ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DESPORTO INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA D E S PE RTA R PA R A A D E S C OBE RTA RELATÓRIO DE ESTÁGIO Responsáveis Data Ricardo Jorge Marques Sampaio Padrão Fevereiro 2011 Refª _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 1 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Instituto Politécnico da Guarda Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Relatório de Estágio em Animação Sociocultural Câmara Municipal da Trofa Ricardo Jorge Marques Sampaio Padrão Fevereiro de 2011 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 2 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Ficha Técnica Estagiário: Ricardo Jorge Marques Sampaio Padrão Número de aluno: 5006587 Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Obtenção de licenciatura: Animação Sociocultural Docente orientador: Professor Victor Amaral Organização: Câmara Municipal da Trofa – Sector de Desporto Morada: Rua das Indústrias, 393 Apartado 65, 4786-909 Trofa Tutor de estágio: Professora Filipa Gabriela Bezerra Início do estágio: 1 de Setembro de 2010 Termo do estágio: 1 de Dezembro de 2010 Duração: Três meses _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 3 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Agradecimentos Chegar até ao cimo da montanha e contemplar o imenso vazio do cume pode ser gratificante. Mas nada é superior à árdua caminhada desde o baixo terreno e às dificuldades percorridas nessa viagem, para superar os percalços da subida. Esta podia ser uma frase retirada de um qualquer livro ou referência de um outro qualquer autor, mas não, achei pertinente escrevê-la para elucidar todo o caminho até aqui percorrido. Só foi possível percorrê-lo, com a presença de pessoas, que muito ou pouco e de forma directa ou indirecta, me ajudaram na construção deste para que conseguisse alcançar aquele que seria o meu principal objectivo, oferecendo compreensão, amizade, alegria e conselhos, tornando mais agradável a minha caminhada. Primeiramente, os meus agradecimentos recaem sobre o Instituto Politécnico da Guarda, concretamente à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, que me acolheu durante o percurso académico que agora estou prestes a concluir. Ao meu orientador de estágio, pela compreensão, pelos comentários e sugestões na elaboração deste relatório. Ao Vereador da Câmara Municipal da Trofa, Assis Serra Neves, por ter permitido a realização do meu estágio nesta instituição. Ao Sector de Desporto e Juventude, por me ter acolhido e encaminhado para as diferentes instituições onde estagiei. À minha tutora por me ter acompanhado e pela ajuda prestada ao longo do estágio. Aos responsáveis e funcionários das instituições onde estagiei, que me auxiliaram na execução das minhas tarefas. A todos os professores que fizeram parte do meu percurso e me transmitiram os seus conhecimentos tão preciosos para superar os obstáculos encontrados ao longo da vida. A todos os meus colegas e amigos, um obrigado pela companhia e disponibilidade. À minha namorada, que sempre esteve presente em todos os momentos, pelo seu apoio, compreensão e carinho demonstrado. Por fim, e não menos importante, agradeço aos melhores Pais do mundo, ou seja, aos meus, por tudo o que me ensinaram, pelos valores transmitidos, pelo amor, pelo apoio incondicional, no fundo por tudo o que sou hoje. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 4 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Índice geral Introdução ................................................................................................................................... 8 I- Enquadramento teórico: a Animação Sociocultural ............................................................. 10 1.1. Território, comunidade e cultura na prática da Animação Sociocultural .......................... 11 1.2. O papel do Animador Sociocultural .................................................................................. 13 1.3. Âmbitos da Animação Sociocultural ................................................................................. 14 1.3.1. A Animação Sociocultural na vertente de animação infantil ......................................... 15 1.3.2. A Animação Sociocultural na terceira idade .................................................................. 16 1.3.3. A Animação desportiva .................................................................................................. 18 1.3.4. A Animação Sociocultural e os tempos livres ................................................................ 20 1.3.5. A Animação Sociocultural nas autarquias ...................................................................... 22 1.3.6. A Animação urbana ........................................................................................................ 23 II – Contextualização do meio .................................................................................................. 25 2.1. Breve história do concelho da Trofa.................................................................................. 26 2.2. Caracterização geográfica e demográfica do Concelho .................................................... 27 2.3. Caracterização sumária da Câmara Municipal da Trofa ................................................... 28 2.4. Caracterização das instituições .......................................................................................... 32 III – O Estágio .......................................................................................................................... 35 3.1. Objectivos .......................................................................................................................... 36 3.2. Intervenção por sector e contexto institucional ................................................................. 38 3.2.1. Actividades desenvolvidas na Câmara Municipal da Trofa ........................................... 38 3.2.2. Actividades desenvolvidas no Muro de Abrigo ............................................................. 40 3.2.3. Propostas......................................................................................................................... 51 3.2.4. Actividades desenvolvidas no Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado – Lar Padre Joaquim Ribeiro ............................................................................................................. 52 3.2.5. Propostas......................................................................................................................... 61 3.2.6. Actividades desenvolvidas na Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa ...... 61 3.2.7. Actividades desenvolvidas na Escola Básica de Bairros ................................................ 70 3.2.8. Actividades desenvolvidas na Escola Básica de Finzes ................................................. 71 Reflexão final ........................................................................................................................... 73 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 5 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Bibliografia ............................................................................................................................... 74 Bibliografia Principal ............................................................................................................... 74 Bibliografia Secundária ............................................................................................................ 75 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 6 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Índice de Imagens Figura 1 - Freguesias do concelho da Trofa ............................................................................. 27 Figura 2 - Localização geográfica do concelho da Trofa ......................................................... 27 Figura 3 - Pólo II da Câmara Municipal da Trofa ................................................................... 28 Figura 4 – Pólo I da Câmara Municipal da Trofa .................................................................... 28 Figura 5 - Futuro local para a construção do Paços do Concelho ............................................ 29 Figura 6 - Organograma da Câmara Municipal da Trofa ........................................................ 30 Figura 7 - Zona de computadores ............................................................................................ 32 Figura 8 - Sala de espera e de pequenas reuniões .................................................................... 32 Figura 9 - Gabinete do chefe de divisão do Desporto e Juventude ......................................... 32 Figura 10 - Material utilizado: alvo e as respectivas bolas ...................................................... 45 Figura 11 - Dvd do filme “O Pai Tirano”. ............................................................................... 46 Figura 12 - Grupo participante na actividade .......................................................................... 47 Figura 13 - Cartões com profissões ilustradas ......................................................................... 47 Figura 14 - Alguns dos utentes na elaboração dos postais de Natal ........................................ 50 Figura 15 - Alguns dos utentes e dos trabalhos realizados ...................................................... 50 Figura 16 - Alguns dos trabalhos efectuados ........................................................................... 54 Figura 17 - Grupo de trabalho ................................................................................................. 58 Figura 18 - Alguns trabalhos terminados ................................................................................ 58 Figura 19 - Flores elaboradas pelos utentes ............................................................................. 63 Figura 20 - Grupo a realizar a actividade ................................................................................ 63 Figura 21 - Decorrer da actividade .......................................................................................... 65 Figura 22 - Objectos do exercício ............................................................................................ 65 Figura 23 - Algumas das letras do abecedário coloridas pelos utentes ................................... 65 Índice de Gráficos Gráfico 1 – Evolução e previsão da população idosa e jovem em Portugal, em % ................. 16 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 7 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Introdução Vivemos numa sociedade que se encontra em constante transformação devido a acções realizadas por vários agentes, entre eles sociais, culturais e económicos. Esta transformação impulsiona-nos para uma nova era, onde somos constantemente confrontados com acontecimentos, cada vez mais complexos, que se criam e desenvolvem entre o ser humano e a sociedade. Perante isto, e sem darmos conta, a Animação Sociocultural adquire um protagonismo sem precedentes, onde é possível constatar nos dias de hoje inúmeras associações e organizações que realizam tarefas de animação, onde a criatividade e a participação estão patentes. Apesar disso, a Animação Sociocultural, é mais do que as suas tarefas, esta implica uma filosofia de vida, uma concepção de ser humano e de sociedade e, ao mesmo tempo, uma forma de fazer e de viver caracterizada por um projecto de pessoa e de sociedade na qual cada indivíduo constrói o seu próprio objectivo, com os outros, no contexto do desenvolvimento da sua comunidade. A Animação Sociocultural assume uma acção comunitária que tem por propósito principal a promoção nas pessoas e nos grupos de uma atitude de participação activa no processo do seu próprio desenvolvimento. Este obriga a ter em conta, não a realidade que existe, mas aquela que os cidadãos desejam que exista. A Animação Sociocultural tem vindo a adquirir cada vez mais vertentes, todas interrelacionadas. Ao longo do estágio que desenvolvi, pude aplicar algumas dessas vertentes (a Animação na terceira idade, a Animação infantil, a Animação desportiva, a Animação e os tempos livres, a Animação nas autarquias e a Animação urbana) ao meio onde me encontrava. O presente relatório foi elaborado aquando a realização de um estágio curricular, na Câmara Municipal da Trofa – Sector de Desporto e Juventude, durante três meses, cujo objectivo se incidiu essencialmente em colocar em prática tudo o que aprendi ao longo do meu percurso académico, através da realização de algumas actividades, cuja caracterização se encontra no Plano de Estágio presente no anexo I. Tal como se pode constatar neste plano, o meu estágio abrangeu diversas faixas etárias em diferentes instituições, o que me levou a abordar diferentes temas que foram pertinentes para a elaboração do relatório, fazendo com que este fosse mais extenso do que o permitido no regulamento de estágio. Este trabalho tem como título “Despertar para a Descoberta”, uma vez que a realização deste estágio, foi uma pequena janela que se abriu para que pudesse, de certo modo, despertar e estar em contacto com a população, agindo sobre esta. Para além disso o Animador, na maioria das vezes, não tem conhecimento das características de um determinado território ou _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 8 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ de uma comunidade onde irá actuar, tendo por isso, de partir à descoberta dos traços principais destes, para que assim possa desenvolver as suas potencialidades. Este trabalho encontra-se estruturado em três capítulos. O primeiro, de carácter introdutório, permite enquadrar e contextualizar a área onde a temática se incidiu, relacionando a Animação Sociocultural com alguns dos seus âmbitos, bem como realçar o papel do Animador Sociocultural na sociedade. No segundo capítulo é feita a contextualização do meio onde realizei o estágio, bem como a instituição que me acolheu. Em apêndice encontram-se informações pormenorizadas de outras instituições onde realizei algumas actividades. Esta contextualização é importante, uma vez que é essencial para o Animador conhecer as características do meio onde vai intervir, bem como o tipo de população que nele está inserida. No terceiro capítulo, são enunciados os objectivos estabelecidos para a realização deste estágio, bem como para cada uma das instituições onde coloquei em prática os meus conhecimentos. Neste encontram-se também descritas as actividades desenvolvidas, nas diferentes instituições. Esta descrição é complementada com os planos de todas as actividades, que se encontram nos apêndices. A alguns destes planos foi dado o nome de “Seniores em Movimento”, uma vez que parte da população com quem trabalhei era idosa e, dado que este tipo de população tem tendência a viver no sedentarismo, tentei proporcionar em todas as actividades a execução de movimentos por parte desta. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 9 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Capítulo I Enquadramento teórico: a Animação Sociocultural _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 10 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ I- Enquadramento teórico: a Animação Sociocultural Ao longo destes últimos anos de estudo, verifiquei que existem diversas definições sobre Animação Sociocultural, tornando-se assim difícil centrar todas elas numa só frase, e por isso na minha opinião é impossível defini-la. Esta variedade conceptual joga com a diferente ênfase que é colocada através de uma tríade composta por três termos, Animação + Sócio + Cultural, associado a noções e aos sentidos de animar, de sociedade e de cultura. Assim, julgo que esta variedade conceptual é representativa da complexidade e da riqueza do termo de Animação Sociocultural, por isso concordo com Melo (1980: 4) quando afirma que odeia as definições. São tentativas de meter em frasquinhos conceituais a torrente imparável da vida, de paralisar no retrato uma realidade que é história, que é movimento, uma vez que a Animação Sociocultural é na sua essência, vida e acção, pelo que se torna difícil expressar este constante movimento através de um discurso escrito. Mais uma vez, e através de Garcia (1976) cit. por Lopes (2008: 143), é possível constatar o que foi mencionado anteriormente, isto é, falar de Animação Sociocultural através da escrita, constitui uma tarefa cheia de perigos. Como transmitir, através de um texto, aquilo que é movimento, por definição? Como testemunhar uma realidade através dum discurso teorizado, mesmo que este se queira enraizado na prática? A Animação Sociocultural, na minha opinião e, acrescentando às inúmeras definições já existentes, é uma estratégia de intervenção que pretende transformar uma comunidade e tem como finalidade promover a participação e dinamização social dos indivíduos na gestão e direcção dos seus próprios recursos. Esta é um instrumento decisivo para um desenvolvimento multidisciplinar integrado (social, económico, cultural, educacional, entre outros) dos indivíduos e dos grupos. No fundo, a Animação Sociocultural é uma maneira de olhar, de ver as coisas, de estar atento, de tentar trabalhar, muito mais do que uma finalidade. 1.1. Território, comunidade e cultura na prática da Animação Sociocultural A Animação Sociocultural para ser bem sucedida terá de ter em conta o território, a comunidade, a sua cultura onde irá actuar para que seja mais fácil implementar o que se pretende atingir. É necessário que seja realizada uma análise prévia partindo da base para o _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 11 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ topo. Sendo assim, o território tem uma grande importância para a realização de um trabalho social, porque neste existem uma série de realidades que determinam, em parte, e em determinados casos em grande parte, as condições de vida e de trabalho da comunidade. Um território, assim entendido, constitui um espaço, seja ele rural ou urbano, mas sempre um espaço humanizado que importa conhecer, estudar, registar, como forma de potenciar a vivência da interacção humana. Recorrendo às palavras de Marco Marchioni (1997) citado em Lopes (2008: 373), o território é uma entidade física e social, não somente urbanística na qual vêm a encontrar-se e às vezes confrontar-se as contradições, conflitos, relações sociais, e, ao mesmo tempo, nele actuam as instituições e a população. No território vive e trabalha a população, a gente. Eles vivem entre estas contradições e relações, vivem aqueles problemas e podem também actuar para solucioná-los: a nível individual, de grupo, espontaneamente, de maneira organizada, como forças sociais, políticas, sindicais… O território, portanto, deixa de ser uma dimensão urbanística e adquire uma nova espessura, algo corpóreo, físico e real. As festividades e rituais, os jogos populares e/ou tradicionais, a gastronomia tradicional e/ou de base tradicional, entre outros, permitem actualmente o surgimento de actividades culturais, cuja implicação em termos territoriais é extremamente importante, permitindo e incentivando o conhecimento do território como um todo – lugar, gente, vivências e mundividências. Os territórios deixam de ser meros locais de passagem para serem entendidos como lugares de retorno e de conhecimento. Sendo a Animação uma estratégia que quando incide no território, nunca acaba, adaptando-se em cada momento, às diferentes conjunturas, deve ter sempre disponibilidade e flexibilidade suficientes para criar condições de desenvolvimento, utilizando estratégias específicas de modo a transformar as desvantagens do território em vantagens. A Animação pressupõe diagnosticar, compreender e agir de modo estruturado e eficaz sobre o território como um todo – do espaço às pessoas e às instituições. Tem como fim último integrar, desenvolver e atenuar assimetrias modificando as estruturas locais de cariz económico mas também não económico, o que pode implicar simultaneamente a destruição de estruturas e práticas ancestrais e ultrapassadas e a construção de novas formas de capacitação para a acção e solidariedades sociais. Estes objectivos, contudo, só podem ser atingidos com a cooperação da comunidade como um todo, integrando de modo coerente um amplo conjunto de factos e fenómenos da realidade, tal como diz Ware (1986) cit. por Lopes (2008: 373) a comunidade é mais que uma localidade: é uma aglomeração de pessoas relacionadas entre si que contam com recursos _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 12 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ físicos, pessoas, de conhecimento, de vontade, de instituições, de tradições, etc. É como uma totalidade orgânica que se desenvolve eternamente. Uma comunidade deve ter como referência um conjunto de pessoas que habitam no mesmo território, com certos laços e certos interesses em comum, ligados sempre pela dimensão educativa e pela pertença a um mesmo sistema cultural. Outro aspecto a ter em conta é a cultura que não é mais do que conjunto de traços distintivos espirituais, materiais, intelectuais e afectivos que caracterizam uma sociedade e um grupo social. Ela engloba, além das artes e das letras, os modos de vida, os direitos fundamentais do ser humano, os sistemas de valores, as tradições e as crenças. Cada cultura representa um conjunto de valores único e insubstituível, a sua identidade, já que as tradições e as formas de expressão de cada povo constituem a sua maneira mais acabada de estar presente no mundo. Esta identidade cultural é uma riqueza que dinamiza as possibilidades de realização da espécie humana ao mobilizar cada povo e cada grupo a nutrir-se do seu passado e a colher as contribuições externas compatíveis com a sua especificidade e continuar, assim, o processo de sua própria criação. Todas as culturas fazem parte do património comum da humanidade e a educação é o meio por excelência para transmitir os valores culturais nacionais e universais, e deve procurar a assimilação dos conhecimentos científicos e técnicos sem detrimento das capacidades e valores dos povos. 1.2. O papel do Animador Sociocultural Para que as práticas da Animação Sociocultural sejam bem sucedidas, terá de existir um profissional que tenha formação específica na área e que intervenha nesta. Um Animador Sociocultural é aquele que realiza tarefas e actividades de animação, que é capaz de estimular os outros para uma determinada acção. O Animador Sociocultural é todo aquele que, sendo possuidor de uma formação adequada, é capaz de elaborar e/ou executar um plano de intervenção, numa comunidade, instituição ou organismo, utilizando técnicas culturais, sociais, educativas, desportivas, recreativas e lúdicas (ANASC, 1999 in Lopes (2008: 526-528). Este actua como catalisador da sua vontade, ou de terceiros, junto de um grupo ou de uma pessoa. O Animador não pode ser um homem só, ele trabalha em e para o grupo. Este é um mediador, um intermediário, um provocador, um gestor, um companheiro e um agente de ligação, entre um objectivo e um grupo – alvo. Segundo a Equipa Nacional de Animadores do FAOJ, de 1977, citada em Lopes (2008: 526-528), o animador é o «agente _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 13 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ directo» da Animação, sendo o seu trabalho norteado no sentido da consciencialização participante e criadora das populações, estimulando as pessoas e grupos, a autodesenvolverem-se, activando todas as suas faculdades criativas e intelectuais no sentido da resolução de todos os seus problemas reais e colectivos. Assim ao animador compete criar movimento, vida e actividades. É necessário que apresente propostas e sugestões, que seduza, que imagine, que desperte, que suscite e que influencie, sem exercer qualquer tipo de obrigação ou criar um sentimento de obrigatoriedade. O animador deve ser vivo, activo, comunicador, encorajante e destemido, entusiasta e optimista. Todas estas características, e outras, podem ser utilizadas nos diferentes âmbitos da Animação Sociocultural. 1.3. Âmbitos da Animação Sociocultural Falar em âmbitos de Animação Sociocultural significa ter presente a perspectiva tridimensional respeitante às suas estratégias de intervenção (Lopes, 2008: 315): dimensão etária: infantil, juvenil, adultos e terceira idade; espaço de intervenção: animação urbana, animação rural; pluralidades de âmbitos ligados a sectores de áreas temáticas, como sejam: a educação, o teatro, os tempos livres, a saúde, o ambiente, a autarquia, o turismo, a comunidade, o comércio, o desporto, o trabalho, entre outros. Todos estes âmbitos implicam o recurso a um vasto conjunto de termos compostos, para designar as suas múltiplas actualizações e formas concretas de actuação. Ao longo do meu trabalho realizado em contexto de estágio, no que diz respeito à dimensão etária, executei actividades com todas as faixas etárias, apesar disso houve uma maior predominância com o público infantil e com a terceira idade, onde as actividades se relacionam com as seguintes áreas temáticas: Animação infantil, a Animação na terceira idade, a Animação desportiva, a Animação de tempos livres e a Animação na autarquia. Estas áreas temáticas foram colocadas em prática em instituições pertencentes ao concelho da Trofa. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 14 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ 1.3.1. A Animação Sociocultural na vertente de animação infantil A Animação Sociocultural estende-se a diferentes âmbitos que emergem da relação de determinadas áreas assentes em técnicas que devem possuir um núcleo base de dimensão social, cultural, educativa. Tanto no trabalho social como na prática educativa, recorre-se à Animação como motivação. Assim, torna-se essencial abordar a Animação socioeducativa numa das suas principais formas de actuação – a animação infantil. A Animação infantil existe na tríade educacional Formal – Não Formal – Informal, porque constante e inconscientemente estamos sempre a aprender. A educação formal remete-nos para a existência de um currículo, é uma actividade organizada e sistemática que acontece em instituições educativas formais (escolas, universidades); a educação não-formal é toda a actividade organizada, sistemática, que acontece fora do sistema formal; a educação informal é um processo educativo não organizado que decorre ao longo da vida da pessoa proveniente das influências educativas da vida diária e do meio ambiente. Segundo Lopes (2008: 315), o desenvolvimento da Animação infantil surgiu com o Portugal democrático, ganhando expressão como forma de Animação socioeducativa. Teve como objectivo central complementar as funções atribuídas tradicionalmente à escola, pela via da Educação Não Formal. No fundo, a Animação infantil é essencialmente Educar através de actividades lúdicas, recorrendo à criatividade, participação, envolvência e satisfação da criança. No que diz respeito à Animação no campo da educação, destaca-se o carácter voluntário dos participantes e o ambiente recreativo em que se desenvolvem as actividades, que por sua vez complementam os processos educativos para a adaptação e integração social, ao mesmo tempo que propiciam condições mais favoráveis para as actividades produtivas ou de aprendizagem escolar. A Animação socioeducativa não é exclusivamente pertencente às instituições escolares, pertencendo também a múltiplas instituições públicas e privadas. Destacam-se os princípios da criatividade, componente lúdica, actividade, socialização, liberdade e participação. A Animação infantil através da sua acção educativa pretende promover, encorajar, despertar inquietações, motivar para a acção, desabrochar potencialidades latentes nos indivíduos, grupos e comunidades. Segundo Pereira et al (2008) citado em Canto (s/d: 5), a Animação socioeducativa assenta a sua estratégia na promoção de uma educação em contexto _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 15 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ não formal e tende a uma educação global e permanente de carácter lúdica, criativa e participativa. 1.3.2. A Animação Sociocultural na terceira idade Um dos aspectos sociais mais importantes dos últimos tempos é o envelhecimento da população. Este tem vindo a aumentar, como se pode constatar no gráfico 1, e, consequentemente, tem vindo a crescer a necessidade de se programarem acções relacionadas com a Animação Sociocultural para a terceira idade. Gráfico 1 – Evolução e previsão da população idosa e jovem em Portugal, em %. (JACOB, 2007: 15) O envelhecimento da sociedade portuguesa é comprovado, quer pelo considerável aumento de lares públicos e privados para idosos que se verificou na última década, quer pelo incremento de acções formativas, de carácter técnico profissional e até superior, no âmbito da Animação Sociocultural para a terceira idade. A Animação na terceira idade visa auxiliar os idosos a programar a evolução natural do seu envelhecimento, a promover-lhes novos interesses e novas actividades, que conduzam à manutenção da sua vitalidade física e mental, de perspectivar a Animação do seu tempo, que é, predominantemente, livre. Segundo Elizasu (2001: 13), através da noção da Animação Sociocultural no âmbito da terceira idade, a aparição da Animação Sociocultural no campo da terceira idade surge em resposta a uma ausência ou diminuição da sua actividade e das suas relações sociais. Para preencher esse vazio, a Animação Sociocultural trata de favorecer a emergência de uma vida centrada à volta do indivíduo ou do grupo. A Animação Sociocultural concebe a ideia de progresso das pessoas idosas através da sua integração e participação voluntária em tarefas colectivas nas quais a cultura joga um papel estimulante. Entre as finalidades e os objectivos de animação podem destacar-se os seguintes: promover o bem-estar individual, de grupo e comunitário das _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 16 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ pessoas idosas; melhorar a sua qualidade de vida e de saúde integral; fornecer os meios para que continuem a viver muitos anos repletos de vida, de ilusão, sentido, dignidade e felicidade; potenciar e desenvolver capacidades, habilidades e destreza das pessoas; motivá-las para que continuem activas, participativas, solidárias, críticas e úteis no meio social (Limón Mendizabal, M. R. (2004) cit. por Pereira et al 2008: 211). Uma das funções chave da Animação Sociocultural consiste no facto de as pessoas e os colectivos se transformarem em agentes e protagonistas do seu próprio desenvolvimento. O que, particularmente, interessa nos processos de animação é gerar processos de participação, criando espaços para a comunicação dos grupos e das pessoas, tendo em vista estimular os diferentes colectivos a empreenderem processos de desenvolvimento social (resposta às suas necessidades num espaço, tempo, situações determinadas) e cultural (construindo a sua própria identidade colectiva, criando e participando nos diferentes projectos e actividades culturais). No caso concreto da terceira idade, encontramo-nos perante um colectivo que tem características muito específicas: idade, aposentação e que, portanto, está liberto de um trabalho determinado de forma sistemática; diferentes situações de convivência (em casal, viuvez, solidão…); situações de saúde geral e condições físicas muito diferenciadas; contexto residencial de acordo com situações particulares (em habitação própria, com familiares, em instituições especificas: lares da terceira idade, centros de dia); uma maior disponibilidade dos tempos livres, etc. A velhice, para a maioria das pessoas, é vista como a etapa da aposentação voltada para o passado e sujeito passivo de um descanso obrigatório e de um tempo de ócio imposto pela situação. As pessoas na terceira idade não podem ser vistas como pessoas em descida na linha da vida, mas sim encaradas como indivíduos com uma experiência de vida e sabedoria, capazes de transmitir os saberes e vivências pessoais e sociais; com capacidades de aprendizagem educativas, culturais, físicas e sociais, tendo como principal característica a motivação para a aprendizagem e pela melhoria da qualidade de vida, a nível social, afectivo, educativo e físico-motor. Por tudo isto, os programas de Animação Sociocultural devem ser muito diferentes e adaptados às situações do grupo e respectivas necessidades. Com um carácter geral, podem estabelecer-se como objectivos gerais os seguintes: possibilitar a esse colectivo a realização pessoal, a compreensão do meio circundante e a participação na vida comunitária; conseguir uma maior integração na sociedade a fim de que se oiça e dê valor à sua voz e se tenham em conta as suas opiniões; estimular a educação e a formação permanente; oferecer a _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 17 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ possibilidade de desfrutar da cultura; estabelecer as bases para que os conhecimentos sejam partilhados de maneira flexível, enriquecedora e amena; desenvolver atitudes críticas perante a vida, mediante a animação de grupos de reflexão e debate: possibilitar a abertura a outros grupos etários; propiciar e criar atitudes e meios para gozar a vida plenamente (Garcia, 1992 cit. por Trilla, 2004: 256-257). O Animador Sociocultural pode ter um papel bastante importante, pois pode ajudar as pessoas adultas a planificarem as estratégias para o envelhecimento, pode promover novos interesses e novas actividades, estimular e treinar a vitalidade física e mental e ocupar, utilmente, os grandes tempos livres disponíveis. Os objectivos do Animador para com a população da terceira idade são, promover o bem-estar pessoal, de grupo e comunitário das pessoas idosas; melhorar a sua qualidade de vida e de saúde integral (física, mental, e social); favorecer para um envelhecimento “normal” frente a um envelhecimento “patológico”; promover o ânimo para que se esforcem e continuem a ser cidadãos com todos os seus direitos e, principalmente, pessoas; aproveitar o seu nível cultural, experiencial e humano em relação à sua participação e presença nas instituições democráticas e na dinâmica social. Com isto, o envelhecimento não tem de se caracterizar pela perda e a deterioração intelectual, nestas idades o importante é proporcionar experiências de aprendizagem às pessoas idosas e manter um ambiente rico e estimulante. A Animação na terceira idade é muito importante, quer no aspecto social, quer humano, ao nível da atenção, disponibilidade e carinho, sendo fundamental uma afinidade e cumplicidade entre o grupo e o Animador. Este constitui, assim, um recurso importante para impulsionar um trabalho sustentável ao nível quantitativo e qualitativo, proporcionando o desenvolvimento para uma Animação adequada a todos os níveis: social, cultural, desportivo e educativo. 1.3.3. A Animação desportiva A Animação desportiva é o resultado da vinculação entre a actividade e recreação desportiva com as técnicas da animação, uma vez que estas se apoiam em pedagogias e actividades participativas. Numa primeira fase a Animação desportiva focalizava-se no campo da recreação e era destinada a indivíduos que procuravam uma prática não formal. No entanto, actualmente esta _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 18 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ vertente da Animação procura objectivos mais abrangentes, sendo estes, o bem-estar físico, mental, social, a recreação, o prazer de participar, estando todos estes propósitos interligados, pois constituem formas de intervenção sócio-desportiva no preenchimento dos tempos livres. Esta vertente está voltada para o trabalho em equipa, fomentando no indivíduo um sentimento de pertença a um grupo, para que o lazer se transforme num campo de realização pessoal. Assim, a actividade desportiva foi-se tornando numa opção aquando a ocupação dos tempos livres, uma vez que com a divulgação que tem tido, as comunidades sensibilizaram-se para o facto de esta proporcionar uma melhoria da saúde, uma vez que é indispensável para o crescimento e o desenvolvimento harmonioso do corpo e da personalidade de cada indivíduo. A prática desportiva alargou-se assim, a todas as classes sociais e faixas etárias, através de programas destinados a fomentar um actividade física e desportiva regulares. Segundo Alves (2010: 1-2), a actividade desportiva tem vindo a assumir, cada vez mais, um papel importante na sociedade, que levou à divisão da prática desportiva em três campos: 1) As práticas desportivas formais, ou seja, o sector federado, caracterizado por normas ou regulamentos definidos; 2) As práticas desportivas não formais, que se diferenciam pela descontinuidade, apesar de pressuporem também a prática regular; e 3) As práticas desportivas informais, caracterizadas pela auto-suficiência e a auto-gestão. Como afirma Neto (1997: 34) os clubes desportivos, as autarquias e as escolas terão de repensar e, quem sabe, reinventar uma nova ordem de valores quanto ao desporto, tendo em linha de conta as alterações e as mudanças em curso a nível das estruturas sociais. O facto de vivermos numa sociedade em que o stress e as pressões são uma constante, a prática desportiva surge como uma actividade benéfica no combate às dificuldades criadas e existentes, transmitindo uma sensação de bem-estar e aumentando a capacidade das pessoas a nível físico, mental e social. Os benefícios de uma actividade física frequente são visíveis em todas as idades. Nas crianças incute-se o hábito e o prazer pela prática desportiva e de um estilo de vida saudável, e nos idosos, a necessidade de manter o corpo activo e combater o sedentarismo. A actividade física assume um papel importante no combate às mais variadas doenças, ajudando a combater e a retardar os seus efeitos e consequências. No fundo, a Animação desportiva vai buscar muitas das suas características ao denominado «Desporto para todos», à disciplina de educação física e a outras áreas da educação. No desenvolvimento das suas actividades há que ter em conta um leque abrangente de modalidades, não só desportivas mas também jogos educativos que englobam conteúdos tradicionais, de lazer ou pré-desportivos. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 19 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ A aplicação da Animação na área do desporto pode ser um bom recurso utilizado pelo Animador para abranger todos os sectores da população, devendo também para isso ter em atenção ao local das actividades potencialmente pensadas por este, à incidência e às idades. O local, uma vez que as actividades realizam-se em territórios diversos, podendo ocorrer em aldeias, bairros ou cidades e em espaços diferentes (pavilhões, piscinas, ginásios e na natureza). Quanto à incidência, esta encontra-se centrada em três ênfases: a desportiva, a educativa e a social. Por fim, a idade assume um papel preponderante, uma vez que as actividades devem ser adaptadas consoante o nível de destreza e capacidade físico-motora dos participantes. A contribuição da Animação desportiva para a formação e desenvolvimento dos participantes deve ir mais além do que a componente física, deve contribuir para o desenvolvimento psíquico e servir como exemplo de espírito e ética desportivos. O Animador, como responsável pela actividade e o seu conteúdo deve guiar o participante para que este tenha um comportamento e atitudes que se enquadrem dentro do espírito desportivo e da saudável competição. Ao surgir como uma alternativa às competições desportivas, a Animação desportiva assume um papel mais social, que se adapta ao público-alvo e à realidade em que se encontra inserida, em que o mais importante é a satisfação do participante e não resultado obtido. A Animação desportiva é o resultado da ligação da actividade e recreação desportiva com as técnicas da Animação, uma vez que se baseiam e se apoiam em pedagogias e actividades participativas. 1.3.4. A Animação Sociocultural e os tempos livres São vários os factores que influenciam directamente na organização e vivência do tempo e do dia-a-dia. Desde o trabalho laboral até às tarefas familiares, tudo isto faz parte da rotina diária e dos afazeres de cada indivíduo e, para além destes, também a faixa etária pertencente às crianças e aos seniores é afectada nesta questão, devido à falta de actividades que ocupem o tempo que passam entre as actividades escolares e após darem término às suas vidas profissionais, respectivamente. Na sociedade em que vivemos, vão surgindo novos fenómenos, dando origem à necessidade de ocupação do tempo desocupado. Ao mesmo tempo, esta ocupação vai-se modificando e, crescem também, diferentes condições e novas modalidades de utilização do _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 20 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ tempo livre. Alguns autores acreditam que o tempo desocupado está ligado ao bem-estar do ser humano, à qualidade de vida e à liberdade de cada um. Na minha perspectiva, e de acordo com a pesquisa efectuada para o presente trabalho, o tempo livre pode ser um tempo de desenvolvimento pessoal (e o ócio será a melhor forma para o conseguir), através da participação independente e autónoma de cada um em diversas acções (realizadas com prazer e satisfação). Estas podem propiciar uma experiência de participação, criação, diversão e aprendizagem para todos os indivíduos. Com isto, na minha opinião, penso que a Animação Sociocultural e o Animador têm um papel activo e bastante importante relativamente a esta temática, às actividades que se podem desenvolver e às vantagens que estas podem trazer para cada pessoa que nelas participe. As actividades podem ser de vários tipos, entre as quais de descanso, de diversão, de desenvolvimento, e de conhecimento pessoal. Para a animação sócio-cultural, é de suma importância criar os âmbitos apropriados e as propostas adequadas para que o ócio/consumo/passivo (de ordinário unido à comercialização do mesmo), seja substituído por um ócio/cultura/actividade (Ander – Egg:1999: 55). O ócio é uma maneira de fazer e de estar durante um determinado tempo e depende da atitude da pessoa que o realiza, ou seja, esta deve estar motivada e concentrada no que está a fazer, a sua atitude é muito importante, uma vez que a sua postura deve ser completamente voluntária e motivada. Contudo as actividades proporcionadas devem, de acordo com as diversas situações, proporcionar descanso, diversão e desenvolvimento. Em termos gerais, o tempo livre é todo o tempo liberto de ocupações profissionais remuneradas, ou seja, o oposto ao trabalho. Aquele tempo em que cada um está isento das ocupações diárias. Por outro lado, o ócio remete para uma ausência da rotina diária (das tarefas, obrigações familiares e pessoais) e do trabalho laboral. Está relacionado com a disponibilidade pessoal, ou seja, o tempo em que a pessoa escolhe livremente as actividades que quer desenvolver, satisfazendo as suas necessidades pessoais, podendo optar por descansar, divertir-se ou aumentar os seus conhecimentos, podendo trazer vantagens a quatro níveis: a nível biológico (repouso e diminuição do cansaço), nível psicológico, a nível espiritual (estimular a criatividade e a imaginação) e a nível social (participação na vida em sociedade). Nesta perspectiva este pode trazer vantagens no desenvolvimento do ser humano e na sua qualidade de vida. É assim, um factor essencial à criança e ao sénior, devendo ser estimulado pelo Animador, de forma a proporcionar bem-estar e ao mesmo tempo o _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 21 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ desenvolvimento das capacidades da criança e do idoso, uma vez que no meu entender, uma actividade pode ser considerada de ócio desde que esta esteja fora das obrigações da pessoa e se esta desfrutar da actividade. Numa perspectiva de Animador, acredito que todas as pessoas, de todas as idades, precisam desfrutar do seu tempo livre, de usufruir da aquisição de certos hábitos culturais, de conhecer actividades de interior e de ar livre, de manter um elevado nível em relação à sua auto-estima, de adquirir afectos através das quais se sintam realizados e de realizar actividades de ócio. 1.3.5. A Animação Sociocultural nas autarquias As autarquias têm um desafio importante nas áreas sociais, socioculturais e turísticas. O turismo, a cultura, a educação, a acção social, o associativismo, a problemática juvenil, a terceira idade, a protecção de crianças e jovens, a promoção das novas tecnologias, a formação de adultos, o desporto entre outras, são o universo onde se movem as novas atribuições municipais. Ora, para que toda esta panóplia de actividades funcione, é necessário ter um corpo técnico especializado nessas diferentes áreas. É aqui que entra o trabalho dos Animadores Socioculturais. O Animador deve considerar-se ao serviço da comunidade e estar implicado no processo de consciencialização. Neste sentido, terá de, permanentemente, se pôr em causa, aceitar a crítica, respeitar a dinâmica do grupo e ser elemento de estímulo e de criatividade. A Animação sócio-cultural implica uma consideração profunda por cada comunidade e uma atenção cuidada à evolução necessária com suas etapas, crises, estrangulamentos e superações (Guia do Animador, 1986, cit. por Lopes (2008: 272). Com as atribuições e competências das autarquias nas áreas sociais, culturais, desportivas e educativas, abre-se uma nova etapa no campo da Animação. Estas (Câmaras Municipais) passam a encarar a acção sócio-cultural e o associativismo como alavancas essenciais de um desenvolvimento territorial local, incidindo em matérias como o desenvolvimento comunitário, a promoção de políticas locais de emprego, a dinamização turística, a ocupação dos tempos livres e a acção formativo - profissional - educativa (Santos, 1998: 259-260). As autarquias começam a constituir grupos de técnicos da área da Animação, promovem acções e eventos, dinamizam as associações e grupos locais, abrem novos espaços de cultura e de animação, entre outras coisas. Novas oportunidades, novas necessidades e _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 22 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ novas profissões começam a fazer parte do programa de acção de cada Município. Estes órgãos, segundo Garcia (1982: 12), têm a seu cargo a resolução, ou a redução, de problemas muito concretos de uma população (relativamente restrita) num território específico. É o tal território que nos é próximo, onde vivemos, e muitas vezes onde trabalhamos. É o território coincidente com o dia-a-dia de cada um. O pequeno universo palpável onde a globalização é possível. A mesma ideia de território que temos na Animação. Satisfeitas as necessidades básicas das populações é necessário preparar o território para a qualidade de vida, para a educação de excelência, a vida social e cultural como espaço de referência da diversidade e da interculturalidade. Numa era dominada simultaneamente pelos princípios da subsidiariedade e da globalização, o desenvolvimento das sociedades e dos territórios requer a existência de organizações autárquicas cada vez mais eficazes e eficientes, prestadoras de serviços qualificados, capazes de responder adequadamente às exigências e expectativas dos cidadãos do século XXI. Contudo, nas autarquias, a Animação Sociocultural já não se confina a espaços e eventos tradicionais e a grupos de actividade cultural e social. A Animação Sociocultural nas autarquias começa alargar-se para os espaços de natureza, dos jardins, das áreas protegidas, das quintas pedagógicas, da ligação do Homem com a Natureza e da necessidade urgente da sua preservação. Segundo Garcia (1982: 12) a Animação Sociocultural nas autarquias existe enquanto prática social: - acção de base: instrumento de comunicação que favoreça a comunicação “ao vivo”; - acção profundamente ligada ao quotidiano em todos os seus aspectos; - olhar global sobre um determinado território. Esta nova dinâmica de retorno à natureza é também uma oportunidade social onde várias gerações têm um espaço de convivência, de aprendizagem e de troca de experiências, cruzando os saberes de uma comunidade completa. 1.3.6. A Animação urbana A origem na Animação Sociocultural no meio urbano é consequência da formação da sociedade industrial e urbana. Segundo Coulon (1971) cit. por Lopes (2008: 338), a Animação Sociocultural surge quando se tornaram evidentes as dificuldades sociais geradas pelas diferentes mutações sociais, económicas e culturais das sociedades modernas: (…), urbanização galopante, despersonalização e massificação, nascimento de uma patologia social. Assim, a Animação Sociocultural aparece no espaço urbano e está ligada aos males da _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 23 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ civilização moderna, mais concretamente, aos problemas de vida das grandes aglomerações humanas, de que resultam problemas de delinquência, violência, diferença social, problemas de convivência.” A sociedade urbana é caracterizada pela instabilidade relacional, onde a família é reduzida e por vezes instável, onde o espaço urbano é pouco humanizado e onde o Homem é um ser solitário no meio da multidão, rostos sem identidade. Neste contexto social as pessoas tendem a viver em estado de stress permanente, devido à frustração, à insegurança e à dificuldade em equilibrar o trabalho com a existência. O Homem é muitas vezes considerado um cidadão sem cidadania, sem qualidade de vida, sem hábitos e práticas culturais, porque o tempo não o permite. O tempo livre, o que não é ocupado pelo tempo de trabalho, é, normalmente, consumido a percorrer o caminho do trabalho para casa e vice-versa, e raramente é animado no espaço familiar, em actividades culturais, lúdicas e desportivas de modo eficaz e harmonioso. O Animador tem assim um papel fulcral neste tipo de sociedade, uma vez que pode promover acções que valorizem a dimensão humana, como compensação do isolamento a que as pessoas estão sujeitas assim como facilitar-lhes o acesso a bens culturais e o diálogo interrelacional e inter-geracional, de modo a provocar e promover a participação; este visa também dotar o meio urbano com infra-estruturas e equipamento cultural que vá ao encontro das necessidades da população. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 24 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Capítulo II Contextualização do meio _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 25 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ II – Contextualização do meio Como anteriormente mencionei, conhecer o território é um factor importante para que seja possível conhecer as condições de vida da comunidade e o tipo de trabalho nele existente, no fundo é essencial conhecer a sua realidade. Neste capítulo irei de uma forma geral, caracterizar o concelho da Trofa e a instituição que me acolheu ao longo destes três meses de estágio, a Câmara Municipal da Trofa. Para além de ter estagiado na Câmara, também desenvolvi diversas actividades noutras instituições apoiadas por este Município. Estas pertencem a três das oito freguesias do concelho da Trofa, que por sua vez se encontram caracterizadas no apêndice 1. Com isto ajudar-nos-á a conhecer o território onde estão inseridas e as raízes da população com quem trabalhei. 2.1. Breve história do concelho da Trofa O concelho da Trofa foi constituído em 1998 através de um desmembramento de parte do território de Santo Tirso. De acordo com Pinto (2007: 7-13) em termos de caracterização geográfica nem seria necessária essa separação, mas tal foi dada, devido ao constante “esquecimento” por parte do anterior município. Este “esquecimento” foi sentido pelo povo trofense, uma vez que a Trofa não tinha autonomia administrativa, não tinha possibilidade de gerir o seu próprio destino e de escolher qual o caminho a seguir assim como de investir maciçamente numa população e numa área geográfica que contribuía para a riqueza da região, e por fim também não recebia as contrapartidas justas, que lhe permitissem um desenvolvimento efectivo e sustentado em bases concretas. Segundo Pinto, a Trofa estava assim num emaranho de problemas, todos eles decorrentes dos anos e anos em que foi votada ao abandono pelos poderes municipais e pelos poderes centrais. Se é verdade que, na generalidade, os concelhos têm “olhos” apenas para a freguesia - sede, esquecendo todas as outras, no caso de Santo Tirso essa realidade assumiu contornos ainda mais vincados. Com todos estes factores e outros de carácter menos vinculativo, levaram a que os trofenses se revoltassem, lutando pela sua independência e levando à criação de um concelho, o concelho da Trofa. Este facto foi conseguido a 19 de Novembro de 1998, por deliberação da Assembleia da República, onde a Trofa passou a ser governada por si própria, autonomizando-se. Na sua constituição passaram a fazer parte oito freguesias, Alvarelhos, S. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 26 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Martinho de Bougado, Santiago de Bougado, S. Mamede do Coronado, S. Romão do Coronado, Covelas, Guidões e Muro, como demonstra a figura 1. Figura 1 - Freguesias do concelho da Trofa (Fonte: http://www.muntrofa.pt/Site/Frontoffice/default.aspx?module=Article/Article&ID=29) 2.2. Caracterização geográfica e demográfica do Concelho O concelho da Trofa1 encontra-se, geograficamente, a norte do distrito do Porto e no seu limite com o de Braga. Este localiza-se na Região Norte de Portugal Continental, pertencente à sub-região estatística (NUT II) e à sub-região estatística do Ave (NUT III). Delimita a sul e a poente com os municípios da Maia e de Vila do Conde, pertencentes à Área Metropolitana do Porto (AMP), e a norte e a nascente com os concelhos de Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso, que integram o agrupamento do Vale do Ave (figura 2). Figura 2 - Localização geográfica do concelho da Trofa (Fonte: http://www.mun-trofa.pt/Site/Frontoffice/default.aspx?module=Article/Article&ID=29 1 Informação recolhida e organizada a partir da consulta – 3 de Setembro de 2010 - do site da Câmara Municipal da Trofa (www.mun-trofa.pt.) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 27 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Este concelho é habitado por cerca de 37 581 pessoas (INE, 2001), onde se verifica uma maior predominância da população envelhecida no sector agrícola, mas uma menor incidência desta nas freguesias mais industrializadas, onde os jovens e adultos se encontram em maior número. O município tem uma área total de 72.5 km2 e pode ser visto como um espaço com uma base económica fortemente marcada pela indústria – em especial pelos têxteis, confecção e vestuário -, mas também por uma agricultura de subsistência, embora com uma forte vertente ligada à produção de leite, representando o sector terciário mais de 50% (56%, segundo os dados fornecidos pelo INE) da totalidade do universo empresarial do concelho. Apesar de distintas características, todos trabalham em prol de um desenvolvimento sustentado do concelho. 2.3. Caracterização sumária da Câmara Municipal da Trofa O Concelho da Trofa é um concelho recente, uma vez que data de 1998, o que faz dele o concelho mais novo do país. Por esse e por outros motivos, ainda não possui divisões próprias, no entanto este contém dois pólos de referência onde a oferta de serviços aos munícipes é maior, um deles designado por Pólo I (figura 3) situado junto à Estrada Nacional 14 que liga Porto a Braga, e o outro por Pólo II localizado na parte inferior de um Edifício, que na sua parte superior serve de habitação (figura 4). Figura 4 – Pólo I da Câmara Municipal da Trofa (Fonte: Própria) Figura 3 - Pólo II da Câmara Municipal da Trofa (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 28 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Nestes dois pólos municipais, são prestados aos munícipes a maioria dos serviços, no entanto existem outros dispersos por toda a cidade. Nas tabelas presentes no apêndice 2, estão enunciados todos os serviços prestados pelas diferentes divisões. Todos os serviços mencionados anteriormente servem para que a Câmara Municipal possa dar resposta às necessidades da população, no entanto actualmente encontra-se em marcha o lançamento do Concurso Público, para a construção dos Paços do Concelho da Trofa. Este será o local (figura 5) onde irá nascer um edifício que irá receber todos os serviços da autarquia, com o intuito de servir melhor o concelho e todos os trofenses. Este será um novo ciclo de reestruturação e requalificação urbana e de melhoria da qualidade de vida de todos os que vivem na Trofa. Pode-se assim dizer que actualmente é um município solidário que trabalha pela modernização, pela defesa do património natural e histórico-cultural e pela preservação da sua identidade. Figura 5 - Futuro local para a construção do Paços do Concelho (Fonte: CÂMARA MUNICIPAL DA TROFA, 2010: 10) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 29 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ No que se refere à organização interna da autarquia, esta encontra-se composta da seguinte forma (figura 6): Figura 6 - Organograma da Câmara Municipal da Trofa (Fonte: http://www.mun-trofa.pt/) O meu estágio foi realizado nesta autarquia, mais concretamente no Departamento Sócio-Cultural na Divisão de Desporto e Juventude, localizada no Pólo II. Esta divisão tem como objectivos gerais, organizar e operacionalizar a execução das actividades dos seus sectores, isto é, do sector do desporto e do sector da juventude, bem como coordenar, organizar e operacionalizar a gestão das instalações municipais afectivas às áreas dos referidos sectores. No entanto, cada um destes dois sectores possui objectivos específicos, dos quais apenas enumerarei alguns. No sector do desporto, e tal como o seu nome indica, os objectivos estão relacionados com a actividade física, promovendo assim projectos e _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 30 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ actividades de ocupação dos tempos livres nas mais diversas faixas etárias, definindo, propondo e operacionalizando projectos de promoção da prática desportiva, de acordo com os programas no âmbito do desporto para todos os grupos populacionais e de provas desportivas no âmbito local, regional, nacional e internacional que incrementem a prática desportiva e promovam turística e economicamente o concelho. No sector da juventude, são tratadas situações relacionadas com os mais jovens, aqui pretende-se efectuar o levantamento e o estudo dos principais problemas, necessidades e expectativas do referido público-alvo e, com base neste estudo, este sector visa definir estratégias de acção que promovam o desenvolvimento na área da juventude, assim como prevenir o aparecimento de comportamentos desviantes ou de risco, através de acções de prevenção e informação. Todos os objectivos mencionados estão relacionados com o papel do Animador nas áreas referidas, no desporto e na juventude, pois este, de acordo com as necessidades da população, tem de realizar planos, acções ou estratégias de modo a que consiga promover o desenvolvimento da comunidade. Uma vez que estes sectores assumem objectivos importantes para a população, estes só poderão ser conseguidos com uma equipa multidisciplinar, onde o Animador se pode enquadrar perfeitamente, tanto como um profissional “de secretária” como um profissional que actue no campo de acção. No apêndice 3 encontra-se o organograma da Divisão de Desporto e Juventude de onde fazem parte cerca de trinta pessoas. Parte desta equipa, isto é, cerca de nove elementos, exercem as suas funções no pólo II, na Secção do Desporto e Juventude. Este local é relativamente pequeno, como se pode constatar nas figuras abaixo, mas agradável no que diz respeito ao ambiente de trabalho. A figura 7 mostra a sala de espera e de pequenas reuniões, um local acolhedor e com boa decoração; na figura 8 encontram-se os computadores que servem de auxílio para a realização das mais diversas tarefas do sector, e que por sua vez se situa ao lado do gabinete do chefe de divisão, presente na figura 9. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 31 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Os restantes elementos da equipa, na sua maioria técnicos, exercem as suas funções no campo de intervenção. Figura 8 - Sala de espera e de pequenas reuniões (Fonte: Própria) Figura 7 - Zona de computadores (Fonte: Própria) Figura 9 - Gabinete do chefe de divisão do Desporto e Juventude (Fonte: Própria) 2.4. Caracterização das instituições Durante a realização do meu estágio efectuei diversas actividades em instituições de terceira idade e de educação, sendo estas, respectivamente, a Associação Solidariedade Social do Muro – Muro de Abrigo, o Centro Social e Paroquial de S. Martinho de Bougado – Lar Padre Joaquim Ribeiro, a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, a Escola Básica de Finzes e a Escola Básica de Bairros. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 32 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Todas estas instituições encontram-se caracterizadas no apêndice 4. As duas primeiras constituem estruturas destinadas a promover, junto da terceira idade, um conjunto de actividades e de acções de cariz cultural, recreativo, social e educativo. Estas acolhem pessoas idosas que dispõem de muitos períodos de ócio, permanecendo demasiado tempo desocupadas, o que acaba por ser um factor de tensão na velhice, com a consequente repercussão sobre a saúde e o bem-estar; a depressão e os estados depressivos são fomentados pelo tempo vazio excessivo e sem sentido que conduz ao tédio e à apatia, com perda progressiva de identidade, baixa auto-estima e um conceito pessoal negativo; a possibilidade de lutar, sistematicamente, contra os sentimentos de inutilidade e incapacidade tão enraizados na vida destas pessoas; a limitação das perspectivas do futuro; a falta de objectividade e razões para continuar a viver uma vida digna e com sentido, facto que exige uma rápida e ajustada intervenção, onde os programas de Animação Sociocultural nos lares e centros de dia são um factor importante, por isso estou de acordo quando Rocha afirma que os Lares de idosos devem oferecer aos seus utentes actividades de Animação sócio-cultural recreativa e ocupacional (Rocha, 1998, cit. por Lopes, 2008: 333) isto para que alguns dos idosos não se auto-excluam de viver, devido às ideias pré-concebidas de que já não prestam para nada e que apenas lhes resta a morte. Por outro lado, uma Escola Básica é um tipo de estabelecimento de ensino onde é realizado o ensino básico ou o ensino primário. Esta é constituída por um conjunto de pessoas qualificadas nas mais diversas áreas curriculares, com o intuito de transmitir conhecimentos e valores às crianças, para que estas possam usufruir desse mesmo conhecimento como uma ferramenta para o seu futuro. Algumas destas instituições oferecem às crianças, não só actividades curriculares, mas também actividades extra curriculares, que servem como complemento às anteriores. Este tipo de actividades estão a ser, cada vez mais, tidas em conta pelas Câmaras Municipais, que muitas das vezes solicitam a colaboração de um Animador para as realizar, onde este centra a sua acção no campo da formação permanente, no campo da juventude, como complemento da educação escolar, designando-se como Animação Socioeducativa. Esta, segundo Rogers, Read, Stern e Freire, rege-se por princípios como: não deixar de ser o que somos. É na experiência que me aproximo da verdade, a vida flui, tudo se altera, nada é fixo. O ensino deve ser realizado em função da experiência do aluno, não em função do aluno, não em função de teorias e princípios estranhos a essa experiência. O aluno deve ser o centro do processo educativo. A não directividade não é sinónimo de deixar andar ou de indiferença, _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 33 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ ou até mesmo de desprezo. Segundo Rogers (1978: 6) a relação pedagógica é qualquer coisa que se vive e não qualquer coisa que se observa. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 34 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Capítulo III O Estágio _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 35 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ III – O Estágio 3.1. Objectivos Inicialmente estabeleci alguns objectivos de carácter geral relacionados com a actividade física, isto porque fui informado que iria realizar o meu estágio no sector de Desporto. Apesar de não conhecer, nessa altura, o público-alvo com quem iria trabalhar, estabeleci as seguintes linhas orientadoras: Promover a iniciação desportiva; Promover a prática regular e organizada de actividades físicas e desportivas; Desenvolver o gosto e o hábito da prática desportiva; Favorecer o desenvolvimento global das suas capacidades; Contribuir para a formação global, equilibrada e harmoniosa dos participantes; Contribuir para o processo de sociabilização. Após reunião com os órgãos superiores da Divisão de Desporto e Juventude, o Dr. Rui Borges e o Dr. Jorge Antunes, chegámos à conclusão que seria interessante, ao longo do estágio, trabalhar com um público-alvo diversificado (dos mais novos aos mais velhos), e, com isso foi-me proposto trabalhar nas instituições anteriormente referenciadas. Posteriormente à reunião, fui conhecer as instalações de cada instituição, acompanhado pela Professora Filipa Bezerra, onde me reuni com os responsáveis de cada uma. Com isto, formulei novos objectivos, de carácter mais específico, para cada instituição, que são: - Associação de Solidariedade Social do Muro – Muro de Abrigo Favorecer as relações pessoais e o convívio; Estimular a criatividade e as capacidades cognitivas (a memória, a atenção, o pensamento e a concentração). _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 36 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ - Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado – Lar Padre Joaquim Ribeiro Promover o convívio e o bem-estar; Desenvolver as aptidões técnico-manuais; Fomentar o espírito de grupo através do Boccia. - Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa Promover a coesão grupal e o bem-estar; Promover, através do teatro, a participação, a relação, a criatividade e a expressividade; Estimular a actividade física, a coordenação motora e consequentemente a mobilidade. - Escola EB 1/JI de Bairros Contribuir para que os alunos adquiram as aprendizagens básicas fundamentais, facilitando e promovendo o seu desenvolvimento físico e a sua adaptação e integração social; Fomentar o espírito desportivo e do fair-play, no respeito pelas regras das actividades e por todos os intervenientes. - Escola EB 1/JI de Finzes Desenvolver, junto da criança, movimentos adequados às suas necessidades especiais (psicomotora). _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 37 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ 3.2. Intervenção por sector e contexto institucional 3.2.1. Actividades desenvolvidas na Câmara Municipal da Trofa No meu primeiro dia de estágio, dirigi-me ao pólo II da Câmara Municipal da Trofa onde me reuni com a minha tutora que me explicou o funcionamento do sector, mostrou-me as instalações deste e apresentou-me aos seus colegas de trabalho. Após esta primeira abordagem, foi-me mostrado o Programa de Actividades para 2010/2011, que estava dividido em secções, consoante o público-alvo, onde cada uma tinha as actividades previstas para serem efectuadas durante o ano lectivo. Como este ainda não tinha começado, o meu trabalho durante as primeiras semanas cingiu-se na Câmara Municipal, onde poderia assistir às reuniões que pudessem existir. Posteriormente e aquando o início do ano lectivo, foi-me entregue o horário de trabalho, presente no Anexo II. Já conhecido o funcionamento do sector de Desporto e Juventude, foi-me solicitada uma tarefa, que consistia em colocar centenas de fichas de inscrição para todos os idosos do concelho, em envelopes. Esta ficha de inscrição tinha como finalidade permitir que os seniores se pudessem inscrever no Programa Sénior + Ginástica Manutenção, que por sua vez consistia em promover aulas de ginástica a esta faixa etária do concelho. Na minha opinião é uma boa iniciativa e bastante importante para este tipo de população, pois leva o idoso à prática de exercício físico, fazendo com que o tempo que permanece parado diminua e por consequência aumente a sua flexibilidade, a sua mobilidade e o convívio entre todos os que participem. A capacidade funcional que aumenta com a execução de exercício físico serve como mecanismo protector a problemas ósseos, musculares e a doenças. Para além desta tarefa, também estive presente em reuniões com os movimentos associativos e com algumas bandas do concelho, cujo tema se incidiu sobre um evento que iria ser realizado e que serviu para mostrar a proposta que a Câmara tinha para as várias associações e bandas. Inicialmente este evento iria ser realizado nos dias 24, 25 e 26 de Setembro, como mostra a proposta de trabalho presente no anexo III, mas após reunião, a proposta foi alterada. Este evento, organizado pelos pelouros da Juventude e Desporto, Cultura e Educação, foi realizado nos dias 1, 2 e 3 do mês de Outubro de 2010 teve como slogan “VIVER TROFA”, onde houve a hipótese de participar em algumas actividades, como na modelagem de balões, em pinturas faciais, entre outros, mas que posteriormente não se veio a concretizar. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 38 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Este evento teve lugar no Parque Nossa Senhora das Dores, no centro da cidade, e consistiu em homenagear o movimento associativo desportivo e juvenil do concelho, divulgando o trabalho de sucesso realizado pelas associações trofenses, onde o desporto e a animação tiveram presentes, promovendo assim a interacção entre a população. Cada associação tinha um stand onde expunham os seus trabalhos que foram mostrados à população. O primeiro dia do evento2 foi de carácter mais protocolar, onde se destacou a Recepção ao Professor e a Entrega Solene dos Prémios de Mérito Escolar, bem como a Apresentação pública do Regulamento de Apoio ao Associativismo. O segundo dia do evento estreou-se com um Passeio em Charrete para Crianças e Jovens, onde houve também a realização de um Raid/Peddy Paper Urbano e de uma caminhada, que com isto serviu para promover a prática de desporto ao ar livre e em família. Este contou também com a apresentação da equipa 2010, do Tetracampeão nacional de voleibol feminino, Clube Académico da Trofa, com desportos radicais, com actividades de animação, com o Concerto de Bandas de Garagem, que deu a conhecer ao público os grupos musicais existentes no concelho, terminando o dia com uma festa temática no M18 Bar e no Café da Passagem. Já no último dia do Viver Trofa, o programa contou com uma figura de peso, o Presidente do Instituto de Desporto de Portugal, Luís Sardinha, que também se associou ao Evento e esteve presente na festa do 80º Aniversário do Clube Desportivo Trofense e na homenagem do Município da Trofa à Equipa Sénior de Voleibol Feminino do Clube Académico da Trofa. Penso que a ideia e a criação deste evento foram boas, mas apesar disso na minha opinião, não correu muito bem, principalmente no último dia, devido ao mau tempo que se instalou, levando ao cancelamento de algumas actividades que iriam decorrer no exterior, e tal como aprendi na disciplina de Gestão de Eventos, é necessário ter em conta alguns factores externos, tais como o clima, a segurança, entre outros na organização de eventos. Tal como o nome indica, um evento é um acontecimento, uma ocorrência que cause impacto e que seja razão para notícia, devendo ser recordado como um acontecimento positivo e não como um acontecimento negativo e que tenha corrido mal, o que em certa parte aconteceu com o evento Viver Trofa, uma vez que algumas pessoas e alguns órgãos de comunicação, mencionaram que apesar da ideia, tal como referido anteriormente, ter sido pertinente, o factor clima condicionou a participação destes no evento. Afim deste factor 2 Programa do evento presente no Anexo IV. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 39 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ penso que um evento com estas características poderá ser realizado todos os anos e talvez no inicio do mês de Setembro para assim precaver este tipo situações. Um evento para também ser bem sucedido, deve-se valer da sua criatividade não só durante a sua realização, como antes, através de uma promoção e divulgação adequadas, como são exemplo os outdors do Viver Trofa colocados pela cidade, bem como do programa do evento. Algumas das fotografias do evento poderão ser vistas no apêndice 5. Apesar de ter estado pouco tempo a realizar tarefas neste sector, gostaria de ter permanecido mais tempo, uma vez que o Desporto é um âmbito da Animação que sempre tive interesse em aprofundar. Uma vez a estagiar na Câmara Municipal, gostaria de ter estado em contacto com outros sectores, para além do que estive, como o Sector da Cultura, Educação, Ambiente entre outros, para com isso estar mais próximo dos projectos que a Câmara Municipal tem para servir a população trofense, e poder de alguma forma contribuir com o que aprendi no meu percurso académico. 3.2.2. Actividades desenvolvidas no Muro de Abrigo Nesta instituição, durante o período de estágio, realizei actividades no Centro de Convívio do Idoso às segundas-feiras e durante cerca de uma hora, das 14h30 as 15h30 (como indicado no horário presente no Anexo II). Antes de iniciar o meu trabalho, fui conhecer as instalações deste centro, as suas condições e os materiais que dispunham e, reuni-me com a responsável para obter informações acerca da instituição e dos utentes. Apesar de todos estes utentes frequentarem o mesmo espaço, nem sempre significa que se conheçam todos uns aos outros, pois existem pessoas que têm mais afinidade com outras, conversam mais e passam mais tempo com estas, formando assim pequenos grupos dentro da instituição. Como um grupo é um conjunto de duas ou mais pessoas que interagem entre si, com interesses e objectivos comuns, e se reúnem para alcançar um determinado fim, com a minha presença nesta instituição tentei que os pequenos grupos que nela existiam, acabassem por trabalhar como um todo. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 40 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Antes de realizar qualquer tipo de actividade mais específica, importa conhecer as pessoas que pertencem à instituição, e para isso fiz alguns exercícios3 de apresentação, que consistia em apresentar-me ao grupo e conhecê-los melhor. Para estes exercícios foi utilizada a sala de actividades, por ser um local espaçoso, onde os utentes se encontravam sentados em círculo; em relação ao material utilizei um novelo de lã no primeiro exercício, onde me apresentei e o passei para um dos elementos do grupo, pedindo para que este se apresenta-se, dizendo o seu nome, a sua idade e qual a profissão que teve, e assim sucessivamente, formando uma teia. As respostas encontram-se no apêndice 6. Com a teia que se formou, achei pertinente mostrar ao grupo que apesar das nossas diferenças e das dificuldades que por vezes possamos ter, estávamos todos ligados e que era assim que pretendia que o grupo continua-se. Terminado o primeiro exercício, dei início ao segundo, onde coloquei sete folhas, com as palavras voltadas para baixo em cima da mesa, e pedi a um elemento de cada vez que retirasse uma das folhas e a mostra-se ao grupo. Depois de exibida, enunciei-a e expliquei o que pretendia que dissessem, pois nem todos eles sabiam ler, repetindo o mesmo para as restantes cinco folhas. Com isto pretendi que dissessem uma característica, sua, relacionada com a palavra que saía.4 Após estas actividades, ainda restava uma para fazer, mas devido à falta de tempo não foi possível realizá-la, no entanto esta encontra-se no apêndice 6, designada por “Se eu fosse…”. Penso que o objectivo foi conseguido, uma vez que todos nos ficamos a conhecer um pouco melhor, como pude constatar através de alguns comentários, onde os utentes disseram que “já cá estamos há algum tempo e não sabíamos de metade das coisas dos nossos companheiros”, ao que um outro utente respondeu, em tom de brincadeira e admirado com os jogos que fiz, que “sem me aperceber estava a dizer a minha vida toda”. Este percepção acerca dos utentes permitiu-me também conhecê-los melhor e fazer com que as minhas próximas abordagens fossem ao encontro deles. Para a actividade5 que resolvi fazer na semana seguinte, decidi comprar vários vasos pequenos de barro e propus ao grupo que os decorassem e para isso perguntei qual a forma como queriam fazê-lo, ao que este decidiu decorá-los, pintando-os com guaches. Antes de iniciar a actividade, alguns elementos do grupo pediram para que desenhasse algo no vaso, 3 Plano dos exercícios, presente no apêndice 6 bem como o nome, idade e profissão de cada utente. No apêndice 6 encontram-se as sete folhas utilizadas bem como as respostas dadas por cada utente. 5 Plano da actividade presente no apêndice 7. 4 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 41 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ para que fosse mais fácil decorá-lo, pelo que optei e com o consenso do grupo, desenhar imagens relacionadas com plantas. Depois de preparadas as tintas, o grupo pôs mãos à obra, e o resultado obtido encontra-se no apêndice 7. Penso que a actividade correu relativamente bem, apesar de alguns elementos do grupo terem sentido alguma dificuldade, pelo que sugeri que pintassem o vaso todo, para facilitar. Durante a actividade auxiliei o grupo na escolha das cores e por vezes, pintando um pouco com eles, ajudando também na escrita dos seus nomes. Este exercício foi preparado desta maneira, pois o meu objectivo final seria que cada um plantasse uma flor no seu vaso, o que foi conseguido na semana seguinte. Nesta sessão 6, o número de elementos no grupo era maior, pelo que alguns deles me pediram vasos para pintar, mas por só ter levado o material para semearem, sugeri que ajudassem os outros elementos a semear, e assim o fizeram. A flor escolhida para ser plantada foi a tulipa. Apesar do material disponível, alguns elementos do grupo optaram por utilizar as mãos para semear, dizendo que gostavam de tocar na terra, isto porque muitas delas trabalharam no campo. Depois de plantados e regados os bolbos, colocaram-se os vasos ao pé da janela. As imagens que ilustram a realização desta actividade encontram-se no apêndice 7. No fim da actividade o grupo reuniu-se e conversamos um pouco acerca do que foi feito, onde aproveitei para perguntar que outras formas existem para semear e qual foi, para eles, a finalidade desta actividade. No fundo, e explicando aos elementos do grupo, que era importante, estabelecer metas, objectivos, ao longo da vida, e nunca se estar parado, e que apesar das idades que têm, alguns já mais avançada, devem sempre começar algo, não importando se irão terminar ou não, uma vez que o mais importante não é aquilo que irá ser colhido, mas sim o que foi semeado. Na quarta semana, no dia em que me dirigi ao Centro de Convívio do Muro de Abrigo, comemorava-se o Dia Mundial do Animal, e para que este dia fosse lembrado pelos utentes, decidi realizar uma actividade relacionada com este tema. Para esta actividade7 foram utilizadas duas cartolinas que foram agrafadas de forma a tornarem-se numa só e que por sua vez serviu de suporte às imagens dos animais e aos pequenos papéis que continham os direitos dos animais. Estas imagens foram coloridas ao gosto de cada um. 6 7 Descrição da sessão no plano presente no apêndice 7. Plano da actividade presente no apêndice 8. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 42 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Durante a realização da actividade, algumas pessoas do grupo, enquanto pintavam as imagens, cantavam, sendo que uma delas recitou também um poema. Esta actividade teve não só como objectivo comemorar o Dia Mundial do Animal, mas também dar a conhecer os catorze direitos que eles têm, bem como explicá-los. No apêndice 8 encontram-se as imagens desta actividade bem como os direitos dos animais. Senti, com a realização deste exercício, que em parte foi útil para o grupo, pois grande parte deste não tinha conhecimento acerca destes direitos. Esta ideia surgiu de um trabalho realizado na disciplina de Cidadania e Educação Social, e visa evidenciar a importância destes na sociedade em que vivemos, salientando o respeito que devemos ter por eles. Já na quinta semana, e por nesta se destacar o Dia Mundial da Alimentação, resolvi realizar vários exercícios relacionados com este tema. Inicialmente a minha ideia para este dia seria levar uma nutricionista ao Centro e complementar com algumas actividades criadas por mim, mas devido à incompatibilidade de horários por parte da médica, não foi possível realizar a sessão pensada. Assim, e como referido anteriormente, elaborei algumas actividades 8 para serem realizadas neste dia, começando por me reunir com o grupo onde expliquei o primeiro exercício, que consistiu em cada um dos elementos dizer um nome de um alimento e o que faria com esse, de seguida o elemento seguinte teria de fazer o mesmo e caso algum dos utentes quisesse participar, dizendo o que faria com o alimento referido pelo colega poderia fazê-lo, o que acabou por acontecer várias vezes. Um dos elementos do grupo referiu o tomate e mencionou que com ele faria um doce, já o seu colega do lado interveio e mencionou que com o tomate preferia fazer uma salada. No segundo exercício proposto ao grupo coloquei vários produtos alimentares de plástico e, não só (ver imagens apêndice 9), em cima da mesa onde nos encontrávamos reunidos, e pedi a todos os elementos que os observassem com atenção pois iria ser necessário para a realização do exercício. Depois de observados, coloquei um pano em cima dos produtos de forma a cobri-los por completo e pedi ao grupo que me dissesse quais os que observaram. Ainda no mesmo exercício, resolvi retirar alguns dos objectos que se encontravam tapados, e depois de destapar os restantes, perguntei ao grupo quais os que faltavam. Para além de fazer parte da comemoração do Dia da Alimentação, tentei que esta actividade permitisse trabalhar algumas das capacidades cognitivas do grupo, entre elas a 8 Plano das actividades, presente no apêndice 9. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 43 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ visão, a memória e a concentração, que tendem a ser esquecidas e a declinar a partir de determinada idade. De seguida, formaram-se grupos de dois elementos e a cada um dos grupos distribui uma folha que ilustrava um labirinto, onde o que propus a cada foi que encontrassem os caminhos dos animais para os produtos que estes davam, como se pode verificar no apêndice 9. As espigas de milho teriam de ser ligadas ao pão, a vaca ao leite e a azeitona ao azeite. Devido ao facto de estarem presentes neste labirinto algumas linhas entrelaçadas fez com que a actividade não corresse como esperava, uma vez que estas causaram confusão e cansaço aos idosos, que por sua vez não conseguiam fazer as ligações. Para eles a actividade estava a ser complicada, e ao notar isso, decidi terminá-la, colocando de imediato um outro exercício. Este exercício consistia em completar um crucigrama (ver apêndice 9), começando por adivinhar as palavras na horizontal, para no fim e com a ajuda de todas as letras reunidas, completar a palavra na vertical. Para que pudessem adivinhar as horizontais, fui dizendo algumas frases, que constam no crucigrama, o que para o grupo foi fácil, à excepção da última, que se referia à obesidade, e onde sentiram mais dificuldades em adivinhar. Também este exercício, permitiu estimular as capacidades cognitivas, anteriormente mencionadas. No último exercício, os utentes formaram grupos para numa cartolina montarem um pequeno puzzle de uma roda dos alimentos, o objectivo para além de montá-lo foi colá-lo à referida cartolina. Ao mesmo tempo que iam montando e colando o puzzle, implementei um pequeno exercício, onde proferi parte de alguns provérbios relacionados com o tema para que o grupo os completasse, para além destes os utentes também diziam alguns provérbios da sua sabedoria, o que os permitiu avivar as memória e recordações. Depois de afixada a roda dos alimentos na cartolina, cada grupo recortou alguns provérbios, que colaram também na mesma. Por último, deixei alguns folhetos na instituição, para que através da informação contida neste, todos os que o lessem pudessem ter uma melhor noção dos alimentos que devem comer em maior quantidade e aqueles que devem evitar. Alguns utentes perguntaram se podiam levar o folheto para casa, ao que respondi que podiam. Este folheto encontra-se presente no apêndice 9. No fim desta actividade, a auxiliar do Centro informou-me que tinha gostado da actividade realizada na semana anterior (a actividade referente à Comemoração do Dia do Animal). No já referido apêndice 9, encontram-se algumas imagens da realização desta actividade. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 44 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Uma vez realizadas actividades que promoviam as capacidades cognitivas e mentais do grupo, decidi proporcionar nesta sexta semana, uma actividade onde fosse possível desenvolver a coordenação óculo-manual, a concentração, mas sobretudo proporcionar momentos de distracção e diversão. No fundo pretendi que o grupo se divertisse. A actividade9 realizada tem como nome bola ao alvo. Para a realização desta, pendurei o alvo na parede, a uma pequena distância do grupo. Expliquei então que cada deles teriam algumas tentativas para acertar com a bola no alvo (que por conter velcro prendia a bola) e que quanto mais próxima ficasse do centro, mais pontos teriam (figura 10). No decorrer do jogo fui anotando as pontuações que faziam, consoante o valor onde a bola ficava presa. Terminada a actividade, divulguei as pontuações finais ao grupo, que por sua vez se encontram no apêndice 10. Durante a realização deste exercício, alguns elementos do grupo (sobretudo masculinos) estavam entusiasmados e chamavam os colegas, que não se encontravam no grupo, para participarem. Contudo notei que os elementos femininos do grupo estavam pessimistas, uma vez que afirmavam não serem capazes de acertar no alvo, no entanto tentei mostrar que seriam capazes, incentivando-as. Figura 10 - Material utilizado: alvo e as respectivas bolas (Fonte: Própria) Na sétima semana de estágio nesta instituição, decidi proporcionar ao grupo de utentes uma sessão de cinema, onde foi visualizado o filme “O Pai Tirano” (figura 11).10 Neste dia cheguei relativamente mais cedo, para que houvesse tempo para visualizar todo o filme, sem que fosse necessário interferir com a hora de lanche dos utentes. Para dar 9 Presente no apêndice 10. Plano da actividade e sinopse do filme, presentes no apêndice 11. 10 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 45 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ inicio à actividade, todos os elementos encontravam-se sentados nas cadeiras e sofás da sala de convívio, em frente à televisão, onde visualizaram o filme durante cerca de duas horas. Com a visualização deste filme, tentei proporcionar ao grupo uma actividade que os permitisse relaxar, através do riso e da diversão causada pela história do filme, pois, na minha opinião estes sentimentos são muito importantes quando sentidos por pessoas da faixa etária do grupo do Muro de Abrigo e, como tal, concordo com Solomon (1996) citado em Lima (2004: 54-55), quando afirma que rir e dar uma boa gargalhada relaxa, aumenta a produtividade e a satisfação. Figura 11 - Dvd do filme “O Pai Tirano”. (Fonte: Própria) Para o encontro com o grupo do Centro de Convívio do Muro de Abrigo na oitava semana do meu estágio, preparei uma actividade11 relacionada com a mímica. Com esta pretendi estimular o desenvolvimento motor e o relacionamento em grupo (figura 12), para tal preparei vários cartões (figura 13) que continham nomes e imagens de diferentes profissões (estes encontram-se no apêndice 12); foram colocadas imagens, porque existem pessoas na instituição que não sabem ler. Estes cartões foram colocados num saco, e cada elemento do grupo retirava, aleatoriamente, um cartão, visualizava a profissão que lhe saía e através da mímica tentava demonstrar essa mesma profissão, para que os restantes elementos a conseguissem adivinhar. Apesar da ajuda que dei durante a actividade, na minha opinião os gestos que foram feitos não eram suficientemente expressivos para o grupo, de tal modo que penso que esta actividade não correu como tinha planeado. De seguida, iniciei um diálogo com o grupo 11 Ver plano da actividade no apêndice 12. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 46 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ relacionado com o tema do exercício anterior, onde perguntei quais as profissões que achavam mais importantes, quais foram as mais rentáveis no passado e quais a de hoje. As respostas variaram consoante a experiência de vida de cada um. Antes da hora do lanche dos utentes, estive a conversar e a jogar dominó com dois deles na sala de convívio, durante algum tempo. Figura 12 - Grupo participante na actividade (Fonte: Própria) Figura 13 - Cartões com profissões ilustradas (Fonte: Própria) Na nona semana em que me dirigi ao Centro de Convívio do Idoso na Associação Muro de Abrigo, comemorava-se o 12º aniversário da criação do concelho da Trofa. Perante este facto, não quis deixar passar esta em vão, por essa razão decidi que as actividades 12, que iriam realizar, seriam alusivas a esse tema. Como primeiro exercício, coloquei no centro da mesa onde eu e o grupo nos encontrávamos, uma folha com a palavra Trofa na vertical (apêndice 13) e pedi a cada elemento do grupo que dissesse uma palavra que se lembrasse quando o nome da cidade era mencionado. As palavras mais proferidas foram: “família”, “bonita”, “feira”, “trofense”, “Nossa Senhora das Dores”, “procissão”, “feira das sementes”, “fogo-de-artifício”, “concelho”, tristeza e “trânsito”. Para cada uma das escolhas pedi que o grupo justificasse a sua opção, ao que responderam família, devido ao facto família de muitos deles viver no concelho da Trofa; bonita, porque assim a acham; feira, por esta se realizar semanalmente aos sábados e por alguns dos elementos se deslocarem até lá para fazerem algumas compras; trofense por ser o nome dado a cada habitante da cidade e por ser o clube de futebol mais conhecido na mesma; 12 Plano da actividade presente no apêndice 13. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 47 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Nossa Senhora das Dores por ser a padroeira da Trofa e por se realizar anualmente uma festa em sua honra, frequentada por habitantes da terra, de fora e por vários emigrantes, e onde a procissão, o fogo-de-artifício e a feira das sementes, que também foram referidos, fazem parte e concelho por esta o ser. No entanto o grupo referiu duas palavras negativas relacionadas com a cidade, uma delas foi “tristeza”, mencionado por uma senhora do grupo, devido ao facto de ter perdido um familiar próximo no centro da cidade, referindo por isso que sempre que por lá passa sente “um grande sentimento de tristeza”; trânsito também foi proferido, isto porque o concelho, em várias alturas do dia, apresenta grandes filas de trânsito. Posteriormente, perguntei a todos os elementos quais eram, para eles, as principais diferenças que notavam na cidade, antes e depois de esta ser concelho, assim como o que não existia e o que passou a existir com tal acontecimento, e o que lhes faz falta e que mais precisam. Em maioria, o grupo respondeu que o hospital, a polícia municipal, o aumento de saneamento, de transportes públicos, de farmácias e de lares, a Associação Muro de Abrigo bem como a existência de convívios de seniores organizados pela Câmara foram as grandes diferenças que notaram na cidade; a estação de comboios que está inactiva actualmente na freguesia do muro, foi referida massivamente como o grande factor que mudou em toda a cidade e aquele que mais comodidade lhes oferecia para se deslocarem no passado; quanto ao que lhes faz falta actualmente, alguns dos elementos do grupo mencionaram em tom de brincadeira que “fazia falta animar a malta”, dando o exemplo dos arraiais que antigamente existiam com frequência e que actualmente são praticamente extintos, outros elementos acrescentaram ainda que fazia falta um metro a passar por toda a cidade e um edifício onde todos os serviços da Câmara Municipal se concentrassem. Após esta conversa, que me permitiu ficar com uma ideia da perspectiva que os utentes tinham em relação à cidade onde vivem, mostrei a todos eles um vídeo acerca do dia em que a Trofa foi elevada a concelho, para que pudessem recordar tal dia. Ao fim da visualização, perguntei ao grupo se tinham conhecimento da existência de um hino da Trofa e se o sabiam cantar, ao que todos responderam que conheciam, mas que não sabiam toda a letra da música. Com isto distribuí uma folha com a letra da canção (apêndice 13) por cada elemento do grupo, para que acompanhados com música, pudéssemos cantar. Por fim, pedi a todos os utentes que fizessem um poema sobre o concelho, onde dei uma ajuda, sempre que era necessário. Este poema encontra-se no apêndice 13. Concluídas as actividades, estive durante algum tempo a conversar e a jogar dominó com alguns dos utentes. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 48 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Dada a insegurança que se tem sentido nos últimos tempos e que tem vindo a aumentar, afectando todas as faixas etárias e todo o tipo de negócios, achei pertinente realizar uma sessão de esclarecimentos13, sobre este tema, aos utentes do Muro de Abrigo, onde contei com a colaboração da presidente da instituição, Dra. Fátima Silva. Elaborei assim, a pedido desta, uma carta14 para solicitar a presença da Guarda Nacional Republicana, que depois foi entregue à directora que a remeteu, posteriormente, para a Guarda Nacional Republicana para a realização da sessão, foi correspondida positivamente. Depois de aceite, o agente destacado deslocou-se à instituição para conhecer as suas instalações. A apresentação do tema “Idosos em Segurança”, foi elaborada pelo Núcleo de Programas especiais do Posto Territorial da Trofa e apresentada pelo Sr. Agente Dias da Guarda Nacional Republicana. A esta sessão assistiram cerca de vinte utentes e cujas imagens se encontram no apêndice 14. No inicio da palestra o Sr. Agente começou por transmitir aos utentes que a segurança começa em cada um de nós, pois devemos estar sempre atentos aos perigos existentes na sociedade; posteriormente abordou o tema da segurança em diversos contextos, ou seja, a segurança que os idosos devem ter em diferentes locais, tais como em casa, na via pública, alertando-os para os perigos que existem nestes e em casos de burlas, bem como os procedimentos a ter em conta nestes tipos de situações. Durante a sessão, alguns dos utentes intervinham para, consoante as situações abordadas, contarem casos que se tinham passado com eles. No fim da sessão, foram colocadas algumas questões ao Agente. Na última semana de estágio, e como se aproximava a época Natalícia, optei por efectuar uma actividade15 prática relacionada a mesma. Decidi então propor ao grupo que fizemos postais de Natal, uma vez que muitos dos utentes tinham netos e bisnetos, e por isso achei que seria interessante oferecerem algo feito por eles. O material necessário para esta actividade foi colocado em cima da mesa, à disposição de todos os utentes, que à sua escolha e com a minha ajuda, decoraram os seus postais, fazendo-o através de várias técnicas, como o recorte, a pintura de desenhos16 alusivos à época, e a colagem, o que os permitiu que estes se exprimissem através do trabalho manual e que desenvolvessem alguma destreza manual e o gosto por actividades plásticas (figura 14). Alguns dos utentes fizeram mais do que um postal, 13 Plano da sessão presente no apêndice 14. Ver apêndice 14. 15 Plano da actividade presente no apêndice 15. 16 Encontram-se no apêndice 15. 14 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 49 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ e ao longo da actividade cantaram músicas natalícias, o que me fez pensar que estavam a viver o espírito natalício (figura 15). Algumas das auxiliares da instituição, durante a actividade, dirigiam-se ao espaço para verem os postais que estavam a ser feitos, dizendo que estavam “bonitos” e que acharam a actividade “muito interessante”; os utentes por sua vez diziam que achavam engraçado a barba do pai natal feita de algodão. Figura 14 - Alguns dos utentes na elaboração dos postais de Natal (Fonte: Própria) ´ Figura 15 - Alguns dos utentes e dos trabalhos realizados (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 50 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Ao longo dos três meses que aqui estive presente, tentei diversificar as minhas actividades, sempre com objectivos concretos, como se pode verificar nos planos das actividades em anexo. Para algumas destas actividades, tive em atenção as datas comemorativas que poderiam existir, como foi o caso do Dia Mundial do Animal, do Dia Mundial da Alimentação e do 12º Aniversário do Concelho da Trofa, e penso que estas permitiram aos utentes da instituição recordar o dia comemorado, aprendendo um pouco mais. No decorrer das actividades, o grupo mostrou sempre boa disposição, e, apesar de uma ou outra não ter corrido como teria planeado, penso que fui criativo nas actividades apresentadas e que estas correram bem e foram enriquecedoras para o grupo do Centro de Convívio do Idoso. Talvez por ter sido estabelecida uma ligação entre mim e o grupo, no último mês de estágio, alguns dos utentes convidavam-me a lanchar com eles na instituição, o que nunca chegou a acontecer, acontecendo sim, momentos em que jogava dominó com eles e se passava algum tempo a conversar sobre os mais diversos assuntos. Por tudo isto, penso que a minha passagem pela instituição foi positiva. 3.2.3. Propostas Para além das actividades realizadas e mencionadas, caso a duração do estágio fosse maior e se houvesse possibilidade, haveriam outras actividades que poderiam vir a ser implementadas nesta instituição, nomeadamente algumas horas semanais, dedicadas aos utentes que não sabem ler nem escrever, dado que existe esta carência neste centro. Assim, penso que com a minha ajuda e com a dos restantes utentes, poderíamos minimizar essa dificuldade. Para além disso, seria também interessante, a criação de um grupo de cantares, constituído por todos os utentes do Centro de Convívio do Idoso, uma vez que, ao longo destes três meses, pude constatar que este grupo é bastante animado e bem-disposto e através das conversas que estabelecíamos, alguns deles confidenciaram-me o seu gosto pela música. Com a formação deste grupo, seria importante divulgá-lo, mostrando assim o seu trabalho, através da presença deste noutras instituições e em festas do concelho, envolvendo assim a comunidade. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 51 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ 3.2.4. Actividades desenvolvidas no Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado – Lar Padre Joaquim Ribeiro Antes de iniciar o meu trabalho no Centro de Dia desta instituição, fui conhecer as suas instalações, bem como o material existente e fui apresentado pela minha tutora a uma funcionária do centro, que, após conversarmos, me informou que poderia ajudar na realização de trabalhos manuais alusivos ao Natal, isto porque, a instituição todos os anos e por esta época, costuma efectuar uma exposição para mostrar e vender os trabalhos realizados pelos utentes e, informou-me também de algumas dificuldades que os utentes tinham, muitos deles devido à doença de Alzheimer. Neste centro, durante o período de estágio, estive presente às terças-feiras durante cerca de uma hora, das 11h00 as 12h00, posteriormente, e já durante o estágio, fui informado que iria acompanhar, no último mês, as aulas de ginástica e de Boccia (como indica o horário presente no Anexo II). Tal como referido na instituição anterior, era importante conhecer o grupo com quem iria trabalhar, para que fosse mais fácil a minha interacção com este. Assim, optei por utilizar a mesma técnica que foi efectuada na apresentação do grupo do Muro de Abrigo, ou seja, a actividade com o novelo de lã e a do “enigma das folhas”, como primeira actividade na primeira semana17. Esta actividade foi realizada no pátio da instituição, onde cerca de trinta utentes se encontravam sentados virados uns para os outros; estavam mais cinco utentes presentes do que o normal, por ser a primeira vez que me encontrava no centro, o que suscitou curiosidade por parte destes. Durante a actividade estiveram presentes dois voluntários, para me auxiliar sempre que fosse necessário, o que por vezes acontecia, para me informarem acerca das dificuldades sentidas por cada utente. Dado que o grupo era extenso e que alguns utentes tinham dificuldades auditivas, para realizar esta actividade optei por ir ao encontro de cada um, com o novelo, e fazer as perguntas junto deste, e ao fazê-lo reparei que alguns deles tinham dificuldade em lembrar-se da idade e da profissão que tiveram no passado. Ao longo da actividade, notei que, conforme as respostas que ia tendo, a maior parte das senhoras tinham sido domésticas ou tinham trabalhado na agricultura, já os senhores tinham trabalhado maioritariamente no ramo industrial. 17 Plano da actividade presente no apêndice 6. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 52 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Por fim, terminada a actividade, estive à conversa com alguns dos utentes e apresentei a minha proposta18 da actividade que pretendia realizar na semana seguinte, bem como o material que iria precisar, à funcionária responsável. Esta, por sua vez, sugeriu que trouxesse algumas vezes, desenhos para colorir, dado que os utentes do centro de dia gostavam muito de pintar. Pensei que estas duas actividades de apresentação que realizei não iriam correr muito bem, devido às dificuldades dos utentes que me foram apresentadas no primeiro dia, mas curiosamente correu bem e senti-me bastante à vontade com o grupo. Estas permitiram desenvolver o autoconhecimento de cada utente, bem como a interacção deste com o grupo. Na segunda semana, quando me dirigi às instalações do centro de dia, os utentes encontravam-se sentados no pátio, por a sala de actividades estar ocupada e por isso acharam que seria a melhor maneira de efectuar a actividade, mas para que esta pudesse ser feita, eram necessárias algumas mesas, pelo que tive de colocá-las ao pé dos utentes, juntamente com a ajuda de alguns voluntários. Apesar disso, e dadas as condições que na minha opinião não eram as mais favoráveis, deu-se inicio à actividade19 que tinha proposto à responsável na semana anterior, ou seja, a realização de uma capa arquivadora. Ao longo da actividade, apercebi-me que a elaboração desta estava a ser um pouco complexa para o grupo, visto que, alguns deles estavam a sentir dificuldades no recorte das cartolinas, e como não conseguia auxiliá-los todos ao mesmo tempo, optei então por distribuir alguns desenhos a alguns elementos do grupo para colorirem, terminando as capas arquivadoras com os restantes. Os utentes ficaram agradados pela solução que lhes apresentei e por estarem a pintar. Um facto que achei curioso foi que alguns elementos gostavam de ter a minha opinião sobre qual a cor que deviam utilizar, não pintado outras partes do desenho sem me consultarem, ao que eu dizia que podiam pintar com as cores que mais lhes agradassem, porque o mais importante era que estivessem a gostar do que estavam a fazer e que lhes permitia desenvolver a criatividade e a destreza manual. Alguns dos trabalhos realizados encontram-se ilustrados na figura 16. 18 19 Proposta presente no apêndice 16. Plano da actividade presente no apêndice 17. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 53 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Figura 16 - Alguns dos trabalhos efectuados (Fonte: Própria) Ao longo das actividades os utentes estavam, um pouco, descontentes por sentirem frio. Penso que esta actividade, devido ao que mencionei anteriormente e ao que tinha previsto, não correu da melhor forma, mas apesar disso achei que, perante as dificuldades sentidas pelo grupo no inicio, tive a capacidade de apresentar uma alternativa, que foi ter levado os desenhos para coloriram. No fim, e tal como na semana anterior, entreguei a proposta20 da actividade seguinte, juntamente com o material necessário, à funcionária responsável, que me informou que não iria conseguir arranjar todo aquele que precisava, informando-me também que na semana seguinte, por ser feriado dia 5 de Outubro de 2010, não iria ser necessária a minha presença na instituição. Chegada a terceira semana de estágio, a minha actividade21 foi realizada nas sala de actividades com todas as condições necessárias à mesma, e onde os utentes se encontravam sentados e dispostos ao longo de algumas mesas. De seguida, coloquei o material necessário ao pé de cada utente, expliquei em que consistia a actividade, e tal como nas actividades anteriores, mostrei qual seria o resultado final. Importa referir que as actividades efectuadas pelos utentes, eram previamente elaboradas por mim, para que no dia pudesse mostrar qual o resultado final. Durante a realização desta actividade, dirigi-me a cada um dos utentes, perguntado se precisavam da minha ajuda, ao que alguns respondiam que sim. As dificuldades incidiram-se maioritariamente no inicio, quando foi necessário colocar água nos frascos, pois alguns 20 21 Ver proposta no apêndice 17. Plano da actividade presente no apêndice 18. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 54 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ utentes tremiam, e no fim, quando foi para colocar um fio de ráfia em torno da tampa deste, devido à falta de força. A actividade não foi totalmente terminada, como mostram as figuras presentes no apêndice 18, porque estava na hora da refeição dos utentes, onde ficaram por colocar as pétalas no cimo dos frascos, o que foi efectuado na semana seguinte. Chegada a quarta semana, e como referido anteriormente, o grupo juntou-se na sala de actividades onde terminaram a actividade anterior, para tal dispus as pétalas junto de todos os elementos, onde o objectivo era colar uma no topo de cada frasco. No decorrer deste exercício22, estive sempre à conversa com os utentes e reparei por sinal que alguns deles eram um pouco “preguiçosos”, pois estavam sempre a dizer que não eram capazes de concluir a actividade. Nesta situação dirigi-me a cada um, pedindo para este fazer a actividade e dizendo que seria capaz, o que na minha opinião, me fez pensar que estes precisavam de um pouco de atenção. Apesar disso, de uma forma geral, a actividade correu bem e os utentes gostaram de ver as bolas de gelatina a crescer no interior de cada frasco. Permitiu assim que estes desenvolvessem a sua habilidade manual. As figuras presentes no apêndice 19 demonstram o resultado final da actividade. Esta actividade terminou mais cedo do que a hora normal, como tal perguntei ao grupo se pretendia começar a actividade seguinte, já preparada, ao que responderam que não valia a pena, optei então por ocupar o restante tempo para conhecer melhor os utentes, perguntando sobre o que gostavam mais de fazer, se tinham netos, entre outras questões. No fim, alguns utentes ajudaram-me a arrumar o material que restava da actividade e estivemos um pouco à conversa, onde depois me dirigi à funcionária responsável pelo sector, para entregar a proposta23 para a actividade da semana seguinte. Nesta semana, e a quinta do meu estágio, aquando a chegada à instituição, alguns dos utentes perguntaram-me se sempre iriam fazer saquinhos perfumados24, uma vez que lhes tinha informado sobre tal na semana anterior. Depois de lhes confirmar, coloquei o material (algum fornecido pela instituição e o restante por mim) junto de cada elemento do grupo, e 22 Plano do exercício presente no apêndice 19. Proposta presente no apêndice 19. 24 Plano da actividade presente no apêndice 20. 23 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 55 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ individualmente elaboraram os saquinhos. Durante a actividade ajudei o grupo em todas as etapas, onde pude constatar que na última, em que era necessário fazer um nó ao fio que fechava o saquinho, alguns dos utentes sentiram dificuldades, pelo que os incentivei e os tentei animar, fazendo com que concluíssem os saquinhos. Esta actividade permitiu, para além de cada um superar o pessimismo e a falta de capacidade, desenvolver a habilidade e a técnica manual do grupo. Para que esta se tornasse mais animada, desafiei alguns dos utentes a cantar músicas conhecidas e do seu tempo, ao que alguns participaram de forma animada. Esta actividade foi realizada em duas semanas (na quinta e na sexta semana), pois na primeira, a funcionária responsável visualizou o desenvolvimento e o resultado da actividade realizada e sugeriu que fossem feitos mais saquinhos, uma vez que são produtos que iriam agradar os visitantes da exposição. Sendo assim, a proposta apresentada para realizar uma outra actividade, ficou válida para a sétima semana. O resultado final das duas semanas encontra-se no apêndice 20. Na sétima semana de estágio, que me dirigi ao centro de Dia do Lar Padre Joaquim Ribeiro, comemorava-se o dia de S. Martinho, e como tal, decidi levar alguns desenhos alusivos a este dia e ao Outono25, para que os utentes pudessem colorir, uma vez que a responsável me tinha informado que esta era uma das actividades que o grupo mais gostava de fazer. Durante a actividade os utentes pediam a minha ajuda para saberem quais as cores que utilizavam para colorir os desenhos, ao que lhes dizia para pintarem conforme queriam. Também auxiliei uma senhora de 92 anos a pintar o seu desenho, pois encontrava-se triste e afirmava que não conseguia pintar. Alguns utentes pintaram mais do que um desenho, no entanto houve outros que não conseguiram acabar de pintar o seu, terminando-o depois do almoço, o que aconteceu com um senhor, que me informou que iria terminar o seu desenho assim que terminasse de almoçar e me avisou antes da aula de ginástica, que já o tinha concluído. Ao fim da actividade, entreguei a minha proposta26 para a semana seguinte, à funcionária responsável, para que tivesse conhecimento e para que pudesse arranjar e disponibilizar os materiais necessários. Algumas imagens desta actividade bem como alguns exemplos dos desenhos coloridos encontram-se no apêndice 21. 25 26 Plano da actividade no apêndice 21. Proposta da actividade presente no apêndice 21. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 56 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Na oitava semana de estágio, a actividade foi realizada no bar do Lar, uma vez que a sala de actividades se encontrava ocupada. Foram colocadas as cadeiras e as mesas, de forma a que o grupo estivesse junto para realizar a actividade, e os materiais em cima das mesas. Devido ao facto deste local se encontrar no piso de baixo, apenas participaram os utentes com mais mobilidade o que levou a que participasse um menor número do que o habitual. Iniciada a actividade27, esta consistia em elaborar postais de Natal. Para isso, comecei por “dividir” o grupo, organizando-o consoante as suas capacidades, isto é, os que melhor recortavam, os que melhor dobravam, que eram na sua maioria do sexo masculino; os restantes, na sua maioria mulheres, pintavam. À medida que os desenhos ficavam terminados, estes eram colados nas cartolinas previamente cortadas e dobradas, que assumiam diferentes formas e cores. Esta actividade permitiu que o grupo trabalhasse em conjunto e que desenvolvesse algumas das suas capacidades, entre elas a criatividade e a imaginação, uma vez que os postais eram decorados consoante o gosto de cada um dos utentes. O resultado final pode ser visto no apêndice 22. Por fim, foi entregue da minha parte à funcionária, a proposta28 para a actividade da semana seguinte. Na penúltima semana, em que estive no Centro de Dia, realizei mais uma actividade29 para ser exposta, juntamente com as outras já efectuadas, na exposição que viria a ser realizada. Esta consistia em elaborar pequenos blocos de notas, onde cada um continha uma letra do abecedário, que era feita a partir de materiais como o feijão. Esta suscitou algumas dificuldades ao grupo, devido ao facto de a cola líquida se colar aos dedos e de o feijão utilizado ser pequeno. Apesar disso, a execução desta actividade proporcionou ao grupo o desenvolvimento da precisão manual e das suas aptidões técnico-manuais, assim como o convívio entre todos os elementos, uma vez que a boa disposição se instalou ao longo de toda a actividade, onde alguns dos elementos cantaram. Ao fim, uma das senhoras do grupo, informou-me que ainda não tinha terminado o postal que tinha começado a fazer na semana anterior, ao que disse para não se preocupar e na próxima semana, tanto os postais como os blocos de notas seriam terminados. 27 Plano da actividade presente no apêndice 22. Proposta presente no apêndice 22. 29 Plano da actividade realizada presente no apêndice 23. 28 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 57 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Tal como referido anteriormente, a última semana de estágio, permitiu ao grupo concluir os trabalhos que anteriormente não foram terminados30 (figura 17). O grupo reuniuse no bar da instituição, uma vez que não foi possível abrir a sala de actividades, o que levou a que o número de elementos fosse menor, uma vez que só alguns deles é que tinham mobilidade para se dirigir para este lugar (figura 18). Ao grupo juntou-se um novo elemento, tinha chegado no dia anterior à instituição e estava sempre aborrecido, o que, na minha opinião, era devido ao facto de ainda não estar familiarizado às pessoas nem à instituição. Durante a actividade, como este falava muito alto, alguns dos elementos do grupo não gostava, o que os levava a fazer comentários depreciativos. Ao ver a situação, expliquei ao grupo que o novo colega precisava de apoio e de ajuda para se integrar. Neste dia, dei um pouco mais de atenção ao novo elemento do grupo para tentar integrá-lo no mesmo, o que foi um pouco difícil ao início, uma vez que este não queria participar nas actividades. Depois de alguma insistência, consegui que colocasse as barbas numa imagem do pai natal de um postal, o que achou engraçado, mostrando vontade de fazer mais. Figura 18 - Grupo de trabalho (Fonte: Própria) Figura 17 - Alguns trabalhos terminados (Fonte. Própria) Nesta instituição, penso que todos os utentes ficaram satisfeitos com o meu trabalho, isto porque todos eles puderam participar das mais diversas formas, achando-se úteis de 30 Plano da actividade presente no apêndice 24. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 58 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ alguma forma. Isto deveu-se talvez ao facto de ter planeado actividades simples, onde tive em atenção as capacidades do grupo, e por isso penso que qualquer pessoa as poderia fazer. No último mês, e como referido anteriormente, estive a acompanhar as aulas de ginástica, realizadas com a Professora Neusa com os utentes do Centro de Dia. Estas tinham lugar num espaço dedicado à ginástica, no Lar Padre Joaquim Ribeiro, às terças-feiras, das 15h às 16h31. Estas aulas de ginástica assumem um papel bastante importante, em todos os utentes, mas para que estes possam desfrutar de uma vida saudável, é necessário que tenham independência, e é na actividade física que realizam no Centro de Dia, que a encontram, é esta que lhes permite participar num processo social de convivência de modo a que mantenham boas condições físicas, para uma melhor qualidade de vida. A prática de exercício físico neste grupo, não só é importante para melhorar a condição física deste, mas também é um bem necessário para fugir à depressão e conviver socialmente. Sempre que respeitado nas suas condições e nos seus limites, este reage de uma forma muito positiva e participativa à actividade física, o que acontecia aquando a realização destas actividades, onde era iniciada por mim e pela Professora Neusa, na maioria das vezes na sala de convívio, uma conversa com todo o grupo de utentes, para que o pudéssemos motivar à prática de exercício e para que estes participassem nas actividades que iriam ser realizadas. Eram dadas também algumas informações acerca do corpo e das capacidades de cada um para que este tivesse essa noção e aprendesse a lidar com a mudança do mesmo, tirando proveito de sua condição física e com isso, prevenindo e mantendo a sua autonomia plena, pois, e como cita Jacob (2007: 54), com a idade estas capacidades vão-se perdendo, chegando ao ponto de se perder o próprio esquema corporal. É possível ajudar o idoso a readquirir estas competências e a prevenir o seu declínio, com exercícios psicomotores, assim como com actividades de estimulação sensorial. Para o desenvolvimento das capacidades perdidas pelos utentes, aplica-se um esquema de exercícios a serem realizados por estes, o que foi efectuado no Centro de Dia e que se encontram presentes no apêndice 25, de forma detalhada. Todos estes exercícios são importante para cada elemento do grupo, uma vez que, e como menciona Jacob (2007: 54) o exercício físico regular pode aumentar a força muscular e a resistência muscular, aumentar a flexibilidade, aumentar o fluxo sanguíneo para os músculos, diminuir lesões musculares, melhorar a coordenação e promover o convívio. 31 Horário no anexo II. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 59 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apesar de participarem nas actividades físicas propostas, reparei que o grupo de utentes preferia ficar acomodado nos sofás e cadeiras, sendo poucos os elementos que se dirigiam ao espaço da actividade, por vontade própria. Por este motivo, e como já referido, eu e a Professora, iniciávamos um diálogo para que estes se motivassem. A música, por vezes também estava presente na realização das actividades, para que os utentes se divertissem e fizessem com maior facilidade os exercícios propostos. Neste centro de dia, participei nos exercícios, ajudei a Professora na realização dos mesmos e na exemplificação destes, na movimentação dos utentes, auxiliando-os também a fazer os exercícios propostos. Estes tinham como objectivo trabalhar os membros superiores, inferiores e o tronco, como demonstram as imagens presentes no apêndice 25. Para a realização destes exercícios, muitas das vezes eram utilizados diversos materiais, entre eles bolas de borracha. Para além das dificuldades físicas que estes utentes têm, reparei que estes realizavam os exercícios com muita roupa, o que dificultava alguns movimentos ao longo da actividade. Nesta, também se tentava que os utentes com menor dificuldade ajudassem os de maior, fazendo com que estes interagissem e convivessem. Após as actividades físicas que os utentes realizavam e que foram já referidas, estes dirigiam-se ao espaço das refeições para lancharem. Enquanto decorria o lanche, aproveitava para preparar o recinto onde iria ser realizada a sessão de Boccia, posicionando as cadeiras e o material nos devidos lugares, bem como as cadeiras para as pessoas da instituição que assistiam. Ao fim, por volta das 16h20, e enquanto o Professor Cândido, que iria realizar a actividade, não se encontrava no local, reencaminhava os utentes para o espaço, ajudando-os a prepararem-se para o jogo. Neste eram formados pequenos grupos, onde jogavam seis elementos de cada e durava cerca de uma hora. Na primeira semana, e antes de ser dado inicio ao primeiro jogo, o Professor explicou ao grupo como funcionava o jogo e quais os seus objectivos (apêndice 26), seguindo para a prática, onde nas semanas seguintes coordenei o jogo, juntamente com o Professor. Este, inicialmente, era apenas direccionado para pessoas com paralisia cerebral, mas, posteriormente, foi adaptado para pessoas de terceira idade, sob forma de lhes proporcionar um misto de desporto e de convívio, permitindo-lhes deste modo um envelhecimento activo. Para este jogo, além de boa disposição, são também necessárias a habilidade e a inteligência, para executar boas jogadas. Durante as quatro semanas em que acompanhei a realização deste jogo, pude verificar que alguns dos utentes não tinham força necessária para atirar as bolas, mas apesar disso todo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 60 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ o grupo se mostravam entusiasmado. Alguns dos elementos do grupo, mostravam já algumas jogadas eficazes, quando participavam.32 3.2.5. Propostas Sendo o Boccia uma actividade realizada nesta instituição, seria interessante poder implementá-la em algumas das instituições seniores do concelho, para posteriormente serem organizados torneios entre elas. Com a realização destes iria promover-se uma competição saudável e o convívio entre todos os utentes. Seria também interessante organizar uma hora de conto, onde os utentes desta instituição recitariam algumas histórias às crianças das escolas do concelho, e com isto proporcionar um encontro intergeracional. 3.2.6. Actividades desenvolvidas na Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa Antes de iniciar o meu estágio nesta instituição, dirigi-me à mesma com a minha tutora, onde fui apresentado à Doutora Ana Isabel, responsável pelo Centro de Dia e onde me foram apresentadas as instalações deste Centro. Posteriormente, reunimo-nos no gabinete da Doutora, onde me questionou se tinha alguma proposta para realizar, ao que respondi negativamente, uma vez que era necessário conhecer o tipo de população do Centro e as suas capacidades, e onde foi abordado o meu horário, sendo este às quintas-feiras, das 15h às 16h no Centro de Dia, e posteriormente em acompanhamento de aulas de ginásticas, às segundasfeiras, das 10h às 11h (anexo II). Após esta abordagem, a Directora esclareceu-me acerca do tipo de utentes que frequentavam o Centro de Dia, bem como as suas capacidades e as suas maiores dificuldades. Na semana seguinte, e chegado ao Centro de Dia da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, entreguei a minha proposta, com a devida calendarização, à responsável pelo centro (esta encontra-se no apêndice 27). Esta proposta consistia em realizar uma peça de teatro alusiva ao dia de S. Martinho, que seria posteriormente apresentada no dia 11 de 32 No apêndice 26 encontram-se algumas imagens dos utentes a jogar Boccia. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 61 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Novembro de 2010, altura em que se comemoraria esta data. Achei interessante que assistissem à peça de teatro, algumas crianças das escolas do concelho, sob de forma de reunir duas gerações distintas, e por fim realizar um lanche convívio com todos os presentes. A proposta foi inicialmente aceite pela responsável, que mencionou ser interessante. Fazer a peça de teatro proposta, seria trabalhar por etapas, desde a elaboração do guião, à criação do cenário até ao dia de estreia, onde todas elas implicam a participação de todos os utentes e responsáveis do centro, isto porque na minha opinião fazer teatro é mais importante que o ver, isto é, o processo de criação do espectáculo é mais importante do que o espectáculo em si. O principal objectivo que me levou a propor este tipo de actividade, para além de proporcionar um encontro e convívio intergeracional, seria promover a participação, a relação, a criatividade, a expressividade e outras dimensões ligadas ao desenvolvimento social e pessoal. Após dar a conhecer a minha proposta, informei a Doutora Ana Isabel, de que tinha preparado uma actividade33 para realizar nessa tarde com o grupo de utentes do Centro. Esta tinha como objectivo fazer a apresentação de todos os elementos do grupo, através de alguns jogos, no entanto tal não foi possível, uma vez que a responsável me informou que alguns elementos do grupo estavam a realizar uma actividade para o dia do idoso (figura 19). Afim disso, solicitou-me que participasse também nesta actividade, pesquisando na internet frases de carácter positivo sobre o idoso. Terminada a pesquisa, imprimi todas as frases e dirigi-me para o espaço onde parte do grupo se encontrava a fazer flores de papel. Neste espaço, a Doutora Ana Isabel, apresentou-me aos utentes, onde os informou que iriam estar comigo, durante cerca de uma hora nas restantes semanas, a fim de realizarmos algumas actividades. Com as frases que tinha imprimido, recortei-as em pequenos quadrados e agrafei-as às flores que estavam a ser feitas e que posteriormente seriam distribuídas no Dia Internacional do Idoso (1 de Outubro de 2010) (figura 20). No decorrer da actividade, questionei a responsável do Centro se seria possível fotografar os utentes e a instituição, ao que me informou que para tal teria de elaborar um requerimento à direcção da instituição, para obter a devida autorização, assim como a cada um dos utentes. Ao longo desta aproveitei também para ir conversando e conhecendo os utentes que se encontravam no mesmo espaço que eu, uma vez que outros se encontravam nas proximidades a jogar cartas e outros a ver televisão. Ao longo da conversa que estabeleci, questionei-os acerca dos seus nomes, idades, profissão que tinham, se gostavam de estar no Centro de Dia 33 Presente no apêndice 6. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 62 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ da Irmandade e há quanto tempo estavam. Este diálogo permitiu colmatar a não realização da actividade destinada a esta semana, cujo objectivo seria a apresentação de todos. Neste dia permaneci cerca de duas horas na instituição, das 15h às 17h, uma vez que achei que seria necessário ficar mais tempo do que o estabelecido, para auxiliar os utentes na elaboração das flores34. Por fim, antes de sair da instituição, fiz algumas questões acerca da instituição à Directora, para assim ficar a conhecer melhor o local onde estaria a estagiar. Estas questões encontram-se num inquérito elaborado por mim e presente no apêndice 27. Figura 20 - Grupo a realizar a actividade (Fonte: Própria) Figura 19 - Flores elaboradas pelos utentes (Fonte: Própria) Na segunda semana, e como mencionado na proposta entregue à responsável, iria apresentar a ideia da realização de uma peça de teatro aos utentes do Centro de Dia, ouvir os seus testemunhos e opiniões, bem como questionar-lhes se conheciam a história “A Lenda de S. Martinho” e elaborar o guião da peça, mas tal não aconteceu uma vez que a Doutora Ana Isabel solicitou a minha ajuda para a realização de um powerpoint alusivo ao Dia Internacional do Idoso35. Este teria como objectivo reunir todas as fotografias tiradas às actividades e saídas dos idosos, bem como algumas frases de incentivo a estes, numa apresentação em powerpoint. No fim da actividade, entreguei a autorização36 efectuada por mim, para que pudesse posteriormente tirar fotografias aos idosos e à instituição. 34 O plano da actividade encontra-se no apêndice 27. Descrição da elaboração do powerpoint presente no apêndice 28. 36 Ver apêndice 28. 35 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 63 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Chegada a terceira semana, iria pôr em prática a primeira etapa para a realização da peça de teatro, o que não se concretizou, uma vez que fui informado de que não iria ser possível efectuar a peça de teatro, dado que eram poucos os idosos que iriam poder participar e por não se poderem juntar à mesma hora para ensaiar e participar nos preparativos. Com isto, conversei com a Doutora Ana Isabel, sobre algumas capacidades dos utentes, e ao fim, sugeri que poderia ser interessante, levá-los a visitar algum local, como um museu, a Casa da Música, a Casa de José Régio e a Casa de Camilo Castelo Branco, ao que me alertou para ter em atenção a distância entre a instituição e o local que viria a ser visitado. Depois desta reunião, como ainda restava algum tempo até terminar o meu horário e dado que não pus em prática o que tinha preparado, a responsável informou-me que iria realizar um jogo com os utentes, descreveu-o e sugeriu-me que a acompanhasse. Após ter conhecimento deste jogo, propus que fosse realizada uma actividade em que se pudesse desenvolver a memória do grupo, expliquei-lhe em que consistia e, com agrado e sem conhecer a actividade, informou-me que iria pôr então em prática esta, em vez da que ela tinha sugerido. Esta actividade37 é semelhante à realizada na quinta semana, no Centro de Convívio do Muro de Abrigo, diferenciando apenas no tipo de objecto utilizados, uma vez que foram usados nesta instituição diversos objectos que se encontravam disponíveis aquando a actividade (figura 21), ao contrário do que aconteceu no Muro de Abrigo. Esta decorreu com boa disposição, como ilustra a figura 22, e teve como principal objectivo treinar a memória visual de todos os utentes que participaram. Durante a actividade, fui conversando com a responsável, que me informou que costumava realizar vários exercícios com as letras do alfabeto, mas que fazia falta ter um abecedário grande para os utentes que têm mais dificuldade em ler. Com isto, propus elaborar um abecedário grande, mas ilustrado, isto é, com objectos que permitissem aos idosos aprender mais facilmente, associando as letras aos objectos que vêem e usam no dia-a-dia. Estes poderiam ser coloridos por eles e posteriormente recortados e colocados num suporte rígido. Esta sugestão foi aceite pela responsável. Ao fim, eu e a responsável conversámos, onde me confidenciou que tinha gostado da actividade de memória que fora realizada. Informou-me também que caso colocasse, no relatório, as fotografias que iria tirar, teria de elaborar uma autorização, para que cada utente assinasse, autorizando que lhes desse uso. 37 Plano presente no apêndice 29. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 64 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Figura 22 - Objectos do exercício (Fonte: Própria) Figura 21 - Decorrer da actividade (Fonte: Própria) Pela quarta semana, e como combinado na semana anterior, mostrei as letras do abecedário ilustrado à responsável, que apreciou o trabalho efectuado por mim. Estas encontram-se no apêndice 30. De seguida distribui as folhas pelos utentes e questionei-os acerca da forma como gostariam de decorar o abecedário, explicando também qual o objectivo pretendido com o mesmo. Estes optaram por colorir as letras com lápis de cor, como mostra a figura 23, no entanto não conseguiram concluir a actividade38, o que seria feito na semana seguinte. Na minha opinião esta actividade veio fomentar a capacidade do grupo em conhecer as letras e assim colmatar as suas dificuldades em ler e mencionar os nomes do que viam no dia-a-dia. Figura 23 - Algumas das letras do abecedário coloridas pelos utentes (Fonte: Própria) 38 Plano da actividade presente no apêndice 30. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 65 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Ao fim da actividade, entreguei a autorização39 à responsável, para que os utentes a pudessem assinar e informei-a que perto do fim do estágio mostraria as fotografias dos utentes que iriam ser colocadas no relatório, para que pudesse saber a quem entregar a autorização. Uma vez não que não iria ser possível efectuar a peça de teatro alusiva ao dia de S. Martinho, sugeri à Doutora Ana Isabel que fosse realizado um arraial para comemorar a data, explicando em que iria consistir e quais os seus objectivos, esta por sua vez concordou, dizendo que seria uma boa ideia e perguntando quais os materiais que iriam ser necessários para o dia. Já na quinta semana em que me dirigi ao Centro de Dia da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, o objectivo seria concluir a actividade realizada na semana anterior, isto é, o abecedário. No entanto, o que tinha previsto não foi realizado, uma vez que nesse dia estava a decorrer uma palestra40 sobre as burlas aos idosos, com a presença de dois polícias, e onde fui convidado pela responsável a assistir. Durante a apresentação, foram abordadas diversas situações de burla, bem como os seus tipos, como o conto do vigário; foi também mostrada a forma como os idosos se devem comportar perante este tipo de situação, quer na via público ou em casa e como preveni-las. Ao longo da palestra o grupo mostrou-se interessado e atento. Achei esta iniciativa bastante interessante, uma vez que permitiu alertar e informar todos os utentes sobre as burlas que muitos deles sofrem, prevenindo de alguma forma para a diminuição destes casos. Ao fim da palestra, foram mostrados vídeos animados, para que o grupo descontraísse e dançasse, proporcionando um momento de animação para todos, bem como o powerpoint por mim elaborado na segunda semana de estágio. Ao visualizarem a apresentação, reparei que os utentes gostaram de se ver nas fotografias e de terem recordado as actividades que tinham realizado na instituição. Por fim, apresentei à responsável, a minha proposta de actividade para a semana seguinte, que seria o “Jogo dos pinos”, bem como de uma possível saída a realizar no dia 25 de Novembro de 2010 à Casa do Professor, na Trofa, onde expliquei os objectivos pretendidos, ao que me informou que iria dar a conhecer a ideia à Direcção da instituição, dando-me o seu parecer na semana seguinte. Esta ideia surgiu, porque estive em contacto com uma antiga professora minha do ensino básico. 39 40 Consta no apêndice 30. Plano da palestra e suas imagens presentes no apêndice 31. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 66 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Nesta semana, iria propor o “Jogo dos pinos”, anteriormente mencionado, no entanto a recepção da instituição informou-me que estava dispensado, uma vez que a Doutora Ana Isabel e alguns dos utentes, não se encontravam na instituição. Chegada a sétima semana de estágio no Centro de Dia, pus em prática o “Jogo dos pinos”, cujo plano e imagens se encontram no apêndice 32. Com o grupo distribuído em cadeiras num espaço de actividades, comecei por colocar os pinos numa mesa e por explicar ao grupo o funcionamento do jogo. No início deste, cada utente fez uma tentativa, experimentando assim o exercício, posteriormente o grupo foi dividido em duas partes, numa delas encontravam-se os utentes com mais mobilidade, na outra os utentes que se encontravam sentados e não tinham mobilidade suficiente para se deslocarem e atirarem a bola aos pinos, ao que eu levava a mesa com os pinos até eles, para que pudessem jogar. Esta actividade teve vários objectivos, entre eles desenvolver a motricidade do grupo, a percepção visual bem como a concentração. Na minha opinião foi uma actividade divertida, proporcionando momentos de animação e de convívio entre o grupo. Na oitava semana, semana em que se comemorava o Dia de S. Martinho, cheguei à instituição mais cedo do que o normal, para que desse tempo a preparar o espaço interior e exterior, o fogareiro e a transportar os utentes para o local da actividade. Esta tinha como principal objectivo proporcionar momentos de convívio entre todos os utentes e os funcionários, bem como animar a tarde destes, garantindo uma tarde diferente 41. Estes objectivos bem como o plano desta actividade encontra-se presente no apêndice 33. Com os utentes e os funcionários da instituição, já no espaço, deu-se inicio ao magusto, acendendo a fogueira onde foram assadas as castanhas. Durante a actividade a boa disposição reinou no espaço, onde a música tradicional portuguesa fez relembrar os antigos arraiais que os utentes frequentavam42. Alguns deles dançaram à volta da fogueira, enquanto os outros se encontravam dentro da instituição a observar. Depois de assadas as castanhas, estas foram distribuídas aos utentes e durante a distribuição, em jeito de brincadeira, o grupo passava as mãos no carvão para depois sujar o rosto de cada um. No fim da actividade, estive à conversa com alguns dos utentes, que me deram os parabéns pela tarde animada que passaram e pela realização do magusto. 41 42 Imagens do Dia de S. Martinho presentes no apêndice 33. No apêndice 33 encontra-se a lista de músicas. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 67 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Na penúltima semana de estágio estive reunido com a Doutora Ana Isabel na instituição, onde o assunto abordado foi a visita43 dos utentes à Casa do Professor na semana seguinte. Aqui, foram discutidos pormenores e apresentadas as minhas ideias e objectivos. Esta visita tem como principal objectivo proporcionar um intercâmbio sócio-cultural aos idosos, bem como favorecer o convívio e a troca de experiências e vivências. Para além disso, irá permitir ao grupo conhecer as instalações e o funcionamento de um espaço que foi construído para juntar professores de ensino dos 1º, 2º e 3ºciclos, do secundário e universitários, bem como promover um lanche convívio e a recitação de poemas por parte dos utentes do Centro de Dia da instituição. Para tal, no fim da reunião, dirigi-me ao espaço onde estes se encontravam, para dar a conhecer a visita que iria ser realizada bem como informar aos que estivessem interessados em participar que poderiam elaborar um poema, para recitarem no dia da visita na Casa do Professor. Três dos utentes disponibilizaram-se de imediato para escreverem cada um poema, pelo que decidi auxiliá-los e escreverem e a passarem dois deles para suporte informático, para que posteriormente fossem impressos e recitados. Chegada a última semana de estágio, realizou-se a visita à Casa do Professor, na Trofa. Dirigi-me à instituição, onde ajudei a encaminhar os utentes para o veículo que os iria transportar, no total eram seis, o número de utentes. O grupo não pôde ser maior, devido à capacidade do transporte. Também no veículo se encontrava, para além de mim, a Doutora Ana Isabel. Para o lanche convívio que se iria realizar, os utentes da instituição decidiram fazer um bolo. Chegados à Casa do Professor, os utentes assinaram uma dedicatória no livro que pertence à Casa, onde ajudei os que não sabiam escrever e os que tinham mais dificuldade em fazê-lo. De seguida, procedeu-se à recitação dos poemas elaborados por três dos utentes, uma vez que os restantes não sabiam ler nem escrever. Estes poemas encontram-se anexo V. Reparei que os utentes estavam orgulhosos com os elogios que receberam aos seus poemas, pelos professores que encontravam na Casa. Após a recitação deu-se inicio ao lanche de convívio entre todos os presentes, onde constatei que o grupo estava bastante satisfeito e animado. 43 Plano da visita presente no apêndice 34. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 68 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Terminado o lanche, a direcção da Casa do Professor deu a conhecer aos utentes as instalações do edifício. Verifiquei que o grupo prestou atenção às descrições que eram feitas e viu com entusiasmo cada espaço onde os professores se reuniam para as mais diversas acções. Por fim, os utentes e alguns dos professores que se encontravam nas instalações, juntaram-se para que fosse tirada uma fotografia de grupo, que posteriormente permitiria a ambos recordarem aquela visita. Na minha opinião, a realização desta actividade foi bastante útil para o grupo de utentes, permitiu-lhes estabelecer contacto com professores e sensibilizá-los para a partilha de experiências, com os diferentes grupos sociais, além disso, as visitas a qualquer que seja a instituição tende sempre a proporcionar momentos de descontracção aos idosos. Algumas imagens desta visita poderão ser consultadas no apêndice 34. Tal como na instituição anterior, também na Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa acompanhei as aulas de ginástica realizadas pela Professora Neusa com os utentes. Estas aulas tinham lugar à segunda-feira, das 10h às 11h, como consta no horário presente no anexo II. Dado o tempo livre que o grupo possuía, eram desenvolvidas actividades físicas que visavam trabalhar os membros superiores, inferiores e o tronco, como se pode constatar nas imagens presentes no apêndice 35 e, com isto, preparar o grupo para enfrentar dificuldades do dia-a-dia, pois os exercícios proporcionados ajudam a fortalecer os músculos e os ossos, no fundo a favorecer o desenvolvimento psico-motor. Os planos dos exercícios realizados encontram-se no apêndice 35, onde muitas das vezes se constata a utilização de alguns materiais, entre eles bolas de borracha. Estes exercícios eram efectuados num espaço, que na minha opinião era pequeno, o que condicionava muitas das vezes estes exercícios. Alguns dos utentes que se encontravam na instituição não tinham muita vontade de praticar estes exercícios, apesar disso eu e a Professora tentávamos motivá-los, fazendo com que estes os fizessem aos poucos. Penso que esta desmotivação por parte dos utentes se devia à sua baixa auto-estima, alguns destes transmitiam através do olhar uma certa tristeza. Como referido nas actividades que realizei nesta instituição, a realização de uma peça de teatro seria uma proposta interessante para ser implementada nesta instituição, isto porque este tipo de actividade, permitiria promover nos utentes o desenvolvimento de vários tipos de capacidades, nomeadamente a criatividade, a expressividade, entre outras. Esta peça teria o _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 69 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ seu ponto alto, aquando a sua divulgação ao público, sensibilizando-o para o interesse do teatro e formando assim novos públicos. Outro tipo de proposta que poderia ser colocada em prática seria a criação de uma horta biológica, isto porque reparei que esta instituição possui um terreno que poderia ser utilizado para o cultivo de alguns alimentos. A realização desta proposta iria proporcionar aos utentes, com mais mobilidade, um contacto com a natureza e incutir neles o sentido de responsabilidade, pois ao criarem a sua horta teriam de ter alguns cuidados com esta, como regar, entre outros. 3.2.7. Actividades desenvolvidas na Escola Básica de Bairros Nesta escola, estive no último mês de estágio, a acompanhar as aulas de ginástica, efectuadas pelo Professor Henrique, com os alunos do 3º e 4º ano. Estas aulas decorriam à quinta-feira, das 9h às 10h30 (anexo II) e eram divididas em dois blocos de 45 minutos, onde o primeiro bloco era destinado à turma do 3º ano e o segundo bloco à turma do 4º ano. As aulas que acompanhei ao longo do mês de Novembro eram de carácter físico e proporcionavam o desenvolvimento motor, afectivo e psicológico de cada aluno, através das actividades desportivas que eram realizadas. Pude constatar que estas, por meio de jogos e de actividades lúdicas, promoviam a socialização e a interacção entre os alunos, para além disso, contribuem para o sucesso educativo de cada um. Os exercícios eram efectuados no polivalente ou no pátio da escola, dependendo das condições climatéricas existentes. Era do agrado dos alunos quando estas decorriam no pátio, pois aqui tinham mais espaço para poderem realizar certos exercícios e sentiam mais liberdade naquilo que faziam. Quando decorriam no polivalente, os alunos do 3º ano arrumavam as mesas e cadeias, para que o espaço fosse maior, e no fim da aula, os alunos do 4º ano, colocavam as mesmas nos lugares que estavam inicialmente. No geral, os exercícios que acompanhei cingiam-se à prática de atletismo, onde eram efectuados jogos de corrida com predominância aeróbica, corrida de estafetas, velocidade, lançamento da bola, salto em comprimento, entre outros. Estes tinham como principal objectivo o aperfeiçoamento e coordenação de habilidades e de capacidades condicionais e coordenativas nas diferentes provas. No apêndice 36 encontram-se presentes os planos das aulas que foram realizadas bem como imagens relativas ao espaço e aos materiais utilizados. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 70 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Antes da prática dos exercícios, os alunos dirigiam-se para uma sala de aula onde era efectuada a chamada de cada aluno, marcando a sua presença ou ausência, e posteriormente, em cada semana, cerca de três ou quatro alunos eram responsáveis pelo material, levando-o para a aula e guardando-o no fim, num armário disponibilizado para tal. O decorrer das aulas, de uma forma geral, era normal, apesar disso e, por algumas vezes, os alunos faziam muito barulho, pelo que era aplicado um castigo do qual os alunos não gostavam. Este consistia em efectuar cerca de trinta saltos de canguru (agachados junto ao solo, teriam de saltar, esticando o corpo, voltando depois à posição inicial). Durante as três semanas em que acompanhei as aulas, verifiquei que os alunos gostavam da minha presença nestas, onde por vezes me perguntavam, entusiasmados, se iria ser professor deles. Apesar de apenas ter auxiliado, e não ter realizado uma actividade, criei empatia com todos os alunos, que muitas das vezes vinham ter comigo, ao longo das aulas, para conversarem e pedirem para que fizesse os exercícios com eles. 3.2.8. Actividades desenvolvidas na Escola Básica de Finzes Também no último mês acompanhei as actividades44 de psicomotricidade, realizadas às quartas-feiras, das 9h às 10h30, como se constata no horário presente no anexo II. Tal como na escola anteriormente mencionada, também nesta a aula era dividida em dois blocos, onde no primeiro eram realizadas actividades com um aluno do jardim-de-infância, durante cerca de 45 minutos, sendo que no segundo e com a mesma duração, com uma aluna do 1º ciclo que se encontrava numa cadeira de rodas. Os exercícios eram realizados no interior da escola, num pequeno pátio à entrada do jardim-de-infância da escola, e com diversos materiais, alguns apropriados às necessidades dos dois alunos (ver imagens no apêndice 37). Estes materiais foram utilizados nos exercícios de psicomotricidade realizados com cada um dos dois alunos. Ambos tinham carências em algumas capacidades, no caso do aluno este tinha algumas carências cognitivas, já com a aluna, esta apresentava algumas carências físico-motoras. Antes das actividades, era estabelecida uma conversa com cada um dos alunos. 44 Planos das actividades de psicomotricidade no apêndice 37. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 71 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ A psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal, esta abrange a relação entre o atraso no desenvolvimento motor e o intelecto da criança. A aplicação de exercícios através da psicomotricidade visa colmatar essas carências e proporcionar o desenvolvimento psicomotor de cada criança. No caso do menino do jardim-de-infância com quem foi realizado alguns exercícios, estes tinham como objectivo orientar o aluno, explicando-lhe e distinguindo-lhe qual o lado direito e qual o lado esquerdo, bem como ajudar-lhe na distinção das cores, não por ser daltónico, mas sim por não ter uma noção de qual seria, por exemplo, a cor azul ou verde de um determinado objecto. Com este, também se aplicou exercícios de psicomotricidade de carácter físico-motor, para que o aluno pudesse desenvolver a capacidade e driblar, de atirar a bola, entre outras. No decorrer das actividades, pude constatar que este menino não conseguia executar o que era pedido, uma vez que quando era pedido que driblasse uma das bolas de borracha, este chutava-a, não tendo a noção de quais os movimentos que eram pedidos para este realizar. Em relação à aluna, foram realizados exercícios para que desenvolvesse algumas capacidades motoras, no que se refere aos membros superiores, nomeadamente às mãos, visto que apresentava dificuldades em articular os dedos. Durante os exercícios, reparei que apesar das dificuldades motoras, a aluna era inteligente e encontrava-se sempre bem-disposta e empenhada na realização das actividades, cumprindo todos os exercícios com esforço. Na segunda semana, pude realizar alguns exercícios com a aluna, dado que o professor se ausentou por alguns momentos, onde aproveitei para fazer uma actividade em que a aluna pudesse entrelaçar os dedos em fios, tentado assim movimentá-los. Na última semana não foram realizadas actividades, uma vez que devido à greve da função pública a escola se encontrava encerrada. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 72 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Reflexão final A realização deste estágio foi uma experiência enriquecedora, pois permitiu-me estar em contacto com uma população de diversas faixas etárias e com características distintas. A complexidade destas características foi para mim um desafio, desde logo porque me motivou a realizar uma pesquisa bibliográfica, a avaliar criticamente diferentes perspectivas e, acima de tudo, para além de reter diversos conhecimentos, permitiu-me procurar integrar conteúdos de várias disciplinas no desenvolvimento do meu estágio. O facto de ter realizado uma pesquisa bibliográfica no início do estágio, permitiu-me ter sido bem sucedido na passagem por todas as instituições e nas actividades desenvolvidas nestas. Ao realizar estas actividades, tive em atenção o facto de estas serem fáceis de executar pelo público-alvo e que o recurso aos materiais para as realizar fosse reduzido. No início do estágio nem sempre foi fácil, uma vez que na elaboração das actividades para os seniores senti algumas dificuldades, por ser um grupo etário com o qual não estava familiarizado e porque, na minha opinião, ao longo do meu percurso académico, este tipo de população nem sempre era abordado. Contudo, consegui ultrapassar este factor menos positivo, adaptando-me às características dos idosos, bem como superar a minha timidez, que se fez sentir no primeiro mês de estágio. Estes proporcionaram-me experiências, que até então não tinha tido, através das suas histórias e modos de pensar. Pude mostrar a todo o grupo que são pessoas que têm valor e que sabem muito: no fundo fui eu que aprendi com elas e não elas comigo. Penso que a duração deste estágio foi curta, o que fez com que dificilmente me pudesse integrar num projecto global da Câmara Municipal da Trofa, tendo condicionado também a execução de algumas propostas que pensara para cada uma das instituições onde trabalhei. Um aspecto que deveria ser considerado é o reduzido número de páginas permitido na elaboração de um relatório de estágio, imposto pela Escola no Regulamento de Estágio/Projecto. Isto faz com que o estagiário se sinta limitado na abordagem de alguns conteúdos que seriam importantes para o enriquecimento do seu relatório. Por fim, e de uma forma global, foi um estágio com aspectos positivos, que me permitiu perceber o modo de organização e funcionamento institucional, as suas fraquezas e potencialidades, para assegurar a satisfação das necessidades da população com quem trabalhei. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 73 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Bibliografia Bibliografia Principal ALVES, B. (2010), A Animação Desportiva e os Tempos Livres, in Práticas de Animação – Revista de Animação Sociocultural, N.º 3, Outubro, Lisboa ANDER-EGG, E. (1999), O Léxico do Animador, Amarante: Edições ANASC CÂMARA MUNICIPAL DA TROFA (2010), TROFA – Requalificar e Valorizar o concelho – Boletim Municipal, n.º 1, Novembro, Trofa CANTO, C. C. P. 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Martinho de Bougado A freguesia de S. Martinho de Bougado é a que contém mais população das restantes, contendo cerca de 13 933 de habitantes e tem uma área de 12.96 km2 (INE, 2001). Em termos de economia, a maioria da população trabalha no meio industrial, desde o comércio à construção civil, tendo assim esta freguesia um carácter urbano e moderno, como se verifica na figura abaixo indicada, em relação às restantes. Com estas características, S. Martinho de Bougado recebe todos os dias milhares de meios de transporte que se dirigem para os concelhos vizinhos, tais como Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão, Maia e Vila do Conde, devido há falta de alternativas, fazendo com que o trânsito, durante o dia, seja caótico. Como lugares de maior interesse, podemos destacar a actual Igreja Paroquial e a antiga Igreja Paroquial, a Capela da Nossa Senhora das Dores e os painéis de azulejo, na frontaria da casa da Lagoa que retratam a antiga e já demolida ponte Pênsil da Trofa. É importante referir que nesta freguesia, no mês de Agosto, se dá a realização da grandiosa festa da N. S. das Dores, no Parque com o mesmo nome, que atrai inúmeros visitantes, entre eles, alguns emigrantes. A moderna estação de comboios da Trofa (Fonte: Própria) Trânsito no centro da Trofa (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 82 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Freguesia Santiago de Bougado Esta freguesia, também chamada de Vale de Bougado e outrora intitulado por “Terras do Porto”, é a segunda mais extensa e uma das freguesias mais populosas que o concelho da Trofa tem. Situa-se a poente de S. Martinho de Bougado na margem esquerda do Rio Ave. Tem cerca de 6759 habitantes e 15.86 km2 de área (INE, 2001). Nesta, a agricultura tem um papel importante, que constatando de uma forma presente, é facilmente visível numerosos campos agrícolas, onde laboram na sua maioria, a população mais envelhecida. Contudo, são poucos os jovens que seguem as pisadas dos seus familiares ligados ao campo, optando assim pelos ramos da indústria, sobretudo a têxtil, da electrónica, da construção de máquinas agrícolas e outras metalomecânicas e do comércio (tradicional e comércio grossista) que se têm implantado significativamente nesta freguesia. Alguns dos pontos mais importantes desta freguesia são: a Casa da Cultura da Trofa, a Capela da Nossa Senhora do Desterro, a moderna Capela de S. Gens de Cidai e a Igreja Matriz, construída por Nicolau Nasoni no ano de 1754. Casa da Cultura da Trofa (Fonte: Própria) Igreja Matriz de Santiago de Bougado, construída por Nicolau Nasoni (Fonte: http://www.muntrofa.pt/Site/Frontoffice/default.aspx?module=Article/ Article&ID=115) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 83 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Freguesia do Muro A freguesia de S. Cristóvão do Muro é atravessada pela Estrada Nacional (EN) 14 e está localizada entre Alvarelhos (noroeste), Santiago de Bougado (norte), Covelas (leste) e S. Mamede do Coronado (sudeste), confrontando-se com o Concelho da Maia a sudoeste. Tem cerca de 1972 habitantes e de área cerca de 5.81 km2 (INE, 2001). Apesar de ser uma freguesia eminentemente rural, a indústria de metalurgia ligeira e a indústria têxtil são as actividades que mais promovem a região. A Igreja Matriz, o Cruzeiro de Cantaria no largo, a Capela de S. Pantaleão, o Relógio do Sol e as antigas mercearias são locais de atracção turística nesta pequena freguesia pertencente ao concelho da Trofa. Relógio do Sol instalado na freguesia do Muro (Fonte: Pinto, 2007:40) Mercearia típica do Muro (uma das mais antigas do concelho do Muro) (Fonte: Pinto, 2007:53) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 84 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 2 Serviços Municipais _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 85 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Serviços Municipais da Trofa (Fonte: Própria) Serviços Pólo I Pólo II Presidência | Vereação; Atendimento; Gabinete de Apoio à Aprovisionamento; Presidência; Ambiente e Protecção Civil; Atendimento Geral; Contabilidade; Divisão Jurídica; Desporto e Juventude; Taxas e Licenças; Educação / GMAPP; Tesouraria; Gabinete de Apoio à Assembleia Obras Particulares; Gabinete de Imprensa, Imagem e Relações Públicas. Municipal; Higiene e Segurança no Trabalho; Informática; Obras Municipais; Património; Recursos Humanos; Planeamento e Urbanismo. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 86 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Outros serviços municipais presentes no concelho da Trofa (Fonte: Própria) Outros serviços municipais Casa da cultura Gabinete de património cultural; Gabinete de Animação Cultural; CCMT – Centro Comunitário Municipal da Trofa Biblioteca; Ludoteca; Arquivo Municipal; Bar; Turismo; Divisão de Acção Social; Biblioteca Municipal. Saúde e Habitação; FIJE – Fórum Inovação e Jovens Empreendedores Gabinete de Turismo; Espaço Internet; Trofáguas – Serviços Ambientais, EM. PAC – Posto de Atendimento ao Cidadão Centro Municipal de Gabinete para a Igualdade; Posto de atendimento ao Cidadão Deficiente; Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ); Loja Social; Gabinete de Apoio à Família; Gabinete de Apoio ao Emigrante. Informação ao Consumidor; Gabinete de Apoio e Entre outros… Prevenção ao Sobreendividamento dos Consumidores. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 87 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 3 Organograma do Sector de Desporto e Juventude _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 88 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Organograma da Divisão de Desporto e Juventude (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 89 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 4 Caracterização das instituições _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 90 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Associação de Solidariedade Social do Muro – Muro de Abrigo A Associação de Solidariedade Social do Muro – Muro de Abrigo, é uma instituição Particular de Solidariedade Social, inscrita como tal, desde o dia 23 de Março de 2005. A sua existência deveu-se à vontade de um grupo de pessoas da comunidade da freguesia do Muro, com o objectivo de implementar acções de desenvolvimento social local, que contribuem para o bem-estar geral de todos os seus utentes. Para além do seu objectivo de criação, esta instituição tem também uma missão importante, uma vez que visa promover o bem-estar social dos idosos e da população em situação de carência social e económica, através de apoio psicológico, social e actividades de ocupação de tempos livres, contribuindo para um envelhecimento saudável e para a integração da população local em situação de exclusão social. A figura abaixo indicada mostra o edifício da instituição. Entrada da instituição Muro de Abrigo (Fonte: Própria) Esta associação tem duas vertentes sociais, no entanto encontra-se em situação de espera devido à falta de apoio financeiro, uma terceira vertente, um projecto já há muito desejado pela presidente da instituição, e que se trata da criação de um piso para receber doentes com a doença de Alzheimer, visto que a presidente considera que na Região Norte não existem muitas instituições capazes de responder às necessidades das pessoas com esta doença. Uma das vertentes é o serviço de Apoio Domiciliário, que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados ao domicilio, à população idosa e a outro tipo de _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 91 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ população que, por motivo de doença, deficiência ou qualquer outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades básicas e/ou actividades da vida diária. Para que este serviço seja realizado de forma eficaz, a instituição dispõe de dois meios de transporte, onde um deles se encontra na figura abaixo indicada. Neste apoio feito ao domicílio as refeições são servidas entre as 11 e as 13 horas, podendo também ser servido o jantar, ambos apenas em dias úteis, e para além destas existem outros serviços que são prestados junto dos que têm mais dificuldade e de forma adequada a cada um. Estes são: Cuidados de higiene e conforto pessoal; Limpeza e arrumação da habitação; Tratamento e distribuição de roupa; Actividades socioculturais e de animação; Apoio Psicossocial; Administração de medicação prescrita pelo médico; Articulação com o Serviço de Saúde ao nível da prestação de cuidados de saúde; Informações e encaminhamento para os recursos da comunidade. Transporte utilizado para o Apoio Domiciliário (Fonte: Própria) Por outro lado tem também a vertente Centro de Convívio do Idoso, que visa o apoio a actividades sócio-recreativas e culturais, organizadas e dinamizadas com participação activa das pessoas idosas da comunidade da freguesia do Muro e das freguesias circunvizinhas. Os utentes deste centro dispõem das seguintes instalações: hall de entrada, sala de actividades, _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 92 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ sala de reza, cozinha, sala de convívio, casas de banho e gabinete de apoio. Algumas destas encontram-se ilustradas nas seguintes figuras: Hall de entrada (Fonte: Própria) Sala de refeições (Fonte: Própria) Sala de actividades (Fonte: Própria) Sala de convívio (Fonte: Própria) Este centro de convívio encontra-se disponível a toda a comunidade, actualmente é frequentado por trinta utentes (tabela) com idades compreendidas entre os 64 e os 92 anos, como se verifica no anexo VI. Para que esta instituição preste os serviços da melhor forma à comunidade, nela encontram-se a presidente da associação, a assistente social e três voluntárias com diversas funções. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 93 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Utentes do Convívio do Idoso (Fonte: Própria) Centro do Idoso Homens 10 Mulheres 20 Os trinta utentes que frequentam o Centro de Convívio do Idoso são pessoas, que na sua maioria, estiveram ligadas à actividade agrícola, as suas origens são provenientes de uma freguesia com carácter rural, a freguesia do Muro. Estas são pessoas com pouca escolaridade, onde algumas delas não sabem ler ou escrever e as que sabem, sentem algumas dificuldades, mas apesar disso e do facto de no passado as suas vidas não terem sido fáceis, mostram sempre boa disposição; ao nível físico, são utentes com alguma mobilidade. Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado – Lar Padre Joaquim Ribeiro O Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado – Lar Padre Joaquim Ribeiro é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e foi inaugurado a 2 de Junho de 2007 (ver figuras). Foi constituída sem fins lucrativos e por iniciativa de particulares, com o objectivo de dar expressão organizada ao dever moral de solidariedade e de justiça a todos os indivíduos e para dar maior ênfase, entre outros objectivos, à protecção dos cidadãos na velhice, mediante a concessão de bens e prestação de serviços, tais como alojamento, alimentação, assistência médica, enfermagem e ajuda genérica. O âmbito de acção desta instituição abrange toda a população do concelho da Trofa e sua área de influência. Como âmbito da Animação Sociocultural, o centro tem diversos objectivos, entre eles fomentar a intergeracionalidade e, para isso, são programadas actividades de carácter lúdico, sociocultural, educativo e religioso. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 94 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Parte da frente do Lar Padre Joaquim Ribeiro (Fonte: Própria) Parte de trás do Lar Padre Joaquim Ribeiro (Fonte: Própria) Este centro tem três vertentes, isto é, funciona como Lar de Idosos, Centro de Dia e Apoio Domiciliário. Como Lar (ver figura), o Centro Social tem como objectivo proporcionar, aos idosos que se encontram em situação de maior risco de perda de independência e/ou autonomia, um alojamento colectivo e de utilização temporária ou permanente com todos os equipamentos de carácter essencial e imprescindível, assim como fornecimento de alimentação, cuidados de saúde, higiene e conforto, fomentando o convívio e propiciando a Animação social e a ocupação de tempos livres dos utentes. Todos estes serviços são permanentes e adequados à problemática biopsicossocial das pessoas idosas, contribuindo para a estabilização ou o retardamento do envelhecimento, e criam condições que permitem preservar e incentivar a relação inter-familiar e potenciar a integração social. O Lar está associado a todas as pessoas com 65 anos ou mais, cuja situação social, familiar, económica e/ou de saúde não lhes permita permanecer no seu meio habitual de vida. Parte de alojamento do Lar Padre Joaquim Ribeiro (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 95 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Por outro lado, o Centro de Dia (ver figura) a funcionar nesta instituição e onde realizei algumas actividades ao longo do período de estágio, é uma resposta social que foi desenvolvida para prestar um conjunto de serviços de forma a contribuir para a manutenção dos idosos no seu meio sócio-familiar. Este é constituído por uma directora técnica, um médico, uma enfermeira, uma psicóloga, uma animadora sociocultural, dois administrativos, um motorista, um vigilante, treze ajudantes de acção directa, cinco trabalhadoras auxiliares e um trabalhador de serviços gerais. Para além de toda esta equipa, a instituição conta também com algumas viaturas, que fazem o transporte dos utentes para o Centro de Dia e deste para as suas habitações. Centro de Dia do Lar Padre Joaquim Ribeiro (Fonte: Própria) Este Centro tem como objectivos prestar serviços que satisfaçam as necessidades básicas do idoso e promover o intercâmbio de gerações. Destina-se às pessoas idosas cujas necessidades possam encontrar resposta, no âmbito das actividades desenvolvidas e às pessoas ou outros grupos etários, sempre que se justifique. O seu interior é constituído por: Recepção; Vários gabinetes de apoio; Sala de convívio; Sala de refeições; Cozinha; Bar; Sala de ginástica; _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 96 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Sala de actividades; Várias casas de banho; Capela. Alguns dos utentes deste centro são pessoas com doenças graves, nomeadamente com Alzheimer, e com pouca mobilidade o que os leva a não querer realizar determinadas actividades que impliquem algum esforço da sua parte, como se deslocarem para alguma divisão da instituição ou praticar exercício físico. Este centro tem cerca de cinquenta utentes com idades compreendidas entre os 45 e os 95 anos, onde na sua maioria predomina o género feminino. Na sua generalidade são pessoas que viviam da agricultura. Por último, o Centro Social e Paroquial S. Martinho de Bougado, presta serviços de apoio domiciliário (ver figura), apoio este que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados, ao domicílio, a idosos, adultos ou outras famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou outros impedimentos, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades básicas e/ou actividades de vida diária. Este apoio tem como objectivos assegurar às pessoas e famílias formas diversas de satisfação das necessidades básicas, contribuir para retardar ou evitar a institucionalização dos indivíduos, prestar cuidados de ordem física e apoio social aos indivíduos e famílias, de modo a contribuir para o seu equilíbrio e bem-estar e por fim apelar à colaboração dos familiares, dos vizinhos e do voluntariado social. Veículo de Apoio ao Domicílio (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 97 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa Esta instituição45 surgiu em 1999, com a criação do concelho da Trofa. Erecta na ordem jurídica canónica por provisão de 8 de Setembro de 1999 da Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, na sequência de uma petição nesse sentido subscrita e formulada por setenta e seis irmãos fundadores, a Misericórdia ficou organicamente constituída a 5 de Dezembro do mesmo ano com a tomada de posse dos seus primeiros órgãos sociais. Possui duas valências, o Lar Imaculada Conceição e o Lar Alfredo Carriço (ver figuras) com diversos serviços e actividades, tais como o serviço de apoio domiciliário, o serviço de apoio alimentar a carenciados, serviço de formação profissional e centro de dia. Lar Imaculada Conceição (Fonte: Própria) Lar Alfredo Carriço (Fonte: Própria) O Lar Imaculada Conceição, inaugurado a 23 de Julho de 2002, e o Lar Alfredo Carriço, inaugurado em Julho de 2005, actualmente são frequentados por cerca 59 homens e 75 mulheres que estão divididos da seguinte maneira (tabela): 45 Informação recolhida e organizada a partir da consulta – 3 de Setembro de 2010 – do boletim MISERICÓRDIA DA TROFA (2005), Sancta Del Genetrix – Boletim, n.º 1, Abril, Trofa. p. 2 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 98 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Divisão etária dos utentes do Lar Imaculada Conceição e do Lar Alfredo Carriço (Fonte: própria) Idades 35-49 50-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84 85-89 Total Homens 3 4 4 6 6 15 10 11 59 Mulheres - 1 1 5 10 25 17 16 75 Homens e Mulheres 3 5 5 11 16 40 27 27 134 Sexo Ambos os sexos são afectados por situações de dependência (tabela), quer física quer psíquica, em que se destacam as dependências resultantes de AVC’s, de processos demenciais, como Alzheimer, entre outros. A instituição tem como objectivo proporcionar um agradável ambiente aos utentes para que estes tentem superar a perda dos laços familiares e sociais e do contacto com o seu habitat natural de vida. Número de utentes com diversos graus de dependência (Fonte: Própria) N.º Utentes Autónomos N.º Utentes Parcialmente Dependentes N.º Utentes dependentes N.º Utentes maioritariamente dependentes Total de elementos Homens 28 13 8 10 59 Mulheres 14 21 32 8 75 Homens e Mulheres 42 34 40 18 134 Com o objectivo de minimizar os efeitos do envelhecimento e de dar um sentido útil à vida de cada utente do lar, este procura fomentar a participação dos idosos em tarefas simples e que correspondam às capacidades e interesses de cada um, com a criação de actividades lúdicas, culturais, de lazer, trabalhos manuais, actividades ao ar livre, intercâmbios com instituições, entre outros, que proporcionem um ambiente de saudável e de inter-relação. Os edifícios apresentam um bom estado de conservação e boas capacidades para fomentar os seus objectivos. Estes são constituídos por: _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 99 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Recepção; Vários gabinetes de apoio; Sala/Espaço de convívio; Sala de actividades; Espaço de computadores; Sala de ginástica; Casas de banho; Cozinha/Sala de refeições; Bar; Sala de arrumos. A instituição também possui viaturas próprias para transportar os utentes. Quanto à equipa técnica desta, é constituída pela direcção, pelos recursos humanos, por três assistentes de serviço social, por um Animador Sociocultural, por um psicólogo, por um sociólogo, por dois médicos, cinco enfermeiros e um fisioterapeuta, existindo também auxiliares de limpeza e algumas voluntárias. Durante o dia, o número de funcionários permanentes é de 75, já durante a noite é de 7. Tal como referido anteriormente, a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia possui diversos serviços e actividades que têm elevada importância na vida de cada idoso. O serviço de apoio domiciliário, em vigor desde o dia 28 de Janeiro de 2002 na instituição, serve as freguesias de S. Martinho de Bougado, S. Tiago de Bougado, S. Mamede do Coronado, S. Romão do Coronado e Muro. Este serviço tem como principal objectivo assegurar a prestação de cuidados personalizados ao domicílio a indivíduos e famílias em situações de carência, devido a doença, deficiência ou qualquer outro impedimento e que não possam prover de forma temporária ou permanente, à satisfação das suas necessidades básicas diárias. Ao implementar esta funcionalidade, a Irmandade pretende assegurar os seguintes tratamentos: Cuidados de higiene e conforto ao domicilio; Arrumação e limpezas nas habitações; Confecção e distribuição diária de refeições; Tratamento de roupas; Apoio psicossocial aos utentes e famílias; Actividades de lazer. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 100 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ De todos os mencionados anteriormente, os mais solicitados pelos idosos e famílias, são a higiene pessoal, a higiene do aposento e a distribuição de refeições. Actualmente este serviço presta cuidados a 65 idosos dispersos pelas oito freguesias do concelho que, na sua maioria, pertencem ao sexo feminino e se situam na taxa etária dos 70 anos ou mais. Também o apoio alimentar a carenciados é um apoio de elevada importância a todos os idosos que frequentam a instituição. Este apoio teve início em Junho de 2002 em parceria com a AMI (Assistência Médica Internacional) – Delegação do Porto. Actualmente cerca de 35 agregados familiares beneficiam deste apoio. Escola Básica de Bairros A Escola EB1 / JI de Bairros localiza-se no concelho da Trofa, nomeadamente na freguesia de S. Tiago de Bougado. É uma escola que está rodeada de um rico património cultural de natureza religiosa, nomeadamente a Capela de Nossa Senhora do Desterro, no lugar do Souto de Bairros, junto à qual sobressai uma lápide de granito com uma inscrição alusiva às Invasões Francesas. Esta instituição de ensino conta com 129 crianças, distribuídas entre cinco turmas (tabela). Para zelar pelo bem-estar e apoiar a educação de todas as crianças, encontram-se a exercer funções nesta escola seis professores, seis funcionários e auxiliares, cinco colaboradores regulares e uma associação de pais constituída por quinze elementos. Número de alunos da Escola EB 1/JI de Finzes (Fonte: Própria) Alunos Pré-escolar 1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano 4.º Ano 50 18 19 19 23 Total de Alunos: 129 Em relação às instalações, pude constatar aquando a minha permanência na escola, que existem várias salas de aulas, um salão polivalente, uma recepção, casas de banho para os alunos e outras para professores, uma sala de Actividades de Tempos Livres (A.T.L.), uma cozinha e logradouros bastante espaçosos que são utilizados, para a prática de ginástica _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 101 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ quando não chove e para o recreio pelas crianças, onde está presente um parque infantil (ver figuras). Edifício da Escola EB1/JI de Bairros (Fonte: Própria) Sala de aula (Fonte: Própria) Parque infantil no logradouro da Escola (Fonte: Própria) Recepção da Escola (Fonte: Própria) Sala de actividades (Fonte: Própria) Logradouro (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 102 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Escola Básica de Finzes A Escola EB 1/JI de Finzes fica situada no sudoeste da Freguesia de S. Martinho de Bougado, na margem esquerda do Rio Ave, numa zona suburbana do concelho da Trofa, a 500 metros do centro desta. Esta escola é um edifício fechado com doze salas de aula, uma sala de professores, um polivalente, um refeitório e um ginásio, uma cozinha funcional que proporciona cerca de cem refeições por dia, várias casas de banho e um balneário e logradouros espaçosos, óptimo para a realização de actividades ao ar livre. O ginásio é utilizado para as actividades curriculares, além de servir erradamente como recreio, nos dias de chuva, devido à falta de espaços cobertos. Actualmente, a escola encontra-se com um projecto em marcha, referente à construção de um novo jardim-de-infância autónomo e que localizar-se-á junto ao edifício da EB 1 de Finzes (ver figuras). Escola EB 1 de Finzes e o futuro Jardim de Infância (Fonte: Própria) Refeitório da Escola EB 1/ JI de Finzes (Fonte: Própria) Polivalente da Escola EB/JI de Finzes (Fonte: Própria) Logradouro da Escola EB 1/ JI de Finzes (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 103 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ De todas as salas de aula existentes, nove são utilizadas pelos alunos do 1º ciclo e três pelos que frequentam o jardim-de-infância, ao todo são cerca de 309 alunos (tabela) que estão distribuídos de acordo com a tabela abaixo indicada. Também existe uma sala polivalente destinada à Ocupação de Tempos Livres (O.T.L.), outra à Biblioteca, e dois pequenos gabinetes que são utilizados, um como sala de apoio ao O.T.L. e outro como apoio pontual a crianças com Necessidades Educativas Especiais. Número de alunos da Escola EB 1/JI de Finzes (Fonte: Própria) Alunos Pré-escolar 1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano 4.º Ano 74 43 69 66 57 Total de Alunos: 309 _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 104 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 5 Evento “Viver Trofa” _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 105 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Evento “Viver Trofa” Outdoor do Viver a Trofa (Fonte: Própria) Um dos insufláveis do evento (Fonte: Própria) Programa do evento (Fonte: Própria) Stands das associações do concelho (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 106 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Espaço onde foram realizadas algumas actividades (Fonte: Própria) Pinturas faciais (Fonte: Própria) Escalada – uma das actividades realizadas (Fonte: Própria) Palco do evento (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 107 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 6 Actividades de Apresentação _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 108 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 13 de Setembro de 2010 Local: Muro de Abrigo – Sala de actividades Hora: 14:30h às 15:45h Número de elementos: cerca de 23 Objectivo Geral: Tentar conhecer um pouco mais sobre cada uma das pessoas do grupo e proporcionar um maior à vontade entre elas. Material: Novelo de lã, sete folhas, saca e pequenos cartões com imagens de objectos ou figuras. Teia de aranha Na primeira actividade, os participantes sentam-se em círculo e o animador começa por lançar o novelo a um participante sem soltar a ponta, ao mesmo tempo que lança o novelo diz o seu nome, a sua idade e a profissão que tinham no passado. Quem recebe o novelo agarra-o e lança-o de novo a outra pessoa, dizendo o mesmo. Ninguém pode largar o fio que tenha agarrado quando lança o novelo, já que se o fizer, desmancha a teia de aranha. Enigma da folha Na segunda actividade, no enigma da folha, colocam-se ao centro de uma mesa, sete folhas viradas para baixo com as seguintes palavras escritas em cada uma delas: Qualidade; Defeito; Animal; Profissão; O que mais gosta de fazer; Música; Prato de comida. Cada elemento tira uma folha à sorte e mostra aos restantes elementos e depois disso, dependendo da palavra que tiver escrita na folha retirada, terá de dizer qual a sua maior qualidade, maior defeito, animal preferido, profissão que gostava de ter tido, o que mais gosta de fazer, a música e o prato de comida preferido. Se eu fosse… Por último, a actividade “Se eu fosse …”, no entanto esta consistiria em passar por cada elemento, um saco com os cartões ilustrados e cada um deve retirar um cartão e ver qual a figura que lhe saiu. De seguida deve dizer “Se eu fosse um (a) seria…” e completar com a palavra do desenho que lhe saiu. Os outros membros do grupo, se o elemento tiver dificuldades em desenvolver o tema, podem colocar questões relacionadas com este. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 109 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Actividade de Apresentação Nome Idade Profissão _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 110 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 111 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Qualidade _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 112 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Defeito _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 113 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Animal _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 114 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Profissão _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 115 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ O que mais gosta de fazer _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 116 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Música _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 117 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Prato de comida _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 118 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Imagens utilizadas na actividade “Se eu fosse…” CIDADE PRATO DE COMIDA LEGUME ÁRVORE _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 119 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ FLOR CALÇADO GARRAFA MEIO DE TRANSPORTE _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 120 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ FRUTA ELECTRODOMÉSTICO ANIMAL FERRAMENTA SOBREMESA _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 121 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 7 Actividade “Vaso colorido” – Muro de Abrigo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 122 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 20 e 27 de Setembro de 2010 Local: Muro de Abrigo – Sala de actividades Hora: 14:30h às 15:30h Número de elementos: 13 Objectivo Geral: Desenvolver e estimular a imaginação, a criatividade e as expressões técnico-manuais. Tem também como objectivo promover a participação de cada um em actividades de jardinagem, mantendo-os em contacto com alguns elementos da natureza. Material: Vasos, pincéis, guaches, paleta, terra, pá, bolbos/sementes de flores e água. Vaso Colorido Cada elemento do grupo fica com um vaso e irá decorá-lo ao seu gosto, fazendo algumas imagens e colorindo ou apenas pintando o vaso com as tintas. Por fim, e os que souberem, escrevem o seu nome no vaso que coloriram. Vamos plantar Com os vasos já decorados (na actividade anteriormente realizada) cada elemento irá escolher um bolbo/semente que goste. De seguida irá colocar com a pá ou com as mãos uma pequena quantidade de terra no vaso, juntamente com o bolbo/semente. Por fim, irá regar o seu vaso e cuidar dele no seu dia-a-dia. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 123 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Material utilizado na actividade (saco com terra; água; bolbos; vaso de barro e pá) (Fonte: Própria) Alguns dos vasos já pintados e com a semente plantada (Fonte: Própria) Vasos coloridos pelos utentes do Muro de Abrigo (Fonte: própria) Tulipas plantadas nos vasos (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 124 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 8 Comemoração do Dia Mundial do Animal – Muro de Abrigo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 125 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 4 de Outubro de 2010 Local: Muro de Abrigo – Sala de actividades Hora: 14:30h às 16:30h Número de elementos: cerca de 15 Objectivo Geral: Estimular o gosto pelas artes plásticas e pelos animais assim como dar a conhecer os direitos destes. Material: Duas cartolinas, tesoura, tesoura de lâmina ondulada, agrafador, cola, imagens de animais, lápis de cor, afia, régua, esferográfica, tiras de papel com os direitos dos animais escritos. Comemoração do Dia Mundial do Animal São escolhidas algumas imagens de animais, a preto e branco, e colam-se estas nas duas cartolinas já unidas por agrafos. Depois de coladas pintam-se as imagens e colam-se as letras do título numa das cartolinas, pintando-o depois. De seguida, nos espaços entre as imagens colam-se as tiras de papel com os catorze direitos dos animais. Por fim, cada elemento do grupo escreve no fundo da cartolina o seu nome e afixa-se num placard. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 126 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Direitos dos Animais ARTIGO 1º - Todos os animais nascem iguais diante da vida e têm o mesmo direito à existência. ARTIGO 2º - a) Cada animal tem direito ao respeito. ARTIGO 2º - b) O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais, ou explorá-los, violando esse direito. Ele tem o dever de colocar a sua consciência ao serviço de outros animais. ARTIGO 2º - c) Cada animal tem direito à consideração, à cura e à protecção do homem. ARTIGO 3º - a) Nenhum animal será submetido a maus tratos e a actos cruéis. ARTIGO 3º - b) Se a morte de um animal é necessária, ela deve ser instantânea, sem dor ou angústia. ARTIGO 4º - a) Cada animal que pertença a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu ambiente natural terrestre, aéreo ou aquático, e tem o direito de reproduzir-se. ARTIGO 4º - b) A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a este direito. ARTIGO 5º - a) Cada animal pertencente a uma espécie, que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias de sua espécie. ARTIGO 5º - b) Toda a modificação imposta pelo homem para fins mercantis é contrária a esse direito. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 127 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ ARTIGO 6º - a) Cada animal que o homem escolher para seu companheiro tem o direito a uma duração de vida conforme sua longevidade natural. ARTIGO 6º - b) O abandono de um animal é um acto cruel e degradante. ARTIGO 7º - Cada animal que trabalha tem o direito a uma razoável limitação de tempo e intensidade de trabalho, a uma alimentação adequada e ao repouso. ARTIGO 8º - a) A experimentação animal, que implica em sofrimento físico, é incompatível com os direitos do animal quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra. ARTIGO 8º - b) Técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas. ARTIGO 9º - Nenhum animal deve ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido, alojado, transportado e abatido, sem que para ele tenha ansiedade ou dor. ARTIGO 10º - Nenhum animal deve ser usado para o divertimento do Homem. A exibição dos animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal. ARTIGO 11º - O acto que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou seja, um crime contra a vida. ARTIGO 12º - a) Cada acto que leve à morte um grande número de animais selvagens é um genocídio, ou seja, um delito contra a espécie. ARTIGO 12º - b) O aniquilamento e a destruição do meio ambiente natural levam ao genocídio. ARTIGO 13º - a) O animal morto deve ser tratado com respeito. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 128 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ ARTIGO 13º - b) As cenas de violência de que os animais são vítimas, devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como fim mostrar um atentado aos direitos dos animais. ARTIGO 14º - a) As associações de protecção e de salvaguarda dos animais devem ser representadas a nível de governo. ARTIGO 14º - b) Os direitos dos animais devem ser defendidos por leis, como os direitos dos homens. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 129 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Parte superior da cartolina colorida (Fonte: Própria) Resultado final da actividade (Fonte: Própria) Decorrer da actividade – pintura das imagens (Fonte: Própria) Trabalho exposto no placard da instituição (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 130 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 9 Comemoração do Dia Mundial da Alimentação – Muro de Abrigo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 131 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 11 de Outubro de 2010 Local: Muro de Abrigo – Sala de actividades Hora: 14:30h às 16:10h Número de elementos: cerca de 15 Objectivo Geral: Dar a conhecer a roda dos alimentos assim como os seus diferentes grupos, incentivar para a prática de uma alimentação saudável e equilibrada e proporcionar o treino da memória visual. Material: Cartolina, cola, pequenos pedaços de imagens da roda dos alimentos, frases com provérbios, alimentos de plástico, pano, folha com um labirinto ilustrado e crucigrama. Comemoração do Dia Mundial da Alimentação Os elementos do grupo formam um círculo e, sentados, um deles começa por dizer um nome de um alimento e o que pode ser feito com esse, seguindo-se outro elemento que faz o mesmo e assim sucessivamente. De seguida e, dispostos os alimentos de plástico numa mesa, estes são mostrados ao grupo durante cerca de trinta segundos, observando-os em silêncio. Os alimentos são tapados e todos os elementos dizem em voz alta os alimentos de que se lembram ter visto. Após confirmados os alimentos, os elementos do grupo tornam a observar os mesmos e, de seguida, estes são tapados e retira-se um ou mais alimentos por baixo do pano ao que depois os elementos têm de descrever qual ou quais os alimentos retirados. Como terceira actividade, formam-se grupos de dois elementos e a cada um distribui-se uma folha que ilustra um labirinto, onde cada grupo terá de encontrar os caminhos dos animais para os produtos que estes dão. Exemplo: as espigas de milho terão de ser ligadas ao pão, a vaca ao leite e a azeitona ao azeite. Depois de feita a correspondência, o grupo, através de um crucigrama, tenta descobrir qual a palavra secreta neste, adivinhando como primeira etapa, as oito palavras que formam o crucigrama e que são relacionadas com a alimentação. Como última actividade, as imagens da roda dos alimentos (espécie de puzzle) são dispostas numa mesa, onde os elementos do grupo terão de formar uma roda dos alimentos, colando as imagens na cartolina. De seguida é colado e colorido o título e os provérbios relacionados com a alimentação. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 132 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Descubra a origem dos alimentos… _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 133 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Descubra qual a palavra secreta… 1 2 3 4 5 6 7 8 12345678- Deve beber-se em abundância, 1,5 a 3 litros por dia. Alimento líquido completo. Doença caracterizada por um excesso de açúcar no sangue. Alimento que nos dá energia. Alimento de origem aquática rico em fósforo. Fruto rico em vitamina C. Gordura vegetal saudável. Doença causada por uma má alimentação. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 134 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Provérbios Deus dá nozes a quem não tem dentes. Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Guarde para comer, não guarde para fazer. Grão a grão enche a galinha o papo. Pela boca morre o peixe. Quem tarde vier, come do que trouxer. Não se vive para viver, mas come-se para viver. A fome é má conselheira. O relógio é uma boa invenção, para lembrar a hora da refeição. Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 135 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Sardinha sem pão é comer de ladrão. Não assines sem ler, nem bebas sem comer. Sardinha de S. João pinga no pão. Quando não há pão, até migalhas vão. Come caldo, vive em alto, anda quente, viverás longamente. Comer e beber, só o que apetecer. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 136 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 137 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 138 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Material utilizado: alimentos (Fonte: Própria) Material utilizado (Fonte: Própria) Resultado final (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 139 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 10 Actividade “Bola ao Alvo” – Muro de Abrigo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 140 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 18 de Outubro de 2010 Local: Muro de Abrigo – Sala de actividades Hora: 14:30h às 15:45h Número de elementos: 10 Objectivo Geral: Desenvolver a coordenação óculo manual. Material: Alvo e uma bola de velcro Bola ao Alvo É colocado o alvo numa parede, encostado ou pendurado, e à vez cada elemento atira a bola ao alvo, tentando acertar nos espaços com número mais elevado, para que assim possa ter maior pontuação. Ao fim, é contada a pontuação final e divulgada a todos os elementos, para que saberem quem foi o vencedor do jogo. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 141 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 142 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 11 Visualização do filme “O Pai Tirano” – Muro de Abrigo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 143 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 25 de Outubro de 2010 Local: Muro de Abrigo – Sala de Convívio Hora: 14:30h às 16:40h Número de elementos: cerca de 20 Objectivo Geral: Relaxar através do riso e da diversão. Proporcionar a recordação dos tempos vividos. Material: Filme “O Pai Tirano” e material audiovisual. Visualização de um filme Os elementos instalam-se na sala de convívio, de onde será visualizado o filme “O Pai Tirano”. Ao fim da visualização, o grupo faz uma pequena reflexão do que viu e que sensações ou sentimentos teve, expressam também as suas opiniões, acerca do que viram e da actividade realizada. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 144 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Sinopse do filme “O Pai Tirano” Realizada por António Lopes Ribeiro e escrita por Ribeirinho, em 1941, esta comédia é unanimemente considerada como um dos expoentes máximos do período de ouro do cinema português. O protagonista é Chico Mega (Ribeirinho), empregado de sapataria dos Grandes Armazéns do Grandella, que nutre uma grande paixão por Tatão (Leonor Maia), empregada na Perfumaria da Moda. Esta, por seu turno, é cortejada por Artur Castro (Arthur Duarte), um bon-vivant. Como Tatão é uma fervorosa cinéfila, Chico esconde-lhe que é actor num grupo de teatro amador: os "Grandelinhas", dirigidos pelo mestre José Santana (Vasco Santana). Do grupo fazem também parte Gracinha (Graça Maria), apaixonada por Chico, Dona Cândida (Luísa Durão), Lopes (Barroso Lopes), Seixas (Seixas Pereira), o contra-regra Machado (Armando Machado) e o ponto Pinto (Reginaldo Duarte). O grupo decide levar à cena a peça "O Pai Tirano ou o Último dos Almeidas". Enquanto que o Mestre Santana procura ocultar de Gracinha a paixão de Chico por Tatão, este resolve albergar-se na mesma pensão onde mora Tatão, só para ficar mais próximo dela. A pensão é dirigida por Dona Emília (Emília de Oliveira), auxiliada pela criada Laura (Laura Alves) e entre os hóspedes encontram-se o contabilista Prata (Joaquim Prata), a dactilógrafa Amélia (Nelly Esteves) e o refugiado russo Ciriloff (Eliezer Kamenesky). Tatão vai rejeitando os avanços de Chico até ao dia em que ela erroneamente se convence que Chico é o herdeiro rico de uma família aristocrata. Decide então aceitar o pedido de namoro de Chico e pede-lhe para conhecer a sua família. Confrontado com esta situação, Chico resolve pedir ajuda ao Mestre Santana, que decide ensaiar um acto da peça num palacete onde trabalha como governanta a sua prima Teresa (Teresa Gomes), uma alcoólica inveterada. Conseguem enganar Tatão, até ao dia em que Artur descobre que Chico é actor e resolve convidar Tatão e todos os hóspedes da pensão para a estreia da peça. Nesta, Tatão fica surpreendida e triste por ter sido enganada pelo seu mais que tudo, no entanto e no meio da confusão da peça, Chico declara o seu amor a Tatão, que se rende aos seus encantos. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 145 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 12 Actividade “As profissões” – Muro de Abrigo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 146 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 8 de Novembro de 2010 Local: Muro de Abrigo – Sala de Actividades Hora: 14:30h às 16:15h Número de elementos: cerca de 10 Objectivo Geral: Estimular o desenvolvimento motor através da mímica, o relacionamento entre o grupo, melhorar a concentração e proporcionar um momento de descontracção. Material: Cartões de papel ilustrados e saco As profissões Um elemento do grupo retira um papel de entre os vários que se encontram dentro de um saco, onde cada um contém uma imagem de uma profissão. Este, através de mímica, terá de fazer com que os restantes adivinhem qual a profissão ilustrada no cartão que retirou. Por fim, estabelece-se uma conversa com o grupo, acerca das profissões que existem, as que acham mais importantes e quais as mais rentáveis no passado e actualmente. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 147 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Imagens utilizadas na actividade das profissões _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 148 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 149 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 150 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 151 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 13 Comemoração do 12º Aniversário do Concelho da Trofa – Muro de Abrigo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 152 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 15 de Novembro de 2010 Local: Muro de Abrigo – Sala de Actividades Hora: 14:30h às 16:10h Número de elementos: cerca de 16 Objectivo Geral: Desenvolver a capacidade criativa, visual e de memória, recordando as diferenças da cidade, antes e depois de ser concelho. Material: Folha de papel com a palavra Trofa na vertical, folhas com a letra da música do hino da Trofa, vídeo e suporte audiovisual, aparelhagem e folha para poema Comemoração do 12º Aniversário do Concelho da Trofa É colocada a folha com a palavra Trofa na vertical, no centro de uma mesa e os elementos dispõem-se em torno da mesma. O objectivo é cada elemento pensar numa palavra que caracterize a cidade ou lhe faça relembrar algo relacionada com a mesma, mencionando-a e escrevendo-a na folha. De seguida, inicia-se uma conversa com o grupo sobre a cidade, onde são abordadas várias questões, entre elas quais as diferenças que notam nela nos últimos anos, o que ganhou e perdeu e o quês lhes faz mais falta. De seguida, é mostrado um vídeo ao grupo, onde são mostradas imagens do dia em que a cidade foi elevada a concelho, para que possam recordar. Para terminar, o grupo canta o hino da cidade com a ajuda da letra da música que é distribuída por todos e constrói um poema alusivo ao concelho. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 153 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 154 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Hino da Trofa Amo muito a minha terra, de brisa calma e suave; Que beleza que ela encerra, nas margens do rio Ave; Com seus prados verdejantes, matizados de boninas; E os riachos saltitantes, a correr pelas colinas. Eu sou da Trofa e a Trofa é minha, Eu sinto orgulho mais que ninguém, Ó linda Trofa és a rainha, De toda a terra que o Douro tem. Neste encantador jardim, cada canteiro é um lar; E cada lar tem um fim, de génios para a Trofa dar; Amigos deste torrão, merecedores de carinho; De Real à estação, da Abelheira a S. Martinho. Eu sou da Trofa e a Trofa é minha, Eu sinto orgulho mais que ninguém, Ó linda Trofa és a rainha, De toda a terra que o Douro tem. Da ponte até às pateiras, de Ervosa a Finzes também, Há estradas com roseiras, e que aromas que elas têm. Ao passarmos à capela, sentimos tal devoção, Que nos impele pra ela, que é bela a nossa oração. Eu sou da Trofa e a Trofa é minha, Eu sinto orgulho mais que ninguém, Óh linda Trofa és a rainha, De toda a terra que o Douro tem. Valdeirigo sobranceiro, Corôa e Gandra sem par, O Castêlo ao taneiro, a Esprela de luar, Trofa me serviu de berço, por isso lhe quero tanto, Mesmo longe não a esqueço, revivendo o seu encanto. Eu sou da Trofa e a Trofa é minha, Eu sinto orgulho mais que ninguém, Óh linda Trofa és a rainha, De toda a terra que o Douro tem. Mosteirô vivo e fragueiro, Paranho amigo e leal, Carqueijoso presenteiro, Paradela sem rival Trofa és toda a minha vida, toda a minha inspiração, Por isso a tenho unida, bem junto ao meu coração. Eu sou da Trofa e a Trofa é minha, Eu sinto orgulho mais que ninguém, Óh linda Trofa és a rainha, De toda a terra que o Douro tem. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 155 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 156 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 14 Sessão de esclarecimento sobre a segurança na terceira idade – Muro de Abrigo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 157 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 22 de Novembro de 2010 Local: Muro de Abrigo – Sala de Convívio Hora: 14:30h às 16:05h Número de elementos: 19 Objectivo Geral: Sensibilizar os idosos para as questões de segurança. Material: Material audiovisual e powerpoint elucidativo ao tema. Sessão de esclarecimento sobre a segurança na terceira idade Nesta actividade está presente um agente da Guarda Nacional Republicana que, através de uma apresentação em powerpoint, promove uma sessão de esclarecimento ao grupo acerca da segurança e das burlas que são feitos a idosos por pessoas estranhas. Ao fim da palestra poderão ser colocadas algumas questões ao agente. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 158 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Carta dirigida à Guarda Nacional Republicana Assunto: Sessão de esclarecimento sobre a segurança Exmos. Srs., A Associação de Solidariedade Social do Muro - Muro de Abrigo vem por este meio solicitar a colaboração de V.as Ex.as o desenvolvimento de uma sessão de esclarecimento subordinada ao tema “Segurança na Terceira Idade”, dirigida aos utentes da nossa resposta social Centro de Convívio do Idoso, com o objectivo de informar/alertar os mais idosos para os perigos existentes na sociedade em que estão inseridos. A data prevista para a realização da actividade seria no dia 22 de Novembro de 2010, às 14h30m. A instituição situa-se na Rua Nova de Real, Bloco A, nº1 Muro – Trofa. Desde já, agradecemos a disponibilidade e atenção bem como a confirmação da presença até ao dia 17 de Novembro de 2010. Os nossos respeitosos cumprimentos, Associação de Solidariedade Social do Muro Muro de Abrigo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 159 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Disposição do espaço para a realização da sessão (Fonte: Própria) Alguns utentes preparam-se para o inicio da sessão (Fonte: Própria) Alguns dos utentes que assistiram à sessão de esclarecimento (Fonte: Própria) Disposição de alguns utentes na sala (Fonte: Própria) Inicio da sessão com a presença do Sr. Agente (Fonte: Própria) Fim da sessão de esclarecimento (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 160 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 15 Actividade “Postais de Natal” – Muro de Abrigo _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 161 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 29 de Novembro de 2010 Local: Muro de Abrigo – Sala de Actividades Hora: 14:30h às 16:00h Número de elementos: cerca de 13 Objectivo Geral: Desenvolvimento da destreza manual e da criatividade. Proporcionar o gosto pelas artes manuais. Viver o espírito natalício. Material: Cartolina, cartão canelado, folhas de papel com frases festivas, desenhos pequenos alusivos ao Natal, tesoura de lâmina lisa e triangular, cola, algodão e materiais recicláveis, lápis de cor. Postais de Natal Todos os elementos do grupo começam por colorir os desenhos de Natal que depois de prontos são recortados. Dispostas as cartolinas de diferentes cores e o cartão canelado sobre uma superfície plana, os elementos recortam vários rectângulos que depois são dobrados a meio, obtendo-se assim a forma de um postal. Em alguns, na parte frontal do postal, é recortada a forma de um pinheiro de Natal e outros uma janela. Também podem ser feitos postais em forma de caixa de presente. Depois de elaboradas as diversas formas de postais, todos os elementos passam a decorá-los, colando as imagens de Natal em alguns deles, bem como algodão, colando também pedaços pequenos de cartão e de diversos formatos. Para finalizar colam as frases festivas em cada um dos postais. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 162 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 163 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 164 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 165 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 16 Proposta da actividade “Pasta arquivadora” – Lar Padre Joaquim Ribeiro _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 166 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Proposta - Pasta Arquivadora (28 de Setembro de 2010) Materiais necessários Cartão ondulado de várias cores Marcadores fluorescentes Agrafador Agrafos Etiquetas Lápis Velcro Tesoura Exemplo de uma pasta arquivadora _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 167 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 17 Actividade “Pasta arquivadora” e “Colorir o Natal” – Lar Padre Joaquim Ribeiro _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 168 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 28 de Setembro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Pátio da Instituição Hora: 11:00h às 12:15h Número de elementos: cerca de 24 Objectivo Geral: Desenvolver as capacidades plásticas dos elementos assim como a destreza e criatividade de cada um. Proporcionar um momento distracção. Material: Cartões ondulados de várias cores, cartões lisos coloridos, velcro autoaderente, cola, tesoura, agrafador, lápis, folhas com desenhos alusivos ao Natal, lápis de cor e marcadores coloridos. Pasta Arquivadora Colocados os materiais numa mesa, os elementos do grupo começam por recortar um cartão ondulado e dobrá-lo em três partes. Depois recortam dois rectângulos de um outro cartão ondulado de outra cor, que tenham a largura dos lados da pasta. Depois de recortados, fazem três dobras em cada um dos rectângulos, como se fosse um acordeão. Finalizada a base do cartão, desenham uma forma à escolha de cada um (exemplos: estrela, coração, flor, bola, etc.). Recortam e colam no meio da capa, colocando posteriormente o velcro no interior, para fechar a pasta. Colorir o Natal Distribuem-se as folhas com os desenhos alusivos ao Natal por todos os elementos do grupo da instituição. Estes, com os lápis de cor ou com os marcadores, pintam as imagens ao seu gosto. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 169 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 170 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 171 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 172 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Proposta – Frascos coloridos (12 de Outubro de 2010) Materiais necessários Frascos transparentes com tampa Tesoura para tecido de lâmina triangular Bolas de gelatina para água Folhas secas perfumadas Tecido de várias cores Cola Ráfia Água Exemplo dos frascos coloridos _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 173 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 18 Actividade “Frascos coloridos” – Lar Padre Joaquim Ribeiro _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 174 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 12 de Outubro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Actividades Hora: 11:00h às 12:15h Número de elementos: cerca de 22 Objectivo Geral: Desenvolver a habilidade assim como a cooperação entre todos os elementos do grupo. Material: Frascos transparentes com tampa, tecidos de várias cores, ráfia, cola, folhas secas perfumadas, água, tesoura para tecido de lâmina triangular e bolas de gelatina para água. Frascos Coloridos Com os frascos destapados, cada elemento enche de água o respectivo frasco e coloca no seu interior pequenas bolas de gelatina, que com o tempo vão aumentando de volume, fazendo com que o frasco fique colorido. De seguida, cada um corta um pouco de tecido, em forma circular, com a tesoura de lâmina triangular, para colocar na tampa do frasco e com um pouco de ráfia prende o tecido à tampa. Para decorar cola-se uma folha seca perfumada no cimo do frasco. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 175 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Material necessário para a actividade (Fonte: Própria) Frascos coloridos (Fonte: Própria) Alguns dos frascos do grupo (Fonte: Própria) Exemplares mostrados aos utentes (Fonte: Própria) Alguns dos frascos elaborados (Fonte: Própria) Trabalho realizado ao fim desta sessão (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 176 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 19 Continuação da actividade “Frascos coloridos” – Lar Padre Joaquim Ribeiro _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 177 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 19 de Outubro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Actividades Hora: 11:00h às 11:40h Número de elementos: cerca de 22 Objectivo Geral: Desenvolver a habilidade assim como a cooperação entre todos os elementos do grupo. Material: Folhas secas perfumadas e cola Frascos Coloridos - continuação Nesta actividade é dada a continuação da elaboração dos frasquinhos coloridos. Nesta fase apenas resta a cada elemento escolher uma folha seca perfumada e colá-la no cimo do frasco, de forma a decorá-lo a seu gosto. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 178 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Trabalho efectuado pelos utentes (Fonte: Própria) Três dos frascos elaborados pelo grupo de utentes (Fonte: Própria) Alguns dos frascos elaborados pelo grupo (Fonte: Própria) Resultado final – frascos coloridos (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 179 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Proposta – Saquinhos perfumados (26 de Outubro de 2010) Materiais necessários Tecido transparente (tule) Tecido de várias cores Tesoura para tecido de lâmina triangular Tecido de cetim Ráfia Folhas secas perfumadas Exemplo dos saquinhos perfumados _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 180 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 20 Actividade “Saquinhos perfumados” – Lar Padre Joaquim Ribeiro _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 181 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 26 de Outubro e 2 de Novembro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Actividades Hora: 11:00h às 12:00h Número de elementos: cerca de 20 Objectivo Geral: Desenvolver a criatividade e o gosto pela realização de trabalhos técnico – manuais. Proporcionar a entre - ajuda entre todos os elementos. Material: Tecido transparente (tule), tecido de várias cores, tecido de cetim, folhas secas perfumadas, tesoura para tecido de lâmina triangular e ráfia. Saquinhos perfumados Todos os elementos do grupo irão confeccionar saquinhos perfumados e começarão por colocar algumas folhas secas perfumadas no centro do tecido transparente ou outro que tenham escolhido. De seguida, para dar forma a um saquinho, unem as quatro pontas do tecido, fechando-o com um fio de ráfia ou uma tira de tecido de cetim, dando um nó. Os elementos que não conseguirem fazer o nó, sozinhos, poderão ter a ajuda dos elementos mais ágeis. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 182 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Exemplares mostrados ao grupo (Fonte: Própria) Mesa de trabalho e alguns dos saquinhos perfumados elaborados (Fonte: Própria) Alguns dos saquinhos perfumados feitos pelo grupo (Fonte: Própria) _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 183 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Apêndice 21 Actividade “Colorir o Outono” – Lar Padre Joaquim Ribeiro _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 184 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 9 de Novembro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Actividades Hora: 11:00h às 12:00h Número de elementos: cerca de 20 Objectivo Geral: Desenvolver a criatividade e o gosto pelas artes manuais. Material: Folhas com desenhos alusivos ao Outono e ao S. Martinho, lápis de cor, afia, marcadores coloridos. Colorir o Outono São distribuídas folhas com os desenhos alusivos ao Outono e ao dia de S. Martinho por todos os elementos do grupo. Estes, com os lápis de cor e com os marcadores, pintam os desenhos ao seu gosto. _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 185 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ Desenhos para colorir _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 186 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 187 Despertar para a Descoberta _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 188 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Sala da actividade onde constam alguns dos desenhos coloridos (Fonte: Própria) Mesa de trabalho (Fonte: Própria) Desenhos coloridos pelo grupo de utentes (Fonte:Própria) Alguns dos desenhos pintados (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 189 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Proposta – Postais de Natal (16 de Novembro de 2010) Materiais necessários Cartão ondulado de diferentes cores Cartolinas de diferentes cores Tesoura de lâmina triangular Algodão Cola batom Cola líquida Exemplo dos postais de Natal _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 190 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 22 Actividade “Postais de Natal” – Lar Padre Joaquim Ribeiro _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 191 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 16 de Novembro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Bar da Instituição Hora: 11:00h às 12:15h Número de elementos: cerca de 20 Objectivo Geral: Estimular a criatividade de cada elemento, bem como a destreza manual. Material: Cartolina, cartão canelado, folhas de papel com frases festivas, desenhos pequenos alusivos ao Natal, tesoura de lâmina lisa e triangular, cola, algodão e materiais recicláveis, lápis de cor. Postais de Natal O grupo é dividido em pequenos grupos, organizando-se consoante as suas capacidades, isto é, os que melhor recortam os desenhos, as cartolinas e as frases festivas, os que melhor dobram a cartolina e os que pintam os desenhos. À medida que os desenhos ficam terminados estes são colados nas cartolinas previamente cortadas e dobradas, que por sua vez assumem diferentes formas e cores. Por fim, cada elemento cola no (s) seu (s) postal (ais) uma frase festiva ao seu gosto. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 192 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Mesa de trabalho (Fonte: Própria) Postais elaborados por todos os utentes (Fonte: Própria) Resultado final da actividade (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 193 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Proposta – Blocos de Notas (23 de Novembro de 2010) Materiais necessários Cartão ondulado de diferentes cores Cartolinas de diferentes cores Folhas A4 brancas Tesoura de lâmina triangular Massas e feijões secos Régua de 40cm Cola líquida Furador Ráfia X-acto Exemplo dos blocos de notas _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 194 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 23 Actividade “Bloco de Notas” – Lar Padre Joaquim Ribeiro _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 195 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 23 de Novembro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Bar da Instituição Hora: 11:00h às 12:10h Número de elementos: cerca de 18 Objectivo Geral: Estimular a criatividade de cada elemento, bem como a destreza manual. Material: Cartão canelado e cartolinas de diferentes cores, ráfia, tesoura, furador, X-acto, régua de 40cm, folhas de papel brancas A4, massas e feijões secos. Bloco de Notas Todo o material é colocado à disposição do grupo numa mesa, para que à volta desta todos os elementos possam executar a actividade. Inicialmente cortam dois quadrados de cartolina da mesma cor e algumas folhas de papel, com tamanho ligeiramente mais pequeno do que as folhas da cartolina. Juntam tudo, colocando por baixo uma folha de cartolina, por cima desta as folhas de papel por cima destas a restante folha de cartolina. Neste, furam dois buracos no bordo da direita, com um furador, para que, através destes, passem um fio de ráfia. Depois de colocado o fio, dão um nó para assim prender todas as folhas. Com os feijões e com as massas, cada elemento do grupo decora o bloco de notas ao seu gosto. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 196 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Algum do material utilizado na actividade (Fonte: Própria) Grupo de utentes (Fonte: Própria) Blocos elaborados pelos utentes (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 197 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 24 Conclusão de alguns trabalhos já realizados – Lar Padre Joaquim Ribeiro _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 198 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 30 de Novembro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Bar da Instituição Hora: 11:00h às 12:20h Número de elementos: cerca de 12 Objectivo Geral: Estimular a destreza manual de cada um, bem como desenvolver a cooperação entre todos os elementos. Material: Cartão canelado e cartolinas de diferentes cores, folhas de papel com frases festivas, ráfia, tesoura de lâmina lisa e tesoura de triangular, furador, cola, algodão e materiais recicláveis, X-acto, desenhos pequenos alusivos ao Natal, lápis de cor, régua de 40cm, folhas de papel brancas A4, massas e feijões secos. Conclusão de alguns trabalhos já realizados Nesta actividade, concluiu-se alguns dos trabalhos realizados, como sendo os postais de natal e os blocos de notas. Todo o material é reunido em cima de uma mesa, onde todos os elementos se encontram sentados à volta, e cada um deles termina o seu trabalho. Os elementos que terminam mais rápido, auxiliam os que ainda não terminaram. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 199 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 25 Actividades físico – motoras para a terceira idade – Lar Padre Joaquim Ribeiro _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 200 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 9 de Novembro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Ginástica Hora: 15:00h às 16:00h Número de elementos: cerca de 20 Objectivo Geral: Desenvolver a mobilidade dos membros superiores e inferiores e do tronco. Material: Bolas de Borracha e cadeiras Actividades físico - motoras para a terceira idade Apertam a bola com a mão esquerda e depois com a direita; Levantam um braço de cada vez com a bola de borracha na mão; Esticam o braço para cada um dos lados de forma alternada e com a bola na mão, como se estivessem a passar a ferro; Com as mãos juntas e a agarrando a bola, levantam e baixam os braços; Com o punho, de uma mão, fechado apertam a bola, e com a outra mão fazem o gesto como se estivessem a cortar a bola; Com as duas mãos a prender a bola, fazem de conta que descascam laranjas (fazendo força aos dedos); Passam a bola de uma mão para a outra; Passam a bola de uma mão para a outra por cima da cabeça; Relaxam, rodando os ombros; Colocam a bola por baixo do braço e apertam-na – fazem o mesmo para cada um dos braços; Pegam a bola com as duas mãos e empurram-na para a frente, fazendo força com os braços; Descansam; Colocam a bola entre os joelhos e apertam-na; Passam a bola por baixo de cada perna, alternadamente; Juntam as pernas e passam a bola por baixo delas; Bola debaixo do pé, movimentam-na para a frente e para trás, alternando as pernas; Bola debaixo do pé, movimentam-na para os lados, alternando as pernas; _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 201 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Pisam a bola com o pé, fazendo-o de forma devagar e aumentando o ritmo – alternam os pés; Sentam-se confortavelmente, encostando as costas junto da cadeira; Levam os pés para a frente e para trás, sempre juntos; Juntam e afastam os pés; De forma alternada, esticam as pernas, com movimentos rápidos; Relaxam; Apanham a bola e com a perna para cima, passam-na por baixo do joelho, alternando as pernas; Passam a bola na barriga e depois em cada um dos braços. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 202 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 16 de Novembro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Ginástica Hora: 15:15h às 15:55h Número de elementos: cerca de 20 Objectivo Geral: Desenvolver a mobilidade dos membros superiores e inferiores e do tronco, bem como aumentar a resistência muscular e a flexibilidade. Material: Cadeiras Actividades físico - motoras para a terceira idade Sentados, batem com os pés no chão; Chutam uma bola imaginária, dezasseis vezes e de forma alternada; Levantam os joelhos, dezasseis vezes, um de cada vez; De pernas e joelhos juntos, levantam as pernas; Abrem os braços para os lados, dezasseis vezes; Levam os braços à frente e levantam-nos; Descontraem, rodando os ombros; Viram as palmas das mãos para cima e levam-nas aos ombros, tocando com as mãos nestes; Esticam os braços, abrindo e fechando os dedos das mãos, cerca de dezasseis vezes; Levantam os braços e rodam os pulsos, como se estivessem a mudar uma lâmpada – fazem cerca de dezasseis vezes; Colocam as mãos nos ombros e rodam os mesmos, cerca de dezasseis vezes; Elevam os braços, e cerca de dezasseis vezes, juntam-nos, batendo com as mãos, uma na outra; Levantam-se e sentam-se cerca de dez vezes nas cadeiras; Em pé, marcham, elevando os joelhos - mantinham-se no mesmo lugar; Posicionam-se, cada um, atrás da sua cadeira; Colocam as mãos em cima da cadeira, esticando os braços; Apoiando-se nas pontas dos pés, cada utente, inclina-se para a frente, como se estivesse a espreitar para a sua cadeira – repetiam cerca de dez vezes; _____________________________________________________________________________ Colocam as mãos na cadeira e, exercendo força nesta, esticam a perna direita para trás, Animação Sociocultural 203 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ cerca de dez vezes – repetindo o mesmo com a perna esquerda; Na mesma posição, mantêm uma das pernas no chão e a outra baloiçam-na para os lados, trocando de perna e fazendo cerca de dezasseis vezes; Continuando na mesma posição, elevam a perna esquerda, fazendo o mesmo com a direita; Mãos apoiadas na cadeira, agacham-se para cima e para baixo, cerca de dezasseis vezes; Sentados nas cadeiras, movimentam as pernas como se tivessem a correr, mas permanecendo na cadeira; Fazem alongamentos; Cruzam os braços, como se estivessem a abraçar o próprio corpo; Com os braços para cima, e um de cada vez, puxam a cabeça para um lado e depois para o outro; Colocam as mãos atrás da cabeça, empurrando-a para a frente; Com as pernas afastadas, esticam os braços para baixo e tocam com as mãos no chão. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 204 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 23 de Novembro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Ginástica Hora: 15:15h às 16:00h Número de elementos: cerca de 18 Objectivo Geral: Desenvolver a mobilidade e flexibilidade dos membros superiores e inferiores e do tronco. Promover o convívio e a interacção entre todos os utentes. Material: Cadeiras e rádio (música) Actividades físico - motoras para a terceira idade Sentados, elevam os braços e movimentam-nos de esquerda para a direita; Batem palmas; De pé, dão pequenos paços; Dançam e a professora começa a dançar com alguns dos utentes; Juntam-se aos pares e dançam; Elevam os braços durante alguns momentos e movimentam-nos de um lado para o outro; Levantam-se e colocam-se de pé em frente à respectiva cadeira; Ao som da música, andam à volta da cadeira, em jeito de dança; Elevam um braço de cada vez, primeiro o esquerdo e depois o direito; Elevam um joelho de cada vez, fazendo força com as pernas; Sentados, esticam e encolhem as penas; Abrem e fecham as pernas para cada um dos lados, para a frente e para trás; Descansam – levantam os braços e inspiram, baixando-os de seguida, expirando; Esticam os braços para a frente e cruzam-nos; Fazem o mesmo, mas desta vez apenas cruzando as mãos; Movimentam os ombros para cima e para baixo, encolhendo e esticando o corpo – todos ao mesmo tempo e depois um utente de cada vez; Esticam os braços para a frente e rodam os pulsos; Fazem o mesmo, mas com os braços para o lado; De pé, levantam e baixam os pés alternadamente; _____________________________________________________________________________ Sentados, juntam as pernas e os pés e movimentam-nos de um lado para o outro e, como Animação Sociocultural 205 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ se estivessem a dançar folclore, levantam os braços, estalando os dedos; Elevam o joelho direito e tocam com o cotovelo esquerdo no mesmo – repetindo com os membros contrários; Movimentando os braços para a frente e para trás, abrem e fecham as mãos; Repetem o exercício, mas movimentam os braços para cima, abrindo e fechando-os novamente; Continuando com os braços elevados e com as palmas das mãos voltadas para cima, abrem e fecham as mãos; Descontraem; Colocam a mão direita no peito e com a mão esquerda, empurram o cotovelo direito contra o peito – trocam de braço; Colocam as mãos atrás da cabeça, juntando os cotovelos e os braços; Colocam uma mão na cabeça e empurram-na para um lado, fazendo o mesmo com a outra mão; Com as mãos atrás da cabeça, puxam-na para a frente; Com a ajuda das mãos, puxam as pernas para cima, agarrando os joelhos; Com as pernas esticadas, tentam tocar nos pés com as mãos; Fazem o mesmo, mas tentando tocar nas pernas. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 206 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 30 de Novembro de 2010 Local: Lar Padre Joaquim Ribeiro – Sala de Ginástica Hora: 15:00h às 15:50h Número de elementos: cerca de 15 Objectivo Geral: Desenvolver a mobilidade e flexibilidade dos membros superiores e inferiores e do tronco. Proporcionar a cooperação e interacção entre os utentes. Material: Cadeiras e bolas médias de borracha Actividades físico - motoras para a terceira idade Sentados, apertam a bola com as mãos, alternadamente; Apoiam a bola nos joelhos, agarram-na e levantam-na, erguendo os braços; Com a bola nas duas mãos, esticam os braços para a frente; Com os braços, a formar um ângulo de 90º, levantam ligeiramente a bola, alternando os braços; Afastam as pernas, e levam a bola desde o chão até acima da cabeça, elevando os braços; Com a bola, tocam com a mão direita no joelho esquerdo e vice-versa; De pé, seguram a bola com as duas mãos e tocam com esta nos joelhos, primeiro no esquerdo e depois no direito; Atrás da cadeira, tocam com a bola em ambas as laterais desta; Em frente à cadeira, abrem ligeiramente as pernas e tocam com a bola no assento da cadeira; Com a bola ao pé do peito, dão devagar uma volta em torno do seu próprio corpo; Com a bola na cabeça, fazem o mesmo; Atrás da cadeira e com as mãos apoiadas nesta, fazem força, apoiando-se nas pontas dos pés; Na mesma posição, elevam os joelhos – um de cada vez; Continuando na mesma posição, baloiçam uma das pernas para ambos dos lados, repetindo o mesmo com a outra; Continuando a apoiar-se na cadeira, cada elemento baloiça cada uma das suas pernas, _____________________________________________________________________________ para trás e para a frentes; Animação Sociocultural 207 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Com as pernas afastadas, agacham-se, levantando-se de seguida; Apoiados nas cadeiras, elevam o joelho à frente e de seguida puxam a perna para trás, como que a dar um pontapé para trás – fazem o mesmo para cada perna; Sentados nas cadeiras, atiram a bola ao ar e agarram-na, não deixando que a mesma caísse ao chão; Na mesma posição, a professora coloca-se em frente a cada utente, de cada vez, e este atira-lhe a bola ao que esta recebe e torna a mandar para o elemento; Na mesma posição, a professora coloca-se a uma maior distância em frente a cada um, e de cada vez, este atira-lhe a bola ao que esta recebe e torna-a a mandar para o utente; Enquanto a professora realiza o exercício com cada utente, os restantes atiram a bola ao ar várias vezes, apanhando-a; Com uma bola verde ao centro do círculo, formado pelos utentes, cada um deles atira a sua bola, tentado que esta fique próximo da bola verde, tocando-lhe e empurrando-a; Fazem o mesmo exercício, mas desta vez chutando a bola na direcção da bola verde, fazendo com que esta mudasse de posição; Em grupos de dois, um dos elementos encontra-se sentado e atrás encontra-se um outro elemento de pé que com a bola, faz massagens nas costas do utente que se encontrava sentado – depois trocam de posição; Fazem o mesmo, mas desta vez o utente que faz a massagem, pressiona a bola com mais força nas costas do utente que está sentado – trocando de posição, o que se encontra sentado passa a estar de pé e vice-versa; Fazem, por fim, na mesma posição, pequenos toques com a bola nas costas do colega. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 208 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Imagens dos utentes nas aulas de ginástica Exercício para membros superiores (Fonte: Própria) Exercício para os membros inferiores (Fonte: Própria) Exercício para o tronco (Fonte: Própria) Exercício com bolas de borracha (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 209 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 26 Boccia – Lar Padre Joaquim Ribeiro _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 210 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Regras básicas do jogo Boccia é um jogo de pavilhão que pode ser jogado em singulares, pares ou em equipas e 3 jogadores, O campo de jogo tem 12,5 metros de comprimento por 6 de largura, tal como mostra a figura abaixo indicada. Cada jogador ou equipa dispõe de 6 bolas vermelhas para uma equipa e 6 azuis para a equipa contrária. Existe ainda uma bola branca (bola alvo), e que é atirada, à vez, por cada uma das equipas, seguindo-se as bolas de cor. O objectivo é lançar as bolas de cor o mais próximo possível da bola branca. Cada jogo possui quatro “parciais” nos jogos de singulares ou pares e seis “parciais” nos jogos de equipas. Os pontos contam-se no final de cada “parcial”, sendo atribuído um ponto por cada bola que esteja mais próxima da bola branca até ser encontrada. Campo de jogo (Fonte: http://www.google.com/imgres?imgurl=http://usuarios.discapn et.es/boccia/images/campobo.gif&imgrefurl) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 211 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Imagens dos utentes no jogo Boccia Grupo de utentes a jogar Boccia (Fonte: Própria) Local onde foi realizado o Boccia (Fonte: Própria) Disposição das bolas durante num dos parciais do jogo (Fonte: Própria) Parte do grupo do Centro de Dia a assistir (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 212 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 27 Actividade “Frases e flores” – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 213 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 23 de Setembro de 2010 Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Actividades Hora: 15:00h às 17:00h Número de elementos: cerca de 10 Objectivo Geral: Preparar flores para posteriormente serem distribuídas no dia do idoso. Material: Papel crepe colorido, cola, arame, tesoura e papéis pequenos com frases de autores alusivas aos idosos. Frases e Flores Numa mesa são colocados todos os materiais necessários para a actividade. Enquanto procurava algumas frases na internet sobre o idoso e imprimia-as, os restantes elementos iam forrando os arames das flores com o papel crepe de cor verde. Depois de recortadas as frases juntei-me aos elementos, continuando a realizar a actividade. De seguida e com as diferentes cores do papel de crepe, fez-se a parte de cima do que serão as flores, juntando um pequeno pedaço de papel no fundo e abrindo-o na parte de cima e juntando esta ao arame, colando a parte funda (estreita) ao mesmo. Já completa a flor coloca-se a frase ao arame. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 214 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Proposta de trabalho – Peça de Teatro Tema – Lenda de S. Martinho Actores – Utentes da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa Encenador - Ricardo Padrão Calendarização da peça: 30 de Setembro – Apresentar a ideia da peça de teatro ao grupo, ouvir os testemunhos das pessoas (ter conhecimento das suas opiniões), escolher o local da realização da peça e dar início à elaboração do texto para a peça de teatro. 7 de Outubro – Continuação da elaboração do texto para a peça de teatro. Escolha das personagens, dos adereços e do vestuário. 14 de Outubro – Início dos ensaios para a peça de teatro. 21 de Outubro – Continuação dos ensaios para a peça de teatro. Inicio da criação do cenário da peça. 28 de Outubro – Continuação dos ensaios para a peça de teatro e da criação do cenário. 4 de Novembro – Continuação dos ensaios para a peça de teatro e da criação do cenário. 11 de Novembro – Ensaio geral da peça de teatro. Estreia. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 215 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Lenda S. Martinho Martinho nasceu no ano de 316, em Sabária (actual Hungria). O seu pai era soldado do exército romano e deu-lhe uma educação cristã. Aos 15 anos Martinho foi para Itália e alistou-se no exército Romano, tornando-se mais tarde num general rico e poderoso. Um dia de regresso a casa, cavalgava debaixo de forte tormenta. A chuva e o granizo caíam copiosamente, o vento, furioso, uivava e o frio parecia esmagar os ossos... Numa curva do caminho, deparou com um mendigo que, quase nu, se confundia com os troncos mirrados e enegrecidos da beira da estrada. Este, estendia um braço descarnado em busca de algum auxílio que o salvasse de uma morte certa. O general, de coração apertado por tamanha desgraça, apeou-se do cavalo e passou a sua mão carinhosamente pela do pobre. Em seguida, desprendeu a espessa e quente capa que o protegia e, com um golpe seguro de espada, dividiu-a em duas partes. Estendeu uma das metades ao mendigo e agasalhou-se o melhor que pode com a restante... Apesar de mal agasalhado e a chover torrencialmente, Martinho continuou o seu caminho, cheio de felicidade... Então, o bom Deus, ao presenciar este gesto, fez desaparecer a tempestade. O céu ficou límpido e surgiu um sol de estio, cheio de luz e calor. Nos três dias, que ainda durou a viagem, um Sol radioso acompanhou o general. É assim que todos os anos, em Novembro, somos presenteados com, pelo menos, três magníficos dias de Sol. Para que a memória dos homens, tantas vezes curta não se esqueça do desinteresse do gesto que salvou a vida ao mendigo. - É o Verão de S. Martinho. (Fonte: http://www.eb1-sto-antonio-n1.rcts.pt/lenda_s__martinho.htm) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 216 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 217 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 218 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 219 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 28 Actividade “O Dia do Idoso em imagens” – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 220 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 30 de Setembro de 2010 Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Actividades Hora: 15:00h às 17:00h Número de elementos: 1 Objectivo Geral: Preparar uma apresentação em powerpoint para o Dia Internacional do Idoso. Material: Suporte informático (computador) O Dia do Idoso em Imagens No computador foram seleccionadas algumas fotografias das actividades realizadas pelos idosos ao longo do ano de 2010 na Irmandade da Santa Casa da Misericórdia. Depois de feita a selecção, foi elaborado um powerpoint, onde foram colocadas as fotografias das actividades assim como algumas frases relacionadas com os idosos e com a comemoração do dia internacional do idoso. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 221 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 222 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 29 Actividade “Descobrir o objecto” – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 223 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 7 de Outubro de 2010 Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Actividades Hora: 15:00h às 16:30h Número de elementos: cerca de 13 Objectivo Geral: Proporcionar o treino da memória visual, da observação e da conservação. Material: Diversos objectos (chaves, caneta, copo de plástico, entre outros) e pano escuro. Descobrir o objecto Dispostos os diversos objectos numa mesa, estes são mostrados ao grupo durante cerca de trinta segundos, observando-os em silêncio. De seguida são tapados e todos os elementos dizem em voz alta os objectos que se lembram ter visto. Após confirmados os objectos, os elementos do grupo tornam a observar os mesmos e, de seguida, estes são tapados e retira-se um ou mais objectos por baixo do pano escuro, pelo que depois os elementos têm de descrever qual ou quais os objectos retirados. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 224 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 30 Actividade “O alfabeto” – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 225 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 14 de Outubro de 2010 Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Actividades Hora: 15:00h às 16:20h Número de elementos: cerca de 15 Objectivo Geral: Dar a conhecer o alfabeto, permitindo que cada utente associe a letra a um elemento por si conhecido. Material: Folhas com as letras do alfabeto com uma imagem relacionada, lápis de cor, tesoura e placa de platex. O alfabeto São distribuídas 23 folhas, cada uma com a letra do alfabeto e uma imagem relacionada com a mesma. Com estas folhas os elementos do grupo irão colorir e recortar cada letra, juntamente com o respectivo objecto. Por fim, e com ajuda, o grupo cola cada uma das letras recortadas a um suporte rígido, tal como uma placa de platex. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 226 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 227 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 228 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 229 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 230 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 231 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 232 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 233 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 234 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 235 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 236 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 237 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 238 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 239 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 240 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 241 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 242 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 243 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 244 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 245 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 246 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 247 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 248 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 249 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA AUTORIZAÇÃO DE CAPTAÇÃO DE IMAGENS DOS UTENTES NA IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA TROFA Trofa, _____de _______________de 2010 Eu, _____________________________________________________________, autorizo / não autorizo (riscar o que não interessa) a captação de imagens onde surjo nas actividades realizadas na instituição Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, afim de complementar o relatório de estágio curricular de Ricardo Jorge Marques Sampaio Padrão. ________________________________________ (ASSINATURA) _____________________________________________________________________________ INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA AUTORIZAÇÃO DE CAPTAÇÃO DE IMAGENS DOS UTENTES NA IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA TROFA Trofa, _____de _______________de 2010 Eu, _____________________________________________________________, autorizo / não autorizo (riscar o que não interessa) a captação de imagens onde surjo nas actividades realizadas na instituição Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa, afim de complementar o relatório de estágio curricular de Ricardo Jorge Marques Sampaio Padrão. ________________________________________ (ASSINATURA) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 250 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 31 Sessão de esclarecimento sobre a segurança na terceira idade – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 251 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 21 de Outubro de 2010 Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Convívio Hora: 15:00h às 16:20h Número de elementos: cerca de 25 Objectivo Geral: Sensibilizar os idosos para as questões de segurança. Proporcionar momentos de diversão, recordação e relaxamento. Material: Material audiovisual e powerpoint elucidativo ao tema. Sessão de esclarecimento sobre a segurança na terceira idade Nesta actividade estão presentes dois agentes da Guarda Nacional Republicana que, com uma apresentação em powerpoint, fazem uma sessão de esclarecimento ao grupo de idosos acerca da segurança e das burlas que são feitas a estes por pessoas estranhas, alertando para as formas utilizadas pelos burlões. Ao fim da palestra são colocados vários filmes, sobre a velhice, outro com música, videoclips com canções conhecidas do grupo, vídeos divertidos com touros, concertinas e arraiais, entre outros. Após os filmes, é passada uma apresentação com as actividades realizadas pelo grupo ao longo do ano de 2010 na instituição. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 252 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Utentes a assistir à sessão (Fonte: Própria) Exposição do tema aos utentes (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 253 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 32 Actividade “Jogo dos pinos” – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 254 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 4 de Novembro de 2010 Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Convívio Hora: 15:00h às 16:20h Número de elementos: cerca de 25 Objectivo Geral: Desenvolvimento da motricidade, da percepção visual e da concentração. Promover o convívio entre todos os elementos, proporcionando momentos de diversão. Material: Seis pinos, bola e uma mesa pequena. Jogo dos pinos Os pinos encontram-se colocados, em forma de triângulo, numa pequena mesa. À volta da mesa os elementos encontram-se sentados e, à vez, cada um levanta-se e, com a bola, tenta derrubar os pinos. Ganha o elemento que conseguir derrubar o maior número de pinos. Aos elementos com maior dificuldade motora, é colocada a mesa junto deles, para que assim consigam atirar a bola sem fazerem grandes movimentos e esforços. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 255 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Grupo de utentes a assistir ao jogo (Fonte: Própria) Um dos utentes com maior mobilidade (Fonte: Própria) Uma das utentes com menor mobilidade (Fonte: Própria) Boa disposição do grupo (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 256 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 33 Magusto – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 257 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 11 de Novembro de 2010 Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de Convívio/Pátio da Instituição Hora: 15:00h às 17:00h Número de elementos: cerca de 25 Objectivo Geral: Proporcionar momentos de diversão e de distracção aos idosos na instituição. Material: Castanhas, recipiente para colocar as castanhas, fogareiro, pruma, fósforos, paus de árvore e música. Magusto Começa-se por colocar a pruma no fogareiro para assim se assar as castanhas. Enquanto são assadas, os elementos do grupo com mais mobilidade dançam ao som da música pelo espaço livre à volta da fogueira e no interior da instituição. Quando as castanhas ficam prontas, estas são distribuídas por todos os elementos do grupo. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 258 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Músicas reproduzidas no magusto MÚSICA DURAÇÃO Hino da Trofa 4:17 Ó malhão, malhão 2:44 Ó Rosa arredonda a saia 2:29 Apita o comboio 3:54 Laurindinha 3:22 E se a casa cair deixa que caia 2:55 Tiro liro liro 2:03 Senhora do Alívio 6:31 Uma casa portuguesa 2:38 Malhão do eia 3:49 As meninas da ribeira do sado 1:54 Baile de verão 3:22 Pai da criança 5:23 Eu ouvi o passarinho 4:08 Casa da mariquinhas 2:25 Dá cá dá cá dá cá 3:53 A bela portuguesa 3:43 Nossa Senhora 5:24 _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 259 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Utentes e funcionários dançam à volta da fogueira (Fonte: Própria) Preparação da fogueira (Fonte: Própria) Boa disposição entre o grupo (Fonte: Própria) Brincadeiras entre utentes e funcionários (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 260 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 34 Visita à Casa do Professor da Trofa – Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 261 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 25 de Novembro de 2010 Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Casa do Professor Hora: 14:40h às 17:10h Número de elementos: 6 Objectivo Geral: Sensibilizar os utentes para a partilha de experiências com diferentes grupos sociais e proporcionar momentos de distracção e diversão. Material: Carrinha da Instituição Visita à Casa do Professor na Trofa Os elementos são transportados até à Casa do Professor, onde à entrada assinaram um livro de dedicatórias da Casa. Depois, e numa pequena sala, recitaram os poemas que três dos elementos escreveram para a visita e no fim foi realizado um lanche convívio, onde estavam reunidos alguns professores que se encontravam na Casa, bem os seis elementos do grupo, a funcionária responsável e eu. Terminado o lanche, alguns professores fizeram uma visita guiada à Casa, para que todos os elementos pudessem conhecer as suas instalações. Por fim, antes de terminar a visita, foi tirada uma fotografia de grupo, com os elementos da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia e com alguns professores, para que posteriormente pudessem recordar. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 262 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Exterior da Casa do Professor (Fonte: Própria) Leitura dos poemas (Fonte: Própria) Lanche convívio (Fonte: Própria) Visita às instalações da Casa do Professor (Fonte: Própria) Grupo de utentes e professores (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 263 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 35 Actividades físico – motoras na terceira idade – Irmandade da Santa Casa de Misericórdia da Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 264 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 8 de Novembro de 2010 Local: Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de ginástica Hora: 10:00h às 11:55h Número de elementos: cerca de 23 Objectivo Geral: Desenvolver a flexibilidade de todos membros. Material: Molas. Mola nos braços – Desenvolvimento dos membros superiores Começam por colocar a mão direita no ombro direito, rodando-o – fazem o mesmo com o outro ombro; Esticam o braço para a frente e abrem e fecham as mãos, alternando os braços; Fazem o mesmo, mas com os braços para cima, alternando-os; Alternando os braços, esticam-nos para cima e para baixo, fazendo movimentos rápidos; Abrem os braços e fecham para os lados, como se estivessem a passar a ferro; Descansam. Mola na barriga – Desenvolvimento do tronco Sentados, cruzam os braços no peito, rodando o corpo de um lado para o outro; Levantam os braços acima da cabeça, e movimentam o corpo de um lado para o outro; Tocam com as mãos nas pernas da cadeira, fazendo com uma mão de cada vez; Sentados na ponta da cadeira, cruzam os braços ao peito, inclinando-se para trás e depois para a frente, de modo a tocar com os cotovelos nos joelhos. Mola nas pernas – Desenvolvimento dos membros inferiores Sentados, levantam a perna para a frente, realizando movimentos rápidos – ao fim de algumas vezes, trocam de perna; Com as pernas juntas e esticadas, sobem e descem as mesmas; Juntam e afastam as pernas; Alternando os membros inferiores, movimentam-nos para a frente e para trás; Elevam o joelho direito, para junto do peito, fazendo o posteriormente o mesmo com o joelho esquerdo; _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 265 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Com uma das pernas a formar um ângulo de 90º, a outra é esticada e com o braço esticam, tentando tocar no pé durante cerca de dez segundos – ao fim deste tempo trocam de perna; Com o braço esquerdo esticado e voltado para a direita, agarram com a mão direita o cotovelo esquerdo, exercendo força neste; Colocam uma mão na cabeça e empurram-na para um lado, fazendo o mesmo com a outra mão; Com as mãos atrás da cabeça, puxam-na para a frente, tentando tocar com o queixo no peito; Descansam; Para relaxar, colocam as mãos nos ombros, e rodam-nos para cima e para baixo. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 266 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 22 de Novembro de 2010 Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de ginástica Hora: 10:00h às 12:00h Número de elementos: cerca de 14 Objectivo Geral: Proporcionar o desenvolvimento dos membros superiores, inferiores e do tronco e estimular a força muscular. Material: Bolas de borracha Actividades físico-motoras para a terceira idade Com uma bola em cada mão, apertam-na; Com duas bolas, movimentam os braços para cima e para baixo; De pé, juntam e afastam os braços; Com os braços esticados, cruzam as mãos com movimentos rápidos; Esticam os braços para cima, cruzando-os. Depois deixam-nos cair, descruzando-os; Colocam as pernas à largura dos ombros – cruzando os braços, tocam com a mão esquerda no joelho direito e vice-versa. Em cada mão têm uma bola; Com as costas direitas, colocam uma das bolas entre os joelhos, e a outra fazem-na passar em torno da cabeça e posteriormente da cintura; Com uma bola em cada mão, encostam-nas aos ombros, rodando-os; Com os braços ligeiramente flectidos e com uma bola em cada mão, de forma alternada, esticam e flectem os braços, como se estivessem a andar de bicicleta com eles; Com uma bola em cada mão, e com estas ao direito dos joelhos, elevam os mesmos, para que estes toquem nas mãos; Afastando e esticando as pernas, tentam tocar com a não esquerda na respectiva perna, enquanto a mão direita segura uma bola – depois de conseguirem, trocam de mão; Colocam uma bola no chão e com a outra, fazem-na passar por entre as pernas, formando vários oitos; De pé, marcham, aumentando de intensidade e mantendo-se no mesmo local; _____________________________________________________________________________ Lado a lado, dão passos laterais, para a esquerda e para direita; Animação Sociocultural 267 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Parados, dão um passo grande à frente e mantêm-se na posição em que ficam; Repetem o mesmo, mas após darem um passo e se manterem durante uns segundos na mesma posição, dão outro passo e assim sucessivamente – quando ficam parados, esticam os braços para ambos os lados; Dão três passos pequenos para a frente e levantam o joelho direito, fazendo o mesmo mas com o joelho contrário e assim sucessivamente; Marcham no mesmo sítio com os braços a acompanhar os movimentos efectuados; Batem palmas com as bolas, fazendo com que estas toquem uma na outra; Com uma das bolas na mão direita, levantam a mão contrária (com a outra bola) e ao baixar tocam na bola direita, descendo o braço – repetem o mesmo, mas trocando de posição; Colocam uma mão na cabeça e empurram-na para um lado, fazendo o mesmo com a outra mão; Com as duas mãos, puxam os joelhos para junto da barriga; Com uma das pernas a formar um ângulo de 90º, a outra é esticada e com o braço esticam, tentando tocar no pé durante cerca de dez segundos – ao fim deste tempo trocam de perna; Com as pernas afastadas e esticadas, tentam tocar com as mãos no chão; Esticam os braços para cima. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 268 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Seniores em Movimento Data: 29 de Novembro de 2010 Local: Irmandade Santa Casa da Misericórdia da Trofa – Sala de ginástica Hora: 10:00h às 10:45h Número de elementos: cerca de 15 Objectivo Geral: Fomentar o gosto pela actividade física, desenvolvendo a flexibilidade de todos os membros do corpo. Material: Bolas de borracha e lençol. Actividades físico-motoras para a terceira idade Apertam a bola com a mão direita e depois com a esquerda; Passam a bola de uma mão para a outra, fazendo movimentos rápidos; Fazem o mesmo, mas com os braços esticados acima da cabeça; Com uma das bolas, fazem-na passar à volta da cabeça, do pescoço, da cintura, da perna esquerda e da direita e do tornozelo esquerdo e direito, fazendo-o sempre com movimentos rápidos; Esticam os braços para a frente e apertam a bola com uma das mãos; Esticam os braços para cima, para a esquerda e para a direita, apertando sempre a bola que se encontra numa das mãos; Com a mão no cotovelo do braço contrário, flectem o mesmo – trocando de posição; Com o braço esquerdo, tocam com a mão no ombro direito e vice-versa; Levantam um braço de cada vez com a bola na mão; Esticam as pernas alternadamente; Elevam um joelho de cada vez para cima, de forma a tocar na barriga; De pé, balançam de um lado para o outro com os braços esticados para cima; Levantam os braços e passam a bola de uma mão para a outra; Com a bola na mão direita tocam com esta no joelho esquerdo e vice-versa; Com um lençol, todos sentados e em conjunto, fazem ondas; Ainda com este, é colocada uma bola em cima, e fazendo movimentos rápidos, tentam que esta _____________________________________________________________________________ não caia ao chão; Animação Sociocultural 269 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Com três bolas, fazem o mesmo e posteriormente com duas; Cada um abraça o seu tronco, cruzando os braços; Colocam uma mão na cabeça e empurravam-na para um lado, fazendo o mesmo com a outra mão; Com as mãos atrás da cabeça, puxam-na para a frente, tentando tocar com o queixo no peito; Esticam os braços para cima, e depois para a frente; Sentados na beira da cadeira, esticam uma das pernas e tentam com as duas mãos chegar ao pé, trocando depois a perna; Afastam as pernas e tocam com as mãos no chão. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 270 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Imagens da Actividade Exercício para desenvolver os membros superiores (Fonte: Própria) Exercício para desenvolver os membros inferiores (Fonte: Própria) Exercício para desenvolver o tronco (Fonte: Própria) Alguns dos materiais utilizados nos exercícios (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 271 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 36 Actividades físicas e desportivas – EB 1 / JI de Bairros _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 272 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Data: 11 de Novembro de 2010 Local: EB 1 / JI Bairros – Pátio da escola e polivalente Hora: 9:00h às 10:00h Número de elementos: 17 - 3º ano Objectivo Geral: Mobilizar as acções motoras básicas desenvolvidas nos blocos de deslocamentos e equilíbrios e perícia e manipulação; Material: Sinalizadores e bolas de basquetebol. Actividades físicas e desportivas Quatro alunos colocam um pequeno sinalizador na cabeça, seguram-no com uma das mãos e com a outra tentam tocar nos elementos que estão em movimento a correr sem o sinalizador. Ao tocarem estes têm de dizer “cola”, ao que o elemento “apanhado” terá de ficar imobilizado. Permanece assim até que um dos elementos que se encontra solto, lhe toque dizendo “descola”, voltando novamente ao grupo que não tem sinalizadores, começando a correr. Ao fim de algum tempo, trocavam de funções. Distribuídos pelo espaço delimitado, afastam os membros inferiores, baixando-se e tocando com as mãos no chão. Com pernas juntas, baixam-se tentando tocar nos pés e esticando as pernas. Colocam uma das pernas à frente e tentam tocar na ponta do pé, puxando-o contra si, fazendo com a perna totalmente esticada. Trocam de perna. Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna. O grupo de elementos divide-se em dois, um grupo de rapazes e outro de raparigas. As raparigas formam uma fila onde é colocado um sinalizador a cerca de dois metros do inicio desta, e onde o objectivo é cada aluna correr e ao chegar ao sinalizador saltar para a frente. Após o salto cada uma faz uma marca no chão, para no fim se comparar a distância dos saltos. Na segunda tentativa, cada rapariga terá de saltar mais, para poder superar a marca feita na primeira tentativa. Os rapazes, por sua vez, formam uma outra fila e com uma bola de basquetebol, à vez e de com a bola ao peito, atiram a bola e quando esta toca no chão, um dos alunos faz uma marca, para que na segunda tentativa este a possa superar, atirando mais longe. Trocam as filas e os _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 273 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ exercícios, os rapazes fazem o salto e as raparigas atiram a bola. À semelhança da primeira actividade, o professor para além do sinalizador que servia como ponto a partir do qual os alunos teriam de dar o salto, colocou um outro sinalizador mais à frente, cujo objectivo seria cada aluno ao saltar tentar ultrapassar o segundo sinalizador. À segunda tentativa o professor aumentou a distância do segundo sinalizador em relação ao primeiro, fazendo-o mais uma vez. Formaram-se três filas, duas com seis alunos e outra com cinco. Estes, numa primeira fase encontravam-se sentados, voltados para o professor. Este com uma bola, lançava-a e quando esta tocava no chão, o primeiro elemento de cada fila levantava-se e corria até ao sinalizador que se encontrava ao pé do Professor, voltando para trás e tocando no segundo aluno, que se levantaria e faria o mesmo do primeiro, e assim sucessivamente. Na segunda fase, e ainda dispostos nas filas, encontravam-se sentados, mas de costas voltadas para o Professor. Quando a bola tocasse no chão, teriam de se voltar, levantar e fazer o mesmo que fizeram na primeira fase. Numa terceira etapa, estes colocaram-se deitados de barriga para baixo e voltados para a frente do professor e na quarta etapa, continuando em fila, colocavam-se deitados, mas de barriga para cima. Ao fim, o professor atribuiu pontos aos três primeiros classificados (1 ponto ao terceiro classificado, dois ao segundo e três ao terceiro). Para terminar todos os alunos sentaram-se no chão e durante cerca de trinta segundos não podiam fazer qualquer barulho. Para dificultar o professor fazia algumas caretas para tentar que estes se rissem. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 274 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 275 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Data: 11 de Novembro de 2010 Local: EB 1 / JI Bairros – Pátio da escola Hora: 10:00h às 10:45h Número de elementos: 20 - 4º ano Objectivo Geral: Mobilizar as acções motoras básicas desenvolvidas nos blocos de deslocamentos e equilíbrios e perícia e manipulação; Material: Sinalizadores e bolas de basquetebol. Actividades físicas e desportivas 4 Alunos colocam 1 pequeno sinalizador na cabeça, seguram-no com uma das mãos e com a outra tentam tocar nos elementos que estão em movimento a correr sem o sinalizador. Ao tocarem estes têm de dizer “cola”, ao que o elemento “apanhado” terá de ficar imobilizado. Permanece assim até que um dos elementos que se encontra solto, lhe toque dizendo “descola”, voltando novamente ao grupo que não tem sinalizadores, começando a correr. Ao fim de algum tempo, trocavam de funções. Distribuídos pelo espaço delimitado, afastam os membros inferiores e respiram. Continuando com os membros inferiores afastados, baixam-se, tentando tocar com as mãos no chão. Com pernas juntas, baixam-se, tentando tocar nos pés e esticando as pernas. Colocam uma das pernas à frente e tentam tocar na ponta do pé, puxando-o contra si, fazendo com a perna totalmente esticada. Trocam de perna. Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna. Sentam-se e ouvem a explicação do próximo exercício. Formam-se dois grupos, um de rapazes e outro de raparigas. As raparigas formam uma fila e é colocado um sinalizador a cerca de 2 metros do inicio desta e outro mais afastado um pouco deste. O objectivo é cada uma correr e ao chegar ao primeiro sinalizador saltar para a frente, de modo a ultrapassar o segundo sinalizador. Na segunda tentativa, cada rapariga terá de saltar mais, para poder superar o primeiro salto. Quem não conseguir ultrapassar o segundo sinalizador, terá de fazer cinco saltos de canguru. Os rapazes formam uma outra fila e com uma bola de basquetebol, à vez e com a bola ao peito, _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 276 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ atiram a bola e quando esta toca no chão, um dos alunos faz uma marca, para que na segunda tentativa este a possa superar, atirando mais longe. Trocam as filas e os exercícios, os rapazes fazem o salto e as raparigas atiram a bola. De seguida, é explicado um outro jogo, o Jogo da Árvore. Neste, colocou-se cerca de sete marcas à volta de uma das árvores que se encontrava no pátio. Depois o professor, ao ouvido de cada aluno, disse um número, e posteriormente e em voz alta, mencionava um número e os alunos cujo número mencionado tinha sido o número atribuído pelo professor ao ouvido, teriam de correr à volta da árvore. O último aluno a chegar ao pé do professor recebia um castigo, que consistia em dar cinco saltos de canguru. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 277 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 278 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Data: 18 de Novembro de 2010 Local: EB 1 / JI Bairros – Polivalente Hora: 9:00h às 9:45h Número de elementos: 17 - 3º ano Objectivo Geral: Utilizar as actividades como forma de elevar as capacidades coordenativas. Desenvolver a cooperação entre o grupo. Material: Três arcos, três bolas e três sinalizadores. Actividades físicas e desportivas Jogo dos números – os alunos correm espalhados pela área do polivalente e a certa altura o professor diz um número, ao ouvirem, os alunos juntam-se formando um grupo consoante o número dito. Os que não se conseguissem juntar recebiam um castigo, que era dar cinco saltos de canguru. De seguida, continuaram a correr e o professor faz a soma de dois números, ao que os alunos juntos e mentalmente teriam de calcular qual o resultado e consoante o número obtido formavam grupos com esse número de elementos. Os que ficassem de fora davam cinco saltos de canguru. Ao longo do polivalente, e afastados uns dos outros, os alunos relaxavam, afastando as pernas e esticando-as, depois com os pés juntos e as pernas esticadas tentavam tocar com as mãos nas pontas dos pés, permanecendo na mesma posição durante cerca de dez segundos. Em bicos de pés, esticavam os braços para cima, ficando com o corpo esticado. Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna. Colocam uma das pernas à frente e tentam tocar na ponta do pé, puxando-o contra si, fazendo com a perna totalmente esticada. Trocam de perna e ao fim fazem o mesmo, mas com as duas pernas juntas, puxando a ponta dos pés para a frente. São formadas três filas, duas com seis alunos e outra com cinco alunos, todos eles sentados e o primeiro com uma bola. À frente de cada fila encontra-se um sinalizador e a cerca de dois metros um arco. O primeiro elemento de cada fila, à ordem do professor, saem a correr e colocam a bola dentro do arco e tornam a dirigir-se à fila, ficando no fim desta, ao chegar o _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 279 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ segundo elemento sai a correr, pega na bola e trá-la para o terceiro elemento, que faz o mesmo que fez o primeiro aluno, e assim sucessivamente. Ganha a fila de alunos que terminar de fazer o exercício, tendo participado todos os elementos. A fila que ficava em primeiro lugar, ganhando, ficava com três pontos, a segunda classificada ficava com dois pontos e a terceira com apenas um ponto. De seguida foi realizado o mesmo exercício, mas os alunos encontravam-se deitados de lado na fila, seguindo-se o mesmo mas deitados de barriga para cima e por último, sentados de costas para os arcos. No último exercício foram distribuídos a cada grupo seis coletes, de três cores (cor-de-laranja, azul e verde). Cada um com o seu colete, fizerem um exercício idêntico ao anterior. Cada aluno, um de cada fila, teria de, ao sinal do professor, sair a correr e colocar-se dentro do arco que se encontrava a cerca de dois metros da fila. Dentro deste, teria de vestir o colete e quando vestido, voltavam a correr para o fim da fila, saindo o segundo aluno, que executava o mesmo. Ganhava a fila que vestisse todos os coletes em primeiro lugar. Por último, fizeram o mesmo exercício, mas em vez de vestirem o colete dentro do arco, teriam de o despir e de o dobrar em duas partes, deixando-o no arco, voltando de novo para a final, colocando-se no fim desta. Ao fim o professor confirmava se todos os coletes estavam bem dobrados e distribuí-a os pontos pelas três equipas. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 280 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 281 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Data: 18 de Novembro de 2010 Local: EB 1 / JI Bairros – Polivalente Hora: 9:45h às 10:30h Número de elementos: 20 - 4º ano Objectivo Geral: Utilizar as actividades como forma de elevar as capacidades coordenativas. Desenvolver a cooperação entre o grupo. Material: Três arcos, três bolas e três sinalizadores. Actividades físicas e desportivas Como primeiro exercício, os alunos começaram por fazer cinquenta saltos de canguru. De seguida, foi feito o jogo do mata. Os alunos encontram-se a correr pela área do polivalente. A certa altura o professor começa por dizer um número, e o aluno a quem corresponde o número, dirige-se ao centro do espaço para ir buscar a bola. Com esta tenta acertar num colega que se encontra a correr. Caso acerte, o colega que foi atingido passa a ser aquele que terá de acertar com a bola, caso erre terá de dar dez saltos de canguru e só depois será feito o mesmo exercício. Depois, com os membros inferiores afastados, baixam-se, tentando tocar com as mãos no chão. Rodam os braços, levando-os acima e abaixo. Com pernas juntas, baixam-se, tentando tocar nos pés e esticando as pernas. Na mesma posição, tentavam puxar os bicos dos pés, fazendo força. Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna. Colocam uma das pernas à frente e tentam tocar na ponta do pé, puxando-o contra si, fazendo com a perna totalmente esticada. Trocam de perna. Em bicos de pés, esticavam os braços para cima, ficando com o corpo esticado. É realizado um outro exercício, onde são formadas quatro equipas, colocadas em fila, três com cinco alunos e uma com quatro, todos eles de pé. À frente de cada fila encontra-se um arco com um sinalizador no seu interior. Este começa com o primeiro aluno de cada fila, que sai a correr até ao arco, onde neste coloca o _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 282 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ sinalizador na cabeça e torna a dirigir-se à fila caminhando a passo rápido. Ao chegar à fila entrega o sinalizador ao segundo elemento da fila e dirige-se para o fim desta. O segundo elemento sai a correr e coloca o sinalizador dentro do arco, voltando novamente a correr até ao fim da fila, onde chega e ao mesmo tempo sai o terceiro elemento que fará o mesmo que o primeiro, e assim sucessivamente. Ganha a equipa que conseguir em primeiro lugar fazer o exercício, percorrendo todos os seus elementos. De seguida é feito novamente o mesmo exercício, mas desta vez as equipas encontram-se sentados em fila, terminando quando estes tiverem realizado o exercício e se encontrarem novamente todos sentados. Por último, é realizado o carrinho de mão, onde são feitas equipas de dois alunos. Estes colocam-se de um lado do polivalente e o objectivo é conseguir chegar em primeiro lugar ao outro lado do mesmo espaço, mas com isto um dos alunos terá de se encontrar no chão, apoiando-se apenas com os pés e as mãos e o outro terá de lhe segurar nas pernas, empurrandoo. Com as mãos, o aluno que se encontra no chão terá de andar o mais rápido possível para que a equipa chegue em primeiro lugar. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 283 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 284 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Data: 25 de Novembro de 2010 Local: EB 1 / JI Bairros – Pátio da escola Hora: 9:00h às 9:45h Número de elementos: 17 - 3º ano Objectivo Geral: Aperfeiçoamento e coordenação de habilidades e de capacidades condicionais e coordenativas. Material: Cones e coletes Actividades físicas e desportivas No inicio da aula, todos os alunos deram três voltas a correr à escola, terminando a andar a passo. De seguida, com os membros inferiores afastados, baixam-se, tentando tocar com as mãos no chão. Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna. Com pernas juntas, baixam-se, tentando tocar nos pés e esticando as pernas. Na mesma posição, tentavam puxar os bicos dos pés, fazendo força. Distribuídos os cones em três colunas, os alunos encontravam se na primeira, divididos em três equipas, onde duas delas continham seis alunos e uma cinco. Ao sinal do professor, estes teriam de realizar skipping baixo até ao primeiro cone (segunda coluna) que consistia em correrem levantando ligeiramente o joelhos para cima e skipping atrás até ao segundo (terceira coluna), que consistia em fazer o mesmo mas levando os pés para trás do corpo. Chegados ao terceiro cone, voltavam para a fila, efectuando os mesmos movimentos. De seguida, fizeram o mesmo, mas desta vez começando pelo skipping médio, e por último pelo skipping alto, onde os alunos teriam de elevar o máximo possível os joelhos, terminando com corrida em velocidade até ao terceiro cone. De seguida, começavam por fazer skipping baixo, permanecendo no mesmo sítio, seguindo de skipping médio até ao segundo cone, e deste até ao terceiro corriam com velocidade. Foram formadas três equipas que se colocaram em fila, cada uma e cujos alunos foram escolhidos pelo professor. Neste exercício, os primeiros elementos de cada equipa saiam ao _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 285 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ sinal do professor, correndo e dando uma volta à escola, quando chegavam, tocavam no segundo colega da fila e este saía para fazer o mesmo e assim sucessivamente. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 286 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 287 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Data: 25 de Novembro de 2010 Local: EB 1 / JI Bairros – Pátio da escola Hora: 9:45h às 10:30h Número de elementos: 20 - 4º ano Objectivo Geral: Aperfeiçoamento e coordenação de habilidades e de capacidades condicionais e coordenativas. Material: Cones e coletes Actividades físicas e desportivas No inicio da aula, todos os alunos deram cinco voltas a correr à escola, terminando a andar a passo. De seguida, e espalhados pelo espaço, relaxavam, afastados uns dos outros e com as pernas afastadas. Posteriormente, com os membros inferiores afastados, baixam-se, tentando tocar com as mãos no chão. Com pernas juntas, baixam-se, tentando tocar nos pés e esticando as pernas. Na mesma posição, tentavam puxar os bicos dos pés, fazendo força. Em bicos de pés, esticavam os braços para cima, ficando com o corpo esticado. Colocam a perna para trás, com a ajuda da mão, dobrando o joelho e mantendo-se assim durante cerca de 10 segundos. Trocam de perna. Distribuíram-se os cones por quatro filas e o grupo foi dividido em quatro equipas, cada uma com cinco alunos. Cada equipa coloca-se atrás do primeiro cone, e numa primeira fase e começando pelos primeiros elementos de cada fila, estes fazem skipping baixo até ao segundo cone e skipping atrás até ao terceiro. Todos os elementos da equipa repetem a série; numa segunda fase, e começando de novo pelo primeiro elemento de cada fila, este efectua skipping médio até ao segundo cone e skipping atrás até ao terceiro, já numa terceira fase estes começam pelo skipping alto até ao segundo cone, terminando com skipping atrás. De seguida e numa outra etapa, ao sinal do professor, cada elemento de cada equipa faziam corrida saltada até ao último cone; posteriormente estes faziam skipping alto, permanecendo no _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 288 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ mesmo sítio, e quando o professor batia palmas estes continuavam com o skipping alto até ao segundo cone, fazendo deste até ao último, corrida acelerada. Num outro exercício, o professor organizou quatro equipas escolhendo os seus elementos aleatoriamente. Estas organizaram-se em filas e ao sinal do professor, cada elemento de cada equipa partia a correr e dava uma volta à escola, voltando ao local de partida, onde tocava no colega para que este partisse e fizesse o mesmo. Ganhou a equipa que terminou em primeiro lugar. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 289 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 290 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Espaço e materiais das aulas Pátio da escola (Fonte: Própria) Armário com material (Fonte: Própria) Polivalente (Fonte: Própria) Algum do material utilizado (bolas, sinalizadores, arcos e coletes) (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 291 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Apêndice 37 Actividades de Psicomotricidade – EB1 / JI Finzes _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 292 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Data: 10 de Novembro de 2010 Local: EB 1 / JI Finzes – Pátio da escola Hora: 9:00h às 9:45h Número de elementos: 1 Objectivo Geral: Auxiliar no desenvolvimento dos aspectos relacionais e comunicacionais do sujeito, sobretudo aqueles ligados as suas experiências corporais afectivas. Material: Bolas Psicomotricidade Foi dada uma bola ao menino para que a atirasse ao professor, e este a retribuísse, fazendo posteriormente o mesmo, mas com uma bola maior. A bola foi atirada ao ar várias vezes pelo menino, bem como ao chão, onde depois a tinha de a agarrar. Foi passada a bola entre o professor e o menino através do chão. Com a bola atrás da cabeça, o menino atirava-a ao professor. Driblava a bola, devagar, várias vezes. Chutava a bola com o pé direito e posteriormente com o pé esquerdo. Fazia a bola rolar, com o pé direito em cima desta, ao longo do pátio Colocadas várias bolas e de diferentes cores, tentava distingui-las, mencionando as suas cores; o professor pedia uma bola de determinada cor, e o menino tinha de pegar nesta e atirá-la ao professor. Ao longo do pátio e com os pés juntos, saltava, fazendo o mesmo mas ao pé-coxinho. Corria lateralmente ao longo do pátio; fazia o mesmo, mas alternando para a esquerda e para a direita. Numa bola com vários elásticos na sua constituição, o menino teria de destacar o elástico azul. O professor enunciava uma cor e o menino teria de a destacar na bola. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 293 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 294 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Data: 10 de Novembro de 2010 Local: EB 1 / JI Finzes – Pátio da escola Hora: 9:50h às 10:30h Número de elementos: 1 Objectivo Geral: Auxiliar no desenvolvimento dos aspectos relacionais e comunicacionais do sujeito, sobretudo aqueles ligados as suas experiências corporais afectivas. Material: Bolas Psicomotricidade Com uma bola, a menina apertou-a com a mão direita e depois com a mão esquerda. Com as duas mãos, pressionava a bola e depois passava-a de uma mão para a outra. Com a bola numa mão, a menina tocava com esta na cabeça, passando-a depois para a outra mão, repetindo os gestos. Com uma bola de espuma, apertava-a com uma mão de cada vez. Atirar várias bolas para dentro de uma caixa, tentando que não caíssem no chão. Com uma bola de elásticos, tentava meter os dedos por entre os elásticos, fazendo com uma mão de cada vez. Com uma espécie de raquete aberta que continha uma bola junto, tinha como objectivo tentar passar a bola por entre a abertura da raquete, com a mão direita e posteriormente com a mão esquerda. Tocar e agarrar bem numa bola com fitas de plástico agarradas, de forma mexer os dedos. Esticar os braços para cima e para os lados com a ajuda do professor. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 295 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 296 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Data: 17 de Novembro de 2010 Local: EB 1 / JI Finzes – Pátio da escola Hora:9:00h às 9:45h Número de elementos: 1 Objectivo Geral: Auxiliar no desenvolvimento dos aspectos relacionais e comunicacionais do sujeito, sobretudo aqueles ligados as suas experiências corporais afectivas. Material: Bolas Psicomotricidade Com uma espécie de raquete aberta que continha uma bola junto, tinha como objectivo tentar passar a bola por entre a abertura da raquete, com a mão direita e posteriormente com a mão esquerda. Driblar uma bola grande ao longo do pátio. Com duas bolas cada um atirava uma bola um ao outro, de forma a não terem as duas bolas nas mãos. O menino passava a bola pelo chão ao professor e este retribuía-a por cima. O menino colocava a bola atrás da cabeça e atirava-a ao professor, que por sua vez a retribuí-a através do passe picado. O professor indicava uma das mãos e o menino teria de atirar a bola com a mão que era pedida. Fazia o mesmo mas com os pés. Com a bola nas mãos, deixava-a cair e chutava-a com o pé indicado pelo professor, alternando entre o direito e o esquerdo. Fazia o mesmo, mas sem deixar a bola cair. O professor atirava a bola com fitas pelo ar, para que o menino a apanhasse com as duas mãos. Com a mesma bola, o menino passava-a de uma mão para a outra. Voltado para baixo, passava a bola pelo chão ao professor, que a retribuía de igual forma. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 297 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 298 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Data: 17 de Novembro de 2010 Local: EB 1 / JI Finzes – Pátio da escola Hora: 09:45h às 10:30h Número de elementos: 1 Objectivo Geral: Auxiliar no desenvolvimento dos aspectos relacionais e comunicacionais do sujeito, sobretudo aqueles ligados as suas experiências corporais afectivas. Material: Bolas Psicomotricidade Na cadeira, massajava uma bola vermelha com as duas mãos. Posteriormente, fazia o mesmo, mas com duas bolas. Com as duas bolas na mão, o professor pedia que a menina levantasse a bola mais pesada, a mais leve, a mais áspera e a mais macia, ao que de entre as duas a menina teria de levantar a que correspondesse ao que era pedido. Com uma bola verde e outra laranja, a menina passava as duas de forma alternada de uma mão para a outra. Com uma bola amarela e grande, a menina levantava-a, esticando o braço. Com uma espécie de raquete aberta que continha uma bola junto, tinha como objectivo tentar passar a bola por entre a abertura da raquete, com a mão direita e posteriormente com a mão esquerda. Com uma bola de elásticos, a menina entrelaçava os dedos entre os elásticos desta. Com as mãos em posição para rezar, entrelaçou os dedos nos elásticos, levantando os dedos que o professor indicava. Com as mãos abertas junto às mãos do professor, a menina tentava empurrá-las. Com a bola de elásticos, a menina colocava todos os seus dedos por entre os elásticos. _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 299 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Espaço e materiais das aulas Pátio à entrada do Jardim de Infância (Fonte: Própria) Material utilizado nos exercícios (Fonte: Própria) _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 300 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Anexos _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 301 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Anexo I Plano de Estágio _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 302 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 303 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Anexo II Horário de Estágio _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 304 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Horário de Estágio Dia Hora 8:30 8:45 9:00 9:15 9:30 9:45 10:00 10:15 10:30 10:45 11:00 11:45 12:00 14:00 14:15 14:30 14:45 15:00 15:15 15:30 15:45 16:00 16:15 16:30 16:45 17:00 17:15 17:30 Segunda-feira Apoio Neusa – Santa Casa da Misericórdia Muro de Abrigo Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Apoio António – JI Finzes Psicomotricidade Apoio Henrique – 3º Ano EB Bairros - AFD Apoio António – EB Finzes Psicomotricidade Apoio Henrique – 4º Ano EB Bairros - AFD Sexta-feira Lar Padre Joaquim Ribeiro Apoio Neusa – Lar Padre Joaquim Ribeiro Santa Casa da Misericórdia Apoio Cândido – Boccia - Lar Padre Joaquim Ribeiro _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 305 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Anexo III Proposta de trabalho – Viver Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 306 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 307 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Anexo IV Programa - Viver Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 308 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 309 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 310 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Anexo V Poemas recitados na Casa do Professor da Trofa _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 311 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 312 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 313 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 314 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ Anexo VI Nome e idade dos utentes do Centro de Convívio do Idoso – Muro de Abrigo _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 315 Despertar para a Descoberta ____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Animação Sociocultural 316