Homens e
Mulheres
3
5
5
11
16
40
27
27
134
Sexo
Ambos os sexos são afectados por situações de dependência (tabela), quer física quer
psíquica, em que se destacam as dependências resultantes de AVC’s, de processos
demenciais, como Alzheimer, entre outros. A instituição tem como objectivo proporcionar um
agradável ambiente aos utentes para que estes tentem superar a perda dos laços familiares e
sociais e do contacto com o seu habitat natural de vida.
Número de utentes com diversos graus de dependência (Fonte: Própria)
N.º Utentes
Autónomos
N.º Utentes
Parcialmente
Dependentes
N.º Utentes
dependentes
N.º Utentes
maioritariamente
dependentes
Total de
elementos
Homens
28
13
8
10
59
Mulheres
14
21
32
8
75
Homens e
Mulheres
42
34
40
18
134
Com o objectivo de minimizar os efeitos do envelhecimento e de dar um sentido útil à
vida de cada utente do lar, este procura fomentar a participação dos idosos em tarefas simples
e que correspondam às capacidades e interesses de cada um, com a criação de actividades
lúdicas, culturais, de lazer, trabalhos manuais, actividades ao ar livre, intercâmbios com
instituições, entre outros, que proporcionem um ambiente de saudável e de inter-relação. Os
edifícios apresentam um bom estado de conservação e boas capacidades para fomentar os seus
objectivos. Estes são constituídos por:
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 Recepção;
 Vários gabinetes de apoio;
 Sala/Espaço de convívio;
 Sala de actividades;
 Espaço de computadores;
 Sala de ginástica;
 Casas de banho;
 Cozinha/Sala de refeições;
 Bar;
 Sala de arrumos.
A instituição também possui viaturas próprias para transportar os utentes. Quanto à
equipa técnica desta, é constituída pela direcção, pelos recursos humanos, por três assistentes
de serviço social, por um Animador Sociocultural, por um psicólogo, por um sociólogo, por
dois médicos, cinco enfermeiros e um fisioterapeuta, existindo também auxiliares de limpeza
e algumas voluntárias. Durante o dia, o número de funcionários permanentes é de 75, já
durante a noite é de 7.
Tal como referido anteriormente, a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia possui
diversos serviços e actividades que têm elevada importância na vida de cada idoso. O serviço
de apoio domiciliário, em vigor desde o dia 28 de Janeiro de 2002 na instituição, serve as
freguesias de S. Martinho de Bougado, S. Tiago de Bougado, S. Mamede do Coronado, S.
Romão do Coronado e Muro. Este serviço tem como principal objectivo assegurar a prestação
de cuidados personalizados ao domicílio a indivíduos e famílias em situações de carência,
devido a doença, deficiência ou qualquer outro impedimento e que não possam prover de
forma temporária ou permanente, à satisfação das suas necessidades básicas diárias. Ao
implementar esta funcionalidade, a Irmandade pretende assegurar os seguintes tratamentos:

Cuidados de higiene e conforto ao domicilio;

Arrumação e limpezas nas habitações;

Confecção e distribuição diária de refeições;

Tratamento de roupas;

Apoio psicossocial aos utentes e famílias;

Actividades de lazer.
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Despertar para a Descoberta
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De todos os mencionados anteriormente, os mais solicitados pelos idosos e famílias,
são a higiene pessoal, a higiene do aposento e a distribuição de refeições. Actualmente este
serviço presta cuidados a 65 idosos dispersos pelas oito freguesias do concelho que, na sua
maioria, pertencem ao sexo feminino e se situam na taxa etária dos 70 anos ou mais.
Também o apoio alimentar a carenciados é um apoio de elevada importância a todos
os idosos que frequentam a instituição. Este apoio teve início em Junho de 2002 em parceria
com a AMI (Assistência Médica Internacional) – Delegação do Porto. Actualmente cerca de
35 agregados familiares beneficiam deste apoio.
Escola Básica de Bairros
A Escola EB1 / JI de Bairros localiza-se no concelho da Trofa, nomeadamente na
freguesia de S. Tiago de Bougado. É uma escola que está rodeada de um rico património
cultural de natureza religiosa, nomeadamente a Capela de Nossa Senhora do Desterro, no
lugar do Souto de Bairros, junto à qual sobressai uma lápide de granito com uma inscrição
alusiva às Invasões Francesas.
Esta instituição de ensino conta com 129 crianças, distribuídas entre cinco turmas
(tabela). Para zelar pelo bem-estar e apoiar a educação de todas as crianças, encontram-se a
exercer funções nesta escola seis professores, seis funcionários e auxiliares, cinco
colaboradores regulares e uma associação de pais constituída por quinze elementos.
Número de alunos da Escola EB 1/JI de Finzes (Fonte: Própria)
Alunos
Pré-escolar
1.º Ano
2.º Ano
3.º Ano
4.º Ano
50
18
19
19
23
Total de Alunos: 129
Em relação às instalações, pude constatar aquando a minha permanência na escola,
que existem várias salas de aulas, um salão polivalente, uma recepção, casas de banho para os
alunos e outras para professores, uma sala de Actividades de Tempos Livres (A.T.L.), uma
cozinha e logradouros bastante espaçosos que são utilizados, para a prática de ginástica
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Animação Sociocultural
101
Despertar para a Descoberta
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quando não chove e para o recreio pelas crianças, onde está presente um parque infantil (ver
figuras).
Edifício da Escola EB1/JI de Bairros
(Fonte: Própria)
Sala de aula (Fonte: Própria)
Parque infantil no logradouro da Escola
(Fonte: Própria)
Recepção da Escola (Fonte: Própria)
Sala de actividades (Fonte: Própria)
Logradouro (Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
102
Despertar para a Descoberta
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Escola Básica de Finzes
A Escola EB 1/JI de Finzes fica situada no sudoeste da Freguesia de S. Martinho de
Bougado, na margem esquerda do Rio Ave, numa zona suburbana do concelho da Trofa, a
500 metros do centro desta.
Esta escola é um edifício fechado com doze salas de aula, uma sala de professores, um
polivalente, um refeitório e um ginásio, uma cozinha funcional que proporciona cerca de cem
refeições por dia, várias casas de banho e um balneário e logradouros espaçosos, óptimo para
a realização de actividades ao ar livre. O ginásio é utilizado para as actividades curriculares,
além de servir erradamente como recreio, nos dias de chuva, devido à falta de espaços
cobertos. Actualmente, a escola encontra-se com um projecto em marcha, referente à
construção de um novo jardim-de-infância autónomo e que localizar-se-á junto ao edifício da
EB 1 de Finzes (ver figuras).
Escola EB 1 de Finzes e o futuro Jardim de
Infância (Fonte: Própria)
Refeitório da Escola EB 1/ JI de Finzes
(Fonte: Própria)
Polivalente da Escola EB/JI de Finzes
(Fonte: Própria)
Logradouro da Escola EB 1/ JI de
Finzes (Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
103
Despertar para a Descoberta
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De todas as salas de aula existentes, nove são utilizadas pelos alunos do 1º ciclo e três
pelos que frequentam o jardim-de-infância, ao todo são cerca de 309 alunos (tabela) que estão
distribuídos de acordo com a tabela abaixo indicada. Também existe uma sala polivalente
destinada à Ocupação de Tempos Livres (O.T.L.), outra à Biblioteca, e dois pequenos
gabinetes que são utilizados, um como sala de apoio ao O.T.L. e outro como apoio pontual a
crianças com Necessidades Educativas Especiais.
Número de alunos da Escola EB 1/JI de Finzes (Fonte: Própria)
Alunos
Pré-escolar
1.º Ano
2.º Ano
3.º Ano
4.º Ano
74
43
69
66
57
Total de Alunos: 309
_________________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
104
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 5
Evento “Viver Trofa”
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Animação Sociocultural
105
Despertar para a Descoberta
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Evento “Viver Trofa”
Outdoor do Viver a Trofa (Fonte: Própria)
Um dos insufláveis do evento
(Fonte: Própria)
Programa do evento
(Fonte: Própria)
Stands das associações do concelho
(Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
106
Despertar para a Descoberta
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Espaço onde foram realizadas algumas
actividades (Fonte: Própria)
Pinturas faciais (Fonte: Própria)
Escalada – uma das actividades realizadas
(Fonte: Própria)
Palco do evento (Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
107
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 6
Actividades de Apresentação
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 13 de Setembro de 2010
Local: Muro de Abrigo – Sala de actividades
Hora: 14:30h às 15:45h
Número de elementos: cerca de 23
Objectivo Geral: Tentar conhecer um pouco mais sobre cada uma das pessoas do grupo e
proporcionar um maior à vontade entre elas.
Material: Novelo de lã, sete folhas, saca e pequenos cartões com imagens de objectos ou figuras.
Teia de aranha
Na primeira actividade, os participantes sentam-se em círculo e o animador começa por lançar o
novelo a um participante sem soltar a ponta, ao mesmo tempo que lança o novelo diz o seu nome, a
sua idade e a profissão que tinham no passado. Quem recebe o novelo agarra-o e lança-o de novo a
outra pessoa, dizendo o mesmo. Ninguém pode largar o fio que tenha agarrado quando lança o
novelo, já que se o fizer, desmancha a teia de aranha.
Enigma da folha
Na segunda actividade, no enigma da folha, colocam-se ao centro de uma mesa, sete folhas viradas
para baixo com as seguintes palavras escritas em cada uma delas:
 Qualidade;
 Defeito;
 Animal;
 Profissão;
 O que mais gosta de fazer;
 Música;
 Prato de comida.
Cada elemento tira uma folha à sorte e mostra aos restantes elementos e depois disso, dependendo
da palavra que tiver escrita na folha retirada, terá de dizer qual a sua maior qualidade, maior defeito,
animal preferido, profissão que gostava de ter tido, o que mais gosta de fazer, a música e o prato de
comida preferido.
Se eu fosse…
Por último, a actividade “Se eu fosse …”, no entanto esta consistiria em passar por cada elemento,
um saco com os cartões ilustrados e cada um deve retirar um cartão e ver qual a figura que lhe saiu.
De seguida deve dizer “Se eu fosse um (a) seria…” e completar com a palavra do desenho que lhe
saiu. Os outros membros do grupo, se o elemento tiver dificuldades em desenvolver o tema, podem
colocar questões relacionadas com este.
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Animação Sociocultural
109
Despertar para a Descoberta
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Actividade de Apresentação
Nome
Idade
Profissão
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
111
Despertar para a Descoberta
_________________________________________________________________________________
Qualidade
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Animação Sociocultural
112
Despertar para a Descoberta
_________________________________________________________________________________
Defeito
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Animação Sociocultural
113
Despertar para a Descoberta
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Animal
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Animação Sociocultural
114
Despertar para a Descoberta
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Profissão
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Animação Sociocultural
115
Despertar para a Descoberta
_________________________________________________________________________________
O que mais gosta
de fazer
_________________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
116
Despertar para a Descoberta
_________________________________________________________________________________
Música
_________________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
117
Despertar para a Descoberta
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Prato de
comida
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Animação Sociocultural
118
Despertar para a Descoberta
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Imagens utilizadas na actividade “Se eu fosse…”
CIDADE
PRATO DE COMIDA
LEGUME
ÁRVORE
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Animação Sociocultural
119
Despertar para a Descoberta
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FLOR
CALÇADO
GARRAFA
MEIO DE TRANSPORTE
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Animação Sociocultural
120
Despertar para a Descoberta
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FRUTA
ELECTRODOMÉSTICO
ANIMAL
FERRAMENTA
SOBREMESA
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Animação Sociocultural
121
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 7
Actividade “Vaso colorido” – Muro de Abrigo
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Animação Sociocultural
122
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 20 e 27 de Setembro de 2010
Local: Muro de Abrigo – Sala de actividades
Hora: 14:30h às 15:30h
Número de elementos: 13
Objectivo Geral: Desenvolver e estimular a imaginação, a criatividade e as
expressões técnico-manuais. Tem também como objectivo promover a participação
de cada um em actividades de jardinagem, mantendo-os em contacto com alguns
elementos da natureza.
Material: Vasos, pincéis, guaches, paleta, terra, pá, bolbos/sementes de flores e
água.
Vaso Colorido
Cada elemento do grupo fica com um vaso e irá decorá-lo ao seu gosto, fazendo
algumas imagens e colorindo ou apenas pintando o vaso com as tintas. Por fim, e os
que souberem, escrevem o seu nome no vaso que coloriram.
Vamos plantar
Com os vasos já decorados (na actividade anteriormente realizada) cada elemento
irá escolher um bolbo/semente que goste. De seguida irá colocar com a pá ou com
as mãos uma pequena quantidade de terra no vaso, juntamente com o
bolbo/semente. Por fim, irá regar o seu vaso e cuidar dele no seu dia-a-dia.
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Animação Sociocultural
123
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Material utilizado na actividade (saco com
terra; água; bolbos; vaso de barro e pá)
(Fonte: Própria)
Alguns dos vasos já pintados e com a semente
plantada (Fonte: Própria)
Vasos coloridos pelos utentes do Muro de
Abrigo (Fonte: própria)
Tulipas plantadas nos vasos (Fonte:
Própria)
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Animação Sociocultural
124
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 8
Comemoração do Dia Mundial do Animal –
Muro de Abrigo
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 4 de Outubro de 2010
Local: Muro de Abrigo – Sala de actividades
Hora: 14:30h às 16:30h
Número de elementos: cerca de 15
Objectivo Geral: Estimular o gosto pelas artes plásticas e pelos animais assim
como dar a conhecer os direitos destes.
Material: Duas cartolinas, tesoura, tesoura de lâmina ondulada, agrafador, cola,
imagens de animais, lápis de cor, afia, régua, esferográfica, tiras de papel com os
direitos dos animais escritos.
Comemoração do Dia Mundial do Animal
São escolhidas algumas imagens de animais, a preto e branco, e colam-se estas nas
duas cartolinas já unidas por agrafos. Depois de coladas pintam-se as imagens e
colam-se as letras do título numa das cartolinas, pintando-o depois. De seguida, nos
espaços entre as imagens colam-se as tiras de papel com os catorze direitos dos
animais. Por fim, cada elemento do grupo escreve no fundo da cartolina o seu nome
e afixa-se num placard.
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Animação Sociocultural
126
Despertar para a Descoberta
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Direitos dos Animais
ARTIGO 1º - Todos os animais nascem iguais diante da vida e têm o mesmo direito à
existência.
ARTIGO 2º - a) Cada animal tem direito ao respeito.
ARTIGO 2º - b) O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de
exterminar os outros animais, ou explorá-los, violando esse direito. Ele tem o dever de colocar
a sua consciência ao serviço de outros animais.
ARTIGO 2º - c) Cada animal tem direito à consideração, à cura e à protecção do homem.
ARTIGO 3º - a) Nenhum animal será submetido a maus tratos e a actos cruéis.
ARTIGO 3º - b) Se a morte de um animal é necessária, ela deve ser instantânea, sem dor ou
angústia.
ARTIGO 4º - a) Cada animal que pertença a uma espécie selvagem tem o direito de viver
livre no seu ambiente natural terrestre, aéreo ou aquático, e tem o direito de reproduzir-se.
ARTIGO 4º - b) A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a este
direito.
ARTIGO 5º - a) Cada animal pertencente a uma espécie, que vive habitualmente no ambiente
do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de
liberdade que são próprias de sua espécie.
ARTIGO 5º - b) Toda a modificação imposta pelo homem para fins mercantis é contrária a
esse direito.
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Animação Sociocultural
127
Despertar para a Descoberta
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ARTIGO 6º - a) Cada animal que o homem escolher para seu companheiro tem o direito a
uma duração de vida conforme sua longevidade natural.
ARTIGO 6º - b) O abandono de um animal é um acto cruel e degradante.
ARTIGO 7º - Cada animal que trabalha tem o direito a uma razoável limitação de tempo e
intensidade de trabalho, a uma alimentação adequada e ao repouso.
ARTIGO 8º - a) A experimentação animal, que implica em sofrimento físico, é incompatível
com os direitos do animal quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer
outra.
ARTIGO 8º - b) Técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas.
ARTIGO 9º - Nenhum animal deve ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido,
alojado, transportado e abatido, sem que para ele tenha ansiedade ou dor.
ARTIGO 10º - Nenhum animal deve ser usado para o divertimento do Homem. A exibição
dos animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do
animal.
ARTIGO 11º - O acto que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou
seja, um crime contra a vida.
ARTIGO 12º - a) Cada acto que leve à morte um grande número de animais selvagens é um
genocídio, ou seja, um delito contra a espécie.
ARTIGO 12º - b) O aniquilamento e a destruição do meio ambiente natural levam ao
genocídio.
ARTIGO 13º - a) O animal morto deve ser tratado com respeito.
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Animação Sociocultural
128
Despertar para a Descoberta
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ARTIGO 13º - b) As cenas de violência de que os animais são vítimas, devem ser proibidas
no cinema e na televisão, a menos que tenham como fim mostrar um atentado aos direitos dos
animais.
ARTIGO 14º - a) As associações de protecção e de salvaguarda dos animais devem ser
representadas a nível de governo.
ARTIGO 14º - b) Os direitos dos animais devem ser defendidos por leis, como os direitos
dos homens.
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Animação Sociocultural
129
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Parte superior da cartolina colorida
(Fonte: Própria)
Resultado final da actividade
(Fonte: Própria)
Decorrer da actividade – pintura das imagens
(Fonte: Própria)
Trabalho exposto no placard da instituição
(Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 9
Comemoração do Dia Mundial da Alimentação –
Muro de Abrigo
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 11 de Outubro de 2010
Local: Muro de Abrigo – Sala de actividades
Hora: 14:30h às 16:10h
Número de elementos: cerca de 15
Objectivo Geral: Dar a conhecer a roda dos alimentos assim como os seus diferentes
grupos, incentivar para a prática de uma alimentação saudável e equilibrada e
proporcionar o treino da memória visual.
Material: Cartolina, cola, pequenos pedaços de imagens da roda dos alimentos, frases
com provérbios, alimentos de plástico, pano, folha com um labirinto ilustrado e
crucigrama.
Comemoração do Dia Mundial da Alimentação
Os elementos do grupo formam um círculo e, sentados, um deles começa por dizer um
nome de um alimento e o que pode ser feito com esse, seguindo-se outro elemento que faz
o mesmo e assim sucessivamente. De seguida e, dispostos os alimentos de plástico numa
mesa, estes são mostrados ao grupo durante cerca de trinta segundos, observando-os em
silêncio. Os alimentos são tapados e todos os elementos dizem em voz alta os alimentos
de que se lembram ter visto. Após confirmados os alimentos, os elementos do grupo
tornam a observar os mesmos e, de seguida, estes são tapados e retira-se um ou mais
alimentos por baixo do pano ao que depois os elementos têm de descrever qual ou quais
os alimentos retirados. Como terceira actividade, formam-se grupos de dois elementos e a
cada um distribui-se uma folha que ilustra um labirinto, onde cada grupo terá de encontrar
os caminhos dos animais para os produtos que estes dão. Exemplo: as espigas de milho
terão de ser ligadas ao pão, a vaca ao leite e a azeitona ao azeite. Depois de feita a
correspondência, o grupo, através de um crucigrama, tenta descobrir qual a palavra
secreta neste, adivinhando como primeira etapa, as oito palavras que formam o
crucigrama e que são relacionadas com a alimentação.
Como última actividade, as imagens da roda dos alimentos (espécie de puzzle) são
dispostas numa mesa, onde os elementos do grupo terão de formar uma roda dos
alimentos, colando as imagens na cartolina. De seguida é colado e colorido o título e os
provérbios relacionados com a alimentação.
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Descubra a origem dos alimentos…
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Descubra qual a palavra secreta…
1
2
3
4
5
6
7
8
12345678-
Deve beber-se em abundância, 1,5 a 3 litros por dia.
Alimento líquido completo.
Doença caracterizada por um excesso de açúcar no sangue.
Alimento que nos dá energia.
Alimento de origem aquática rico em fósforo.
Fruto rico em vitamina C.
Gordura vegetal saudável.
Doença causada por uma má alimentação.
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Provérbios
Deus dá nozes a quem não tem dentes.
Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.
Guarde para comer, não guarde para fazer.
Grão a grão enche a galinha o papo.
Pela boca morre o peixe.
Quem tarde vier, come do que trouxer.
Não se vive para viver, mas come-se para viver.
A fome é má conselheira.
O relógio é uma boa invenção, para lembrar a hora da refeição.
Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és.
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Animação Sociocultural
135
Despertar para a Descoberta
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Sardinha sem pão é comer de ladrão.
Não assines sem ler, nem bebas sem comer.
Sardinha de S. João pinga no pão.
Quando não há pão, até migalhas vão.
Come caldo, vive em alto, anda quente, viverás longamente.
Comer e beber, só o que apetecer.
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
137
Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
138
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Material utilizado: alimentos
(Fonte: Própria)
Material utilizado (Fonte: Própria)
Resultado final (Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
139
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 10
Actividade “Bola ao Alvo” – Muro de Abrigo
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Animação Sociocultural
140
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 18 de Outubro de 2010
Local: Muro de Abrigo – Sala de actividades
Hora: 14:30h às 15:45h
Número de elementos: 10
Objectivo Geral: Desenvolver a coordenação óculo manual.
Material: Alvo e uma bola de velcro
Bola ao Alvo
É colocado o alvo numa parede, encostado ou pendurado, e à vez cada elemento atira a
bola ao alvo, tentando acertar nos espaços com número mais elevado, para que assim
possa ter maior pontuação. Ao fim, é contada a pontuação final e divulgada a todos os
elementos, para que saberem quem foi o vencedor do jogo.
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Animação Sociocultural
141
Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
142
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 11
Visualização do filme “O Pai Tirano” –
Muro de Abrigo
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Animação Sociocultural
143
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 25 de Outubro de 2010
Local: Muro de Abrigo – Sala de Convívio
Hora: 14:30h às 16:40h
Número de elementos: cerca de 20
Objectivo Geral: Relaxar através do riso e da diversão. Proporcionar a recordação
dos tempos vividos.
Material: Filme “O Pai Tirano” e material audiovisual.
Visualização de um filme
Os elementos instalam-se na sala de convívio, de onde será visualizado o filme “O
Pai Tirano”. Ao fim da visualização, o grupo faz uma pequena reflexão do que viu e
que sensações ou sentimentos teve, expressam também as suas opiniões, acerca do
que viram e da actividade realizada.
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Animação Sociocultural
144
Despertar para a Descoberta
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Sinopse do filme “O Pai Tirano”
Realizada por António Lopes Ribeiro e escrita por Ribeirinho, em 1941, esta comédia
é unanimemente considerada como um dos expoentes máximos do período de ouro do cinema
português.
O protagonista é Chico Mega (Ribeirinho), empregado de sapataria dos Grandes
Armazéns do Grandella, que nutre uma grande paixão por Tatão (Leonor Maia), empregada
na Perfumaria da Moda. Esta, por seu turno, é cortejada por Artur Castro (Arthur Duarte), um
bon-vivant. Como Tatão é uma fervorosa cinéfila, Chico esconde-lhe que é actor num grupo
de teatro amador: os "Grandelinhas", dirigidos pelo mestre José Santana (Vasco Santana). Do
grupo fazem também parte Gracinha (Graça Maria), apaixonada por Chico, Dona Cândida
(Luísa Durão), Lopes (Barroso Lopes), Seixas (Seixas Pereira), o contra-regra Machado
(Armando Machado) e o ponto Pinto (Reginaldo Duarte). O grupo decide levar à cena a peça
"O Pai Tirano ou o Último dos Almeidas". Enquanto que o Mestre Santana procura ocultar de
Gracinha a paixão de Chico por Tatão, este resolve albergar-se na mesma pensão onde mora
Tatão, só para ficar mais próximo dela. A pensão é dirigida por Dona Emília (Emília de
Oliveira), auxiliada pela criada Laura (Laura Alves) e entre os hóspedes encontram-se o
contabilista Prata (Joaquim Prata), a dactilógrafa Amélia (Nelly Esteves) e o refugiado russo
Ciriloff (Eliezer Kamenesky). Tatão vai rejeitando os avanços de Chico até ao dia em que ela
erroneamente se convence que Chico é o herdeiro rico de uma família aristocrata. Decide
então aceitar o pedido de namoro de Chico e pede-lhe para conhecer a sua família.
Confrontado com esta situação, Chico resolve pedir ajuda ao Mestre Santana, que decide
ensaiar um acto da peça num palacete onde trabalha como governanta a sua prima Teresa
(Teresa Gomes), uma alcoólica inveterada. Conseguem enganar Tatão, até ao dia em que
Artur descobre que Chico é actor e resolve convidar Tatão e todos os hóspedes da pensão para
a estreia da peça. Nesta, Tatão fica surpreendida e triste por ter sido enganada pelo seu mais
que tudo, no entanto e no meio da confusão da peça, Chico declara o seu amor a Tatão, que se
rende aos seus encantos.
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Animação Sociocultural
145
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 12
Actividade “As profissões” – Muro de Abrigo
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Animação Sociocultural
146
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 8 de Novembro de 2010
Local: Muro de Abrigo – Sala de Actividades
Hora: 14:30h às 16:15h
Número de elementos: cerca de 10
Objectivo Geral: Estimular o desenvolvimento motor através da mímica, o
relacionamento entre o grupo, melhorar a concentração e proporcionar um momento de
descontracção.
Material: Cartões de papel ilustrados e saco
As profissões
Um elemento do grupo retira um papel de entre os vários que se encontram dentro de um
saco, onde cada um contém uma imagem de uma profissão. Este, através de mímica, terá
de fazer com que os restantes adivinhem qual a profissão ilustrada no cartão que retirou.
Por fim, estabelece-se uma conversa com o grupo, acerca das profissões que existem, as
que acham mais importantes e quais as mais rentáveis no passado e actualmente.
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Animação Sociocultural
147
Despertar para a Descoberta
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Imagens utilizadas na actividade das profissões
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Animação Sociocultural
148
Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
149
Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
150
Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
151
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 13
Comemoração do 12º Aniversário do Concelho da
Trofa – Muro de Abrigo
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Animação Sociocultural
152
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 15 de Novembro de 2010
Local: Muro de Abrigo – Sala de Actividades
Hora: 14:30h às 16:10h
Número de elementos: cerca de 16
Objectivo Geral: Desenvolver a capacidade criativa, visual e de memória, recordando as
diferenças da cidade, antes e depois de ser concelho.
Material: Folha de papel com a palavra Trofa na vertical, folhas com a letra da música do
hino da Trofa, vídeo e suporte audiovisual, aparelhagem e folha para poema
Comemoração do 12º Aniversário do Concelho da Trofa
É colocada a folha com a palavra Trofa na vertical, no centro de uma mesa e os elementos
dispõem-se em torno da mesma. O objectivo é cada elemento pensar numa palavra que
caracterize a cidade ou lhe faça relembrar algo relacionada com a mesma, mencionando-a
e escrevendo-a na folha. De seguida, inicia-se uma conversa com o grupo sobre a cidade,
onde são abordadas várias questões, entre elas quais as diferenças que notam nela nos
últimos anos, o que ganhou e perdeu e o quês lhes faz mais falta.
De seguida, é mostrado um vídeo ao grupo, onde são mostradas imagens do dia em que a
cidade foi elevada a concelho, para que possam recordar. Para terminar, o grupo canta o
hino da cidade com a ajuda da letra da música que é distribuída por todos e constrói um
poema alusivo ao concelho.
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Hino da Trofa
Amo muito a minha terra, de brisa calma e suave;
Que beleza que ela encerra, nas margens do rio Ave;
Com seus prados verdejantes, matizados de boninas;
E os riachos saltitantes, a correr pelas colinas.
Eu sou da Trofa e a Trofa é minha,
Eu sinto orgulho mais que ninguém,
Ó linda Trofa és a rainha,
De toda a terra que o Douro tem.
Neste encantador jardim, cada canteiro é um lar;
E cada lar tem um fim, de génios para a Trofa dar;
Amigos deste torrão, merecedores de carinho;
De Real à estação, da Abelheira a S. Martinho.
Eu sou da Trofa e a Trofa é minha,
Eu sinto orgulho mais que ninguém,
Ó linda Trofa és a rainha,
De toda a terra que o Douro tem.
Da ponte até às pateiras, de Ervosa a Finzes também,
Há estradas com roseiras, e que aromas que elas têm.
Ao passarmos à capela, sentimos tal devoção,
Que nos impele pra ela, que é bela a nossa oração.
Eu sou da Trofa e a Trofa é minha,
Eu sinto orgulho mais que ninguém,
Óh linda Trofa és a rainha,
De toda a terra que o Douro tem.
Valdeirigo sobranceiro, Corôa e Gandra sem par,
O Castêlo ao taneiro, a Esprela de luar,
Trofa me serviu de berço, por isso lhe quero tanto,
Mesmo longe não a esqueço, revivendo o seu encanto.
Eu sou da Trofa e a Trofa é minha,
Eu sinto orgulho mais que ninguém,
Óh linda Trofa és a rainha,
De toda a terra que o Douro tem.
Mosteirô vivo e fragueiro, Paranho amigo e leal,
Carqueijoso presenteiro, Paradela sem rival
Trofa és toda a minha vida, toda a minha inspiração,
Por isso a tenho unida, bem junto ao meu coração.
Eu sou da Trofa e a Trofa é minha,
Eu sinto orgulho mais que ninguém,
Óh linda Trofa és a rainha,
De toda a terra que o Douro tem.
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 14
Sessão de esclarecimento sobre a segurança na
terceira idade – Muro de Abrigo
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 22 de Novembro de 2010
Local: Muro de Abrigo – Sala de Convívio
Hora: 14:30h às 16:05h
Número de elementos: 19
Objectivo Geral: Sensibilizar os idosos para as questões de segurança.
Material: Material audiovisual e powerpoint elucidativo ao tema.
Sessão de esclarecimento sobre a segurança na terceira idade
Nesta actividade está presente um agente da Guarda Nacional Republicana que, através de
uma apresentação em powerpoint, promove uma sessão de esclarecimento ao grupo
acerca da segurança e das burlas que são feitos a idosos por pessoas estranhas. Ao fim da
palestra poderão ser colocadas algumas questões ao agente.
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Animação Sociocultural
158
Despertar para a Descoberta
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Carta dirigida à Guarda Nacional Republicana
Assunto: Sessão de esclarecimento sobre a segurança
Exmos. Srs.,
A Associação de Solidariedade Social do Muro - Muro de Abrigo vem por este meio
solicitar a colaboração de V.as Ex.as o desenvolvimento de uma sessão de esclarecimento
subordinada ao tema “Segurança na Terceira Idade”, dirigida aos utentes da nossa resposta
social Centro de Convívio do Idoso, com o objectivo de informar/alertar os mais idosos para
os perigos existentes na sociedade em que estão inseridos.
A data prevista para a realização da actividade seria no dia 22 de Novembro de 2010,
às 14h30m. A instituição situa-se na Rua Nova de Real, Bloco A, nº1 Muro – Trofa.
Desde já, agradecemos a disponibilidade e atenção bem como a confirmação da
presença até ao dia 17 de Novembro de 2010.
Os nossos respeitosos cumprimentos,
Associação de Solidariedade Social do Muro
Muro de Abrigo
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Disposição do espaço para a realização
da sessão (Fonte: Própria)
Alguns utentes preparam-se para o
inicio da sessão (Fonte: Própria)
Alguns dos utentes que assistiram à sessão
de esclarecimento (Fonte: Própria)
Disposição de alguns utentes na sala
(Fonte: Própria)
Inicio da sessão com a presença do
Sr. Agente (Fonte: Própria)
Fim da sessão de esclarecimento
(Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 15
Actividade “Postais de Natal” – Muro de Abrigo
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 29 de Novembro de 2010
Local: Muro de Abrigo – Sala de Actividades
Hora: 14:30h às 16:00h
Número de elementos: cerca de 13
Objectivo Geral: Desenvolvimento da destreza manual e da criatividade.
Proporcionar o gosto pelas artes manuais. Viver o espírito natalício.
Material: Cartolina, cartão canelado, folhas de papel com frases festivas, desenhos
pequenos alusivos ao Natal, tesoura de lâmina lisa e triangular, cola, algodão e
materiais recicláveis, lápis de cor.
Postais de Natal
Todos os elementos do grupo começam por colorir os desenhos de Natal que depois
de prontos são recortados. Dispostas as cartolinas de diferentes cores e o cartão
canelado sobre uma superfície plana, os elementos recortam vários rectângulos que
depois são dobrados a meio, obtendo-se assim a forma de um postal. Em alguns, na
parte frontal do postal, é recortada a forma de um pinheiro de Natal e outros uma
janela. Também podem ser feitos postais em forma de caixa de presente. Depois de
elaboradas as diversas formas de postais, todos os elementos passam a decorá-los,
colando as imagens de Natal em alguns deles, bem como algodão, colando também
pedaços pequenos de cartão e de diversos formatos. Para finalizar colam as frases
festivas em cada um dos postais.
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 16
Proposta da actividade “Pasta arquivadora” –
Lar Padre Joaquim Ribeiro
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Proposta - Pasta Arquivadora
(28 de Setembro de 2010)
Materiais necessários
Cartão ondulado de várias cores
Marcadores fluorescentes
Agrafador
Agrafos
Etiquetas
Lápis
Velcro
Tesoura
Exemplo de uma pasta arquivadora
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 17
Actividade “Pasta arquivadora” e “Colorir o Natal”
– Lar Padre Joaquim Ribeiro
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 28 de Setembro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Pátio da Instituição
Hora: 11:00h às 12:15h
Número de elementos: cerca de 24
Objectivo Geral: Desenvolver as capacidades plásticas dos elementos assim como a
destreza e criatividade de cada um. Proporcionar um momento distracção.
Material: Cartões ondulados de várias cores, cartões lisos coloridos, velcro autoaderente, cola, tesoura, agrafador, lápis, folhas com desenhos alusivos ao Natal, lápis de
cor e marcadores coloridos.
Pasta Arquivadora
Colocados os materiais numa mesa, os elementos do grupo começam por recortar um
cartão ondulado e dobrá-lo em três partes. Depois recortam dois rectângulos de um outro
cartão ondulado de outra cor, que tenham a largura dos lados da pasta. Depois de
recortados, fazem três dobras em cada um dos rectângulos, como se fosse um acordeão.
Finalizada a base do cartão, desenham uma forma à escolha de cada um (exemplos:
estrela, coração, flor, bola, etc.). Recortam e colam no meio da capa, colocando
posteriormente o velcro no interior, para fechar a pasta.
Colorir o Natal
Distribuem-se as folhas com os desenhos alusivos ao Natal por todos os elementos do
grupo da instituição. Estes, com os lápis de cor ou com os marcadores, pintam as
imagens ao seu gosto.
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
170
Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
171
Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
172
Despertar para a Descoberta
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Proposta – Frascos coloridos
(12 de Outubro de 2010)
Materiais necessários
Frascos transparentes com tampa
Tesoura para tecido de lâmina triangular
Bolas de gelatina para água
Folhas secas perfumadas
Tecido de várias cores
Cola
Ráfia
Água
Exemplo dos frascos coloridos
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Animação Sociocultural
173
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 18
Actividade “Frascos coloridos” –
Lar Padre Joaquim Ribeiro
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 12 de Outubro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Actividades
Hora: 11:00h às 12:15h
Número de elementos: cerca de 22
Objectivo Geral: Desenvolver a habilidade assim como a cooperação entre todos os
elementos do grupo.
Material: Frascos transparentes com tampa, tecidos de várias cores, ráfia, cola, folhas
secas perfumadas, água, tesoura para tecido de lâmina triangular e bolas de gelatina para
água.
Frascos Coloridos
Com os frascos destapados, cada elemento enche de água o respectivo frasco e coloca no
seu interior pequenas bolas de gelatina, que com o tempo vão aumentando de volume,
fazendo com que o frasco fique colorido. De seguida, cada um corta um pouco de
tecido, em forma circular, com a tesoura de lâmina triangular, para colocar na tampa do
frasco e com um pouco de ráfia prende o tecido à tampa. Para decorar cola-se uma folha
seca perfumada no cimo do frasco.
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Animação Sociocultural
175
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Material necessário para a actividade
(Fonte: Própria)
Frascos coloridos (Fonte: Própria)
Alguns dos frascos do grupo (Fonte: Própria)
Exemplares mostrados aos utentes
(Fonte: Própria)
Alguns dos frascos elaborados
(Fonte: Própria)
Trabalho realizado ao fim desta sessão
(Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 19
Continuação da actividade “Frascos coloridos” –
Lar Padre Joaquim Ribeiro
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Animação Sociocultural
177
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 19 de Outubro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Actividades
Hora: 11:00h às 11:40h
Número de elementos: cerca de 22
Objectivo Geral: Desenvolver a habilidade assim como a cooperação entre todos os
elementos do grupo.
Material: Folhas secas perfumadas e cola
Frascos Coloridos - continuação
Nesta actividade é dada a continuação da elaboração dos frasquinhos coloridos. Nesta
fase apenas resta a cada elemento escolher uma folha seca perfumada e colá-la no cimo
do frasco, de forma a decorá-lo a seu gosto.
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Animação Sociocultural
178
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Trabalho efectuado pelos utentes
(Fonte: Própria)
Três dos frascos elaborados pelo grupo
de utentes (Fonte: Própria)
Alguns dos frascos elaborados pelo grupo
(Fonte: Própria)
Resultado final – frascos coloridos
(Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
179
Despertar para a Descoberta
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Proposta – Saquinhos perfumados
(26 de Outubro de 2010)
Materiais necessários
Tecido transparente (tule)
Tecido de várias cores
Tesoura para tecido de lâmina triangular
Tecido de cetim
Ráfia
Folhas secas perfumadas
Exemplo dos saquinhos perfumados
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Animação Sociocultural
180
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 20
Actividade “Saquinhos perfumados” –
Lar Padre Joaquim Ribeiro
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Animação Sociocultural
181
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 26 de Outubro e 2 de Novembro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Actividades
Hora: 11:00h às 12:00h
Número de elementos: cerca de 20
Objectivo Geral: Desenvolver a criatividade e o gosto pela realização de trabalhos
técnico – manuais. Proporcionar a entre - ajuda entre todos os elementos.
Material: Tecido transparente (tule), tecido de várias cores, tecido de cetim, folhas secas
perfumadas, tesoura para tecido de lâmina triangular e ráfia.
Saquinhos perfumados
Todos os elementos do grupo irão confeccionar saquinhos perfumados e começarão por
colocar algumas folhas secas perfumadas no centro do tecido transparente ou outro que
tenham escolhido. De seguida, para dar forma a um saquinho, unem as quatro pontas do
tecido, fechando-o com um fio de ráfia ou uma tira de tecido de cetim, dando um nó. Os
elementos que não conseguirem fazer o nó, sozinhos, poderão ter a ajuda dos elementos
mais ágeis.
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Animação Sociocultural
182
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Exemplares mostrados ao grupo
(Fonte: Própria)
Mesa de trabalho e alguns dos saquinhos
perfumados elaborados (Fonte: Própria)
Alguns dos saquinhos perfumados feitos pelo
grupo (Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
183
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 21
Actividade “Colorir o Outono” –
Lar Padre Joaquim Ribeiro
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Animação Sociocultural
184
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 9 de Novembro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Actividades
Hora: 11:00h às 12:00h
Número de elementos: cerca de 20
Objectivo Geral: Desenvolver a criatividade e o gosto pelas artes manuais.
Material: Folhas com desenhos alusivos ao Outono e ao S. Martinho, lápis de cor, afia,
marcadores coloridos.
Colorir o Outono
São distribuídas folhas com os desenhos alusivos ao Outono e ao dia de S. Martinho por
todos os elementos do grupo. Estes, com os lápis de cor e com os marcadores, pintam os
desenhos ao seu gosto.
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Animação Sociocultural
185
Despertar para a Descoberta
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Desenhos para colorir
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Animação Sociocultural
186
Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
187
Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
188
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Sala da actividade onde constam alguns dos
desenhos coloridos (Fonte: Própria)
Mesa de trabalho (Fonte: Própria)
Desenhos coloridos pelo grupo de utentes
(Fonte:Própria)
Alguns dos desenhos pintados
(Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
189
Despertar para a Descoberta
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Proposta – Postais de Natal
(16 de Novembro de 2010)
Materiais necessários
Cartão ondulado de diferentes cores
Cartolinas de diferentes cores
Tesoura de lâmina triangular
Algodão
Cola batom
Cola líquida
Exemplo dos postais de Natal
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Animação Sociocultural
190
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 22
Actividade “Postais de Natal” –
Lar Padre Joaquim Ribeiro
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Animação Sociocultural
191
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 16 de Novembro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Bar da Instituição
Hora: 11:00h às 12:15h
Número de elementos: cerca de 20
Objectivo Geral: Estimular a criatividade de cada elemento, bem como a destreza
manual.
Material: Cartolina, cartão canelado, folhas de papel com frases festivas, desenhos
pequenos alusivos ao Natal, tesoura de lâmina lisa e triangular, cola, algodão e materiais
recicláveis, lápis de cor.
Postais de Natal
O grupo é dividido em pequenos grupos, organizando-se consoante as suas capacidades,
isto é, os que melhor recortam os desenhos, as cartolinas e as frases festivas, os que
melhor dobram a cartolina e os que pintam os desenhos. À medida que os desenhos ficam
terminados estes são colados nas cartolinas previamente cortadas e dobradas, que por sua
vez assumem diferentes formas e cores. Por fim, cada elemento cola no (s) seu (s) postal
(ais) uma frase festiva ao seu gosto.
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Animação Sociocultural
192
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Mesa de trabalho (Fonte: Própria)
Postais elaborados por todos os utentes
(Fonte: Própria)
Resultado final da actividade (Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
193
Despertar para a Descoberta
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Proposta – Blocos de Notas
(23 de Novembro de 2010)
Materiais necessários
Cartão ondulado de diferentes cores
Cartolinas de diferentes cores
Folhas A4 brancas
Tesoura de lâmina triangular
Massas e feijões secos
Régua de 40cm
Cola líquida
Furador
Ráfia
X-acto
Exemplo dos blocos de notas
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Animação Sociocultural
194
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 23
Actividade “Bloco de Notas” –
Lar Padre Joaquim Ribeiro
_____________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
195
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 23 de Novembro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Bar da Instituição
Hora: 11:00h às 12:10h
Número de elementos: cerca de 18
Objectivo Geral: Estimular a criatividade de cada elemento, bem como a destreza manual.
Material: Cartão canelado e cartolinas de diferentes cores, ráfia, tesoura, furador, X-acto, régua
de 40cm, folhas de papel brancas A4, massas e feijões secos.
Bloco de Notas
Todo o material é colocado à disposição do grupo numa mesa, para que à volta desta todos os
elementos possam executar a actividade. Inicialmente cortam dois quadrados de cartolina da
mesma cor e algumas folhas de papel, com tamanho ligeiramente mais pequeno do que as
folhas da cartolina. Juntam tudo, colocando por baixo uma folha de cartolina, por cima desta as
folhas de papel por cima destas a restante folha de cartolina. Neste, furam dois buracos no
bordo da direita, com um furador, para que, através destes, passem um fio de ráfia. Depois de
colocado o fio, dão um nó para assim prender todas as folhas. Com os feijões e com as massas,
cada elemento do grupo decora o bloco de notas ao seu gosto.
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Animação Sociocultural
196
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Algum do material utilizado na actividade
(Fonte: Própria)
Grupo de utentes (Fonte: Própria)
Blocos elaborados pelos utentes (Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
197
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 24
Conclusão de alguns trabalhos já realizados –
Lar Padre Joaquim Ribeiro
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Animação Sociocultural
198
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 30 de Novembro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Bar da Instituição
Hora: 11:00h às 12:20h
Número de elementos: cerca de 12
Objectivo Geral: Estimular a destreza manual de cada um, bem como desenvolver a
cooperação entre todos os elementos.
Material: Cartão canelado e cartolinas de diferentes cores, folhas de papel com frases
festivas, ráfia, tesoura de lâmina lisa e tesoura de triangular, furador, cola, algodão e
materiais recicláveis, X-acto, desenhos pequenos alusivos ao Natal, lápis de cor, régua de
40cm, folhas de papel brancas A4, massas e feijões secos.
Conclusão de alguns trabalhos já realizados
Nesta actividade, concluiu-se alguns dos trabalhos realizados, como sendo os postais de
natal e os blocos de notas. Todo o material é reunido em cima de uma mesa, onde todos os
elementos se encontram sentados à volta, e cada um deles termina o seu trabalho. Os
elementos que terminam mais rápido, auxiliam os que ainda não terminaram.
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Animação Sociocultural
199
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 25
Actividades físico – motoras para a terceira idade –
Lar Padre Joaquim Ribeiro
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Animação Sociocultural
200
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 9 de Novembro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Ginástica
Hora: 15:00h às 16:00h
Número de elementos: cerca de 20
Objectivo Geral: Desenvolver a mobilidade dos membros superiores e inferiores e do tronco.
Material: Bolas de Borracha e cadeiras
Actividades físico - motoras para a terceira idade

Apertam a bola com a mão esquerda e depois com a direita;

Levantam um braço de cada vez com a bola de borracha na mão;

Esticam o braço para cada um dos lados de forma alternada e com a bola na mão, como
se estivessem a passar a ferro;

Com as mãos juntas e a agarrando a bola, levantam e baixam os braços;

Com o punho, de uma mão, fechado apertam a bola, e com a outra mão fazem o gesto
como se estivessem a cortar a bola;

Com as duas mãos a prender a bola, fazem de conta que descascam laranjas (fazendo
força aos dedos);

Passam a bola de uma mão para a outra;

Passam a bola de uma mão para a outra por cima da cabeça;

Relaxam, rodando os ombros;

Colocam a bola por baixo do braço e apertam-na – fazem o mesmo para cada um dos
braços;

Pegam a bola com as duas mãos e empurram-na para a frente, fazendo força com os
braços;

Descansam;

Colocam a bola entre os joelhos e apertam-na;

Passam a bola por baixo de cada perna, alternadamente;

Juntam as pernas e passam a bola por baixo delas;

Bola debaixo do pé, movimentam-na para a frente e para trás, alternando as pernas;
 Bola debaixo do pé, movimentam-na para os lados, alternando as pernas;
_____________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
201
Despertar para a Descoberta
____________________________________________________________________________

Pisam a bola com o pé, fazendo-o de forma devagar e aumentando o ritmo – alternam os
pés;

Sentam-se confortavelmente, encostando as costas junto da cadeira;

Levam os pés para a frente e para trás, sempre juntos;

Juntam e afastam os pés;
 De forma alternada, esticam as pernas, com movimentos rápidos;

Relaxam;

Apanham a bola e com a perna para cima, passam-na por baixo do joelho, alternando as
pernas;

Passam a bola na barriga e depois em cada um dos braços.
_____________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
202
Despertar para a Descoberta
____________________________________________________________________________
Seniores em Movimento
Data: 16 de Novembro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Ginástica
Hora: 15:15h às 15:55h
Número de elementos: cerca de 20
Objectivo Geral: Desenvolver a mobilidade dos membros superiores e inferiores e do tronco,
bem como aumentar a resistência muscular e a flexibilidade.
Material: Cadeiras
Actividades físico - motoras para a terceira idade

Sentados, batem com os pés no chão;

Chutam uma bola imaginária, dezasseis vezes e de forma alternada;

Levantam os joelhos, dezasseis vezes, um de cada vez;

De pernas e joelhos juntos, levantam as pernas;

Abrem os braços para os lados, dezasseis vezes;

Levam os braços à frente e levantam-nos;

Descontraem, rodando os ombros;

Viram as palmas das mãos para cima e levam-nas aos ombros, tocando com as mãos
nestes;

Esticam os braços, abrindo e fechando os dedos das mãos, cerca de dezasseis vezes;

Levantam os braços e rodam os pulsos, como se estivessem a mudar uma lâmpada –
fazem cerca de dezasseis vezes;

Colocam as mãos nos ombros e rodam os mesmos, cerca de dezasseis vezes;

Elevam os braços, e cerca de dezasseis vezes, juntam-nos, batendo com as mãos, uma na
outra;

Levantam-se e sentam-se cerca de dez vezes nas cadeiras;

Em pé, marcham, elevando os joelhos - mantinham-se no mesmo lugar;

Posicionam-se, cada um, atrás da sua cadeira;

Colocam as mãos em cima da cadeira, esticando os braços;

Apoiando-se nas pontas dos pés, cada utente, inclina-se para a frente, como se estivesse
a espreitar para a sua cadeira – repetiam cerca de dez vezes;
_____________________________________________________________________________
 Colocam as mãos na cadeira e, exercendo força nesta, esticam a perna direita para trás,
Animação Sociocultural
203
Despertar para a Descoberta
____________________________________________________________________________
cerca de dez vezes – repetindo o mesmo com a perna esquerda;

Na mesma posição, mantêm uma das pernas no chão e a outra baloiçam-na para os
lados, trocando de perna e fazendo cerca de dezasseis vezes;

Continuando na mesma posição, elevam a perna esquerda, fazendo o mesmo com a
direita;

Mãos apoiadas na cadeira, agacham-se para cima e para baixo, cerca de dezasseis vezes;

Sentados nas cadeiras, movimentam as pernas como se tivessem a correr, mas
permanecendo na cadeira;

Fazem alongamentos;

Cruzam os braços, como se estivessem a abraçar o próprio corpo;

Com os braços para cima, e um de cada vez, puxam a cabeça para um lado e depois para
o outro;

Colocam as mãos atrás da cabeça, empurrando-a para a frente;

Com as pernas afastadas, esticam os braços para baixo e tocam com as mãos no chão.
_____________________________________________________________________________
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 23 de Novembro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Ginástica
Hora: 15:15h às 16:00h
Número de elementos: cerca de 18
Objectivo Geral: Desenvolver a mobilidade e flexibilidade dos membros superiores e
inferiores e do tronco. Promover o convívio e a interacção entre todos os utentes.
Material: Cadeiras e rádio (música)
Actividades físico - motoras para a terceira idade

Sentados, elevam os braços e movimentam-nos de esquerda para a direita;

Batem palmas;

De pé, dão pequenos paços;

Dançam e a professora começa a dançar com alguns dos utentes;

Juntam-se aos pares e dançam;

Elevam os braços durante alguns momentos e movimentam-nos de um lado para o
outro;

Levantam-se e colocam-se de pé em frente à respectiva cadeira;

Ao som da música, andam à volta da cadeira, em jeito de dança;

Elevam um braço de cada vez, primeiro o esquerdo e depois o direito;

Elevam um joelho de cada vez, fazendo força com as pernas;

Sentados, esticam e encolhem as penas;

Abrem e fecham as pernas para cada um dos lados, para a frente e para trás;

Descansam – levantam os braços e inspiram, baixando-os de seguida, expirando;

Esticam os braços para a frente e cruzam-nos;

Fazem o mesmo, mas desta vez apenas cruzando as mãos;

Movimentam os ombros para cima e para baixo, encolhendo e esticando o corpo – todos
ao mesmo tempo e depois um utente de cada vez;

Esticam os braços para a frente e rodam os pulsos;

Fazem o mesmo, mas com os braços para o lado;

De pé, levantam e baixam os pés alternadamente;
_____________________________________________________________________________

Sentados, juntam as pernas e os pés e movimentam-nos de um lado para o outro e, como
Animação Sociocultural
205
Despertar para a Descoberta
____________________________________________________________________________
se estivessem a dançar folclore, levantam os braços, estalando os dedos;

Elevam o joelho direito e tocam com o cotovelo esquerdo no mesmo – repetindo com os
membros contrários;

Movimentando os braços para a frente e para trás, abrem e fecham as mãos;

Repetem o exercício, mas movimentam os braços para cima, abrindo e fechando-os
novamente;

Continuando com os braços elevados e com as palmas das mãos voltadas para cima,
abrem e fecham as mãos;

Descontraem;

Colocam a mão direita no peito e com a mão esquerda, empurram o cotovelo direito
contra o peito – trocam de braço;

Colocam as mãos atrás da cabeça, juntando os cotovelos e os braços;

Colocam uma mão na cabeça e empurram-na para um lado, fazendo o mesmo com a
outra mão;

Com as mãos atrás da cabeça, puxam-na para a frente;

Com a ajuda das mãos, puxam as pernas para cima, agarrando os joelhos;

Com as pernas esticadas, tentam tocar nos pés com as mãos;

Fazem o mesmo, mas tentando tocar nas pernas.
_____________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
____________________________________________________________________________
Seniores em Movimento
Data: 30 de Novembro de 2010
Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Ginástica
Hora: 15:00h às 15:50h
Número de elementos: cerca de 15
Objectivo Geral: Desenvolver a mobilidade e flexibilidade dos membros superiores e
inferiores e do tronco. Proporcionar a cooperação e interacção entre os utentes.
Material: Cadeiras e bolas médias de borracha
Actividades físico - motoras para a terceira idade

Sentados, apertam a bola com as mãos, alternadamente;

Apoiam a bola nos joelhos, agarram-na e levantam-na, erguendo os braços;

Com a bola nas duas mãos, esticam os braços para a frente;

Com os braços, a formar um ângulo de 90º, levantam ligeiramente a bola, alternando os
braços;

Afastam as pernas, e levam a bola desde o chão até acima da cabeça, elevando os
braços;

Com a bola, tocam com a mão direita no joelho esquerdo e vice-versa;

De pé, seguram a bola com as duas mãos e tocam com esta nos joelhos, primeiro no
esquerdo e depois no direito;

Atrás da cadeira, tocam com a bola em ambas as laterais desta;

Em frente à cadeira, abrem ligeiramente as pernas e tocam com a bola no assento da
cadeira;

Com a bola ao pé do peito, dão devagar uma volta em torno do seu próprio corpo;

Com a bola na cabeça, fazem o mesmo;

Atrás da cadeira e com as mãos apoiadas nesta, fazem força, apoiando-se nas pontas dos
pés;

Na mesma posição, elevam os joelhos – um de cada vez;

Continuando na mesma posição, baloiçam uma das pernas para ambos dos lados,
repetindo o mesmo com a outra;

Continuando a apoiar-se na cadeira, cada elemento baloiça cada uma das suas pernas,
_____________________________________________________________________________
para trás e para a frentes;
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Despertar para a Descoberta
____________________________________________________________________________

Com as pernas afastadas, agacham-se, levantando-se de seguida;

Apoiados nas cadeiras, elevam o joelho à frente e de seguida puxam a perna para trás,
como que a dar um pontapé para trás – fazem o mesmo para cada perna;

Sentados nas cadeiras, atiram a bola ao ar e agarram-na, não deixando que a mesma
caísse ao chão;

Na mesma posição, a professora coloca-se em frente a cada utente, de cada vez, e este
atira-lhe a bola ao que esta recebe e torna a mandar para o elemento;

Na mesma posição, a professora coloca-se a uma maior distância em frente a cada um, e
de cada vez, este atira-lhe a bola ao que esta recebe e torna-a a mandar para o utente;

Enquanto a professora realiza o exercício com cada utente, os restantes atiram a bola ao
ar várias vezes, apanhando-a;

Com uma bola verde ao centro do círculo, formado pelos utentes, cada um deles atira a
sua bola, tentado que esta fique próximo da bola verde, tocando-lhe e empurrando-a;

Fazem o mesmo exercício, mas desta vez chutando a bola na direcção da bola verde,
fazendo com que esta mudasse de posição;

Em grupos de dois, um dos elementos encontra-se sentado e atrás encontra-se um outro
elemento de pé que com a bola, faz massagens nas costas do utente que se encontrava
sentado – depois trocam de posição;

Fazem o mesmo, mas desta vez o utente que faz a massagem, pressiona a bola com mais
força nas costas do utente que está sentado – trocando de posição, o que se encontra
sentado passa a estar de pé e vice-versa;

Fazem, por fim, na mesma posição, pequenos toques com a bola nas costas do colega.
_____________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Imagens dos utentes nas aulas de ginástica
Exercício para membros superiores
(Fonte: Própria)
Exercício para os membros inferiores
(Fonte: Própria)
Exercício para o tronco (Fonte: Própria)
Exercício com bolas de borracha
(Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 26
Boccia – Lar Padre Joaquim Ribeiro
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Regras básicas do jogo
Boccia é um jogo de pavilhão que pode ser jogado em singulares, pares ou em equipas
e 3 jogadores, O campo de jogo tem 12,5 metros de comprimento por 6 de largura, tal como
mostra a figura abaixo indicada.
Cada jogador ou equipa dispõe de 6 bolas vermelhas para uma equipa e 6 azuis para a
equipa contrária. Existe ainda uma bola branca (bola alvo), e que é atirada, à vez, por cada
uma das equipas, seguindo-se as bolas de cor.
O objectivo é lançar as bolas de cor o mais próximo possível da bola branca.
Cada jogo possui quatro “parciais” nos jogos de singulares ou pares e seis “parciais” nos
jogos de equipas.
Os pontos contam-se no final de cada “parcial”, sendo atribuído um ponto por cada
bola que esteja mais próxima da bola branca até ser encontrada.
Campo de jogo (Fonte:
http://www.google.com/imgres?imgurl=http://usuarios.discapn
et.es/boccia/images/campobo.gif&imgrefurl)
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Imagens dos utentes no jogo Boccia
Grupo de utentes a jogar Boccia
(Fonte: Própria)
Local onde foi realizado o Boccia
(Fonte: Própria)
Disposição das bolas durante num dos parciais
do jogo (Fonte: Própria)
Parte do grupo do Centro de Dia a assistir
(Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 27
Actividade “Frases e flores” – Irmandade da Santa
Casa da Misericórdia da Trofa
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 23 de Setembro de 2010
Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Actividades
Hora: 15:00h às 17:00h
Número de elementos: cerca de 10
Objectivo Geral: Preparar flores para posteriormente serem distribuídas no dia do idoso.
Material: Papel crepe colorido, cola, arame, tesoura e papéis pequenos com frases de
autores alusivas aos idosos.
Frases e Flores
Numa mesa são colocados todos os materiais necessários para a actividade. Enquanto
procurava algumas frases na internet sobre o idoso e imprimia-as, os restantes elementos
iam forrando os arames das flores com o papel crepe de cor verde. Depois de recortadas
as frases juntei-me aos elementos, continuando a realizar a actividade. De seguida e com
as diferentes cores do papel de crepe, fez-se a parte de cima do que serão as flores,
juntando um pequeno pedaço de papel no fundo e abrindo-o na parte de cima e juntando
esta ao arame, colando a parte funda (estreita) ao mesmo. Já completa a flor coloca-se a
frase ao arame.
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Proposta de trabalho – Peça de Teatro
Tema – Lenda de S. Martinho
Actores – Utentes da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
Encenador - Ricardo Padrão
Calendarização da peça:

30 de Setembro – Apresentar a ideia da peça de teatro ao grupo, ouvir os testemunhos
das pessoas (ter conhecimento das suas opiniões), escolher o local da realização da
peça e dar início à elaboração do texto para a peça de teatro.

7 de Outubro – Continuação da elaboração do texto para a peça de teatro. Escolha das
personagens, dos adereços e do vestuário.

14 de Outubro – Início dos ensaios para a peça de teatro.

21 de Outubro – Continuação dos ensaios para a peça de teatro. Inicio da criação do
cenário da peça.

28 de Outubro – Continuação dos ensaios para a peça de teatro e da criação do
cenário.

4 de Novembro – Continuação dos ensaios para a peça de teatro e da criação do
cenário.

11 de Novembro – Ensaio geral da peça de teatro. Estreia.
_____________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Lenda S. Martinho
Martinho nasceu no ano de 316, em Sabária (actual Hungria). O seu pai era soldado do
exército romano e deu-lhe uma educação cristã. Aos 15 anos Martinho foi para Itália e
alistou-se no exército Romano, tornando-se mais tarde num general rico e poderoso.
Um dia de regresso a casa, cavalgava debaixo de forte tormenta. A chuva e o
granizo caíam copiosamente, o vento, furioso, uivava e o frio parecia esmagar os ossos...
Numa curva do caminho, deparou com um mendigo que, quase nu, se confundia com os
troncos mirrados e enegrecidos da beira da estrada. Este, estendia um braço descarnado em
busca de algum auxílio que o salvasse de uma morte certa.
O general, de coração apertado por tamanha desgraça, apeou-se do cavalo e passou
a sua mão carinhosamente pela do pobre. Em seguida, desprendeu a espessa e quente capa
que o protegia e, com um golpe seguro de espada, dividiu-a em duas partes. Estendeu uma das
metades ao mendigo e agasalhou-se o melhor que pode com a restante...
Apesar de mal agasalhado e a chover torrencialmente, Martinho continuou o seu
caminho, cheio de felicidade... Então, o bom Deus, ao presenciar este gesto, fez desaparecer
a tempestade. O céu ficou límpido e surgiu um sol de estio, cheio de luz e calor. Nos três dias,
que ainda durou a viagem, um Sol radioso acompanhou o general.
É assim que todos os anos, em Novembro, somos presenteados com, pelo menos, três
magníficos dias de Sol. Para que a memória dos homens, tantas vezes curta não se esqueça do
desinteresse do gesto que salvou a vida ao mendigo. - É o Verão de S. Martinho.
(Fonte: http://www.eb1-sto-antonio-n1.rcts.pt/lenda_s__martinho.htm)
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Despertar para a Descoberta
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 28
Actividade “O Dia do Idoso em imagens” –
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 30 de Setembro de 2010
Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Actividades
Hora: 15:00h às 17:00h
Número de elementos: 1
Objectivo Geral: Preparar uma apresentação em powerpoint para o Dia Internacional do
Idoso.
Material: Suporte informático (computador)
O Dia do Idoso em Imagens
No computador foram seleccionadas algumas fotografias das actividades realizadas pelos
idosos ao longo do ano de 2010 na Irmandade da Santa Casa da Misericórdia.
Depois de feita a selecção, foi elaborado um powerpoint, onde foram colocadas as
fotografias das actividades assim como algumas frases relacionadas com os idosos e com a
comemoração do dia internacional do idoso.
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 29
Actividade “Descobrir o objecto” –
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 7 de Outubro de 2010
Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Actividades
Hora: 15:00h às 16:30h
Número de elementos: cerca de 13
Objectivo Geral: Proporcionar o treino da memória visual, da observação e da conservação.
Material: Diversos objectos (chaves, caneta, copo de plástico, entre outros) e pano escuro.
Descobrir o objecto
Dispostos os diversos objectos numa mesa, estes são mostrados ao grupo durante cerca de trinta
segundos, observando-os em silêncio. De seguida são tapados e todos os elementos dizem em
voz alta os objectos que se lembram ter visto. Após confirmados os objectos, os elementos do
grupo tornam a observar os mesmos e, de seguida, estes são tapados e retira-se um ou mais
objectos por baixo do pano escuro, pelo que depois os elementos têm de descrever qual ou quais
os objectos retirados.
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 30
Actividade “O alfabeto” –
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 14 de Outubro de 2010
Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Actividades
Hora: 15:00h às 16:20h
Número de elementos: cerca de 15
Objectivo Geral: Dar a conhecer o alfabeto, permitindo que cada utente associe a letra
a um elemento por si conhecido.
Material: Folhas com as letras do alfabeto com uma imagem relacionada, lápis de cor,
tesoura e placa de platex.
O alfabeto
São distribuídas 23 folhas, cada uma com a letra do alfabeto e uma imagem relacionada
com a mesma. Com estas folhas os elementos do grupo irão colorir e recortar cada letra,
juntamente com o respectivo objecto.
Por fim, e com ajuda, o grupo cola cada uma das letras recortadas a um suporte rígido,
tal como uma placa de platex.
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Despertar para a Descoberta
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INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
AUTORIZAÇÃO DE CAPTAÇÃO DE IMAGENS DOS UTENTES NA IRMANDADE DA SANTA
CASA DA MISERICÓRDIA DA TROFA
Trofa, _____de _______________de 2010
Eu,
_____________________________________________________________,
autorizo / não autorizo (riscar o que não interessa) a captação de imagens onde surjo nas
actividades realizadas na instituição Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, afim
de complementar o relatório de estágio curricular de Ricardo Jorge Marques Sampaio
Padrão.
________________________________________
(ASSINATURA)
_____________________________________________________________________________
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
AUTORIZAÇÃO DE CAPTAÇÃO DE IMAGENS DOS UTENTES NA IRMANDADE DA SANTA
CASA DA MISERICÓRDIA DA TROFA
Trofa, _____de _______________de 2010
Eu,
_____________________________________________________________,
autorizo / não autorizo (riscar o que não interessa) a captação de imagens onde surjo nas
actividades realizadas na instituição Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, afim
de complementar o relatório de estágio curricular de Ricardo Jorge Marques Sampaio
Padrão.
________________________________________
(ASSINATURA)
_____________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
250
Despertar para a Descoberta
____________________________________________________________________________
Apêndice 31
Sessão de esclarecimento sobre a segurança na
terceira idade – Irmandade da Santa Casa da
Misericórdia da Trofa
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 21 de Outubro de 2010
Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Convívio
Hora: 15:00h às 16:20h
Número de elementos: cerca de 25
Objectivo Geral: Sensibilizar os idosos para as questões de segurança. Proporcionar
momentos de diversão, recordação e relaxamento.
Material: Material audiovisual e powerpoint elucidativo ao tema.
Sessão de esclarecimento sobre a segurança na terceira idade
Nesta actividade estão presentes dois agentes da Guarda Nacional Republicana que, com
uma apresentação em powerpoint, fazem uma sessão de esclarecimento ao grupo de
idosos acerca da segurança e das burlas que são feitas a estes por pessoas estranhas,
alertando para as formas utilizadas pelos burlões. Ao fim da palestra são colocados vários
filmes, sobre a velhice, outro com música, videoclips com canções conhecidas do grupo,
vídeos divertidos com touros, concertinas e arraiais, entre outros. Após os filmes, é
passada uma apresentação com as actividades realizadas pelo grupo ao longo do ano de
2010 na instituição.
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
____________________________________________________________________________
Imagens da Actividade
Utentes a assistir à sessão (Fonte: Própria)
Exposição do tema aos utentes (Fonte: Própria)
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Despertar para a Descoberta
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Apêndice 32
Actividade “Jogo dos pinos” –
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
_____________________________________________________________________________
Animação Sociocultural
254
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 4 de Novembro de 2010
Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Convívio
Hora: 15:00h às 16:20h
Número de elementos: cerca de 25
Objectivo Geral: Desenvolvimento da motricidade, da percepção visual e da
concentração. Promover o convívio entre todos os elementos, proporcionando momentos
de diversão.
Material: Seis pinos, bola e uma mesa pequena.
Jogo dos pinos
Os pinos encontram-se colocados, em forma de triângulo, numa pequena mesa. À volta da
mesa os elementos encontram-se sentados e, à vez, cada um levanta-se e, com a bola,
tenta derrubar os pinos. Ganha o elemento que conseguir derrubar o maior número de
pinos. Aos elementos com maior dificuldade motora, é colocada a mesa junto deles, para
que assim consigam atirar a bola sem fazerem grandes movimentos e esforços.
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Animação Sociocultural
255
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Grupo de utentes a assistir ao jogo
(Fonte: Própria)
Um dos utentes com maior mobilidade
(Fonte: Própria)
Uma das utentes com menor mobilidade
(Fonte: Própria)
Boa disposição do grupo (Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
256
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 33
Magusto – Irmandade da Santa Casa da
Misericórdia da Trofa
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Animação Sociocultural
257
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 11 de Novembro de 2010
Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Convívio/Pátio da
Instituição
Hora: 15:00h às 17:00h
Número de elementos: cerca de 25
Objectivo Geral: Proporcionar momentos de diversão e de distracção aos idosos na
instituição.
Material: Castanhas, recipiente para colocar as castanhas, fogareiro, pruma, fósforos,
paus de árvore e música.
Magusto
Começa-se por colocar a pruma no fogareiro para assim se assar as castanhas. Enquanto
são assadas, os elementos do grupo com mais mobilidade dançam ao som da música pelo
espaço livre à volta da fogueira e no interior da instituição. Quando as castanhas ficam
prontas, estas são distribuídas por todos os elementos do grupo.
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Animação Sociocultural
258
Despertar para a Descoberta
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Músicas reproduzidas no magusto
MÚSICA
DURAÇÃO
Hino da Trofa
4:17
Ó malhão, malhão
2:44
Ó Rosa arredonda a saia
2:29
Apita o comboio
3:54
Laurindinha
3:22
E se a casa cair deixa que caia
2:55
Tiro liro liro
2:03
Senhora do Alívio
6:31
Uma casa portuguesa
2:38
Malhão do eia
3:49
As meninas da ribeira do sado
1:54
Baile de verão
3:22
Pai da criança
5:23
Eu ouvi o passarinho
4:08
Casa da mariquinhas
2:25
Dá cá dá cá dá cá
3:53
A bela portuguesa
3:43
Nossa Senhora
5:24
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Animação Sociocultural
259
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Utentes e funcionários dançam à volta da
fogueira (Fonte: Própria)
Preparação da fogueira (Fonte: Própria)
Boa disposição entre o grupo (Fonte: Própria)
Brincadeiras entre utentes e funcionários
(Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
260
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 34
Visita à Casa do Professor da Trofa –
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa
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Animação Sociocultural
261
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 25 de Novembro de 2010
Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Casa do Professor
Hora: 14:40h às 17:10h
Número de elementos: 6
Objectivo Geral: Sensibilizar os utentes para a partilha de experiências com diferentes grupos
sociais e proporcionar momentos de distracção e diversão.
Material: Carrinha da Instituição
Visita à Casa do Professor na Trofa
Os elementos são transportados até à Casa do Professor, onde à entrada assinaram um livro de
dedicatórias da Casa. Depois, e numa pequena sala, recitaram os poemas que três dos elementos
escreveram para a visita e no fim foi realizado um lanche convívio, onde estavam reunidos
alguns professores que se encontravam na Casa, bem os seis elementos do grupo, a funcionária
responsável e eu. Terminado o lanche, alguns professores fizeram uma visita guiada à Casa,
para que todos os elementos pudessem conhecer as suas instalações. Por fim, antes de terminar
a visita, foi tirada uma fotografia de grupo, com os elementos da Irmandade da Santa Casa da
Misericórdia e com alguns professores, para que posteriormente pudessem recordar.
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Animação Sociocultural
262
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Exterior da Casa do Professor (Fonte: Própria)
Leitura dos poemas (Fonte: Própria)
Lanche convívio (Fonte: Própria)
Visita às instalações da Casa do Professor
(Fonte: Própria)
Grupo de utentes e professores (Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
263
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 35
Actividades físico – motoras na terceira idade –
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia da Trofa
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Animação Sociocultural
264
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 8 de Novembro de 2010
Local: Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de ginástica
Hora: 10:00h às 11:55h
Número de elementos: cerca de 23
Objectivo Geral: Desenvolver a flexibilidade de todos membros.
Material: Molas.
Mola nos braços – Desenvolvimento dos membros superiores
Começam por colocar a mão direita no ombro direito, rodando-o – fazem o mesmo com o outro
ombro;
Esticam o braço para a frente e abrem e fecham as mãos, alternando os braços;
Fazem o mesmo, mas com os braços para cima, alternando-os;
Alternando os braços, esticam-nos para cima e para baixo, fazendo movimentos rápidos;
Abrem os braços e fecham para os lados, como se estivessem a passar a ferro;
Descansam.
Mola na barriga – Desenvolvimento do tronco
Sentados, cruzam os braços no peito, rodando o corpo de um lado para o outro;
Levantam os braços acima da cabeça, e movimentam o corpo de um lado para o outro;
Tocam com as mãos nas pernas da cadeira, fazendo com uma mão de cada vez;
Sentados na ponta da cadeira, cruzam os braços ao peito, inclinando-se para trás e depois para a
frente, de modo a tocar com os cotovelos nos joelhos.
Mola nas pernas – Desenvolvimento dos membros inferiores
Sentados, levantam a perna para a frente, realizando movimentos rápidos – ao fim de algumas
vezes, trocam de perna;
Com as pernas juntas e esticadas, sobem e descem as mesmas;
Juntam e afastam as pernas;
Alternando os membros inferiores, movimentam-nos para a frente e para trás;
Elevam o joelho direito, para junto do peito, fazendo o posteriormente o mesmo com o joelho
esquerdo;
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Animação Sociocultural
265
Despertar para a Descoberta
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Com uma das pernas a formar um ângulo de 90º, a outra é esticada e com o braço esticam,
tentando tocar no pé durante cerca de dez segundos – ao fim deste tempo trocam de perna;
Com o braço esquerdo esticado e voltado para a direita, agarram com a mão direita o cotovelo
esquerdo, exercendo força neste;
Colocam uma mão na cabeça e empurram-na para um lado, fazendo o mesmo com a outra mão;
Com as mãos atrás da cabeça, puxam-na para a frente, tentando tocar com o queixo no peito;
Descansam;
Para relaxar, colocam as mãos nos ombros, e rodam-nos para cima e para baixo.
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Animação Sociocultural
266
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 22 de Novembro de 2010
Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de ginástica
Hora: 10:00h às 12:00h
Número de elementos: cerca de 14
Objectivo Geral: Proporcionar o desenvolvimento dos membros superiores, inferiores e do
tronco e estimular a força muscular.
Material: Bolas de borracha
Actividades físico-motoras para a terceira idade
Com uma bola em cada mão, apertam-na;
Com duas bolas, movimentam os braços para cima e para baixo;
De pé, juntam e afastam os braços;
Com os braços esticados, cruzam as mãos com movimentos rápidos;
Esticam os braços para cima, cruzando-os. Depois deixam-nos cair, descruzando-os;
Colocam as pernas à largura dos ombros – cruzando os braços, tocam com a mão esquerda no
joelho direito e vice-versa. Em cada mão têm uma bola;
Com as costas direitas, colocam uma das bolas entre os joelhos, e a outra fazem-na passar em
torno da cabeça e posteriormente da cintura;
Com uma bola em cada mão, encostam-nas aos ombros, rodando-os;
Com os braços ligeiramente flectidos e com uma bola em cada mão, de forma alternada,
esticam e flectem os braços, como se estivessem a andar de bicicleta com eles;
Com uma bola em cada mão, e com estas ao direito dos joelhos, elevam os mesmos, para que
estes toquem nas mãos;
Afastando e esticando as pernas, tentam tocar com a não esquerda na respectiva perna,
enquanto a mão direita segura uma bola – depois de conseguirem, trocam de mão;
Colocam uma bola no chão e com a outra, fazem-na passar por entre as pernas, formando vários
oitos;
De pé, marcham, aumentando de intensidade e mantendo-se no mesmo local;
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Lado a lado, dão passos laterais, para a esquerda e para direita;
Animação Sociocultural
267
Despertar para a Descoberta
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Parados, dão um passo grande à frente e mantêm-se na posição em que ficam;
Repetem o mesmo, mas após darem um passo e se manterem durante uns segundos na mesma
posição, dão outro passo e assim sucessivamente – quando ficam parados, esticam os braços
para ambos os lados;
Dão três passos pequenos para a frente e levantam o joelho direito, fazendo o mesmo mas com
o joelho contrário e assim sucessivamente;
Marcham no mesmo sítio com os braços a acompanhar os movimentos efectuados;
Batem palmas com as bolas, fazendo com que estas toquem uma na outra;
Com uma das bolas na mão direita, levantam a mão contrária (com a outra bola) e ao baixar
tocam na bola direita, descendo o braço – repetem o mesmo, mas trocando de posição;
Colocam uma mão na cabeça e empurram-na para um lado, fazendo o mesmo com a outra mão;
Com as duas mãos, puxam os joelhos para junto da barriga;
Com uma das pernas a formar um ângulo de 90º, a outra é esticada e com o braço esticam,
tentando tocar no pé durante cerca de dez segundos – ao fim deste tempo trocam de perna;
Com as pernas afastadas e esticadas, tentam tocar com as mãos no chão;
Esticam os braços para cima.
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Animação Sociocultural
268
Despertar para a Descoberta
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Seniores em Movimento
Data: 29 de Novembro de 2010
Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de ginástica
Hora: 10:00h às 10:45h
Número de elementos: cerca de 15
Objectivo Geral: Fomentar o gosto pela actividade física, desenvolvendo a flexibilidade de
todos os membros do corpo.
Material: Bolas de borracha e lençol.
Actividades físico-motoras para a terceira idade
Apertam a bola com a mão direita e depois com a esquerda;
Passam a bola de uma mão para a outra, fazendo movimentos rápidos;
Fazem o mesmo, mas com os braços esticados acima da cabeça;
Com uma das bolas, fazem-na passar à volta da cabeça, do pescoço, da cintura, da perna
esquerda e da direita e do tornozelo esquerdo e direito, fazendo-o sempre com movimentos
rápidos;
Esticam os braços para a frente e apertam a bola com uma das mãos;
Esticam os braços para cima, para a esquerda e para a direita, apertando sempre a bola que se
encontra numa das mãos;
Com a mão no cotovelo do braço contrário, flectem o mesmo – trocando de posição;
Com o braço esquerdo, tocam com a mão no ombro direito e vice-versa;
Levantam um braço de cada vez com a bola na mão;
Esticam as pernas alternadamente;
Elevam um joelho de cada vez para cima, de forma a tocar na barriga;
De pé, balançam de um lado para o outro com os braços esticados para cima;
Levantam os braços e passam a bola de uma mão para a outra;
Com a bola na mão direita tocam com esta no joelho esquerdo e vice-versa;
Com um lençol, todos sentados e em conjunto, fazem ondas;
Ainda com este, é colocada uma bola em cima, e fazendo movimentos rápidos, tentam que esta
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não caia ao chão;
Animação Sociocultural
269
Despertar para a Descoberta
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Com três bolas, fazem o mesmo e posteriormente com duas;
Cada um abraça o seu tronco, cruzando os braços;
Colocam uma mão na cabeça e empurravam-na para um lado, fazendo o mesmo com a outra
mão;
Com as mãos atrás da cabeça, puxam-na para a frente, tentando tocar com o queixo no peito;
Esticam os braços para cima, e depois para a frente;
Sentados na beira da cadeira, esticam uma das pernas e tentam com as duas mãos chegar ao pé,
trocando depois a perna;
Afastam as pernas e tocam com as mãos no chão.
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Animação Sociocultural
270
Despertar para a Descoberta
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Imagens da Actividade
Exercício para desenvolver os membros
superiores (Fonte: Própria)
Exercício para desenvolver os membros
inferiores (Fonte: Própria)
Exercício para desenvolver o tronco
(Fonte: Própria)
Alguns dos materiais utilizados nos
exercícios (Fonte: Própria)
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Animação Sociocultural
271
Despertar para a Descoberta
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Apêndice 36
Actividades físicas e desportivas –
EB 1 / JI de Bairros
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Data: 11 de Novembro de 2010
Local: EB 1 / JI Bairros – Pátio da escola e polivalente
Hora: 9:00h às 10:00h
Número de elementos: 17 - 3º ano
Objectivo Geral: Mobilizar as acções motoras básicas desenvolvidas nos blocos de
deslocamentos e equilíbrios e perícia e manipulação;
Material: Sinalizadores e bolas de basquetebol.
Actividades físicas e desportivas
Quatro alunos colocam um pequeno sinalizador na cabeça, seguram-no com uma das mãos e
com a outra tentam tocar nos elementos que estão em movimento a correr sem o sinalizador. Ao
tocarem estes têm de dizer “cola”, ao que o elemento “apanhado” terá de ficar imobilizado.
Permanece assim até que um dos elementos que se encontra solto, lhe toque dizendo “descola”,
voltando novamente ao grupo que não tem sinalizadores, começando a correr. Ao fim de algum
tempo, trocavam de funções.
Distribuídos pelo espaço delimitado, afastam os membros inferiores, baixando-se e tocando
com as mãos no chão.
Com pernas juntas, baixam-se tentando tocar nos pés e esticando as pernas.
Colocam uma das pernas à frente e tentam tocar na ponta do pé, puxando-o contra si, fazendo
com a perna totalmente esticada. Trocam de perna.
Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim
durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna.
O grupo de elementos divide-se em dois, um grupo de rapazes e outro de raparigas. As
raparigas formam uma fila onde é colocado um sinalizador a cerca de dois metros do inicio
desta, e onde o objectivo é cada aluna correr e ao chegar ao sinalizador saltar para a frente.
Após o salto cada uma faz uma marca no chão, para no fim se comparar a distância dos saltos.
Na segunda tentativa, cada rapariga terá de saltar mais, para poder superar a marca feita na
primeira tentativa.
Os rapazes, por sua vez, formam uma outra fila e com uma bola de basquetebol, à vez e de com
a bola ao peito, atiram a bola e quando esta toca no chão, um dos alunos faz uma marca, para
que na segunda tentativa este a possa superar, atirando mais longe. Trocam as filas e os
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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exercícios, os rapazes fazem o salto e as raparigas atiram a bola.
À semelhança da primeira actividade, o professor para além do sinalizador que servia como
ponto a partir do qual os alunos teriam de dar o salto, colocou um outro sinalizador mais à
frente, cujo objectivo seria cada aluno ao saltar tentar ultrapassar o segundo sinalizador. À
segunda tentativa o professor aumentou a distância do segundo sinalizador em relação ao
primeiro, fazendo-o mais uma vez.
Formaram-se três filas, duas com seis alunos e outra com cinco. Estes, numa primeira fase
encontravam-se sentados, voltados para o professor. Este com uma bola, lançava-a e quando
esta tocava no chão, o primeiro elemento de cada fila levantava-se e corria até ao sinalizador
que se encontrava ao pé do Professor, voltando para trás e tocando no segundo aluno, que se
levantaria e faria o mesmo do primeiro, e assim sucessivamente.
Na segunda fase, e ainda dispostos nas filas, encontravam-se sentados, mas de costas voltadas
para o Professor. Quando a bola tocasse no chão, teriam de se voltar, levantar e fazer o mesmo
que fizeram na primeira fase. Numa terceira etapa, estes colocaram-se deitados de barriga para
baixo e voltados para a frente do professor e na quarta etapa, continuando em fila, colocavam-se
deitados, mas de barriga para cima. Ao fim, o professor atribuiu pontos aos três primeiros
classificados (1 ponto ao terceiro classificado, dois ao segundo e três ao terceiro).
Para terminar todos os alunos sentaram-se no chão e durante cerca de trinta segundos não
podiam fazer qualquer barulho. Para dificultar o professor fazia algumas caretas para tentar que
estes se rissem.
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Data: 11 de Novembro de 2010
Local: EB 1 / JI Bairros – Pátio da escola
Hora: 10:00h às 10:45h
Número de elementos: 20 - 4º ano
Objectivo Geral: Mobilizar as acções motoras básicas desenvolvidas nos blocos de
deslocamentos e equilíbrios e perícia e manipulação;
Material: Sinalizadores e bolas de basquetebol.
Actividades físicas e desportivas
4 Alunos colocam 1 pequeno sinalizador na cabeça, seguram-no com uma das mãos e com a
outra tentam tocar nos elementos que estão em movimento a correr sem o sinalizador. Ao
tocarem estes têm de dizer “cola”, ao que o elemento “apanhado” terá de ficar imobilizado.
Permanece assim até que um dos elementos que se encontra solto, lhe toque dizendo “descola”,
voltando novamente ao grupo que não tem sinalizadores, começando a correr. Ao fim de algum
tempo, trocavam de funções.
Distribuídos pelo espaço delimitado, afastam os membros inferiores e respiram.
Continuando com os membros inferiores afastados, baixam-se, tentando tocar com as mãos no
chão.
Com pernas juntas, baixam-se, tentando tocar nos pés e esticando as pernas.
Colocam uma das pernas à frente e tentam tocar na ponta do pé, puxando-o contra si, fazendo
com a perna totalmente esticada. Trocam de perna.
Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim
durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna.
Sentam-se e ouvem a explicação do próximo exercício.
Formam-se dois grupos, um de rapazes e outro de raparigas. As raparigas formam uma fila e é
colocado um sinalizador a cerca de 2 metros do inicio desta e outro mais afastado um pouco
deste. O objectivo é cada uma correr e ao chegar ao primeiro sinalizador saltar para a frente, de
modo a ultrapassar o segundo sinalizador. Na segunda tentativa, cada rapariga terá de saltar
mais, para poder superar o primeiro salto. Quem não conseguir ultrapassar o segundo
sinalizador, terá de fazer cinco saltos de canguru.
Os rapazes formam uma outra fila e com uma bola de basquetebol, à vez e com a bola ao peito,
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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atiram a bola e quando esta toca no chão, um dos alunos faz uma marca, para que na segunda
tentativa este a possa superar, atirando mais longe.
Trocam as filas e os exercícios, os rapazes fazem o salto e as raparigas atiram a bola.
De seguida, é explicado um outro jogo, o Jogo da Árvore. Neste, colocou-se cerca de sete
marcas à volta de uma das árvores que se encontrava no pátio. Depois o professor, ao ouvido de
cada aluno, disse um número, e posteriormente e em voz alta, mencionava um número e os
alunos cujo número mencionado tinha sido o número atribuído pelo professor ao ouvido, teriam
de correr à volta da árvore. O último aluno a chegar ao pé do professor recebia um castigo, que
consistia em dar cinco saltos de canguru.
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Despertar para a Descoberta
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Despertar para a Descoberta
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Data: 18 de Novembro de 2010
Local: EB 1 / JI Bairros – Polivalente
Hora: 9:00h às 9:45h
Número de elementos: 17 - 3º ano
Objectivo Geral: Utilizar as actividades como forma de elevar as capacidades coordenativas.
Desenvolver a cooperação entre o grupo.
Material: Três arcos, três bolas e três sinalizadores.
Actividades físicas e desportivas
Jogo dos números – os alunos correm espalhados pela área do polivalente e a certa altura o
professor diz um número, ao ouvirem, os alunos juntam-se formando um grupo consoante o
número dito. Os que não se conseguissem juntar recebiam um castigo, que era dar cinco saltos
de canguru.
De seguida, continuaram a correr e o professor faz a soma de dois números, ao que os alunos
juntos e mentalmente teriam de calcular qual o resultado e consoante o número obtido
formavam grupos com esse número de elementos. Os que ficassem de fora davam cinco saltos
de canguru.
Ao longo do polivalente, e afastados uns dos outros, os alunos relaxavam, afastando as pernas e
esticando-as, depois com os pés juntos e as pernas esticadas tentavam tocar com as mãos nas
pontas dos pés, permanecendo na mesma posição durante cerca de dez segundos.
Em bicos de pés, esticavam os braços para cima, ficando com o corpo esticado.
Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim
durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna.
Colocam uma das pernas à frente e tentam tocar na ponta do pé, puxando-o contra si, fazendo
com a perna totalmente esticada. Trocam de perna e ao fim fazem o mesmo, mas com as duas
pernas juntas, puxando a ponta dos pés para a frente.
São formadas três filas, duas com seis alunos e outra com cinco alunos, todos eles sentados e o
primeiro com uma bola. À frente de cada fila encontra-se um sinalizador e a cerca de dois
metros um arco. O primeiro elemento de cada fila, à ordem do professor, saem a correr e
colocam a bola dentro do arco e tornam a dirigir-se à fila, ficando no fim desta, ao chegar o
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Despertar para a Descoberta
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segundo elemento sai a correr, pega na bola e trá-la para o terceiro elemento, que faz o mesmo
que fez o primeiro aluno, e assim sucessivamente. Ganha a fila de alunos que terminar de fazer
o exercício, tendo participado todos os elementos.
A fila que ficava em primeiro lugar, ganhando, ficava com três pontos, a segunda classificada
ficava com dois pontos e a terceira com apenas um ponto.
De seguida foi realizado o mesmo exercício, mas os alunos encontravam-se deitados de lado na
fila, seguindo-se o mesmo mas deitados de barriga para cima e por último, sentados de costas
para os arcos.
No último exercício foram distribuídos a cada grupo seis coletes, de três cores (cor-de-laranja,
azul e verde). Cada um com o seu colete, fizerem um exercício idêntico ao anterior. Cada aluno,
um de cada fila, teria de, ao sinal do professor, sair a correr e colocar-se dentro do arco que se
encontrava a cerca de dois metros da fila. Dentro deste, teria de vestir o colete e quando vestido,
voltavam a correr para o fim da fila, saindo o segundo aluno, que executava o mesmo. Ganhava
a fila que vestisse todos os coletes em primeiro lugar.
Por último, fizeram o mesmo exercício, mas em vez de vestirem o colete dentro do arco, teriam
de o despir e de o dobrar em duas partes, deixando-o no arco, voltando de novo para a final,
colocando-se no fim desta. Ao fim o professor confirmava se todos os coletes estavam bem
dobrados e distribuí-a os pontos pelas três equipas.
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Despertar para a Descoberta
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Despertar para a Descoberta
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Data: 18 de Novembro de 2010
Local: EB 1 / JI Bairros – Polivalente
Hora: 9:45h às 10:30h
Número de elementos: 20 - 4º ano
Objectivo Geral: Utilizar as actividades como forma de elevar as capacidades coordenativas.
Desenvolver a cooperação entre o grupo.
Material: Três arcos, três bolas e três sinalizadores.
Actividades físicas e desportivas
Como primeiro exercício, os alunos começaram por fazer cinquenta saltos de canguru.
De seguida, foi feito o jogo do mata. Os alunos encontram-se a correr pela área do polivalente.
A certa altura o professor começa por dizer um número, e o aluno a quem corresponde o
número, dirige-se ao centro do espaço para ir buscar a bola. Com esta tenta acertar num colega
que se encontra a correr. Caso acerte, o colega que foi atingido passa a ser aquele que terá de
acertar com a bola, caso erre terá de dar dez saltos de canguru e só depois será feito o mesmo
exercício.
Depois, com os membros inferiores afastados, baixam-se, tentando tocar com as mãos no chão.
Rodam os braços, levando-os acima e abaixo.
Com pernas juntas, baixam-se, tentando tocar nos pés e esticando as pernas. Na mesma posição,
tentavam puxar os bicos dos pés, fazendo força.
Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim
durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna.
Colocam uma das pernas à frente e tentam tocar na ponta do pé, puxando-o contra si, fazendo
com a perna totalmente esticada. Trocam de perna.
Em bicos de pés, esticavam os braços para cima, ficando com o corpo esticado.
É realizado um outro exercício, onde são formadas quatro equipas, colocadas em fila, três com
cinco alunos e uma com quatro, todos eles de pé. À frente de cada fila encontra-se um arco com
um sinalizador no seu interior.
Este começa com o primeiro aluno de cada fila, que sai a correr até ao arco, onde neste coloca o
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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sinalizador na cabeça e torna a dirigir-se à fila caminhando a passo rápido. Ao chegar à fila
entrega o sinalizador ao segundo elemento da fila e dirige-se para o fim desta. O segundo
elemento sai a correr e coloca o sinalizador dentro do arco, voltando novamente a correr até ao
fim da fila, onde chega e ao mesmo tempo sai o terceiro elemento que fará o mesmo que o
primeiro, e assim sucessivamente.
Ganha a equipa que conseguir em primeiro lugar fazer o exercício, percorrendo todos os seus
elementos.
De seguida é feito novamente o mesmo exercício, mas desta vez as equipas encontram-se
sentados em fila, terminando quando estes tiverem realizado o exercício e se encontrarem
novamente todos sentados.
Por último, é realizado o carrinho de mão, onde são feitas equipas de dois alunos. Estes
colocam-se de um lado do polivalente e o objectivo é conseguir chegar em primeiro lugar ao
outro lado do mesmo espaço, mas com isto um dos alunos terá de se encontrar no chão,
apoiando-se apenas com os pés e as mãos e o outro terá de lhe segurar nas pernas, empurrandoo. Com as mãos, o aluno que se encontra no chão terá de andar o mais rápido possível para que
a equipa chegue em primeiro lugar.
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Despertar para a Descoberta
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Animação Sociocultural
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Despertar para a Descoberta
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Data: 25 de Novembro de 2010
Local: EB 1 / JI Bairros – Pátio da escola
Hora: 9:00h às 9:45h
Número de elementos: 17 - 3º ano
Objectivo Geral: Aperfeiçoamento e coordenação de habilidades e de capacidades
condicionais e coordenativas.
Material: Cones e coletes
Actividades físicas e desportivas
No inicio da aula, todos os alunos deram três voltas a correr à escola, terminando a andar a
passo.
De seguida, com os membros inferiores afastados, baixam-se, tentando tocar com as mãos no
chão.
Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim
durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna.
Com pernas juntas, baixam-se, tentando tocar nos pés e esticando as pernas. Na mesma posição,
tentavam puxar os bicos dos pés, fazendo força.
Distribuídos os cones em três colunas, os alunos encontravam se na primeira, divididos em três
equipas, onde duas delas continham seis alunos e uma cinco. Ao sinal do professor, estes teriam
de realizar skipping baixo até ao primeiro cone (segunda coluna) que consistia em correrem
levantando ligeiramente o joelhos para cima e skipping atrás até ao segundo (terceira coluna),
que consistia em fazer o mesmo mas levando os pés para trás do corpo. Chegados ao terceiro
cone, voltavam para a fila, efectuando os mesmos movimentos. De seguida, fizeram o mesmo,
mas desta vez começando pelo skipping médio, e por último pelo skipping alto, onde os alunos
teriam de elevar o máximo possível os joelhos, terminando com corrida em velocidade até ao
terceiro cone.
De seguida, começavam por fazer skipping baixo, permanecendo no mesmo sítio, seguindo de
skipping médio até ao segundo cone, e deste até ao terceiro corriam com velocidade.
Foram formadas três equipas que se colocaram em fila, cada uma e cujos alunos foram
escolhidos pelo professor. Neste exercício, os primeiros elementos de cada equipa saiam ao
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sinal do professor, correndo e dando uma volta à escola, quando chegavam, tocavam no
segundo colega da fila e este saía para fazer o mesmo e assim sucessivamente.
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Data: 25 de Novembro de 2010
Local: EB 1 / JI Bairros – Pátio da escola
Hora: 9:45h às 10:30h
Número de elementos: 20 - 4º ano
Objectivo Geral: Aperfeiçoamento e coordenação de habilidades e de capacidades
condicionais e coordenativas.
Material: Cones e coletes
Actividades físicas e desportivas
No inicio da aula, todos os alunos deram cinco voltas a correr à escola, terminando a andar a
passo.
De seguida, e espalhados pelo espaço, relaxavam, afastados uns dos outros e com as pernas
afastadas.
Posteriormente, com os membros inferiores afastados, baixam-se, tentando tocar com as mãos
no chão.
Com pernas juntas, baixam-se, tentando tocar nos pés e esticando as pernas. Na mesma posição,
tentavam puxar os bicos dos pés, fazendo força.
Em bicos de pés, esticavam os braços para cima, ficando com o corpo esticado.
Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim
durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna.
Distribuíram-se os cones por quatro filas e o grupo foi dividido em quatro equipas, cada uma
com cinco alunos. Cada equipa coloca-se atrás do primeiro cone, e numa primeira fase e
começando pelos primeiros elementos de cada fila, estes fazem skipping baixo até ao segundo
cone e skipping atrás até ao terceiro. Todos os elementos da equipa repetem a série; numa
segunda fase, e começando de novo pelo primeiro elemento de cada fila, este efectua skipping
médio até ao segundo cone e skipping atrás até ao terceiro, já numa terceira fase estes começam
pelo skipping alto até ao segundo cone, terminando com skipping atrás.
De seguida e numa outra etapa, ao sinal do professor, cada elemento de cada equipa faziam
corrida saltada até ao último cone; posteriormente estes faziam skipping alto, permanecendo no
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mesmo sítio, e quando o professor batia palmas estes continuavam com o skipping alto até ao
segundo cone, fazendo deste até ao último, corrida acelerada.
Num outro exercício, o professor organizou quatro equipas escolhendo os seus elementos
aleatoriamente. Estas organizaram-se em filas e ao sinal do professor, cada elemento de cada
equipa partia a correr e dava uma volta à escola, voltando ao local de partida, onde tocava no
colega para que este partisse e fizesse o mesmo. Ganhou a equipa que terminou em primeiro
lugar.
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Espaço e materiais das aulas
Pátio da escola (Fonte: Própria)
Armário com material (Fonte:
Própria)
Polivalente (Fonte: Própria)
Algum do material utilizado (bolas,
sinalizadores, arcos e coletes) (Fonte: Própria)
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Apêndice 37
Actividades de Psicomotricidade –
EB1 / JI Finzes
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Data: 10 de Novembro de 2010
Local: EB 1 / JI Finzes – Pátio da escola
Hora: 9:00h às 9:45h
Número de elementos: 1
Objectivo Geral: Auxiliar no desenvolvimento dos aspectos relacionais e comunicacionais do
sujeito, sobretudo aqueles ligados as suas experiências corporais afectivas.
Material: Bolas
Psicomotricidade
Foi dada uma bola ao menino para que a atirasse ao professor, e este a retribuísse, fazendo
posteriormente o mesmo, mas com uma bola maior.
A bola foi atirada ao ar várias vezes pelo menino, bem como ao chão, onde depois a tinha de a
agarrar.
Foi passada a bola entre o professor e o menino através do chão.
Com a bola atrás da cabeça, o menino atirava-a ao professor.
Driblava a bola, devagar, várias vezes.
Chutava a bola com o pé direito e posteriormente com o pé esquerdo.
Fazia a bola rolar, com o pé direito em cima desta, ao longo do pátio
Colocadas várias bolas e de diferentes cores, tentava distingui-las, mencionando as suas cores; o
professor pedia uma bola de determinada cor, e o menino tinha de pegar nesta e atirá-la ao
professor.
Ao longo do pátio e com os pés juntos, saltava, fazendo o mesmo mas ao pé-coxinho.
Corria lateralmente ao longo do pátio; fazia o mesmo, mas alternando para a esquerda e para a
direita.
Numa bola com vários elásticos na sua constituição, o menino teria de destacar o elástico azul.
O professor enunciava uma cor e o menino teria de a destacar na bola.
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Data: 10 de Novembro de 2010
Local: EB 1 / JI Finzes – Pátio da escola
Hora: 9:50h às 10:30h
Número de elementos: 1
Objectivo Geral: Auxiliar no desenvolvimento dos aspectos relacionais e comunicacionais do
sujeito, sobretudo aqueles ligados as suas experiências corporais afectivas.
Material: Bolas
Psicomotricidade
Com uma bola, a menina apertou-a com a mão direita e depois com a mão esquerda.
Com as duas mãos, pressionava a bola e depois passava-a de uma mão para a outra.
Com a bola numa mão, a menina tocava com esta na cabeça, passando-a depois para a outra
mão, repetindo os gestos.
Com uma bola de espuma, apertava-a com uma mão de cada vez.
Atirar várias bolas para dentro de uma caixa, tentando que não caíssem no chão.
Com uma bola de elásticos, tentava meter os dedos por entre os elásticos, fazendo com uma
mão de cada vez.
Com uma espécie de raquete aberta que continha uma bola junto, tinha como objectivo tentar
passar a bola por entre a abertura da raquete, com a mão direita e posteriormente com a mão
esquerda.
Tocar e agarrar bem numa bola com fitas de plástico agarradas, de forma mexer os dedos.
Esticar os braços para cima e para os lados com a ajuda do professor.
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Data: 17 de Novembro de 2010
Local: EB 1 / JI Finzes – Pátio da escola
Hora:9:00h às 9:45h
Número de elementos: 1
Objectivo Geral: Auxiliar no desenvolvimento dos aspectos relacionais e comunicacionais do
sujeito, sobretudo aqueles ligados as suas experiências corporais afectivas.
Material: Bolas
Psicomotricidade
Com uma espécie de raquete aberta que continha uma bola junto, tinha como objectivo tentar
passar a bola por entre a abertura da raquete, com a mão direita e posteriormente com a mão
esquerda.
Driblar uma bola grande ao longo do pátio.
Com duas bolas cada um atirava uma bola um ao outro, de forma a não terem as duas bolas nas
mãos.
O menino passava a bola pelo chão ao professor e este retribuía-a por cima.
O menino colocava a bola atrás da cabeça e atirava-a ao professor, que por sua vez a retribuí-a
através do passe picado.
O professor indicava uma das mãos e o menino teria de atirar a bola com a mão que era pedida.
Fazia o mesmo mas com os pés.
Com a bola nas mãos, deixava-a cair e chutava-a com o pé indicado pelo professor, alternando
entre o direito e o esquerdo.
Fazia o mesmo, mas sem deixar a bola cair.
O professor atirava a bola com fitas pelo ar, para que o menino a apanhasse com as duas mãos.
Com a mesma bola, o menino passava-a de uma mão para a outra.
Voltado para baixo, passava a bola pelo chão ao professor, que a retribuía de igual forma.
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Data: 17 de Novembro de 2010
Local: EB 1 / JI Finzes – Pátio da escola
Hora: 09:45h às 10:30h
Número de elementos: 1
Objectivo Geral: Auxiliar no desenvolvimento dos aspectos relacionais e comunicacionais do
sujeito, sobretudo aqueles ligados as suas experiências corporais afectivas.
Material: Bolas
Psicomotricidade
Na cadeira, massajava uma bola vermelha com as duas mãos.
Posteriormente, fazia o mesmo, mas com duas bolas.
Com as duas bolas na mão, o professor pedia que a menina levantasse a bola mais pesada, a
mais leve, a mais áspera e a mais macia, ao que de entre as duas a menina teria de levantar a
que correspondesse ao que era pedido.
Com uma bola verde e outra laranja, a menina passava as duas de forma alternada de uma mão
para a outra.
Com uma bola amarela e grande, a menina levantava-a, esticando o braço.
Com uma espécie de raquete aberta que continha uma bola junto, tinha como objectivo tentar
passar a bola por entre a abertura da raquete, com a mão direita e posteriormente com a mão
esquerda.
Com uma bola de elásticos, a menina entrelaçava os dedos entre os elásticos desta.
Com as mãos em posição para rezar, entrelaçou os dedos nos elásticos, levantando os dedos que
o professor indicava.
Com as mãos abertas junto às mãos do professor, a menina tentava empurrá-las.
Com a bola de elásticos, a menina colocava todos os seus dedos por entre os elásticos.
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Espaço e materiais das aulas
Pátio à entrada do Jardim de Infância (Fonte: Própria)
Material utilizado nos exercícios (Fonte: Própria)
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Anexos
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Anexo I
Plano de Estágio
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Anexo II
Horário de Estágio
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Horário de Estágio
Dia
Hora
8:30
8:45
9:00
9:15
9:30
9:45
10:00
10:15
10:30
10:45
11:00
11:45
12:00
14:00
14:15
14:30
14:45
15:00
15:15
15:30
15:45
16:00
16:15
16:30
16:45
17:00
17:15
17:30
Segunda-feira
Apoio Neusa –
Santa Casa da
Misericórdia
Muro de Abrigo
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Apoio António –
JI Finzes Psicomotricidade
Apoio Henrique
– 3º Ano EB
Bairros - AFD
Apoio António –
EB Finzes Psicomotricidade
Apoio Henrique
– 4º Ano EB
Bairros - AFD
Sexta-feira
Lar Padre
Joaquim
Ribeiro
Apoio Neusa –
Lar Padre
Joaquim
Ribeiro
Santa Casa da
Misericórdia
Apoio Cândido
– Boccia - Lar
Padre Joaquim
Ribeiro
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Anexo III
Proposta de trabalho – Viver Trofa
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Anexo IV
Programa - Viver Trofa
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Anexo V
Poemas recitados na Casa do Professor da Trofa
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Anexo VI
Nome e idade dos utentes do Centro
de Convívio do Idoso – Muro de Abrigo
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